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2 Trabalho de MIC II

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Prévia do material em texto

Universidade Católica de Moçambique 
Instituto de Educação à Distancia 
 
 
 
 
Assédio sexual no processo de ensino e aprendizagem - Caso da EPC da Fábrica 
 
Aires Arlindo Macanha – 708214493 
 
 
 
Curso: Ensino de Informática 
Disciplina: MIC II 
Ano de Frequência: 2ºano 
 
 
 
 
 
 
Nampula, Setembro, 2022 
2 
 
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Categorias 
 
Indicadores 
 
Padrões 
Classificação 
Pontuação 
máxima 
Nota do 
tutor 
Subtotal 
 
 
 
Estrutura 
 
 
Aspectos 
organizacionais 
 Capa 0.5 
 Índice 0.5 
 Introdução 0.5 
 Discussão 0.5 
 Conclusão 0.5 
 Bibliografia 0.5 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Conteúdo 
 
 
 
Introdução 
 Contextualização 
(Indicação clara do
problema) 
 
1.0 
 
 Descrição dos 
objectivos 
1.0 
 
 Metodologia 
adequada ao objecto 
do trabalho 
 
2.0 
 
 
 
 
 
Análise e 
discussão 
 Articulação e domínio 
do discurso 
académico (expressão, 
escrita cuidada, 
coerência/Coesão 
textual) 
 
 
2.0 
 
 Revisão bibliográfica 
nacional e 
Internacionais 
relevantes na área de
estudo 
 
 
2.0 
 
 Exploração dos dados 2.0 
Conclusão 
 Contributos teóricos 
práticos 
2.0 
 
 
Aspectos 
gerais 
 
 
Formatação 
 Paginação, tipo e 
tamanho de letra, 
paragrafo, 
Espaçamento 
entrelinhas 
 
 
1.0 
 
 
Referências 
Bibliográficas 
Normas APA 
6ªedição e 
Citações e 
bibliografia 
 Rigor e coerência das 
citações/referências 
bibliográficas 
 
4.0 
 
 
ii 
3 
 
 
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________ 
 
Folha para recomendações de melhoria: A ser preenchida pelo tutor 
iii 
4 
 
Índice 
Resumo ............................................................................................................................................ 5 
1. Introdução .................................................................................................................................... 6 
2. Delimitação do Tema................................................................................................................... 7 
3. Problematização........................................................................................................................... 7 
4. Objetivos ...................................................................................................................................... 8 
4.1 Objectivo geral .......................................................................................................................... 9 
4.2 Objectivos específicos ............................................................................................................... 9 
5. Justificativa .................................................................................................................................. 9 
6. Hípoteses ................................................................................................................................... 11 
7. Metodologia ............................................................................................................................... 15 
7.1. Tipo de pesquisa. .................................................................................................................... 15 
7.2 Universo .................................................................................................................................. 15 
7.3 Amostra ................................................................................................................................... 16 
7.4 Instrumentos e técnicas de recolha de dados. .......................................................................... 16 
8. Fundamentação teórica .............................................................................................................. 17 
9. Conclusão .................................................................................................................................. 19 
10. Referencia Bibliográfica .......................................................................................................... 20 
 
 
5 
 
Resumo 
O assédio sexual sempre fez parte da história da humanidade e do mundo em geral, assim como a 
discriminação da mulher pelo homem, não querendo restringir o assédio sexual do homem contra 
a mulher, pois o contrário disso também é possível. 
No contexto escolar o assédio sexual manifesta-se na relação entre professor e aluno que é 
reduzida à interesses de favores sexuais na medida em que ao longo do processo de ensino e 
aprendizagem, observam-se atitudes que tendem a importunar do processo educativo por alguns 
dos actores da comunidade escolar para interesse de carácter sexual, manifestado por imposições 
e seduções de ordem sexual entre professor e aluno dificultando o alcance dos objectivos no 
PEA. 
Nesse caso, muitas das vezes o professor solicita a aluna para interesses sexuais a partir dos testes 
ou provas das classificações que, por vezes, o professor começa por, desclassificar e desqualificar 
a aluna e relação ao seu rendimento escolar, até manifestar o ódio para a aluna que pretende 
sexualmente. 
A falta de sensibilização dos professores, e alunos e encarregados de educação por parte dos 
gestores de educação em matéria de procedimentos ético–morais, da deontologia profissional dos 
docentes nas sessões de aperfeiçoamento pedagógico, favorece o desconhecimento do fenómeno 
do assédio sexual e a prática do mesmo ao longo do Processo de Ensino e Aprendizagem. 
Palavras Chaves: Educação, Assédio sexual, PEA. 
 
