Aula 04-Normas Para a prática Profissional de Auditoria Interna

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Normas de Atributo
Normas de Desempenho
Normas Complementares
NORMAS PARA PRÁTICA PROFISSIONAL DE AUDITORIA INTERNA
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11/03/2020
Guilhermina Notiço
Normas e Práticas Profissionais de Auditoria Interna
Representam as regras básicas a serem observadas no desenvolvimento de uma auditoria, visando a qualidade do trabalho executado.
São normas com carácter uniforme (não podem variar de exame para exame) e de aplicação e aceitação geral.
As normas de auditoria são aplicadas a qualquer actividade profissional e têm fundamentalmente a ver com a qualidade do trabalho executado, as qualidades profissionais dos auditores bem como a elaboração dos respectivos Pareceres.
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Normas de Atributo
Normas relacionadas com as características das organizações e dos indivíduos e definem o objectivo, autoridade e responsabilidade; a independência e objectividade; proficiência e adequado cuidado profissional; e o programa de garantia de qualidade e aperfeiçoamentos.
Normas de Auditoria 1000 – Objectivo, Autoridade e Responsabilidade 
Norma de Auditoria 1100 – Independência e Objectividade
Norma de Auditoria 1200 – Competência e Adequado Cuidado Profissional
Normas de Auditoria 1300 – Programa de Avaliação de Qualidade e Cumprimento.
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Normas de Atributo
Normas de Auditoria 1000 – Objectivo, Autoridade e Responsabilidade 
A entidade deve definir formalmente e através de um Documento (i) a posição da actividade de Auditoria Interna dentro da organização; (ii) autorizar o acesso aos arquivos, pessoal e outros recursos necessários à realização adequada do trabalho; e (iii) o âmbito das actividades de Auditoria Interna.
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Normas de Atributo
Norma de Auditoria 1100 – Independência e Objectividade
“Os auditores internos deverão ser independentes das actividades que auditam”. Os auditores internos são independentes, quando desenvolvem o trabalho com liberdade e objectividade. A independência permite ao Auditor Interno exprimir julgamento imparcial e desinteressado, que é essencial para a realização adequada da Auditoria. Tal é conseguido através do seu estatuto hierárquico na organização e permite que a função seja exercida com liberdade e objectividade”.
Liberdade: o auditor interno deve ter autoridade suficiente (depender hierarquicamente do órgão de gestão) a fim de executar o seu trabalho sem interferências e com a colaboração dos sectores submetidos ao exame.
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Normas de Atributo
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Norma de Auditoria 1100 – Independência e Objectividade
Objectividade: O auditor interno deve realizar o seu trabalho de modo que se acredite honestamente nele. Não deve ser colocado em situações em que se sinta incapaz de fazer apreciações profissionais objectivas, ou seja, o auditor interno deve manter uma atitude mental independente. 
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Normas de Atributo
Norma de Auditoria 1200 – Competência e Adequado Cuidado Profissional
“As Auditorias Internas devem ser realizadas com competência e adequado sentido profissional. A eficácia profissional é da responsabilidade do Gabinete de Auditoria Interna e de cada Auditor Interno. O Departamento deverá nomear para cada trabalho as pessoas que colectivamente possuam os necessários conhecimentos, capacidade técnica e metodologia para o realizarem adequadamente”.
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Normas de Atributo
Norma de Auditoria 1200 – Competência e Adequado Cuidado Profissional
Em relação à competência profissional as normas referem-se: 
Pessoal, conhecimentos, capacidade técnica e metodologia;
Supervisão, que consiste em: 
fornecer instruções adequadas aos subordinados para o serviço a auditar e aprovar o programa; 
averiguar acerca do cumprimento do programa e analisar os eventuais desvios, a não ser que as alterações tenham sido devidamente justificadas e autorizadas; 
determinar se os papéis de trabalho documentam os factos, as conclusões e relatórios finais;
 certificar se os relatórios são precisos, objectivos, claros, concisos, construtivos e oportunos; e 
verificar se os objectivos de auditoria estão a ser alcançados.
