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Universidade Católica de Moçambique Instituto de Educação à Distancia Assédio sexual no processo de ensino e aprendizagem - Caso da EPC da Fábrica Aires Arlindo Macanha – 708214493 Curso: Ensino de Informática Disciplina: MIC II Ano de Frequência: 2ºano Nampula, Setembro, 2022 2 Folha de Feedback Categorias Indicadores Padrões Classificação Pontuação máxima Nota do tutor Subtotal Estrutura Aspectos organizacionais Capa 0.5 Índice 0.5 Introdução 0.5 Discussão 0.5 Conclusão 0.5 Bibliografia 0.5 Conteúdo Introdução Contextualização (Indicação clara do problema) 1.0 Descrição dos objectivos 1.0 Metodologia adequada ao objecto do trabalho 2.0 Análise e discussão Articulação e domínio do discurso académico (expressão, escrita cuidada, coerência/Coesão textual) 2.0 Revisão bibliográfica nacional e Internacionais relevantes na área de estudo 2.0 Exploração dos dados 2.0 Conclusão Contributos teóricos práticos 2.0 Aspectos gerais Formatação Paginação, tipo e tamanho de letra, paragrafo, Espaçamento entrelinhas 1.0 Referências Bibliográficas Normas APA 6ªedição e Citações e bibliografia Rigor e coerência das citações/referências bibliográficas 4.0 ii 3 ______________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________ Folha para recomendações de melhoria: A ser preenchida pelo tutor iii 4 Índice Resumo ............................................................................................................................................ 5 1. Introdução .................................................................................................................................... 6 2. Delimitação do Tema................................................................................................................... 7 3. Problematização........................................................................................................................... 7 4. Objetivos ...................................................................................................................................... 8 4.1 Objectivo geral .......................................................................................................................... 9 4.2 Objectivos específicos ............................................................................................................... 9 5. Justificativa .................................................................................................................................. 9 6. Hípoteses ................................................................................................................................... 11 7. Metodologia ............................................................................................................................... 15 7.1. Tipo de pesquisa. .................................................................................................................... 15 7.2 Universo .................................................................................................................................. 15 7.3 Amostra ................................................................................................................................... 16 7.4 Instrumentos e técnicas de recolha de dados. .......................................................................... 16 8. Fundamentação teórica .............................................................................................................. 17 9. Conclusão .................................................................................................................................. 19 10. Referencia Bibliográfica .......................................................................................................... 20 5 Resumo O assédio sexual sempre fez parte da história da humanidade e do mundo em geral, assim como a discriminação da mulher pelo homem, não querendo restringir o assédio sexual do homem contra a mulher, pois o contrário disso também é possível. No contexto escolar o assédio sexual manifesta-se na relação entre professor e aluno que é reduzida à interesses de favores sexuais na medida em que ao longo do processo de ensino e aprendizagem, observam-se atitudes que tendem a importunar do processo educativo por alguns dos actores da comunidade escolar para interesse de carácter sexual, manifestado por imposições e seduções de ordem sexual entre professor e aluno dificultando o alcance dos objectivos no PEA. Nesse caso, muitas das vezes o professor solicita a aluna para interesses sexuais a partir dos testes ou provas das classificações que, por vezes, o professor começa por, desclassificar e desqualificar a aluna e relação ao seu rendimento