6 
 
1. Introdução 
 
O presente trabalho de investigação é da cadeira de Metodologias de Investigação Cientifica e 
tem como tema Assedio sexual no processo de ensino e aprendizagem. 
O assédio sexual sempre fez parte da história da humanidade e do mundo em geral. E no contexto 
escolar o assédio sexual manifesta-se na relação entre professor e aluno que é reduzida à 
interesses de favores sexuais na medida em que ao longo do processo de ensino e aprendizagem. 
O presente trabalho foi conduzido como uma investigação de abordagem qualitativa, na qual 
buscou-se privilegiar uma visão mais compreensiva sobre o assedio sexual nas escolas. Para a 
colecta de dados, recorreu-se ao método de consultas bibliográficas e observação directa. 
O trabalho encontra-se estruturado da seguinte maneira: elementos pré – textuais: capa, folha de 
rosto, índice e introdução, elementos textuais: desenvolvimento dos conteúdos, pós-textuais: 
conclusão e referências bibliográficas. 
 
 
7 
 
2. Delimitação do Tema 
Pelo esquema do projecto que se coloca propõe-se fazer uma investigação científica subordinada 
ao fenómeno do assédio sexual no processo de ensino e aprendizagem: Caso da EPC da Fábrica. 
3. Problematização 
O assédio sexual sempre fez parte da história da humanidade e do mundo em geral, assim como a 
discriminação da mulher pelohomem, não querendo restringir o assédio sexual do homem contra 
a mulher, pois o contrário disso também é possível. 
Desde o tempo passado da humanidade na sua vida social, o assédio sexual tem ligação 
primordial com a descriminação da mulher pelo homem e devendo-se considerar que as condutas 
do assédio sexual são vistas de formas diferentes e em culturas distintas. No contexto escolar o 
assédio sexual manifesta-se na relação entre professor e aluno que é reduzida à interesses de 
favores sexuais na medida em que ao longo do processo de ensino e aprendizagem, observam-se 
atitudes que tendem a importunar do processo educativo por alguns dos actores da comunidade 
escolar para interesse de carácter sexual, manifestado por imposições e seduções de ordem sexual 
entre professor e aluno dificultando o alcance dos objectivos no PEA. 
Segundo OLIVEIRA (2002:169), 
na formulação do problema, o pesquisador devecontextualizar de forma sucinta o 
tema de sua pesquisa. Contextualizar significa abordar o tema de forma a 
identificar a situação ou o contexto no qual o problema a seguir será inserido. 
Essa é uma forma de introduzir o leitor no tema em que se encontra o problema, permitindo uma 
visualização situacional da questão. 
Na mesma linha de abordagem, LAKATOS e MARCONI (1999:28) afirmam que problema é 
uma dificuldade teórica ou prática, em conhecimento de alguma coisa de real importância, para 
qual se deve encontrar uma solução. 
Em muitas escolas, em particular na EPC da Fábrica - Namapa, é frequente ouvir alunos 
principalmente alunas, reclamando sobre situações de professores que manifestam atitudes de 
assédio sexual. Nesse caso, muitas das vezes o professor solicita a aluna para interesses sexuais a 
8 
 
