Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Camila Shelly de V. Ramos FEBRE REUMÁTICA • DEFINIÇÃO -Doença inflamatória que ocorre como manifestação tardia de uma sequela não supurativa de infecção de orofaringe pelo Strptococcus pyogenes (estreptococo beta- hemolítico do grupo A) em indivíduos geneticamente predispostos OBS:PERÍODO DE LATÊNCIA X FARINGOAMIGDALITE X FEBRE REUMÁTICA -Período de latência entre a faringoamigdalite e as manifestações da FR ↳2 a 4 semanas • EPIDEMIOLOGIA -É a doença reumática mais comum no BR -Principal causa de cardiopatia adquirida em jovens no BR #faringite bem tratada -> evita evolução para febre reumática (mesmo em paciente geneticamente predispostos) • FISIOPATOLOGIA -Há uma semelhança estrutural entre: ↳Estruturas do estreptococo e estruturas do organismo de indivíduos geneticamente predispostos *Proteína M tipo 1,3,5,6,18,29 Indivíduo geneticamente predisposto + infecção porestreptococo + mimetismo molecular 1)INFECÇÃO DE OROFARINGE PELO ESTREPTOCOCO 2)ATAQUE DO SISTEMA IMUNE AO ESTREPTOCOCO -Anticorpos dirigidos ao estreptococo atingem o organismo Devido a semelhança estrutural 3.A) INFLAMAÇAO E LESÃO TECIDUAL -Devido ao mimetismo molecular 3.B) MANIFESTAÇÕES CARDÍACAS -Provenientes de imunidade celular acionada • DIAGNÓSTICO →CRITÉRIOS DE JONES (2015) 2 critérios maiores ou 1 maior + 2 menores (para ambos tem que haver comprovação de infecção estreptocócica) #mediante a um caso que possua presença de critérios menores e maiores, sempre considerar os maiores • ALTERAÇÕES CLÍNICAS →ARTRITE Camila Shelly de V. Ramos #grandes articulações acometidas mais comuns = punho, joelho, cotovelo, tornozelo →CARDITE #em todo paciente suspeito de febre reumática (mesmo com ausculta inocente) -> necessita pedir ECO (obrigatório) #fase aguda da FR -> insuficiência mitral, aórtica #fase crônica da FR -> estenose mitral, aórtica ✓ QUADRO CLÍNICO -Taquicardia, derrame pericárdico, cardiomegalia e sinais de insuficiência cardíaca (com hepatomegalia, edema pulmonar e periférico) ✓ EXAME FÍSICO →COREIA DE SYDENHAM #por surgir mais tardiamente a faringoamigdalite -> exames da FR podem estar negativados -Qual o aspecto da coreia? →ERITEMA MARGINADO →NÓDULO SUBCUTÂNEO -Manifestação mais rara -Qual o aspecto dos nódulos? ↳Firmes, não dolorosos, simétricos, não pruriginosos ↳Tamanho que pode variar de poucos milímetros até 2 cm ↳Localizam-se em superfícies extensoras ósseas ou em tendões Camila Shelly de V. Ramos →FEBRE →MONOARTRALGIA -Dor em grandes articulações e sem limitação de movimento • ALTERAÇÕES LABORATORIAIS →PROVAS DE FASE AGUDA ✓ PCR -Encontra-se elevado no início da doença -É o primeiro a negativar ↳Ao final da 2 ou 3° semana ✓ VHS -Eleva-se nas primeiras semanas -Pode se manter elevado ao longo das semanas -Seus níveis não se relacionam a gravidade do quadro →ELETROCARDIOGRAMA ✓ PROLONGAMENTO DO INTERVALO PR • COMPROVAÇÃO DA INFECÇÃO ESTREPTOCÓCICA #ASLO costuma dar elevado a partir da 2° semana de FR • TRATAMENTO →ERRADICAÇÃO DO ESTREPTOCOCO Profilaxia primária = evitar que o paciente desenvolva febre reumática -Início do tratamento até 9 dias desde o início dos sintomas ↳Erradicação estreptococo ✓ MEDICAMENTOS →TRATAMENTO DOS SINTOMAS Paciente já teve febre reumática ✓ PARA ARTRITE ✓ PARA CARDITE #só é indicado corticoide para cardites sintomáticas ✓ PARA COREIA #tende a resolução espontânea →IMPEDIR CARDITE** Profilaxia secundária = evitar que o paciente adquira alguma cardite ou piora de uma cardite já preexistente Camila Shelly de V. Ramos
Compartilhar