escolar, até manifestar o ódio para a aluna que pretende sexualmente. A falta de sensibilização dos professores, e alunos e encarregados de educação por parte dos gestores de educação em matéria de procedimentos ético–morais, da deontologia profissional dos docentes nas sessões de aperfeiçoamento pedagógico, favorece o desconhecimento do fenómeno do assédio sexual e a prática do mesmo ao longo do Processo de Ensino e Aprendizagem. Palavras Chaves: Educação, Assédio sexual, PEA. 6 1. Introdução O presente trabalho de investigação é da cadeira de Metodologias de Investigação Cientifica e tem como tema Assedio sexual no processo de ensino e aprendizagem. O assédio sexual sempre fez parte da história da humanidade e do mundo em geral. E no contexto escolar o assédio sexual manifesta-se na relação entre professor e aluno que é reduzida à interesses de favores sexuais na medida em que ao longo do processo de ensino e aprendizagem. O presente trabalho foi conduzido como uma investigação de abordagem qualitativa, na qual buscou-se privilegiar uma visão mais compreensiva sobre o assedio sexual nas escolas. Para a colecta de dados, recorreu-se ao método de consultas bibliográficas e observação directa. O trabalho encontra-se estruturado da seguinte maneira: elementos pré – textuais: capa, folha de rosto, índice e introdução, elementos textuais: desenvolvimento dos conteúdos, pós-textuais: conclusão e referências bibliográficas. 7 2. Delimitação do Tema Pelo esquema do projecto que se coloca propõe-se fazer uma investigação científica subordinada ao fenómeno do assédio sexual no processo de ensino e aprendizagem: Caso da EPC da Fábrica. 3. Problematização O assédio sexual sempre fez parte da história da humanidade e do mundo em geral, assim como a discriminação da mulher pelohomem, não querendo restringir o assédio sexual do homem contra a mulher, pois o contrário disso também é possível. Desde o tempo passado da humanidade na sua vida social, o assédio sexual tem ligação primordial com a descriminação da mulher pelo homem e devendo-se considerar que as condutas do assédio sexual são vistas de formas diferentes e em culturas distintas. No contexto escolar o assédio sexual manifesta-se na relação entre professor e aluno que é reduzida à interesses de favores sexuais na medida em que ao longo do processo de ensino e aprendizagem, observam-se atitudes que tendem a importunar do processo educativo por alguns dos actores da comunidade escolar para interesse de carácter sexual, manifestado por imposições e seduções de ordem sexual entre professor e aluno dificultando o alcance dos objectivos no PEA. Segundo OLIVEIRA (2002:169), na formulação do problema, o pesquisador devecontextualizar de forma sucinta o tema de sua pesquisa. Contextualizar significa abordar o tema de forma a identificar a situação ou o contexto no qual o problema a seguir será inserido. Essa é uma forma de introduzir o leitor no tema em que se encontra o problema, permitindo uma visualização situacional da questão. Na mesma linha de abordagem, LAKATOS e MARCONI (1999:28) afirmam que problema é uma dificuldade teórica ou prática, em conhecimento de alguma coisa de real importância, para qual se deve encontrar uma solução. Em muitas escolas, em particular na EPC da Fábrica - Namapa, é frequente ouvir alunos principalmente alunas, reclamando sobre situações de professores que manifestam atitudes de assédio sexual. Nesse caso, muitas das vezes o professor solicita a aluna para interesses sexuais a 8 partir dos testes ou provas das classificações que, por vezes, o professor começa por, desclassificar e desqualificar a aluna e relação ao seu rendimento escolar, até manifestar o ódio para a aluna que pretende sexualmente. Assim, a aluna, as vezes procura aproximar ao professor de modo a superar o seu baixo rendimento pedagógico e nesse espaço o professor manifesta o interesse de favores sexuais que, muitas das vezes, a aluna por medo de reprovação sujeita-se ao interesse do professor e, nalguns casos, se a aluna rejeita constitui motivo da sua reprovação porque professor manifesta nó de ódio e rejeição à aluna que não aderiu o pedido de favores sexuais feitos pelo professor. Por vezes também, nas escolas públicas em particular na EPC da Fábrica - Namapa, há casos em que as alunas seduzem professores para factos sexuais manifestando atitudes convidativas dirigindo conversas de interesses sexuais e, nesse caso, o professor envolve-se no fenómeno de assédio sexual. Ainda mais, na EPC da Fábrica - Namapa, entre 2004 a 2006, verificou-se casos de gravidez e casamentos prematuros de alunas com envolvimento de professores ao longo do ensino e aprendizagem. Por estas constatações, com a implementação de novas reformas no sector público, em particular na educação, com vista a promoção da qualidade de ensino, fiquei motivado a efectuar a pesquisa sobre o assédio sexual nas escolas de maneira que contribua na melhoria da qualidade de ensino e particularmente na formação da mulher. Inquietado com o facto, nesse sentido, coloco a seguinte questão: quais são as causas determinantes do assédio sexual ao longo do Processo de Ensino e Aprendizagem? 