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Normas de Atributo
Norma de Auditoria 1200 – Competência e Adequado Cuidado Profissional
Em relação ao auditor as normas incluem as relativas a:
Cumprimento das normas de conduta;
Relações humanas e comunicação;
Formação contínua; 
Adequado sentido profissional;
Código de ética, que apela para elevados níveis de honestidade, diligência e lealdade que cada auditor interno deve respeitar;
Conhecimentos, competência técnica e metodologia e capacidade, essenciais à realização de Auditorias, tais como: (i) Eficácia: capacidade de aplicar os conhecimentos a novas situações, resolvendo-as sem recurso exagerado à pesquisa e assistência técnica; (ii) Eficácia na aplicação dos princípios e técnicas contabilísticos, sobretudo quando se trabalha com registos e relatórios de carácter financeiro; (iii) Conhecer os princípios de gestão estabelecidos pelo órgão de gestão da empresa;
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Normas de Atributo
Norma de Auditoria 1200 – Competência e Adequado Cuidado Profissional
Em relação ao auditor as normas incluem as relativas a:
Relacionar-se com os outros e comunicar de forma eficaz por escrito e oralmente;
Manter-se informado acerca das novas normas, técnicas e procedimentos de auditoria interna;
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Norma de Auditoria 1200 – Competência e Adequado Cuidado Profissional
Informar sobre quaisquer irregularidades, deturpações, erros e omissões intencionais, ineficiência conflitos de interesse e recomendar investigações que considerem necessárias
Estar atento a situações e actividades onde as irregularidades têm maior probabilidade de ocorrer;
Identificar os controlos internos inadequados e recomendar melhorias com o objectivo de promover o cumprimento dos procedimentos e práticas estabelecidas.
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Normas de Atributo
Normas de Auditoria 1300 – Programa de Avaliação de Qualidade e Cumprimento
Cabe ao responsável do Gabinete de Auditoria Interna desenvolver e manter um programa de avaliação de qualidade e cumprimento que abrange todos os aspectos da função de Auditoria Interna e fazer o acompanhamento da sua eficácia. As principais áreas são:
Avaliação do Programa de Qualidade – estabelecer um programa que assegure a avaliação e monitoria da eficácia geral do programa de qualidade e que inclua as avaliações internas e externas.
Avaliações Internas - acompanhamento contínuo do desempenho e revisões periódicas através de auto-avaliação ou por outras pessoas;
Avaliações Externas – avaliação pelo menos de 5 em 5 anos por uma pessoa credenciada e independente.
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Normas de Desempenho
Tratam especificamente do desenvolvimento dos trabalhos de Auditoria Interna e das questões relativas à documentação e do reporte de resultados.
Normas de Auditoria 2000 – Gestão da Actividade de Auditoria Interna;
Normas de Auditoria 2100 – Natureza do Trabalho;
Normas de Auditoria 2200 – Planeamento de Auditoria;
Normas de Auditoria 2300 – Execução do Trabalho de Auditoria;
Normas de Auditoria 2400 – Comunicação de Resultados;
Normas de Auditoria 2500 – Supervisão.
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Normas de Desempenho
Normas de Auditoria 2000 – Gestão da Actividade de Auditoria Interna
O responsável do Gabinete de Auditoria Interna deverá gerir eficientemente a actividade de auditoria interna de modo a assegurar que esta acrescenta valor à organização. As normas da série 2000 integram: 
Planeamento de Auditoria - Estabelecer um plano baseando-se no risco de acordo com os objectivos de gestão; 
Comunicação e aprovação - Comunicar o plano de Auditoria Interna e os recursos necessários e a consequência na limitação destes;
Gestão de Recursos – Garantir que os recursos são suficientes e apropriados para se atingir o plano;14
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Normas de Desempenho
Normas de Auditoria 2000 – Gestão da Actividade de Auditoria Interna
Políticas e procedimentos - Estabelecer procedimentos e políticas para orientar a actividade de Auditoria Interna;
Coordenação - Coordenar com outros auditores para evitar duplicação e garantir uma cobertura adequada.
Relato dos Resultados a Gestão – o responsável do Gabinete de Auditoria Interna deverá periodicamente comunicar à Gestão sobre o desenvolvimento do Plano de Auditoria.
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Normas de Desempenho
Normas de Auditoria 2100 - Natureza do trabalho
A actividade de Auditoria Interna deverá assegurar o aperfeiçoamento da gestão de riscos, controlo dos sistemas de governação através de uma abordagem sistemática e disciplinada.
Gestão do Risco - Avaliar a eficácia dos sistemas de controlo interno contribuindo para melhorar o processo de gestão de risco; avaliar a exposição do Risco e Fraude; estar atento a riscos significativos, ganhar conhecimento dos riscos e não assumir responsabilidades que não sejam suas.
