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_Portfólio - unidade 2

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Portfólio 2
Antes da crise de 1929, a economia brasileira era movimentada pelas
exportações do café (modelo agroexportador) e seu principal consumidor eram os Estados
Unidos da América, e, assim, essa economia demonstrava uma fragilidade em decorrência
das suscetíveis mudanças no mercado externo. Além disso, como a dinâmica da economia
era o café, o aumento da sua produção era incentivada. Todavia, a partir da maior crise da
história do capitalismo, os preços de exportação, interno e internacional do café passaram
por um processo de queda, tendo em vista que a diminuição da sua demanda. A fim de
impedir a constante desvalorização do café, o governo brasileiro adotou medidas para
impedi-las, dessa forma a política de valorização conseguiu alguns êxitos a partir dos anos
de 1932. Entre as políticas de valorização estava a manutenção dos seus estoques, por
meio de um endividamento externo, mas logo o processo de queda continuou, o que tornou
esse método defasado. Após isso, em 1930, o governo adotou uma política de manutenção
da renda do café, por intermédio da compra direta desse produto, e isso fez com que em
1933 o PIB brasileiro se recuperasse, em parte, dos efeitos da crise.
Por conseguinte, o aumento da renda dos cafeicultores favoreceu o processo de
industrialização brasileira, uma vez que essa renda foi direcionada para outros setores
econômicos. Ademais, a renda nacional se recuperou rapidamente em comparação com
outros países, e, por consequência, houve o aumento da demanda por produtos
industrializados, e esses, por sua vez, não podiam ser totalmente supridos pelos
fornecedores externos. Nesse contexto, era cada vez mais evidente a necessidade de
ampliação e fortalecimento da indústria brasileira a fim de abastecer o mercado interno e
fortificar a economia nacional. E, dessa maneira, deu-se início ao processo de
industrialização por substituição de importações.
Esse período de substituição de importações não significa que não havia mais
importações, porém houve uma diminuição dessas importações, em decorrência de fatores
externos ocasionados pela crise do capitalismo e por fatores internos, uma vez que a
demanda interna aumentava e as indústrias nacionais foram estimuladas para atender essa
demanda. Além disso, o governo exerceu um papel fundamental por meio da sua política
cambial (taxando os produtos importados) e sua política de incentivos fiscais às indústrias
nacionais. Por consequência de tudo isso diversos setores da economia brasileira foram
estimulados e ampliaram a sua produção. Apesar de todo progresso e desenvolvimento, o
país manteve alguns problemas dos períodos anteriores, como, por exemplo, a
concentração de renda e a dependência externa.
Comparação da Industrialização e da Substituição de Importações (SI) no Brasil e na
Argentina (Obs.: Copiado do artigo)
BRASIL ARGENTINA
Principal Característica Agroexportador, em que a Agroexportador, em que a
antes da SI dinâmica econômica era
dada pelo setor cafeeiro
(chegando a representar
mais de 60 % de todas as
exportações brasileiras)
dinâmica econômica ocorria
na produção pecuária e de
cereais, principalmente trigo
e milho. E o seu principal
produto de exportações
(milho) representava
apenas 22,5% do total
exportado. Assim a
economia argentina era
muito mais diversificada do
que a do Brasil.
Crise de 1929 Como grande parte da
produção interna era
voltada ao exterior, a
capacidade para se fazer
importações ficava
condicionada pelo preço
obtido pelas exportações e
pela quantidade de produtos
vendida aos outros países.
E a oferta de bens
internamente era satisfeita
pelas importações, cuja
capacidade para realizá-las
ficava determinada pela
quantidade de divisas
obtidas pelo setor
exportador. Todavia a partir
da crise de 1929 esse
modelo de desenvolvimento
econômico entrou em
colapso.
Como grande parte da
produção interna era
voltada ao exterior, a
capacidade para se fazer
importações ficava
condicionada pelo preço
obtido pelas exportações e
pela quantidade de produtos
vendida aos outros países.
E a oferta de bens
internamente era satisfeita
pelas importações, cuja
capacidade para realizá-las
ficava determinada pela
quantidade de divisas
obtidas pelo setor
exportador. Todavia a partir
da crise de 1929 esse
modelo de desenvolvimento
econômico entrou em
colapso.
