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UFBA 
Assistente em Administração 
 
 
1. Administração Pública Federal: Disposições Gerais (Constituição Federal, Título III, Capítulo VII). 2. 
Agente Público: função pública, atendimento ao cidadão. 3. Regime Jurídico dos Servidores Públicos 
Federais - Direitos, deveres, proibições e responsabilidades. (Lei nº 8.112, de 11/12/90). ....................... 1 
 
4. Ética na Administração Pública Federal (Decreto nº 1.171, de 22/06/1994) e sanções aplicáveis aos 
agentes públicos nos casos de enriquecimento ilícito (Lei nº. 8.429, de 02/06/1992). ............................. 1 
 
5. Estatuto e Regimento Geral da UFBA disponível em www.ufba.br. .............................................. 32 
 
6. Processo Administrativo: normas básicas no âmbito da Administração Federal. (Lei nº 9.784, de 
29/01/99). ............................................................................................................................................... 77 
 
7. Noções de Administração: acadêmica e financeira, de recursos humanos, de material e 
patrimônio .............................................................................................................................................. 78 
 
8. Licitação: conceito, finalidades, princípios e objeto; obrigatoriedade, dispensa, inexigibilidade e 
vedação; modalidades e tipos, revogação e anulação; sanções. (Lei nº 8.666, de 21/06/93 e Lei Nº 10.520, 
de 17/07/2002). .................................................................................................................................... 188 
 
9. Controle Interno e Controle Externo na Administração Pública: conceito e abrangência. ............. 188 
 
10. Lei de Acesso à Informação (Lei Federal 12.527/2011). ............................................................ 194 
 
Decreto nº 7.724/2012. .................................................................................................................... 213 
 
 
 
 
 
 
 
 
1291998 E-book gerado especialmente para ANA CONSTANCA CARDOSO GIGANTE
 
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Candidatos ao Concurso Público, 
O Instituto Maximize Educação disponibiliza o e-mail professores@maxieduca.com.br para dúvidas 
relacionadas ao conteúdo desta apostila como forma de auxiliá-los nos estudos para um bom 
desempenho na prova. 
As dúvidas serão encaminhadas para os professores responsáveis pela matéria, portanto, ao entrar 
em contato, informe: 
- Apostila (concurso e cargo); 
- Disciplina (matéria); 
- Número da página onde se encontra a dúvida; e 
- Qual a dúvida. 
Caso existam dúvidas em disciplinas diferentes, por favor, encaminhá-las em e-mails separados. O 
professor terá até cinco dias úteis para respondê-la. 
Bons estudos! 
 
1291998 E-book gerado especialmente para ANA CONSTANCA CARDOSO GIGANTE
 
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Caro(a) candidato(a), antes de iniciar nosso estudo, queremos nos colocar à sua disposição, durante 
todo o prazo do concurso para auxiliá-lo em suas dúvidas e receber suas sugestões. Muito zelo e técnica 
foram empregados na edição desta obra. No entanto, podem ocorrer erros de digitação ou dúvida 
conceitual. Em qualquer situação, solicitamos a comunicação ao nosso serviço de atendimento ao cliente 
para que possamos esclarecê-lo. Entre em contato conosco pelo e-mail: professores @maxieduca.com.br 
 
Prezado candidato, este assunto será estudado na matéria de Conhecimentos Específicos, 
tópico 4. Legislação na Administração Pública: Constituição da República Federativa do Brasil de 
1988; Regime Jurídico dos Servidores Públicos Federais (Lei nº 8.112, de 11/12/90); 
 
 
 
Código de Ética Profissional do Serviço Público – Decreto Nº 1.171, de 22 de junho de 1994 
 
De acordo com Perla Muller1, a modernidade tem experimentado, cada vez mais, uma perda de 
padrões éticos. Diante a complexidade da vida nos dias atuais, tornou-se extremamente difícil ao homem 
médio a distinção entre o bem e o mal, o honesto e o desonesto, a virtude e o vício. Tal situação tem 
exigido uma crescente ampliação do Direito ao campo antes reservado à moral e à ética. O que antes era 
resolvido pela consciência do homem, hoje passa a ser regido pelo formalismo do Direito. É neste 
contexto que se destacam os “códigos de ética”, que se caracterizam por princípios e regras que visam 
justamente definir condutas a serem seguidas por um determinado grupo de profissionais. 
A necessidade de se definir os caminhos éticos a serem seguidos pelos profissionais de cada ramo 
específico fez multiplicar, nos últimos anos, os chamados “códigos de ética” relativos às mais diversas 
profissões (código de ética da advocacia, código de ética da medicina, etc.). 
Não poderia ser diferente em relação à profissão dos servidores públicos, sobretudo quando se leva 
em consideração que a Administração Pública deve se pautar pelo princípio da moralidade, sendo exigido 
de seus agentes, aos quais se incumbe a materialização da vontade do Estado por meio de atos e 
procedimentos administrativos – um comportamento regido pela ética.2 
Considerados os princípios administrativos basilares do art. 37 da CF, destaca-se a existência de um 
diploma específico que estabelece a ação ética esperada dos servidores públicos, qual seja o Decreto n° 
1.171/94. 
Outrossim, os “códigos de ética” são mais que um mero conjunto de leis a serem observadas por seus 
destinatários, no caso os servidores públicos, sob pena da sanção estatal. Os códigos de ética são, na 
realidade um conjunto de normas a serem observadas, não por medo da violência do Estado por sua 
inobservância (sanção), mas por senso e consciência moral livre, autônoma e íntima, por convicção 
interna, de que os serviços públicos devem orientar-se à consecução do bem comum e prestígio à 
 
1 MULLER, Perla. Noções de Ética no Serviço Público. Salvador: Editora Jus Podivm, 2014, p. 37. 
2 BORTOLETO, Leandro; e MÜLLER, Perla. Noções de Ética no Serviço Público. Salvador: Editora Jus Podivm, 2014, p.37. 
1. Administração Pública Federal: Disposições Gerais (Constituição 
Federal, Título III, Capítulo VII). 
2. Agente Público: função pública, atendimento ao cidadão. 
3. Regime Jurídico dos Servidores Públicos Federais - Direitos, 
deveres, proibições e responsabilidades. (Lei nº 8.112, de 11/12/90). 
4. Ética na Administração Pública Federal (Decreto nº. 1.171, de 
22/06/1994) e sanções aplicáveis aos agentes públicos nos casos de 
enriquecimento ilícito (Lei nº. 8.429, de 02/06/1992). 
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solidariedade social como meios de sobrevivência e harmonia da sociedade para o que se exige o estrito 
respeito ao elemento ético que deve compor todo o agir humano.3 
No que se refere aos Servidores Públicos Civis do Poder Executivo Federal, que interessa ao nosso 
estudo, o Governo Federal, por meio do Decreto nº 1.171/94, instituiu o Código de ética Profissional do 
Servidor Público Civil do Poder Executivo Federal. Na “Exposição de Motivos” do ato normativo, destaca-
se que o objetivo pretendido é “instalar, na Administração Pública, a consciência ética na conduta do 
servidor público, com o restaurar da sua dignidade e da sua honorabilidade, criando assim incentivos à 
prática da solidariedade social”, bem como, expressamente, informar ao cidadão usuário dos serviços 
públicos “a adesão do Estado ao entendimento doutrinário de que sua conduta conforme à Ética consolida 
efetivamente o Poder, criando em torno da autoridade a colaboração espontânea da cidadania, em 
decorrência da consequente obtenção de serviços públicos mais satisfatórios”.4 
Vale lembrar que o Código de Ética foi expedido pelo Presidente da República, considerada a 
atribuição da Constituição Federal para dispor sobre a organização e o funcionamento da administração 
pública federal, conforme art. 84, IV e VI da Constituição Federal:"IV - sancionar, promulgar e fazer 
publicar as leis, bem como expedir decretos e regulamentos para sua fiel execução; [...] VI - dispor, 
mediante decreto, sobre: a) organização e funcionamento da administração federal, quando não implicar 
aumento de despesa nem criação ou extinção de órgãos públicos; b) extinção de funções ou cargos 
públicos, quando vagos". Exatamente por causa desta atribuição que o Código de Ética em estudo adota 
a forma de decreto e não de lei, já que as leis são elaboradas pelo Poder Legislativo (Congresso 
Nacional). 
O Decreto n° 1.171/94 é um exemplo do chamado poder regulamentar inerente ao Executivo, que se 
perfaz em decretos regulamentares. Embora sejam factíveis decretos autônomos5, não é o caso do 
decreto em estudo, o qual encontra conexão com diplomas como as Leis n° 8.112/90 (regime jurídico dos 
servidores públicos federais) e Lei n° 8.429/92 (lei de improbidade administrativa), além da Constituição 
Federal. 
Disso extrai-se que a adoção da forma de decreto não significa, de forma alguma, que suas diretrizes 
não sejam obrigatórias: o servidor público federal que desobedecê-las estará sujeito à apuração de sua 
conduta perante a respectiva Comissão de Ética, que enviará informações ao processo administrativo 
disciplinar, podendo gerar até mesmo a perda do cargo, ou aplicará a pena de censura nos casos menos 
graves. 
O Código de Ética Profissional do Servidor Público Civil do Poder Executivo Federal divide-se da 
seguinte maneira: 
 
Código de Ética Profissional do Servidor Público Civil do Poder Executivo Federal – Decreto Nº 1.171/94 
Capítulo I Capítulo II 
Seção I – Das regras deontológicas; 
Seção II – Dos principais deveres do servidor público; 
Seção III – Das vedações ao servidor público. 
 
Das comissões de ética. 
 
O Código de Ética dos Servidores Públicos foi aprovado pelo Decreto Federal 1.171/94 para os 
servidores públicos do Poder Executivo Federal com o objetivo de impor as regras que norteiam os 
princípios, deveres e proibições, os fundamentos e as regras morais que devem ser seguidas pelos 
servidores públicos do Poder Executivo Federal. 
As regras deontológicas, previstas no Capítulo I, Seção I, são os valores morais que devem reger 
determinado grupo social, no caso, os servidores públicos do Poder Executivo Federal. 
Os servidores públicos devem ter consciência de que seus atos são regidos por princípios éticos e 
morais, devendo ponderar a legalidade e a finalidade dos atos administrativos, para preservar a 
moralidade de todos os atos administrativos que praticar. 
Outrossim, o Capítulo I, Seção II, trata dos deveres do servidor público, que devem ser seguidos, para 
preservação, também, da moralidade e legalidade dos atos administrativos. 
Já o Capítulo I, Seção III, trata das proibições feitas ao servidor público em questão, como por exemplo, 
não prejudicar deliberadamente a reputação de outros servidores ou de cidadãos que deles dependam. 
Por fim, o Capítulo II, trata das comissões de ética que devem ter em todos os órgãos e entidades da 
Administração Pública Federal direta, indireta autárquica e fundacional, ou em qualquer órgão ou entidade 
que exerça atribuições delegadas pelo poder público. 
 
 
3 MULLER, Perla. Noções de Ética no Serviço Público. Salvador: Editora Jus Podivm, 2014, p. 38. 
4 MULLER, Perla. Noções de Ética no Serviço Público. Salvador: Editora Jus Podivm, 2014, p. 38. 
5 LENZA, Pedro. Direito constitucional esquematizado. 15. ed. São Paulo: Saraiva, 2011. 
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Segue abaixo a lei na íntegra: 
DECRETO Nº 1.171/1994 
 
Aprova o Código de Ética Profissional do Servidor Público Civil do Poder Executivo Federal. 
 
Art. 1° Fica aprovado o Código de Ética Profissional do Servidor Público Civil do Poder Executivo 
Federal, que com este baixa. 
 
Art. 2° Os órgãos e entidades da Administração Pública Federal direta e indireta implementarão, em 
sessenta dias, as providências necessárias à plena vigência do Código de Ética, inclusive mediante a 
Constituição da respectiva Comissão de Ética, integrada por três servidores ou empregados titulares de 
cargo efetivo ou emprego permanente. 
Parágrafo único. A constituição da Comissão de Ética será comunicada à Secretaria da Administração 
Federal da Presidência da República, com a indicação dos respectivos membros titulares e suplentes. 
 
Art. 3° Este decreto entra em vigor na data de sua publicação. 
 
Como afirma Perla Muller6, de acordo com o artigo 2º do Decreto, foi determinado à época que 
os órgãos da administração direta e as entidades da administração indireta federal deveriam 
implementar, no prazo de sessenta dias, “as providências necessárias à plena vigência do Código 
de Ética, inclusive mediante a Constituição da respectiva Comissão de Ética, integrada por três 
servidores ou empregados titulares de cargo efetivo ou emprego permanente” e, posteriormente, 
a constituição da Comissão de Ética deveria ser comunicada à, então existente, Secretaria da 
Administração Federal Presidência da República, com a indicação dos respectivos membros 
titulares e suplentes. 
 
CÓDIGO DE ÉTICA PROFISSIONAL DO SERVIDOR PÚBLICO CIVIL DO PODER EXECUTIVO 
FEDERAL 
 
CAPÍTULO I 
Seção I 
Das Regras Deontológicas 
 
I - A dignidade, o decoro, o zelo, a eficácia e a consciência dos princípios morais são primados maiores 
que devem nortear o servidor público, seja no exercício do cargo ou função, ou fora dele, já que refletirá 
o exercício da vocação do próprio poder estatal. Seus atos, comportamentos e atitudes serão 
direcionados para a preservação da honra e da tradição dos serviços públicos. 
II - O servidor público não poderá jamais desprezar o elemento ético de sua conduta. Assim, não terá 
que decidir somente entre o legal e o ilegal, o justo e o injusto, o conveniente e o inconveniente, o oportuno 
e o inoportuno, mas principalmente entre o honesto e o desonesto, consoante as regras contidas no art. 
37, caput, e § 4°, da Constituição Federal. 
III - A moralidade da Administração Pública não se limita à distinção entre o bem e o mal, devendo ser 
acrescida da ideia de que o fim é sempre o bem comum. O equilíbrio entre a legalidade e a finalidade, na 
conduta do servidor público, é que poderá consolidar a moralidade do ato administrativo. 
IV- A remuneração do servidor público é custeada pelos tributos pagos direta ou indiretamente por 
todos, até por ele próprio, e por isso se exige, como contrapartida, que a moralidade administrativa se 
integre no Direito, como elemento indissociável de sua aplicação e de sua finalidade, erigindo-se, como 
consequência, em fator de legalidade. 
V - O trabalho desenvolvido pelo servidor público perante a comunidade deve ser entendido como 
acréscimo ao seu próprio bem-estar, já que, como cidadão, integrante da sociedade, o êxito desse 
trabalho pode ser considerado como seu maior patrimônio. 
VI - A função pública deve ser tida como exercício profissional e, portanto, se integra na vida particular 
de cada servidor público. Assim, os fatos e atos verificados na conduta do dia-a-dia em sua vida privada 
poderão acrescer ou diminuir o seu bom conceito na vida funcional. 
VII - Salvo os casos de segurança nacional, investigações policiais ou interesse superior do Estado e 
da Administração Pública, a serem preservados em processo previamente declarado sigiloso, nos termos 
 
6 MULLER, Perla. Noções de Ética no Serviço Público. Salvador: Editora Jus Podivm, 2014, p. 38. 
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da lei, a publicidade de qualquer ato administrativo constitui requisito de eficácia e moralidade, ensejando 
sua omissão comprometimento ético contra o bem comum, imputável a quem a negar. 
VIII - Toda pessoa tem direito à verdade. O servidor não pode omiti-la ou falseá-la,ainda que contrária 
aos interesses da própria pessoa interessada ou da Administração Pública. Nenhum Estado pode crescer 
ou estabilizar-se sobre o poder corruptivo do hábito do erro, da opressão ou da mentira, que sempre 
aniquilam até mesmo a dignidade humana quanto mais a de uma Nação. 
IX - A cortesia, a boa vontade, o cuidado e o tempo dedicados ao serviço público caracterizam o esforço 
pela disciplina. Tratar mal uma pessoa que paga seus tributos direta ou indiretamente significa causar-
lhe dano moral. Da mesma forma, causar danos a qualquer bem pertencente ao patrimônio público, 
deteriorando-o, por descuido ou má vontade, não constitui apenas uma ofensa ao equipamento e às 
instalações ou ao Estado, mas a todos os homens de boa vontade que dedicaram sua inteligência, seu 
tempo, suas esperanças e seus esforços para construí-los. 
X - Deixar o servidor público qualquer pessoa à espera de solução que compete ao setor em que 
exerça suas funções, permitindo a formação de longas filas, ou qualquer outra espécie de atraso na 
prestação do serviço, não caracteriza apenas atitude contra a ética ou ato de desumanidade, mas 
principalmente grave dano moral aos usuários dos serviços públicos. 
XI - O servidor deve prestar toda a sua atenção às ordens legais de seus superiores, velando 
atentamente por seu cumprimento, e, assim, evitando a conduta negligente. Os repetidos erros, o descaso 
e o acúmulo de desvios tornam-se, às vezes, difíceis de corrigir e caracterizam até mesmo imprudência 
no desempenho da função pública. 
XII - Toda ausência injustificada do servidor de seu local de trabalho é fator de desmoralização do 
serviço público, o que quase sempre conduz à desordem nas relações humanas. 
XIII - O servidor que trabalha em harmonia com a estrutura organizacional, respeitando seus colegas 
e cada concidadão, colabora e de todos pode receber colaboração, pois sua atividade pública é a grande 
oportunidade para o crescimento e o engrandecimento da Nação. 
 
Seção II 
Dos Principais Deveres do Servidor Público 
 
XIV - São deveres fundamentais do servidor público: 
a) desempenhar, a tempo, as atribuições do cargo, função ou emprego público de que seja titular; 
b) exercer suas atribuições com rapidez, perfeição e rendimento, pondo fim ou procurando 
prioritariamente resolver situações procrastinatórias, principalmente diante de filas ou de qualquer outra 
espécie de atraso na prestação dos serviços pelo setor em que exerça suas atribuições, com o fim de 
evitar dano moral ao usuário; 
c) ser probo, reto, leal e justo, demonstrando toda a integridade do seu caráter, escolhendo sempre, 
quando estiver diante de duas opções, a melhor e a mais vantajosa para o bem comum; 
d) jamais retardar qualquer prestação de contas, condição essencial da gestão dos bens, direitos e 
serviços da coletividade a seu cargo; 
e) tratar cuidadosamente os usuários dos serviços aperfeiçoando o processo de comunicação e 
contato com o público; 
f) ter consciência de que seu trabalho é regido por princípios éticos que se materializam na adequada 
prestação dos serviços públicos; 
g) ser cortês, ter urbanidade, disponibilidade e atenção, respeitando a capacidade e as limitações 
individuais de todos os usuários do serviço público, sem qualquer espécie de preconceito ou distinção de 
raça, sexo, nacionalidade, cor, idade, religião, cunho político e posição social, abstendo-se, dessa forma, 
de causar-lhes dano moral; 
h) ter respeito à hierarquia, porém sem nenhum temor de representar contra qualquer 
comprometimento indevido da estrutura em que se funda o Poder Estatal; 
i) resistir a todas as pressões de superiores hierárquicos, de contratantes, interessados e outros que 
visem obter quaisquer favores, benesses ou vantagens indevidas em decorrência de ações imorais, 
ilegais ou aéticas e denunciá-las; 
j) zelar, no exercício do direito de greve, pelas exigências específicas da defesa da vida e da segurança 
coletiva; 
l) ser assíduo e frequente ao serviço, na certeza de que sua ausência provoca danos ao trabalho 
ordenado, refletindo negativamente em todo o sistema; 
m) comunicar imediatamente a seus superiores todo e qualquer ato ou fato contrário ao interesse 
público, exigindo as providências cabíveis; 
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n) manter limpo e em perfeita ordem o local de trabalho, seguindo os métodos mais adequados à sua 
organização e distribuição; 
o) participar dos movimentos e estudos que se relacionem com a melhoria do exercício de suas 
funções, tendo por escopo a realização do bem comum; 
p) apresentar-se ao trabalho com vestimentas adequadas ao exercício da função; 
q) manter-se atualizado com as instruções, as normas de serviço e a legislação pertinentes ao órgão 
onde exerce suas funções; 
r) cumprir, de acordo com as normas do serviço e as instruções superiores, as tarefas de seu cargo 
ou função, tanto quanto possível, com critério, segurança e rapidez, mantendo tudo sempre em boa 
ordem. 
s) facilitar a fiscalização de todos atos ou serviços por quem de direito; 
t) exercer com estrita moderação as prerrogativas funcionais que lhe sejam atribuídas, abstendo-se de 
fazê-lo contrariamente aos legítimos interesses dos usuários do serviço público e dos jurisdicionados 
administrativos; 
u) abster-se, de forma absoluta, de exercer sua função, poder ou autoridade com finalidade estranha 
ao interesse público, mesmo que observando as formalidades legais e não cometendo qualquer violação 
expressa à lei; 
v) divulgar e informar a todos os integrantes da sua classe sobre a existência deste Código de Ética, 
estimulando o seu integral cumprimento. 
 
Seção III 
Das Vedações ao Servidor Público 
 
XV - E vedado ao servidor público; 
a) o uso do cargo ou função, facilidades, amizades, tempo, posição e influências, para obter qualquer 
favorecimento, para si ou para outrem; 
b) prejudicar deliberadamente a reputação de outros servidores ou de cidadãos que deles dependam; 
c) ser, em função de seu espírito de solidariedade, conivente com erro ou infração a este Código de 
Ética ou ao Código de Ética de sua profissão; 
d) usar de artifícios para procrastinar ou dificultar o exercício regular de direito por qualquer pessoa, 
causando-lhe dano moral ou material; 
e) deixar de utilizar os avanços técnicos e científicos ao seu alcance ou do seu conhecimento para 
atendimento do seu mister; 
f) permitir que perseguições, simpatias, antipatias, caprichos, paixões ou interesses de ordem pessoal 
interfiram no trato com o público, com os jurisdicionados administrativos ou com colegas hierarquicamente 
superiores ou inferiores; 
g) pleitear, solicitar, provocar, sugerir ou receber qualquer tipo de ajuda financeira, gratificação, prêmio, 
comissão, doação ou vantagem de qualquer espécie, para si, familiares ou qualquer pessoa, para o 
cumprimento da sua missão ou para influenciar outro servidor para o mesmo fim; 
h) alterar ou deturpar o teor de documentos que deva encaminhar para providências; 
i) iludir ou tentar iludir qualquer pessoa que necessite do atendimento em serviços públicos; 
j) desviar servidor público para atendimento a interesse particular; 
l) retirar da repartição pública, sem estar legalmente autorizado, qualquer documento, livro ou bem 
pertencente ao patrimônio público; 
m) fazer uso de informações privilegiadas obtidas no âmbito interno de seu serviço, em benefício 
próprio, de parentes, de amigos ou de terceiros; 
n) apresentar-se embriagado no serviço ou fora dele habitualmente; 
o) dar o seu concurso a qualquer instituição que atente contra a moral, a honestidade ou a dignidade 
da pessoa humana; 
p) exercer atividade profissional aética ou ligar o seu nome a empreendimentos de cunho duvidoso. 
 
CAPÍTULO II 
DAS COMISSÕES DE ÉTICA 
 
XVI - Em todos os órgãos e entidades da Administração Pública Federal direta, indireta autárquica e 
fundacional, ou em qualquer órgão ou entidade que exerça atribuiçõesdelegadas pelo poder público, 
deverá ser criada uma Comissão de Ética, encarregada de orientar e aconselhar sobre a ética profissional 
do servidor, no tratamento com as pessoas e com o patrimônio público, competindo-lhe conhecer 
concretamente de imputação ou de procedimento susceptível de censura; 
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XVII (Revogado); 
XVIII - À Comissão de Ética incumbe fornecer, aos organismos encarregados da execução do quadro 
de carreira dos servidores, os registros sobre sua conduta ética, para o efeito de instruir e fundamentar 
promoções e para todos os demais procedimentos próprios da carreira do servidor público; 
XIX - (Revogado); 
XX - (Revogado); 
XXI (Revogado); 
XXII - A pena aplicável ao servidor público pela Comissão de Ética é a de censura e sua 
fundamentação constará do respectivo parecer, assinado por todos os seus integrantes, com ciência do 
faltoso; 
XXIII (Revogado); 
XXIV - Para fins de apuração do comprometimento ético, entende-se por servidor público todo aquele 
que, por força de lei, contrato ou de qualquer ato jurídico, preste serviços de natureza permanente, 
temporária ou excepcional, ainda que sem retribuição financeira, desde que ligado direta ou indiretamente 
a qualquer órgão do poder estatal, como as autarquias, as fundações públicas, as entidades paraestatais, 
as empresas públicas e as sociedades de economia mista, ou em qualquer setor onde prevaleça o 
interesse do Estado. 
 
Definição de Servidor Público para Fins de Apuração de Comprometimento Ético 
Aquele que por força de: Preste Serviços de Natureza: Desde que ligado: 
- Lei; 
- Contrato ou; 
- Qualquer Ato Jurídico. 
- Permanente; 
- Temporária; 
- Excepcional; 
Ainda que sem retribuição 
financeira. 
- Direta ou; 
- Indiretamente; 
A qualquer órgão do poder 
estatal, como as autarquias, as 
fundações públicas, as 
entidades paraestatais, as 
empresas públicas e as 
sociedades de economia mista, 
ou em qualquer setor onde 
prevaleça o interesse do 
Estado. 
 
Para Perla Muller7, conforme anteriormente apontado, é de extrema necessidade compelir os agentes 
públicos a seguirem um padrão ético condizente com a moralidade que deve cercar os atos 
administrativos, de modo que o próprio Estado edita normas deontológicas, ditando limites à ação de seus 
servidores, encontrando-se positivados, além de normas e princípios gerais, normas específicas aos 
diversos setores da Administração Pública. 
Quanto às Regras Deontológicas, as mesmas são insertas nos chamados “códigos de ética” que 
positivam os princípios éticos na forma das normas jurídicas que, por um lado, impõem-se como elemento 
obrigatório da conduta do servidor público e, por outro lado, apresentam-se como “informativos” aos 
usuários dos serviços públicos de que devem ser tratados com respeito e dignidade, bem como de que 
os atos e processos administrativos devem ser dotados de moralidade como condição de sua eficácia e 
validade.8 
Como se vê, o Código de Ética dos Servidores Públicos Federais, reforça a ideia, logo em seu primeiro 
dispositivo legal (inciso I), de que o servidor público deve manter seu comportamento e seus atos 
sempre direcionados pelos princípios morais. Tal determinação decorre obviamente do princípio da 
moralidade previsto expressamente na Constituição Federal de 1988.9 
 
Conduta do Servidor Público 
Moralidade, dignidade, decoro, zelo, eficácia. Dentro do serviço público e fora dele – 
Comportamento dentro da moralidade para 
preservação da honra e tradição dos serviços 
públicos. 
 
 
7 MULLER, Perla. Noções de Ética no Serviço Público. Salvador: Editora Jus Podivm, 2014, p. 39. 
8 BORTOLETO, Leandro; e MÜLLER, Perla. Noções de Ética no Serviço Público. Salvador: Editora Jus Podivm, 2014, p.39. 
9 MULLER, Perla. Noções de Ética no Serviço Público. Salvador: Editora Jus Podivm, 2014, p. 40. 
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Deve o servidor perseguir sempre o “equilíbrio entre a legalidade e a finalidade” para concluir 
sobre a moralidade, conforme nos informa o inciso III do código de ética. Sendo assim, o ato administrativo 
não pode se pautar somente pela legalidade sem que observe uma finalidade que satisfaça o interesse 
público. Por outro lado, o ato ilegal não se convalesce pelo simples fato de ser mais vantajoso para o 
interesse público. O que deve se buscar é a perfeita simbiose entre a legalidade e o interesse 
público.10 
 
Decisões do Servidor devem sempre ponderar entre: 
Legal x Ilegal 
Honesto x Desonesto (moralidade do ato) e 
Preponderância do Interesse Público 
Justo x Injusto 
Conveniente x Inconveniente 
Oportuno x Inoportuno 
 
Observe: 
 
Remuneração do Servidor pela Sociedade → Contraprestação: Serviço Público de qualidade e 
pautado pela moralidade. 
 
Serviço Público prestado com virtude e eficácia = Benefício ao próprio servidor na vida social; 
Conduta viciada e desregrada na vida social = Prejuízo ao servidor no ambiente de trabalho. 
 
Conforme deflui do inciso VII do Código de Ética, a publicidade é o que permite a transparência dos 
atos administrativos. Sem dúvida, somente com a transparência dos atos administrativos é que se pode 
avaliar se o ato está ou não em sintonia com a moralidade. Portanto, somente se admite sigilo quando a 
segurança nacional assim o exigir, ou em caso de investigações policiais ou, ainda, na hipótese de existir 
interesse do Estado e da Administração Pública, devendo, nesses casos, ser previamente declarado o 
sigilo, seguindo-se, para tanto, os termos da lei.11 
 
REGRA EXCEÇÃO 
Publicidade de todo e qualquer ato administrativo; 
requisito de eficácia e moralidade. 
Sigilo declarado em processo nos termos da lei, 
em caso de: Segurança Nacional, investigações 
policiais, e interesse superior do Estado e da 
Administração Pública. 
 
Quanto aos principais deveres do servidor público, o servidor deve ter consciência de que: os 
Princípios Éticos: 
- Regem o seu trabalho; 
- Materializam-se na adequada prestação do serviço público. 
 
É DEVER DO SERVIDOR 
Ser: 
- Probo; 
- Reto; 
- Leal; 
- Justo. 
Demonstrando toda a integridade do seu 
caráter; 
Escolhendo sempre, quando estiver diante de 
duas opções, a melhor e a mais vantajosa para 
o bem comum. 
 
Das Comissões de Ética: 
 
“Estabelecido um código de ética, para uma classe, cada indivíduo a ele passa a subordinar-se, sob 
pena de incorrer em transgressão, punível pelo órgão competente, incumbido de fiscalizar o exercício 
profissional. [...] A fiscalização do exercício da profissão pelos órgãos de classe compreende as fases 
preventiva (ou educacional) e executiva (ou de direta verificação da qualidade das práticas). Grande parte 
dos erros cometidos derivam-se em parte do pouco conhecimento sobre a conduta, ou seja, da educação 
insuficiente, e outra parte, bem menor, deriva-se de atos propositadamente praticados. Os órgãos de 
 
10 MULLER, Perla. Noções de Ética no Serviço Público. Salvador: Editora Jus Podivm, 2014, p. 41. 
11 BORTOLETO, Leandro; e MÜLLER, Perla. Noções de Ética no Serviço Público. Salvador: Editora Jus Podivm, 2014, p.42. 
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fiscalização assumem, por conseguinte, um papel relevante de garantia sobre a qualidade dos serviços 
prestados e da conduta humana dos profissionais” 12. 
Com efeito, as Comissões de Ética possuem função de orientação e aconselhamento, devendo se 
fazer presentes em todo órgão ou entidade da administração direta ou indireta. 
A Comissão de Ética não tem por finalidade aplicar sanções disciplinares contra os servidores Civis. 
Muito pelo contrário: a sua atuação tem por princípio evitar a instauração desses processos, mediante 
trabalho de orientação e aconselhamento. A finalidade do código de ética consiste emproduzir na pessoa 
do servidor público a consciência de sua adesão às normas ético-profissionais preexistentes à luz de um 
espírito crítico, para efeito de facilitar a prática do cumprimento dos deveres legais por parte de cada um 
e, em consequência, o resgate do respeito ao serviço público e à dignidade social de cada servidor. O 
objetivo deste código é a divulgação ampla dos deveres e das vedações previstas, através de um trabalho 
de cunho educativo com os servidores públicos federais. 
A única sanção que pode ser aplicada diretamente pela Comissão de Ética é a de censura, que é a 
pena mais branda pela prática de uma conduta inadequada que seja praticada no exercício das funções. 
Nos demais casos, caberá sindicância ou processo administrativo disciplinar, sendo que a Comissão de 
Ética fornecerá elementos para instrução. 
Censura é o poder do Estado de interditar ou restringir a livre manifestação de pensamento, oral ou 
escrito, quando se considera que tal pode ameaçar a ordem pública vigente. 
 
XXIV - Para fins de apuração do comprometimento ético, entende-se por servidor público todo aquele 
que, por força de lei, contrato ou de qualquer ato jurídico, preste serviços de natureza permanente, 
temporária ou excepcional, ainda que sem retribuição financeira, desde que ligado direta ou 
indiretamente a qualquer órgão do poder estatal, como as autarquias, as fundações públicas, as 
entidades paraestatais, as empresas públicas e as sociedades de economia mista, ou em qualquer 
setor onde prevaleça o interesse do Estado. 
 
Este último inciso do Código de Ética é de fundamental importância para fins de concurso público, pois 
define quem é o servidor público que se sujeita a ele. 
“Uma classe profissional caracteriza-se pela homogeneidade do trabalho executado, pela natureza do 
conhecimento exigido preferencialmente para tal execução e pela identidade de habilitação para o 
exercício da mesma. A classe profissional é, pois, um grupo dentro da sociedade, específico, definido por 
sua especialidade de desempenho de tarefa” 13. 
Elementos do conceito de servidor público: 
a) Instrumento de vinculação: por força de lei (por exemplo, prestação de serviços como jurado ou 
mesário), contrato (contratação direta, sem concurso público, para atender a uma urgência ou 
emergência) ou qualquer outro ato jurídico (é o caso da nomeação por aprovação em concurso público) 
- enfim, não importa o instrumento da vinculação à administração pública, desde que esteja realmente 
vinculado; 
b) Serviço prestado: permanente, temporário ou excepcional - isto é, ainda que preste o serviço só 
por um dia, como no caso do mesário de eleição, é servidor público, da mesma forma que aquele que foi 
aprovado em concurso público e tomou posse; com ou sem retribuição financeira - por exemplo, o 
jurado não recebe por seus serviços, mas não deixa de ser servidor público; 
c) Instituição ou órgão de prestação: ligado à administração direta ou indireta, isto é, a qualquer órgão 
que tenha algum vínculo com o poder estatal. O conceito é o mais amplo possível, abrangendo 
autarquias, fundações públicas, empresas públicas, sociedades de economia mista, enfim, qualquer 
entidade ou setor que vise atender o interesse do Estado. 
 
Atenção! 
 
De acordo com Perla Muller14, a Seção II do Código de Ética, no inciso XIV, elenca os principais 
deveres do servidor público, que estão encadeados nas alíneas “a” a “v” do dispositivo. 
 
É INDISPENSÁVEL a leitura e memorização dos deveres, pois são cobrados com bastante 
frequência nas provas de Técnico e Analista, atentando-se, ainda, para não se fazer confusão com os 
 
12 SÁ, Antônio Lopes de. Ética profissional. 9. ed. São Paulo: Atlas, 2010. 
13 SÁ, Antônio Lopes de. Ética profissional. 9. ed. São Paulo: Atlas, 2010. 
14 BORTOLETO, Leandro; e MÜLLER, Perla. Noções de Ética no Serviço Público. Salvador: Editora Jus Podivm, 2014, p.44. 
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deveres elencados no Artigo 116 da Lei Nº 8.112/90, especialmente porque as sanções são 
diferentes. 
CUIDADO! 
 
No caso específico do servidor público federal, nos termos do artigo 127, da Lei nº 8.112/90, as penas 
disciplinares passíveis de aplicação são: advertência, suspensão, demissão, cassação de aposentadoria 
e disponibilidade, destituição de cargo em comissão e destituição de função comissionada. 
Quanto ao Decreto 1171/94, deve ser ressaltado que a única pena passível de aplicação pela 
Comissão de Ética, com fundamento no Código de Ética, é a censura, conforme os incisos XVI e XXII. 
Nenhuma outra é possível. Entretanto, determinado fato praticado pelo servidor pode ser, 
simultaneamente, falta ética e infração disciplinar e penal e, assim, poderá haver a responsabilização do 
servidor em cada uma das esferas. 
O inciso XXII determina, ainda, que para a aplicação da pena de censura pela Comissão de Ética 
deverá haver a devida fundamentação em parecer, que deve ser assinado por todos os membros 
da comissão, devendo ser dada ciência ao servidor infrator. 
Foi atribuída, também, às comissões a função de fornecer os registros de conduta ética dos servidores 
aos respectivos órgãos públicos, para instruir promoções e demais procedimentos inerentes à carreira 
(inciso XVIII). 
 
O servidor deve ter consciência de que: 
Princípios Éticos Regem o seu trabalho; 
Materializam-se na adequada prestação do 
serviço público 
 
O Servidor Deve: 
 
Cumprir as tarefas; 
Ter respeito à hierarquia; 
Resistir e denunciar todas as pressões; 
Comunicar imediatamente a seus superiores todo e quaisquer atos ou fatos contrários ao interesse 
público; 
Exercer suas atribuições. 
 
Em relação aos Usuários de Serviço Público, o Servidor Público deve: 
 
Tratar cuidadosamente; 
Ser cortês; 
Ter: urbanidade, disponibilidade e atenção. 
 
Questões 
 
01. (ANAC – Técnico Administrativo – ESAF/2016) Conforme o item XV, do Artigo 3, do Decreto n. 
1.171/1994, que institui o Código de Ética Profissional do Servidor Público Civil do Poder Executivo 
Federal, é vedado ao servidor, exceto: 
(A) abster-se, de forma absoluta, de exercer sua função, poder ou autoridade com finalidade estranha 
ao interesse público, mesmo que observando as formalidades legais e não cometendo qualquer violação 
expressa à lei. 
(B) pleitear, solicitar, provocar, sugerir ou receber qualquer tipo de ajuda financeira, gratificação, 
prêmio, comissão, doação ou vantagem de qualquer espécie, para si, familiares ou qualquer pessoa, para 
o cumprimento da sua missão ou para influenciar outro servidor para o mesmo fim. 
(C) permitir que perseguições, simpatias, antipatias, caprichos, paixões ou interesses de ordem 
pessoal interfiram no trato com o público, com os jurisdicionados administrativos ou com colegas 
hierarquicamente superiores ou inferiores. 
(D) usar de artifícios para procrastinar ou dificultar o exercício regular de direito por qualquer pessoa, 
causando-lhe dano moral ou material. 
(E) o uso do cargo ou função, facilidades, amizades, tempo, posição e influências, para obter qualquer 
favorecimento, para si ou para outrem. 
 
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02. (CFP – Analista Técnico – Quadrix/2016) Segundo o Decreto nº 1.171/94, que aprova o Código 
de Ética Profissional do Servidor Público Civil do Poder Executivo Federal, são deveres fundamentais do 
servidor público, exceto: 
(A) manter-se atualizado com as instruções, as normas de serviço e a legislação pertinentes ao órgão 
onde exerce suas funções. 
(B) facilitar a fiscalização de todos os atos ou serviços por quem de direito. 
(C) exercer com estrita austeridade as prerrogativas funcionais que lhe sejam atribuídas, abstendo-se 
de fazê-lo contrariamente aos legítimos interesses dos usuários do serviço público e dos jurisdicionados 
administrativos. 
(D) abster-se, de forma absoluta, de exercer suafunção, poder ou autoridade com finalidade estranha 
ao interesse público, mesmo que observando as formalidades legais e não cometendo qualquer violação 
expressa à lei. 
(E) divulgar e informar a todos os integrantes da sua classe sobre a existência deste Código de Ética, 
estimulando o seu integral cumprimento. 
 
03. (UFRB – Assistente em Administração – FUNRIO/2015) Quais são os deveres fundamentais do 
servidor público, nos termos de seu Código de Ética? 
(A) Comunicar quando possível a seus superiores todo e qualquer ato ou fato contrário ao interesse 
público ou privado, exigindo as providências cabíveis. 
(B) Exercer suas atribuições com rapidez, perfeição e rendimento, pondo fim ou procurando 
prioritariamente resolver situações procrastinatórias, independentemente de filas ou de qualquer outra 
espécie de atraso na prestação dos serviços pelo setor em que exerça suas atribuições, com o fim de 
evitar dano material ao usuário. 
(C) Ser probo, reto, leal e justo, demonstrando toda a integridade do seu caráter, escolhendo sempre, 
quando estiver diante de duas opções, a melhor, independentemente da vantajosidade para o bem 
comum. 
(D) Jamais retardar qualquer prestação de contas, condição secundária da gestão dos bens, direitos 
e serviços da coletividade a seu cargo. 
(E) Desempenhar, a tempo, as atribuições do cargo, função ou emprego público de que seja titular. 
 
04. (UFPA – Assistente em Administração – CEPS/UFPA/2015) De acordo com o Código de Ética 
Profissional do Servidor Público Civil do Poder Executivo Federal (Decreto nº 1.171/94), é vedado, dentre 
outros, ao servidor público 
(A) o uso do cargo ou função, facilidades, amizades, tempo, posição e influências, para obter qualquer 
favorecimento, para si ou para outrem; usar de artifício para procrastinar ou dificultar o exercício regular 
de direito por qualquer pessoa, causando-lhe dano moral ou material; alterar ou deturpar o teor de 
documentos que deva encaminhar para providências; apresentar-se embriagado no serviço ou fora dele 
habitualmente; atender com presteza. 
(B) o uso do cargo ou função, facilidades, amizades, tempo, posição e influências, para obter qualquer 
favorecimento, para si ou para outrem; prejudicar deliberadamente a reputação de outros servidores ou 
de cidadãos que deles dependam; guardar sigilo sobre assunto da repartição; alterar ou deturpar o teor 
de documentos que deva encaminhar para providências; apresentar-se embriagado no serviço ou fora 
dele habitualmente. 
(C) o uso do cargo ou função, facilidades, amizades, tempo, posição e influências, para obter qualquer 
favorecimento, para si ou para outrem; prejudicar deliberadamente a reputação de outros servidores ou 
de cidadãos que deles dependam; usar de artifício para procrastinar ou dificultar o exercício regular de 
direito por qualquer pessoa, causando-lhe dano moral ou material; alterar ou deturpar o teor de 
documentos que deva encaminhar para providências; apresentar-se embriagado no serviço ou fora dele 
habitualmente. 
(D) o uso do cargo ou função, facilidades, amizades, tempo, posição e influências, para obter qualquer 
favorecimento, para si ou para outrem; tratar com urbanidade as pessoas; prejudicar deliberadamente a 
reputação de outros servidores ou de cidadãos que deles dependam; usar de artifício para procrastinar 
ou dificultar o exercício regular de direito por qualquer pessoa, causando-lhe dano moral ou material; 
apresentar-se embriagado no serviço ou fora dele habitualmente. 
(E) observar as normas legais e regulamentares; prejudicar deliberadamente a reputação de outros 
servidores ou de cidadãos que deles dependam; usar de artifício para procrastinar ou dificultar o exercício 
regular de direito por qualquer pessoa, causando-lhe dano moral ou material; alterar ou deturpar o teor 
de documentos que deva encaminhar para providências; apresentar-se embriagado no serviço ou fora 
dele habitualmente. 
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05. (IF/TO – Enfermeiro do Trabalho – IF/TO/2015) Segundo o Código de Ética do Servidor Público 
Civil do Poder Executivo Federal, Decreto nº 1.171/94, são vedações destinadas ao servidor, exceto: 
(A) Manter limpo e em perfeita ordem o local de trabalho, seguindo os métodos mais adequados à sua 
organização e distribuição. 
(B) Deixar de utilizar os avanços técnicos e científicos ao seu alcance ou do seu conhecimento para 
atendimento do seu mister. 
(C) Pleitear, solicitar, provocar, sugerir ou receber qualquer tipo de ajuda financeira, gratificação, 
prêmio, comissão, doação ou vantagem de qualquer espécie, para si, familiares ou qualquer pessoa, para 
o cumprimento da sua missão ou para influenciar outro servidor para o mesmo fim 
(D) Dar o seu concurso a qualquer instituição que atente contra a moral, a honestidade ou a dignidade 
da pessoa humana. 
(E) Iludir ou tentar iludir qualquer pessoa que necessite do atendimento em serviços públicos. 
 