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Normas de Auditoria 2100 - Natureza do trabalho
Controlo - Verificar se os objectivos das operações e programas são estabelecidos e implementados de acordo com os objectivos da entidade.
Governo – a actividade de auditoria interna deverá contribuir para a governação da entidade fazendo recomendações apropriadas; avaliar os objectivos éticos da entidade e a adequação da TI à estratégia e objectivos; e os objectivos de consultoria devem ser consistentes com os valores e fins da entidade.
Normas de Desempenho
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Normas de Desempenho
Normas de Auditoria 2200 – Planeamento de Auditoria
Estas normas tratam de aspectos relevantes sobre o planeamento com destaque para:
O planeamento adequado e aprovado antes do início dos trabalhos de auditoria;
Planeamento de recursos necessários à realização de auditorias;
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Normas de Auditoria 2200 – Planeamento de Auditoria
Programas de trabalho de auditoria que deverão incluir: (i) declaração dos objectivos de auditoria; (ii) identificação dos requisitos técnicos, objectivos, riscos, processos e transacções a serem examinados, (iii) declaração da natureza e extensão requerida para os testes, (iv) documentação dos procedimentos de colecta, análise e interpretação e registo das informações durante os trabalhos;
Normas de Desempenho
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Normas de Auditoria 2200 – Planeamento de Auditoria
Período coberto pela auditoria, cronograma das actividades e formato das comunicações;
Assuntos a serem discutidos com os interessados nos resultados dos trabalhos de auditoria.
Normas de Desempenho
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Normas de Desempenho
Normas de Auditoria 2300 – Execução do Trabalho de Auditoria
Para que os objectivos de trabalho sejam atingidos, os auditores internos deverão identificar, analisar, avaliar e registar a informação adequada para o alcance dos objectivos de auditoria. 
Estas normas tratam de matérias relacionadas com:
Identificação e recolha de informações suficientes, fidedignas, pertinentes e úteis para o alcance dos objectivos de auditoria;
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Normas de Auditoria 2300 – Execução do Trabalho de Auditoria
As conclusões e os resultados da execução dos trabalhos devem basear-se em análises e avaliações apropriadas;
Registo das informações relevantes como suporte das conclusões e dos resultados dos trabalhos realizados;
Supervisão apropriada dos trabalhos de modo a assegurar o alcance dos objectivos de auditoria e a qualidade desejada.
Normas de Desempenho
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Normas de Desempenho
Normas de Auditoria 2400 - Comunicação de Resultados
A comunicação dos trabalhos de auditoria deve incluir a opinião geral, os objectivos, o ambiente de trabalho de auditoria, as conclusões, as recomendações e o plano de acção;
Quando a divulgação de resultados é para terceiros, a comunicação além da opinião global, deve incluir limitações de publicitação do relatório, se aplicável;
A comunicação deve ser oportuna, objectiva, clara, concisa, construtiva e correcta;
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Normas de Auditoria 2400 - Comunicação de Resultados
Se as comunicações tiverem erros ou omissões significativas, deve se enviar nova informação devidamente corrigida;
Divulgação da conformidade com as normas;
Divulgação da não conformidade com as normas (indicar a norma não cumprida, a razão do não cumprimento e o efeito na comunicação feita,
Comunicar os resultados: (i) às partes apropriadas; (ii) a quem pode agir.
Normas de Desempenho
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Normas de Desempenho
Normas de Auditoria 2500 – Supervisão
O responsável do Gabinete de Auditoria Interna deve estabelecer um processo de follow-up para monitorizar e assegurar a adequada implementação das recomendações ou que a gestão aceitou o risco de não tomar medidas;
Monitorar o efeito dos resultados em conformidade com que foi acordado com o cliente.
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Normativos Complementares
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Código ética – define regras de conduta de modo a ajudar os profissionais na aplicação dos princípios de conduta ética, de modo a assegurar a confiança na profissão e nos resultados que produz na sequência do desempenho das suas funções.
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Normativos Complementares
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Tomada de posições – auxilia no posicionamento em relação aos assuntos de governação corporativa, por exemplo, a questão da posição de Auditoria Interna na estrutura hierárquica da Empresa.
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Normativos Complementares
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Práticas recomendadas – relaciona-se com abordagens, metodologias e considerações, incluem sobretudo práticas relacionadas com questões específicas de natureza geográfica ou sectorial, tipos de compromissos específicos e questões de natureza legal e regulamentares.
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