partir dos testes ou provas das classificações que, por vezes, o professor começa por, 
desclassificar e desqualificar a aluna e relação ao seu rendimento escolar, até manifestar o ódio 
para a aluna que pretende sexualmente. Assim, a aluna, as vezes procura aproximar ao professor 
de modo a superar o seu baixo rendimento pedagógico e nesse espaço o professor manifesta o 
interesse de favores sexuais que, muitas das vezes, a aluna por medo de reprovação sujeita-se ao 
interesse do professor e, nalguns casos, se a aluna rejeita constitui motivo da sua reprovação 
porque professor manifesta nó de ódio e rejeição à aluna que não aderiu o pedido de favores 
sexuais feitos pelo professor. 
Por vezes também, nas escolas públicas em particular na EPC da Fábrica - Namapa, há casos em 
que as alunas seduzem professores para factos sexuais manifestando atitudes convidativas 
dirigindo conversas de interesses sexuais e, nesse caso, o professor envolve-se no fenómeno de 
assédio sexual. 
Ainda mais, na EPC da Fábrica - Namapa, entre 2004 a 2006, verificou-se casos de gravidez e 
casamentos prematuros de alunas com envolvimento de professores ao longo do ensino e 
aprendizagem. 
Por estas constatações, com a implementação de novas reformas no sector público, em particular 
na educação, com vista a promoção da qualidade de ensino, fiquei motivado a efectuar a pesquisa 
sobre o assédio sexual nas escolas de maneira que contribua na melhoria da qualidade de ensino e 
particularmente na formação da mulher. Inquietado com o facto, nesse sentido, coloco a seguinte 
questão: quais são as causas determinantes do assédio sexual ao longo do Processo de Ensino 
e Aprendizagem? 
4. Objetivos 
Segundo Libanêo (1990), os objectivos são fins que a antecipam os resultados do trabalho a 
realizar, expressando exigências, competências, habilidades e capacidades a serem assimiladas 
mediante a implementação de certos métodos. Neste caso os objectivos podem ser subdivididos 
em: 
9 
 
4.1 Objectivo geral 
Objectivo geral, expressa propósitos mais amplos acerca daquilo que se pretende alcançar 
mediante as exigências propostas pela realidade para o desenvolvimento da personalidade e só se 
alcança ao médio ou longo prazo, neste contexto o objectivo geral deste trabalho é o seguinte: 
 Compreender o fenómeno de assédio sexual ao longo do Processo de Ensino e 
Aprendizagem, para mostrar a necessidade de integração da mulher no PEA e da melhoria 
da qualidade de ensino nas instituições escolares do nosso país. 
4.2 Objectivos específicos 
Os objectivos específicos, são fins que particularizam, especificam e explicativo rumo a ser 
impresso e expressando conhecimentos, habilidades a obter no desenvolvimento das cognitivas, 
Libanêo (1990). São objectivos específicos deste projecto seguintes: 
 Identificar sinais de manifestação do assédio sexual nas escolas; 
 Identificar factores que estimulam o assédio sexual; 
 Caracterizar o fenómeno de assédio sexual no processo de ensino e aprendizagem; 
 Sugerir estratégias de combate do assédio sexual no processo de ensino e aprendizagem. 
5. Justificativa 
Muitas das escolas da nossa sociedade a presença e a permanência da mulher é bastante fraca em 
particular nos níveis de ensino mais elevado e nos níveis de formação profissional. O baixo 
indicie da presença e permanecia da mulher nas escolas é uma realidade para muitas escolas 
apesar de que a situação varia de região para região. Como refere PREVIOUS (2005: 29), 
“A incidência do analfabetismo varia de região por região, mas todas as regiões têm 
uma coisa em comum, as mulheres são sempre menos alfabetizadas que os homens. A 
discrepância do género na educação é explicada por muitos factores: a descriminação 
começa com fraca presença da rapariga na educação nos níveis de ensino (…). A 
repetência e desistência, agrava mais a situação precária das raparigas na 
educação”. 
O estudo sobre o assédio sexual que se propõe a pesquisar neste momento, desperta atenção de 
algo anormal a partir do tempo que fui aluno da escola primária de Parque Popular onde comecei 
10 
 