06. (UFF – Auxiliar em Administração – COSEAC/2015) Servidor que se apresenta embriagado no 
serviço; servidor que representa contra superior hierárquico que viola dever funcional. Pelas regras 
previstas no Código de Ética do Servidor Público Federal (Decreto n° 1.171/94): 
(A) a segunda conduta não viola o Código; a primeira só viola o Código se for habitual. 
(B) a segunda conduta viola o Código; a primeira, não. 
(C) ambas as condutas violam o Código. 
(D) nenhuma das condutas viola o Código. 
(E) a primeira conduta viola o Código; a segunda, não. 
 
07. (UFRB – Assistente em Administração – FUNRIO/2015) Não constitui vedação ao servidor 
público nos termos de seu Código de Ética, Decreto nº 1.171/94: 
(A) Prejudicar deliberadamente a reputação de outros servidores ou de cidadãos que deles dependam. 
(B) Apresentar-se embriagado no serviço, porém não fora dele, mesmo que habitualmente. 
(C) Fazer uso de informações privilegiadas obtidas no âmbito interno de seu serviço, em benefício 
próprio, de parentes, de amigos ou de terceiros. 
(D) Deixar de utilizar os avanços técnicos e científicos ao seu alcance ou do seu conhecimento para 
atendimento do seu mister. 
(E) Exercer atividade profissional aética ou ligar o seu nome a empreendimentos de cunho duvidoso. 
 
08. (DEPEN – Conhecimentos Básicos para Agente e Técnico – CESPE/2015) Com base no 
Decreto n.º 1.171/1994, na Lei n.º 8.112/1990 e na Lei n.º 8.429/1992, julgue o próximo item. 
De acordo com o decreto mencionado, a remoção é uma das penalidades aplicáveis ao servidor por 
comissões de ética. 
(....) Certo (....) Errado 
 
09. (MEC – Conhecimentos Básicos – CESPE/2015) Consoante o Código de Ética Profissional do 
Servidor Público Civil do Poder Executivo Federal (Decreto n.º 1.171/1994), julgue o item seguinte. 
O servidor que tem seu nome ligado a empreendimentos de cunho duvidoso fere o Regime Jurídico 
dos servidores públicos (Lei n.º 8.112/1990), mas não seu Código de Ética (Decreto n.º 1.171/1994). 
(....) Certo (....) Errado 
 
10. (MPU – Analista do MPU – CESPE/2015) Considerando as disposições do Decreto n.º 1.171/1994 
e as resoluções da Comissão de Ética Pública da Presidência da República (CEP), julgue o item a seguir. 
É vedado ao servidor público, conforme o Decreto n.º 1.171/1994, retirar da repartição pública qualquer 
documento pertencente ao patrimônio público, salvo se estiver legalmente autorizado a fazê-lo. 
(....) Certo (....) Errado 
 
11. (CRF/TO – Assistente Administrativo – CRF/TO/2015) O Decreto nº 1.171, de 22 de junho de 
1994, aprova o Código de Ética Profissional do Servidor Público Civil do Poder Executivo Federal e trata 
da conduta do servidor público. Nesse sentido, indique a conduta que não é vedada ao servidor: 
(A) O uso do cargo ou função, facilidades, amizades, tempo, posição e influências, para obter qualquer 
favorecimento, para si ou para outrem. 
(B) Exercer com estrita moderaçãoas prerrogativas funcionais que lhe sejam atribuídas, abstendo-se 
de fazê-lo contrariamente aos legítimos interesses dos usuários do serviço público e dos jurisdicionados 
administrativos. 
(C) Prejudicar deliberadamente a reputação de outros servidores ou de cidadãos que deles dependam. 
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(D) Usar de artifícios para procrastinar ou dificultar o exercício regular de direito por qualquer pessoa, 
causando-lhe dano moral ou material. 
 
12. (MDS – Atividades Técnicas de Suporte – CETRO/2015) De acordo com o previsto no Decreto 
nº 1.171/1994, que aprova o Código de Ética do Servidor Público Civil do Poder Executivo Federal, 
assinale a alternativa correta. 
(A) A aplicação do Código de Ética padece de regulamentação legal, a qual ainda não está em vigor. 
(B) O Código de Ética é aplicável, obrigatoriamente, aos servidores e empregados dos órgãos e 
entidades da Administração Pública direta e indireta para os níveis federal, estadual e municipal. 
(C) O Código de Ética é aplicável aos servidores e empregados dos órgãos e entidades da 
Administração Pública Federal direta e indireta. 
(D) O Código de Ética é, obrigatoriamente, aplicável apenas aos servidores e empregados dos órgãos 
e entidade da Administração Pública direta. 
(E) O Código de Ética somente é aplicável, obrigatoriamente, aos servidores públicos, e, 
facultativamente, aos empregados de órgãos e entidades da Administração Pública indireta. 
 
13. (UFSJ – Auxiliar em Administração – UFSJ/2015) Genésio Tavares, servidor público efetivo da 
Universidade Federal de São João del Rei (UFSJ), retirou do seu local de trabalho, sem estar legalmente 
autorizado, 20 folhas de papel ofício para que seu filho pudesse fazer um trabalho de escola. 
Sobre o fato acima, é CORRETO afirmar que Genésio 
(A) praticou conduta vedada pelo Código de Ética Profissional do Servidor Público Civil do Poder 
Executivo Federal. 
(B) não cometeu nenhuma infração ética prevista no Código de Ética Profissional do Servidor Público 
Civil do Poder Executivo Federal. 
(C) por ser servidor de universidade, não está sujeito ao Código de Ética Profissional do Servidor 
Público Civil do Poder Executivo Federal. 
(D) não teve comportamento antiético, uma vez que ele retirou apenas 20 folhas de papel ofício. 
 
14. (TRE/MT – Conhecimentos Gerais – CESPE/2015) Constitui regra deontológica do Código de 
Ética Profissional do Servidor Público Civil do Poder Executivo Federal. 
(A) o dever do servidor de prestar toda a sua atenção às ordens legais de seus superiores, velando 
atentamente por seu cumprimento, e, assim, evitando a conduta negligente. 
(B) a vedação ao servidor público de usar do cargo ou função, facilidades, amizades, tempo, posição 
e influências para obter qualquer favorecimento para si ou para outrem. 
(C) a vedação ao servidor público de prejudicar deliberadamente a reputação de outros servidores ou 
de cidadãos que deles dependam. 
(D) o dever do servidor de tratar cuidadosamente os usuários dos serviços aperfeiçoando o processo 
de comunicação e contato com o público. 
(E) o dever do servidor de jamais retardar qualquer prestação de contas, condição essencial da gestão 
dos bens, direitos e serviços da coletividade a seu cargo. 
 
15. (TRE/MT – Conhecimentos Gerais – CESPE/2015) Constitui regra deontológica do Código de 
Ética Profissional do Servidor Público Civil do Poder Executivo Federal. 
(A) o dever do servidor de tratar cuidadosamente os usuários dos serviços aperfeiçoando o processo 
de comunicação e contato com o público. 
(B) o dever do servidor de jamais retardar qualquer prestação de contas, condição essencial da gestão 
dos bens, direitos e serviços da coletividade a seu cargo. 
(C) o dever do servidor de prestar toda a sua atenção às ordens legais de seus superiores, velando 
atentamente por seu cumprimento, e, assim, evitando a conduta negligente. 
(D) a vedação ao servidor público de usar do cargo ou função, facilidades, amizades, tempo, posição 
e influências para obter qualquer favorecimento para si ou para outrem. 
(E) a vedação ao servidor público de prejudicar deliberadamente a reputação de outros servidores ou 
de cidadãos que deles dependam. 
 
16. (TRE/MT – Conhecimentos Gerais – CESPE/2015) Constitui regra deontológica do Código de 
Ética Profissional do Servidor Público Civil do Poder Executivo Federal. 
(A) o dever do servidor público de jamais desprezar o elemento ético de sua conduta. 
(B) a vedação, ao servidor público, de usar de artifícios para procrastinar ou dificultar o exercício regular 
de direito por qualquer pessoa, causando-lhe dano moral ou material. 
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(C) a vedação, ao servidor público, de exercer atividade profissional aética ou ligar o seu nome a 
empreendimentos de cunho duvidoso. 
(D) o dever do servidor de ter consciência de que seu trabalho é regido por princípios éticos que se 
materializam na adequada prestação dos serviços públicos. 
(E) o dever do servidor de ser probo, reto, leal e justo, demonstrando toda a integridade do seu caráter, 
escolhendo sempre, quando estiver diante de duas opções, a melhor e a mais vantajosa para o bem 
comum. 
 
17. (TRE/MT – Conhecimentos Gerais – CESPE/2015) Constitui regra deontológica do Código de 
Ética Profissional do Servidor Público Civil do Poder Executivo Federal 
(A) a vedação, ao servidor público, de exercer atividade profissional aética ou ligar o seu nome a 
empreendimentos de cunho duvidoso. 
(B) o dever do servidor de ter consciência de que seu trabalho é regido por princípios éticos que se 
materializam na adequada prestação dos serviços públicos. 
(C) o dever do servidor de ser probo, reto, leal e justo, demonstrando toda a integridade do seu caráter, 
escolhendo sempre, quando estiver diante de duas opções, a melhor e a mais vantajosa para o bem 
comum. 
(D) o dever do servidor público de jamais desprezar o elemento ético de sua conduta. 
(E) a vedação, ao servidor público, de usar de artifícios para procrastinar ou dificultar o exercício regular 
de direito por qualquer pessoa, causando-lhe dano moral ou material. 
 
18. (UFRPE – Assistente em Administração – SUGEP/2016) Para fins de apuração do 
comprometimento ético, o Decreto nº 1.171/1994 entende por servidor público: 
(A) somente os empregados públicos das autarquias, as fundações públicas, as entidades 
paraestatais, as empresas públicas e as sociedades de economia mista, ou em qualquer setor onde 
prevaleça o interesse do Estado. 
(B) somente os servidores dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, e empregados públicos das 
fundações públicas, as entidades paraestatais, as empresas públicas e as sociedades de economia mista, 
ou em qualquer setor onde prevaleça o interesse do Estado. 
(C) qualquer pessoa que preste serviços de natureza permanente, temporária ou excepcional, ainda 
que sem retribuição financeira, direta ou indiretamente, a qualquer órgão do poder estatal ou em qualquer 
setor onde prevaleça o interesse do Estado. 
(D) qualquer pessoa que, por força de lei, contrato ou de qualquer ato jurídico, preste serviços de 
natureza permanente aos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, ainda que sem retribuição 
financeira, desde que ligado diretamente a qualquer órgão do poder estatal. 
(E) somente os servidores da administração direta do Poder Executivo, visto que as fundações 
públicas, as entidades paraestatais, as empresas públicas e as sociedades de economia mista, serem 
pessoas jurídicas de direito privado. 
 
19. (IF/TO – Assistente em Administração – IF/TO/2016) De acordo com o Decreto nº 1.171, de 22 
de junho de 1994, consiste em vedações ao servidor público, exceto. 
(A) Dar o seu concurso a qualquer instituição que atente contra a moral, a honestidade ou a dignidade 
da pessoa humana. 
(B) Desviar servidor público para atendimento ainteresse particular. 
(C) Apresentar-se embriagado no serviço ou fora dele eventualmente. 
(D) Fazer uso de informações privilegiadas obtidas no âmbito interno de seu serviço em benefício 
próprio, de parentes, de amigos ou de terceiros. 
(E) Alterar ou deturpar o teor de documentos que deva encaminhar para providências. 
 
20. (IF/TO – Assistente em Administração – IF/TO/2016) De acordo com o Decreto nº 1.171, de 22 
de junho de 1994, não constitui dever do servidor público. 
(A) Deixar de comunicar imediatamente a seus superiores todo e qualquer ato ou fato contrário ao 
interesse público, exigindo as providências cabíveis, a fim de não gerar possíveis desentendimentos na 
repartição. 
(B) Manter-se atualizado com as instruções, as normas de serviço e a legislação pertinentes ao órgão 
onde exerce suas funções. 
(C) Ter consciência de que o trabalho é regido por princípios éticos que se materializam na adequada 
prestação dos serviços públicos. 
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(D) Exercer suas atribuições com rapidez, perfeição e rendimento, pondo fim ou procurando, 
prioritariamente, resolver situações procrastinatórias, principalmente, diante de filas ou de qualquer outra 
espécie de atraso na prestação dos serviços pelo setor em que exerça suas atribuições, com o fim de 
evitar dano moral ao usuário. 
(E) Zelar, no exercício do direito de greve, pelas exigências específicas da defesa da vida e da 
segurança coletiva. 
 
21. (Prefeitura de Cascavel – Arquiteto – CONSULPLAN/2016) São regras morais que devem ser 
seguidas pelos servidores públicos, segundo o Decreto nº 1.171, de 22 de junho de 1994, EXCETO: 
(A) O servidor não pode omitir ou falsear a verdade, que é um direito de toda pessoa, mesmo 
contrariando interesses da própria pessoa interessada ou da Administração Pública. 
(B) Devido à função pública de sua atividade profissional, os fatos e atos verificados na conduta do 
servidor em sua vida privada poderão acrescer ou diminuir o seu bom conceito na vida funcional. 
(C) De forma irrestrita, a publicidade de todos os atos administrativos constitui requisito de eficácia e 
moralidade, ensejando sua omissão e comprometimento ético contra o bem comum, imputável a quem a 
negar. 
(D) Tratar mal uma pessoa que paga seus tributos direta ou indiretamente significa causar-lhe dano 
moral, assim como se constitui em ofensa ao Estado e as pessoas deixar um bem público deteriorar por 
descuido ou má vontade. 
(E) Além de atitude contra a ética ou ato de desumanidade, caracteriza-se grave dano moral aos 
usuários dos serviços públicos, o servidor deixar de oferecer solução a uma situação que compete a ele 
ou seu setor, permitindo a formação de longas filas ou qualquer outra espécie de atraso na prestação do 
serviço. 
 
22. (IF/TO – Professor de Administração – IF/TO/2016) Através do Decreto nº 1.171\1994 fica 
aprovado o código de Ética Profissional do Servidor Público Civil do Poder Executivo Federal. São 
deveres fundamentais do Servidor Público: 
(A) informar o código de ética apenas aos integrantes do seu setor. 
(B) apresentar-se ao trabalho com vestimentas proporcional ao seu estilo pessoal. 
(C) manter limpo o ambiente de trabalho, mas sem necessidade específica a sua organização e 
distribuição. 
(D) comunicar aos seus superiores atitudes que não condiz com sua cultura pessoal e exigir conforme 
o código de ética o seu sigilo. 
(E) ter consciência de que seu trabalho é regido por princípios éticos que se materializam na adequada 
prestação dos serviços públicos. 
 
Respostas 
 
01. Resposta: A. 
XIV - São deveres fundamentais do servidor público: 
u) abster-se, de forma absoluta, de exercer sua função, poder ou autoridade com finalidade estranha 
ao interesse público, mesmo que observando as formalidades legais e não cometendo qualquer violação 
expressa à lei. 
 
02. Resposta: C. 
(a) Lei 1.171, XIV, q) manter-se atualizado com as instruções, as normas de serviço e a legislação 
pertinentes ao órgão onde exerce suas funções; 
(b) Lei 1.171, XIV, s) facilitar a fiscalização de todos atos ou serviços por quem de direito; 
(c) Lei 1.171, XIV, t) exercer com estrita moderação as prerrogativas funcionais que lhe sejam 
atribuídas, abstendo-se de fazê-lo contrariamente aos legítimos interesses dos usuários do serviço 
público e dos jurisdicionados administrativos; 
(d) Lei 1.171, XIV, u) abster-se, de forma absoluta, de exercer sua função, poder ou autoridade com 
finalidade estranha ao interesse público, mesmo que observando as formalidades legais e não cometendo 
qualquer violação expressa à lei; 
(e) Lei 1.171, XIV, v) divulgar e informar a todos os integrantes da sua classe sobre a existência deste 
Código de Ética, estimulando o seu integral cumprimento. 
 
03. Resposta: E. 
São deveres fundamentais do servidor público: 
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. 15 
a) desempenhar, a tempo, as atribuições do cargo, função ou emprego público de que seja titular. 
04. Resposta: C. 
A) Atender com presteza (Isso não é vedado ao servidor, mas dever); 
B) Guardar sigilo sobre assuntos da repartição (Não é vedado ao servidor, mas dever); 
C) Correta – Decreto 1.171/94 - Seção III inc. XV; 
D) Trata com urbanidade as pessoas (É dever do servidor); 
E) Observar as normas legais e regulamentares (Também não e vedado ao servidor, mas dever). 
 
05. Resposta: A. 
A Letra A, é um dos Deveres do Servidor Público, vide Decreto 1171/94. 
Dos Principais Deveres do Servidor Público 
XIV - São deveres fundamentais do servidor público: 
n) manter limpo e em perfeita ordem o local de trabalho, seguindo os métodos mais adequados à sua 
organização e distribuição; 
As demais afirmações são consideradas como proibições: 
Das Vedações ao Servidor Público 
XV - E vedado ao servidor público; 
e) deixar de utilizar os avanços técnicos e científicos ao seu alcance ou do seu conhecimento para 
atendimento do seu mister; 
g) pleitear, solicitar, provocar, sugerir ou receber qualquer tipo de ajuda financeira, gratificação, prêmio, 
comissão, doação ou vantagem de qualquer espécie, para si, familiares ou qualquer pessoa, para o 
cumprimento da sua missão ou para influenciar outro servidor para o mesmo fim; 
o) dar o seu concurso a qualquer instituição que atente contra a moral, a honestidade ou a dignidade 
da pessoa humana. 
 
06. Resposta: E. 
Decreto 1.171/1994 XIV (Dos Principais Deveres do Servidor Público) h) ter respeito à hierarquia, 
porém sem nenhum temor de representar contra qualquer comprometimento indevido da estrutura em 
que se funda o Poder Estatal; 
XV (Das Vedações ao Servidor Público) n) Apresentar-se embriagado no serviço ou fora dele 
habitualmente (O "habitualmente", pelo que entendo, aplica-se somente ao caso de estar embriagado 
fora do serviço). 
 
07. Resposta: B. 
XV - E vedado ao servidor público; 
a) o uso do cargo ou função, facilidades, amizades, tempo, posição e influências, para obter qualquer 
favorecimento, para si ou para outrem; 
b) prejudicar deliberadamente a reputação de outros servidores ou de cidadãos que deles dependam; 
c) ser, em função de seu espírito de solidariedade, conivente com erro ou infração a este Código de 
Ética ou ao Código de Ética de sua profissão; 
d) usar de artifícios para procrastinar ou dificultar o exercício regular de direito por qualquer pessoa, 
causando-lhe dano moral ou material; 
e) deixar de utilizar os avanços técnicos e científicos ao seu alcance ou do seu conhecimento para 
atendimento do seu mister; 
f) permitir que perseguições, simpatias, antipatias, caprichos, paixões ou interesses de ordem pessoal 
interfiram no trato com o público, com os jurisdicionados administrativos ou com colegas hierarquicamente 
superiores ou inferiores; 
g) pleitear, solicitar, provocar, sugerir ou receber qualquer tipo de ajuda financeira, gratificação, prêmio, 
comissão, doação ou vantagem de qualquer espécie,para si, familiares ou qualquer pessoa, para o 
cumprimento da sua missão ou para influenciar outro servidor para o mesmo fim; 
h) alterar ou deturpar o teor de documentos que deva encaminhar para providências; 
i) iludir ou tentar iludir qualquer pessoa que necessite do atendimento em serviços públicos; 
j) desviar servidor público para atendimento a interesse particular; 
l) retirar da repartição pública, sem estar legalmente autorizado, qualquer documento, livro ou bem 
pertencente ao patrimônio público; 
m) fazer uso de informações privilegiadas obtidas no âmbito interno de seu serviço, em benefício 
próprio, de parentes, de amigos ou de terceiros; 
n) apresentar-se embriagado no serviço ou fora dele habitualmente; 
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. 16 
o) dar o seu concurso a qualquer instituição que atente contra a moral, a honestidade ou a dignidade 
da pessoa humana; 
p) exercer atividade profissional aética ou ligar o seu nome a empreendimentos de cunho duvidoso. 
 
08. Resposta: Errado. 
Remoção não é pena. E a única punição prevista no Código de Ética é a censura. 
Decreto 1.171. XXII - A pena aplicável ao servidor público pela Comissão de Ética é a de censura e 
sua fundamentação constará do respectivo parecer, assinado por todos os seus integrantes, com ciência 
do faltoso. 
Lei 8.112/90. Art. 36. Remoção é o deslocamento do servidor, a pedido ou de ofício, no âmbito do 
mesmo quadro, com ou sem mudança de sede. 
 
09. Resposta: Errado. 
Segundo o Decreto 1.171/94 temos: Seção III - Das Vedações ao Servidor Público: 
XV - É vedado ao servidor público: 
p) exercer atividade profissional aética ou ligar o seu nome a empreendimentos de cunho duvidoso. 
 
10. Resposta: Certo. 
Decreto 1.171/94 
Das Vedações ao Servidor Público: 
XV - E vedado ao servidor público; 
l) retirar da repartição pública, sem estar legalmente autorizado, qualquer documento, livro ou bem 
pertencente ao patrimônio público. 
 
11. Resposta: B. 
XIV - São deveres fundamentais do servidor público: 
t) exercer com estrita moderação as prerrogativas funcionais que lhe sejam atribuídas, abstendo-se de 
fazê-lo contrariamente aos legítimos interesses dos usuários do serviço público e dos jurisdicionados 
administrativos. 
 
12. Resposta: C. 
O Código de Ética dos Servidores Públicos foi aprovado pelo Decreto Federal 1.171/94 para os 
servidores públicos do Poder Executivo Federal com o objetivo de impor as regras que norteiam os 
princípios, deveres e proibições, os fundamentos e as regras morais que devem ser seguidas pelos 
servidores públicos do Poder Executivo Federal. 
 
13. Resposta: A. 
l) retirar da repartição pública, sem estar legalmente autorizado, qualquer documento, livro ou bem 
pertencente ao patrimônio público. 
 
14. Resposta: A. 
Com base no D 1171 
A) CERTO: CAPÍTULO I Seção I Das Regras Deontológicas 
XI - O servidor deve prestar toda a sua atenção às ordens legais de seus superiores, velando 
atentamente por seu cumprimento, e, assim, evitando a conduta negligente. Os repetidos erros, o descaso 
e o acúmulo de desvios tornam-se, às vezes, difíceis de corrigir e caracterizam até mesmo imprudência 
no desempenho da função pública 
B) Seção III Das Vedações ao Servidor Público 
XV - E vedado ao servidor público; 
a) o uso do cargo ou função, facilidades, amizades, tempo, posição e influências, para obter qualquer 
favorecimento, para si ou para outrem 
C) XV - E vedado ao servidor público; 
b) prejudicar deliberadamente a reputação de outros servidores ou de cidadãos que deles dependam 
D) Seção II Dos Principais Deveres do Servidor Público 
XIV - São deveres fundamentais do servidor público: 
e) tratar cuidadosamente os usuários dos serviços aperfeiçoando o processo de comunicação e 
contato com o público 
E) XIV - São deveres fundamentais do servidor público 
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. 17 
d) jamais retardar qualquer prestação de contas, condição essencial da gestão dos bens, direitos e 
serviços da coletividade a seu cargo 
 
15. Resposta: C. 
a) Dos Principais Deveres do Servidor Público 
XIV - São deveres fundamentais do servidor público: 
e) tratar cuidadosamente os usuários dos serviços aperfeiçoando o processo de comunicação e 
contato com o público 
b) XIV - São deveres fundamentais do servidor público 
d) jamais retardar qualquer prestação de contas, condição essencial da gestão dos bens, direitos e 
serviços da coletividade a seu cargo 
c) Certo. Das Regras Deontológicas 
XI - O servidor deve prestar toda a sua atenção às ordens legais de seus superiores, velando 
atentamente por seu cumprimento, e, assim, evitando a conduta negligente. Os repetidos erros, o descaso 
e o acúmulo de desvios tornam-se, às vezes, difíceis de corrigir e caracterizam até mesmo imprudência 
no desempenho da função pública 
d) Das Vedações ao Servidor Público 
XV - E vedado ao servidor público; 
a) o uso do cargo ou função, facilidades, amizades, tempo, posição e influências, para obter qualquer 
favorecimento, para si ou para outrem 
e) Das Vedações ao Servidor Público 
XV - E vedado ao servidor público; 
b) prejudicar deliberadamente a reputação de outros servidores ou de cidadãos que deles dependam 
 
16. Resposta: A. 
D1171 
a) Errado. (Das Regras Deontológicas) - II - O servidor público não poderá jamais desprezar o 
elemento ético de sua conduta. Assim, não terá que decidir somente entre o legal e o ilegal, o justo e o 
injusto, o conveniente e o inconveniente, o oportuno e o inoportuno, mas principalmente entre o honesto 
e o desonesto, consoante as regras contidas no art. 37, caput, e § 4°, da Constituição Federal. 
b) XV - E vedado ao servidor público; d) usar de artifícios para procrastinar ou dificultar o exercício 
regular de direito por qualquer pessoa, causando-lhe dano moral ou material; 
c) XV - E vedado ao servidor público; p) exercer atividade profissional aética ou ligar o seu nome a 
empreendimentos de cunho duvidoso. 
d) XIV - São deveres fundamentais do servidor público: f) ter consciência de que seu trabalho é regido 
por princípios éticos que se materializam na adequada prestação dos serviços públicos; 
e) XIV - São deveres fundamentais do servidor público: c) ser probo, reto, leal e justo, demonstrando 
toda a integridade do seu caráter, escolhendo sempre, quando estiver diante de duas opções, a melhor 
e a mais vantajosa para o bem comum. 
 
17. Resposta: D. 
d) Das Regras Deontológicas: II - O servidor público não poderá jamais desprezar o elemento ético de 
sua conduta. Assim, não terá que decidir somente entre o legal e o ilegal, o justo e o injusto, o conveniente 
e o inconveniente, o oportuno e o inoportuno, mas principalmente entre o honesto e o desonesto, 
consoante as regras contidas no art. 37, caput, e § 4°, da Constituição Federal. 
XV - E vedado ao servidor público; 
a) p) exercer atividade profissional aética ou ligar o seu nome a empreendimentos de cunho duvidoso. 
e) d) usar de artifícios para procrastinar ou dificultar o exercício regular de direito por qualquer pessoa, 
causando-lhe dano moral ou material; 
XIV - São deveres fundamentais do servidor público: 
b) f) ter consciência de que seu trabalho é regido por princípios éticos que se materializam na adequada 
prestação dos serviços públicos; 
c) c) ser probo, reto, leal e justo, demonstrando toda a integridade do seu caráter, escolhendo sempre, 
quando estiver diante de duas opções, a melhor e a mais vantajosa para o bem comum. 
 
18. Resposta: C. 
XXIV - Para fins de apuração do comprometimento ético, entende-se por servidor público todo aquele 
que, por força de lei, contrato ou de qualquer ato jurídico, preste serviços de natureza permanente, 
temporária ou excepcional, ainda que sem retribuição financeira, desde que ligado direta ou indiretamente 
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a qualquer órgãodo poder estatal, como as autarquias, as fundações públicas, as entidades paraestatais, 
as empresas públicas e as sociedades de economia mista, ou em qualquer setor onde prevaleça o 
interesse do Estado. 
19. Resposta: C. 
XV - E vedado ao servidor público; 
n) apresentar-se embriagado no serviço ou fora dele habitualmente. 
 
20. Resposta: A. 
XIV - São deveres fundamentais do servidor público: 
m) comunicar imediatamente a seus superiores todo e qualquer ato ou fato contrário ao interesse 
público, exigindo as providências cabíveis. 
 
21. Resposta: C. 
VII - Salvo os casos de segurança nacional, investigações policiais ou interesse superior do Estado e 
da Administração Pública, a serem preservados em processo previamente declarado sigiloso, nos termos 
da lei, a publicidade de qualquer ato administrativo constitui requisito de eficácia e moralidade, ensejando 
sua omissão comprometimento ético contra o bem comum, imputável a quem a negar. 
 
22. Resposta: E. 
XIV - São deveres fundamentais do servidor público: (...) 
f) ter consciência de que seu trabalho é regido por princípios éticos que se materializam na adequada 
prestação dos serviços públicos. 
 
Improbidade administrativa é a falta de probidade do servidor no exercício de suas funções ou de 
governante no desempenho das atividades próprias de seu cargo. Os atos de improbidade administrativa 
importam a suspensão dos direitos políticos, a perda da função pública, a indisponibilidade dos bens e o 
ressarcimento do Erário, na forma e gradação previstas em lei, sem prejuízo da ação penal cabível. 
A matéria é regulada no plano constitucional pelo art. 37, §4º, da Constituição Federal, e no plano 
infraconstitucional pela Lei Federal Nº 8.429, de 02.06.1992, que dispõe sobre “as sanções aplicáveis aos 
agentes públicos nos casos de enriquecimento ilícito no exercício de mandato, cargo, emprego ou função 
na administração pública direta, indireta ou fundacional.” 
 
Para Maria Sylvia Zanella Di Pietro, em sua obra Direito Administrativo, 27ª edição, editora Atlas, 2014. 
 
“A improbidade administrativa, como ato ilícito, vem sendo prevista no direito positivo brasileiro 
desde longa data, para os agentes políticos, enquadrando-se como crime de responsabilidade. Para 
os servidores públicos em geral, a legislação não falava em improbidade, mas já denotava preocupação 
com o combate à corrupção, ao falar em enriquecimento ilícito no exercício do cargo ou função, que 
sujeitava o agente ao sequestro e perda de bens em favor da Fazenda Pública.” 
 
A referida lei pune os atos de improbidade praticados por qualquer agente público, servidor ou não, 
contra a administração direta, indireta ou fundacional de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, 
do Distrito Federal, dos Municípios, de Território, de empresa incorporada ao patrimônio público ou de 
entidade para cuja criação ou custeio o erário haja concorrido ou concorra com mais de cinquenta por 
cento do patrimônio ou da receita anual. 
Pune ainda, os atos de improbidade praticados contra o patrimônio de entidade que receba subvenção, 
benefício ou incentivo fiscal ou creditício, de órgão público bem como daquelas para cuja criação ou 
custeio o erário haja concorrido ou concorra com menos de cinquenta por cento do patrimônio ou da 
receita anual, limitando-se, nestes casos, a sanção patrimonial à repercussão do ilícito sobre a 
contribuição dos cofres públicos. 
Agente público, para os efeitos desta lei, é todo aquele que exerce, ainda que transitoriamente ou sem 
remuneração, por eleição, nomeação, designação, contratação ou qualquer outra forma de investidura ou 
vínculo, mandato, cargo, emprego ou função nas entidades já mencionadas. Contudo, a lei também 
poderá ser aplicada, àquele que, mesmo não sendo agente público, induza ou concorra para a prática do 
ato de improbidade ou dele se beneficie sob qualquer forma direta ou indireta. 
 
 
 
 
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IMPORTANTE: As entidades públicas mencionadas são as referidas no artigo 1º da Lei nº 8.429/92: 
 
Art. 1° Os atos de improbidade praticados por qualquer agente público, servidor ou não, contra a 
administração direta, indireta ou fundacional de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do 
Distrito Federal, dos Municípios, de Território, de empresa incorporada ao patrimônio público ou de 
entidade para cuja criação ou custeio o erário haja concorrido ou concorra com mais de cinquenta por 
cento do patrimônio ou da receita anual, serão punidos na forma desta lei. 
Parágrafo único. Estão também sujeitos às penalidades desta lei os atos de improbidade praticados 
contra o patrimônio de entidade que receba subvenção, benefício ou incentivo, fiscal ou creditício, de 
órgão público bem como daquelas para cuja criação ou custeio o erário haja concorrido ou concorra 
com menos de cinquenta por cento do patrimônio ou da receita anual, limitando-se, nestes casos, a 
sanção patrimonial à repercussão do ilícito sobre a contribuição dos cofres públicos. 
 
O agente que comete ato de improbidade está sujeito às sanções penais, civis e administrativas 
cabíveis ao caso concreto, além das seguintes cominações, que podem ser aplicadas isolada ou 
cumulativamente, de acordo com a gravidade do fato: 
 
Sujeitos dos Atos de Improbidade 
O art. 1º da Lei de Improbidade elenca os sujeitos passivos dos atos de improbidade, a saber, as 
pessoas jurídicas que sofrerão as consequências desses atos. Essas pessoas jurídicas devem pertencer 
à Administração Direta ou Indireta de qualquer dos poderes, seja da União, dos Estados ou dos 
Municípios, bem como a empresa incorporada ao patrimônio público ou a entidade em cuja criação ou 
custeio haja concorrido o erário público com mais de 50% do patrimônio ou da receita anual. 
O parágrafo único do mesmo artigo determina que também são puníveis os atos de improbidade 
praticados contra o patrimônio de entidade que receba subvenção, benefício ou incentivo fiscal ou 
creditício de órgão público, assim como contra aquelas em que o erário público tenha concorrido ou 
concorra com mais de 50% do patrimônio. 
Deve-se ter em mente que é imprescindível a determinação do sujeito passivo, haja vista que somente 
os atos cometidos contra as pessoas descritas no art. 1º e em seu parágrafo único podem ser tipificados 
como de improbidade e, portanto, gerar a aplicação da Lei nº 8.429/92. 
 
Os sujeitos ativos são as pessoas que praticam os atos de improbidade, podendo ser agentes 
públicos ou terceiros. 
 
O art. 2º da Lei em estudo traz a conceituação de “agente público” para fins dessa lei. Já os terceiros 
estão conceituados no art. 3º. 
 
Ocorrendo o enriquecimento ilícito, o agente público ou terceiro beneficiário perderá os bens ou valores 
acrescidos ao seu patrimônio. Vamos observar o teor do art. 7º da Lei de Improbidade: 
 
Art. 7° Quando o ato de improbidade causar lesão ao patrimônio público ou ensejar enriquecimento 
ilícito, caberá a autoridade administrativa responsável pelo inquérito representar ao Ministério Público, 
para a indisponibilidade dos bens do indiciado. 
Parágrafo único. A indisponibilidade a que se refere o caput deste artigo recairá sobre bens que 
assegurem o integral ressarcimento do dano, ou sobre o acréscimo patrimonial resultante do 
enriquecimento ilícito. 
 
O sucessor daquele que causar lesão ao patrimônio público ou se enriquecer ilicitamente está sujeito 
às cominações da Lei de Improbidade, até o limite do valor da herança. 
Os atos que constituem improbidade administrativa podem ser divididos em três espécies: 
1) Ato de improbidade administrativa que importa enriquecimento ilícito; 
2) Ato de improbidade administrativa que importa lesão ao erário; 
3) Ato de improbidade administrativa que atenta contra os princípios da administração pública. 
 
 
 
 
 
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. 20 
Vamos analisar as três espécies.1. Ato de improbidade administrativa que importa enriquecimento ilícito (art. 9º): 
 
No artigo 9º, desta lei, constitui ato de improbidade administrativa auferir, qualquer tipo de vantagem 
patrimonial indevida, por meio do exercício do cargo, mandato, função, emprego ou atividade da 
Administração direta, indireta ou fundacional de qualquer dos Poderes da Administração direta, indireta 
ou fundacional, de empresa incorporada ao patrimônio público ou de entidade, cuja criação ou custeio, 
tenha o erário concorrido com mais de 50% do patrimônio ou da receita federal. 
 
Para a tipificação deste artigo é necessário que exista: 
 
- dolo do agente; 
- Obtenção de vantagem patrimonial pelo agente; 
- Ilicitude da vantagem obtida; 
- Existência de nexo causal entre o exercício funcional e a vantagem indevida. 
 
As 12 condutas ilícitas seguem abaixo na disposição da lei, em seu artigo 9º. Lembrando que trata-se 
de rol exemplificativo, desta maneira, as 12 condutas não são as únicas. 
 
2) Ato de improbidade administrativa que importa lesão ao erário (art. 10). 
 
Constitui ato de improbidade administrativa que importa lesão ao erário, qualquer ação ou omissão, 
seja culposa ou dolosa, desde que enseje desvio, perda patrimonial, apropriação, malbaratamento ou 
dilapidação dos bens ou haveres das entidades referidas no artigo 1º da citada lei. 
 
São requisitos necessários para a configuração deste artigo: 
 
- Conduta dolosa ou culposo do agente; 
-Conduta ilícita; 
- Existência de lesão ao erário ou perda patrimonial, desvio, apropriação...; - 
- Não exigência de obtenção de vantagem patrimonial pelo agente; 
-Existência de nexo causal entre a função do agente e o prejuízo causado ao erário. 
 
O rol do artigo 10 é não-taxativo e portanto não se esgota apenas no que consta aqui, como exemplos. 
 
3) Ato de improbidade administrativa que atenta contra os princípios da administração pública: 
(art. 11). 
 
No artigo 11, a Lei no 8.429/92 dispõe constituir ato de improbidade administrativa qualquer ação ou 
omissão que viole os deveres de honestidade, imparcialidade, legalidade e lealdade às instituições que 
atentem contra os princípios que compõem a Administração Pública. 
 
Portanto, para a tipificação de uma das condutas previstas no artigo 11, falamos em alguns requisitos: 
 
- Conduta dolosa do agente; 
- Conduta comissiva ou omissiva ilícita que, em regra, não gere enriquecimento ilícito ou não cause 
lesão ao patrimônio público; 
- Violação dos deveres de honestidade, imparcialidade, legalidade e lealdade às instituições. 
- Atentado contra os princípios da Administração; 
- Existência de nexo causal entre o exercício funcional e o desrespeito aos princípios da administração. 
 
No mesmo sentido, o rol do artigo 11 é exemplificativo. 
 
Prescrição 
Existe prazo prescricional descrito no art. 23 da Lei de Improbidade Administrativa, prazo esse que 
deve ser considerado para a aplicação das sanções para faltas funcionais cometidas pelos servidores 
públicos. 
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. 21 
Ressalte-se que o art. 37, § 5º da Constituição determina que são imprescritíveis as ações que tem 
por objetivo o ressarcimento dos danos causados ao erário. 
Em relação ao agentes ocupantes de cargo efetivo ou empregos públicos deve-se aplicar os prazos 
prescricionais descritos me lei específica. 
 
Procedimento 
O procedimento administrativo que se destina a apurar a existência de atos de improbidade no âmbito 
interno da Administração Pública está descrito no capítulo V da Lei nº 8.429/92. 
Segundo norma do art. 14, qualquer pessoa pode representar à autoridade administrativa com vistas 
a ser instaurada investigação cuja finalidade será apurar a prática de ato de improbidade. A 
representação, contudo, deve ser feita por escrito ou reduzida a termo e deve ser assinada pelo 
representante, devidamente qualificado. Deve-se apresentar as informações sobre o fato, sobre a autoria 
e as provas. 
Deve a autoridade administrativa competente pronunciar-se sobre o conteúdo da representação, 
podendo inclusive, rejeitá-la através de um despacho devidamente fundamentado. Uma vez tendo sido 
rejeitada, a autoridade administrativa poderá averiguar a prática dos referidos atos de ofício, bem como 
caberá nova representação ao Ministério Público. 
O Ministério Público, por sua vez, é competente para a instauração de inquérito civil, caso não possua 
todos os elementos necessários para o ajuizamento da ação de improbidade. 
Uma vez sendo instaurado o processo administrativo, deverá a comissão processante, notificar o fato 
ao Ministério Público e ao Tribunal de Contas, para que tenham a oportunidade de indicar representantes 
que acompanharão o procedimento administrativo. 
Em havendo comprovação da existência de fundados indícios de responsabilidade, a Comissão tem o 
dever de representar o Ministério Público ou a Procuradoria para que seja ajuizada ação cautelar com 
pedido de sequestro de bens do sujeito passivo. 
Uma vez ajuizada a medida cautelar, deve o Ministério Público ou a pessoa jurídica interessada propor 
a ação principal dentro do prazo de trinta dias, contados da efetivação da medida. 
No intuito de preservar a indisponibilidade dos interesses públicos, prevê a Lei, no art. 17 a proibição 
da realização de transação, acordo ou conciliação nesse tipo de ação. Assim, também não é possível a 
desistência da ação, segundo posicionamento doutrinário. 
 
Fase Preliminar: é realizada antes do recebimento da petição inicial e está prevista no § 7º do art. 17 
da Lei de Improbidade Administrativa. A primeira regra diz respeito ao juízo de admissibilidade em que 
o juízo notifica o requerido para que apresente, no prazo de 15 dias, manifestação escrita que pode ser 
instruída com documentos. O descumprimento dessa regra acarreta a nulidade do processo. 
Uma vez tendo sido recebidas as manifestações do requerido, pode o juiz rejeitar a ação de 
improbidade, por decisão fundamentada em que demonstre a caracterização da inexistência do ato de 
improbidade, ou a inadequação dessa via, bem como a impossibilidade de julgamento. 
De outra banda, se houver indícios da existência da prática de atos de improbidade, o juiz receberá a 
petição inicial, determinando a citação do réu para que, querendo apresente contestação. 
Aqueles que apresentarem representações sem fundamento sujeitam-se à penalidades cíveis e 
penais, essas últimas descritas no art. 19 da lei em comento, sujeitam a pessoa a pena de detenção de 
seis a dez meses e multa, bem como ao pagamento de danos morais e materiais. 
E respeito ao princípio do contraditório e da ampla defesa somente poderá ocorrer a perda da função 
pública e a suspensão dos direitos políticos após o trânsito em julgado da sentença condenatória. É 
possível, contudo, a autoridade administrativa ou judicial determinar o afastamento do agente do cargo, 
emprego ou função, sem prejuízo de sua remuneração, desde que essa medida seja necessária para a 
instrução processual. 
 
Aplicação de Sanções 
De acordo com o art. 12 da Lei de Improbidade as penalidades impostas pela prática de atos de 
improbidade administrativa não depende das sanções penais, cíveis e administrativas, podendo as 
mesmas serem aplicadas de forma isolada ou cumulativamente, de acordo com a gravidade do fato. 
Dessa feita, é possível ao agente ser responsabilizado individualmente em cada esfera, recebendo 
assim as punições previstas. 
A posse e o exercício do agente público é condicionado à apresentação de declaração dos bens e 
valores que compõem o seu patrimônio privado, a fim de ser arquivada no serviço de pessoal competente. 
Qualquer pessoa poderá representar à autoridade administrativa competente para que seja instaurada 
investigação destinada a apurar a prática de ato de improbidade. 
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. 22 
Vamos conferir o artigo 23 da Leide Improbidade, que trata da prescrição: 
 
Art. 23. As ações destinadas a levar a efeitos as sanções previstas nesta lei podem ser propostas: 
I - até cinco anos após o término do exercício de mandato, de cargo em comissão ou de função de 
confiança; 
II - dentro do prazo prescricional previsto em lei específica para faltas disciplinares puníveis com 
demissão a bem do serviço público, nos casos de exercício de cargo efetivo ou emprego. 
 