4. Objetivos Segundo Libanêo (1990), os objectivos são fins que a antecipam os resultados do trabalho a realizar, expressando exigências, competências, habilidades e capacidades a serem assimiladas mediante a implementação de certos métodos. Neste caso os objectivos podem ser subdivididos em: 9 4.1 Objectivo geral Objectivo geral, expressa propósitos mais amplos acerca daquilo que se pretende alcançar mediante as exigências propostas pela realidade para o desenvolvimento da personalidade e só se alcança ao médio ou longo prazo, neste contexto o objectivo geral deste trabalho é o seguinte: Compreender o fenómeno de assédio sexual ao longo do Processo de Ensino e Aprendizagem, para mostrar a necessidade de integração da mulher no PEA e da melhoria da qualidade de ensino nas instituições escolares do nosso país. 4.2 Objectivos específicos Os objectivos específicos, são fins que particularizam, especificam e explicativo rumo a ser impresso e expressando conhecimentos, habilidades a obter no desenvolvimento das cognitivas, Libanêo (1990). São objectivos específicos deste projecto seguintes: Identificar sinais de manifestação do assédio sexual nas escolas; Identificar factores que estimulam o assédio sexual; Caracterizar o fenómeno de assédio sexual no processo de ensino e aprendizagem; Sugerir estratégias de combate do assédio sexual no processo de ensino e aprendizagem. 5. Justificativa Muitas das escolas da nossa sociedade a presença e a permanência da mulher é bastante fraca em particular nos níveis de ensino mais elevado e nos níveis de formação profissional. O baixo indicie da presença e permanecia da mulher nas escolas é uma realidade para muitas escolas apesar de que a situação varia de região para região. Como refere PREVIOUS (2005: 29), “A incidência do analfabetismo varia de região por região, mas todas as regiões têm uma coisa em comum, as mulheres são sempre menos alfabetizadas que os homens. A discrepância do género na educação é explicada por muitos factores: a descriminação começa com fraca presença da rapariga na educação nos níveis de ensino (…). A repetência e desistência, agrava mais a situação precária das raparigas na educação”. O estudo sobre o assédio sexual que se propõe a pesquisar neste momento, desperta atenção de algo anormal a partir do tempo que fui aluno da escola primária de Parque Popular onde comecei 10 a observar o fenómeno nas 5ª, 6ª e 7ª classes em 2007-2010 e depois marcadamente no momento da formação no Instituto de Formação de Professores de Nampula em 2016 – 2018. A minha inquietação em relação ao fenómeno de assédio sexual nas escolas, surge na sequência das experiências como professor – estagiário em escolas públicas do ensino primário na cidade de Nampula. Ao longo do ano de 2017, enquanto estudante do instituto de formação de professores de Nampula, acompanhei nas conversas das formandas que faziam parte daquela instituição de formação de quadros de educação, referindo que os Formadores, depois das aulas, solicitavam as formandas convidando a um divertimento num fim-de-semana por exemplo nos centros sociais. As formandas por respeito concordavam com os convites por fim surgia sempre uma relação de interesse sexual a pedido do professor e a aluna geralmente sujeitava-se do interesse do professor. No ano 2018, enquanto professor estagiário da escola primária completa de MURRAPANIUA 1, verifiquei situações de agressão física de esposo da aluna da 7ª Classe daquela escola pública contra um professor de matemática em plena aula, evocando-se adultério sexual entre professor e a estudante. Também em relação ao fenómeno de assédio sexual, escutei pela rádio Moçambique no programa campo e desenvolvimento no painel sobre a prevenção de HIV-SIDA e a escola como veículo da informação. Ao longo do debate acompanhei locuções sobre as quais apontam que há atitudes de irresponsabilidade dos professores que impõem as alunas para namoro, actos sexuais sob pena de reprovação alimentando assim a prostituição e aumentando os níveis de contaminação do HIV- SIDA. Recentemente assisti pela televisão de Moçambique no programa justiça e ordem, caso de um professor de matemática que assediou uma aluna de uma das escolas do distrito de Angoche província de Nampula, tendo engravidado a aluna. Da entrevista que aluna teve com o jornalista da televisão de Moçambique, explicou que o professor teria