a observar o fenómeno nas 5ª, 6ª e 7ª classes em 2007-2010 e depois marcadamente no momento 
da formação no Instituto de Formação de Professores de Nampula em 2016 – 2018. 
A minha inquietação em relação ao fenómeno de assédio sexual nas escolas, surge na sequência 
das experiências como professor – estagiário em escolas públicas do ensino primário na cidade de 
Nampula. Ao longo do ano de 2017, enquanto estudante do instituto de formação de professores 
de Nampula, acompanhei nas conversas das formandas que faziam parte daquela instituição de 
formação de quadros de educação, referindo que os Formadores, depois das aulas, solicitavam as 
formandas convidando a um divertimento num fim-de-semana por exemplo nos centros sociais. 
As formandas por respeito concordavam com os convites por fim surgia sempre uma relação de 
interesse sexual a pedido do professor e a aluna geralmente sujeitava-se do interesse do professor. 
No ano 2018, enquanto professor estagiário da escola primária completa de MURRAPANIUA 1, 
verifiquei situações de agressão física de esposo da aluna da 7ª Classe daquela escola pública 
contra um professor de matemática em plena aula, evocando-se adultério sexual entre professor e 
a estudante. 
Também em relação ao fenómeno de assédio sexual, escutei pela rádio Moçambique no programa 
campo e desenvolvimento no painel sobre a prevenção de HIV-SIDA e a escola como veículo da 
informação. Ao longo do debate acompanhei locuções sobre as quais apontam que há atitudes de 
irresponsabilidade dos professores que impõem as alunas para namoro, actos sexuais sob pena de 
reprovação alimentando assim a prostituição e aumentando os níveis de contaminação do HIV-
SIDA. 
Recentemente assisti pela televisão de Moçambique no programa justiça e ordem, caso de um 
professor de matemática que assediou uma aluna de uma das escolas do distrito de Angoche 
província de Nampula, tendo engravidado a aluna. Da entrevista que aluna teve com o jornalista 
da televisão de Moçambique, explicou que o professor teria lhe prometido custear os estudos da 
aluna ate a 12ªclasse e de momento aluna esta na 7ª classe. O professor por sinal é vizinho da 
aluna e ainda é casado pai de 4 filhos e assim ultimamente depois da aluna dar a luz o professor 
abandonou e não dando assistência financeira e ela decidiu colocar o caso a direcção distrital de 
educação de Angoche e como forma de advertência ficou exposto o caso aos órgãos de 
informação. Contudo, o ministério da educação deu conta que o fenómeno está a ganhar 
11 
 
proporções alarmantes nas escolas, revitalizando o estatuto do professor; no capítulo IV sobre 
responsabilidade disciplinar e no artigo 20, no ponto 3; as condições de demissão do funcionário, 
preconizando que “será demitido das suas funções de professor, o docente que violar a ética 
moral e profissional nas relações com alunos. MINED (2004:228). Neste caso conheci um meu 
colega, que ficou expulso do ministério de educação, no distrito de Namapa, província de 
Nampula, no ano de 2020 por ter assediado uma aluna que por sinal era filha do chefe de um dos 
postos administrativos daquele local. 
Conheci um professor de língua inglesa da Escola Secundária de Namapa que depois de ter 
ingerido álcool, fez um atentado a assédio sexual para a sua aluna e depois em jeito de 
reconhecimento do seu erro passou uma declaração de pedido de desculpas para a aluna e para a 
escola. 
Nesta ordem de ideias, o estudo permite a todos intervenientes do PEA, o conhecimento e a 
compreensão do fenómeno de assédio sexual, contribuindo assim na observância de princípios 
pedagógicos ao longo processo educativo, deste modo, contribuindo na promoção da qualidade 
do ensino, na emancipação da mulher e na igualdade de oportunidades. 
6. Hípoteses 
Como tentativa de resposta ao problema colocado, são as seguintes hipóteses: 
1. A falta de sensibilização dos professores, e alunos e encarregados de educação por parte dos 
gestores de educação em matéria de procedimentos ético–morais, da deontologia profissional dos 
docentes nas sessões de aperfeiçoamento pedagógico, favorece o desconhecimento do fenómeno 
do assédio sexual e a prática do mesmo ao longo do Processo de Ensino e Aprendizagem; 
2. O uso frequente do álcool na comunidade escolar por parte do professor ao longo do processo 
de ensino e aprendizagem estimula a manifestação do assédio sexual, rompendo autoridade e o 
poder dos professores na sala de aula; 
3. Os métodos usados para a educação das jovens nos ritos de iniciação estimulam às mesmas a 
sexualidade precoce e favorecendo aos professores na manifestação das relações de interesse 
sexual com as jovens/alunas. 
12 
 
Hipóteses Variáveis Indicadores Instrumentos 
 
 
A falta de sensibilização dos 
professores, e alunos e 
encarregados de educação por 
parte dos gestores de educação em 
matéria de procedimentos ético–
morais, da deontologia 
profissional dos docentes nas 
sessões de aperfeiçoamento 
pedagógico, favorece o 
desconhecimento do fenómeno 
do assédio sexual e a prática do 
mesmo ao longo do Processo de 
Ensino e Aprendizagem; 
 
 
 
 
 
 
 
 
X 
A falta de 
sensibilização dos 
professores e alunos 
em matéria de 
procedimentos ético – 
morais, postulados nos 
regulamentos 
escolares e estatutos 
profissional 
• O traje que 
encobre algumas 
partes erógenas em 
especial nas alunas e 
professoras. 
• Falta de 
divulgação do 
fenómeno de 
assédio sexual no 
seio da comunidade 
escolar a parti de 
encontros 
pedagógicos como 
nos seminários de 
capacitação ou 
workshop. 
 
