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1 tópica - psicanálise

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1ª Tópica de Freud 
@psicomleilacastro 
Introdução 
Freud descobriu o inconsciente enquanto 
procurava elucidar a histeria. Quando ainda 
estava usando a hipnose, ele havia 
compreendido, graças a Charcot e a M. 
Bernheim, que as disfunções somáticas dos 
histéricos (paralisia, dor etc.) não 
correspondiam às áreas de inervação, mas a 
representações inconscientes do corpo. Sendo 
assim, iniciou sua obra A Primeira Tópica. 
Com a aplicação do método associativo, ele 
aprende que essas representações vêm da 
sexualidade infantil, que foram retiradas do 
campo da consciência por razões defensivas e 
que se exteriorizam ao serem transpostas para 
os sintomas. 
Ele imediatamente percebe que descobriu a 
etiologia e patogênese da histeria. Olhando 
para os outros quadros clínicos, ele pode 
estender o escopo de sua descoberta. Todas 
as neuroses têm um significado e nem sempre 
estão visíveis ou explícitas. 
Consciente 
Na psicanálise, o campo consciente da mente 
é considerado a parte ciente do cérebro. 
Responde pelo lado racional, pela nossa 
mente atenta, por aquilo que estamos 
pensando agora, por aquilo que sabemos 
sobre nós mesmos (quando alguém nos 
pergunta “quem é você?) e pela nossa 
interação com a realidade externa. 
 Sistema da consciência dos fenômenos 
psíquicos de que temos conhecimento 
imediato; 
 Realiza o contato com um mundo exterior; 
 Recebe as informações do interior, como 
as sensações de prazer e desprazer; 
 As excitações não são duráveis; 
 Dispõe de uma energia móvel, pelo 
mecanismo da atenção; 
 Deve evitar o que é desagradável e 
regular do princípio do prazer; 
 Pensamentos e percepções. 
 
Pré-consciente 
Este é o lar de tudo o que podemos lembrar 
ou recuperar de nossa memória. São 
informações em que não estamos pensando 
agora, mas que sobre elas não houve 
repressão ou recalque. Então, são informações 
que podem ser recuperadas. Por exemplo, se 
perguntarmos a você o significado de 
“indigestão”, esta informação não estava no 
seu consciente no exato momento antes de 
fazermos a pergunta. Estava no pré-
consciente, foi trazida ao consciente após 
nossa pergunta. 
 É um sistema bastante distinto do 
inconsciente. Está mais próximo da 
consciência; 
 No sistema pré-consciente estão os 
conteúdos psíquicos que não estão 
presentes na consciência, mas podem ser 
por ela acessados; 
 São conteúdos acessíveis “de direito” pela 
consciência; 
 O pré-consciente organiza aquilo que 
conhecemos, mas que não está presente 
na nossa consciência no momento; 
 No pré-consciente estão, por exemplo, 
fatos que podem ser relembrados com 
certa facilidade; 
 Zona flutuante de passagem entre a parte 
visível e a oculta; 
 Conteúdos psíquicos (memórias, 
conhecimentos armazenados) que podem 
ser recuperados de forma relativamente 
fácil; 
 Impedir a manifestação de pulsões 
socialmente inaceitáveis, ocorrendo o 
recalcamento. 
Inconsciente 
É a maior parte de nossa mente, a parte 
submersa do nosso iceberg mental. No 
inconsciente, reside um repositório no nível 
mais profundo, capaz de impulsionar o 
comportamento, percepções, desejos. A ideia 
de inconsciente é a ideia mais importante 
dentro da psicanálise, segundo os autores 
Laplanche e Pontalis. 
 É o conteúdo ausente da consciência em 
um dado momento; 
 É o sistema que organiza os fenômenos 
psíquicos que não podem, em um dado 
momento, ficar acessíveis à consciência; 
 Seus conteúdos são carregados de libido, 
a pulsão sexual; 
 Os conteúdos do sistema inconsciente só 
podem retornar à consciência ou ao pré-
consciente depois de modificados pela 
censura; 
 Desejos da infância são exemplos típicos 
de conteúdos inconscientes da primeira 
tópica. 
 Freud chegou ao inconsciente através dos 
sonhos; 
 Atos falhos e lapsos de memória também 
são manifestações típicas do inconsciente; 
 Formado por instintos, pulsões e desejos, 
muitos dos quais são socialmente 
inaceitáveis; 
 O conjunto de pulsões e desejos 
inconscientes, essencialmente os de 
natureza sexual, possuem um dinamismo 
próprio cujo papel na determinação do 
comportamento humano é superior aos 
dos fenómenos conscientes; 
 Medos, impulsos sexuais inaceitáveis, 
motivações egoístas, impulsos 
destrutivos, impulsos imorais, desejos 
irracionais, experiências infantis 
traumatizantes. 
Freud e o caminho para o 
inconsciente: sonhos e atos falhos 
“Mas de que maneira podemos esperar 
acessar esse inconsciente dinâmico que 
constitui a base de nossa psique?” Os 
conteúdos reprimidos manifestam-se por 
processos mórbidos e psicopatológicos 
(neuroses) mas também por sonhos e atos 
falhados. 
