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TRICOMONÍASE - Protozoário: Trichomonas vaginalis. - Doença sexualmente transmissível não-viral mais comum do mundo, sendo 92% em mulheres. EPIDEMIOLOGIA - A incidência depende de fatores como: idade, atividade sexual, número de parceiros sexuais, outras DSTs, fase do ciclo menstrual, técnicas de diagnóstico e condições socioeconômicas. - Faixa etária: 16 a 35 anos. Mais frequente entre as mulheres. - Promiscuidade e falta de higiene favorecem a transmissão. - Permanência fora do habitat: Toalhas úmidas: 24 horas Urina coletada: 3 horas Sêmen ejaculado: 6 horas Podem sobreviver a temperaturas de até 40 graus MORFOLOGIA - Célula polimorfa, tanto em hospedeiro normal como em meios de cultura. - Não possui forma cística, apresenta somente o estágio de trofozoíto. - São elipsóides ou ovais e algumas vezes esféricos. O protozoário é muito plástico, tendo a capacidade de formar pseudópodes. - Mede em média 9,7µm x 7 µm. - Possui quatro flagelos anteriores livres, membrana ondulada e núcleo elipsoide próximo a extremidade anterior. FISIOLOGIA - Anaeróbio facultativo. - Cresce em meios de cultura com pH entre 5 e 7,5 e em temperaturas entre 20 e 40°. - Utiliza como fonte de energia glicose, frutose, maltose, glicogênio e amido. HABITAT - Trato genitourinário do homem e da mulher, onde produz a infecção e não sobrevive fora do sistema urogenital. HOSPEDEIRO - Homem (ciclo monóxeno). TRANSMISSÃO - Relação sexual. - O Trichomonas vaginalis sobrevive por uma semana sobre o prepúcio do homem sadio e pode ser levado pela ejaculação até a vagina. - Raramente ocorre transmissão através de fômites. CICLO EVOLUTIVO PATOGENIA - Um dos principais patógenos do trato urogenital humano. - É causa de baixo peso e nascimento prematuro. Está relacionado com problemas de gravidez, predispõe mulheres a doença inflamatória pélvica atípica, câncer cervical e infertilidade. - Promove a transmissão do vírus da HIV. SINTOMAS - Produz infecção somente no trato urogenital humano, não se instala na cavidade bucal ou no intestino. - Sintomas em mulheres: varia da forma assintomática ao estado de vaginite aguda. Causa: → Coceira; → Vaginite, com corrimento vaginal fluido abundante de cor amarelo-esverdeada, bolhoso, de odor fétido; → Prurido ou irritação vulvovaginal de intensidade variável e dores no baixo ventre; → Dor e dificuldade nas relações sexuais, desconforto nos genitais externos, dor ao urinar e frequência miccional; → A vagina e a cérvice podem ser edematosas e eritematosas, com erosão e pontos hemorrágicos na parede cervical. - Sintomas em homens: comumente assintomática ou apresenta-se como uma uretrite com fluxo leitoso ou purulento e uma leve sensação de prurido na uretra. → Pela manhã pode ser observado um corrimento claro, viscoso e pouco abundante, com desconforto ao urinar e por vezes hiperemia do meato uretral. → O parasito desenvolve-se melhor no trato urogenital do homem, em que o glicogênio é mais abundante. → Nos portadores assintomáticos, o parasito permanece na uretra e talvez na próstata. → Pode causar prostatite, balanopostite e cistite. DIAGNÓSTICO - Clínico: Difícil de ser realizado, pode ser confundido com outras ISTs. - Laboratorial: Coleta de material: em homens sêmen, em mulheres coleta-se o material com swab, sendo os melhores dias para realizar após a menstruação, quando os parasitos estão mais concentrados. Parasitológico: exames diretos de esfregaços a freso para visualização da motilidade do parasita ou culturas em meios específicos. Suspender o uso de medicação ou anticoncepcionais um ou dois dias antes do exame. Imunológico: por reações de aglutinação, métodos de imunofluorescência ou técnicas imunoenzimáticas (ELISA). TRATAMENTO Metronidazol: 10 dias Ornidazol: 5 dias Tinidazol: dose única Nimorazol: 6 dias - Em gestantes esses medicamentos não devem ser usados via oral, somente pela aplicação local. PROFILAXIA - Educação sanitária e sexual: conversar com a comunidade sobre hábitos saudáveis para promover saúde, como cuidar com a quantidade de parceiros sexuais, outras DST's, etc. - Diagnóstico precoce: após aparecer os primeiros sintomas, procurar um médico ou uma unidade de saúde e realizar os exames para identificação do parasito. - Uso de preservativos: o uso de preservativos faz com que diminua a incidência deste parasito pois a principal forma de transmissão é a relação sexual. - Medidas higiênicas: manter uma boa higiene, principalmente das partes íntimas, e ter cuidado nas relações sexuais.
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