 
 
 
 
 
Entrevista 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Observação 
 
 
Y 
O desconhecimento do 
fenómeno do assédio 
sexual na 
aprendizagem, 
-Não 
Aprofundamento de 
desvios de 
comportamento 
sexual no processo 
de ensino. 
Z 
Prática do fenómeno 
de assédio sexual ao 
longo do P.E.A 
 
Casamentos 
prematuros e 
gravidez das alunas 
com envolvimento 
dos professores 
13 
 
 
 
 
O uso frequente do álcool na 
comunidade escolar por parte do 
professor ao longo do processo de 
ensino e aprendizagem estimula a 
manifestação do assédio sexual, 
rompendo autoridade e o poder 
dos professores na sala de aula 
X 
O uso frequente do 
álcool na comunidade 
escolar por parte do 
professor ao longo do 
processo de ensino e 
aprendizagem 
Professores e alunos 
em estado de 
embriagues. 
Venda de bebidas 
alcoólicas no recinto 
escolar em algumas 
instituições 
educativas, 
convidando o 
consumo das 
mesmas. 
 
 
 
 
Entrevista 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Observação 
Y 
a manifestação do 
assédio sexual, 
rompendo autoridade 
e o poder do 
professores na sala de 
aula 
 
 
 
 
 
 
Nível de contacto e 
conversa entre 
professor e aluno. 
Professores 
partilhando 
momentos de lazer e 
diversão com suas 
alunas nas barracas, 
bares e consumindo 
álcool. 
14 
 
Z 
Rompimento da 
autoridade e o poder 
dos professores na 
sala de aula 
 
Os métodos usados para a 
educação das jovens nos ritos de 
iniciação estimulam às mesmas a 
sexualidade precoce e 
oportunando aos professores as 
relações de interesse sexual com 
as jovens / alunas 
X 
Os métodos usados 
para a educação das 
jovens nos ritos de 
iniciação 
Atitudes que 
mostram prontidão 
dos alunos para a 
vida sexual por 
exemplo tipo de 
conversa, modo com 
se dirigem as 
pessoas 
 
 
 
 
 
 
 
 
Entrevista 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Observação 
Y 
Estimulação da 
sexualidade precoce 
ao longo do PEA. 
Oportuno aos 
professores as relações 
de interesse sexual 
com as jovens / alunas 
Casamentos 
prematuros e 
gravidez precoce 
Z 
Oportuno dos 
professores às relações 
de interesse sexual 
com as jovens / alunas 
 
 
15 
 
7. Metodologia 
A metodologia na pesquisa, pode ser entendida como o conjunto detalhado e sequencial de 
métodos e técnicas científicas a serem executadas ao longo da pesquisa, de tal modo que se 
consiga atingir os objectivos inicialmente propostos e, ao mesmo tempo, atender aos critérios de 
menor custo, maior rapidez, maior eficácia e mais fiabilidade de informações. (BARRETO, 
HONORATOL, 1998: 72). 
Deste modo, propõe-se, os seguintes critérios metódicos: tipo de pesquisa, universo, amostra, 
instrumentos e técnicas de recolha de dados. 
7.1. Tipo de pesquisa. 
A pesquisa que se propõe efectuar quanto à abordagem é qualitativa e indutiva. [CHIZZOTI 
(1988; 79)], afirma que “a pesquisa qualitativa parte do fundamento de que há uma relação 
dinâmica o mundo real do sujeito, uma interdependência viva entre o sujeito e o objecto, um 
vínculo indissociável entre o mundo objectivo e a subjectividade do sujeito”. Assim, também 
considera-se indutiva porque alguns dos dados resultarão das informações que se vão obter 
directamente dos sujeitos através das entrevistas. 
Numa outra análise do tipo de pesquisa, se pode avaliar quanto ao procedimento, podendo assim 
ser descritiva, dado que procura descrever o fenómeno de assédio sexual nas escolas de modo a 
obter a compreensão do fenómeno e as possíveis estratégias do seu combate e é também 
descritiva, em função metodológica, dos instrumentos que a pesquisa irá usar para a colecta de 
dados como por exemplo a entrevista. 
7.2 Universo 
Segundo RICHARDSON (1999: 157), “Os termos população e Universo exprimem o mesmo 
significado e explicam-se como sendo o conjunto de elementos que possuem determinadas 
características que o pesquisador precisa estudar” 
Assim, a população ou universo desta pesquisa são professores, alunos e pais encarregados de 
educação da Escola Primária completa da Fábrica. 
16 
 