Vamos acompanhar em seguida o que dispõe a Lei nº 8.429/92 que versa sobre o tema: 
 
LEI Nº 8.429, DE 2 DE JUNHO DE 1992. 
 
Dispõe sobre as sanções aplicáveis aos agentes públicos nos casos de enriquecimento ilícito no 
exercício de mandato, cargo, emprego ou função na administração pública direta, indireta ou fundacional 
e dá outras providências. 
 
 O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a 
seguinte lei: 
 
CAPÍTULO I 
Das Disposições Gerais 
 
Art. 1° Os atos de improbidade praticados por qualquer agente público, servidor ou não, contra a 
administração direta, indireta ou fundacional de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito 
Federal, dos Municípios, de Território, de empresa incorporada ao patrimônio público ou de entidade para 
cuja criação ou custeio o erário haja concorrido ou concorra com mais de cinquenta por cento do 
patrimônio ou da receita anual, serão punidos na forma desta lei. 
 Parágrafo único. Estão também sujeitos às penalidades desta lei os atos de improbidade praticados 
contra o patrimônio de entidade que receba subvenção, benefício ou incentivo, fiscal ou creditício, de 
órgão público bem como daquelas para cuja criação ou custeio o erário haja concorrido ou concorra com 
menos de cinquenta por cento do patrimônio ou da receita anual, limitando-se, nestes casos, a sanção 
patrimonial à repercussão do ilícito sobre a contribuição dos cofres públicos. 
 
 Art. 2° Reputa-se agente público, para os efeitos desta lei, todo aquele que exerce, ainda que 
transitoriamente ou sem remuneração, por eleição, nomeação, designação, contratação ou qualquer outra 
forma de investidura ou vínculo, mandato, cargo, emprego ou função nas entidades mencionadas no 
artigo anterior. 
 
 Art. 3° As disposições desta lei são aplicáveis, no que couber, àquele que, mesmo não sendo agente 
público, induza ou concorra para a prática do ato de improbidade ou dele se beneficie sob qualquer forma 
direta ou indireta. 
 
 Art. 4° Os agentes públicos de qualquer nível ou hierarquia são obrigados a velar pela estrita 
observância dos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade e publicidade no trato dos assuntos 
que lhe são afetos. 
 
 Art. 5° Ocorrendo lesão ao patrimônio público por ação ou omissão, dolosa ou culposa, do agente ou 
de terceiro, dar-se-á o integral ressarcimento do dano. 
 
 Art. 6° No caso de enriquecimento ilícito, perderá o agente público ou terceiro beneficiário os bens ou 
valores acrescidos ao seu patrimônio. 
 
 Art. 7° Quando o ato de improbidade causar lesão ao patrimônio público ou ensejar enriquecimento 
ilícito, caberá a autoridade administrativa responsável pelo inquérito representar ao Ministério Público, 
para a indisponibilidade dos bens do indiciado. 
Parágrafo único. A indisponibilidade a que se refere o caput deste artigo recairá sobre bens que 
assegurem o integral ressarcimento do dano, ou sobre o acréscimo patrimonial resultante do 
enriquecimento ilícito. 
 
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. 23 
 Art. 8° O sucessor daquele que causar lesão ao patrimônio público ou se enriquecer ilicitamente está 
sujeito às cominações desta lei até o limite do valor da herança. 
 
CAPÍTULO II 
Dos Atos de Improbidade Administrativa 
Seção I 
Dos Atos de Improbidade Administrativa que Importam Enriquecimento Ilícito 
 
 Art. 9° Constitui ato de improbidade administrativa importando enriquecimento ilícito auferir qualquer 
tipo de vantagem patrimonial indevida em razão do exercício de cargo, mandato, função, emprego ou 
atividade nas entidades mencionadas no art. 1° desta lei, e notadamente: 
I - receber, para si ou para outrem, dinheiro, bem móvel ou imóvel, ou qualquer outra vantagem 
econômica, direta ou indireta, a título de comissão, percentagem, gratificação ou presente de quem tenha 
interesse, direto ou indireto, que possa ser atingido ou amparado por ação ou omissão decorrente das 
atribuições do agente público; 
II - perceber vantagem econômica, direta ou indireta, para facilitar a aquisição, permuta ou locação de 
bem móvel ou imóvel, ou a contratação de serviços pelas entidades referidas no art. 1° por preço superior 
ao valor de mercado; 
III - perceber vantagem econômica, direta ou indireta, para facilitar a alienação, permuta ou locação 
de bem público ou o fornecimento de serviço por ente estatal por preço inferior ao valor de mercado; 
IV - utilizar, em obra ou serviço particular, veículos, máquinas, equipamentos ou material de qualquer 
natureza, de propriedade ou à disposição de qualquer das entidades mencionadas no art. 1° desta lei, 
bem como o trabalho de servidores públicos, empregados ou terceiros contratados por essas entidades; 
V - receber vantagem econômica de qualquer natureza, direta ou indireta, para tolerar a exploração ou 
a prática de jogos de azar, de lenocínio, de narcotráfico, de contrabando, de usura ou de qualquer outra 
atividade ilícita, ou aceitar promessa de tal vantagem; 
VI - receber vantagem econômica de qualquer natureza, direta ou indireta, para fazer declaração falsa 
sobre medição ou avaliação em obras públicas ou qualquer outro serviço, ou sobre quantidade, peso, 
medida, qualidade ou característica de mercadorias ou bens fornecidos a qualquer das entidades 
mencionadas no art. 1º desta lei; 
VII - adquirir, para si ou para outrem, no exercício de mandato, cargo, emprego ou função pública, 
bens de qualquer natureza cujo valor seja desproporcional à evolução do patrimônio ou à renda do agente 
público; 
VIII - aceitar emprego, comissão ou exercer atividade de consultoria ou assessoramento para pessoa 
física ou jurídica que tenha interesse suscetível de ser atingido ou amparado por ação ou omissão 
decorrente das atribuições do agente público, durante a atividade; 
IX - perceber vantagem econômica para intermediar a liberação ou aplicação de verba pública de 
qualquer natureza; 
X - receber vantagem econômica de qualquer natureza, direta ou indiretamente, para omitir ato de 
ofício, providência ou declaração a que esteja obrigado; 
XI - incorporar, por qualquer forma, ao seu patrimônio bens, rendas, verbas ou valores integrantes do 
acervo patrimonial das entidades mencionadas no art. 1° desta lei; 
XII - usar, em proveito próprio, bens, rendas, verbas ou valores integrantes do acervo patrimonial das 
entidades mencionadas no art. 1° desta lei. 
 
Seção II 
Dos Atos de Improbidade Administrativa que Causam Prejuízo ao Erário 
 
 Art. 10. Constitui ato de improbidade administrativa que causa lesão ao erário qualquer ação ou 
omissão, dolosa ou culposa, que enseje perda patrimonial, desvio, apropriação, malbaratamento ou 
dilapidação dos bens ou haveres das entidades referidas no art. 1º desta lei, e notadamente: 
I - facilitar ou concorrer por qualquer forma para a incorporação ao patrimônio particular, de pessoa 
física ou jurídica, de bens, rendas, verbas ou valores integrantes do acervo patrimonial das entidades 
mencionadas no art. 1º desta lei; 
II - permitir ou concorrer para que pessoa física ou jurídica privada utilize bens, rendas, verbas ou 
valores integrantes do acervo patrimonial das entidades mencionadas no art. 1º desta lei, sem a 
observância das formalidades legais ou regulamentares aplicáveis à espécie; 
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. 24 
III - doar à pessoa física ou jurídica bem como ao ente despersonalizado, ainda que de fins educativos 
ou assistências,bens, rendas, verbas ou valores do patrimônio de qualquer das entidades mencionadas 
no art. 1º desta lei, sem observância das formalidades legais e regulamentares aplicáveis à espécie; 
IV - permitir ou facilitar a alienação, permuta ou locação de bem integrante do patrimônio de qualquer 
das entidades referidas no art. 1º desta lei, ou ainda a prestação de serviço por parte delas, por preço 
inferior ao de mercado; 
V - permitir ou facilitar a aquisição, permuta ou locação de bem ou serviço por preço superior ao de 
mercado; 
VI - realizar operação financeira sem observância das normas legais e regulamentares ou aceitar 
garantia insuficiente ou inidônea; 
VII - conceder benefício administrativo ou fiscal sem a observância das formalidades legais ou 
regulamentares aplicáveis à espécie; 
VIII - frustrar a licitude de processo licitatório ou dispensá-lo indevidamente; (Vide Lei nº 13.019, de 
2014) 
IX - ordenar ou permitir a realização de despesas não autorizadas em lei ou regulamento; 
X - agir negligentemente na arrecadação de tributo ou renda, bem como no que diz respeito à 
conservação do patrimônio público; 
XI - liberar verba pública sem a estrita observância das normas pertinentes ou influir de qualquer forma 
para a sua aplicação irregular; 
XII - permitir, facilitar ou concorrer para que terceiro se enriqueça ilicitamente; 
XIII - permitir que se utilize, em obra ou serviço particular, veículos, máquinas, equipamentos ou 
material de qualquer natureza, de propriedade ou à disposição de qualquer das entidades mencionadas 
no art. 1° desta lei, bem como o trabalho de servidor público, empregados ou terceiros contratados por 
essas entidades. 
XIV – celebrar contrato ou outro instrumento que tenha por objeto a prestação de serviços públicos por 
meio da gestão associada sem observar as formalidades previstas na lei; 
XV – celebrar contrato de rateio de consórcio público sem suficiente e prévia dotação orçamentária, 
ou sem observar as formalidades previstas na lei. 
XVI - facilitar ou concorrer, por qualquer forma, para a incorporação, ao patrimônio particular de pessoa 
física ou jurídica, de bens, rendas, verbas ou valores públicos transferidos pela administração pública a 
entidades privadas mediante celebração de parcerias, sem a observância das formalidades legais ou 
regulamentares aplicáveis à espécie; (Incluído pela Lei nº 13.019, de 2014). 
XVII - permitir ou concorrer para que pessoa física ou jurídica privada utilize bens, rendas, verbas ou 
valores públicos transferidos pela administração pública a entidade privada mediante celebração de 
parcerias, sem a observância das formalidades legais ou regulamentares aplicáveis à espécie; 
(Incluído pela Lei nº 13.019, de 2014). 
XVIII - celebrar parcerias da administração pública com entidades privadas sem a observância das 
formalidades legais ou regulamentares aplicáveis à espécie; (Incluído pela Lei nº 13.019, de 2014). 
XIX - agir negligentemente na celebração, fiscalização e análise das prestações de contas de parcerias 
firmadas pela administração pública com entidades privadas; (Incluído pela Lei nº 13.019, de 2014). 
XX - liberar recursos de parcerias firmadas pela administração pública com entidades privadas sem a 
estrita observância das normas pertinentes ou influir de qualquer forma para a sua aplicação irregular. 
(Incluído pela Lei nº 13.019, de 2014). 
XXI - liberar recursos de parcerias firmadas pela administração pública com entidades privadas sem a 
estrita observância das normas pertinentes ou influir de qualquer forma para a sua aplicação irregular. 
(Incluído pela Lei nº 13.019, de 2014). 
 
Seção III 
Dos Atos de Improbidade Administrativa que Atentam Contra os Princípios da Administração 
Pública 
 
 Art. 11. Constitui ato de improbidade administrativa que atenta contra os princípios da administração 
pública qualquer ação ou omissão que viole os deveres de honestidade, imparcialidade, legalidade, e 
lealdade às instituições, e notadamente: 
I - praticar ato visando fim proibido em lei ou regulamento ou diverso daquele previsto, na regra de 
competência; 
II - retardar ou deixar de praticar, indevidamente, ato de ofício; 
III - revelar fato ou circunstância de que tem ciência em razão das atribuições e que deva permanecer 
em segredo; 
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IV - negar publicidade aos atos oficiais; 
V - frustrar a licitude de concurso público; 
VI - deixar de prestar contas quando esteja obrigado a fazê-lo; 
VII - revelar ou permitir que chegue ao conhecimento de terceiro, antes da respectiva divulgação oficial, 
teor de medida política ou econômica capaz de afetar o preço de mercadoria, bem ou serviço. 
VIII - descumprir as normas relativas à celebração, fiscalização e aprovação de contas de parcerias 
firmadas pela administração pública com entidades privadas. (Redação dada pela Lei nº 13.019, de 2014). 
IX - deixar de cumprir a exigência de requisitos de acessibilidade previstos na legislação. (Incluído pela 
Lei nº 13.146, de 2015). 
 
CAPÍTULO III 
Das Penas 
 
Art. 12. Independentemente das sanções penais, civis e administrativas previstas na legislação 
específica, está o responsável pelo ato de improbidade sujeito às seguintes cominações, que podem ser 
aplicadas isolada ou cumulativamente, de acordo com a gravidade do fato: 
I - na hipótese do art. 9°, perda dos bens ou valores acrescidos ilicitamente ao patrimônio, 
ressarcimento integral do dano, quando houver, perda da função pública, suspensão dos direitos políticos 
de oito a dez anos, pagamento de multa civil de até três vezes o valor do acréscimo patrimonial e proibição 
de contratar com o Poder Público ou receber benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios, direta ou 
indiretamente, ainda que por intermédio de pessoa jurídica da qual seja sócio majoritário, pelo prazo de 
dez anos; 
II - na hipótese do art. 10, ressarcimento integral do dano, perda dos bens ou valores acrescidos 
ilicitamente ao patrimônio, se concorrer esta circunstância, perda da função pública, suspensão dos 
direitos políticos de cinco a oito anos, pagamento de multa civil de até duas vezes o valor do dano e 
proibição de contratar com o Poder Público ou receber benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios, 
direta ou indiretamente, ainda que por intermédio de pessoa jurídica da qual seja sócio majoritário, pelo 
prazo de cinco anos; 
III - na hipótese do art. 11, ressarcimento integral do dano, se houver, perda da função pública, 
suspensão dos direitos políticos de três a cinco anos, pagamento de multa civil de até cem vezes o valor 
da remuneração percebida pelo agente e proibição de contratar com o Poder Público ou receber 
benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios, direta ou indiretamente, ainda que por intermédio de pessoa 
jurídica da qual seja sócio majoritário, pelo prazo de três anos. 
Parágrafo único. Na fixação das penas previstas nesta lei o juiz levará em conta a extensão do dano 
causado, assim como o proveito patrimonial obtido pelo agente. 
 
CAPÍTULO IV 
Da Declaração de Bens 
 
Art. 13. A posse e o exercício de agente público ficam condicionados à apresentação de declaração 
dos bens e valores que compõem o seu patrimônio privado, a fim de ser arquivada no serviço de pessoal 
competente. (Regulamento) (Regulamento) 
§ 1° A declaração compreenderá imóveis, móveis, semoventes, dinheiro, títulos, ações, e qualquer 
outra espécie de bens e valores patrimoniais, localizado no País ou no exterior, e, quando for o caso, 
abrangerá os bens e valores patrimoniais do cônjuge ou companheiro, dos filhos e de outras pessoas que 
vivam sob a dependência econômica do declarante, excluídos apenas os objetos e utensílios de uso 
doméstico. 
§ 2º A declaração de bens será anualmente atualizada e na data em que o agente público deixar o 
exercício do mandato, cargo, emprego ou função. 
§ 3º Será punidocom a pena de demissão, a bem do serviço público, sem prejuízo de outras sanções 
cabíveis, o agente público que se recusar a prestar declaração dos bens, dentro do prazo determinado, 
ou que a prestar falsa. 
§ 4º O declarante, a seu critério, poderá entregar cópia da declaração anual de bens apresentada à 
Delegacia da Receita Federal na conformidade da legislação do Imposto sobre a Renda e proventos de 
qualquer natureza, com as necessárias atualizações, para suprir a exigência contida no caput e no § 2° 
deste artigo . 
 
 
 
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CAPÍTULO V 
Do Procedimento Administrativo e do Processo Judicial 
 
Art. 14. Qualquer pessoa poderá representar à autoridade administrativa competente para que seja 
instaurada investigação destinada a apurar a prática de ato de improbidade. 
§ 1º A representação, que será escrita ou reduzida a termo e assinada, conterá a qualificação do 
representante, as informações sobre o fato e sua autoria e a indicação das provas de que tenha 
conhecimento. 
§ 2º A autoridade administrativa rejeitará a representação, em despacho fundamentado, se esta não 
contiver as formalidades estabelecidas no § 1º deste artigo. A rejeição não impede a representação ao 
Ministério Público, nos termos do art. 22 desta lei. 
§ 3º Atendidos os requisitos da representação, a autoridade determinará a imediata apuração dos fatos 
que, em se tratando de servidores federais, será processada na forma prevista nos arts. 148 a 182 da Lei 
nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990 e, em se tratando de servidor militar, de acordo com os respectivos 
regulamentos disciplinares. 
 
Art. 15. A comissão processante dará conhecimento ao Ministério Público e ao Tribunal ou Conselho 
de Contas da existência de procedimento administrativo para apurar a prática de ato de improbidade. 
Parágrafo único. O Ministério Público ou Tribunal ou Conselho de Contas poderá, a requerimento, 
designar representante para acompanhar o procedimento administrativo. 
Art. 16. Havendo fundados indícios de responsabilidade, a comissão representará ao Ministério Público 
ou à procuradoria do órgão para que requeira ao juízo competente a decretação do sequestro dos bens 
do agente ou terceiro que tenha enriquecido ilicitamente ou causado dano ao patrimônio público. 
§ 1º O pedido de sequestro será processado de acordo com o disposto nos arts. 822 e 825 do Código 
de Processo Civil. 
§ 2° Quando for o caso, o pedido incluirá a investigação, o exame e o bloqueio de bens, contas 
bancárias e aplicações financeiras mantidas pelo indiciado no exterior, nos termos da lei e dos tratados 
internacionais. 
 
Art. 17. A ação principal, que terá o rito ordinário, será proposta pelo Ministério Público ou pela pessoa 
jurídica interessada, dentro de trinta dias da efetivação da medida cautelar. 
§ 1º É vedada a transação, acordo ou conciliação nas ações de que trata o caput 
§ 2º A Fazenda Pública, quando for o caso, promoverá as ações necessárias à complementação do 
ressarcimento do patrimônio público. 
§ 3º No caso de a ação principal ter sido proposta pelo Ministério Público, aplica-se, no que couber, o 
disposto no § 3o do art. 6º da Lei nº 4.717, de 29 de junho de 1965. 
§ 4º O Ministério Público, se não intervir no processo como parte, atuará obrigatoriamente, como fiscal 
da lei, sob pena de nulidade. 
 § 5º A propositura da ação prevenirá a jurisdição do juízo para todas as ações posteriormente 
intentadas que possuam a mesma causa de pedir ou o mesmo objeto. 
§ 6º A ação será instruída com documentos ou justificação que contenham indícios suficientes da 
existência do ato de improbidade ou com razões fundamentadas da impossibilidade de apresentação de 
qualquer dessas provas, observada a legislação vigente, inclusive as disposições inscritas nos arts. 16 a 
18 do Código de Processo Civil. 
§ 7º Estando a inicial em devida forma, o juiz mandará autuá-la e ordenará a notificação do requerido, 
para oferecer manifestação por escrito, que poderá ser instruída com documentos e justificações, dentro 
do prazo de quinze dias. 
§ 8º Recebida a manifestação, o juiz, no prazo de trinta dias, em decisão fundamentada, rejeitará a 
ação, se convencido da inexistência do ato de improbidade, da improcedência da ação ou da inadequação 
da via eleita. 
§ 9º Recebida a petição inicial, será o réu citado para apresentar contestação. 
§ 10. Da decisão que receber a petição inicial, caberá agravo de instrumento. 
§ 11. Em qualquer fase do processo, reconhecida a inadequação da ação de improbidade, o juiz 
extinguirá o processo sem julgamento do mérito. 
§ 12. Aplica-se aos depoimentos ou inquirições realizadas nos processos regidos por esta Lei o 
disposto no art. 221, caput e § 1º, do Código de Processo Penal. 
 
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Art. 18. A sentença que julgar procedente ação civil de reparação de dano ou decretar a perda dos 
bens havidos ilicitamente determinará o pagamento ou a reversão dos bens, conforme o caso, em favor 
da pessoa jurídica prejudicada pelo ilícito. 
 
CAPÍTULO VI 
Das Disposições Penais 
 
 Art. 19. Constitui crime a representação por ato de improbidade contra agente público ou terceiro 
beneficiário, quando o autor da denúncia o sabe inocente. 
Pena: detenção de seis a dez meses e multa. 
Parágrafo único. Além da sanção penal, o denunciante está sujeito a indenizar o denunciado pelos 
danos materiais, morais ou à imagem que houver provocado. 
 
 Art. 20. A perda da função pública e a suspensão dos direitos políticos só se efetivam com o trânsito 
em julgado da sentença condenatória. 
Parágrafo único. A autoridade judicial ou administrativa competente poderá determinar o afastamento 
do agente público do exercício do cargo, emprego ou função, sem prejuízo da remuneração, quando a 
medida se fizer necessária à instrução processual. 
 
Art. 21. A aplicação das sanções previstas nesta lei independe: 
I - da efetiva ocorrência de dano ao patrimônio público, salvo quanto à pena de ressarcimento; 
II - da aprovação ou rejeição das contas pelo órgão de controle interno ou pelo Tribunal ou Conselho 
de Contas. 
 
Art. 22. Para apurar qualquer ilícito previsto nesta lei, o Ministério Público, de ofício, a requerimento de 
autoridade administrativa ou mediante representação formulada de acordo com o disposto no art. 14, 
poderá requisitar a instauração de inquérito policial ou procedimento administrativo. 
 
CAPÍTULO VII 
Da Prescrição 
 
 Art. 23. As ações destinadas a levar a efeitos as sanções previstas nesta lei podem ser propostas: 
I - até cinco anos após o término do exercício de mandato, de cargo em comissão ou de função de 
confiança; 
II - dentro do prazo prescricional previsto em lei específica para faltas disciplinares puníveis com 
demissão a bem do serviço público, nos casos de exercício de cargo efetivo ou emprego. 
 
CAPÍTULO VIII 
Das Disposições Finais 
 
 Art. 24. Esta lei entra em vigor na data de sua publicação. 
 
 Art. 25. Ficam revogadas as Leis n°s 3.164, de 1° de junho de 1957, e 3.502, de 21 de dezembro de 
1958 e demais disposições em contrário. 
 
Rio de Janeiro, 2 de junho de 1992; 171° da Independência e 104° da República. 
 
FERNANDO COLLOR 
 
Questões 
 
01. (TJ/MT - Técnico Judiciário – UFMT/2016). De acordo com a Lei n.º 8.429, de 02 de junho de 
1992, são atos de improbidade administrativa que atentam contra os princípios da administração pública: 
(A) Permitir a aquisição de bem por preço superior ao de mercado; Ordenar a realização de despesas 
não autorizadas em lei ou regulamento. 
(B) Perceber vantagem econômica indireta, para facilitar a alienação de bem público; Receber 
vantagem econômica direta, de qualquer natureza, para tolerar a exploração de jogos de azar. 
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(C) Qualquer ação dolosa que enseje perdapatrimonial, desvio, apropriação dos bens do Poder 
Legislativo Municipal; Auferir qualquer tipo de vantagem patrimonial indevida em razão do exercício de 
mandato de governador de Estado. 
(D) Negar publicidade aos atos oficiais; Frustrar a licitude de concurso público. 
 
02. (ANS - Técnico em Regulação de Saúde Suplementar – FUNCAB/2016). Sobre o tema da 
improbidade administrativa, e de acordo com a Lei n° 8.429/1992, assinale a alternativa correta. 
(A) Somente os agentes públicos de nível hierárquico superior são obrigados a observar os princípios 
de legalidade, impessoalidade, moralidade e publicidade. 
(B) A lei n° 8.429/1992 se aplica somente aos agentes públicos que induzam ou concorram para a 
prática do ato de improbidade ou dele se beneficiem sob qualquer forma. 
(C) No caso de enriquecimento ilícito, tanto o agente público quanto o terceiro beneficiário perderão 
os bens ou valores acrescidos ao seu patrimônio. 
(D) O sucessor daquele que causar lesão ao patrimônio público ou se enriquecer ilicitamente não está 
sujeito às penalidades da lei de improbidade administrativa. 
(E) Não haverá ressarcimento integral do dano causado ao patrimônio público nos casos de omissão, 
seja ela dolosa ou culposa. 
 
03. (IBGE - Analista - Processos Administrativos e Disciplinares – FGV/2016). De acordo com a 
Lei nº 8.429/92, que dispõe sobre os atos de improbidade administrativa, a prescrição para a pretensão 
de aplicação aos agentes das sanções pessoais pela prática de ato de improbidade ocorre em: 
(A) oito anos após o término do exercício de mandato, de cargo em comissão ou de função de 
confiança, incluindo as ações de ressarcimento ao erário; 
(B) oito anos após o término do exercício de mandato, de cargo em comissão ou de função de 
confiança, sendo que o ressarcimento ao erário é imprescritível; 
(C) cinco anos após o término do exercício de mandato eletivo e dois anos após o fim da investidura 
de cargo em comissão ou de função de confiança; 
(D) cinco anos após o término do exercício de mandato, de cargo em comissão ou de função de 
confiança, incluindo as ações de ressarcimento ao erário; 
(E) cinco anos após o término do exercício de mandato, de cargo em comissão ou de função de 
confiança, sendo que o ressarcimento ao erário é imprescritível. 
 
04. (Prefeitura de Barbacena/MG - Advogado – FCM/2016). No tocante à Lei n.º 8.429/92, sobre 
improbidade administrativa: 
(A) As sanções, previstas na Lei de Improbidade Administrativa, são privativamente de caráter penal. 
(B) A ocorrência de prejuízo ao erário é uma condição precípua para a configuração de improbidade 
administrativa. 
(C) A perda da função pública e a suspensão dos direitos políticos só se efetivam com o trânsito em 
julgado da sentença condenatória. 
(D) As ações destinadas a levar a efeitos as sanções previstas nesta lei devem ser propostas no 
máximo até o término do exercício de mandato, de cargo em comissão ou de função de confiança, sob 
pena de prescrição. 
 
05. (Prefeitura de Chapecó/SC - Engenheiro de Trânsito – IOBV/2016). Constituem atos de 
improbidade administrativa que atenta contra os princípios da administração pública, exceto: 
(A) Frustrar a ilicitude de concurso público. 
(B) Deixar de prestar contas quando estiver obrigado a fazê-lo. 
(C) Negar a publicidade dos atos oficiais. 
(D) Retardar, ou deixar de praticar indevidamente ato de ofício. 
 
06. (DER/CE - Procurador Autárquico – UECE-CE/2016). É exemplo de ato de improbidade 
administrativa que importa enriquecimento ilícito 
(A) permitir ou facilitar a aquisição, permuta ou locação de bem ou serviço por preço superior ao de 
mercado. 
(B) realizar operação financeira sem observância das normas legais e regulamentares ou aceitar 
garantia insuficiente ou inidônea. 
(C) retardar ou deixar de praticar, indevidamente, ato de ofício. 
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(D) aceitar emprego, comissão ou exercer atividade de consultoria ou assessoramento para pessoa 
física ou jurídica que tenha interesse suscetível de ser atingido ou amparado por ação ou omissão 
decorrente das atribuições do agente público, durante a atividade. 
 
07. (Prefeitura de Rio Grande da Serra/SP - Procurador - CAIP-IMES/2016). No que tange à 
improbidade administrativa, pode ser afirmado que: 
(A) o sucessor daquele que causou lesão ao patrimônio público não está sujeito às cominações da lei 
de improbidade administrativa. 
(B) quando o ato de improbidade ensejar enriquecimento ilícito, a autoridade administrativa 
responsável pela apuração deverá representar à Polícia Federal, a quem caberá indisponibilizar os bens 
do indiciado. 
(C) ocorrendo lesão ao patrimônio público por ação ou omissão, dolosa ou culposa, do agente ou de 
terceiro, deve ocorrer o ressarcimento parcial do dano. 
(D) as disposições da lei de improbidade administrativa são aplicáveis, no que couber, àquele que, 
mesmo não sendo agente público, tenha concorrido para a prática do ato de improbidade ou dele se 
beneficiado sob qualquer forma direta ou indireta. 
 
08. (UFRB - Assistente em Administração – FUNRIO/2015). No tocante a improbidade 
administrativa, nos termos da Lei nº 8.429/92, é correto afirmar o seguinte: 
(A) o sucessor daquele que causar lesão ao patrimônio público ou se enriquecer ilicitamente está 
sujeito às cominações desta lei até o limite do valor da herança. 
(B) os atos de improbidade praticados por qualquer agente público, servidor ou não, contra a 
administração direta, indireta ou fundacional de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito 
Federal, dos Municípios, de Território, de empresa incorporada ao patrimônio público ou de entidade para 
cuja criação ou custeio o erário haja concorrido ou concorra com mais de sessenta por cento do patrimônio 
ou da receita anual, serão punidos. 
(C) ocorrendo lesão ao patrimônio público por ação ou omissão culposa do agente ou de terceiro, dar-
se-á o parcial ressarcimento do dano. 
(D) quando o ato de improbidade causar lesão ao patrimônio público ou ensejar enriquecimento ilícito, 
poderá a autoridade administrativa responsável pelo inquérito, a seu juízo, representar ao Ministério 
Público, para a indisponibilidade dos bens do indiciado. 
(E) reputa-se agente público, para os efeitos desta lei, todo aquele que exerce, desde que não 
transitoriamente e sem remuneração, por eleição, nomeação, designação, contratação ou qualquer outra 
forma de investidura ou vínculo, mandato, cargo, emprego ou função. 
 
09. (PC/AC- Perito Criminal – Contabilidade – FUNCAB/2015). Com relação aos atos de 
improbidade administrativa, pode-se afirmar que: 
(A) constituem atos de improbidade que atentam contra os princípios da Administração Pública 
qualquer ação ou omissão que enseje perda patrimonial, desvio, apropriação ou dilapidação de bens e 
haveres. 
(B) nos atos de improbidade administrativa que causam prejuízos ao erário, o elemento subjetivo da 
conduta restringe-se ao dolo. 
(C) constituem atos de improbidade que importam em enriquecimento ilícito qualquer ação ou omissão 
que viole os deveres de honestidade, imparcialidade, legalidade e lealdade às instituições. 
(D) constitui ato de improbidade administrativa importando enriquecimento ilícito auferir qualquer tipo 
de vantagem patrimonial indevida em razão do exercício de cargo, mandato, função ou emprego. 
(E) constitui ato de improbidade administrativa que atenta contra os princípios da Administração 
Pública liberar verba pública sem a estrita observância das normas pertinentes. 
 
10. (TRE-AC - Analista Judiciário - Área Judiciária – AOCP/2015). É ato de improbidade 
administrativa que causa prejuízo ao erário 
(A) receber, para si ou para outrem, dinheiro, bem móvel ou imóvel, ou qualquer outra vantagem 
econômica, direta ou indireta, a título de comissão, percentagem, gratificação ou presente de quem tenha 
interesse, direto ou indireto, que possa ser atingido ouamparado por ação ou omissão decorrente das 
atribuições do agente público. 
(B) perceber vantagem econômica, direta ou indireta, para facilitar a aquisição, permuta ou locação de 
bem móvel ou imóvel, ou a contratação de serviços pelas entidades referidas no art. I o, da Lei n.° 
8.429/92, por preço superior ao valor de mercado. 
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. 30 
(C) perceber vantagem econômica, direta ou Indireta, para facilitar a alienação, permuta ou locação 
de bem público ou o fornecimento de serviço por ente estatal por preço inferior ao valor de mercado. 
(D) utilizar, em obra ou serviço particular, veículos, máquinas, equipamentos ou material de qualquer 
natureza, de propriedade ou à disposição de qualquer das entidades mencionadas no art. 1º da Lei n.° 
8.429/92, bem como o trabalho de servidores públicos, empregados ou terceiros, contratados por essas 
entidades. 
(E) permitir ou facilitar a aquisição, permuta ou locação de bem ou serviço por preço superior ao de 
mercado. 
 
11. (Câmara Municipal do Rio de Janeiro -Analista Legislativo - FJV/2014). A Lei de Improbidade 
Administrativa (8.429/92), no que tange à prescrição prevê: 
(A) a sua inaplicabilidade, tendo em vista que a Constituição da República impõe a imprescritibilidade 
das condutas ímprobas em geral 
(B) diretamente o prazo prescricional de 5 anos no que se refere a atos praticados por ocupantes de 
cargo efetivo ou emprego público 
(C) a possibilidade de propositura de ações sancionatórias até cinco anos após o término de exercício 
de mandato, de cargo em comissão ou função de confiança 
(D) a remissão a leis específicas funcionais de cada Ente Federativo, em claro respeito ao Pacto 
Federativo, nada dispondo acerca de prazos prescricionais. 
 
12. (Prefeitura de Vila Velha/ES - Especialista em Controladoria Pública - FUNCEFET/2014) Com 
relação à Lei 8.429/1992, pode-se afirmar: 
(A) Ela deverá ser aplicada mesmo a fatos ocorridos anteriormente à sua entrada em vigor, desde que 
após a promulgação da Constituição Federal de 1988, tendo em conta o princípio da moralidade. 
(B) De acordo com a lei, somente as autoridades constituídas para tal fim poderão representar à 
autoridade administrativa competente para que seja instaurada investigação destinada a apurar a prática 
de ato de improbidade. 
(C) A lei estabeleceu como ato de improbidade administrativa que causa lesão ao erário qualquer ação 
ou omissão, desde que dolosa, pois não há falar-se em improbidade culposa. 
(D) A sentença que julgar procedente ação civil de reparação de dano ou decretar a perda dos bens 
havidos ilicitamente determinará o pagamento ou a reversão dos bens, conforme o caso, aos cofres do 
Tesouro correspondente à pessoa jurídica prejudicada. 
(E) A lei estabeleceu prazos prescricionais distintos para os ilícitos praticados por diferentes categorias 
de agentes públicos. 
 
Respostas 
 
01. Resposta: D 
Lei nº 8429/92 
Art. 11. Constitui ato de improbidade administrativa que atenta contra os princípios da administração 
pública qualquer ação ou omissão que viole os deveres de honestidade, imparcialidade, legalidade, e 
lealdade às instituições, e notadamente: 
( ) 
IV - negar publicidade aos atos oficiais; 
V - frustrar a licitude de concurso público. 
 
02. Resposta: C 
Lei nº 8429/92 
Art. 6° No caso de enriquecimento ilícito, perderá o agente público ou terceiro beneficiário os bens ou 
valores acrescidos ao seu patrimônio. 
 
03. Resposta: E 
Lei nº 8429/92 
Art. 23. As ações destinadas a levar a efeitos as sanções previstas nesta lei podem ser propostas: 
I - até cinco anos após o término do exercício de mandato, de cargo em comissão ou de função de 
confiança. 
 
04 Resposta: C 
Lei nº 8429/92 
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. 31 
Art. 20. A perda da função pública e a suspensão dos direitos políticos só se efetivam com o trânsito 
em julgado da sentença condenatória. 
 
05. Resposta: A 
Lei nº 8429/92 
Art. 11. Constitui ato de improbidade administrativa que atenta contra os princípios da administração 
pública qualquer ação ou omissão que viole os deveres de honestidade, imparcialidade, legalidade, e 
lealdade às instituições, e notadamente: 
( ) 
V - frustrar a licitude de concurso público. 
 
06. Resposta: D 
Lei nº 8429/92 
Art. 9° Constitui ato de improbidade administrativa importando enriquecimento ilícito auferir qualquer 
tipo de vantagem patrimonial indevida em razão do exercício de cargo, mandato, função, emprego ou 
atividade nas entidades mencionadas no art. 1° desta lei, e notadamente: 
( ) 
VIII - aceitar emprego, comissão ou exercer atividade de consultoria ou assessoramento para pessoa 
física ou jurídica que tenha interesse suscetível de ser atingido ou amparado por ação ou omissão 
decorrente das atribuições do agente público, durante a atividade. 
 
07 Resposta: D 
Lei nº 8429/92 
Art. 3° As disposições desta lei são aplicáveis, no que couber, àquele que, mesmo não sendo agente 
público, induza ou concorra para a prática do ato de improbidade ou dele se beneficie sob qualquer forma 
direta ou indireta. 
 
08. Resposta: A 
Lei nº 8429/92 
Art. 8° O sucessor daquele que causar lesão ao patrimônio público ou se enriquecer ilicitamente está 
sujeito às cominações desta lei até o limite do valor da herança. 
 
09. Resposta: D 
Art. 9°, Lei 8429/92 “Constitui ato de improbidade administrativa importando enriquecimento ilícito 
auferir qualquer tipo de vantagem patrimonial indevida em razão do exercício de cargo, mandato, função, 
emprego ou atividade nas entidades mencionadas no art. 1° desta lei”. 
 
10.Resposta: E 
Art. 10, Lei 8429/92 “Constitui ato de improbidade administrativa que causa lesão ao erário qualquer 
ação ou omissão, dolosa ou culposa, que enseje perda patrimonial, desvio, apropriação, malbaratamento 
ou dilapidação dos bens ou haveres das entidades referidas no art. 1º desta lei, e notadamente: 
(...) 
V - permitir ou facilitar a aquisição, permuta ou locação de bem ou serviço por preço superior ao de 
mercado. 
 
11. Resposta: C 
Nos termos do que prevê o artigo 23, da Lei 8429/92, as ações destinadas a levar a efeitos as sanções 
previstas nesta lei podem ser propostas: 
I - até cinco anos após o término do exercício de mandato, de cargo em comissão ou de função de 
confiança; 
II - dentro do prazo prescricional previsto em lei específica para faltas disciplinares puníveis com 
demissão a bem do serviço público, nos casos de exercício de cargo efetivo ou emprego. 
Deste modo, a alternativa que se enquadra no previsto na norma é a letra “C”. 
 
12. Resposta: E 
Nos termos do artigo 23 da Lei nº8.429/1992, as ações destinadas a levar a efeitos as sanções 
previstas nesta lei podem ser propostas: 
I - até cinco anos após o término do exercício de mandato, de cargo em comissão ou de função de 
confiança; 
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II - dentro do prazo prescricional previsto em lei específica para faltas disciplinares puníveis com 
demissão a bem do serviço público, nos casos de exercício de cargo efetivo ou emprego. 
Assim, é correto afirmar que existem prazos prescricionais distintos para os ilícitos cometidos por 
diferentes categorias de agentes públicos. 
 
 
 
Estatuto da UFBA 
 
TÍTULO I 
DA INSTITUIÇÃO 
Capítulo I 
NATUREZA JURÍDICA 
 
Art. 1º A Universidade Federal da Bahia – criada pela Carta Régia de fundação do Colégio Médico-
Cirúrgico da Bahia, firmada pelo Príncipe Regente D. João, em 18 de fevereiro de 1808; instituída pelo 
Decreto-Lei n. 9.155, de 8 de abril de 1946; reestruturada pelo Decreto n. 62.241, de 8 de fevereiro de 
1968 – é uma autarquia com autonomia didático-científica, administrativa, patrimonial e financeira, nos 
termos da lei e do presente Estatuto. 
 
Capítulo II 
OBJETIVOS INSTITUCIONAIS 
 
Art. 2º São objetivos institucionais da Universidade:I- educar para a responsabilidade social e ambiental, contribuindo para o desenvolvimento humano 
com ética, sustentabilidade e justiça; 
II- gerar e propagar conhecimentos, saberes e práticas no campo das ciências, das artes, das culturas 
e das tecnologias; 
III- propiciar formação, educação continuada e habilitação nas diferentes áreas de conhecimento e 
atuação, visando ao exercício de atividades profissionais e à participação no desenvolvimento da 
sociedade; 
IV- exercitar a excelência acadêmica, mediante o desenvolvimento das ciências, das artes e das 
humanidades, fomentando o pensamento crítico-reflexivo nos diversos campos de saberes e práticas; 
V- promover a extensão universitária, visando à difusão de avanços, conquistas e benefícios 
resultantes da criação cultural e artística e da pesquisa científica e tecnológica geradas na Instituição; 
VI- contribuir para o processo de desenvolvimento local, regional, nacional e global, realizando estudo 
sistemático de seus problemas e formando quadros científicos, artísticos e técnicos de acordo com suas 
necessidades; 
VII- promover a equidade na sociedade, combatendo todas as formas de intolerância e discriminação 
decorrentes de diferenças sociais, raciais, étnicas, religiosas, de gênero e de orientação sexual; 
VIII- fomentar a paz, a solidariedade e a aproximação entre nações, povos e culturas, mediante 
cooperação internacional e de intercâmbio científico, artístico e tecnológico, com especial foco nos países 
de língua oficial portuguesa e nos países latino-americanos; 
IX- manter a Universidade aberta à participação da população, promovendo amplo e diversificado 
intercâmbio com instituições, organizações e movimentos da sociedade; 
X- implementar e cultivar princípios éticos na formulação e implementação de políticas, planos, 
programas e iniciativas que concretizem suas atividades-fim. 
Parágrafo único. A Universidade poderá exercer outras atividades no interesse da sociedade, desde 
que em acordo com o estabelecido neste artigo. 
 
Capítulo III 
COMPOSIÇÃO 
 
Art. 3º A Universidade compõe-se de: 
I- corpo docente; 
II- corpo discente; 
III- corpo técnico-administrativo. 
5. Estatuto e Regimento Geral da UFBA disponível em www.ufba.br 
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Parágrafo único. Os regimes funcional e disciplinar a que estarão sujeitos os membros dos corpos 
docente, técnico-administrativo e discente serão estabelecidos no Regimento Geral da Universidade. 
 
Art. 4º A responsabilidade pelas atividades letivas é privativa do corpo docente, constituído por 
professores com atividade regular de ensino, pesquisa, extensão ou administração universitária. 
Parágrafo único. O estabelecimento de categorias, formas de provimento, exercício, movimentação, 
regime de trabalho, deveres, direitos e vantagens dos membros do corpo docente obedecerão ao disposto 
no Regimento Geral da Universidade, vinculados ao regime próprio do servidor público federal e ao 
respectivo Plano de Carreira. 
 
Art. 5º Constituem o corpo discente os estudantes regularmente matriculados nos diversos cursos de 
graduação e pós-graduação stricto sensu mantidos pela Universidade. 
§ 1º O corpo discente será representado por entidades de organização estudantil; no nível superior da 
administração, pelo Diretório Central dos Estudantes e, no nível dos cursos, por Centros e Diretórios 
Acadêmicos. 
§ 2º Cada órgão deliberativo da Universidade terá representação dos estudantes, escolhida em 
processo conduzido pelas entidades de organização estudantil, nos respectivos níveis de gestão. 
 
Art. 6º O corpo técnico-administrativo da Universidade compreende os servidores que exercem 
atividades de suporte ao desenvolvimento do ensino, pesquisa e extensão, necessárias ao cumprimento 
dos objetivos institucionais, vinculados ao regime que lhes é próprio e ao respectivo Plano de Carreira. 
 
Capítulo IV 
AUTONOMIA 
 
Art. 7º A autonomia didático-científica consiste em: 
I- cumprir seus objetivos institucionais, levando em conta as necessidades sociais, econômicas, 
políticas e culturais da sociedade; 
II- criar, organizar, modificar e extinguir cursos e programas no âmbito de sua atuação; 
III- estabelecer os regimes didático e científico dos diferentes cursos, bem como os programas de 
pesquisa e de extensão; 
IV- deliberar sobre critérios e normas de seleção e admissão de estudantes; 
V- fixar o número de vagas de ingresso nos seus cursos, de acordo com a sua capacidade institucional 
e as exigências do seu meio; 
VI- conferir graus, diplomas, certificados, títulos e dignidades universitárias. 
 