Processo de
Industrialização
o nascimento da indústria
em paralelo ao setor
dinâmico agroexportador; o
processo de substituição de
importações,
fundamentalmente dos bens
de consumo não-duráveis; o
crescimento industrial,
prosperidade econômica e a
consolidação da indústria
leve de consumo no Brasil;
o projeto industrial
planejado e orientado pelo
Estado através do Plano de
Metas; e o período de crise
e “milagre econômico”,
conjugando a formulação do
II PND e a crise da dívida
externa, colocando em
os principais anos do
período agroexportador,
quando surgem várias
indústrias produtoras de
mercadorias ligadas ao
setor dinâmico da
economia; a chamada
substituição de importações
espontânea,
compreendendo o período
entre 1930 a 1945; o
pós-guerra até meados da
década 1960, ocorrendo a
intensificação das
substituições de
importações, principalmente
no período entre 1958 e
1960 quando a
industrialização foi
xeque o modelo de
substituição de importações.
conduzida e planejada pelo
Estado; um intenso surto de
crescimento industrial entre
1963 e 1970; e a política de
abertura comercial a partir
de 1976, levando ao
esgotamento desse modelo
de desenvolvimento
industrial.
Início do processo de
Industrialização por
Substituição de
Importações
A transição do modelo
primário exportador para o
modelo de industrialização
por substituição de
importações ocorreu com a
crise de 1929, pois uma das
suas consequências foi uma
crise externa provocada
pela deteriorização dos
termos de trocas e pela
queda na capacidade de
importação verificada em no
país, sendo que a principal
dificuldade para o avanço
deste processo residiu no
fato de que, ao mesmo
tempo em que as
importações foram
substituídas por produção
nacional, foram sendo
criadas novas necessidades
de importações
qualitativamente distintas,
obrigando a realização de
novas rodadas de
substituição. As
substituições de
importações aconteceram
através da implantação de
atividades produtoras de
bens de consumo duráveis.
Foi um processo de
diversificação do aparelho
produtivo nacional situado
predominantemente nos
últimos estágios de
produção. A substituição se
referia, a rigor, a uma
parcela maior ou menor do
valor correspondente ao
bem final. Neste caso,
depois de realizada a
substituição, a produção
internalizada requeria a
A transição do modelo
primário exportador para o
modelo de industrialização
por substituição de
importações ocorreu com a
crise de 1929, pois uma das
suas consequências foi uma
crise externa provocada
pela deteriorização dos
termos de trocas e pela
queda na capacidade de
importação verificada em no
país, sendo que a principal
dificuldade para o avanço
deste processo residiu no
fato de que, ao mesmo
tempo em que as
importações foram
substituídas por produção
nacional, foram sendo
criadas novas necessidades
de importações
qualitativamente distintas,
obrigando a realização de
novas rodadas de
substituição. As
substituições de
importações aconteceram
através da implantação de
atividades produtoras de
bens de consumo duráveis.
Foi um processo de
diversificação do aparelho
produtivo nacional situado
predominantemente nos
últimos estágios de
produção. A substituição se
referia, a rigor, a uma
parcela maior ou menor do
valor correspondente ao
bem final. Neste caso,
depois de realizada a
substituição, a produção
internalizada requeria a
aquisição no exterior de
determinadas peças,
matérias-primas e
componentes.
aquisição no exterior de
determinadas peças,
matérias-primas e
componentes.
Incentivos à Produção
Nacional
O governos adotou políticas
de contenção das
importações, sobretudo de
controle do câmbio e de
elevação das tarifas
alfandegárias. Deste modo,
as importações ficaram
mais caras e as
substituiçõesde
importações foram
incentivadas. Além disso,
serviu também como
incentivo o fato de que o
país já possuía uma
considerável estrutura
industrial e um mercado
interno em expansão.
No Brasil, o crescimento
industrial alcançado nos
primeiros anos do Modelo
de Substituição de
Importações pela política de
compra e queima dos
estoques pelo governo,
resultando na manutenção
da renda dos cafeicultores
e, por conseguinte, do nível
de demanda interna, o que
acabou estimulando o uso
da capacidade ociosa das
indústrias e deu início a
substituição de importações
de bens leves de consumo
manufaturados
O governos adotou políticas
de contenção das
importações, sobretudo de
controle do câmbio e de
elevação das tarifas
alfandegárias. Deste modo,
as importações ficaram
mais caras e as
substituições de
importações foram
incentivadas. Além disso,
serviu também como
incentivo o fato de que o
país já possuía uma
considerável estrutura
industrial e um mercado
interno em expansão.
Na Argentina o
desenvolvimento do setor
industrial também foi
influenciado pelo tratado
bilateral estabelecido entre
a Argentina e a Inglaterra,
chamado de Roca Ruciman.