7.3 Amostra 
Como amostra, a pesquisa do campo envolverá um total de 60 sujeitos, dos quais 20 professores, 
10 do sexo masculino, 10 do sexo feminino, 20 alunos, 10 do sexo masculino e 10 do sexo 
feminino, todos os alunos são da 7ª classe, e 20 pais ouencarregados de educação, dos quais, 10 
do sexo masculino e 10 do sexo feminino. 
Assim, pela natureza do tema, visto que, se relaciona sobre aspectos que se manifestam na maior 
parte dos casos a partir dos homens sobre as mulheres. Assim, será preciso envolver as duas 
entidades humanas de aneira que se busquem esclarecimentos entre os diferentes géneros, nesse 
caso, a praticado assédio sexual; nas escolas, envolve toda comunidade escolar de ambos os 
sexos e, assim, por esta razão o estudo deve incluir todos os sujeitos envolvidos no PEA. 
7.4 Instrumentos e técnicas de recolha de dados. 
Para a colecta de dados, salientam-se a observação e a entrevista como meios para aquisição de 
informações sobre o tema em estudo. 
A observação, apesar de ser considerada como um dos métodos mais antigos é de extrema 
importância porque possibilita um grau elevado de precisão. Segundo MAZZOTTI (1999:166), 
“...é a observação não estruturada, na qual os comportamentos a serem observados e relatados 
não são predeterminados, eles são observados e relatados de forma como ocorrem visando 
descrever e compreender o que está ocorrendo numa dada situação.” 
Com este método, irá se observar as relações interpessoais que se desenvolvem em toda a 
comunidade escolar. Estes dados são muito importantes para verificar como é que o assédio 
sexual se manifesta nas escolas. Ainda mais, para além da observação, irá se usar a entrevista. 
LAKATOS E MARCONI (2002: 93), referindo-se de entrevista, afirma que “é um encontro entre 
duas pessoas, afim de que uma delas obtenha informações a respeito de determinado assunto, 
mediante uma conservação de natureza profissional. É um procedimento utilizado na 
investigação social, para a colecta de dados ou para ajudar no diagnostico ou no tratamento de 
um problema”. 
17 
 
8. Fundamentação teórica 
De acordo com Mello (2006, p. 86), “a fundamentação teórica apresentada deve servir de base 
para a análise e interpretação dos dados colectados na fase de elaboração do relatório final. Dessa 
forma, os dados apresentados devem ser interpretados à luz das teorias existentes”. 
No âmbito do estudo Analítico em relação ao comportamento do professor sob o ponto de vista 
relação professor-aluno na perspectiva das condutas desviadas a interesses sexuais no que diz 
respeito aos princípios éticos, morais e profissionais sobre as objecções de descriminação da 
mulher na dinâmica da vida social e económica, observa-se atitudes em alguns profissionais da 
educação que contrariam os princípios educativos, manifestando comportamentos alheios ao PEA 
de forma desconhecida em termos de origem das atitudes paradoxas ao processo educativo. 
Tendo em conta o propósito da pesquisa relacionado com a compreensão do fenómeno de assédio 
sexual ao longo do PEA, nesse caso implica analisar as motivações que estão por de trás sobre a 
manifestação do comportamento de natureza e interesse sexual no PEA por parte do professor e 
do aluno especificamente na relação de professor – aluna. 
Assim, em termos de fundamentação teórica, a pesquisa enquadra-se na teoria psicanalítica de 
Freud. Segundo STRATTON e HAYES (1994: 230), Teoria psicanalítica – teoria de 
desenvolvimento da personalidade e do funcionamento humano desenvolvida por Freud, conferiu 
à teoria uma forte conotação biológica e o pressuposto de que o comportamento adulto é 
poderosamente influenciado pela experiência de infância permanece fundamental – uma grande 
contribuição para o desenvolvimento da teoria vem dos teóricos das relações objectais, as quais 
enfatizam a importância das experiências vividas ao longo do inicio da infância. 
BOCK, TEIXEIRA e FURTADO (1999: 223), em relação a teoria psicanalítica de Freud 
explicam que “Freud, foi um dos pioneiros nos estudos da sexualidade humana nos seus aspectos 
psicológicos, mostrando que a sexualidade ocorre nas criança quase desde o seu nascimento e que 
a pratica sexual entre os adultos pode ser bem e mais livre. Assim, o sexo sempre estaria ligado a 
reprodução da espécie, e que qualquer pratica que não se implicasse seria considerada como 
desvio de conduta. A criança, mesmo Freud, concordaria, não estar prepara para reproduzir-se 
sexualmente”. 
18 
 