Por meio dessas diversas manifestações, o 
conteúdo do inconsciente penetra, mascarado, 
até o consciente e torna-se possível interpretar 
o que parecia incoerente e detectar uma 
intenção e um sentido, decifrando e dando-lhe 
inteligibilidade. O mesmo acontece com o 
sonho, onde Freud distingue um conteúdo 
manifesto e um conteúdo latente. 
Freud parte do princípio de que todo sonho 
tem um significado, embora oculto, da 
realização de desejos. Os desejos reprimidos 
na vida de vigília muitas vezes estão 
relacionados com os nossos desejos mais 
primitivos vetados fortemente pela moral 
vigente. 
Existem duas maneiras de ver os sonhos. Em 
um nível, você tem o conteúdo manifesto de 
seus sonhos. Isso é tudo que acontece 
literalmente no sonho. Em um nível mais 
profundo desse sonho, você tem o conteúdo 
latente. O conteúdo latente dos sonhos é o que 
o conteúdo manifesto representa. 
O conteúdo manifesto do sonho mascarou os 
verdadeiros desejos e vontades do sonhador, 
que foram revelados no conteúdo latente. 
Freud acreditava que as pessoas reprimem 
impulsos e pensamentos que consideram 
inadequados. Talvez você tenha fantasias com 
a namorada do seu melhor amigo ou talvez 
queira violentar alguém que o machucou. 
Esses são os tipos de coisas que reprimimos, 
esquecemos e exilamos para o nosso 
inconsciente. Enquanto dormimos, nosso 
inconsciente assume o controle e nossos 
desejos e pensamentos mais sombrios 
começam a surgir. Mas, de acordo com Freud, 
ainda tentamos impedi-los de assumir. Como 
resultado, mesmo durante o sono, 
censuramos nossos pensamentos. É por isso 
que temos dois níveis de sonhos. O conteúdo 
latente é o eu inconsciente tentando trazer 
nossas emoções reprimidas à superfície, mas 
nós nos censuramos e, portanto, o conteúdo 
manifesto passa a simbolizar nossos desejos e 
desejos latentes. 
 Em resumo: conteúdo manifesto é o 
resumo das ideias que têm pontos em 
comum e uma analogia entre si. É o que 
liga os conteúdos manifestos (o que 
acontece – é relatado nos sonhos por 
quem sonhou) e o Latente (o que 
realmente é importante, ou seja, o que 
está por trás do que é manifesto). 
Elaboração Onírica - é a deformação dos 
pensamentos latentes no trabalho do sonho. 
Um fragmento não é distorcido ao acaso, mas 
imposto por uma exigência da censura, a 
principal responsável pela deformação onírica. 
“A condensação designa o mecanismo pelo 
qual o conteúdo manifesto do sonho aparece 
como uma versão abreviada dos pensamentos 
latentes”. Garcia-Roza (2008) 
O deslocamento é quando o indivíduo, no 
sonho, se afasta de seu objeto de valor real, 
desviando-o para outro objeto a sua carga 
afetiva. Objeto secundário e, aparentemente, 
insignificante. 
A dramatização é a imaginação de nossa 
mente. Aos sonhar, deixamos a razão de lado, 
razão presente quando estamos acordados. 
Assim, podemos imaginar tudo o que durante 
o dia racionalizamos. 
A simbolização é quando as imagens 
presentes no sonho possuem relação com 
outras imagens. Isto é, quando o indivíduo 
sonha com algum objeto que no sonho 
aparece mascarado, o qual diz respeito a algo 
que essa pessoa viveu ou desejou. 
Chistes e Atos Falhos 
São formas de “erro” quesão cometidas ao se 
fazer humor, ao se trocarem palavras etc. que, 
“sem querer”, revelam aspectos do 
inconsciente e padrões de comportamento do 
sujeito. Além dos chistes e dos atos falhos, 
outras formas com que um elemento do 
inconsciente se manifesta é por meio dos 
sintomas e dos sonhos. 
1) Atos falhos na linguagem (fala, escrita, 
leitura); 
2) Atos falhos de esquecimento (falha na 
memória); 
3) Atos falhos no comportamento (cair, 
quebrar, derrubar, tropeçar etc.), enfim, 
perturbações do controle motor. 
Mecanismos de Defesa 
“As defesas psíquicas não só podem dirigir-se 
contra perigos que vêm de dentro, mas 
também ser expressões de fuga da dor e de 
perigos provenientes do mundo real” (Freud, 
1967). 
 São defesas da fuga da dor e de profundos 
sentimentos de inadequação; 
 Troca de uma opção por si por uma rápida 
solução do problema evitando a dor e o 
sofrimento, dependendo da neurose da 
pessoa; 
 Adaptação a uma situação conflitante. 