lhe prometido custear os estudos da aluna ate a 12ªclasse e de momento aluna esta na 7ª classe. O professor por sinal é vizinho da aluna e ainda é casado pai de 4 filhos e assim ultimamente depois da aluna dar a luz o professor abandonou e não dando assistência financeira e ela decidiu colocar o caso a direcção distrital de educação de Angoche e como forma de advertência ficou exposto o caso aos órgãos de informação. Contudo, o ministério da educação deu conta que o fenómeno está a ganhar 11 proporções alarmantes nas escolas, revitalizando o estatuto do professor; no capítulo IV sobre responsabilidade disciplinar e no artigo 20, no ponto 3; as condições de demissão do funcionário, preconizando que “será demitido das suas funções de professor, o docente que violar a ética moral e profissional nas relações com alunos. MINED (2004:228). Neste caso conheci um meu colega, que ficou expulso do ministério de educação, no distrito de Namapa, província de Nampula, no ano de 2020 por ter assediado uma aluna que por sinal era filha do chefe de um dos postos administrativos daquele local. Conheci um professor de língua inglesa da Escola Secundária de Namapa que depois de ter ingerido álcool, fez um atentado a assédio sexual para a sua aluna e depois em jeito de reconhecimento do seu erro passou uma declaração de pedido de desculpas para a aluna e para a escola. Nesta ordem de ideias, o estudo permite a todos intervenientes do PEA, o conhecimento e a compreensão do fenómeno de assédio sexual, contribuindo assim na observância de princípios pedagógicos ao longo processo educativo, deste modo, contribuindo na promoção da qualidade do ensino, na emancipação da mulher e na igualdade de oportunidades. 6. Hípoteses Como tentativa de resposta ao problema colocado, são as seguintes hipóteses: 1. A falta de sensibilização dos professores, e alunos e encarregados de educação por parte dos gestores de educação em matéria de procedimentos ético–morais, da deontologia profissional dos docentes nas sessões de aperfeiçoamento pedagógico, favorece o desconhecimento do fenómeno do assédio sexual e a prática do mesmo ao longo do Processo de Ensino e Aprendizagem; 2. O uso frequente do álcool na comunidade escolar por parte do professor ao longo do processo de ensino e aprendizagem estimula a manifestação do assédio sexual, rompendo autoridade e o poder dos professores na sala de aula; 3. Os métodos usados para a educação das jovens nos ritos de iniciação estimulam às mesmas a sexualidade precoce e favorecendo aos professores na manifestação das relações de interesse sexual com as jovens/alunas. 12 Hipóteses Variáveis Indicadores Instrumentos A falta de sensibilização dos professores, e alunos e encarregados de educação por parte dos gestores de educação em matéria de procedimentos ético– morais, da deontologia profissional dos docentes nas sessões de aperfeiçoamento pedagógico, favorece o desconhecimento do fenómeno do assédio sexual e a prática do mesmo ao longo do Processo de Ensino e Aprendizagem; X A falta de sensibilização dos professores e alunos em matéria de procedimentos ético – morais, postulados nos regulamentos escolares e estatutos profissional • O traje que encobre algumas partes erógenas em especial nas alunas e professoras. • Falta de divulgação do fenómeno de assédio sexual no seio da comunidade escolar a parti de encontros pedagógicos como nos seminários de capacitação ou workshop. Entrevista Observação Y O desconhecimento do fenómeno do assédio sexual na aprendizagem, -Não Aprofundamento de desvios de comportamento sexual no processo de ensino. Z Prática do fenómeno de assédio sexual ao longo do P.E.A Casamentos prematuros e gravidez das alunas com envolvimento dos professores 13 O uso frequente do álcool na comunidade escolar por parte do professor ao longo do processo de ensino e aprendizagem estimula a manifestação do assédio sexual, rompendo autoridade e o poder dos professores na sala de aula X O uso frequente do álcool na comunidade escolar por parte do professor ao longo do processo de ensino e aprendizagem Professores e alunos em estado de embriagues. Venda de bebidas alcoólicas no recinto escolar em algumas instituições educativas, convidando o consumo das mesmas. Entrevista Observação Y a manifestação do assédio sexual, rompendo autoridade e o poder do professores na sala de aula Nível de contacto e conversa entre professor e aluno. Professores partilhando momentos de lazer e diversão com suas alunas nas barracas, bares e consumindo álcool. 