Este tratado dava aos
produtos ingleses um preço
mais baixo no mercado de
importações argentino em
relação ao oferecido por
outros países que não
estavam beneficiados pelo
tratado, uma vez que a
moeda inglesa ficava
substancialmente mais
barata na troca por pesos
argentinos. A existência
dessas barreiras serviu
como incentivo para que as
empresas dos EUA
realizassem investimentos
diretos em território
argentino. Deste modo, a
estratégia do governo
argentino ao assinar o
referido tratado com a
Inglaterra teve uma
intenção: por um lado,
garantiu para o setor
agropecuário do país o
mercado inglês e, por outro,
incentivou a diversificação
industrial, tecnológica e
organizacional, através da
atração do capital
norte-americano.
Crescimento a partir da
década de 1930
A produção manufatureira
no Brasil subiu para 14,5%
do PIB, enquanto que em
termos per capita a
produção industrial foi de 24
dólares. Porém, o dado
mais significativo para
demonstrar a evolução da
indústria brasileira neste
primeiro período de
industrialização por
substituição de importações
foi a taxa anual de
crescimento da produção
industrial que, entre 1932 e
1939, foi de 7,6%, patamar
semelhante ao alcançado
pela Argentina, 7,3%.
a maior importância dada ao
setor industrial,
acompanhada de intensa
urbanização, elevou a
demanda para os setores
de infra-estrutura, como
energia elétrica, transportes,
serviços públicos e
construção civil. Neste caso,
destacou-se a construção
de estradas que tiveram um
aumento particularmente
expressivo para Brasil na
construção de estradas,
pois permitiu o escoamento
da produção agrícola de
regiões isoladas dos
principais centros urbanos.
Verificou-se, também, a
diversificação da indústria,
ao mesmo tempo em que as
relações inter-industriais se
tornaram mais complexas.
Dentre os novos ramos
industriais destacam-se os
produtos químicos e
metálicos.
No brasileiro foi iniciada a
construção da siderúrgica
O PIB argentino passou
para um patamar de 21%
em 1939. As indústrias que
mais se desenvolveram no
período foram as refinarias
de petróleo, os artigos de
borracha, os produtos
químicos e farmacêuticos e,
em menor escala, os
produtos têxteis. Data desta
época o surgimento de
setores ligados à indústria
metal-mecânica, de
eletrodomésticos, de
máquinas agrícolas e de
ferramentas simples.
Durante a década de 1930 a
Argentina seguiu sendo a
nação mais industrializada
da América Latina, tanto
pela participação das
manufaturas em proporção
ao PIB (22,7%), como pela
produção industrial per
capita (122 dólares a preços
de 1970).
Para a Argentina o que ficou
de mais característico deste
período foi o crescimento de
suas exportações
industriais, pois estas
representaram cerca de
20% do total produzido pela
indústria do país. Outro
aspecto importante foi o
surgimento de uma
pequena indústria de bens
de capital apoiada na ajuda
técnica dos Estados Unidos.
Em território argentino
surgiram empresas que
tinham como demanda final,
não os consumidores
individuais, mas sim os
setores produtivos e o
Estado. Os exemplos são
as indústrias de cimento,
de Volta Redonda
financiada, em parte, pelos
Estados Unidos, além de
terem sido criadas outras
indústrias ligadas ao setor
de insumos industriais,
como a Companhia Vale do
Rio Doce e a Companhia
Nacional de Álcalis, todas
sob o controle estatal.
refinarias de petróleo,
plástico e maquinarias.
Políticas do Governo para
o Desenvolvimento do seu
País
O setor industrial brasileiro
continuou se desenvolvendo
a passos largos,
tornando-se definitivamente
o setor mais dinâmico da
economia. Para tanto, foi de
fundamental importância a
política cambial adotada
pelo governo que priorizou
as importações de
máquinas, equipamentos e
matérias-primas para a
indústria. Deste modo, o
crescimento médio anual da
produção industrial entre
1946 e 1955 foi de 8,5%.
Na Argentina o governo
peronista assumiu uma
postura nacionalista e
industrializante, restringindo
ainda mais as importações
que pudessem competir
com as indústrias nacionais
e concedendo créditos
subsidiados à indústria
local. Além disso, o Instituto
Argentino para la Promoción
Del Intercambio (IAPI),
monopolizou a
comercialização agrícola e
transferiu a renda obtida
para o setor industrial. Isto
se traduziu no avanço do
setor industrial, sendo que
entre 1951 e 1958 a taxa
média anual de crescimento
industrial na Argentina foi de
5,3%.