Art. 8º A autonomia patrimonial e financeira consiste em: 
I- aprovar e executar planos, programas e projetos de investimentos referentes a obras, serviços e 
aquisições em geral, bem como administrar rendimentos, conforme dispositivos institucionais; 
II- elaborar e executar seus orçamentos anuais e plurianuais; 
III- adotar as providências de ordem orçamentária, financeira e patrimonial necessárias à gestão 
contábil e financeira; 
IV- receber e gerir subvenções, doações, heranças e legados; 
V- celebrar convênios, contratos e ajustes, inclusive de cooperação financeira, com entidades públicas 
e privadas, bem assim contrair empréstimos para atender as suas necessidades; 
VI- adotar regime contábil e financeiro que atenda às suas peculiaridades de organização e 
funcionamento; 
VII- administrar e dispor do seu patrimônio. 
 
Art. 9º A autonomia administrativa consiste em: 
I- elaborar e reformar seu Estatuto e Regimento Geral; 
II- realizar os processos de escolha de reitor, vice-reitor, diretores e vice-diretores de Unidades 
Universitárias, de acordo com a legislação em vigor; 
III- firmar contratos, acordos, convênios e instrumentos similares; 
IV- dispor sobre política de pessoal docente e técnico-administrativo; 
V- estabelecer critérios e normas a serem observados pelos corpos docente, discente, técnico- 
administrativo, bem como definir as sanções a que estão sujeitos os seus membros. 
 
 
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. 34 
TÍTULO II 
DO PATRIMÔNIO E DAS FINANÇAS 
Capítulo I 
DO PATRIMÔNIO 
 
Art. 10º. Constituem patrimônio da Universidade: 
I - bens e direitos regularmente adquiridos ou que venha a adquirir; 
II - doações, legados e heranças regularmente aceitos, com ou sem encargo; III - saldos dos 
exercícios financeiros transferidos para a conta patrimonial. 
§ 1º A Universidade poderá alienar, permutar e adquirir bens, visando à valorização do seu patrimônio, 
assim como criar e promover inversões de fundos para obtenção de rendas. 
§ 2º Os recursos destinados aos fundos especiais somente poderão ser aplicados na realização dos 
objetivos que justificaram sua criação, sob pena de extinção, transferidos os recursos que o constituam à 
receita geral da Universidade. 
§ 3º A efetivação do disposto neste artigo, em todos os casos, dependerá de aprovação do Conselho 
Universitário, ouvido o Conselho de Curadores. 
 
Capítulo II 
DAS FINANÇAS 
 
Art. 11. Os recursos financeiros da Universidade serão provenientes de: 
I- dotações que, a qualquer título, lhe sejam destinadas nos orçamentos da União, dos Estados e dos 
Municípios; 
II- doações; 
III- renda de aplicação de bens e valores patrimoniais; 
IV- rendimentos provenientes da retribuição de serviços cobrados pela Universidade; 
V- rendas provenientes de patentes, marcas, direitos autorais e outros previstos em lei; 
VI- recursos oriundos de fundações e outros organismos de apoio e amparo à pesquisa e extensão; 
VII- rendas eventuais e recursos de fontes diversas, aprovados pelas instâncias competentes da 
Universidade. 
 
Art. 12. O Regimento Geral da Universidade estabelecerá normas para elaboração e execução 
orçamentárias. 
§ 1º A proposta orçamentária, instruída por parecer do Conselho de Curadores, aprovada pelo 
Conselho Universitário, será remetidaao órgão central responsável pela elaboração do projeto de 
Orçamento da União. 
§ 2º No decorrer do exercício financeiro, poderão ser abertos créditos adicionais, mediante proposta 
do órgão interessado, submetida ao Conselho de Curadores pelo Reitor e, após, à aprovação do Conselho 
Universitário, obedecidos os preceitos da legislação e regulamentos específicos. 
§ 3º Anualmente, o Reitor submeterá ao Conselho Universitário a Prestação de Contas, acompanhada 
de parecer do Conselho de Curadores. 
§ 4º Os saldos do exercício financeiro, desde que não vinculados, serão incorporados ao patrimônio 
da Universidade. 
 
TÍTULO III 
DA ESTRUTURA 
Capítulo I 
DOS ÓRGÃOS EM GERAL 
 
Art. 13. A estrutura da Universidade é composta por Órgãos Superiores de Deliberação, Administração 
Central, Órgãos de Ensino, Pesquisa e Extensão, Controle, Fiscalização e Supervisão. 
§1º São Órgãos Superiores de Deliberação: 
I- Conselho Universitário; 
II- Conselho Superior de Ensino, Pesquisa e Extensão; 
III- Conselhos Acadêmicos; 
IV- Assembleia Universitária. 
§2º São Órgãos da Administração Central: 
I- Reitoria; 
II- Órgãos Estruturantes, vinculados à Reitoria. 
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. 35 
§3º São Órgãos de Ensino, Pesquisa e Extensão: 
I- Unidades Universitárias; 
II- Órgãos Complementares, vinculados às Unidades Universitárias. 
§ 4º Atuará como Órgão Superior de Controle, Fiscalização e Supervisão o Conselho de Curadores, 
que contará com o auxílio da Coordenadoria de Controle Interno. 
 
Art. 14. A Universidade contará, ainda, com Órgãos Consultivos, de caráter avaliativo e de 
acompanhamento, destinados a assessorar e apoiar os Conselhos Superiores, a Reitoria, as Unidades 
Universitárias e outras instâncias de gestão no encaminhamento de questões referentes à vida acadêmica 
e ao desenvolvimento institucional da UFBA. 
Parágrafo único. A enumeração, estrutura, composição, competências e funcionamento desses órgãos 
serão estabelecidos no Regimento Geral da Universidade. 
 
Capítulo II 
DOS ÓRGÃOS SUPERIORES DE DELIBERAÇÃO 
Seção I 
Do Conselho Universitário 
 
Art. 15. O Conselho Universitário (CONSUNI) terá a seguinte composição: 
I- Reitor, seu Presidente; 
II- Vice-Reitor; 
III- pró-reitores de áreas administrativas; 
IV- diretores das Unidades Universitárias; 
V- presidentes dos Conselhos Acadêmicos; 
VI- 02 (dois) representantes do corpo docente; 
VII- 04 (quatro) representantes do corpo técnico-administrativo; 
VIII- 02 (dois) representantes da comunidade; 
IX- representação do corpo discente, na forma da lei. 
§ 1° Cada membro do CONSUNI terá um suplente para substituí-lo em suas ausências e 
impedimentos. 
§ 2º Os representantes mencionados nos incisos VI e VII do caput deste artigo serão eleitos por seus 
pares, em pleito conduzido pelas respectivas entidades de representação, para mandato de dois anos, 
com direito a uma recondução. 
§ 3º Os representantes mencionados no inciso VIII serão eleitos pelo CONSUNI, para mandato de dois 
anos, sem direito a recondução. 
 
Art. 16. Compete ao Conselho Universitário: 
I- deliberar sobre: 
a) políticas gerais e planos globais de ensino, pesquisa, criação, inovação e extensão da Universidade; 
b) planejamento anual, diretrizes orçamentárias, proposta orçamentária e prestação de contas da 
Universidade; 
c) criação, modificação e extinção de Unidades Universitárias e demais órgãos; 
d) política patrimonial e urbanística dos campi, aprovando a variação patrimonial: aquisição, construção 
e alienação de bens imóveis; 
e) diretrizes relativas à retribuição de serviços cobrados pela Universidade; 
f) quadro de pessoal técnico-administrativo e de pessoal docente, estabelecendo a distribuição dos 
cargos de Magistério Superior da Universidade; 
g) recrutamento, seleção, admissão, regime de trabalho e dispensa do pessoal docente; 
h) normas gerais a que se devam submeter as Unidades Universitárias e demais órgãos, ressalvadas 
as de competência do Conselho Superior de Ensino, Pesquisa e Extensão; 
i) concessão de títulos e dignidades universitárias. 
II- eleger: 
a) o substituto eventual do Vice-Reitor, dentre os diretores de Unidades Universitárias; 
b) os representantes da comunidade nos Conselhos Superiores, com os respectivos suplentes; 
c) os representantes no Conselho de Curadores, dentre os seus membros. 
III- Supervisionar o desempenho em geral das Unidades Universitárias e dos demais órgãos e serviços 
da Instituição, compondo, se necessário, Comissão de Avaliação com esse fim. 
IV- julgar os recursos interpostos das decisões em primeira instância das Congregações e do Reitor, 
salvo quando se tratar de matéria de competência do Conselho Superior de Ensino, Pesquisa e Extensão; 
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. 36 
V- instituir o Regimento Geral da Universidade e o seu próprio Regimento Interno e homologar a 
proposta de Regimento Interno das Unidades Universitárias. 
VI- decidir sobre matéria omissa neste Estatuto e no Regimento Geral da Universidade. 
§ 1° O CONSUNI reunir-se-á, ordinariamente, com periodicidade mensal ou, extraordinariamente, 
quando convocado por seu Presidente ou por requerimento da maioria absoluta dos seus membros. 
§ 2° O CONSUNI delibera por seu pleno e por suas Comissões, conforme estabelecido no Regimento 
Geral da UFBA. 
§ 3° Os representantes do corpo discente e do corpo técnico-administrativo não terão voto em matéria 
referente a concurso público para o Magistério Superior. 
 
Seção II 
Do Conselho Superior de Ensino, Pesquisa e Extensão 
 
Art. 17. O Conselho Superior de Ensino, Pesquisa e Extensão (CONSEPE) terá a seguinte 
composição: 
I- Reitor, seu Presidente; 
II- Vice-Reitor; 
III- pró-reitores das áreas de atividades-fim da Universidade; 
IV- um membro docente representante de cada Unidade Universitária, escolhido pela respectiva 
Congregação dentre os eleitos para compor os Conselhos Acadêmicos; 
V- 02 (dois) representantes do corpo técnico-administrativo, membros dos Conselhos Acadêmicos; 
VI- 02 (dois) representantes da comunidade, membros dos Conselhos Acadêmicos; 
VII - representação do corpo discente, na forma da lei. 
§ 1° O mandato dos membros docentes será de 2 (dois) anos, sendo permitida uma recondução. 
§ 2º Cada membro do CONSEPE terá um suplente para substituí-lo em suas ausências e 
impedimentos. 
§ 3º A suplência do membro docente referido no inciso IV será exercida pelo representante da Unidade 
Universitária no outro Conselho Acadêmico. 
 
Art. 18. Compete ao Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão: 
- estabelecer, anualmente, o Calendário Acadêmico da Universidade; 
II- fixar normas e deliberar sobre políticas de integração entre ensino, pesquisa e extensão na 
Universidade; 
III- apreciar propostas relativas a programas estratégicos que articulem ensino, pesquisa e extensão; 
IV- regulamentar aspectos inerentes às interfaces entre as distintas éticas acadêmica, pedagógica, 
profissional e de pesquisa; 
V- julgar, em grau último de recurso, processos referentes a decisões em primeira instância dos 
Conselhos Acadêmicos que não tenham sido aprovadas por 3/5 do seu quorum efetivo; 
VI- elaborar, modificar e aprovar seu próprio Regimento. 
§ 1° O CONSEPE reunir-se-á, ordinariamente, pelo menos uma vez a cada dois meses ou, 
extraordinariamente, convocado pelo seu Presidente ou a requerimento da maioria dos membros. 
§ 2° Em nenhuma hipótese, o CONSEPE atuará como instância recursal dos órgãos colegiados das 
Unidades Universitárias. 
 
Seção III 
Dos Conselhos Acadêmicos 
 
Art. 19. Os Conselhos Acadêmicos são: 
I - Conselho Acadêmico de Ensino; 
II - Conselho Acadêmico de Pesquisa e Extensão. 
§ 1° Cada Conselho Acadêmico terá um presidente eleito entre os membros representantes de 
Unidades Universitárias, não podendo a escolha recair em pró-reitores ou nos representantes dos corpos 
discente e técnico-administrativo. 
§ 2º Os ConselhosAcadêmicos reunir-se-ão, ordinariamente, com frequência quinzenal ou, 
extraordinariamente, por convocação de seu Presidente ou da maioria absoluta dos seus membros. 
 
Art. 20. Compõem o Conselho Acadêmico de Ensino: 
I- pró-reitores das áreas de ensino; 
II- um membro docente representante de cada Unidade Universitária, eleito pela respectiva 
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. 37 
Congregação; 
III- um representante do corpo técnico-administrativo, com nível superior, atuante em programas ou 
cursos de graduação e de pós-graduação stricto sensu, eleito por seus pares, em pleito conduzido pela 
respectiva entidade de representação; 
IV- um representante da comunidade, eleito pelo CONSUNI, para mandato de dois anos; 
V- representação do corpo discente, na forma da lei. 
Parágrafo único. Os representantes terão mandato de dois anos, permitida uma recondução, 
ressalvada a representação da comunidade, que exercerá o mandato por uma única vez. 
 
Art. 21. Ao Conselho Acadêmico de Ensino compete: 
I- supervisionar as atividades acadêmicas do ensino de graduação e de pós-graduação; 
II- fixar normas e deliberar sobre: 
a) regime didático da Universidade, no que se refere ao ensino de graduação e de pós- graduação; 
b) criação, instalação, funcionamento, modificação e extinção de cursos de graduação e sequenciais; 
c) criação, instalação, funcionamento, modificação e extinção de cursos de pós-graduação, incluindo 
programas permanentes de especialização sob a forma de Residência e de outras modalidades de 
ensino; 
d) fixação, ampliação e diminuição de vagas nos cursos de graduação e de pós-graduação; 
e) recrutamento, seleção, admissão e habilitação de alunos de graduação e de pós-graduação; 
f) reconhecimento de graus e títulos acadêmicos de graduação e de pós-graduação; 
III- acompanhar a execução dos planos e programas dos cursos de graduação e de pós- graduação, 
submetendo-os a contínua avaliação; 
IV- regulamentar aspectos inerentes à ética acadêmica nas relações de ensino, no nível de graduação 
e de pós-graduação. 
 
Art. 22. Compõem o Conselho Acadêmico de Pesquisa e Extensão: 
I- pró-reitores das áreas de pesquisa, criação e inovação e de extensão universitária; 
II- um membro docente representante de cada Unidade Universitária, eleito pela respectiva 
Congregação; 
III- um representante do corpo técnico-administrativo, com nível superior, atuante em programas ou 
cursos de graduação e de pós-graduação stricto sensu, eleito por seus pares, em pleito conduzido pela 
respectiva entidade de representação; 
IV- um representante da comunidade, eleito pelo CONSUNI, para mandato de dois anos, sem direito 
a recondução; 
V- representação do corpo discente, na forma da lei. 
 
Art. 23. Ao Conselho Acadêmico de Pesquisa e Extensão compete: 
I- supervisionar as atividades acadêmicas de pesquisa, criação e inovação e de extensão universitária; 
II- apreciar planos, programas e projetos institucionais de pesquisa, criação e inovação, submetendo-
os a contínua avaliação; 
III- apreciar propostas relativas a programas interdisciplinares e estratégicos de extensão, de educação 
permanente e de serviços, incluindo cursos de especialização na modalidade extensão; 
IV- fixar normas e deliberar sobre formação profissional e educação permanente; 
V- dispor sobre regras gerais relativas a consultorias, prestação de serviços e outras atividades nas 
interfaces entre Universidade, governos e sociedade. 
VI- deliberar sobre questões relativas à propriedade intelectual, direitos autorais, registros, patentes, 
royalties e rendimentos auferidos do desenvolvimento científico, tecnológico, cultural e artístico e das 
atividades de extensão, educação permanente e serviços; 
VII- regulamentar aspectos inerentes à ética acadêmica e profissional e à integridade científica, cultural 
e estética, na sua área de competência. 
 
Seção IV 
Da Assembleia Universitária 
 
Art. 24. À Assembleia Universitária compete: 
I- avaliar o cumprimento dos objetivos institucionais da Universidade, levando em conta as 
necessidades econômicas, políticas e culturais da sociedade; 
II- aprovar moções, recomendações e proposições a serem encaminhadas aos Conselhos Superiores; 
III- apreciar assuntos de alta relevância, quando convocada especialmente para esse fim. 
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. 38 
§ 1º A Assembleia Universitária reunir-se-á, ordinariamente, a cada dois anos ou, extraordinariamente, 
convocada pelo Reitor ou a requerimento da maioria dos membros do Conselho Universitário. 
§ 2º Os Conselhos citados no inciso II deverão elaborar e divulgar relatórios, aprovados pelos 
respectivos plenários, prestando contas da apreciação dos encaminhamentos da Assembleia 
Universitária. 
 
Art. 25. A Assembleia Universitária terá a seguinte composição: 
I- Reitor, seu Presidente; 
II- Vice-Reitor; 
III- delegados do corpo docente, na proporção de 1 para cada 20 professores por Unidade 
Universitária, desprezadas as frações; 
IV- delegados do corpo técnico-administrativo, na proporção de um décimo do total de membros da 
Assembleia; 
V- delegados do corpo discente, na forma da lei. 
Parágrafo único. Os delegados citados nos itens III a V terão mandato de dois anos e serão escolhidos 
por seus pares em processo de eleição direta, conduzido pelas respectivas entidades de representação, 
em prazo não inferior a 60 (sessenta) dias que antecedam a data da Assembleia. 
 
CAPÍTULO III 
DOS ÓRGÃOS DE CONTROLE, FISCALIZAÇÃO E SUPERVISÃO 
Seção I 
Do Conselho de Curadores 
 
Art. 26. Compõem o Conselho de Curadores: 
I- três representantes do CONSUNI, escolhidos dentre os membros dirigentes de Unidades 
Universitárias; 
II- três representantes do CONSEPE, escolhidos dentre os membros docentes, excluídos os pró- 
reitores; 
III- dois representantes do corpo docente; 
IV- dois representantes do corpo técnico-administrativo; 
V- dois representantes da comunidade; 
VI- representação do corpo discente, na forma da lei. 
§ 1º O Conselho de Curadores elegerá seu Presidente dentre os representantes do CONSUNI. 
§ 2º Cada membro do Conselho de Curadores terá um suplente para substituí-lo em suas ausências 
e impedimentos. 
§ 3º Os representantes mencionados nos incisos III e IV do caput deste artigo serão eleitos por seus 
pares, em pleito conduzido pelas respectivas entidades de representação, para mandato de dois anos, 
com direito a uma recondução. 
§ 4º Os representantes mencionados no inciso V do caput deste artigo serão eleitos pelo CONSUNI, 
para mandato de dois anos, sem direito a recondução, conforme estabelecido no Regimento Geral da 
UFBA. 
 
Art. 27. São atribuições do Conselho de Curadores: 
I- exercer a fiscalização econômico-financeira na Universidade, mediante: 
a) emissão de parecer sobre a proposta orçamentária e as alterações no orçamento-programa 
sugeridas pela Reitoria; 
b) exame, a qualquer tempo, dos documentos da contabilidade da Universidade; 
c) emissão de parecer sobre a prestação de contas do Reitor, a ser submetida à aprovação do 
CONSUNI; 
d) emissão de parecer sobre projetos submetidos pela Reitoria, que envolvam a utilização de fundos 
patrimoniais, operações de crédito ou a criação de fundos especiais, assim como doações e legados que 
criarem encargos financeiros para a Universidade; 
II- aprovar o Plano Anual de Atividades elaborado pela Coordenadoria de Controle Interno; 
III- apreciar quaisquer outros assuntos que importem à regularidade econômico-financeira da 
Universidade; 
IV- apreciar, de oficio ou mediante provocação, a qualidade do gasto público na Universidade, 
examinando-o sob o aspecto da legalidade, economicidade, razoabilidade e eficiência, recomendando ao 
CONSUNI as medidas que se façam necessárias; 
V- determinar à Coordenadoria de Controle Interno a realização de auditorias para verificação da 
1291998 E-book gerado especialmente para ANA CONSTANCA CARDOSO GIGANTE. 39 
execução de contratos e, eventualmente, a apuração de irregularidades no gasto público; 
VI- elaborar, modificar e aprovar seu próprio Regimento interno. 
Parágrafo único. O Conselho de Curadores reunir-se-á, ordinariamente, pelo menos uma vez a cada 
dois meses ou, extraordinariamente, convocado pelo seu Presidente ou a requerimento da maioria dos 
seus membros. 
 
Seção II 
Da Coordenadoria de Controle Interno 
 
Art. 28. A Coordenadoria de Controle Interno (CCI) da Universidade Federal da Bahia vincula-se ao 
Conselho de Curadores e tem como atribuição supervisionar as atividades desenvolvidas na Instituição, 
especialmente quanto à regularidade da gestão contábil, orçamentária, financeira, patrimonial, de sistema 
e de pessoal. 
Parágrafo único. A CCI terá estrutura, organização, administração e funcionamento regulados por 
Regimento próprio, elaborado pelo Conselho de Curadores e aprovado pelo CONSUNI. 
 
CAPÍTULO IV 
DOS ÓRGÃOS DA ADMINISTRAÇÃO CENTRAL 
Seção I 
Da Reitoria 
 
Art. 29. À Reitoria, órgão executivo da administração superior, incumbe a coordenação, fiscalização e 
superintendência das atividades da Universidade, incluindo: 
I - ensino, pesquisa e extensão; 
II - planejamento e orçamento; 
III - gestão de pessoas; 
IV- assistência aos estudantes; 
V- manutenção patrimonial e gerenciamento de obras; 
VI - segurança e gestão ambiental; 
VII - administração geral. 
Parágrafo único. As atividades discriminadas neste artigo serão exercidas por Pró-Reitorias e órgãos 
específicos, que funcionarão nos termos do Regimento Geral da Universidade e do Regimento da 
Reitoria. 
 
Art. 30. A Reitoria será exercida pelo Reitor e, em suas ausências e impedimentos, pelo Vice- Reitor, 
que também exercerá funções que lhe forem delegadas pelo Reitor. 
§ 1° Os mandatos do Reitor e do Vice-Reitor serão de quatro anos, permitida uma única recondução. 
§ 2° O Reitor e o Vice-Reitor serão escolhidos e nomeados de acordo com a legislação vigente e o 
previsto no Regimento Geral da Universidade. 
 
Art. 31. Compete ao Reitor: 
I- representar a Universidade; 
II- convocar e presidir a Assembleia Universitária, o CONSUNI e o CONSEPE, sempre com direito a 
voto, inclusive o de qualidade; 
III- nomear e empossar diretores e vice-diretores; 
IV- escolher, nomear e empossar pró-reitores e demais ocupantes dos cargos da Administração 
Central da Universidade; 
V- dar cumprimento às decisões dos Órgãos Superiores de Deliberação da Universidade; 
VI- praticar os atos pertinentes ao provimento e vacância dos cargos do quadro da Universidade, bem 
como os relativos ao pessoal temporário; 
VII- expedir atos de lotação referentes à distribuição dos cargos de Magistério da Universidade; 
VIII- supervisionar todos os órgãos, atos e serviços da Universidade, para prover acerca de sua 
regularidade, disciplina, decoro, eficiência e eficácia; 
IX- conferir graus, diplomas, títulos e dignidades universitárias, podendo, mediante ato próprio, delegar 
tais atribuições, inclusive em caráter permanente, a dirigentes universitários; 
X- submeter ao CONSUNI propostas de políticas gerais, planejamento global e diretrizes 
orçamentárias para a Universidade; 
XI- apresentar, anualmente, ao CONSUNI, ouvido o Conselho de Curadores, a proposta orçamentária 
e a prestação de contas da Universidade; 
1291998 E-book gerado especialmente para ANA CONSTANCA CARDOSO GIGANTE
 
. 40 
XII- encaminhar ao Conselho de Curadores projetos que envolvam utilização de fundos patrimoniais, 
operações de crédito e criação de fundos especiais, assim como doações e legados que criarem encargos 
financeiros para a Universidade; 
XIII- assinar convênios, contratos, acordos e ajustes, inclusive os que incluam intervenção ou 
participação das Unidades Universitárias ou Órgãos Suplementares; 
XIV- delegar poderes ao Vice-Reitor, aos pró-reitores e demais autoridades universitárias; 
XV- desempenhar outras atribuições não especificadas neste Estatuto, que estejam compreendidas 
na área de coordenação, fiscalização e superintendência das atividades universitárias. 
Parágrafo único. A representação judicial e extrajudicial e a assessoria jurídica da Universidade serão 
exercidas por sua Procuradoria Jurídica, na forma da lei. 
 
Seção II 
Dos Órgãos Estruturantes 
 
Art. 32. Os órgãos estruturantes compõem sistemas institucionais vinculados à Reitoria, destinados à 
gestão e execução de ações específicas da administração acadêmica, que devem preencher os seguintes 
requisitos essenciais: 
I - desempenhar atividades essenciais e integradoras das funções acadêmicas; 
II - atender a necessidades gerais da comunidade universitária; 
III - atuar dentro dos objetivos institucionais da Universidade. 
§ 1º Os órgãos estruturantes constituem unidade de gestão e terão dotação orçamentária específica, 
cargos e lotação própria de pessoal técnico-administrativo, porém não poderão dispor de pessoal docente 
neles lotados. 
§ 2º Recursos captados pelos órgãos estruturantes de fontes financeiras extraorçamentárias serão 
destinados, exclusivamente, às atividades definidas no caput deste artigo. 
 
Art. 33. São órgãos estruturantes da UFBA: 
I- Sistema Universitário de Tecnologia da Informação; 
II- Sistema Universitário de Bibliotecas; 
III- Sistema Universitário de Saúde; 
IV- Sistema Universitário de Museus; 
V- Sistema Universitário Editorial. 
Parágrafo único. A estrutura e funcionamento desses órgãos serão regulamentados no Regimento 
Geral da Universidade e nos respectivos Regimentos Internos. 
 
CAPÍTULO V 
DOS ÓRGÃOS DE ENSINO, PESQUISA E EXTENSÃO 
Seção I 
Das Unidades Universitárias 
 
Art. 34. As Unidades Universitárias, órgãos de execução das atividades acadêmicas e de lotação de 
pessoal docente e técnico-administrativo, compreendem duas modalidades: 
I- Faculdades ou Escolas: unidades de ensino, pesquisa e extensão definidas por sua missão de 
formação em carreiras acadêmicas, profissionais, tecnológicas e artísticas; 
II- Institutos: unidades de ensino, pesquisa e extensão definidas por sua missão de formação 
acadêmica em campos científicos gerais ou áreas de conhecimento disciplinares, multidisciplinares e 
interdisciplinares. 
Parágrafo único. As Unidades Universitárias terão estrutura, organização, administração e 
funcionamento regulados por Regimentos próprios, homologados pelo CONSUNI. 
 
Art. 35. Incumbe às Unidades Universitárias: 
I- produzir, transmitir e difundir cultura e conhecimentos pertinentes à sua área específica, mediante: 
a) oferta de cursos de graduação, pós-graduação e sequenciais; 
b) realização de programas de pesquisa integrados com o ensino; 
II- promoção de programas de formação profissional e educação continuada; 
III- desenvolver atividades culturais e de extensão, incluindo a prestação de serviços e consultorias; 
IV- realizar a execução orçamentária e financeira, no que couber. 
 
Art. 36. São órgãos da estrutura das Unidades Universitárias: 
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. 41 
I- Congregação; 
II- Diretoria; 
III- Colegiados. 
Parágrafo único. A estrutura das Unidades Universitárias poderá incluir outros órgãos, como 
Departamentos, Coordenação Acadêmica ou Núcleos, com composição, competências e funcionamento 
definidos nos Regimentos Internos das respectivas Unidades Universitárias, nos termos do Regimento 
Geral da Universidade. 
 
Art. 37. Nas Unidades Universitárias que optarem pela estrutura departamental, o Departamento será 
o órgão de execução das atividades acadêmicas e de lotação de pessoal docente. 
§ 1º O Departamento compõe-se de professores do quadro permanente e professores visitantes com 
responsabilidade docente. 
§ 2º A Chefia e a Vice-Chefia do Departamento caberão a professores da carreira do Magistério 
Superior, de classe igual ou superior à de Professor Adjunto, em regime de tempo integral, eleitos para 
exercer mandato de dois anos, conforme o Regimento Geral da UFBA e alegislação em vigor. 
§ 3° Nos impedimentos e ausências, o Chefe do Departamento será substituído pelo Vice-Chefe. 
 
Art. 38. A Congregação tem a seguinte composição: 
I- Diretor, seu Presidente; 
II- Vice-Diretor; 
III- representantes da Unidade nos Conselhos Acadêmicos; 
IV- representação de Colegiado(s) do(s) curso(s) ministrado(s) pela Unidade Universitária; 
V- representação de Departamento(s), onde houver; 
VI- representação do corpo docente, na forma do Regimento Interno de cada Unidade Universitária; 
VII- representação do corpo técnico-administrativo, na forma do Regimento Interno de cada Unidade 
Universitária; 
VIII- representação do corpo discente, na forma da lei. 
§ 1º Esta composição poderá ser acrescida de outros membros, conforme estabelecido no Regimento 
Interno de cada Unidade Universitária. 
§ 2º Os representantes previstos nos incisos VI e VII serão eleitos pelos seus pares, com mandato de 
dois anos, podendo haver recondução por uma vez. 
§ 3º Os representantes dos corpos discente e técnico-administrativo não poderão votar em matéria 
referente a concurso para o Magistério Superior. 
 
Art. 39. Compete à Congregação: 
I- apreciar o plano anual da Unidade Universitária; 
II- propor diretrizes para a elaboração do orçamento anual da Unidade Universitária, fixando as 
prioridades para a aplicação dos recursos; 
III- promover articulação e compatibilização das atividades e planos de trabalho acadêmicos dos 
Colegiados de cursos vinculados à Unidade Universitária; 
IV- supervisionar a atuação dos Colegiados de cursos vinculados à Unidade Universitária; 
V- apreciar propostas, planos, programas e projetos de pesquisa, criação e inovação e de extensão, 
educação permanente e serviços no âmbito da Unidade Universitária, submetendo-os a contínua 
avaliação, em conformidade com as diretrizes do Conselho Acadêmico de Pesquisa e Extensão; 
VI- estabelecer instruções e normas a que se devam submeter os órgãos de programação e execução 
das atividades de ensino, pesquisa e extensão da Unidade Universitária, em consonância com as 
diretrizes do Conselho Acadêmico de Pesquisa e Extensão; 
VII- deliberar sobre a realização de concurso para a carreira do Magistério Superior, em todas as suas 
etapas, na forma prevista no Regimento Geral da Universidade; 
VIII- avaliar, no âmbito da Unidade Universitária, as políticas de desenvolvimento de pessoal adotadas 
pela UFBA; 
IX- pronunciar-se a respeito de pedido de remoção de ocupantes de cargos da carreira do Magistério 
Superior e de pessoal técnico-administrativo; 
X- organizar as listas de nomes para escolha e nomeação, pela autoridade competente, do Diretor e 
do Vice-Diretor da Unidade Universitária; 
XI- eleger, na última reunião ordinária do ano, dentre os seus membros docentes, o Substituto Eventual 
do Vice-Diretor; 
XII- escolher, para mandato de dois anos, os representantes e respectivos suplentes da Unidade 
Universitária junto aos Conselhos Acadêmicos e, correlativamente, ao CONSEPE; 
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. 42 
XIII- pronunciar-se, em caráter deliberativo preliminar, a respeito de proposta de criação de órgão 
complementar a ela vinculado, a ser submetida, posteriormente, à aprovação do CONSUNI; 
XIV- instituir prêmios escolares e propor a concessão de títulos e dignidades universitárias; 
XV- manifestar-se sobre qualquer matéria da competência do Diretor, quando por ele solicitado; 
XVI- avaliar o desempenho global e aprovar o relatório anual da Unidade Universitária; 
XVII- julgar, em grau último de recurso, processos referentes a decisões dos Colegiados de cursos 
vinculados à Unidade Universitária, bem como dos órgãos referidos no Art. 36, Parágrafo único. 
XVIII- elaborar e modificar o Regimento Interno da Unidade Universitária, submetendo-o à aprovação 
do CONSUNI; 
XIX- decidir sobre matéria omissa no Regimento Interno da Unidade Universitária. 
 
Art. 40. A Diretoria da Unidade Universitária será exercida pelo Diretor e, em suas faltas e 
impedimentos, pelo Vice-Diretor. 
§ 1º O Diretor e o Vice-Diretor, escolhidos e nomeados de acordo com a legislação vigente e o previsto 
no Regimento Geral da Universidade, terão mandato de quatro anos, permitida uma única recondução. 
§ 2º No caso de vacância dos cargos de Diretor e de Vice-Diretor, as listas serão organizadas em até 
sessenta dias após a vacância e o mandato do dirigente que vier a ser nomeado será de quatro anos. 
§ 3º O Reitor nomeará Diretor ou Vice-Diretor pro tempore, quando não houver condições para o 
provimento regular imediato. 
 
Art. 41. Compete ao Diretor: 
I- superintender as atividades, atos e serviços dos órgãos administrativos e acadêmicos da Unidade 
Universitária, provendo acerca de sua regularidade, disciplina, decoro, eficiência e eficácia; 
II- cumprir e fazer cumprir as determinações contidas no Regimento Geral da Universidade e no 
Regimento Interno da Unidade Universitária, bem como as normas editadas pelos Órgãos Superiores de 
Deliberação da Universidade e as deliberações da Congregação da Unidade Universitária; 
III- elaborar e submeter à Congregação, em consonância com as normas estabelecidas pelo CONSUNI 
e pelo CONSEPE, o plano anual da Unidade Universitária; 
IV- propor à Congregação as diretrizes para a elaboração do orçamento anual da Unidade Universitária 
e as prioridades para a aplicação dos recursos; 
V- propor diretrizes e ações sobre assuntos de ordem acadêmica; 
VI- convocar e presidir reuniões da Congregação e do Conselho Deliberativo de Órgão(s) 
Complementar(es) vinculado(s) à Unidade Universitária, sempre com direito a voto, inclusive o de 
qualidade; 
VII- apresentar, anualmente, ao Reitor e à Congregação o Relatório dos trabalhos da Unidade 
Universitária. 
 
Art. 42. O ensino de graduação e de pós-graduação será ministrado pelas Unidades Universitárias, 
mediante programas ou cursos geridos por Colegiados. 
§ 1° Composição, competências e funcionamento dos Colegiados serão estabelecidos nos 
Regimentos Internos das respectivas Unidades Universitárias ou em regulamentos próprios, respeitados 
o Regimento Geral da UFBA e as normas do CONSEPE. 
§ 2° Dentre os membros docentes de cada Colegiado, será eleito um Coordenador e um Vice- 
Coordenador para exercer mandato de dois anos, com direito a uma recondução. 
§ 3° Nos impedimentos e ausências, o Coordenador do Colegiado será substituído pelo Vice- 
Coordenador. 
§ 4° Os membros dos Colegiados que, sem justificativa, faltarem a duas reuniões seguidas ou a quatro 
reuniões no mesmo exercício perderão seus mandatos. 
§ 5° A representação estudantil nos Colegiados será escolhida em processo conduzido pelo(s) 
Diretório(s) ou Centro(s) Acadêmico(s) da(s) respectiva(s) Unidade(s) Universitária(s). 
 
Art. 43. Colegiados de cursos ou de programas de natureza interdisciplinar, envolvendo mais de uma 
Unidade Universitária ou com especificidades de gestão acadêmica, terão Regimento próprio, conforme 
o disposto no Regimento Geral da Universidade. 
 
Seção II 
Dos Órgãos Complementares 
 
Art. 44. As Unidades Universitárias poderão criar Órgãos Complementares a elas vinculados, para 
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. 43 
colaborar nas atividades de ensino e/ou conduzir ações, projetos e programas de pesquisa, criação e 
inovação e de extensão universitária. 
§ 1º Órgãos Complementares não terão lotação própria de pessoal docente e técnico- administrativo. 
§ 2º A criação de Órgãos Complementares dependerá de aprovação do CONSUNI, ouvido o 
CONSEPE. 
§ 3º O Regimento Geral da Universidade disciplinará estrutura, funcionamento e processo de criação 
desses órgãos. 
 
TITULO IV 
DAS ATIVIDADES-FIM DA UNIVERSIDADE 
Capítulo I 
DAS ATIVIDADES DE ENSINO 
 
Art. 45. As atividades de ensino na Universidade Federal da Bahia serão realizadas por programas e 
cursos de graduação e de pós-graduação. 
Parágrafo único. Critérios,exigências e requisitos para ingresso, assim como estrutura, funcionamento 
e currículos dos programas e cursos serão fixados pelo Conselho Acadêmico de Ensino, em conformidade 
com o disposto no Regimento Geral da Universidade. 
 
CAPÍTULO II 
DAS ATIVIDADES DE PESQUISA, CRIAÇÃO E INOVAÇÃO E DE EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA 
 
Art. 46. As atividades de extensão universitária e de pesquisa, criação e inovação obedecerão às 
diretrizes traçadas pelo Conselho Acadêmico de Pesquisa e Extensão, em conformidade com o disposto 
no Regimento Geral da Universidade. 
Parágrafo único. A Universidade destinará, em seu orçamento, recursos específicos para atividades 
de extensão e de pesquisa, criação e inovação, sem prejuízo dos que venha a obter de outras fontes. 
 
TÍTULO IV 
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS E TRANSITÓRIAS 
 
Art. 47. O presente Estatuto poderá ser modificado mediante aprovação da maioria absoluta dos 
membros do CONSUNI e do CONSEPE, reunidos em sessão especial, conjunta, convocada 
especialmente para esse fim. 
§ 1º Alterações do presente Estatuto somente poderão ocorrer por proposta da Reitoria ou da maioria 
absoluta dos membros de um dos Órgãos Superiores de Deliberação, acompanhada de exposição de 
motivos. 
§ 2º A sessão especial referida no caput deste artigo será convocada, no mínimo, trinta dias após a 
apresentação da proposta de modificação. 
 
Art. 48. Na ausência de competência definida estatutária ou regimentalmente, as decisões acadêmicas 
e administrativas serão tomadas pela autoridade de menor escala hierárquica, não podendo qualquer 
processo tramitar por mais de três instâncias, incluindo o dirigente do Órgão ou Colegiado quando lhe 
couber apreciar matéria de sua competência. 
 
Art. 49. Os casos omissos neste Estatuto serão decididos pelo CONSUNI, mediante deliberação da 
maioria absoluta dos seus membros. 
 
Art. 50. As alterações promovidas por este Estatuto serão implementadas no prazo máximo de 180 
dias após sua aprovação. 
 
REGIMENTO INTERNO DA UFBA 
 
REVISÃO DO MARCO NORMATIVO DA UFBA NO CONTEXTO DA AUTONOMIA 
 
Naomar de Almeida Filho 
Reitor da UFBA 
 
A despeito de intenções solenemente declaradas, o marco regulatório da universidade brasileira não 
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. 44 
foi até hoje estabelecido. Dessa maneira, continuamos atrasados em fazer valer o preceito constitucional 
da autonomia universitária. 
De direito, um dispositivo constitucional da Carta Magna brasileira, o artigo 207, assegura que as 
universidades gozam de autonomia didático-científica, administrativa e de gestão financeira e patrimonial. 
O problema é que raros são os artigos constitucionais que têm aplicação direta. Encontra-se parado no 
Congresso, um projeto de lei que sequer foi debatido. Enquanto não se aprova uma lei orgânica ou alguma 
norma especial, as instituições universitárias seguem as mesmas regras de operação e gestão de 
qualquer das repartições públicas federais. 
De fato, o Estado brasileiro, em processo de reconstituição após a ditadura militar, ainda não enfrentou 
a questão de qual é a universidade que a sociedade brasileira precisa e merece. Temos que definir se a 
universidade necessária para este Brasil do Século XXI é uma burocracia, mais uma repartição pública, 
ou se é uma verdadeira instituição de conhecimento e criação, ciente e ciosa de sua autonomia. 
Em artigo publicado na Folha de São Paulo (11.01.2009), propus distinguir autonomia dos meios de 
autonomia dos fins. A autonomia plena dos meios compreende gestão própria de patrimônio, orçamento, 
pessoal e insumos, com acompanhamento transparente dos processos necessários ao funcionamento 
institucional. A autonomia relativa dos fins implica compartilhamento da missão social da universidade 
mediante negociação periódica com a sociedade de metas e planos institucionais, objeto de avaliação 
permanente da eficácia social da instituição universitária. 
Em outras palavras, a autonomia constitucionalmente outorgada concede às universidades, a 
capacidade de criar seu próprio marco regulatório, possibilitando de fato um autogoverno, o que 
compreende autogestão dos meios com compartilhamento da governança, orientada à consecução de 
objetivos cuja determinação será pactuada com a sociedade. 
Tudo isso é muito interessante, mas demasiado distante, diriam as almas de bem (do ponto de vista 
acadêmico). Precisamos aproximar a questão conceitual e filosófica da autonomia às realidades 
concretas da regulação institucional. 
De fato, a construção da autonomia deve começar dentro de casa. 
Nesse sentido, nada mais oportuno que rever o marco normativo de cada instituição de conhecimento 
que se pretende Universidade, a começar pela nossa Universidade Federal da Bahia. 
 
Redefinindo Autonomia 
 
Antes de abordar o tema da atualização legislativa interna da UFBA, visando a sua autonomia como 
universidade, precisamos justificar porque a autonomia mítica da universidade do século XIX não mais 
se aplica. Antes, a instituição universitária se apresentava como vanguarda de uma elite, postulava-se 
como consciência crítica da sociedade e, por isso, era pouco questionada. O mundo mudou desde então. 
Hoje, a universidade precisa de modo continuado demonstrar seu valor político e social como 
instrumento necessário ao desenvolvimento econômico e humano da nação. Nesse espírito, precisamos 
negociar permanentemente nossa autonomia dos fins de modo participativo, para que a sociedade passe 
a nos cobrar não por normas e regras bem cumpridas, mas por objetivos socialmente relevantes 
efetivamente alcançados. 
 
Receios de que tal “independência” poderia resultar em administração desastrosa ou irresponsável 
não parecem justificados porque a gestão da instituição universitária é estruturalmente democrática, não 
há qualquer decisão que seja tomada de forma autocrática. No contexto brasileiro atual, o reitor é um 
dirigente que executa deliberações do Conselho Universitário, formado por todos os diretores de unidades 
acadêmicas mais representantes de estudantes, servidores, professores e da comunidade. Esses 
membros são democraticamente escolhidos, de forma que todos os segmentos da comunidade 
universitária têm plena participação na governança institucional. 
Enfim, a universidade federal brasileira foi constitucionalmente definida como autarquia com 
autonomia, portanto tem uma natureza jurídica muito mais independente do que a burocracia estatal tem 
permitido. Precisamos aproveitar esse espaço para construir o marco regulatório de uma instituição 
autogovernada, com autogestão e auto-regulação. E cabe fazê-lo diretamente a partir dos nossos 
Conselhos, elaborando e aprovando Estatutos e Regimentos, pois ‘autonomia’, juridicamente, quer dizer 
capacidade de auto-normatização. 
 