Para tal, os interesses sexuais manifestados ao longo do processo de ensino e aprendizagem, na 
relação professor – aluno pode ser vistos como desvio do comportamento e as suas motivações 
podem ser a partir das experiências do passado dos indivíduos que se envolvem no fenómeno de 
assédio sexual. 
Tendo em conta o problema da pesquisa no qual procura quais as causas que determinam o 
assédio sexual ao longo do PEA, a pesquisa enquadra-se no campo psicológico em termos de sua 
área de estudo científico, pois procura explicações a respeito das atitudes, comportamentos 
relacionados ao assédio sexual no PEA. 
Assim, o assédio sexual enquadra-se no estudo sobre a sexualidade humana, especificamente das 
condutas indesejáveis de carácter sexual que se manifestam ao longo do PEA nas relações 
interpessoais. 
 
19 
 
9. Conclusão 
Terminada a elaboração deste trabalho conclui-se que asatitudes em alguns profissionais da 
educação que contrariam os princípios educativos, manifestando comportamentos alheios ao PEA 
de forma desconhecida em termos de origem das atitudes paradoxas ao processo educativo. 
Conclui-se ainda que os interesses sexuais manifestados ao longo do processo de ensino e 
aprendizagem, na relação professor – aluno pode ser vistos como desvio do comportamento e as 
suas motivações podem ser a partir das experiências do passado dos indivíduos que se envolvem 
no fenómeno de assédio sexual. 
 
20 
 
10. Referencia Bibliográfica 
BARRETO, Alcyrus Vieira Pinto; HONORATO, César de Freitas: Manual de Sobrevivência na 
Selva Académica. Rio de Janeiro. 1998 
BOCK, Ana Maria de Bahia; FRUTADO, Odiar, TEIXEIRA, Maria de Lourdes. Uma Introdução 
de Psicologia. 12ª Ed. São Paulo, Editora Saraiva. 1999 
CHIZZOT, António. Pesquisa em Ciências Humanas e Sociais. São Paulo. Editora Autores 
associados. 2000 
LAKATOS, Eva Maria, MARCONI, Mariana de Andrade. Metodologia Cientifica e 
conhecimento: teoria, hipóteses. 2ª ed. São Paulo, Editora atlas, 1989 
MAZZZOTTI, Alda Judith Alves; GEWANDSZNAJDER: O Método nas Ciências naturais e 
sociais – pesquisa qualitativa e quantitativa, 2ª Ed. São Paulo, Editora Pioneira, 1999. 
OLIVEIRA, Sílvio Luís de: metodologia cientifica aplicada ao direito. São Paulo; Thomson, 
2002 
RICHARDSON, Robert jarry. Pesquisa Social: Métodos e técnicas. 3ª Ed., São Paulo. Editora 
Atlas 1999. 
STRATTON, Peter; HEYES, Nich. Dicionário de Psicologia. São Paulo. Pioneira Thoms 
Learning.. 2003 
 
	Resumo
	1. Introdução
	2. Delimitação do Tema 
	3. Problematização
	4. Objetivos
	4.1 Objectivo geral
	4.2 Objectivos específicos
	5. Justificativa 
	6. Hípoteses
	7. Metodologia 
	7.1. Tipo de pesquisa.
	7.2 Universo 
	7.3 Amostra 
	7.4 Instrumentos e técnicas de recolha de dados.
	8. Fundamentação teórica
	9. Conclusão
	10. Referencia Bibliográfica

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