Tipos de mecanismos: 
 Anulamento – “esquecer” alguma ação 
cometida uma vez que ela gera 
desconforto e ansiedade; 
 Compensação – Suprir ou compensar 
deficiências reais ou imaginárias; 
 Dissociação – Significado e fenômeno 
emotivos separados; 
 Formação reativa – Ações conscientes que 
são contrarias ao seu desejo e 
necessidades; 
 Identificação – pessoa tenta assemelhar-
se a outra como forma de compensação 
por algo que ela não consegue, ter, 
realizar e fazer (não é imitação); 
 Incorporação – processo primário onde a 
criança incorpora aspectos bons e maus 
dos pais; 
 Internalização – Quando colocamos para 
dentro o objeto, internalizamos, ou seja, 
incorporamos o objeto; 
 Introjeção – Introjetar simbolicamente 
partes de uma pessoa ou o todo dele; 
 Negação – alívio da ansiedade do conflito 
em virtude da dor que essas ideias 
provocam no consciente; 
 Projeção – mecanismo onde imputamos 
características em outra pessoa das quais 
não suportamos em nós mesmos; 
 Racionalização – Transformar 
sentimentos, fatos e comportamentos 
inaceitáveis pelo sujeito em algo racional, 
aceitável; 
 Sublimação – Impulsos redirecionados, 
reorientados. 
Resistência 
 A resistência é uma forma de atrapalhar o 
processo de análise; 
 Perigos antigos retornam ao tratamento 
sobre forma de resistências a cura; 
 Ego afetado pelo processo de tratamento; 
Resistência do ego: 
 Repressão (entende-se como o processo 
em que uma experiência dolorosa à 
psique do sujeito é arremessada para o 
inconsciente e lá reste “esquecida”, 
evitando que a psique reviva aquele fato) 
– recalque (onde utilizamos os 
mecanismos de defesa) 
 Transferência – relação terapêutica entre 
paciente e terapeuta. Sem transferência 
não há acesso ao conteúdo. 
 De ganho secundário – relação de troca, 
manutenção. 
Transferência 
Para Freud, a relação transferencial é 
basicamente uma forma de amor transferencial 
entre analista e analisando. Isso é importante, 
dentre outros fatores, por estabelecer a 
confiança necessária para o analisando livre 
associar (associação livre – maneira de fazer 
surgir o desejo nas representações, a fim de 
ter uma menor dose possível de 
compulsão/quando o sujeito fala, ele alivia a 
compulsão). 
Para a psicanálise, há um momento do 
desenvolvimento da terapia em que o 
analisando passa a replicar seus processos 
psíquicos em direção ao analista. Por exemplo, 
o analisando pode começar a usar a mesma 
lógica de ação e fala que usaria contra seu pai 
(ou mãe) em relação ao psicanalista. É possível 
que a transferência tenha um aspecto positivo, 
pois este afeto dirigido ao analista permite a 
análise avançar, isto é, permite que se reflita 
sobre as causas deste comportamento. 
Laplanche e Pontalis (2001), a transferência é 
entendida como: O processo pelo qual desejos 
inconscientes se atualizam sobre 
determinados objetos no quadro de um certo 
tipo de relação estabelecida com eles e, 
eminentemente, no quadro da situação 
analítica. Trata-se aqui de uma repetição de 
modelo infantil vivido com um sentimento de 
atualidade acentuada. 
Tipos de transferência: 
 Transferência Negativa 
 Transferência Erótica 
 Transferência Positiva 
As transferências positivas e negativas 
precisam coexistir. Esta é a condição para o 
tratamento psicanalítico. Freud aponta que nas 
psiconeuroses, sentimentos afetuosos e 
hostis, conscientes e inconscientes ocorrem 
lado a lado e são dirigidos simultaneamente 
para a mesma pessoa. 
Assim, repetir, resistir e elaborar são trabalhos 
que ocorrem neste espaço que engloba a 
dimensão da ambivalência (é a mistura de 
sentimentos opostos, em especial: amor e 
ódio. Para Freud, todos temos a necessidade 
de estabelecer vínculos afetivos, mas também 
tempos impulsos instintivos de agressividade. 
Assim, é de certa forma natural à psique 
humana amar e odiar. Quando um familiar 
querido falece, muitas vezes nos culpamos por 
termos, em algum momento, lhe desejado um 
mal: este seria um exemplo de que a 
ambivalência vive em nós). 
Contratransferência 
É a transferência do analista em direção ao 
paciente, ou seja, é a resposta do analista à 
transferência do paciente. Costuma-se 
qualificar como favorável a contratransferência 
que seja uma reação emocional, controlada, 
consciente e adequada do terapeuta ao 
paciente. Por outro lado, é negativa a 
contratransferência em que o psicanalista tente 
impor sua visão ideológica ao analisando, 
rompendo o aspecto da neutralidade que se 
espera do analista. Ou o analista mostre uma 
irritação exagerada contra algo que o 
analisando disse, como uma pergunta pessoal 
feita pelo analisando, ou um questionamento 
sobre a terapia que o analisando faça. 
 Um conjunto de imagens, sentimentos e 
impulsos do terapeuta durante a sessão e 
poderia ocorrer de três formas: a) como 
um obstáculo; b) como instrumento 
terapêutico; e c) como um "campo" em 
que o paciente pode realmente adquirir 
uma experiência viva e diferente da que 
teve originalmente.

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