14 Z Rompimento da autoridade e o poder dos professores na sala de aula Os métodos usados para a educação das jovens nos ritos de iniciação estimulam às mesmas a sexualidade precoce e oportunando aos professores as relações de interesse sexual com as jovens / alunas X Os métodos usados para a educação das jovens nos ritos de iniciação Atitudes que mostram prontidão dos alunos para a vida sexual por exemplo tipo de conversa, modo com se dirigem as pessoas Entrevista Observação Y Estimulação da sexualidade precoce ao longo do PEA. Oportuno aos professores as relações de interesse sexual com as jovens / alunas Casamentos prematuros e gravidez precoce Z Oportuno dos professores às relações de interesse sexual com as jovens / alunas 15 7. Metodologia A metodologia na pesquisa, pode ser entendida como o conjunto detalhado e sequencial de métodos e técnicas científicas a serem executadas ao longo da pesquisa, de tal modo que se consiga atingir os objectivos inicialmente propostos e, ao mesmo tempo, atender aos critérios de menor custo, maior rapidez, maior eficácia e mais fiabilidade de informações. (BARRETO, HONORATOL, 1998: 72). Deste modo, propõe-se, os seguintes critérios metódicos: tipo de pesquisa, universo, amostra, instrumentos e técnicas de recolha de dados. 7.1. Tipo de pesquisa. A pesquisa que se propõe efectuar quanto à abordagem é qualitativa e indutiva. [CHIZZOTI (1988; 79)], afirma que “a pesquisa qualitativa parte do fundamento de que há uma relação dinâmica o mundo real do sujeito, uma interdependência viva entre o sujeito e o objecto, um vínculo indissociável entre o mundo objectivo e a subjectividade do sujeito”. Assim, também considera-se indutiva porque alguns dos dados resultarão das informações que se vão obter directamente dos sujeitos através das entrevistas. Numa outra análise do tipo de pesquisa, se pode avaliar quanto ao procedimento, podendo assim ser descritiva, dado que procura descrever o fenómeno de assédio sexual nas escolas de modo a obter a compreensão do fenómeno e as possíveis estratégias do seu combate e é também descritiva, em função metodológica, dos instrumentos que a pesquisa irá usar para a colecta de dados como por exemplo a entrevista. 7.2 Universo Segundo RICHARDSON (1999: 157), “Os termos população e Universo exprimem o mesmo significado e explicam-se como sendo o conjunto de elementos que possuem determinadas características que o pesquisador precisa estudar” Assim, a população ou universo desta pesquisa são professores, alunos e pais encarregados de educação da Escola Primária completa da Fábrica. 16 7.3 Amostra Como amostra, a pesquisa do campo envolverá um total de 60 sujeitos, dos quais 20 professores, 10 do sexo masculino, 10 do sexo feminino, 20 alunos, 10 do sexo masculino e 10 do sexo feminino, todos os alunos são da 7ª classe, e 20 pais ouencarregados de educação, dos quais, 10 do sexo masculino e 10 do sexo feminino. Assim, pela natureza do tema, visto que, se relaciona sobre aspectos que se manifestam na maior parte dos casos a partir dos homens sobre as mulheres. Assim, será preciso envolver as duas entidades humanas de aneira que se busquem esclarecimentos entre os diferentes géneros, nesse caso, a praticado assédio sexual; nas escolas, envolve toda comunidade escolar de ambos os sexos e, assim, por esta razão o estudo deve incluir todos os sujeitos envolvidos no PEA. 7.4 Instrumentos e técnicas de recolha de dados. Para a colecta de dados, salientam-se a observação e a entrevista como meios para aquisição de informações sobre o tema em estudo. A observação, apesar de ser considerada como um dos métodos mais antigos é de extrema importância porque possibilita um grau elevado de precisão. Segundo MAZZOTTI (1999:166), “...é a observação não estruturada, na qual os comportamentos a serem observados e relatados não são predeterminados, eles são observados e relatados de forma como ocorrem visando descrever e compreender o que está ocorrendo numa dada situação.” Com este método, irá se observar as relações interpessoais que se desenvolvem em toda a comunidade escolar. Estes dados são muito importantes para verificar como é que o assédio sexual se manifesta nas escolas. Ainda mais, para além da observação, irá se usar a entrevista. LAKATOS E MARCONI (2002: 93), referindo-se de entrevista, afirma que “é um encontro entre duas pessoas, afim de que uma delas obtenha informações a respeito de determinado assunto, mediante uma conservação de natureza profissional. É um procedimento utilizado na investigação social, para a colecta de dados ou para ajudar no diagnostico ou no tratamento de um problema”. 