Problemas do marco regulatório anterior 
 
Estatuto é o marco normativo principal de uma instituição ou organização, equivalente, no plano 
interno, à constituição de um país. Tipicamente, um estatuto estabelece princípios, normas gerais, macro-
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. 45 
estrutura e funcionalidade da entidade. Regimentos, aí incluindo o Regimento Geral, são dispositivos 
normativos infra-estatutários que regulamentam normas específicas, arcabouço estrutural interno, 
competências e, principalmente, operação da instituição e dos seus organismos constituintes. 
O Estatuto anterior da UFBA, diploma legal máximo da instituição, havia sido elaborado e aprovado 
pelos seus Conselhos Superiores no ano 2000, incorporando um viés claramente simplificador. Nesse 
sentido, decidiu-se remeter detalhamento normativo e regramento operacional para um novo Regimento 
Geral que, face a sucessivas conjunturas adversas, nunca foi completado. 
Naquele Estatuto, ressaltavam três inconsistências fundamentais no tocante aos temas da autonomia 
universitária acima assinalados. 
Primeiro, no texto normativo, se verificavagrave lacuna no que se refere à ausência de definição do 
Colegiado de Cursos, instancia típica e estabelecida de gestão do cotidiano acadêmico. Essa omissão foi 
notada de imediato após sua aprovação, porém sucessivas legislaturas no Conselho Universitário 
pretenderam remeter essa correção ao momento de revisão do Regimento, o que de fato não ocorreu. 
Como as características da instituição universitária permitem larga tolerância nos processos e dado o 
exaustivo trabalho de congregações, câmaras e conselhos, foi possível manter processos de gestão 
acadêmica com base no velho Regimento de 1981 (no que não conflitava com o Estatuto) e nas boas 
práticas informais. 
Segundo, a revisão da estrutura de governança visando a integrar gestão acadêmica e gestão 
institucional, necessária para maior eficiência e competência da universidade, restringiu-se ao âmbito 
localizado das Unidades Universitárias. 
A extinção dos Conselhos Departamentais, ao condensar funções acadêmicas e administrativas nas 
Congregações, constituiu importante passo no sentido da gestão baseada na unicameralidade. A 
avaliação da funcionalidade dessa estrutura, no decênio que se encerra, não identificou maiores 
problemas e, pelo contrário, a ela se podia atribuir uma retomada, ainda que tímida, das responsabilidades 
de liderança acadêmica pelos Diretores de Unidades Universitárias. Por outro lado, na esfera central de 
deliberação, implantou-se a mais rígida dicotomia deliberativa, com um Conselho Universitário 
exclusivamente responsável pelos aspectos administrativos e institucionais da gestão, sem qualquer 
competência acadêmica, quase antagonizando um Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão, com todos 
os encargos deliberativos da gestão acadêmica senso-estrito. Não obstante, este último conselho, 
subdividido em câmaras, rapidamente encontrou-se sobrecarregado de processos e recursos do cotidiano 
da gestão universitária, impossibilitado de refletir sobre as questões estratégicas maiores da instituição. 
Em terceiro lugar, a despeito do avanço na constituição do Conselho de Curadores no Estatuto, 
dotando-o de maior autonomia perante os organismos de execução e deliberação da Universidade, 
tornando-o órgão consultivo do Conselho Universitário, fazia-se necessário ampliar as relações entre a 
instituição universitária e a sociedade que a sustenta no sentido institucional, e o governo que a mantém, 
tanto em termos administrativos como financeiros. 
A estrutura, composição e competências dos conselhos superiores aprovadas no antigo Estatuto, de 
fato, não inovou no que se refere à participação da sociedade e do governo, conservando uma referência 
limitada de representações internamente constituídas. 
 
A Reestruturação Normativa da UFBA 
 
Uma proposta de atualização do Estatuto da UFBA já constava do Plano de Metas apresentado em 
nossa posse na Reitoria em agosto de 2002. Como não alcançamos, no primeiro mandato, o consenso 
político imprescindível para uma reestruturação normativa mais ampla, sustentável e representativa, 
consideramos então esta demanda como meta não-alcançada e a mantivemos como prioridade em nossa 
plataforma de trabalho para o segundo mandato – referendada pela comunidade universitária ao reeleger 
nossa equipe, por ampla margem, em 2006. 
Os principais pontos da nossa proposta de ação no segundo mandato foram explicitados como 
princípios estruturantes de uma reforma acadêmica e administrativa da UFBA, no contexto da luta por 
autonomia universitária com responsabilidade institucional. Com esse espírito, durante todo o ano de 
2007, avançamos na construção de um programa de reestruturação curricular (denominado inicialmente 
de UFBA Nova) que, influenciando a elaboração da nova política de educação superior do governo 
federal, encontrou condições de viabilidade com a adesão da UFBA ao Programa REUNI. 
O ano de 2008 foi extremamente profícuo no sentido de criar as matrizes normativas da substancial 
transformação ainda em curso na UFBA. Por um lado, o Conselho Universitário, com agilidade e firmeza, 
aprovou diretrizes, estratégias, metas e definições urbanísticas componentes de um Plano Diretor Físico 
e Ambiental, necessário para aplicar, com eficiência, os recursos para investimento em obras e 
instalações. Por outro lado, o CONSEPE e suas câmaras, igualmente com objetividade e perseverança, 
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. 46 
aprovou uma série de resoluções que, de modo pioneiro, regulamentaram aspectos acadêmicos do 
REUNI, imprescindíveis para a implementação dos novos modelos curriculares e da logística complexa 
determinada pela massiva expansão de vagas na graduação e na pós-graduação. 
Dado o grau de amadurecimento dos debates sobre reestruturação institucional e curricular na UFBA, 
provocados pela participação no Programa REUNI, e considerando a urgência em atualizarmos estrutura 
de governança e arcabouço normativo de nossa instituição, incluímos a matéria na pauta dos conselhos 
pertinentes para a devida apreciação e deliberação. Assim, em outubro de 2008, o CONSUNI, acolhendo 
indicação consensual do CONSEPE, recomendou à Reitoria tomar providências para abertura dos 
debates sobre reforma estatutária e subsequente elaboração de um novo Regimento Geral. 
Ainda em 2008, uma Comissão ad-hoc, composta pelos professores Aurélio Lacerda, Ricardo Miranda 
e Roberto Paulo Araújo e representantes da APUB, ASSUFBA e DCE, foi designada para proceder aos 
estudos necessários à elaboração de propostas de anteprojetos de Estatuto e Regimento, a serem 
apreciadas conforme as disposições gerais da norma vigente. 
O Conselho Conjunto Estatuinte, formado pela união dos conselhos superiores da UFBA, foi instalado 
em 14 de agosto 2009, tendo sido então autorizada a divulgação ampla da minuta elaborada pela 
Comissão. Nesse momento inicial, foi solicitado aos dirigentes e representantes, encaminhar nas 
respectivas unidades, órgãos, entidades e segmentos, no prazo máximo de 40 dias, discussões e coleta 
de subsídios para aprimoramento e complementação da proposta. Em diferentes momentos do processo 
de elaboração do Estatuto, recebemos contribuições de 22 Unidades Universitárias e órgãos. O texto-
base foi aprovado por unanimidade pelo Conselho Estatuinte, em reunião realizada no Instituto de 
Ciências da Saúde, em 23 de novembro de 2009. 
À medida em que se estabelecia o patamar normativo atualizado do Estatuto, a Comissão Especial 
organizou o processo de elaboração do Regimento Geral da UFBA a partir da compilação de expressivo 
conjunto de resoluções e normas editadas pelos Conselhos Superiores entre 1995 e 2008 que, em muitos 
casos, já antecipavam temas e questões naquele momento sistematizadas. Dessa forma, foi possível 
incorporar o essencial das matrizes normativas vigentes com a finalidade de ajustá-las às transformações 
estruturais e à adoção dos novos modelos curriculares, introduzidos pela adesão de nossa instituição ao 
REUNI. A minuta finalizada foi aprovada pelo Conselho Universitário, em reunião realizada na Sala dos 
Conselhos em 11 de março de 2009. 
 
Análise do novo marco normativo da UFBA 
 
Os novos Estatuto e Regimento Geral da UFBA resultam de uma revisão crítica, do ponto de vista 
epistemológico e conceitual, do papel da Universidade enquanto instituição cultural e histórica. O papel 
institucional da Universidade pode ser compreendido como conjunto articulado de funções sociais. No 
século XIX, o binômio ensino-pesquisa da universidade humboldtiana subordinava a função 
Conhecimento à função Formação. Em meados do século XX, incluiu-se o Compromisso Social como 
função essencial da Universidade, traduzida concretamente pelo conceito de extensão, 
convencionalmente completando o trinômio ensino-pesquisa-extensão que, seguindo a retórica do texto 
constitucional brasileiro, seria indissociável. 
Em termos contemporâneos, impõe-se redefinir e atualizar o escopo de cada um dos termos dessa 
fórmulatriangular “ensino-pesquisa-extensão”. 
O ensino pode e deve ser entendido como práxis de formação de sujeitos epistêmicos; a pesquisa 
pode e deve ser tomada como produção intelectual e cultural aberta à epistemo-diversidade a cena 
intelectual contemporânea; a extensão pode e deve ser compreendida como práxis educacional num 
mundo cada vez mais multirreferenciado e intercultural. 
Nesse sentido, podemos reconhecer a tripla missão de produção formativa, produção intelectual e 
produção política como efeitos do papel histórico da instituição de ensino superior chamada de 
Universidade. A compreensão ampliada do trinômio permitirá, sempre que tornada possível pela 
construção institucional consciente e planejada, integrar ciências, artes e humanidades em práticas não 
somente interdisciplinares, mas também entre paradigmas, racionalidades e saberes, capazes de 
contribuir para transformar a sociedade e construir a história, numa perspectiva de solidariedade, 
sustentabilidade e consciência ambiental. 
Em primeiro lugar, dentro desse referencial, uma das inovações mais significativas do novo marco 
normativo da UFBA é a ampliação dos conceitos de produção acadêmica. Por um lado, foi consensual a 
aprovação de nossa proposta, desde a primeira minuta, no sentido de superar a velha concepção de 
conhecimento exclusivamente como produto intelectual resultante de processo sistemático e metódico, 
classicamente designado como pesquisa científica. 
Ao incorporar na missão da UFBA, a fórmula mais ampla “conhecimentos e saberes”, pudemos agregar 
1291998 E-book gerado especialmente para ANA CONSTANCA CARDOSO GIGANTE
 
. 47 
às competências, objetivos institucionais e designativos dos órgãos e instâncias deliberativas, 
valorizando-as, as categorias de produção artística e cultural e de desenvolvimento tecnológico. 
A função Conhecimento torna-se, dessa maneira, ressignificada como Ciência-Arte-Cultura. Por outro 
lado, a expressão Pesquisa-Criação-Inovação merece um comentário adicional: aqui, é proposital a 
escolha dos significantes ‘criação’ e ‘inovação,’ justamente pelo sentido duplo, diferenciado na literatura 
economicista de Ciência & Tecnologia de herança schumpeteriana, e por seu uso nos estudos culturais 
e em análises da produção artística. 
Em segundo lugar, note-se que a função Formação mereceu destaque especial em nosso novo marco 
normativo. Na matriz conceitual que o subsidia, principalmente no Regimento Geral, a função Formação, 
no âmbito da instituição chamada Universidade, encontra-se desdobrada em formação de profissionais – 
gestores e aplicadores de conhecimento e tecnologia; em formação de criadores – pesquisadores, 
inovadores, artistas, produtores de conhecimento, artes e tecnologia; e em formação de formadores – 
docentes, tutores, educadores. 
Evidentemente, buscamos reconstruir nossa UFBA como uma instituição convicta do seu papel 
integrador nesta função essencial das universidades, a Formação. Nesse espírito, o novo marco 
normativo foi concebido para reduzir ao máximo a diferenciação (que chegava às raias da segregação na 
velha universidade, produzindo um indesejável e estéril antagonismo) entre os níveis de ensino 
graduação e pós-graduação. Os modos de formação da Universidade contemporânea compreendem três 
modalidades: 
a) Profissionalizante; 
b) Acadêmico; 
c) Integrador. 
 
Na modalidade Profissionalizante, a formação equivale a treinamento e o diploma prevê habilitação ou 
qualificação em carreira profissional. Na modalidade Acadêmica, a formação equivale a ensino e o 
diploma significa título, expressando um símbolo institucional. Na modalidade Integradora, a formação 
equivale ao conceito amplo de educação e o diploma indica grau ou nível de formação. No plano da 
prática de planejamento e gestão acadêmica, o novo Regimento Geral define regras claras para 
integralização da carga horária docente, estabelecendo o mínimo de 10 horas semanais em atividades 
de ensino presencial, de graduação ou de pós-graduação, em sala de aula ou equivalente, para docentes 
em Dedicação Exclusiva ou em regime de Tempo Parcial. 
Os docentes submetidos ao regime excepcional de 40 horas ou aqueles em Regime DE que não 
exerçam atividades de pesquisa e/ou extensão aprovadas pelas instâncias competentes, terão carga 
horária mínima de atividades de ensino de 20 horas semanais, sendo 16 horas de aula. Notem a 
conceituação ampla de ensino, mais além dos formatos convencionais de classes recitativas em salas de 
aula. 
Em terceiro lugar, compreender a extensão como práxis educacional multirreferenciada significa levar 
em consideração a interface universidade-sociedade, definida do modo mais amplo possível, Estado e 
sociedade civil, governos e mercados, movimentos sociais e organizações do terceiro setor. Assim é que, 
no texto regimental em pauta, define-se como atividades de extensão aquelas que “integram projetos e 
programas de formação continuada e de integração da universidade com instituições públicas e privadas, 
organizações não-governamentais, empresas e movimentos sociais”. As modalidades aprovadas incluem 
um elenco diversificado e rico de possibilidades – cursos de extensão, aperfeiçoamento, especialização, 
capacitação e similares; cooperação técnica, inovação tecnológica e similares; direção artística, produção 
cultural e similares; consultorias e assessorias; prestação de serviços; com realce para a articulação com 
saberes não-universitários. 
Neste item, dois aspectos inicialmente controversos, mas que alcançaram consenso do ponto de vista 
jurídico a partir de acórdãos do Tribunal de Contas da União e decisões do Supremo Tribunal Federal, 
merecem atenção, dado que dizem respeito à contraprestação pecuniária extra-orçamentária decorrente 
de atividades realizadas por uma instituição pública federal. Primeiro, a inclusão de cursos de 
especialização como atividades de extensão, juntamente com outras modalidades de educação 
permanente ou continuada extraordinárias à missão constitucional de ensino público da instituição federal. 
Segundo, a autorização para recebimento de remuneração adicional pelo docente em Regime DE sob a 
forma de colaboração em atividade esporádica, prêmios científicos, direitos autorais de patente ou 
correlato, participação em seminários, congressos, conferências e aulas eventuais, cachês por atividades 
artísticas, bolsas de ensino, pesquisa e extensão, gratificação por cursos e concursos, coordenação de 
projetos institucionais, desde que o beneficiário demonstre “desempenho satisfatório em atividades 
regulares de ensino avaliadas periodicamente, além do cumprimento dos demais encargos atinentes à 
função docente na universidade” sem prejudicar, “em hipótese alguma, [...] as atividades acadêmicas 
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. 48 
exercidas na UFBA”. 
 
Comentário Final 
 
Aproveitando de modo pleno e preciso o dispositivo constitucional da autonomia como auto-
normatividade e auto-regulação, buscamos construir um consenso político institucional no sentido de 
concluir o trabalho de atualização estatutária e regimental da UFBA. Sabemos todos que, em instituições 
efetivamente democráticas, não existe forma mais eficiente de controle social do que o autocontrole 
institucional. 
O novo marco normativo da UFBA resulta, portanto, de um pacto interno em torno da articulação e 
integração entre excelência acadêmica e compromisso social e do compartilhamento da convicção de 
que a instituição universitária constitui importante fator de transformação sustentada da sociedade ao 
mostrar-se competente como instituição do conhecimento e da cultura. Isto significa, em termos práticos, 
lutar para que a necessária expansão com inclusão social, fomentando em paralelo qualidade e 
produtividade científica, cultural e pedagógica, seja alcançada com eficiência de gestão e eficácia no 
controle institucional e social do imenso, rico e complexo conjunto de atividades desenvolvidaspela 
Universidade Federal da Bahia. 
Por fim, gostaria, neste momento em que concluímos dois mandatos na Reitoria de nossa querida 
UFBA, registrar os mais sinceros agradecimentos aos membros da Comissão Especial, a toda a 
comunidade universitária e, de modo especialíssimo, aos Conselhos Superiores. Sabiamente, após 
examinar as ricas e diversas contribuições emanadas das egrégias congregações e das entidades 
representativas dos segmentos da UFBA, criteriosamente analisadas e compatibilizadas, nossos 
dirigentes e representantes aprovaram estes Estatuto e Regimento Geral, legando às administrações que 
prosseguirão novos instrumentos, democraticamente construídos, indispensáveis ao modelo de 
autogestão universitária, por todos desejado e longamente esperado. 
 
Regimento Geral UFBA 
 
TÍTULO I 
INTRODUÇÃO E DISPOSIÇÕES GERAIS 
 
Art. 1º. A Universidade Federal da Bahia, cuja estrutura é definida em Estatuto próprio, submete‐se ao 
presente Regimento Geral que, observados os preceitos daquele, será complementado por outras normas 
destinadas a assegurar o seu fiel cumprimento. 
 
Capítulo I 
DAS ATIVIDADES ESSENCIAIS DA UNIVERSIDADE 
 
Art. 2º. As atividades essenciais da Universidade, impulsionadas pela sua Administração Institucional 
e Acadêmica, são: 
I‐ ensino; 
II‐ pesquisa, criação e inovação; 
III‐ extensão universitária. 
§ 1º São consideradas atividades de ensino, além das que vierem a ser definidas pelo Conselho 
Acadêmico de Ensino, aquelas de caráter formativo e pedagógico, realizadas em programas e cursos de 
graduação e pós‐graduação, nas seguintes modalidades: 
I‐ aula presencial; 
II‐ orientação de graduação e pós‐graduação; 
III‐ supervisão de atividades práticas e estágios curriculares; 
IV ‐ ensino à distância; 
V ‐ preceptoria. 
§ 2º As atividades de pesquisa, criação e inovação compreendem concepção, participação, realização 
e coordenação de projetos e programas geradores de conhecimento filosófico, científico e tecnológico, e 
de criação artística e cultural, nas seguintes modalidades: 
I- estudos filosóficos, teóricos, históricos ou políticos; 
II‐ pesquisas de campo, estudos etnográficos e similares; 
III‐ pesquisa‐ação, intervenções comunitárias e similares; 
IV‐ operação de laboratórios e observatórios; 
V‐ desenvolvimento metodológico e instrumental de pesquisa; 
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. 49 
VI‐ pesquisa operacional e de processos institucionais; 
VII‐ estudos de processos de criação científica, tecnológica, artística e cultural; 
VIII‐ concepção e elaboração de obras de arte e similares; 
IX‐ investigação e experimentação em ciências básicas; 
X‐ outras atividades de pesquisa, criação e inovação, definidas em norma específica pelo Conselho 
Acadêmico competente. 
§ 3º As atividades de extensão integram projetos e programas de formação continuada e de integração 
da Universidade com instituições públicas e privadas, organizações não‐ governamentais, empresas e 
movimentos sociais, nas seguintes modalidades: 
I‐ cursos de extensão, aperfeiçoamento, especialização, capacitação e similares; 
II ‐ cooperação técnica, inovação tecnológica e similares; 
III‐ direção artística, produção cultural e similares; 
IV‐ consultorias e assessorias; 
V‐ prestação de serviços; 
VI‐ articulação com saberes não‐universitários; 
VII‐ outras atividades de extensão, definidas em norma específica pelo Conselho Acadêmico 
competente. 
§ 4º Os planos, programas, projetos e relatórios sobre as atividades essenciais da Universidade 
deverão ser submetidos aos Órgãos Colegiados competentes e os resultados e produtos serão objeto de 
registro e acompanhamento nos órgãos próprios. 
 
Capítulo II 
DOS ÓRGÃOS COLEGIADOS 
 
Art. 3º. Definem‐se como Órgãos Colegiados todas as instâncias permanentes de deliberação que se 
compõem por representação e cujas decisões se estendem sobre: 
I- toda a Universidade, a saber, o Conselho Universitário, o Conselho Superior de Ensino, Pesquisa e 
Extensão, os Conselhos Acadêmicos e o Conselho de Curadores, os quais terão regimentos próprios; 
II‐ ou parte dela, isto é, Congregações, Colegiados e Conselhos Deliberativos, cujas competências 
sejam definidas neste Regimento Geral e nos Regimentos Internos das Unidades Universitárias, dos 
Órgãos Estruturantes e dos Complementares. 
§ 1º Os Órgãos Colegiados poderão dispor de Regulamentos próprios, que se sujeitarão sempre às 
normas universitárias de hierarquia superior. 
§ 2º Aprovação e modificações do Regimento Geral, dos demais Regimentos e dos Regulamentos são 
da competência exclusiva do pleno dos Conselhos Superiores, conforme a matéria. 
§ 3º Será assegurada deliberação colegiada democrática a todos os assuntos relativos a metas, 
planos, programas, normas e escolha de dirigentes, bem como a decisões referentes a processos 
institucionais de cunho acadêmico ou administrativo. 
 
Art. 4º. As reuniões dos Órgãos Colegiados serão públicas e a participação dos seus membros prefere 
a qualquer atividade universitária, sendo obrigatório o comparecimento, respeitada a hierarquia entre 
esses órgãos. 
§ 1º Somente participarão das reuniões dos Órgãos Colegiados seus membros efetivos, sendo que, 
em caráter excepcional, a critério do plenário ou por convocação do seu Dirigente, poderão ser ouvidos 
convidados especiais, sempre que necessário para melhor apreciação de matéria específica. 
§ 2º As reuniões ordinárias dos Órgãos Colegiados serão convocadas por ofício e/ou por meio 
eletrônico, pelo seu Dirigente, com antecedência mínima de 48 horas, devendo constar da convocação a 
respectiva ordem do dia. 
§ 3º As reuniões extraordinárias serão convocadas pelo Dirigente ou por solicitação da maioria 
absoluta dos membros do Órgão Colegiado, com a ordem do dia restrita à discussão e deliberação sobre 
a pauta que a determinou. 
 
Art. 5º. Os Órgãos Colegiados reunir‐se‐ão com a presença da maioria absoluta de seus membros, 
observando‐se o critério de maioria simples para suas decisões, salvo disposição em contrário no Estatuto 
ou neste Regimento. 
§ 1º Para efeito de estabelecimento de quorum nas sessões dos Órgãos Colegiados, somente serão 
computadas as representações efetivamente preenchidas, sendo que, nos Colegiados de cursos, não 
serão considerados os docentes afastados ou em gozo de férias. 
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. 50 
§ 2º Além do seu voto, o presidente de Órgão Colegiado terá, nos casos de empate, o voto de 
qualidade. 
§ 3º Nenhum membro de Órgão Colegiado poderá votar nas deliberações que, direta ou indiretamente, 
digam respeito a seus interesses particulares, do seu cônjuge, descendentes, ascendentes ou colaterais, 
estes até o terceiro grau. 
 
Art. 6º. O titular de Órgão Colegiado da Universidade será substituído em suas faltas e impedimentos 
pelo suplente. 
Parágrafo único. No caso de vacância do cargo do titular, assumirá o substituto pelo prazo máximo de 
sessenta dias, dentro do qual proceder‐se‐á a nova eleição ou indicação. 
 
Art. 7º. A qualquer membro de Órgão Colegiado é assegurada vista dos processos submetidos à sua 
deliberação, pelo prazo máximo de cinco dias úteis, sendo o processo objeto do pedido de vista incluído 
na pauta da reunião imediatamente posterior. 
§ 1º Em caso de novo pedido de vista, este será concedido, simultaneamente, aos que solicitarem. 
§ 2º A concessão de pedidos de vista subsequentes deverá ser aprovada pelo plenário do Órgão 
Colegiado. 
 
Capítulo III 
DAS REPRESENTAÇÕES NOS ÓRGÃOS COLEGIADOS 
 
Art. 8º. As representações dos corpos docente e técnico‐administrativo nos Órgãos Colegiados serão 
escolhidas na forma estabelecida no Estatuto. 
Parágrafo único. As representações mencionadas no caput deste artigo serão compostas por 
servidores do quadro permanente da Instituição, desde que não exerçam Cargo de Direção (CD), 
observadas outras disposições contidas no Estatuto ou neste RegimentoGeral. 
 
Art. 9º. A representação do corpo discente em qualquer órgão de deliberação colegiada será composta 
na proporção de um estudante para cada quatro membros não discentes, desprezada a fração resultante. 
§ 1º Os membros da representação estudantil nos Órgãos Colegiados terão mandato de um ano, sendo 
permitida uma recondução. 
§ 2º A representação estudantil poderá dispor, em cada reunião, de um estudante a mais do previsto 
no caput deste artigo, com direito a voz, a título de assessoramento aos representantes legais. 
 
Capítulo IV 
DO PROVIMENTO DOS CARGOS 
 
Art. 10. Os cargos de Reitor e Vice‐Reitor, bem como os de Diretor e Vice‐Diretor das Unidades 
Universitárias serão exercidos por docentes integrantes da carreira do Magistério Superior. 
§ 1º Nos impedimentos dos gestores indicados no caput deste artigo, os cargos serão assumidos, no 
caso da Reitoria, pelo substituto eventual do Vice‐Reitor, eleito dentre os diretores de Unidades 
Universitárias, membros do CONSUNI e, no caso das Unidades Universitárias, pelo substituto eventual 
do Vice‐Diretor, eleito dentre os docentes membros das respectivas Congregações. 
§ 2º Nos impedimentos dos substitutos eventuais indicados no parágrafo anterior, os cargos serão 
assumidos, no caso da Reitoria, pelo decano dentre os diretores de Unidades Universitárias e, no caso 
das Diretorias, pelo decano dentre os docentes membros da respectiva Congregação. 
§ 3º Considera‐se decano o docente que componha o Órgão do qual deva assumir a direção e que 
tenha maior antiguidade, considerando‐se o ingresso na Instituição, independentemente do nivelamento 
na carreira ou da titulação funcional. 
§ 4º Aplicam‐se essas mesmas normas, no que couber, a Colegiados de cursos, Departamentos, 
Órgãos Estruturantes e Complementares e outras estruturas de gestão da Universidade. 
 
Art. 11. A escolha do Reitor e Vice‐Reitor da Universidade Federal da Bahia, bem como do Diretor e 
Vice‐Diretor das Unidades Universitárias e dirigentes dos demais órgãos executivos e colegiados 
processar‐se‐á nos termos da legislação em vigor. 
§ 1º A lista tríplice para nomeação do Reitor e do Vice‐Reitor será organizada por Colegiado composto 
pelos membros do Conselho Universitário (CONSUNI) e do Conselho Superior de Ensino, Pesquisa e 
Extensão (CONSEPE). 
§ 2º Cada membro do Colegiado definido no parágrafo anterior terá apenas um voto. 
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. 51 
TÍTULO II 
DOS ÓRGÃOS EM GERAL 
Capítulo I 
DO CONSELHO UNIVERSITÁRIO 
 
Art. 12. O Conselho Universitário (CONSUNI), órgão de deliberação máxima da Universidade, com 
composição e competências definidas nos artigos 15 e 16 do Estatuto, delibera por seu pleno e por suas 
Comissões. 
§ 1º O Regimento Interno do Conselho Universitário disciplinará o seu funcionamento e o de suas 
Comissões Permanentes. 
§ 2º Os representantes da comunidade no Conselho Universitário serão escolhidos pelo referido 
Conselho, em escrutínio secreto, entre aquelas personalidades da sociedade civil, indicadas pelas 
Congregações, que mais se destacaram no apoio às universidades. 
 
Art. 13. O Conselho Universitário subdivide‐se nas Comissões Permanentes abaixo nominadas, cujas 
competências lhes são atribuídas a seguir: 
I‐ à Comissão de Assuntos Acadêmicos: apreciar propostas e políticas sobre matéria acadêmica, 
títulos honoríficos, intercâmbio universitário nacional e internacional, além de outros assuntos da interface 
acadêmico‐administrativa; 
II‐ à Comissão de Orçamento e Finanças: apreciar questões de orçamento e financiamento da 
Universidade; 
III‐ à Comissão de Patrimônio, Espaço Físico e Meio Ambiente: apreciar questões referentes ao 
patrimônio material e imaterial da Instituição, com especial ênfase nos temas da sustentabilidade 
ecológica nos campi universitários; 
IV‐ à Comissão de Gestão de Pessoas: apreciar propostas e políticas para o pessoal docente e técnico‐
administrativo; 
V‐ à Comissão de Ações Afirmativas e Assistência Estudantil: apreciar propostas atinentes às políticas 
de ações afirmativas e assistência estudantil; 
VI‐ à Comissão de Normas e Recursos: deliberar sobre recursos e apreciar, preliminarmente, 
modificações ao Estatuto, ao Regimento Geral, e aos demais Regimentos e Resoluções da Universidade. 
§ 1º As Comissões Permanentes terão sua composição definida na última sessão ordinária de cada 
ano, de acordo com o Regimento do Conselho Universitário. 
§ 2º Cada Comissão Permanente será composta de, no mínimo nove e, no máximo, quinze membros, 
sendo facultado a cada conselheiro integrar até duas comissões, respeitados os limites acima fixados. 
§ 3º A deliberação da Comissão de Normas e Recursos sobre matéria de recurso que alcançar 
aprovação de três quintos dos seus membros será considerada final. 
§ 4º Os temas que não se enquadrarem na temática das Comissões Permanentes serão apreciados 
por Comissões Temporárias, constituídas por membros do Conselho Universitário, especialmente criadas 
para o fim que se determine. 
 
Capítulo II 
DOS CONSELHOS SUPERIORES ACADÊMICOS 
 
Art. 14. O Conselho Superior de Ensino, Pesquisa e Extensão (CONSEPE), órgão máximo de 
deliberação colegiada em matéria estritamente acadêmica, tem composição e competências definidas 
nos artigos 17 e 18 do Estatuto. 
 
Art. 15. O Conselho Acadêmico de Ensino tem composição e competências definidas nos artigos 20 e 
21 do Estatuto. 
§ 1º O Conselho Acadêmico de Ensino elegerá seu Presidente na última sessão ordinária de cada ano, 
dentre os representantes de Unidades Universitárias. 
§ 2º Além das competências referidas no caput deste artigo, o Conselho Acadêmico de Ensino cuidará 
da adequação, qualidade, eficácia e compatibilidade dos sistemas de registros acadêmicos e 
administrativos em relação às atividades de ensino da Universidade. 
 
Art. 16. O Conselho Acadêmico de Pesquisa e Extensão tem composição e competências definidas 
nos artigos 22 e 23 do Estatuto. 
§ 1º O Conselho Acadêmico de Pesquisa e Extensão elegerá seu Presidente na última sessão ordinária 
de cada ano, dentre os representantes de Unidades Universitárias. 
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. 52 
§ 2º Além das competências referidas no caput deste artigo, o Conselho Acadêmico de Pesquisa e 
Extensão cuidará da adequação, qualidade, eficácia e compatibilidade dos sistemas de registros 
operacionais em relação às atividades de pesquisa e extensão da Universidade. 
 
Capítulo III 
DA ASSEMBLEIA UNIVERSITÁRIA 
 
Art. 17. A Assembleia Universitária tem composição e competências definidas nos artigos 24 e 25 do 
Estatuto da Universidade. 
 
Capítulo IV 
DO CONSELHO DE CURADORES 
 
Art. 18. O Conselho de Curadores, com composição e competências definidas nos artigos 26 e 27 do 
Estatuto, supervisionará as atividades de fiscalização e controle da administração e da gerência da UFBA, 
em conformidade com os dispositivos legais que regulamentam a matéria. 
§ 1º O Conselho de Curadores elegerá seu Presidente na última sessão ordinária de cada ano, dentre 
os representantes do Conselho Universitário dirigentes de Unidades Universitárias. 
§ 2º Além das competências indicadas no caput deste artigo, o Conselho de Curadores cuidará da 
adequação, qualidade, eficácia e compatibilidade dos sistemas de controles administrativos, de 
informações e operacionais utilizados em relação aos objetivos institucionais da Universidade. 
§ 3º Os representantes da comunidade no Conselho de Curadores serão escolhidos pelo Conselho 
Universitário, em escrutínio secreto, dentre as personalidades da sociedade civil, indicadas pelas 
Congregações, que mais se destacaram no apoio às universidades, à ciência, à tecnologia, à cultura e à 
arte, integrantes, preferencialmente, do mundo do trabalho, dos negócios, artístico, cultural e da rede de 
organizações não‐governamentais. 
 
Capítulo V 
DA COORDENADORIA DE CONTROLE INTERNOArt. 19. A Coordenadoria de Controle Interno da UFBA é um órgão de fiscalização e controle interno 
vinculado ao Conselho de Curadores, conforme estabelecido no art. 28 do Estatuto. 
§ 1º A Coordenadoria de Controle Interno da UFBA gozará de autonomia e independência necessárias 
ao cumprimento das suas atribuições. 
§ 2º A Coordenadoria de Controle Interno da UFBA será dirigida pelo Coordenador Geral, cuja 
designação, nomeação, exoneração ou dispensa será submetida, pelo Reitor, à aprovação do Conselho 
de Curadores e, após, à aprovação da Controladoria Geral da União. 
§ 3º O Coordenador Geral será escolhido entre os servidores docentes ou técnico‐ administrativos do 
quadro permanente da Universidade, preferencialmente com curso superior em Ciências Contábeis, 
Administração, Economia ou Direito, para mandato de dois anos, podendo haver recondução. 
§ 4º Os relatórios técnicos das auditorias e demais atividades realizadas pela Coordenadoria de 
Controle Interno nas Unidades Universitárias e demais órgãos da Universidade serão levados ao 
conhecimento do Conselho de Curadores, do dirigente do órgão auditado e do Reitor. 
§ 5º Estrutura, organização, competências e funcionamento da Coordenadoria de Controle Interno 
serão estabelecidos em Regulamento próprio. 
 
TÍTULO III 
DA REITORIA 
 
Art. 20. À Reitoria, órgão executivo, incumbe superintender, coordenar e fiscalizar as atividades da 
Universidade, por intermédio das seguintes Pró‐Reitorias: 
I‐ Ensino de Graduação; 
II‐ Ensino de Pós‐Graduação; 
III‐ Pesquisa, Criação e Inovação; 
IV‐ Extensão Universitária; 
V‐ Planejamento e Orçamento; 
VI‐ Administração Geral; 
VII‐ Desenvolvimento de Pessoas; 
VIII‐ Ações Afirmativas e Assistência Estudantil. 
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Art. 21. As Pró‐Reitorias serão dirigidas por Pró‐Reitores, nomeados pelo Reitor, e terão as seguintes 
atribuições gerais: 
I‐ executar as decisões dos Órgãos Colegiados superiores pertinentes à sua área de atuação; 
II‐ supervisionar as atividades dos órgãos responsáveis pela execução das atividades de sua área de 
atuação; 
III‐ formular diagnóstico dos problemas da Instituição e propor políticas de atuação nas áreas 
específicas de atuação; 
IV‐ apoiar os Órgãos Colegiados superiores no estabelecimento de políticas de atuação 
correspondentes à sua área específica; 
V‐ assessorar os Órgãos Colegiados nos processos de deliberação sobre matérias relacionadas aos 
seus campos de atuação. 
§ 1º As atribuições específicas de cada Pró‐Reitoria serão detalhadas no Regimento da Reitoria. 
§ 2º O Reitor poderá delegar ao Vice‐Reitor e aos Pró‐Reitores outros encargos eventuais ou 
permanentes e constituir comissões de assessoramento superior para atividades específicas. 
 
Art. 22. Para a gestão e execução de atividades específicas da administração acadêmica, a Reitoria 
contará com Órgãos Estruturantes, definidos e compostos conforme os artigos 32 e 33 do Estatuto. 
Parágrafo único. As propostas relativas à reestruturação de Órgão Estruturante serão submetidas à 
apreciação do Conselho Universitário, acompanhadas de exposição de motivos e estudos técnicos 
realizados pela Reitoria. 
 
Art. 23. Os Órgãos Estruturantes da Reitoria compõem os seguintes sistemas institucionais: 
I ‐ Sistema Universitário de Tecnologia da Informação; 
II ‐ Sistema Universitário de Bibliotecas; 
III ‐ Sistema Universitário de Saúde; 
IV ‐ Sistema Universitário de Museus; 
V ‐ Sistema Universitário Editorial. 
§ 1º Cada Sistema Universitário terá um Superintendente, nomeado pelo Reitor, e um Conselho 
Deliberativo, cuja composição, competências e funcionamento estarão definidos em Regimento próprio, 
aprovado pelo Conselho Universitário. 
§ 2º Os Sistemas Universitários poderão ser compostos por unidades de gestão e execução, cuja 
finalidade, estrutura e funcionamento estarão definidos nos respectivos Regimentos. 
 
Art. 24. A Reitoria terá Regimento próprio, aprovado pelo Conselho Universitário, que disporá sobre: 
I‐ administração das atividades protocolares, de representação, comunicação, relações internacionais 
e geração de parcerias; 
II‐ coordenação, assistência e fiscalização das Pró‐Reitorias e assessorias; 
III‐ coordenação, assistência e acompanhamento das Unidades Universitárias; 
IV‐ superintendência dos Órgãos Estruturantes; 
V‐ organização e funcionamento da infra‐estrutura dos campi universitários; 
VI‐ gestão das instalações de uso coletivo de ensino, pesquisa e extensão sob sua responsabilidade; 
VII‐ apoio às atividades dos Órgãos Colegiados superiores; 
VIII‐ administração das atividades de ouvidoria, correição e controle interno. 
 
Art. 25. A Unidade Seccional de Correição estará vinculada diretamente à Reitoria. 
§ 1º A Unidade Seccional de Correição terá um Coordenador, com mandato de dois anos, devendo 
ser servidor ocupante de cargo efetivo de nível superior da Universidade e, preferencialmente, com 
formação em Direito. 
§ 2º No desempenho de suas atividades, a Unidade Seccional utilizará como instrumentos: 
I- investigação preliminar; 
II‐ inspeção; 
III‐ sindicância; 
IV‐ processo administrativo geral; 
V‐ processo administrativo disciplinar. 
§ 3º Os integrantes da Unidade Seccional de Correição, no desempenho de suas atividades, terão livre 
acesso a todas as Unidades Universitárias e Órgãos da Universidade, sendo os respectivos dirigentes 
obrigados a prestar informações, quando solicitadas oficialmente mediante instrumento próprio. 
§ 4º A Unidade Seccional de Correição reger‐se‐á por este Regimento Geral e pelo Regimento da 
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Reitoria. 
 
Art. 26. Todas as sindicâncias e processos administrativos disciplinares em que figure a Universidade 
como interessada processar‐se‐ão de forma exclusiva na Unidade Seccional de Correição, que atuará de 
oficio ou por provocação dos dirigentes dos órgãos da Administração Central e das Unidades 
Universitárias. 
Parágrafo único. A Unidade Seccional de Correição contará com pessoal permanente, constituindo 
comissões de sindicância e processantes, cujas conclusões serão encaminhadas à Consultoria Jurídica 
e com parecer desta à autoridade competente para arquivamento ou aplicação de penalidades. 
 
Art. 27. A Ouvidoria Geral da UFBA estará vinculada administrativamente à Reitoria. 
§ 1º A Ouvidoria Geral da UFBA terá um Ouvidor, servidor da Universidade, ativo ou inativo, indicado 
pelo Reitor e aprovado pelo Conselho Universitário, para mandato de dois anos, permitida uma 
recondução. 
§ 2º A Ouvidoria Geral da UFBA reger‐se‐á pelo Regimento da Reitoria e por Regulamento próprio. 
 
TÍTULO IV 
DOS ÓRGÃOS DE ENSINO, PESQUISA E EXTENSÃO 
Capítulo I 
DAS UNIDADES UNIVERSITÁRIAS 
Seção I 
Da Enumeração e das Disposições Gerais 
 
Art. 28. São Unidades Universitárias da UFBA: 
I‐ Escola de Administração; 
II‐ Escola de Belas Artes; 
III‐ Escola de Dança; 
IV‐ Escola de Enfermagem; 
V‐ Escola de Medicina Veterinária; 
VI‐ Escola de Música; 
VII‐ Escola de Nutrição; 
VIII‐ Escola de Teatro; 
IX‐ Escola Politécnica; 
X‐ Faculdade de Arquitetura; 
XI‐ Faculdade de Ciências Contábeis; 
XII‐ Faculdade de Ciências Econômicas; 
XIII‐ Faculdade de Comunicação; 
XIV‐ Faculdade de Direito; 
XV‐ Faculdade de Educação; 
XVI‐ Faculdade de Farmácia; 
XVII‐ Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas; 
XVIII‐ Faculdade de Medicina da Bahia; 
XIX‐ Faculdade de Odontologia; 
XX‐ Instituto de Biologia; 
XXI‐ Instituto de Ciências Ambientais e Desenvolvimento Sustentável; 
XXII‐ Instituto de Ciência da Informação; 
XXIII‐ Instituto de Ciências da Saúde; 
XXIV‐ Instituto de Física; 
XXV‐ Instituto de Geociências; 
XXVI‐ Instituto de Humanidades, Artes e Ciências Professor Milton Santos; 
XXVII‐ Instituto de Letras; 
XXVIII‐ Instituto de Matemática; 
XXIX‐ Instituto de Psicologia; 
XXX‐ Instituto de Química; 
XXXI‐ Instituto de Saúde Coletiva; 
XXXII‐ InstitutoMultidisciplinar em Saúde. 
Parágrafo único. As Unidades Universitárias que compartilham espaços e instalações poderão, em 
casos excepcionais, constituir estruturas conjuntas de governança e administração de mesmo nível 
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hierárquico que as próprias Unidades Universitárias, previstas nos respectivos Regimentos Internos e 
aprovadas pelo Conselho Universitário. 
 
Art. 29. Propostas de criação, modificação e extinção de Unidades Universitárias serão submetidas 
pela Reitoria ao Conselho Universitário, acompanhadas de exposição de motivos e estudos técnicos 
necessários à decisão do referido Conselho. 
§ 1º Os documentos mencionados no caput deste artigo serão divulgados na comunidade 
universitária, no mínimo, sessenta dias antes de submetidos à deliberação do plenário do Conselho 
Universitário. 
§ 2º As propostas de criação ou extinção de Unidades Universitárias somente poderão ser aprovadas 
por maioria absoluta. 
 
Seção II 
Das Formas de Organização 
 
Art. 30. As Unidades Universitárias estarão organizadas conforme a seguinte estrutura básica: 
I‐ Congregação; 
II‐ Diretoria; 
III‐ Colegiados; 
IV‐ outros órgãos definidos nos seus Regimentos Internos. 
 
Art. 31. Além do especificado no art. 38 do Estatuto, a composição da Congregação poderá ser 
acrescida de outros membros, vinculados à área acadêmica ou de conhecimento de cada Unidade 
Universitária, conforme estabelecido no seu Regimento Interno. 
 
Art. 32. A Diretoria poderá delegar competências a órgãos executivos encarregados da gestão 
acadêmica geral e da gerência administrativa e financeira, a ela subordinados, conforme estabelecido no 
Regimento Interno da Unidade Universitária. 
 