Crescimento a partir da
década de 1950
As indústrias deste país
ainda dependia das
importações de máquinas e
equipamentos, sendo que
as divisas necessárias para
se efetuar as importações
ainda eram obtidas pelos
ganhos do setor exportador,
o que deixava a economia
vulnerável às variações
externas da demanda e dos
preços dos produtos
exportados. A partir de
1954, as condições
externas voltaram a ser
restritivas e a capacidade
para importar se reduziu.
Deste modo, para avançar
no processo de
industrialização e produzir
As indústrias deste país
ainda dependia das
importações de máquinas e
equipamentos, sendo que
as divisas necessárias para
se efetuar as importações
ainda eram obtidas pelos
ganhos do setor exportador,
o que deixava a economia
vulnerável às variações
externas da demanda e dos
preços dos produtos
exportados. A partir de
1954, as condições
externas voltaram a ser
restritivas e a capacidade
para importar se reduziu.
Deste modo, para avançar
no processo de
industrialização e produzir
internamente bens de
capital e bens de consumos
duráveis, foram formulados
projetos
desenvolvimentistas que
visavam uma
industrialização rápida e de
forma integrada. Para
cumprir com estes objetivos,
foi essencial a participação
do capital estrangeiro,
através de investimentos
diretos na produção e na
instalação de empresas
multinacionais e o papel do
Estado atuando como
planejador e organizador do
processo. No Brasil, o
projeto desenvolvimentista
foi chamado de Plano de
Metas e teve vigência de
1956 até 1961. Os setores
industriais consolidados
após este plano foram os de
bens de consumo duráveis,
insumos intermediários,
além das indústrias de
base. Já a política
econômica durante a
vigência do plano foi
expansiva e a taxa anual
média de crescimento da
produção industrial foi de
11% (Serra 1982). Porém
este crescimento veio
acompanhado por um
conjunto de contradições. A
taxa média anual de
inflação entre 1955 e 1960
foi de 28%, e entre 1960 e
1965, foi de 62%
(Bulmer-Tomas 1998),
caracterizando-se o período
do Plano de Metas como
um período de crescimento
com inflação. Além disso,
verificaram-se altos índices
de concentração regional e
de renda, ficando a indústria
dinâmica concentrada na
região Sudeste do país e a
renda concentrada nas
mãos dos grandes
capitalistas industriais, na
internamente bens de
capital e bens de consumos
duráveis, foram formulados
projetos
desenvolvimentistas que
visavam uma
industrialização rápida e de
forma integrada. Para
cumprir com estes objetivos,
foiessencial a participação
do capital estrangeiro,
através de investimentos
diretos na produção e na
instalação de empresas
multinacionais e o papel do
Estado atuando como
planejador e organizador do
processo.
Na Argentina, o projeto
desenvolvimentista entre
1958 e 1962 seguiu os
moldes do plano brasileiro.
A proposta
desenvolvimentista do
Governo Frondizi
pressupunha que o
desenvolvimento econômico
estava ligado ao
desenvolvimento industrial.
Apesar de o país ter
realizado parte desse
processo, a concentração
da substituição de
importações nas indústrias
leves criou uma assimetria
na estrutura industrial que
comprometia as
possibilidades de progresso
do país. Assim, para se
alcançar uma economia
industrial integrada foram
definidas diversas
prioridades: em primeiro
lugar, o projeto
desenvolvimentista
argentino priorizou a
produção de petróleo e de
gás natural com o objetivo
de economizar divisa
estrangeira, isto porque em
1955 quase um quinto das
importações do país eram
constituídas pelos
combustíveis. Em seguida,
classe média dos principais
centros urbanos e na
parcela mais qualificada dos
assalariados empregada
nas indústrias mais
dinâmicas de origem
multinacional e estatal.