17 8. Fundamentação teórica De acordo com Mello (2006, p. 86), “a fundamentação teórica apresentada deve servir de base para a análise e interpretação dos dados colectados na fase de elaboração do relatório final. Dessa forma, os dados apresentados devem ser interpretados à luz das teorias existentes”. No âmbito do estudo Analítico em relação ao comportamento do professor sob o ponto de vista relação professor-aluno na perspectiva das condutas desviadas a interesses sexuais no que diz respeito aos princípios éticos, morais e profissionais sobre as objecções de descriminação da mulher na dinâmica da vida social e económica, observa-se atitudes em alguns profissionais da educação que contrariam os princípios educativos, manifestando comportamentos alheios ao PEA de forma desconhecida em termos de origem das atitudes paradoxas ao processo educativo. Tendo em conta o propósito da pesquisa relacionado com a compreensão do fenómeno de assédio sexual ao longo do PEA, nesse caso implica analisar as motivações que estão por de trás sobre a manifestação do comportamento de natureza e interesse sexual no PEA por parte do professor e do aluno especificamente na relação de professor – aluna. Assim, em termos de fundamentação teórica, a pesquisa enquadra-se na teoria psicanalítica de Freud. Segundo STRATTON e HAYES (1994: 230), Teoria psicanalítica – teoria de desenvolvimento da personalidade e do funcionamento humano desenvolvida por Freud, conferiu à teoria uma forte conotação biológica e o pressuposto de que o comportamento adulto é poderosamente influenciado pela experiência de infância permanece fundamental – uma grande contribuição para o desenvolvimento da teoria vem dos teóricos das relações objectais, as quais enfatizam a importância das experiências vividas ao longo do inicio da infância. BOCK, TEIXEIRA e FURTADO (1999: 223), em relação a teoria psicanalítica de Freud explicam que “Freud, foi um dos pioneiros nos estudos da sexualidade humana nos seus aspectos psicológicos, mostrando que a sexualidade ocorre nas criança quase desde o seu nascimento e que a pratica sexual entre os adultos pode ser bem e mais livre. Assim, o sexo sempre estaria ligado a reprodução da espécie, e que qualquer pratica que não se implicasse seria considerada como desvio de conduta. A criança, mesmo Freud, concordaria, não estar prepara para reproduzir-se sexualmente”. 18 Para tal, os interesses sexuais manifestados ao longo do processo de ensino e aprendizagem, na relação professor – aluno pode ser vistos como desvio do comportamento e as suas motivações podem ser a partir das experiências do passado dos indivíduos que se envolvem no fenómeno de assédio sexual. Tendo em conta o problema da pesquisa no qual procura quais as causas que determinam o assédio sexual ao longo do PEA, a pesquisa enquadra-se no campo psicológico em termos de sua área de estudo científico, pois procura explicações a respeito das atitudes, comportamentos relacionados ao assédio sexual no PEA. Assim, o assédio sexual enquadra-se no estudo sobre a sexualidade humana, especificamente das condutas indesejáveis de carácter sexual que se manifestam ao longo do PEA nas relações interpessoais. 19 9. Conclusão Terminada a elaboração deste trabalho conclui-se que asatitudes em alguns profissionais da educação que contrariam os princípios educativos, manifestando comportamentos alheios ao PEA de forma desconhecida em termos de origem das atitudes paradoxas ao processo educativo. Conclui-se ainda que os interesses sexuais manifestados ao longo do processo de ensino e aprendizagem, na relação professor – aluno pode ser vistos como desvio do comportamento e as suas motivações podem ser a partir das experiências do passado dos indivíduos que se envolvem no fenómeno de assédio sexual. 20 10. Referencia Bibliográfica BARRETO, Alcyrus Vieira Pinto; HONORATO, César de Freitas: Manual de Sobrevivência na Selva Académica. Rio de Janeiro. 1998 BOCK, Ana Maria de Bahia; FRUTADO, Odiar, TEIXEIRA, Maria de Lourdes. Uma Introdução de Psicologia. 12ª Ed. São Paulo, Editora Saraiva. 1999 CHIZZOT, António. Pesquisa em Ciências Humanas e Sociais. São Paulo. Editora Autores associados. 2000 LAKATOS, Eva Maria, MARCONI, Mariana de Andrade. Metodologia Cientifica e conhecimento: teoria, hipóteses. 2ª ed. São Paulo, Editora atlas, 1989 MAZZZOTTI, Alda Judith Alves; GEWANDSZNAJDER: O Método nas Ciências naturais e sociais – pesquisa qualitativa e quantitativa, 2ª Ed. São Paulo, Editora Pioneira, 1999. OLIVEIRA, Sílvio Luís de: metodologia cientifica aplicada ao direito. São Paulo; Thomson, 2002 RICHARDSON, Robert jarry. Pesquisa Social: Métodos e técnicas. 3ª Ed., São Paulo. Editora Atlas 1999. STRATTON, Peter; HEYES, Nich. Dicionário de Psicologia. São Paulo. Pioneira Thoms Learning.. 2003 Resumo 1. Introdução 2. Delimitação do Tema 3. Problematização 4. Objetivos 4.1 Objectivo geral 4.2 Objectivos específicos 5. Justificativa 6. Hípoteses 7. Metodologia 7.1. Tipo de pesquisa. 7.2 Universo 7.3 Amostra 7.4 Instrumentos e técnicas de recolha de dados. 8. Fundamentação teórica 9. Conclusão 10. Referencia Bibliográfica
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