Art. 33. Haverá um Colegiado para cada curso ou programa de graduação e de pós‐ graduação. 
§ 1º Quando dois cursos tiverem em comum mais de dois terços dos componentes curriculares dos 
respectivos projetos curriculares, haverá um só Colegiado. 
§ 2º A composição do Colegiado será definida no Regimento Interno da Unidade Universitária, 
obedecendo aos princípios dispostos no Regulamento de Ensino de Graduação e Pós‐Graduação 
(REGPGP). 
§ 3º Nos casos previstos no art. 43 do Estatuto, o Regimento próprio do Colegiado deverá: 
I‐ definir a Unidade Universitária que o sediará; 
II‐ ser aprovado pelas Congregações das Unidades Universitárias às quais se vincula; 
III‐ estabelecer a sua composição, em conformidade com os princípios dispostos no Regulamento de 
Ensino de Graduação e Pós‐Graduação. 
 
Art. 34. Compete ao Colegiado: 
I‐ eleger, dentre seus membros docentes, o seu Coordenador e o Vice‐Coordenador; 
II‐ fixar diretrizes e orientações didáticas para o respectivo curso ou programa, visando a garantir sua 
qualidade didático‐pedagógica; 
III‐ fixar normas para a coordenação interdisciplinar e promover a integração horizontal e vertical dos 
componentes curriculares; 
IV‐ coordenar e fiscalizar as atividades do curso, incluindo acompanhamento e avaliação dos 
componentes curriculares do curso ou programa; 
V‐ propor e aprovar, em primeira instância, alterações no projeto pedagógico e no currículo do curso, 
bem como criação e extinção de componentes curriculares; 
VI‐ fixar normas quanto a inscrição em componentes curriculares e integralização do curso; 
VII‐ responsabilizar‐se pelas informações referentes aos sistemas oficiais de avaliação; 
VIII‐ subsidiar a instância competente no que se refere a processos de revalidação de diplomas de 
cursos de graduação ou de reconhecimento de diplomas de cursos de pós‐ graduação expedidos por 
estabelecimentos estrangeiros de ensino superior; 
IX‐ cumprir e fazer cumprir as decisões da Congregação e dos Órgãos Superiores de Deliberação 
sobre matérias relativas ao curso; 
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X‐ encaminhar à instância competente solicitação de providências que viabilizem o seu funcionamento; 
XI‐ planejar, semestralmente, a oferta de componentes curriculares e definir o horário dos mesmos, de 
forma a assegurar o cumprimento do turno estabelecido para o curso; 
XII‐ articular‐se com órgãos diversos que possibilitem a implementação de ações no campo da 
pesquisa e da extensão; 
XIII‐ decidir sobre procedimentos referentes aos pedidos de matrícula, trancamento ou aproveitamento 
de estudos; 
XIV‐ deliberar sobre solicitações, recursos ou representações de alunos referentes à vida acadêmica 
dos mesmos, na forma definida no Regulamento de Ensino de Graduação e Pós‐ Graduação. 
XV‐ participar diretamente dos programas de avaliação da Instituição, com vistas à manutenção da 
boa qualidade de seus cursos; 
XVI‐ apreciar o Relatório Anual das atividades do curso elaborado pelo Coordenador, encaminhando‐
o à Congregação; 
XVII‐ deliberar, em grau de recurso, sobre decisões do Coordenador do Colegiado; 
XVIII‐ exercer as demais atribuições conferidas por lei, no Regulamento de Ensino de Graduação e 
Pós‐Graduação, no Regimento Interno da Unidade Universitária ou no seu Regimento próprio, quando 
for o caso. 
 
Art. 35. São atribuições do Coordenador de Colegiado: 
I‐ presidir as reuniões do Colegiado; 
II‐ executar as deliberações do Colegiado e gerir as atividades do curso ou programa; 
III‐ representar o Colegiado junto à Congregação, aos demais órgãos da Universidade e a outras 
instituições; 
IV‐ assessorar a instância competente quanto ao planejamento semestral das atividades de ensino de 
graduação e de pós‐graduação da Unidade Universitária; 
V‐ elaborar o Relatório Anual de Atividades e submetê‐lo ao plenário do Colegiado; 
VI‐ organizar, em consonância com a direção da Unidade Universitária, procedimentos e ritos 
referentes a colações de grau. 
 
Art. 36. A Unidade Universitária pode optar pela estrutura departamental, caso fique demonstrado o 
atendimento aos seguintes critérios: 
I ‐ porte, variedade e complexidade de cursos e programas; 
II ‐ diversidade de subáreas do seu campo de atuação; 
III ‐ operacionalidade das suas atividades acadêmicas e administrativas. 
Parágrafo único. Nos casos previstos no caput deste artigo, os Departamentos serão compostos por 
docentes integrantes da carreira do Magistério Superior em número não inferior a vinte Professores‐
Equivalentes. 
 
Art. 37. Nas Unidades Universitárias que optarem pela estrutura departamental, são competências do 
Departamento: 
I‐ eleger, em escrutínio secreto, dentre seus membros pertencentes ao quadro docente permanente, 
o Chefe e Vice‐Chefe, para mandato de dois anos, permitida uma recondução; 
II‐ organizar o Plano Anual de Trabalho, integrando os planos individuais de trabalho dos seus 
membros; 
III‐ propor admissão, regime de trabalho, relotação ou afastamento de professores; 
IV‐ avaliar, anualmente, a execução de planos, programas e atividades planejadas; 
V‐ aprovar o Relatório Anual de suas atividades, elaborado pelo Chefe do Departamento, 
encaminhando‐o à Congregação da Unidade Universitária; 
VI‐ outras competências, a serem definidas no Regimento Interno da Unidade Universitária. 
 
Art. 38. Nas Unidades Universitárias que optarem pela estrutura departamental, são atribuições do 
Chefe do Departamento: 
I‐ superintender as atividades do Departamento; 
II‐ supervisionar a elaboração da proposta orçamentária do Departamento e sua execução; 
III‐ coordenar a elaboração dos planos de trabalho, em cooperação com os professores em exercício; 
IV‐ elaborar o Relatório Anual das atividades do Departamento e submetê‐lo ao plenário; 
V‐ controlar o cumprimento das atividades acadêmicas do docente, segundo o seu regime de trabalho; 
VI‐ outras funções, a serem definidas no Regimento Interno da Unidade Universitária. 
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. 57 
Seção III 
Dos Órgãos Complementares 
 
Art. 39. Para melhor desenvolver suas atividades de ensino, pesquisa e extensão, as UnidadesUniversitárias poderão constituir Órgãos Complementares, com a finalidade de colaborar na gestão, 
deliberação e execução dessas atividades, relacionadas, especificamente, à sua área de atuação. 
§ 1º A proposta de criação de Órgão Complementar, bem como seu anteprojeto de Regimento Interno 
serão submetidos à aprovação da Congregação da Unidade Universitária a que estará vinculado. 
§ 2º A criação do Órgão Complementar dar‐se‐á mediante submissão ao Conselho Universitário de 
proposta fundamentada, na qual a Unidade Universitária justificará, através de exposição de motivos, a 
necessidade dessa colaboração para a realização de atividades de ensino, pesquisa e extensão. 
§ 3º A extinção de Órgão Complementar poderá ser proposta ao Conselho Universitário pela 
Congregação da Unidade Universitária a que estiver vinculado ou pelo seu Conselho Deliberativo, ouvida 
a respectiva Congregação, ou pelo próprio Conselho Universitário. 
§ 4º Na hipótese de Órgão Complementar de caráter interdisciplinar ou multidisciplinar, vinculado a 
mais de uma Unidade Universitária, a proposta de criação ou de extinção será submetida à aprovação da 
Congregação de cada uma delas. 
 
Art. 40. O Órgão Complementar terá um Conselho Deliberativo, cuja composição, competências e 
funcionamento serão definidos em Regimento Interno, devendo o Diretor da Unidade Universitária 
proponente ser o seu Presidente. 
Parágrafo único. Na hipótese em que o Órgão Complementar seja vinculado a mais de uma Unidade 
Universitária, os Diretores de todas elas serão membros do seu Conselho Deliberativo e o seu Presidente 
será escolhido entre eles, mediante procedimento a ser definido no Regimento Interno. 
 
Art. 41. O Órgão Complementar terá um Coordenador, necessariamente do quadro permanente da 
Universidade, escolhido pelo seu Conselho Deliberativo, com mandato definido no seu Regimento Interno, 
não devendo ultrapassar dois anos, admitida uma recondução. 
 
Art. 42. O Órgão Complementar não terá lotação própria de pessoal docente e técnico‐ administrativo. 
Art. 43. O Órgão Complementar não se constituirá em unidade orçamentária. 
§ 1º A manutenção das atividades do Órgão Complementar será garantida por recursos provenientes 
de receitas extra‐orçamentárias por ele arrecadadas, geradas por atividades pertinentes ao Órgão e, 
excepcionalmente, por receitas orçamentárias da Unidade Universitária a que estiver vinculado, conforme 
deliberação da respectiva Congregação. 
§ 2º Na hipótese em que o Órgão Complementar seja vinculado a mais de uma Unidade Universitária, 
todas participarão da manutenção das atividades do Órgão, considerando‐se o grau de envolvimento de 
cada uma delas. 
§ 3º Das receitas geradas por atividades pertinentes ao Órgão Complementar, um percentual de 
repasse à Unidade Universitária deverá ser definido pela Congregação, salvo nos casos em que haja 
impedimento de natureza legal ou quando os recursos sejam apenas suficientes ao desenvolvimento das 
atividades. 
§ 4º O repasse a ser definido não deverá ser inferior a dez por cento da receita gerada. 
§ 5º Na hipótese em que o Órgão Complementar seja vinculado a mais de uma Unidade Universitária, 
a distribuição do repasse será definida pelo seu Conselho Deliberativo. 
 
Art. 44. Incorpora‐se ao patrimônio da Universidade, sob guarda e responsabilidade da Unidade 
Universitária, todos os bens adquiridos com recursos captados pelo Órgão Complementar. 
Parágrafo único. Na hipótese de Órgão Complementar vinculado a mais de uma Unidade Universitária, 
a guarda e responsabilidade pelos bens adquiridos será definida pelo seu Conselho Deliberativo. 
 
Art. 45. O Plano Anual de Trabalho, o Relatório Anual de Gestão e a Prestação de Contas do Órgão 
Complementar serão submetidos à aprovação do seu Conselho Deliberativo e, posteriormente, à 
Congregação da Unidade Universitária a que estiver vinculado. 
Parágrafo único. Na hipótese de Órgão Complementar vinculado a mais de uma Unidade Universitária, 
o Plano Anual de Trabalho, o Relatório Anual de Gestão e a Prestação de Contas serão submetidos a 
todas as Congregações. 
 
 
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TÍTULO V 
DOS ÓRGÃOS CONSULTIVOS E DAS COMISSÕES CENTRAIS 
Capítulo I 
DOS ÓRGÃOS CONSULTIVOS 
 
Art. 46. Os Órgãos Consultivos da Universidade, nos termos do art. 14 do Estatuto, são os seguintes: 
I‐ Conselho Consultivo Social; 
II‐ Conselho Consultivo de Aposentados, Eméritos e Ex‐Alunos; 
III‐ Conselho Social de Vida Universitária; 
IV‐ Consultoria Jurídica. 
Parágrafo único. Os órgãos de que trata o caput deste artigo terão Regimentos próprios, aprovados 
pelo Conselho Universitário. 
 
Seção I 
Do Conselho Consultivo Social 
 
Art. 47. O Conselho Consultivo Social (CCS), órgão de caráter consultivo e propositivo em matéria 
referente à interface Universidade‐sociedade, tem por finalidade: 
I‐ promover relações efetivas de colaboração entre a Universidade e outras instituições, órgãos de 
Governo, entidades e organizações nos domínios da cultura, da ciência, das artes, das tecnologias, do 
trabalho e da produção; 
II‐ formular propostas de desenvolvimento institucional em suas relações com políticas públicas de 
desenvolvimento sustentável, nacional, regional ou local; 
III‐ formular propostas visando à otimização de recursos e maximização de resultados no que respeita 
ao cumprimento de sua missão social; 
IV‐ identificar e propor apoios e recursos garantidores da expansão da Universidade, sempre aliada à 
busca incessante da excelência no cumprimento de seus objetivos institucionais. 
 
Art. 48. O Conselho Consultivo Social reunir‐se‐á, ordinariamente, a cada dois anos, ou 
extraordinariamente, convocado pelo Reitor ou a requerimento da maioria dos membros do Conselho 
Universitário, com a seguinte composição: 
I‐ Reitor, que o presidirá; 
II‐ representante das sociedades científicas; 
III‐ representante das organizações da indústria e do comércio; 
IV‐ representante das organizações dos trabalhadores; 
V‐ representante das organizações do terceiro setor; 
VI‐ representante dos movimentos sociais organizados; 
VII‐ representante do Conselho Universitário; 
VIII‐ representante do Conselho Superior de Ensino, Pesquisa e Extensão; 
IX‐ representação do corpo docente; 
X‐ representação do corpo técnico‐administrativo; 
XI‐ representação do corpo discente, na forma da Lei. 
§ 1º Os membros referidos nos incisos II a VI terão mandato de dois anos e serão escolhidos pelo 
Conselho Universitário, em votação secreta, a partir de indicações em lista tríplice encaminhadas pelas 
entidades representativas dos setores contemplados. 
§ 2º Os membros referidos nos incisos VII e VIII terão mandato de dois anos e serão eleitos por seus 
pares, em votação secreta. 
§ 3º Os membros referidos nos incisos IX e X terão mandato de dois anos e serão eleitos por seus 
pares, dentre os membros do Conselho Universitário, em votação secreta. 
 
Seção II 
Do Conselho Consultivo de Eméritos, Aposentados e Ex‐alunos 
 
Art. 49. O Conselho Consultivo de Eméritos, Aposentados e Ex‐Alunos (CCEX), órgão de caráter 
consultivo e propositivo em matéria referente à integração dos segmentos que contribuíram para a história 
da Universidade Federal da Bahia, tem por finalidade: 
I‐ promover ações destinadas a fortalecer os laços entre a comunidade universitária e os segmentos 
de ex‐docentes, ex‐servidores técnico‐administrativos e ex‐alunos; 
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. 59 
II‐ formular propostas de integração de ex‐docentes, ex‐servidores técnico‐ administrativos e ex‐alunos 
nas atividades de ensino, pesquisa e extensão universitária, visando incorporar a experiência acumulada 
pelos egressos da Instituição; 
III‐ assessorar, quando solicitado, os Órgãos Superiores de Deliberação, a Reitoria, as Unidades 
Universitárias e outras instâncias acadêmicas da UFBA no encaminhamento de questões que interferemno cumprimento de sua missão social; 
IV‐ propor à Reitoria e demais órgãos da UFBA apoios e recursos garantidores da expansão qualificada 
da Universidade, sempre aliada à busca incessante da excelência no cumprimento de seus objetivos 
institucionais. 
 
Art. 50. O Conselho Consultivo de Eméritos, Aposentados e Ex‐Alunos reunir‐se‐á anualmente ou, 
extraordinariamente, convocado pelo Reitor ou a requerimento da maioria dos membros do Conselho 
Universitário, com a seguinte composição: 
I‐ Reitor, que o presidirá; 
II ‐ os ex‐reitores; 
III‐ os professores eméritos; 
IV‐ dois representantes dos professores aposentados; 
V‐ dois representantes dos servidores técnico‐administrativos aposentados; 
VI‐ representante do Conselho Universitário; 
VII‐ representante do Conselho Superior de Ensino, Pesquisa e Extensão; 
VIII‐ representante do Conselho de Curadores; 
IX ‐ representantes dos ex‐alunos. 
§ 1º O segmento dos ex‐alunos se fará representar no Conselho Consultivo de Eméritos, Aposentados 
e Ex‐Alunos em proporção equivalente à representação estudantil nos Órgãos Colegiados, previsto no 
art. 9º deste Regimento. 
§ 2º Os membros do Conselho Consultivo de Eméritos, Aposentados e Ex‐Alunos referidos nos incisos 
IV, V e IX terão mandato de dois anos e serão escolhidos pelo Conselho Universitário, em votação 
secreta, a partir de indicações em lista tríplice encaminhadas por foros representativos dos setores 
contemplados. 
§ 3º Os membros referidos nos incisos VI a VIII terão mandato de dois anos e serão eleitos por seus 
pares, dentre os membros dos respectivos Órgãos Colegiados, em votação secreta. 
 
Seção III 
Do Conselho Social de Vida Universitária 
 
Art. 51. O Conselho Social de Vida Universitária (CSVU), órgão de caráter consultivo e propositivo em 
matéria referente à integração dos segmentos que compõem a comunidade universitária da UFBA, 
compõe‐se de: 
I‐ Pró‐Reitor de Ações Afirmativas e Políticas Estudantis, que será seu Presidente; 
II‐ Pró‐Reitor de Desenvolvimento de Pessoas, que será seu Vice‐Presidente; 
III‐ Pró‐Reitor de Ensino de Graduação; 
IV‐ Pró‐Reitor de Ensino de Pós‐Graduação; 
V‐ Superintendente Acadêmico; 
VI‐ representante do Conselho Universitário; 
VII‐ representante do Conselho Superior de Ensino, Pesquisa e Extensão; 
VIII‐ representante do corpo docente; 
IX‐ representante do corpo técnico‐administrativo; 
X‐ representação do corpo discente, na forma da Lei. 
§1° Os membros referidos nos incisos VI e VII do caput deste artigo terão mandato de dois anos e 
serão eleitos por seus pares, em votação secreta, sendo admitida uma recondução; 
§2° Os representantes mencionados nos incisos VIII e IX do caput deste artigo serão eleitos por seus 
pares, em pleito conduzido pelas respectivas entidades de representação, para mandato de dois anos, 
com direito a uma recondução. 
 
Art. 52. Ao Conselho Social de Vida Universitária compete: 
I‐ propor à Reitoria e demais órgãos da UFBA ações no âmbito da vida universitária que fortaleçam a 
integração entre docentes, discentes e servidores técnico‐administrativos; 
II‐ supervisionar a execução das políticas de ações afirmativas e de assistência estudantil aprovadas 
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pelo Conselho Universitário; 
III‐ assessorar, quando solicitado, os Conselhos Superiores da UFBA, a Reitoria, as Unidades 
Universitárias e outras instâncias acadêmicas no encaminhamento de questões pertinentes ao 
desempenho acadêmico; 
IV‐ julgar, em grau de recurso, a aplicação das penas disciplinares aos alunos assistidos pelos serviços 
componentes da Assistência Estudantil, conforme previsto nos Regulamentos específicos. 
 
Seção IV 
Da Consultoria Jurídica 
 
Art. 53. A Consultoria Jurídica vincula‐se diretamente ao Gabinete do Reitor, cabendo‐lhe opinar sobre 
a juridicidade das propostas que lhe forem submetidas, tais como minutas de convênios e contratos, 
incluindo‐se termos de ajustes, e outros instrumentos que projetem responsabilidades encargos ou 
benefícios. 
 
CAPÍTULO II 
DAS COMISSÕES CENTRAIS 
 
Art. 54. A Universidade disporá das seguintes Comissões Centrais: 
I ‐ I- Comissão Própria de Avaliação; 
II‐ Comissão Central de Ética; 
III‐ Comissão Permanente de Arquivo. 
Parágrafo único. Os órgãos de que trata o caput deste artigo terão Regimentos próprios, aprovados 
pelo Conselho Universitário. 
 
Seção I 
Da Comissão Própria de Avaliação 
 
Art. 55. A Comissão Própria de Avaliação (CPA) terá a seguinte composição: 
I‐ representante do Reitor, que será o Coordenador; 
II‐ dois docentes com experiência em avaliação institucional e/ou gestão de educação superior, 
designados pela Administração Central; 
III‐ representante do corpo docente; 
IV‐ representante do corpo técnico‐administrativo; 
V‐ membro do Conselho Estadual de Educação, representando a sociedade civil; 
VI ‐ representação do corpo discente, na forma da Lei. 
§1° Os membros referidos nos incisos I a V terão mandato de dois anos, admitida uma recondução; 
§2° A representação estudantil terá mandato de um ano, permitida uma recondução. 
 
Art. 56. A Comissão Própria de Avaliação tem como função: 
I‐ coordenar processos internos de avaliação, sistematização e análise, em todos os níveis de atividade 
e áreas de atuação; 
II‐ realizar estudos e pesquisas pertinentes ao desempenho acadêmico, institucional e de gestão da 
Universidade Federal da Bahia; 
III‐ atuar como interface perante o Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior – SINAES; 
IV‐ prestar as informações solicitadas pelo INEP/Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas 
Educacionais Anísio Teixeira; 
V‐ propor à Reitoria e demais órgãos deliberativos ações que promovam uma cultura de avaliação no 
âmbito da UFBA e que fortaleçam o desempenho de docentes, discentes e servidores técnico‐
administrativos; 
VI‐ zelar pelo cumprimento do Plano de Desenvolvimento Institucional; 
VII‐ assessorar, quando solicitada, os Conselhos Superiores da UFBA, a Reitoria, as Unidades 
Universitárias e outras instâncias acadêmicas no encaminhamento de questões referentes a desempenho 
acadêmico e institucional. 
 
 
 
 
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. 61 
Seção II 
Da Comissão Central de Ética 
 
Art. 57. A Comissão Central de Ética (CCE) da UFBA tem a seguinte composição: 
I‐ representante do Reitor, que será o Coordenador; 
II‐ representante das comissões de ética de cada área do conhecimento, escolhidos pela 
Administração Central; 
III‐ representante docente com formação pós‐graduada em Filosofia; 
IV‐ representante docente com formação pós‐graduada em Direito; 
V‐ representante do corpo técnico‐administrativo; 
VI‐ membro do Conselho Estadual de Educação, representando a sociedade civil; 
VII‐ representação do corpo discente, na forma da Lei. 
§1° Os membros da Comissão Central de Ética, referidos nos incisos I a VI terão mandato de dois 
anos, admitida uma recondução; 
§2° A representação estudantil terá mandato de um ano, permitida uma recondução. 
 
Art. 58. A Comissão Central de Ética tem como função: 
I‐ supervisionar e zelar pelo cumprimento das normas de conduta ética na Universidade; 
II‐ acompanhar as atividades dos Comitês de Ética em Pesquisa (CEPs) em humanos e animais, 
conforme a legislação pertinente; 
III‐ promover estudos e pesquisas pertinentes ao tema da ética acadêmica, institucional e de gestão 
da Universidade Federal da Bahia; 
IV‐ propor à Reitoria e demais órgãos deliberativos ações que promovam a ética acadêmica e 
profissional e a integridade científica na comunidade universitária; 
V‐ elaborar códigos de ética científica, profissional, estudantil e de gestão institucional, a serem 
aprovados pelos Conselhos Superiores da UFBA; 
VI‐ assessorar e apoiar, quando solicitada, os Conselhos Superiores, a Reitoria, as Unidades 
Universitárias e outras instâncias acadêmicas no encaminhamento de questões referentes à éticaacadêmica e profissional e à integridade científica e estética. 
 
Seção III 
Da Comissão Permanente de Arquivo 
 
Art. 59. A Comissão Permanente de Arquivo terá a seguinte composição: 
I‐ representante do Reitor, que será o Coordenador; 
II‐ três professores indicados pelo Instituto de Ciência da Informação; 
III‐ quatro professores indicados pelo Conselho Universitário, dentre especialistas na área; 
IV‐ um representante estudantil. 
 
Art. 60. A Comissão Permanente de Arquivo terá como função: 
I‐ propor, implementar e acompanhar a execução de uma política de arquivo para as Unidades 
Universitárias; 
II‐ estabelecer normas e diretrizes para o funcionamento dos arquivos setoriais nas unidades 
acadêmicas e administrativas; 
III‐ orientar as ações necessárias à preservação de documentos de valor permanente nos respectivos 
núcleos de arquivamento; 
IV‐ assessorar, quando solicitada, os Conselhos Superiores, a Reitoria, as Unidades Universitárias e 
outras instâncias acadêmicas no encaminhamento de questões referentes a arquivo e gestão de 
documentos. 
 
TÍTULO VI 
DAS ATIVIDADES‐FIM DA UNIVERSIDADE 
Capítulo I 
DO ENSINO 
 
Art. 61. O ensino será ministrado nas seguintes modalidades de cursos: 
I‐ graduação; 
II‐ sequenciais; 
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. 62 
III‐ pós‐graduação stricto sensu. 
Parágrafo único. A Universidade poderá instituir cursos nas formas presencial, semipresencial e à 
distância, respeitada a legislação em vigor. 
 
Art. 62. Regras referentes a planejamento acadêmico, execução e avaliação de cursos, bem como 
seleção, ingresso, matrícula e avaliação de alunos serão estabelecidas no Regulamento de Ensino de 
Graduação e Pós‐Graduação (REGPG), aprovado pelo Conselho Acadêmico de Ensino. 
 
Art. 63. Os cursos de graduação destinam‐se à formação universitária que habilita à obtenção de graus 
acadêmicos básicos e ao exercício profissional, compreendendo as seguintes modalidades: 
I‐ Licenciatura: destina‐se à formação de professores para atuar na educação básica, conferindo 
diploma de Licenciado; 
II‐ Bacharelado: destina‐se à formação nas diversas profissões, carreiras e campos do saber, 
concedendo o grau de Bacharel; 
III‐ Formação Profissional: destina‐se à formação nas diversas profissões ou carreiras regulamentadas, 
conferindo diploma com as respectivas denominações; 
IV‐ Superior de Tecnologia: destina‐se à formação em áreas técnicas específicas, conferindo diploma 
de Tecnólogo; 
V‐ Bacharelado Interdisciplinar: destina‐se à formação geral humanística, científica e artística, com 
currículos flexíveis e articulados, possibilitando o aprofundamento num dado campo do conhecimento, 
conferindo diploma de Bacharel nas áreas de Artes, Humanidades, Saúde, Ciências e Tecnologias. 
 
Art. 64. Os cursos sequenciais por campo de saber, conjunto de atividades sistemáticas de formação 
alternativas ou complementares aos cursos de graduação, destinam‐se a: 
I‐ egressos do ensino médio que buscam obter complementação de estudos; 
II‐ estudantes de cursos de graduação que desejam ampliar ou diversificar sua formação; III ‐ egressos 
de cursos de graduação em busca de atualização profissional. 
 
Art. 65. Os cursos de pós‐graduação stricto sensu têm por finalidade a formação avançada em 
programas de mestrado e doutorado. 
Parágrafo único. Os cursos definidos no caput deste artigo têm por objetivo proporcionar o 
aprofundamento nos diversos campos de saberes e práticas com elevado padrão de competência 
cientifica, tecnológica e artístico‐cultural, capacitando o egresso a produzir, promover, utilizar, divulgar e 
avaliar, criticamente, os processos geradores do conhecimento, além do adquirido no nível de graduação. 
 
Seção I 
Dos Currículos 
 
Art. 66. Os currículos dos cursos devem contemplar quatro princípios básicos: 
I‐ flexibilidade – possibilita aos estudantes escolherem parte do seu percurso de aprendizagem; 
II‐ autonomia – permite a consolidação da competência dos sujeitos para o aprendizado permanente, 
possibilitando a reflexão sobre teorias, práticas e técnicas do respectivo campo de formação; 
III‐ articulação – busca o diálogo interdisciplinar entre os diversos campos do saber, superando a visão 
fragmentada do conhecimento; 
IV‐ atualização – garante ajustes programáticos periódicos que incorporem os avanços do 
conhecimento. 
 
Art. 67. Todos os currículos devem estar pautados nos princípios e objetivos do projeto pedagógico do 
curso, aprovado pela Congregação da Unidade Universitária, que contemplará: 
I‐ objetivos acadêmicos do curso; 
II‐ perfil esperado para o profissional que será graduado ou pós‐graduado; 
III‐ conhecimentos, competências e habilidades básicas a serem trabalhados com os estudantes ao 
longo do curso. 
Parágrafo único. Os currículos de cursos ou programas de natureza interdisciplinar, envolvendo mais 
de uma Unidade Universitária ou com especificidades de natureza acadêmica, deverão ser aprovados 
pelas Congregações das Unidades Universitárias que o abrigam. 
 
 
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. 63 
Art. 68. A estrutura curricular será constituída por componentes curriculares, definidos como as 
unidades mínimas nas quais se dividem os conteúdos ministrados ao longo do curso e exigem atribuição 
de notas ou menções de aprovação/reprovação em frequência e/ou desempenho. 
§1º Os componentes curriculares compreendem: 
I‐ quanto à modalidade: 
a) disciplina – com alto grau de sistematização no tratamento dos conteúdos curriculares; 
b) atividade – flexível, aberta a alterações, que estimule a participação efetiva dos estudantes, tais 
como oficinas, seminários, ateliês, exposições, produções técnicas e artísticas, projetos de pesquisa, 
laboratórios integrados, trabalhos de campo, módulos disciplinares e outras com características 
semelhantes; 
c) estágio – abrange experiências laborais em instituições, empresas e outras entidades, com 
realização de atividades pertinentes ao objetivo do curso; 
d) atividade complementar – compreende experiências e vivências acadêmicas livremente escolhidas 
pelos estudantes, que podem ser oferecidas pela UFBA ou por outras instituições, com a finalidade de 
ampliar as possibilidades de aprendizagem teórica e prática, mediante aproveitamento de estudos 
extracurriculares, incluindo as demais modalidades descritas neste artigo; 
e) trabalho de conclusão de curso. 
II ‐ quanto à natureza: 
a) obrigatórios – componentes indispensáveis à integralização do curso, cujos conteúdos são 
essenciais à formação pretendida; 
b) optativos – componentes complementares cujos conteúdos configuram‐se em estreita relação com 
a formação pretendida, mas que, individualmente, não são indispensáveis à integralização do curso; 
c) livres – conteúdos programáticos que não guardam, necessariamente, relação direta com a 
formação pretendida. 
§ 2º Os componentes curriculares poderão ser agrupados em eixos com denominações específicas, a 
partir da função no currículo, pertencimento a um dado campo do saber ou compartilhamento de afiliação 
teórica, metodológica ou prática. 
§ 3º A oferta de componentes curriculares deverá, preferencialmente, ser concentrada num único 
turno, com exceção dos cursos que prevêem estudos em tempo integral na sua estrutura curricular. 
§ 4º A alocação dos componentes curriculares será definida nos Regimentos Internos das Unidades 
Universitárias. 
§ 5° As Atividades Complementares serão coordenadas e avaliadas pelos Colegiados. 
 
Seção II 
Do Planejamento, Execução e Avaliação do Ensino 
 
Art. 69. Ementa, programa e plano de ensino de cada componente curricular, elaborados de acordo 
com o projeto pedagógico do curso, deverão ser aprovados pelo Colegiado. 
Parágrafo único. Cada um dos componentes curriculares deverá incluir procedimentos eficientes de 
avaliação do rendimento dos estudantes. 
 
Art. 70. A avaliação de aprendizagem realizar‐se‐ápor período letivo, semestral ou anual, 
compreendendo apuração da frequência às aulas ou atividades e/ou determinação das notas obtidas 
pelos estudantes em trabalhos escolares, testes e provas, quando for o caso. 
Parágrafo único. Estrutura, critérios, processos e instrumentos de avaliação de aprendizagem serão 
estabelecidos no Regulamento de Ensino de Graduação e Pós‐Graduação. 
 
Art. 71. Será considerado aprovado no componente curricular o aluno que obtiver nota final, resultante 
da média das avaliações parciais, igual ou superior a cinco, sem aproximação de decimais. 
 
Seção III 
Da Seleção e do Ingresso 
 
Art. 72. As vagas oferecidas para ingresso em todos os cursos de graduação e de pós‐ graduação 
serão determinadas pelo Conselho Acadêmico de Ensino, divulgadas em edital. 
 
Art. 73. A Universidade propiciará, a cada período letivo, de acordo com as normas vigentes e em 
função das vagas existentes, outras formas de ingresso de estudantes, tais como transferência, 
readmissão, matrícula de portador de diploma, de aluno ouvinte, de aluno especial e matrícula decorrente 
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. 64 
de convênio ou intercâmbio. 
Parágrafo único. O ingresso de que trata o caput deste artigo não poderá afetar as vagas oferecidas 
no processo seletivo e só ocorrerá com autorização do Conselho Acadêmico de Ensino. 
 
Art. 74. A Universidade procederá ao aproveitamento de estudos realizados na UFBA, em outra 
instituição de ensino superior nacional credenciada ou em instituição estrangeira similar, nos termos da 
legislação em vigor e do Regulamento de Ensino de Graduação e Pós‐ Graduação. 
§ 1º Excetuam‐se das exigências do caput deste artigo os aproveitamentos provenientes de 
programas de mobilidade estudantil previstos em convênios e acordos de intercâmbio acadêmico. 
§ 2º O aproveitamento de estudos de que trata o caput deste artigo, quando realizados em instituições 
universitárias, nacionais e estrangeiras, de reconhecido conceito acadêmico, credenciadas pelo Conselho 
Acadêmico de Ensino em processo próprio, será concedido sem necessidade de averiguação de 
equivalência curricular específica. 
 
Seção IV 
Da Matrícula 
 
Art. 75. A matrícula e as inscrições em componentes curriculares para os recém‐ingressos na 
Universidade serão feitas sob a coordenação e controle do órgão competente da Reitoria, nos prazos 
fixados no calendário acadêmico, seguindo normas aprovadas pelo Conselho Superior de Ensino, 
Pesquisa e Extensão. 
Parágrafo único Os Colegiados de cursos terão competência para realizar inscrições semestrais em 
componentes curriculares. 
 
Art. 76. O trancamento total de matrícula ou de inscrição em componentes curriculares poderá ser 
concedido ao aluno regular, nos termos do Regulamento de Ensino de Graduação e Pós‐Graduação. 
 
Seção VI 
Do Ano Letivo 
 
Art. 77. O órgão competente da Reitoria e o Conselho Acadêmico de Ensino organizarão, anualmente, 
o Calendário Acadêmico, que será apreciado pelo Conselho Superior de Ensino, Pesquisa e Extensão. 
§ 1º O ano letivo, independente do ano civil, terá duração de, no mínimo, duzentos dias de trabalho 
acadêmico efetivo. 
§ 2º Para efeito de programação dos vários componentes curriculares, a critério do Conselho 
Acadêmico de Ensino, o ano letivo poderá ser dividido em subperíodos. 
 
Seção VII 
Dos Graus, Diplomas e Certificados 
 
Art. 78. A Universidade conferirá diplomas, correspondendo aos seguintes cursos: 
I ‐ Graduação: 
a) curso superior de tecnologia; 
b) bacharelado interdisciplinar; 
c) bacharelado; 
d) licenciatura; 
e) formação profissional em carreiras específicas. 
II‐ Pós‐Graduação stricto sensu: 
a) mestrado; 
b) doutorado. 
 
Art. 79. A Universidade expedirá os seguintes certificados: 
I ‐ aprovação em componente curricular ou conjunto de componentes curriculares; 
II ‐ conclusão de cursos sequenciais; 
III ‐ conclusão de cursos de especialização, aperfeiçoamento, atualização e extensão. 
 
Art. 80. A emissão de certificados e diplomas e a concessão de graus serão regulamentadas por 
normas específicas aprovadas pelo Conselho Acadêmico de Ensino. 
 
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. 65 
Art. 81. A habilitação à Livre Docência será realizada de acordo com normas estabelecidas em 
resolução do Conselho Superior de Ensino, Pesquisa e Extensão, em conformidade com o disposto na 
legislação em vigor. 
Parágrafo único. Cabe à Congregação da Unidade Universitária a escolha dos membros da Comissão 
Examinadora e dos temas do concurso de Livre Docência e a sua homologação. 
 
Art. 82. A Universidade revalidará, reconhecerá e registrará graus, títulos e diplomas de cursos de 
graduação ou de pós‐graduação expedidos por instituições estrangeiras nas áreas em que possuir cursos 
reconhecidos e avaliados na mesma área de conhecimento e em nível equivalente ou superior, à vista de 
requerimento do interessado, apreciado pelo Conselho Acadêmico de Ensino, em processo instruído de 
acordo com as normas do Regulamento de Ensino de Graduação e Pós‐Graduação. 
Parágrafo único. O processo de que trata o caput deste artigo, no caso de diplomas outorgados por 
instituições universitárias de reconhecido conceito acadêmico credenciadas pelo Conselho Superior de 
Ensino, Pesquisa e Extensão em processo próprio, será realizado sem necessidade de averiguação de 
equivalência curricular, ressalvadas as carreiras submetidas a legislação específica. 
 
CAPÍTULO II 
DA PESQUISA, DA CRIAÇÃO E DA INOVAÇÃO 
 
Art. 83. A pesquisa, a inovação e a criação, em articulação com o ensino e a extensão, terão como 
objetivos a produção de conhecimento, o desenvolvimento de novas técnicas e tecnologias e a exploração 
de formas originais de expressão artística nos diversos campos do saber, da arte e da cultura. 
 
Art. 84 A Universidade incentivará a pesquisa, a inovação e a criação, mediante: I ‐ concessão de 
bolsas em diversas categorias; 
II ‐ formação de pessoal em programas de pós‐graduação stricto sensu próprios ou em instituições 
nacionais e estrangeiras; 
III ‐ concessão de auxílios para execução de projetos; 
IV ‐ realização de convênios com entidades nacionais, estrangeiras e internacionais; 
V ‐ intercâmbio com instituições científicas e culturais, estimulando a cooperação entre 
pesquisadores e artistas, mediante o desenvolvimento de projetos conjuntos; 
VI ‐ divulgação dos resultados dos projetos realizados; 
VII ‐ promoção de eventos, festivais, congressos, simpósios e seminários, bem como participação 
em iniciativas semelhantes de outras instituições. 
 
Art. 85. Os projetos de pesquisa, de inovação tecnológica ou de criação artística serão registrados nas 
Unidades Universitárias em que se realizem, obedecendo aos termos dos respectivos Regimentos 
Internos. 
 
Art. 86 Caberá à Pró‐Reitoria de Pesquisa, Criação e Inovação, de acordo com orientações e diretrizes 
do Conselho Acadêmico de Pesquisa e Extensão: 
I‐ coordenar programas institucionais de fomento e intercâmbio científico, artístico e tecnológico, 
assegurando sua divulgação; 
II‐ estimular e supervisionar programas amplos, de natureza multi e interdisciplinar, que envolvam 
várias Unidades Universitárias ou Órgãos Estruturantes; 
III‐ manter sistemas de informação para acompanhamento, avaliação e divulgação de programas, 
linhas e projetos de pesquisa, criação e inovação desenvolvidos pela Universidade; 
IV‐ prospectar oportunidades de pesquisa, criação e inovação e respectivas fontes de financiamento, 
assegurando sua divulgação. 
 
Art. 87 A participação em programas e projetos de pesquisa, criação e inovação, bem como seus 
produtos e resultados, serão devidamente considerados: 
I‐ na distribuição de encargos e computada para efeito de avaliação de docentes e técnicos; 
II‐ na formação acadêmica dos estudantes e computada na sua integralização curricular. 
 
 
 
 
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. 66 
CAPÍTULO III 
DA EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA 
 
Art. 88. A Universidade manterá diálogo permanente com a sociedade, mediante ações junto ao 
público em geral, comunidades, segmentos organizados da sociedade civil, órgãos governamentais e 
empresas públicas ou privadas, sob a forma de programas ou atividades de extensão universitária. 
 
Art. 89. A Universidade incentivará a extensão universitária através de: 
I‐ concessão de bolsas em categorias diversas; 
II‐ formação de pessoal em programas de trabalho de campo; 
III‐ concessão de auxílios para execução de projetos; 
IV‐ realização de convênios com entidades nacionais, estrangeiras e internacionais; 
V‐ parcerias com instituições, cujos objetivos e ações sejam compatíveis com a política de extensão 
da Universidade; 
VI‐ divulgação da produção acadêmica gerada por atividades ou programas de extensão; 
VII‐ promoção de congressos, simpósios e seminários para estudos e debates sobre a produção 
acadêmica da extensão universitária, bem como participação em iniciativas semelhantes de outras 
instituições. 
 
Art. 90. As ações extensionistas, de caráter eventual ou permanente, compreenderão cursos, eventos, 
serviços, trabalhos de campo ou outras formas de atuação compatíveis com a natureza das atividades 
acadêmicas e com os contextos sócio‐culturais focalizados, conforme as seguintes definições: 
I‐ cursos – atividades sistematizadas de caráter didático, que objetivam a disseminação de princípios, 
conceitos, fundamentos, métodos e tecnologias para público‐alvo definido; 
II‐ eventos – congresso, conferência, seminário, apresentação ou debate público de conhecimentos, 
processos ou produtos culturais, artísticos, científicos e tecnológicos; 
III‐ trabalhos de campo – atividades acadêmicas que visam à produção e socialização de 
conhecimento, realizadas junto a segmentos da sociedade, compreendendo diagnóstico, planejamento, 
treinamento e desenvolvimento de ações de forma participativa; 
IV‐ serviços – ações através das quais habilidades e conhecimentos de domínio da Universidade são 
disponibilizados sob a forma de atendimento, consulta, exame laboratorial, procedimento especializado, 
consultoria, assessoria, assistência técnica e manutenção de equipamento, realização de estudos, 
organização de publicação, elaboração e orientação de projetos e atividades similares. 
 
Art. 91. Os cursos de extensão compreendem as seguintes modalidades: 
I- programas de educação permanente: destinados a difundir conhecimentos e técnicas nas várias 
áreas das ciências, das artes e da cultura, mediante cursos de informação, treinamento e capacitação; 
II‐ programas de atualização, aperfeiçoamento e especialização: têm por finalidade desenvolver, 
aprofundar e diversificar a formação de portadores de diplomas de graduação. 
Parágrafo único. Caberá às instâncias competentes da Unidade Universitária, de acordo com a 
iniciativa dos cursos, estabelecer critérios de seleção dos candidatos para os cursos de extensão, de 
acordo com norma própria estabelecida pelo Conselho Acadêmico de Pesquisa e Extensão. 
 
Art. 92. A participação em atividades ou programas de extensão será devidamente considerada: 
I‐ na distribuição de encargos e computada para efeito de avaliação de docentes e técnicos; 
II‐ na formação acadêmica dos estudantes, sendo computada na integralização curricular. 
 
Art. 93. Constituem instâncias de concepção, elaboração, realização, acompanhamento e avaliação 
de ações extensionistas: 
I‐ Unidade Universitária; 
II‐ Órgão Estruturante ou Complementar. 
 
Art. 94 Caberá à Pró‐Reitoria de Extensão, de acordo com as diretrizes do Conselho Acadêmico de 
Pesquisa e Extensão: 
I‐ coordenar programas de fomento, intercâmbio, divulgação e avaliação da extensão, da pós‐
graduação sentido lato, da educação permanente e dos serviços; 
II‐ estimular e supervisionar programas amplos, de natureza interdisciplinar, que envolvam várias 
Unidades Universitárias ou Órgãos Estruturantes; 
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. 67 
III‐ manter um sistema de informações para registro, acompanhamento e divulgação de programas e 
atividades de extensão, de pós‐graduação lato sensu, de educação permanente e de serviços 
desenvolvidos pela Universidade; 
IV‐ autorizar a expedição de certificados referentes a ações extensionistas e correlatas. 
 
TÍTULO VII 
DOS TÍTULOS HONORÍFICOS 
 
Art. 95. A Universidade concederá os seguintes Títulos Honoríficos: 
I‐ Professor Emérito; 
II‐ Professor Honorário; 
III‐ Doutor Honoris Causa; 
IV‐ Benemérito da Universidade. 
 