O Brasil, após o Plano de
Metas, passou por um
processo de estabilização
econômica que,
posteriormente, formaria as
bases para uma fase de
crescimento econômico de
grande magnitude que
duraria até meados da
década de 1970. Nestes
anos, foi similar para Brasil
e Argentina, a tentativa de
se incrementar as
exportações industriais
através da concessão de
subsídios e de incentivos
fiscais. As reformas
institucionais realizadas no
Brasil foram orientadas
pelas necessidades de um
programa de estabilização
capaz de servir como
suporte ao crescimento
futuro. Dentre as medidas
adotadas, a mais
significativa foi a redução
dos salários reais assentada
no poder autoritário do
governo militar. Esta política
de baixos salários favoreceu
a acumulação de capital
pela indústria, pois os
registros indicam que a taxa
média anual de crescimento
industrial foi de 12,7% entre
1968 e 1973. Além disso,
segundo Lago (1989:233),
“a política econômica do
governo que tomou posse
em 1967 assumiu uma
estratégia geral sustentada,
basicamente, na busca do
crescimento econômico
através do aumento dos
investimentos em setores
diversificados; na
diminuição do papel do
na lista de prioridades
estava a siderurgia, cujo
desenvolvimento dependia
das explorações das
reservas de carvão e de
ferro. Neste sentido, havia
uma vantagem relacionada
ao término da construção da
siderúrgica SOMISA.
Ademais, o plano
desenvolvimentista previa
uma solução permanente
para o problema da
provisão de energia elétrica
e o desenvolvimento das
indústrias de cimento,
papel, maquinarias e
equipamentos industriais.
Além disso, outras metas
diziam respeito à
construção de uma ampla
rede de estradas, ao
mesmo tempo em que se
buscou estimular a
produção nacional de
automóveis e caminhões.
Este projeto aumentou a
oferta interna de bens
indústrias contemplando,
basicamente, os mesmos
setores industriais do plano
brasileiro, sendo que um
dos seus maiores êxitos foi
ter alcançado a autonomia
em relação às importações
de petróleo. No entanto, ao
contrário do Brasil, na
Argentina a política
econômica adotada durante
a vigência do projeto
desenvolvimentista foi
restritiva e visou a
estabilidade. A taxa média
anual de crescimento
industrial nestes anos foi de
aproximadamente 3,8%.
Porém, considerando-se
apenas os setores
priorizados pelo projeto
desenvolvimentista, o
crescimento foi de 7,2%
(Gerchunoff & Llach 1975).
Entre 1955/1960 a taxa
média anual de inflação foi
setor público e no estimulo
a um maior crescimento do
setor privado; nos incentivos
à expansão do comércio
exterior; e na elevada
prioridade de aumento da
oferta de emprego”.
Na reforma tributária o
governo brasileiro logrou
aumentar sua arrecadação,
permitindo um incremento
mais racional das
concessões de incentivos
fiscais e subsídios aos
setores considerados
estratégicos. Já a reforma
financeira criou os fundos
de poupança compulsória
(PIS, PASEP, FGTS) e
ampliou o crédito para o
consumo, recuperando
parte da demanda reprimida
dos anos de crise. Foi
particularmente notável
neste período a expansão
do crédito (ao consumidor e
à agricultura); a destinação
de recursos para a
construção civil; o elevado
nível de dispêndio, por parte
do governo, com
investimentos em
infra-estrutura; o
endividamento das
empresas estatais; e a
manutenção dos
mecanismos de correção
monetária.
de 38% e de 27% entre
1960/1965, indicando que o
crescimento industrial na
Argentina foi relativamente
menor que no Brasil durante
a vigência de seus
respectivos planos de
desenvolvimento, porém
acompanhado de maior
estabilidade de preços.
Destaques Econômicos
do Processo de
Industrialização por
Substituição de
Importações
A concentração de renda
subjacente fez com que a
classe média beneficiada
pelo acesso fácil ao crédito
garantisse a demanda por
bens de consumo duráveis,
permitindo à indústria
automobilística uma
produção em uma escala
jamais vista na América
Latina. Em relação às
exportações industriais,
houve um aumento
considerável entre o início e
o final da década de 1960,
Na Argentina foi de grande
importância para o
crescimento econômico
registrado durante a década
de 1960 a capacidade
ociosa herdada do projeto
desenvolvimentista de
Frondizi, que permitiu ao
governo posterior adotar
políticas monetárias e
fiscais mais expansivas sem
pressões sobre a
capacidade produtiva.
Assim, o setor industrial
argentino estimulado pela
passando-se de uma receita
de 28,4 milhões em 1960,
para 420,5 milhões de
dólares em 1970.
capacidade instalada
existente, pelo aumento na
demanda e pela
disponibilidade de divisas
estrangeiras para se fazer
importações, cresceu a
taxas anuais médias de 7%
entre 1964 e 1971. As
exportações industriais
também evoluíram nestes
anos e as receitas das
exportações, que eram de
44,3 milhões de dólares em
1960, aumentaram para
245,9 milhões em 1970.

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