Art. 96 A Universidade concederá a professores, estudantes e funcionários, pelo seu desempenho ou 
em razão de excepcional mérito individual, as seguintes dignidades universitárias, sob a forma de 
medalhas: 
I ‐ Mérito Docente; 
II ‐ Mérito Discente; 
III ‐ Mérito Funcional. 
 
Art. 97. O Conselho Universitário regulamentará a concessão dos títulos e dignidades universitárias 
em resolução específica. 
 
TÍTULO VIII 
DO PLANEJAMENTO, COORDENAÇÃO E SUPERVISÃO DAS ATIVIDADES UNIVERSITÁRIAS 
 
Art. 98. As atividades de ensino, pesquisa e extensão, bem como as atividades administrativas, 
técnicas e complementares da Universidade, obedecerão a planejamento que vise unificar esforços e 
recursos aplicados e serão objeto de acompanhamento, supervisão e avaliação, de acordo com objetivos 
e metas previamente definidos. 
 
Art. 99. O desenvolvimento das atividades‐fim, técnicas e administrativas obedecerá a diretrizes, 
objetivos, metas e programas fixados no Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI) da Universidade, 
renovado a prazos de cinco anos, aprovados pelo Conselho Universitário, ouvidos os Conselhos 
Acadêmicos e o Conselho de Curadores. 
§ 1º A estrutura do PDI compreenderá os seguintes itens: 
I‐ Infra‐estrutura; 
II‐ financiamento; 
III‐ gestão institucional; 
IV‐ desenvolvimento acadêmico. 
§ 2º Os planos quinquenais de que trata o caput deste artigo poderão ser desdobrados em planos 
anuais para efeito de execução. 
 
Art. 100. A Reitoria consolidará a proposta orçamentária anual da Universidade, submetendo‐a à 
apreciação do Conselho Universitário. 
Parágrafo único. As propostas orçamentárias dos Órgãos Estruturantes e Complementares serão 
aprovadas pelos respectivos Conselhos Deliberativos. 
 
Art. 101. O orçamento da Universidade será executado de acordo com o previsto nos planos anuais e 
segundo matriz de partição de recursos entre as unidades orçamentárias da Instituição, aprovada pelo 
Conselho Universitário em resolução específica. 
 
Art. 102. As atividades de coordenação e supervisão da Universidade serão exercidas: 
I‐ no âmbito geral: 
a) pelos Conselhos Superiores, de acordo com suas competências; 
b) pela Reitoria. 
II‐ no âmbito das Unidades Universitárias: 
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. 68 
a) pela Congregação; 
b) pela Direção; 
c) por órgãos de gestão, deliberação e execução das atividades de ensino, pesquisa e extensão, 
previstos nos respectivos Regimentos Internos. 
III‐ no âmbito dos Órgãos Estruturantes e Complementares: 
a) pelo Conselho Deliberativo ou equivalente; 
b) pelo Diretor ou Coordenador. 
 
Art. 103. A supervisão, em todos os níveis, observadas as competências de cada órgão, terá por 
finalidade: 
I‐ assegurar a observância às leis e normas que regem a Universidade; 
II‐ acompanhar a execução dos planos e programas, com vistas ao atendimento dos fins a que a 
Universidade se propõe; 
III‐ fiscalizar a aplicação de recursos e a utilização de patrimônio, bens e valores da Universidade. 
 
Art. 104. As instâncias de gestão acadêmica das Unidades Universitárias, definidas conforme os 
respectivos Regimentos Internos, elaborarão Plano Anual de Trabalho (PAT), com a finalidade de 
consolidar o conjunto de atividades a serem realizadas pelo seu corpo docente e equipe de apoio técnicoe administrativo. 
§ 1º O Plano Anual de Trabalho será submetido à aprovação da Congregação da Unidade Universitária 
e constituirá referência para elaboração do planejamento acadêmico, alocação de vagas, avaliação do 
trabalho docente, alterações de regime de trabalho e elaboração dos planos individuais de trabalho 
docente. 
§ 2º Os docentes submeterão, anualmente, à instância de coordenação acadêmica competente um 
Plano Individual de Trabalho (PIT), destacando as atividades universitárias que demonstrarão o 
cumprimento do seu regime de trabalho. 
 
Art. 105. O docente apresentará, anualmente, à instância de coordenação acadêmica competente, 
Relatório Individual de Trabalho (RIT), no qual detalhará as atividades desenvolvidas no exercício 
anterior, justificando eventuais modificações em relação ao PIT. 
 
Art. 106. As instâncias de coordenação acadêmica encaminharão, anualmente, à Congregação da 
Unidade Universitária, o Relatório Anual de Trabalho (RAT), para avaliação integrada ao planejamento 
da Unidade Universitária. 
 
Art. 107. Os Regimentos dos Conselhos Superiores, da Reitoria, das Unidades Universitárias e dos 
Órgãos Estruturantes e Complementares disciplinarão as atividades enunciadas neste título. 
 
TÍTULO IX 
DO CORPO DOCENTE 
Capítulo I 
DISPOSIÇÕES PRELIMINARES 
 
Art. 108. O corpo docente é constituído por professores com atividade Regular de ensino, pesquisa, 
criação, inovação, extensão ou administração universitária. 
Parágrafo único. As atividades do corpo docente serão especificadas em regulamento próprio, 
aprovado pelo Conselho Universitário. 
 
Capítulo II 
DO INGRESSO NA CARREIRA DO MAGISTÉRIO SUPERIOR 
 
Art. 109 Os cargos da carreira do Magistério Superior compreendem as seguintes classes: 
I ‐ Professor Titular; 
II ‐ Professor Associado; 
III ‐ Professor Adjunto; 
IV ‐ Professor Assistente; 
V ‐ Professor Auxiliar. 
§ 1° O ingresso na carreira do Magistério Superior ou na classe de Professor Titular dar‐ se‐á mediante 
habilitação em concurso público de provas e títulos. 
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§ 2° O ingresso na carreira do Magistério Superior ocorrerá no nível 1 das classes referidas nos itens 
III a V. 
 
Art. 110. Normas gerais referentes à inscrição, prazos e formas de realização de concursos públicos 
para provimento dos cargos da carreira do Magistério Superior serão estabelecidas em Regulamento 
próprio, aprovado pelo Conselho Universitário, ouvido o Conselho Superior de Ensino, Pesquisa e 
Extensão. 
 
Capítulo III 
DO REGIME DE TRABALHO E DA LOTAÇÃO 
Seção I 
Regimes de trabalho do Magistério Superior 
 
Art. 111. O Professor da carreira do Magistério Superior da UFBA será submetido a um dos seguintes 
regimes de trabalho docente: 
I‐ Regime DE: Quarenta horas semanais de trabalho, com Dedicação Exclusiva às atividades de 
ensino, pesquisa, extensão e gestão universitária; 
II‐ Regime TP: Vinte horas semanais de trabalho, em Tempo Parcial. 
Parágrafo único. O Regime de Tempo Integral (TI, correspondendo a quarenta horas semanais de 
trabalho sem dedicação exclusiva, será admitido em condições excepcionais, conforme estabelecido na 
legislação e neste Regimento Geral). 
 
Art. 112. Para efeito de dimensionamento do corpo docente, os regimes de trabalho, objetos do artigo 
anterior, corresponderão à unidade Professor‐Equivalente, instituída pela Portaria MEC/MPOG 22/2007, 
na seguinte medida: 
I ‐ Regime TP: 0,5 Professor‐Equivalente; 
II ‐ Regime TI: 1,0 Professor‐Equivalente; 
III ‐ Regime DE: 1,55 Professor‐Equivalente. 
 
Art. 113. Atividades de administração universitária que implicarem Cargos de Direção ou Funções 
Gratificadas são atribuições exclusivas de docentes em regimes DE ou TI. 
Parágrafo único. Os regimes DE ou TI poderão ser concedidos a docentes enquanto durar a investidura 
em Cargos de Direção ou Funções Gratificadas, por Portaria do Magnífico Reitor, precedida da verificação 
de acumulação legal de cargos. 
 
Art. 114. O Regime DE destina‐se ao atendimento da amplitude de atividades docentes possíveis na 
Universidade, implicando impedimento do exercício de outra atividade remunerada, pública ou privada, 
com as exceções previstas na legislação vigente. 
 
Art. 115. O docente em Regime DE poderá receber autorização para percepção de remuneração 
adicional em atividades de ensino, pesquisa e extensão, nas seguintes modalidades: 
I ‐ colaboração em atividade esporádica; II ‐ bolsas de ensino, pesquisa e extensão; III ‐ gratificação 
por cursos e concursos; 
IV ‐ remuneração por projetos institucionais. 
§ 1° A autorização para a percepção remuneratória prevista no caput deste artigo deverá ser aprovada 
pela instância de lotação do docente e será disciplinada em norma específica, nos termos da legislação 
vigente. 
§ 2º A concessão da autorização para percepção de remuneração adicional pressupõe desempenho 
satisfatório, pelo docente, em atividades regulares de ensino avaliadas periodicamente, além do 
cumprimento dos demais encargos atinentes à função docente na Universidade e, em hipótese alguma, 
poderá prejudicar as atividades acadêmicas exercidas na UFBA. 
§ 3º O docente em Regime DE poderá receber remuneração adicional relacionada a suas atividades 
acadêmicas (prêmios científicos, direitos autorais de patente ou correlato, participação em seminários, 
congressos, conferências e aulas eventuais), desde que não caracterizem vínculo de emprego ou 
acumulação de cargos, de acordo com a legislação vigente. 
§ 4º A soma da carga horária total das atividades previstas no inciso I do caput deste artigo não poderá 
exceder a cento e trinta e seis horas no ano. 
 
 
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. 70 
Art. 116. É facultado ao docente em Regime DE optar por lotação simultânea em duas Unidades 
Universitárias portadoras de afinidade interdisciplinar ou com demonstrada proximidade de campos de 
formação. 
§ 1º A lotação simultânea, em hipótese alguma, poderá prejudicar o planejamento acadêmico das 
Unidades Universitárias e, para sua concessão, dependerá de autorização das respectivas Congregações 
e, onde couber, dos Departamentos. 
§ 2º O beneficiário da lotação simultânea poderá exercer representações, funções gratificadas e cargos 
de direção em apenas uma das Unidades Universitárias, designada Unidade Universitária de lotação 
principal. 
§ 3º Para efeito de composição do banco de docentes, a Unidade Universitária receptora retribuirá à 
Unidade Universitária cedente, na medida Professor‐Equivalente, vagas correspondentes à carga horária 
transferida pela lotação simultânea do docente. 
§ 4º A lotação simultânea de um docente corresponderá a 1,0 Professor‐Equivalente na Unidade 
Universitária de lotação principal e a 0,55 Professor‐Equivalente na Unidade Universitária de lotação 
secundária. 
§ 5º Desde que prevista no Regimento Interno da Unidade Universitária, poderá haver lotação 
simultânea em dois dos seus Departamentos. 
 
Art. 117. Os Regimes TI e TP destinam‐se, essencialmente, a atividades de ensino, salvo quando o 
Regime TI for concedido, especificamente, para o exercício de atividade administrativa, como previsto no 
art.113 deste Regimento Geral. 
 
Art. 118. O Regime TI será autorizado pelo Conselho Universitário somente para Unidades 
Universitárias que apresentem em seu perfil características específicas como: 
I‐ necessidade de vinculação sistemática com o mundo do trabalho, de modo a permitir a renovação 
de práticas necessárias à formação profissional; 
II‐ incorporação acentuada de novas tecnologias, instrumentos e métodos de trabalho; 
III‐ áreas onde o mercado de trabalho dificulte a absorção, por parte da Instituição, de docentes em 
Regime DE; 
§ 1º As Unidades Universitárias que se enquadrarem neste perfil deverão manter nos seus quadros 
um mínimo de cinquenta por cento de docentes em Regime DE. 
§ 2º O Conselho Universitário avaliaráa liberação dessa exigência, a partir de solicitação 
fundamentada de Unidades Universitárias cujas particularidades da área de conhecimento assim o 
justifiquem, desde que respeitada a porcentagem geral de cinquenta por cento de docentes em Regime 
DE para toda a UFBA. 
 
Seção II 
Integralização da carga horária docente 
 
Art. 119. Os docentes deverão integralizar a carga horária de atividades de ensino, definidas no art. 
2º, parágrafo 1º, correspondente ao seu regime de trabalho, da seguinte forma: 
I‐ em Regime DE (40 horas semanais) ou Regime TP (20 horas semanais), mínimo de doze horas 
semanais de ensino, sendo dez horas de aulas presenciais, no mínimo; 
II‐ em Regime TI (40 horas semanais), mínimo de vinte horas semanais de atividades de ensino, sendo 
dezesseis horas de aulas presenciais, no mínimo. 
§ 1º Quando mais de um professor participar de um mesmo componente curricular, o tempo de trabalho 
atribuído a cada um será a parcela proporcional à sua contribuição para a integralização de carga horária 
da atividade. 
§ 2º Considerando‐se a diversidade de carga horária das disciplinas e as peculiaridades dos diversos 
cursos, será permitida flexibilização no cumprimento da jornada semanal de aulas, podendo haver 
compensação de um semestre a outro, a critério do órgão de lotação do docente. 
§ 3º Assegurados os encargos de ensino, conforme estabelecido no caput deste artigo, docentes em 
regimes TP ou TI poderão integralizar sua carga horária com atividades de pesquisa e de extensão. 
 
Art. 120. Os docentes em Regime DE que não exerçam atividade de pesquisa e/ou extensão, 
aprovadas pelas instâncias competentes, terão carga horária de atividades de ensino de vinte horas 
semanais, sendo, no mínimo, dezesseis horas de aulas presenciais. 
 
 
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. 71 
Art. 121. Aos docentes ocupantes de cargos administrativos, será admitido regime especial de 
distribuição de encargos acadêmicos. 
§ 1º Os docentes ocupantes de Cargos de Direção não terão obrigação de outras atividades além 
daquelas inerentes ao cargo. 
§ 2º Os docentes ocupantes de Funções Gratificadas, tais como Chefes de Departamentos e 
Coordenadores de Colegiados, bem como o Presidente da CPPD e os membros titulares dos Conselhos 
Superiores, poderão ter sua carga horária semanal de ensino reduzida a seis horas e a de aulas 
presenciais a quatro horas. 
 
Art. 122. A não integralização da carga horária correspondente ao regime de trabalho determinará 
compensação no plano de trabalho seguinte, de forma a assegurar a correção da carga horária. 
§ 1º Repetindo‐se a não integralização de atividades universitárias correspondentes ao regime de 
trabalho do docente, a instância de coordenação acadêmica indicará aos órgãos competentes a redução 
de sua carga horária, mediante alteração do regime de trabalho do docente. 
§ 2º O período em que a carga horária não corresponder ao regime de trabalho do docente não será 
considerado para fins de progressão na carreira docente. 
 
Art. 123. O descumprimento das atribuições correspondentes ao Regime DE, em qualquer caso, 
incluindo não integralização das atividades universitárias, determinará a suspensão, temporária ou 
definitiva, da autorização para percepção da remuneração adicional prevista no art. 115 deste Regimento 
Geral. 
 
Seção III 
Alteração de regime de trabalho 
 
Art. 124. Os professores da carreira do Magistério Superior poderão ter o regime de trabalho alterado, 
desde que atendido o critério de proporcionalidade previsto no art. 118 deste Regimento Geral. 
§ 1º Só poderá pleitear a mudança para os Regimes TI e DE o docente que faltar mais de cinco anos 
para a aposentadoria. 
§ 2º Mudanças do Regime DE para TP ou TI e de TI para TP só serão autorizadas após decurso de 
prazo, no mínimo, igual ao da liberação do docente para titulação, a partir do seu retorno, quando for o 
caso. 
 
Capítulo IV 
DA PROGRESSÃO FUNCIONAL 
 
Art. 125. A progressão funcional na carreira do Magistério Superior ocorrerá, exclusivamente, por 
titulação e desempenho: 
I ‐ de um nível para outro imediatamente superior, dentro da mesma classe; II ‐ de uma classe para 
outra, exceto para a de Professor Titular. 
 
Art. 126. A progressão de um para outro nível dentro da mesma classe dar‐se‐á, exclusivamente, 
mediante avaliação do desempenho acadêmico. 
Parágrafo único. O docente somente poderá pleiteá‐la após cumprimento do interstício de dois anos 
no nível respectivo, ou interstício de quatro anos de atividade em outro órgão público. 
 
Art. 127. A progressão funcional de uma classe para outra far‐se‐á: 
I ‐ da classe de Professor Auxiliar para o nível I da classe de Professor Assistente; 
II ‐ da classe de Professor Assistente para o nível I da classe de Professor Adjunto; 
III ‐ do nível IV da classe de Professor Adjunto para o nível I da classe de Professor Associado. 
§ 1º As progressões mencionadas nos incisos I e II do caput deste artigo dar‐se‐ão: 
I- de qualquer nível da classe de origem, sem interstício, mediante a obtenção do grau de Mestre, para 
a classe de Professor Assistente, ou mediante a obtenção do grau de Doutor, para a classe de Professor 
Adjunto; 
II‐ do nível IV da classe de origem mediante avaliação do desempenho acadêmico do docente, quando 
não houver obtido a titulação necessária, após cumprimento do interstício de dois anos, ou interstício de 
quatro anos de atividade em outro órgão público. 
§ 2º A progressão mencionada no inciso III do caput deste artigo destina‐se a portadores do grau de 
Doutor e dar‐se‐á mediante avaliação do desempenho acadêmico do docente, após cumprimento do 
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. 72 
interstício de dois anos, ou interstício de quatro anos de atividade em outro órgão público. 
§ 3º A avaliação mencionada nos dois parágrafos precedentes deverá ser requerida pelo candidato e 
aprovada pelo plenário do seu órgão de lotação, à vista de justificativa apresentada pelo docente, no caso 
referido no inciso II do parágrafo 1º, e julgada cabível quanto à não obtenção do título pertinente. 
§ 4º O requerimento deverá ser instruído com memorial descritivo das atividades desenvolvidas no 
período intersticial. 
 
Art. 128. Serão levadas em consideração no processo de avaliação as atividades de ensino, pesquisa, 
criação, inovação, extensão, administração e capacitação profissional desenvolvidas pelo professor, 
devidamente avaliadas e aprovadas pelo órgão de lotação do docente. 
 
Art. 129. A avaliação de desempenho acadêmico ficará a cargo de uma Comissão instituída pelo 
plenário do órgão de lotação do candidato, composta por três docentes de classe superior à do candidato, 
ou de mesma classe e nível superior, sendo um da Unidade Universitária do docente e os demais 
pertencentes a outras Unidades Universitárias da UFBA. 
§ 1º Quando na Unidade Universitária não houver docente de classe superior à do candidato ou de 
mesma classe e nível superior, a escolha recairá em docente de outra Unidade Universitária. 
§ 2º A Comissão elaborará, no prazo de trinta dias, parecer circunstanciado e o submeterá ao plenário 
do órgão que a instituiu. 
 
Capítulo V 
DOS DOCENTES NÃO INTEGRANTES DA CARREIRA 
 
Art. 130. O corpo docente poderá ser complementado por não integrantes da carreira, classificados 
nas seguintes categorias: 
I‐ Professor Visitante; 
II‐ Professor Substituto; 
III‐ Professores Credenciados. 
§ 1º O Professor Visitante, a ser contratado com recursos da UFBA ou recursos captados mediante 
convênios, será intelectual, pesquisador ou artista de reconhecimento e renome, admitido após 
manifestação favorável da Congregação da Unidade Universitária, para atender necessidades especiais 
do ensino ou para atuar em programa institucional de pesquisa/criação/inovação ou extensão 
universitária. 
§ 2º O Professor Substituto poderá ser contratado, por prazo determinado, naforma da legislação em 
vigor, para substituições eventuais de docentes da carreira do Magistério. 
§ 3º Docentes não integrantes da carreira poderão ser credenciados pelos Colegiados de Cursos ou 
Programas para desempenhar atividades acadêmicas, mediante normas estabelecidas pelo 
Regulamento de Ensino de Graduação e Pós‐Graduação. 
 
Art. 131. Os docentes não integrantes da carreira poderão participar, sem direito a voto, dos Órgãos 
Colegiados da Unidade Universitária, não podendo ser votado para exercício de representação ou cargo. 
 
TÍTULO X 
DO CORPO TÉCNICO‐ADMINISTRATIVO 
 
Art. 132. O corpo técnico‐administrativo da Universidade compreende os servidores que exercem 
atividades técnicas, administrativas, operacionais e de pesquisa e extensão, vinculados ao Regime 
Jurídico Único do Servidor Público Federal e ao Plano de Carreira dos Cargos Técnicos e Administrativos. 
Parágrafo único O ingresso no quadro de servidores técnico‐administrativos far‐se‐á no nível inicial da 
classe, mediante habilitação em concurso público de provas ou de provas e títulos. 
 
Art. 133. A remoção de pessoal técnico‐administrativo deverá ser procedida de ofício ou a pedido, 
atendido o interesse da Administração, nos termos da política de recursos humanos da Instituição. 
 
Art. 134. A política de recursos humanos da Universidade contemplará as atividades de administração 
de pessoal, de educação e aperfeiçoamento, de acompanhamento e avaliação e de assistência aos 
servidores técnicos‐administrativos. 
 
 
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. 73 
TÍTULO XI 
DO CORPO DISCENTE 
 
Art. 135. Constitui o corpo discente os estudantes regulares matriculados em cursos de graduação ou 
pós‐graduação stricto sensu ministrados pela Universidade, nos termos do art. 5º do Estatuto. 
 
Art. 136. O DCE e os Diretórios ou Centros Acadêmicos, órgãos de representação estudantil, possuem 
autonomia administrativa e política, na forma dos seus Estatutos e atos constitutivos e da legislação em 
vigor. 
§ 1º Os órgãos de representação estudantil funcionarão em local disponibilizado pela Administração 
Central e aprovado pelo Conselho Universitário, no caso do Diretório Central dos Estudantes (DCE); e 
pela Diretoria e aprovado pela Congregação da respectiva Unidade Universitária, quando se tratar de 
Diretório ou Centro Acadêmico. 
§ 2º A Universidade deverá auxiliar, materialmente, os órgãos de representação estudantil, de acordo 
com sua disponibilidade orçamentária. 
 
Art. 137. A assistência aos estudantes será prestada pela Pró‐Reitoria de Ações Afirmativas e 
Assistência Estudantil, órgão competente da Reitoria, de acordo com planos e políticas aprovados pelo 
Conselho Universitário, ouvido o Conselho Social de Vida Universitária. 
 
TÍTULO XII 
DO REGIME DISCIPLINAR 
 
Art. 138. Os integrantes dos corpos docente, técnico‐administrativo e discente da Universidade 
encontram‐se submetidos ao regime disciplinar estabelecido neste Título, de acordo com a legislação em 
vigor, bem como aos Códigos de Ética Universitária referidos no art. 145 das disposições finais e 
transitórias deste Regimento Geral. 
 
Art. 139. Aplicam‐se ao pessoal dos quadros docente e técnico‐administrativo as penas disciplinares 
de: 
I ‐ advertência; II ‐ suspensão; 
III ‐ destituição de Cargo de Direção ou de Função Gratificada; IV ‐ demissão de ocupante de cargo 
efetivo; 
V ‐ dispensa de ocupante de emprego, na forma da legislação; VI ‐ exclusão. 
§ 1º As penas disciplinares definidas no caput deste artigo serão aplicadas pelo Reitor, podendo as 
de advertência e suspensão até trinta (30) dias ser aplicadas pelos Diretores de Unidades Universitárias 
e dos demais órgãos da Universidade. 
§ 2º A aplicação das penas disciplinares será precedida de processo administrativo disciplinar, 
assegurados o contraditório e ampla defesa, na forma da legislação vigente. 
 
Art. 140 Aplicam‐se aos integrantes do corpo discente as penas disciplinares de: 
I ‐ advertência, aplicada pelo Coordenador do respectivo curso; 
II ‐ suspensão, aplicada pelo Diretor da Unidade Universitária; 
III ‐ exclusão, aplicada pelo Reitor. 
§ 1º A aplicação das penas disciplinares será precedida de processo administrativo, assegurados o 
contraditório e ampla defesa. 
§ 2º A sindicância que deverá preceder a abertura do processo administrativo, referido no parágrafo 
anterior, será realizada por comissão, na qual figurará, pelo menos, um representante do corpo discente 
ou, na impossibilidade de tal participação, um servidor do quadro da Pró‐Reitoria de Ações Afirmativas e 
Assistência Estudantil. 
§ 3º No caso em que a falta cometida tenha se dado em espaço ou evento fora da Unidade 
Universitária, as penalidades de advertência e suspensão serão aplicadas pelo Pró‐ Reitor de Ações 
Afirmativas e Assistência Estudantil e a de exclusão, pelo Reitor. 
 
TÍTULO XIII 
DOS RECURSOS 
 
Art. 141. Nos processos acadêmicos, administrativos e disciplinares, caberá recurso: 
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. 74 
I‐ de decisão do dirigente, para o plenário do respectivo Órgão Colegiado; 
II‐ de decisão de Colegiado, Departamento ou instância equivalente e demais órgãos da Unidade 
Universitária, para a Congregação; 
III‐ de decisão do Diretor, para a Congregação; 
IV‐ de decisão em primeira instância da Congregação, para o Conselho Universitário ou Conselho 
Superior de Ensino, Pesquisa e Extensão, segundo a matéria; 
V‐ de decisão da Comissão de Normas e Recursos, para o plenário do Conselho Universitário; 
VI‐ de decisão do Reitor, para o Conselho Universitário ou para o Conselho Superior de Ensino, 
Pesquisa e Extensão, segundo matéria e área de competência. 
 
Art. 142. O recurso será interposto pelo interessado no prazo de dez dias, contados da data da ciência 
da decisão recorrida. 
§ 1º O recurso será formulado por escrito à autoridade ou ao órgão de cuja decisão se recorre, 
constando da petição a exposição dos fatos e as razões do recorrente. 
§ 2º No prazo de cinco dias úteis, será facultado à autoridade ou órgão recorrido reformar sua decisão. 
§ 3º Caso a autoridade ou órgão de cuja decisão se recorre mantenha o despacho ou não se pronuncie 
no prazo mencionado no parágrafo anterior, o recurso será remetido ao órgão competente para apreciá‐
lo, nos termos do art. 141. 
§ 4º Os Regimentos dos Conselhos Superiores e das Unidades Universitárias regulamentarão o 
processamento de recursos sob sua competência. 
 
TÍTULO XIV 
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS 
 
Art. 143. É vedado, para quaisquer fins, o uso não autorizado do nome e dos símbolos da Universidade. 
Parágrafo único. A autorização será dada pelo dirigente da Unidade Universitária ou órgão da 
Universidade a que estiver vinculada a atividade. 
 
Art. 144. No prazo de seis meses após a promulgação deste Regimento Geral, a Reitoria, os Conselhos 
Superiores, as Unidades Universitárias, os Órgãos Estruturantes e os Complementares deverão ajustar 
os respectivos Regimentos Internos e submetê‐los à apreciação dos órgãos competentes. 
 
Art. 145. No prazo de seis meses após a promulgação deste Regimento Geral, o Conselho Social de 
Vida Universitária e a Comissão Central de Ética deverão elaborar e submeter aos Conselhos Superiores 
propostas de “Códigos de Ética Universitária”, referentes aos seguintes âmbitos: 
I‐ integridade científica da pesquisa e dos pesquisadores; 
II‐ ética profissional e pedagógica dos servidores docentes e técnico‐administrativos; 
III‐ conduta civil e acadêmica do corpo discente. 
 
Art. 146. No prazo de um ano após a instalação da Unidade Seccional de Correição e da Ouvidoria da 
Universidade, seus dirigentes deverão submeter ao Conselho Universitário proposta de “Regulamento 
Interno de Procedimentos e de Condutas Técnica e Ética” dos respectivos órgãos, do seu titular e dos 
seus servidores. 
 
Art. 147. Nas Unidades Universitárias que optarempela manutenção da estrutura departamental, os 
Departamentos poderão funcionar fora do limite estabelecido no art. 36 deste Regimento Geral por até 
um ano ou, excepcionalmente, por mais um prazo equivalente, autorizados pelo Conselho Universitário a 
partir de proposta de transição devidamente justificada pela Congregação da Unidade Universitária. 
 
Art. 148. Por período não inferior a dois anos, a Universidade transferirá os recursos anteriormente 
destinados aos Órgãos Suplementares, transformados em Órgãos Complementares por força da 
Resolução 02/2008 do Conselho Universitário, para a matriz orçamentária da Unidade Universitária que 
o acolher. 
 
Art. 149. O Doutoramento Especial, destinado aos docentes do quadro permanente da UFBA admitidos 
antes do ano 1990, será reinstituído pelo prazo de cinco (5) anos, a contar da data de publicação deste 
Regimento Geral e será regulamentado pelo Conselho Acadêmico de Ensino. 
 
Art. 150. No prazo de dois anos após a promulgação deste Regimento Geral, o Conselho Universitário 
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. 75 
reavaliará a integralização da carga horária de atividades de ensino estabelecida no art. 120. 
 
Art. 151. O regime de 40 (quarenta) horas (TI) fica assegurado aos docentes que, à data da vigência 
do Decreto Presidencial n.º 94.664/87, já se encontravam sob esse regime e àqueles já enquadrados 
nesse regime especial até a data de aprovação deste Regimento Geral, lotados em Unidades 
Universitárias que foram consideradas, com base na Resolução 04/97 do antigo Conselho de 
Coordenação, portadoras de características especificas que justificam a adoção desse regime 
excepcional. 
 
Art. 152. O disposto no art. 71 passará a vigorar a partir do segundo semestre do ano letivo de 2010. 
 
Art. 153. Compete ao Conselho Universitário decidir sobre casos omissos neste Regimento Geral e 
arbitrar conflitos decorrentes de aplicação de normas estatutárias e regimentais. 
 
Art. 154. O presente Regimento Geral, aprovado pelo Conselho Universitário da Universidade Federal 
da Bahia, entrará em vigor na data de sua aprovação. 
 
Questões 
 
01. (UFBA - Contador - UFBA) O marco normativo da UFBA, que fundamenta seu Estatuto e 
Regimento, ressignifica a função Conhecimento, ampliando seu conceito para Ciência - Arte - Cultura. 
( ) Certo 
( ) Errado 
 
02. (UFBA - Auxiliar de Administração - UFBA) O regimento da UFBA estabelece que o recurso de 
decisões deverá ser interposto pelo interessado dentro do prazo de dez dias, contados da data da 
carência da decisão recorrida. 
( ) Certo 
( ) Errado 
 
03. Acerca do Regimento da UFBA, julgue o item abaixo: 
 
As reuniões dos Órgãos Colegiados serão fechadas e a participação dos seus membros prefere a 
qualquer atividade universitária, sendo obrigatório o comparecimento, respeitada a hierarquia entre esses 
órgãos. 
( ) Certo 
( ) Errado 
 
04. O Conselho Consultivo Social reunir‐se‐á, ordinariamente, a cada dois anos, ou 
extraordinariamente, convocado pelo Reitor ou a requerimento da maioria dos membros do Conselho 
Universitário. 
( ) Certo 
( ) Errado 
 
05. O titular de Órgão Colegiado da Universidade será substituído em suas faltas e impedimentos pelo 
suplente. 
( ) Certo 
( ) Errado 
 
06. À Reitoria, órgão executivo, incumbe superintender, coordenar e fiscalizar as atividades da 
Universidade. 
( ) Certo 
( ) Errado 
 
07. As propostas de criação ou extinção de Unidades Universitárias somente poderão ser aprovadas 
por maioria simples. 
( ) Certo 
( ) Errado 
 
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08. O Órgão Complementar não terá lotação própria de pessoal docente e técnico‐ administrativo. 
( ) Certo 
( ) Errado 
 
09. Os Órgãos Colegiados reunir‐se‐ão com a presença da maioria absoluta de seus membros, 
observando‐se o critério de maioria simples para suas decisões, salvo disposição em contrário. 
( ) Certo 
( ) Errado 
 
10. As propostas de criação, modificação e extinção de Unidades Universitárias serão submetidas pela 
Reitoria ao Conselho Universitário, acompanhadas de exposição de motivos e estudos técnicos 
necessários à decisão do referido Conselho. 
( ) Certo 
( ) Errado 
 
11. A responsabilidade pelas atividades letivas é privativa do corpo docente, constituído por 
professores com atividade regular de ensino, pesquisa, extensão ou administração universitária. 
( ) Certo 
( ) Errado 
 
12. Exercitar a excelência acadêmica, mediante o desenvolvimento das ciências, das artes e das 
humanidades, fomentando o pensamento crítico-reflexivo nos diversos campos de saberes e práticas é 
um dos objetivos institucionais da UFBA. 
( ) Certo 
( ) Errado 
 
13. O corpo técnico-administrativo da Universidade compreende os servidores que exercem atividades 
de suporte ao desenvolvimento do ensino, pesquisa e extensão, necessárias ao cumprimento dos 
objetivos institucionais, vinculados ao regime que lhes é próprio e ao respectivo Plano de Carreira. 
( ) Certo 
( ) Errado 
 
14. É atribuição do Conselho de Curadores emitir parecer sobre projetos submetidos pela Reitoria, que 
envolvam a utilização de fundos patrimoniais, operações de crédito ou a criação de fundos especiais, 
assim como doações e legados que criarem encargos financeiros para a Universidade; 
( ) Certo 
( ) Errado 
 
15. Cada órgão deliberativo da Universidade terá representação dos estudantes, escolhida em 
processo conduzido pelas entidades de organização estudantil, nos respectivos níveis de gestão. 
( ) Certo 
( ) Errado 
 
Respostas 
 
01. Resposta: Certo. 
“Em primeiro lugar, dentro desse referencial, uma das inovações mais significativas do novo marco 
normativo da UFBA é a ampliação dos conceitos de produção acadêmica. Por um lado, foi consensual a 
aprovação de nossa proposta, desde a primeira minuta, no sentido de superar a velha concepção de 
conhecimento exclusivamente como produto intelectual resultante de processo sistemático e metódico, 
classicamente designado como pesquisa científica. 
Ao incorporar na missão da UFBA, a fórmula mais ampla “conhecimentos e saberes”, pudemos agregar 
às competências, objetivos institucionais e designativos dos órgãos e instâncias deliberativas, 
valorizando-as, as categorias de produção artística e cultural e de desenvolvimento tecnológico. 
A função Conhecimento torna-se, dessa maneira, ressignificada como Ciência-Arte-Cultura”. 
 
02. Resposta: Errado. 
Art. 142, O recurso será interposto pelo interessado no prazo de dez dias, contados da data da ciência 
da decisão recorrida. 
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. 77 
03. Resposta: Errado. 
De acordo com o art. 4º do Regimento as reuniões serão públicas. 
 
04. Resposta: Certo. 
Art. 48, Regimento. 
 
05. Resposta: Certo. 
Art. 6º 
 
06. Resposta: Certo. 
Art. 20. 
 
07. Resposta: Errado. 
O quorum de votação é de maioria absoluta (art. 29, §2º). 
 
08. Resposta: Certo. 
Art. 42. 
 
09. Resposta: Certo. 
Art. 5º. 
 
10. Resposta: Certo. 
Art. 29. 
 
11. Resposta: Certo. 
Art. 4º. 
 
12. Resposta: Certo. 
Art. 2º, IV. 
 
13. Resposta: Certo. 
Art. 6º. 
 
14. Resposta: Certo. 
Art. 27, I, “d”. 
 
15. Resposta: Certo. 
Art. 5º, §2º. 
 
 
6. Processo Administrativo: normas básicas no âmbito da Administração 
Federal. (Lei nº 9.784, de 29/01/99). 
 
Prezado candidato este conteúdo será abordado na matéria de Conhecimentos Específicos, 
tópico: Processo Administrativo no âmbito da Administração Pública Federal (Lei nº 9.784, de 
29/01/99). 
 
 
 
AS CARACTERÍSTICAS DO ENSINO SUPERIOR BRASILEIRO15 
 
A estrutura atual da educação superior no Brasil foi formalizada e normatizada na Constituição 
Federal de 1988 e na Lei de Diretrizes e Bases Nacional de 1996 e numa série de decretos oficiais e 
 
15 Texto adaptado NEVES, C. E. B. Ensino Superior no Brasil: expansão,diversificação e inclusão 
7. Noções de Administração: acadêmica e financeira, de recursos 
humanos, de material e patrimônio. 
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resoluções do Conselho Nacional de Educação. Ranieri mostra como de fato a Constituição Federal ao 
definir o dever do Estado com a educação (art. 205) e o seu comprometimento com o desenvolvimento 
nacional e a construção de uma sociedade justa e solidária (art.3) individualiza a educação superior 
como um bem jurídico. A Constituição Federal garante a gratuidade do ensino nas Instituições de Ensino 
Superior/IES públicas (art.206). Permite a vinculação de receita tributária para manutenção e 
desenvolvimento do ensino público (70% dos 18% de receitas de impostos são empregados na 
educação superior) e franquia a atividade de educação superior à iniciativa privada dentro dos limites 
fixados na lei. 
O princípio da gratuidade aparece como obrigação constitucional, pela primeira vez, na Constituição 
de 1988, fruto do trabalho do Fórum da Educação na Constituinte que apresentou emendas populares à 
Assembleia Constituinte em defesa do ensino público e gratuito em todos os níveis respaldadas por mais 
de 270 mil assinaturas. 
O argumento em favor da gratuidade ressaltava como mostra Amaral (2003), que “o entendimento 
é de que a educação superior é um bem público e que, portanto os recursos públicos deveriam 
ser gastos até o limite da riqueza nacional, de modo a atender ao maior número possível de 
jovens”. 
A Constituição de 1988 assegura, ainda, a participação da iniciativa privada no ensino superior, mas 
veda recursos públicos no financiamento das atividades desse setor. No entanto, no art. 213, está prevista 
a destinação de recursos públicos às escolas comunitárias, confessionais ou filantrópicas, em caráter de 
fomento, atendidas as condições fixadas nos seus incisos e, no parágrafo 2, é afirmado que as atividades 
universitárias de pesquisa e extensão poderão receber apoio financeiro do Poder Público (Ranieri, 2000). 
 
O Brasil consolidou, assim, seu sistema de educação superior com dois segmentos bem definidos e 
distintos: um público e um privado, abarcando hoje um sistema complexo e diversificado de instituições 
públicas (federais, estaduais e municipais) e privadas (confessionais, particulares, comunitárias e 
filantrópicas). O acesso ao ensino superior é realizado através de processos seletivos, como o concurso 
vestibular que avalia conhecimentos comuns do ensino médio. Os cursos de graduação oferecem 
formação em nível de bacharelado, licenciatura e tecnológica. Também faz parte desse nível de ensino 
a pós-graduação, que compreende programas de mestrado, doutorado e cursos de especialização. Cabe 
ressaltar o crescimento intenso dos cursos de graduação à distância, nos últimos anos. 
As IES são classificadas segundo dois critérios: o da organização acadêmica e de categoria 
administrativa. De acordo com o primeiro critério, distinguem-se em instituições universitárias, - as 
universidades: que tem como função o ensino, a pesquisa e a extensão; devem ter 1/3 dos professores 
com título de mestre ou doutor e 1/3 trabalhando em dedicação exclusiva; e – os centros universitários: 
que se caracterizam pela oferta qualificada do ensino, não precisam manter atividades de pesquisa e 
gozam de autonomia para criar cursos ou vagas. As IES não-universitárias compreendem as faculdades 
e centros tecnológicos, voltados basicamente para as atividades de ensino e não tem autonomia. 
Dependem do Conselho Nacional de Educação para aprovação de novos cursos e vagas. 
Quanto à categoria administrativa, como já se mencionou, as IES podem ser públicas federais, 
estaduais ou municipais totalmente gratuitas e mantidas pelos respectivos poderes; ou privadas, com 
distintos tipos como comunitárias, confessionais, filantrópicas e particulares. Os três primeiros tipos de 
IES privada referem-se a instituições sem fins lucrativos. As IES particulares podem estar vinculadas as 
mantenedoras com fins lucrativos em sentido estrito, tanto quanto àquelas sem fins lucrativos, mas que 
não se enquadram no tipo filantrópico (LDB 9.394/96 e decretos 3.860/01 e 2.406/97) (NEVES, 2002). 
Uma outra característica do sistema superior de educação dá-se pelo tipo de vinculação das IES ao 
sistema federal ou aos sistemas estaduais e municipais. O sistema federal (art.16 LDB 9.394/96) 
compreende as IES mantidas pelo poder público; as IES criadas e mantidas pelo setor privado; e os 
órgãos federais de educação. Ou seja, estão submetidas às leis e regulamentações do poder público 
com relação à criação, autorização e reconhecimento de cursos e o credenciamento e recredenciamento 
de IES. 
As IES estaduais e municipais encontram-se fora da alçada do MEC e do CNE, pois estão vinculados 
aos respectivos sistemas estaduais e municipais. No entanto, sujeitam-se as leis e normas federais, 
pois disputam recursos públicos federais, de bolsas e pesquisas (NEVES, 2002). 
Cabe trazer algumas informações sobre as características gerais de funcionamento desses 
segmentos, público e privado, no tocante ao financiamento. 
As IES públicas federais são mantidas pelo governo federal. O ensino é totalmente gratuito e apenas 
3,5% do orçamento global dessas instituições é constituído por recursos diretamente arrecadados 
(Schwartzmann, 2002). O financiamento provém do Fundo Público Federal que reúne os recursos 
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financeiros arrecadados da população mediante tributos – impostos, taxas e contribuições (CPMF, por 
ex.). 
As instituições estaduais são financiadas pelos governos estaduais e o ensino é igualmente gratuito. 
Entre as IES estaduais, destacam-se as dos estados de São Paulo (3), Santa Catarina (3), Paraná (5), 
Rio de Janeiro (2), Ceará (3), Bahia (4). 
O financiamento público para a educação em geral é estabelecido em lei para todas as esferas do 
governo e corresponde a um percentual de receita de impostos. Segundo a Constituição brasileira, artigo 
212: “a União aplicará anualmente nunca menos de 18 % e os estados, o distrito federal e os municípios, 
25%, no mínimo, da receita resultante de impostos compreendida a proveniente de transferência na 
manutenção e desenvolvimento do ensino” (RANIERI, 2000). 
O financiamento das IFES mantidas pelo MEC envolve gastos com pessoal, ativo e inativo, e outros 
custeios e capital (OCC) (Schwartzmann, 2002). As universidades estaduais paulistas são financiadas 
com recursos de impostos de circulação de mercadorias/ICMS, nunca inferior a 9% do total arrecadado. 
O financiamento no setor privado depende fortemente da cobrança de mensalidades, anuidades e 
taxas pelos cursos oferecidos (graduação, latu sensu, mestrado, doutorado, etc.). A legislação brasileira 
concedeu às IES privadas a oportunidade de fixar suas próprias mensalidades, desvinculando as 
negociações da área educacional e transferindo para os setores de relação com o consumidor e produto 
consumido (Amara, 2003:104). O custo do ensino privado varia de forma significativa em função do tipo 
de curso (medicina, odontologia, direito são cursos caros e administração, economia, pedagogia, 
ciências sociais, por ex. são cursos baratos) da região, e do tipo de instituição (universidade, centro 
universitário, faculdades). 
 
A fonte de sustentação mais visível das IES privadas é, pois, a das mensalidades. Porém há inúmeras 
fontes indiretas (isenções fiscais e previdenciárias e renuncia fiscal/PROUNI) de recursos públicos para 
as IES privadas filantrópicas e fontes diretas como o crédito educativo/ FIES o que contribui 
significativamente para sua expansão e manutenção (Davies, 2002). 
Diferentemente da experiência de alguns países que tem programas de apoio fortemente 
concentrados nos estudantes, através de empréstimos ou bolsas, no Brasil o apoio dá-se 
significativamenteàs instituições de ensino superior através da isenção tributária e previdenciária para 
as consideradas filantrópicas. 
A imunidade tributária para as IES sem fins lucrativos está prevista na Constituição Federal de 1988, 
artigo 150. A principal isenção federal é a do imposto de renda e a estadual é a do ICMS. Para conseguir 
a imunidade, a instituição precisa aplicar seus eventuais lucros na própria atividade educacional. 
Consequentemente poder-se-ia esperar que a IES pudesse cobrar mensalidades menores e oferecer 
um ensino de melhor qualidade. 
 
Segundo o MEC até 2004, as IES sem fins lucrativos gozavam de isenções fiscais, com baixo 
controle pelo poder público. As IES concediam bolsas de estudos, mas eram elas que definiam 
quem seriam os beneficiários, em que cursos, o número de bolsas e os descontos concedidos. 
Raramente era concedida uma bolsa integral. E quase nunca em curso de medicina. O que se 
observava é que, em muitos casos, os beneficiados eram filhos de professores e de funcionários 
e raramente na proporção do valor devido (Davies, 2002). 
 
No momento atual, percebem-se sinais de esgotamento desse modo estabelecido de custeio do 
ensino superior. O segmento privado apresenta ociosidade de vagas e altas taxas de evasão e 
inadimplência o que obriga à diminuição dos valores das mensalidades e põe em risco a capacidade de 
investimento do setor. O setor público apresenta, também, taxas de evasão o que revela a dificuldade 
de parte dos alunos de acompanharem os estudos, mesmo sendo gratuito. 
Esta situação está clara para os órgãos oficiais quando afirmam que o Brasil não poderá depender 
unicamente da força inercial instalada no sistema. Considerando a necessidade de inclusão social de 
um grande contingente de jovens oriundos de classes baixas, o governo reafirma que a educação é um 
bem público e não uma mercadoria e toma inúmeras iniciativas (políticas de inclusão) com impacto tanto 
sobre o segmento público e gratuito como sobre o segmento privado. A motivação é a ampliação das 
oportunidades de acesso para os contingentes de estudantes provenientes das camadas de baixa renda 
e grupos social e racialmente discriminados. O Planejamento no Ensino Superior16 
 
 
16 CERQUEIRA, E. O Planejamento no Ensino Superior. 
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Planejar é uma atividade tipicamente humana e está presente na vida de todos os indivíduos, nos 
mais variados momentos e situações. É uma ação para se alcançar objetivos previamente estabelecidos. 
Um exemplo bem simples de fazermos um planejamento é quando pretendemos realizarmos uma 
excursão. É nesse momento que nos deparamos com algumas situações problemas e devemos tomar 
algumas atitudes para que tenhamos êxito em nosso empreendimento e consigamos concretizar o nosso 
objetivo com segurança. Aí é que começa o nosso planejamento: escolhemos o período ideal para a 
nossa viagem, decidirmos se vamos de ônibus, avião, carro ou navio; se iremos reservarmos um hotel 
ou pousada; fazer o orçamento das nossas despesas; o que devemos levar de importante na viagem; 
quantos dias são precisos para a excursão. Enfim, chegou o momento de realizarmos o nosso sonho, a 
execução do nosso planejamento. No retorno comentaremos os momentos prazerosos que tivemos, as 
trocas de experiências, os conhecimentos que adquirimos, e os ocorridos que não nos agradou, a partir 
deste instante, efetuamos um balanço. Logo, estamos fazendo uma avaliação de nossas ações. 
 
No planejamento da ação educacional é primordial que saibamos qual é o desejo com a ação 
pedagógica que estamos praticando junto aos nossos alunos e se é nosso desejo estarmos entregues 
a ele, a fim de que tenhamos condições de construir os resultados satisfatórios com o auxílio do 
planejamento, execução e avaliação. “Planejamento, execução e avaliação são recursos da busca de 
um desejo. Para tanto, é preciso saber qual o desejo e entregar-se a ele”. 
Piletti, define o planejamento de ensino como a especificação do planejamento do currículo; 
consistindo-se em traduzir em termos mais concretos e operacionais o que o professor fará na sala de 
aula, para conduzir os alunos a alcançar os objetivos educacionais propostos. 
O planejamento das atividades de ensino é uma ação para se canalizar os nossos conhecimentos 
para se alcançar os objetivos previamente estabelecidos, com segurança, sendo relevante por motivos 
diversos como: 
- evita a rotina e improvisação, certamente percebida pelos alunos. A rotina porque os recursos 
auxiliares e os métodos não são inovados, atrativos, visto não serem adequados as diferenças 
individuais dos e do jeito de aprender dos educandos, e ao nível de aprendizagem da classe, tornando 
as aulas enfadonhas. A improvisação não limita ação pedagógica no sentido de explorar os objetivos 
para os alunos tornando-se fora da compreensão de aprendizagem dos educandos, desde que a 
comunicação não é compreensível e adequada a todos, desprezando atenção aos alunos com mais 
dificuldades. 
- auxilia na realização dos objetivos, desde quando o docente partindo dos resultados da avaliação, 
planeja o ensino em função dos objetivos desejados, logo, os recursos auxiliares e métodos estão 
adequados a realidade dp discente, tornando uma aprendizagem mais prazerosa e eficaz, concorrendo 
para o engrandecimento pessoal dos alunos. “É formativa no sentido em que indica como os alunos 
estão se modificando em direção aos desejados”. - promove a eficiência do ensino, porque estabelece 
os marcos para tornar o processo da aprendizagem mais exequível eficaz; 
- aumenta a produtividade evitando a perda de tempo e energia, isto é, adequando o binômio 
tempo/energia, pois há clareza e coerência entre a proposta pedagógica planejada com a realidade da 
classe, tornando uma aprendizagem satisfatória a todos. 
- sistematiza a direção do ensino, aumentando a confiança do docente e educando, visto que o 
planejamento é elaborado de forma ordenado, disciplinado e racional, definindo as principais tarefas que 
a escola deve desenvolver, para guiar-se, com eficácia ao nível de aprendizagem dos educandos, 
passando a esses uma aprendizagem segura e satisfatória, que por sua vez passam a avaliar a ação 
pedagógica do docente. “Planejamento é um instrumento para canalizar todos os conhecimentos que 
têm sobre o ensino e matérias relacionadas com ele, na preservação e execução de planos de 
desenvolvimentos a longo e curto prazo”. 
 
Conclui-se que o sucesso do planejamento do ensino não está relacionado somente às questões 
técnicas de organicidade, coerência e flexibilidade, mas, em grande parte, às relações estabelecidas 
entre os sujeitos sociais e os indivíduos/pessoas que estão presentes neste contato presencial e também 
a questão da avaliação que é fundamental, visto que será a partir dela que os próximos procedimentos 
serão aperfeiçoados, bem como serão adotadas novas estratégias. Sendo assim, vivenciar o 
planejamento segundo as concepções apresentadas, envolve o posicionamento individual e coletivo dos 
professores, das IES e das várias instâncias do sistema educacional. 
 
 
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O PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO EM UNIVERSIDADES17 
 
A universidade é uma instituição complexa em várias dimensões: na variedade e quantidade de 
públicos (ou stakeholders) com os quais se relaciona; na multiplicidade de objetivos; na diversidade de 
serviços que oferece; na diversidade de formação de seus recursos humanos; nos diversos tipos de 
tecnologias que deve dominar; e, geralmente, na extensão da infraestrutura que possui. Quando a 
universidade é uma instituição pública, soma-se a estas características outros elementos peculiares do 
setor público, entre eles, a profusão de normas emanadas dos poderes centrais, as pressões políticas, 
a escassez de recursose a lentidão do processo decisório burocrático. 
O planejamento estratégico é de forma geral entendido como um processo no qual a instituição define 
seu futuro desejado e as formas efetivas de fazê-lo acontecer. Neste sentido, não é uma caixa de 
soluções mágicas ou mesmo um amontoado de técnicas, ou uma previsão de resultados e não se trata 
de decisões futuras, mas de decisões atuais que podem comprometer futuras decisões. Consiste em 
posicionar e relacionar a organização ao seu ambiente de modo que garanta o seu sucesso continuado. 
 
Planejamento estratégico, portanto, pode ser definido como um processo continuado e adaptativo 
através do qual uma organização define (e redefine) sua missão, seus objetivos e suas metas, seleciona 
as estratégias e meios para atingi-las em um determinado período de tempo, por meio de constante 
interação com o ambiente externo. O planejamento estratégico como sendo um processo sistêmico 
envolve uma visão da organização como um “todo” formado por diversas partes (subprocessos), que 
devem ser percebidas em suas relações (interdependência entre cada uma). 
 São poucas as universidades brasileiras que têm utilizado o planejamento estratégico como 
instrumento de gestão universitária. Alguns planos até são feitos, mas a utilização do planejamento 
estratégico como instrumento de trabalho, com a aplicação sistemática do plano de ações no processo 
decisório, ainda não é uma realidade completa. A própria concepção de planejamento de aspecto mais 
abrangente nas universidades fica prejudicada pelos interesses corporativos, sempre voltados para 
conquistas localizadas, benefícios restritos e interesses isolados. Vale ressaltar que planejamento 
estratégico não significa apenas desenvolver planos, definir políticas, objetivos e metas, mas sua 
importância está na viabilidade da implementação vinculada à ação organizacional como um todo. 
 
A falta de planejamento de longo prazo nas universidades públicas brasileiras tem levado seus 
gestores a gastar a maior parte do tempo na solução de problemas do cotidiano, em detrimento de 
projetos de desenvolvimento institucional. Para Borges e Araújo, as principais características da 
universidade, com implicações para seu planejamento estratégico, são: 
 
a) O elevado nível de profissionalismo que domina a tarefa – as tarefas são especializadas, requerem 
profissionais especializados e com autonomia de trabalho e liberdade de supervisão; 
b) Decisões são descentralizadas e, por isso, as áreas podem progredir em diferentes ritmos, 
obedecendo a circunstâncias específicas; 
c) Coexistência de concepções distintas de universidade trazendo dificuldades para definição únicas 
de missão, visão de futuro, objetivos e metas; 
d) O poder é ambíguo e disperso - as concepções distintas levam os indivíduos a lutar para que 
prevaleçam suas concepções; 
e) Há reduzida coordenação de tarefas – as estruturas são debilmente articuladas; 
f) Os papéis da universidade são ambíguos e vagos: pesquisar?, ensinar?, servir à comunidade? Não 
há concordância em como alcançá-los; 
g) A universidade trabalha com múltiplas tecnologias pelo fato de lidar com clientes com necessidades 
variadas. 
 
Diversos estudos apontam para as dificuldades associadas à implementação do planejamento 
estratégico em instituições. No estudo realizado em agências federais, Baile identificou cinco principais 
dificuldades associadas à implementação do planejamento estratégico: ambiguidade e conflitos de 
objetivos; restrições financeiras, legais, contratuais e de práticas organizacionais; alinhamento 
organizacional; falta de medidas significativas de resultados; e cultura organizacional avessa a 
mudanças/riscos. 
 
 
17 SANTOS, J. L. S.; JÚNIOR, O. G. F.; VARVAKIS, G.; BARBIRATO, J. C. C. Modelo de Planejamento Estratégico em uma Universidade 
Pública Brasileira. 
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Em estudos específicos nas universidades públicas brasileiras também foram identificadas outras 
dificuldades na implementação do planejamento estratégico. Para Cunha, as principais dificuldades são: 
falta de estrutura de poder bem definida; interferência de questões políticas; falta de know-how na 
implementação; ausência de uma metodologia adequada; e necessidade de respaldo da comunidade 
universitária. 
Estrada, em seu estudo em uma universidade federal brasileira, identificou as principais dificuldades 
da implementação do planejamento, as quais podem ser resumidas em: falta de conhecimento sobre 
planejamento estratégico; falta de cultura para o planejamento; falta de vontade política; falta de preparo 
administrativo dos dirigentes; falta de poder político do pró-reitor de planejamento; falta de execução de 
todas as etapas do modelo adotado; complexidade da estrutura universitária; descompasso nos 
mandatos de reitor e diretores; falta de quantificação e especificação das ações; e falta de controle e 
avaliação das ações. 
 Entre as dificuldades apresentadas, um fator associado à prática do planejamento estratégico no 
setor público, especificamente nas universidades públicas, é a descontinuidade das ações de uma 
gestão para a outra, implicando comprometimento de recursos e investimentos aplicados. A falta de 
continuidade do processo resultante da sua não institucionalização pela organização pode ocasionar a 
perda de conhecimento, a replicação futura de erros e acertos, a falta de consolidação das ações e de 
obtenção dos resultados esperados. 
 
Fatores relacionados à estrutura da organização, o envolvimento individual das pessoas e das 
equipes, o desdobramento e alinhamento das ações em torno dos objetivos estabelecidos têm impacto 
direto sobre a execução do planejamento estratégico em universidades públicas. 
As dificuldades apontadas pelos estudiosos do processo de planejamento estratégico nas 
organizações remetem para problemas relacionados à sua implementação e torna-se explícito o desafio 
de colocá-lo em prática, uma vez que o planejamento estratégico é mais do que o processo de 
elaboração de um documento. 
Para alguns trabalhos sobre o tema uma forma participativa de desenvolvimento do processo de 
planejamento estratégico na universidade pública, por meio de consultas à comunidade acadêmica, 
considerando os fluxos de informações de baixo para cima, e vice-versa, nos diversos níveis 
hierárquicos, pode ser uma alternativa para facilitar o processo de implementação do planejamento. 
Outros fatores facilitadores são criação de comitês para acompanhamento dos planos na prática e de 
seus resultados; motivação das pessoas para agir coletivamente em busca dos objetivos; e utilização de 
forma adequada de sistemas de comunicação internos e externos. 
 
A participação das pessoas da universidade é identificada na literatura como algo essencial em todas 
as etapas do processo de planejamento estratégico. Esta participação pode ser proporcionada por meio 
de reuniões, seminários, cursos, treinamentos, entre outros. Além disso, nos programas de trabalho e 
execução do plano estratégico estão envolvidas informações necessárias e vários conhecimentos, por 
isso um processo participativo pode favorecer a continuidade administrativa. 
A implementação das ações estratégicas focaliza um esforço coletivo, uma vez que uma estratégia 
compartilhada pela organização orienta os esforços individuais em uma mesma direção. As ações 
quando organizadas de acordo com a realidade em torno de objetivos claros evita a duplicidade de 
esforços. 
 
Os processos de planejamento estratégico refletem os princípios da gestão da organização, 
principalmente em suas dimensões de participação, abertura ao ambiente externo, priorização dos 
stakeholders, formalismo, centralização, ênfase setorial, ênfase em funções e outras. Assim, “fazer 
planejamento é, então, fazer política a partirdo momento em que se escolhe como se quer, quem vai 
planejar, o que (qual agenda) se vai planejar ....”. 
Em alguns casos, o planejamento estratégico não é visto com a devida importância na ação 
administrativa e política da instituição, não tem credibilidade para a solução de problemas e por isso a 
comunidade universitária resiste a se envolver nas atividades de planejamento. Além disso, as instâncias 
colegiadas concentram-se nas atividades do dia-a-dia e não pensam estrategicamente, com o enfoque 
de compatibilizar as propostas com as restrições orçamentárias, o que impacta a implementação dos 
projetos institucionais. Soma-se a esses elementos a inexistência de uma visão compartilhada do papel 
da universidade, o que reflete uma visão fragmentada e particular dos ambientes interno, externo, 
dificultando o consenso. No processo participativo do planejamento estratégico, essa visão fragmentada 
pode resultar em planos fragmentados e com inconsistências entre as suas propostas. 
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Neste texto, portanto, entende-se como relevante desafio para as universidades a busca da coerência 
entre três grandes eixos: (1) conciliação da realidade dos ambientes externo e interno; (2) do passado, 
presente e futuro da instituição; e (3) das aspirações nos níveis individual, dos grupos e da instituição 
como um todo. Focando o planejamento estratégico como um processo institucional integrado 
participativo e contínuo, que não se resume apenas a um modelo concebido, mas uma prática 
organizacional. Em outras palavras, um processo de desenvolvimento voltado para a implementação. 
 
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA FINANCEIRA 
 
A atuação da Administração Financeira no Setor Público se dá por meio do orçamento e seus 
mecanismos, que serão abordar a seguir. 
 
Orçamento é um dos mais antigos e tradicionais instrumentos utilizados na gestão dos negócios 
públicos, sendo concebido inicialmente como um mecanismo eficaz de controle parlamentar sobre o 
Executivo. Ao longo do tempo, sofreu mudanças no plano conceitual e técnico (aspectos jurídico, 
econômico, financeiro, de planejamento e programação, gerencial e controle administrativo, por 
exemplo) para acompanhar a própria evolução das funções do Estado. 
Os primeiros Orçamentos de que se têm notícia eram os chamados orçamentos tradicionais, que se 
importavam apenas com o gasto. Eram meros documentos de previsão de receita e autorização de 
despesas sem nenhum vínculo com um sistema de planejamento governamental. Simplesmente se fazia 
uma estimativa de quanto se ia arrecadar e decidia-se o que comprar, sem nenhuma prioridade ou senso 
distributivo na alocação dos recursos públicos. 
Era compreendido como uma peça que continha apenas a previsão das receitas e a fixação das 
despesas para determinado período, sem preocupação com planos governamentais de 
desenvolvimento, tratando-se, assim, de mera peça contábil-financeira. Tal conceito se revela 
ultrapassado, pois a intervenção Estatal na vida da sociedade aumentou de forma acentuada e, com 
isso, o planejamento das ações do Estado é imprescindível. 
A história divide a evolução conceitual do Orçamento Público em duas fases: o Orçamento tradicional 
e o Orçamento moderno. Até o século XIX, o s doutrinadores consideram que perdurou o Orçamento 
Tradicional, que, é marcado pelo controle político (orçamento como instrumento de controle) cuja 
preocupação seria controlar os gastos públicos. Os gastos públicos eram vistos como um mal 
necessário. 
A partir dos primórdios do século XX, tendo como indutor os EUA, desenvolveu-se na Administração 
Pública a preocupação em ser mais eficiente, visando promover o desenvolvimento econômico e social. 
O orçamento, antes era considera do um mero demonstrativo de autorizações legislativas e que não 
atendia as necessidades, passou a ser visto como algo mais que uma simples previsão de receitas ou 
estimativa de despesa. Este passaria a ser considerado como um instrumento de administração visando 
cumprir os programas de governo. 
Desta forma, o Orçamento evoluiu ao longo da história para um conceito de Orçamento-programa, 
segundo o qual o Orçamento não é apenas um mero documento de previsão da arrecadação e 
autorização do gasto, que além de conter a previsão de receitas e a estimativa de despesas a serem 
realizadas por um governo, em um determinado exercício financeiro mas um documento legal, que 
contém programas e ações vinculados a um processo de planejamento público, com objetivos e metas 
a alcançar no exercício (a ênfase no Orçamento-programa é nas realizações do Governo). 
 
O orçamento é utilizado hodiernamente como instrumento de planejamento da ação governamental, 
possuindo um aspecto dinâmico, ao contrário do orçamento tradicional já superado, que possuía caráter 
eminentemente estático. 
Apesar de todas as divergências existentes na doutrina, considera-se o orçamento como uma lei 
formal, que apenas prevê as receitas públicas e autoriza os gastos, não criando direitos subjetivos nem 
modificando as leis tributárias e financeiras. 
Sendo uma lei formal, a simples previsão de despesa na lei orçamentária anual não cria direito 
subjetivo, não sendo possível se exigir, por via judicial, que uma despesa específica fixada no orçamento 
seja realizada. 
 
São listadas as seguintes características da lei orçamentária: 
a) lei formal – formalmente o orçamento é uma lei, mas, conforme vimos acima, em vários 
casos ela não obriga o Poder Público, que pode, por exemplo, deixar de realizar uma despesa 
autorizada pelo legislativo; embora lei, em sentido formal não possui coercibilidade. 
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. 84 
b) lei temporária – a lei orçamentária tem vigência limitada. 
c) lei ordinária – todas as leis orçamentárias (PPA, LDO e LOA) são leis ordinárias. Os 
créditos 
suplementares e especiais também são aprovados como leis ordinárias. 
d) lei especial – possui processo legislativo diferenciado e trata de matéria específica. 
 
O orçamento compreende quatro aspectos fundamentais: 
a) o jurídico, que envolve a natureza do ato orçamentário quanto aos direitos e obrigações que ele 
gera à Administração, aos agentes públicos e aos administrados. 
b) o político, que indica para qual direção o poder político está atuando, isto é, qual necessidade 
coletiva entendeu ser de interesse público e usará, para sua satisfação, o serviço público mediante seu 
critério de gasto. 
c) o econômico, quanto às diretrizes econômicas e políticas fiscais adotadas em sua elaboração e 
que se tornarão postulados a serem seguidos. 
d) técnico-financeiro, estabelecendo metodologias e procedimentos administrativos e contábeis 
adotados à persecução dos fins do instrumento orçamentário. 
 
Os objetivos da política orçamentária são corrigir as falhas de mercado e as distorções, visando 
manter a estabilidade, melhorar a distribuição de renda, e alocar os recursos com mais eficiência. O 
Orçamento tem a função de também regular o mercado e coibir abusos, reduzindo falhas de mercado e 
externalidades negativas (fatores adversos causados pela produção, como poluição, problemas 
urbanos, dentre outros). 
O Estado intervém de várias formas no mercado, como através da política fiscal e da política 
monetária, com controle de preços, salários, inflação, dentre outros. São exemplos de instrumentos e 
recursos utilizados pelo Estado para intervir na economia: 
 
• Política Fiscal - envolve a administração e a geração de receitas, além do cumprimento de metas 
e objetivos governamentais no orçamento, utilizado para a alocação, distribuição de recursos e 
estabilização da economia. É possível, com a política fiscal, aumentar a renda e o PIB e aquecer a 
economia, com uma melhor distribuição de renda. 
• Política Regulatória - envolve o uso de medidas legais como decretos, leis, portarias, etc.,expedidas como alternativa para se alocar, distribuir os recursos e estabilizar a economia. Com o uso 
das normas, diversas condutas podem ser banidas, como a criação de monopólios, cartéis, práticas 
abusivas, poluição, etc. 
• Política Monetária – envolve o controle da oferta de moeda, da taxa de juros e do crédito em 
geral, para efeito de estabilização da economia e influência na decisão de produtores e consumidores. 
Com a política monetária, pode-se controlar a inflação, preços, restringir a demanda, etc. 
 
O Orçamento Público funciona como um balizador na economia; existindo elevados investimentos 
governamentais no orçamento, provavelmente haverá reflexos na criação de empregos e aumento de 
renda; em contraposição, um orçamento restritivo em investimentos, provocará desemprego, 
desaceleração da economia e decréscimo no produto interno bruto. 
 
Dentre as funções consubstanciadas no Orçamento Público, destacamos: 
 
A função alocativa diz respeito a promover ajustamentos na alocação de recursos, justifica-se 
quando o funcionamento do mecanismo de mercado (sistema de ação privada) não garante a necessária 
eficiência na utilização desses recursos. Portanto, a utilização desse instrumento de atuação se efetiva 
em situações de “falha de mercado”, como, por exemplo, na presença de externalidades ou de bens 
públicos. 
 
A função distributiva, por sua vez, diz respeito a promover ajustamentos na distribuição de renda. 
Justifica-se seu emprego nos casos em que o resultado distributivo do mecanismo de ação privada não 
for considerado socialmente justificável ou desejado. Mais uma vez a justificativa está ligada à correção 
das falhas de mercado. 
 
A função estabilizadora, por fim, está associada à manutenção da estabilidade econômica, 
justificada como meio de atenuar o impacto social e econômico na presença de inflação ou depressão. 
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Portanto, seu emprego gera estabilidade dos níveis de preço (combate às pressões inflacionárias), 
diminui os potenciais efeitos da depressão e mantém o nível de emprego (combate ao desemprego), 
tendo à disposição dois instrumentos macroeconômicos: a política fiscal e a política monetária. 
 
CLASSIFICAÇÃO/TIPOS/TÉCNICAS ORÇAMENTÁRIAS 
 
As técnicas orçamentárias também conhecidas como espécies ou tipos de orçamento, podem ser 
classificadas da seguinte forma: 
 
Orçamento Clássico ou Tradicional 
Era aquele onde constavam apenas a fixação da despesa e a previsão da receita, sem nenhuma 
espécie de planejamento das ações do governo. Era peça meramente contábil – financeira, um 
documento de previsão de receita e de autorização de despesas. 
Neste tipo de orçamento não havia preocupação com a realização dos programas de trabalho do 
governo, preocupando-se apenas com as necessidades dos órgãos públicos para realização das suas 
tarefas, sem se questionar sobre objetivos e metas. 
 
Orçamento de Desempenho ou por Realizações 
Uma evolução do orçamento clássico foi o chamado orçamento de desempenho em um contexto de 
Administração por Resultados. Neste tipo de orçamento, o gestor começa a se preocupar com o 
resultado dos gastos e não apenas com o gasto em si, ou seja, preocupa-se agora em saber “as coisas 
que o governo faz e não as coisas que o governo compra”. Apesar de ser um passo importante, o 
orçamento de desempenho ainda se encontra desvinculado de um planejamento central das ações do 
governo e, embora já ligado aos objetivos, não pode, ainda, ser considerado um orçamento-programa, 
visto que lhe falta uma característica essencial, que é a vinculação ao Sistema de Planejamento. 18 
Nesse tipo de orçamento, a ênfase era as coisas que o governo fazia, ou seja, o foco era, basicamente, 
nos resultados, com desvinculação entre planejamento e orçamento. 
Como objetivos do orçamento de desempenho podem ser citados a melhoria da priorização das 
despesas e o aprimoramento da eficiência técnica. Como meio de alcançar os objetivos realiza-se a 
vinculação de dotações orçamentárias a resultados, utilizando Informações de Desempenho (ID). Pode 
abranger todo governo ou ser setorial. 
Orçamento por desempenho leva tempo para ser realizado, uma vez que demanda um Sistema de 
Informações de Desempenho. Ressalta-se que este orçamento possui sua Contabilidade orientada por 
resultados. 
Outro ponto de destaque é que a capacitação é crucial, tanto para os ministros responsáveis pela 
gestão, como o Ministério da Fazenda e outras agências federais, sendo assim, requerendo grandes 
esforços de capacitação. Por fim, este orçamento de desempenho demanda reformas mais amplas, 
estas são cruciais e necessitam de muito compromisso político. 
 
Orçamento – Programa 
Esse tipo de orçamento foi introduzido no Brasil pela Lei 4320/64 e do Decreto-lei 200/67 e funciona 
como um plano de trabalho, um instrumento de planejamento da ação do governo, pela identificação dos 
seus programas de trabalho, projetos e atividades, além do estabelecimento de objetivos e metas a 
serem implementados, bem como a previsão dos custos relacionados. 
 
A CF/88 implantou definitivamente o orçamento – programa no Brasil, ao estabelecer a normatização 
da matéria orçamentária pelo PPA, da LDO e da LOA, ficando evidente o extremo zelo do constituinte 
para com o planejamento das ações do governo. 
Alguns autores têm destacado as seguintes vantagens do orçamento-programa em relação a métodos 
de elaboração orçamentária tradicionais: 
a) melhor planejamento de trabalho; 
b) maior precisão na elaboração dos orçamentos; 
c) melhor determinação das responsabilidades; 
d) maior oportunidade para redução dos custos; 
e) maior compreensão do conteúdo orçamentário por parte do Executivo, do Legislativo e da população 
em geral 
 
18 ENAP. Elaboração e Execução de Orçamento Público Disponível em: 
file:///C:/Users/professor/Downloads/Elabora%20o%20e%20Execu%20o%20de%20Oramento%20Pblico.pdf 
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f) facilidade para identificação de duplicação de funções; 
g) melhor controle da execução do programa; 
h) identificação dos gastos e realizações por programa e sua comparação em termos absolutos e 
relativos; 
i) apresentação dos objetivos e dos recursos da instituição e do inter-relacionamento entre custos e 
programas; e ênfase no que a instituição realiza e não no que ela gasta. 
 
Em sua elaboração, o Orçamento-Programa tem uma lógica que o distingue de outros modelos. Essa 
lógica pode ser traduzida em fases que, ao serem cumpridas, dão ao orçamento-programa toda a sua 
peculiaridade. São elas: 
 
- Determinação da situação: identificação dos problemas existentes. 
 
- Diagnóstico da situação: identificação das causas que concorrem para o aparecimento dos 
problemas. 
 
- Apresentação das soluções: identificação das alternativas viáveis para solucionar os problemas. 
Estabelecimento das prioridades: ordenamento das soluções encontradas. 
 
- Definição dos objetivos: estabelecimento do que se pretende fazer e o que se conseguirá com 
isso. 
 
- Determinação das tarefas: identificação das ações necessárias para atingir os objetivos. 
 
- Determinação dos recursos: arrolamento dos meios: recursos humanos, materiais, técnicos, 
institucionais e serviços de terceiros necessários. 
 
- Determinação dos meios financeiros: expressão monetária dos recursos alocados. 
 
Em síntese, o Orçamento-programa é aquele que apresenta os propósitos, objetivos e metas 
para os quais a administração solicita os recursos necessários, identifica os custos dos 
programas propostos para alcançar tais objetivos e os dados quantitativos que medem as 
realizações e o trabalho realizado dentro de cada programa. Foi introduzido no Brasil por meio 
da Lei no 4.320/64 e do Decreto-Lei no 200/67. A ConstituiçãoFederal de 1988 consolidou 
definitivamente a adoção do orçamento-programa, ao vincular o processo orçamentário ao PPA, 
à LDO e à LOA. 
 
Orçamento de Base Zero ou por Estratégia 
É um orçamento de baixo para cima, como se o orçamento estivesse sendo preparado pela primeira 
vez. Todos os gastos propostos devem ser revistos. A metodologia do OBZ não é adotada no Brasil, em 
nenhuma das unidades da Federação. 
O orçamento de base zero é uma metodologia orçamentária a qual exige que todas as despesas dos 
órgãos ou das entidades públicas, programas ou projetos governamentais sejam detalhadamente 
justificadas a cada ano, como se cada item de despesa se tratasse de uma nova iniciativa do governo. 
O foco principal do orçamento de base zero é o controle das despesas de capital (investimentos), ou 
seja, parte-se da premissa do que precisa ser feito e não o que seria bom ser feito. Assim sendo, o 
orçamento se torna o mais próximo possível da realidade. 
Essa espécie de orçamento consiste basicamente em uma análise crítica de todos os recursos 
solicitados pelos órgãos governamentais. Neste tipo de abordagem, na fase de elaboração da proposta 
orçamentária, questionar-se-ão as reais necessidades de cada área, sem compromisso com nenhum 
montante inicial de dotação. 
Os órgãos governamentais, por sua vez, deverão justificar anualmente, na fase de elaboração da sua 
proposta orçamentária, a totalidade de seus gastos, sem utilizar o ano anterior como valor inicial mínimo19. 
 
Orçamento Participativo 
Os orçamentos públicos nas democracias representativas são elaborados pelos poderes Executivo e 
 
19 ENAP. Elaboração e Execução de Orçamento Público Disponível em: 
file:///C:/Users/professor/Downloads/Elabora%20o%20e%20Execu%20o%20de%20Oramento%20Pblico.pdf 
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Legislativo. Aliás, segundo os juristas especializados, a principal razão da existência do Legislativo na 
sua função precípua de representação popular, está na co-participação com o executivo na alocação dos 
recursos públicos por intermédio da elaboração dos orçamentos. O orçamento participativo incorpora a 
população ao processo decisório da elaboração orçamentária, seja por meio de lideranças da sociedade 
civil, seja por meio de audiências públicas ou por outras formas de consulta direta à sociedade. Trata-se 
de ouvir de forma direta as comunidades para a definição das ações do Governo para resolução dos 
problemas por elas considerados prioritários. É exercitado no Brasil em alguns estados da federação e 
em muitas Prefeituras. Na União, não tem sido aplicado, embora sejam feitas audiências públicas durante. 
 
Tabela-resumo de Técnicas e Práticas Orçamentárias 
A tabela abaixo objetiva dar uma visão agregada das técnica orçamentárias vistas até aqui, bem como 
contempla outras práticas de elaboração orçamentária. 
 
Denominação Características Observações 
 
Orçamento 
Tradicional 
Processo orçamentário em que é 
explicitado apenas o objeto de gasto. 
Apresenta valores para as despesas 
com pessoal, material, serviços etc., 
sem relacionar os gastos a nenhuma 
finalidade (programa ou ação). 
Também é conhecido como 
Orçamento Clássico. 
 
Orçamento de 
Desempenho 
Processo orçamentário que apresenta duas 
dimensões do orçamento: 
- objeto de gasto; 
- um programa de trabalho, contendo 
as ações desenvolvidas. 
Enfatiza o desempenho organizacional 
Também conhecido como orçamento 
funcional 
 
Orçamento 
Programa 
Orçamento que expressa, financeira e 
fisicamente, os programas de trabalho de 
governo, possibilitando: 
a) a integração do planejamento com 
o orçamento; 
b) a quantificação de objetivos e a 
fixação de metas; 
c) as relações insumo-produto; 
d) as alternativas programáticas; 
e) o acompanhamento 
físicofinanceiro; 
f) a avaliação de resultados; 
g) a gerência por objetivos 
Originalmente, integrava o sistema de 
planejamento, programação e 
orçamentação introduzido nos 
Estados Unidos, no final da década de 
1950, sob a denominação PPBS 
(Planning Programming Budgeting 
System) 
 
Orçamento 
Participativo 
Processo orçamentário que contempla a 
população no processo decisório, por meio 
de lideranças ou audiências públicas 
Existência de uma coparticipação do 
Executivo e Legislativo na elaboração dos 
orçamentos 
Transparência dos critérios e informações 
que nortearão a tomada de decisões 
Necessidade de um maior 
discricionariedade do governo na 
alocação dos gastos, a fim de que 
possa atender os anseios da 
Sociedade. 
Requer auto grau de mobilização 
social. 
Deve haver disposição do poder 
público em descentralizar e repartir o 
poder. 
Orçamento 
Base-Zero 
Processo orçamentário que se apoia na 
necessidade de justificativa de todos os 
programas cada vez que se inicia um novo 
ciclo orçamentário. 
Analisa, revê e avalia todas as despesas 
propostas e não apenas as das solicitações 
que ultrapassam o nível de gasto já 
existente. 
Abordagem orçamentária 
desenvolvida nos Estados Unidos, pela 
Texas Instruments Inc., durante o ano 
de 1969. Foi adotada pelo Estado da 
Geórgia (governo Jimmy Carter), com 
vistas ao ano fiscal de1973. 
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Orçamento 
Incremental 
(ou inercial) 
Orçamento elaborado através de ajustes 
marginais nos seus itens de receita e 
despesa. 
Repetição do orçamento anterior 
acrescido da variação de preços 
ocorrida no período. 
 
Orçamento 
Com Teto Fixo 
Critério de alocação de recursos através do 
estabelecimento de um quantitativo 
financeiro fixo (teto), obtido mediante a 
aplicação de um percentual único sobre as 
despesas realizadas em determinado 
período 
Esse percentual único serve de base 
para que os órgãos/unidades elaborem 
suas propostas orçamentárias parciais. 
Fonte: ENAP. Elaboração e Execução de Orçamento Público Disponível em: 
file:///C:/Users/professor/Downloads/Elabora%20o%20e%20Execu%20o%20de%20Oramento%20Pblic 
o.pdf 
Questões 
 
01. (DETRAN-RJ - Analista – Contabilidade – EXATUS/2012) A história da evolução conceitual do 
Orçamento Público é dividida em duas fases, quais são elas? (A) Orçamento Tradicional e Orçamento 
Moderno. (B) Orçamento Conceitual e Orçamento Sustentável (C) Orçamento Original e Orçamento 
Evolutivo. 
(D) Orçamento Primário e Orçamento Vigente. 
 
02. (TRT - 18ª Região (GO) - Técnico Judiciário - Área Administrativa – FCC/2013) O Orçamento 
Público no Brasil. 
(A) é uma peça administrativa, de caráter indicativo, sem efeito legal. 
(B) é um instrumento de elaboração técnico-contábil que independe de negociações políticas entre 
esferas de poder. 
(C) tem sua proposição, aprovação e controle de execução como atribuições exclusivas de 
responsabilidade do Poder Executivo. 
(D) constitui-se em instrumento legal que estabelece as possibilidades de despesas do poder público, 
com base em estimativa de receita 
(E) é utilizado como ferramenta de política monetária a partir do controle dos padrões de investimentos 
dos entes financeiros privados. 
 
03. (Secretaria do Estado Planejamento e Gestão/DF – Auditor Fiscal Atividades Urbanas – 
FUNIVERSA/2011) Com relação ao orçamento público, assinale a alternativa correta. 
(A) Tem a natureza jurídica de lei complementar. 
(B) O projeto da lei orçamentária é de iniciativa de qualquer um dos poderes. 
(C) A Lei n.º 4.320/1964 estabelece o regime de tramitação do projeto de lei orçamentária. 
(D) Sob o enfoque formal, tem natureza jurídica de lei anual. (E) É um instrumento que estima a 
despesa e fixa a receita. 
 
04. (TRF 1º REGIÃO – Analista Judiciário – Administrativa – FCC/2011) Com relação aos tipos de 
orçamentos, considere as afirmativas abaixo: 
I. No orçamento de tipo tradicional há grande preocupação coma clareza dos objetivos econômicos 
e sociais que motivaram a elaboração da peça orçamentária. 
II. O orçamento base-zero exige a reavaliação de todos os programas cada vez que se inicia um 
novo ciclo orçamentário e não apenas as das solicitações que ultrapassam o nível de gasto já existente. 
III. O orçamento-programa considera os objetivos que o Governo pretende atingir, num prazo 
prédeterminado. 
IV. O orçamento de desempenho não pode ser considerado um orçamento-programa, pois não 
incorpora o controle contábil do gasto e o detalhamento da despesa. 
V. No orçamento-programa a alocação dos recursos para unidades orçamentárias se dá com base 
na proporção dos recursos gastos em exercícios anteriores. 
Está correto o que se afirma SOMENTE em: 
(A) I e IV. 
(B) I, III e IV. 
(C) II, III e V. 
(D) I, III, IV e V. 
(E) II e III. 
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05 – (CVM – Analista – Planejamento E Execução Financeira – ESAF/2010) A abordagem 
orçamentária cujas principais características são a análise, revisão e avaliação de todas as despesas 
propostas e não apenas das solicitações que ultrapassam o nível de gasto já existente, de modo que 
todos os programas devem ser justificados cada vez que se inicia um novo ciclo orçamentário, 
denominase: 
a) orçamento tradicional. 
b) orçamento de base zero. 
c) orçamento de desempenho. 
d) orçamento programa. 
e) orçamento incremental. 
 
06 - (TER MS – Analista Judiciário – Área Administrativa – CESPE/2013) Acerca do orçamento 
público no Brasil, assinale a opção correta. 
a) A disposição dos três orçamentos que constituem a lei orçamentária anual – fiscal, seguridade 
social e orçamento de investimento das empresas – é, da mesma forma, estabelecida nas leis de 
diretrizes orçamentárias. 
b) A elaboração do orçamento anual desenvolve-se no âmbito do Sistema de Planejamento e de 
Orçamento Federal, cujo órgão central é o Ministério do Desenvolvimento Social. 
c) Assim como os temas orçamentários, a obrigatoriedade de se adotar sistematicamente o 
planejamento nas diversas esferas do governo tornou-se realidade com a Constituição de 1967. 
d) O plano plurianual constitui a síntese dos esforços de planejamento da União, não atingindo os 
demais entes da Federação. 
e) O orçamento anual constitui princípio orientador para a elaboração das diretrizes orçamentárias. 
 
07. (TJ-RR – Administrador – CESPE/2012) Ao determinar o tipo e a quantidade de bens e serviços 
públicos que devem ser oferecidos, bem como o valor das contribuições de cada consumidor, o governo 
exerce sua função estabilizadora, mediante a aplicação de uma política monetária. 
( ) Certo ( ) Errado 
 
08. (TRE-MS - Analista Judiciário - Área Administrativa – CESPE/2013) Tendo em vista que as 
funções econômicas do Estado são os principais instrumentos de ação estatal na economia, assinale a 
opção correta. 
(A) A função estabilizadora ocorre, principalmente, nas situações em que o governo se utiliza do 
orçamento para a provisão de bens mistos. 
(B) Para o exercício da função estabilizadora, o governo tem à disposição dois instrumentos 
macroeconômicos: a política fiscal e a política monetária. 
(C) A função alocativa do governo justifica-se nos casos em que existe eficiência por parte do 
mecanismo de ação privada (sistema de mercado). 
(D) A função estabilizadora, que promove o ajustamento da distribuição de renda, visa o chamado 
ideal de Pareto, que preconiza a melhoria do indivíduo sem que a situação dos demais seja deteriorada. 
(E) Para o exercício da função distributiva, o governo tem um único instrumento, denominado imposto 
de renda progressivo por faixas de renda. 
 
Respostas 
 
01. Resposta: A. 
A história divide a evolução conceitual do Orçamento Público em duas fases: o Orçamento tradicional 
e o Orçamento moderno. Até o século XIX, o s doutrinadores consideram que perdurou o Orçamento 
Tradicional, que, é marcado pelo controle político (orçamento como instrumento de controle) cuja 
preocupação seria controlar os gastos públicos. Os gastos públicos eram vistos como um mal 
necessário. 
 
02. Resposta: D. 
O Orçamento Público contém a previsão de receitas e a estimativa de despesas a serem realizadas 
por um governo, em um determinado exercício financeiro. 
 
 
 
 
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03 - Resposta “D” 
Lei Orçamentária Anual – LOA 
Orçamento Público O orçamento público é um instrumento de planejamento governamental onde são 
previstas as receitas e fixadas as despesas para um determinado período. 
Discute-se se ela é uma lei anual, entretanto, para a maioria dos autores, não existe tal dúvida, visto 
que essa lei, entre outras metas e prioridades administrativas, inclui as despesas de capital para o 
exercício financeiro subsequente e orientará a elaboração da lei orçamentária anual. 
Além do estabelecimento de metas e prioridades, deve a lei orçamentária dispor sobre a política de 
aplicação das agências financeiras oficiais de fomento, procurando equilibrar as despesas com as 
receitas 
 
04. Resposta “E” 
Orçamento Base Zero: Processo orçamentário que se apoia na necessidade de justificativa de todos 
os programas cada vez que se inicia um novo ciclo orçamentário. 
Analisa, revê e avalia todas as despesas propostas e não apenas as das solicitações que ultrapassam 
o nível de gasto já existente. 
Orçamento Programa: Orçamento que expressa, financeira e fisicamente, os programas de trabalho 
de governo, possibilitando: 
a) a integração do planejamento com o orçamento; 
b) a quantificação de objetivos e a fixação de metas; 
c) as relações insumo-produto; 
d) as alternativas programáticas; 
e) o acompanhamento físicofinanceiro; 
f) a avaliação de resultados; 
g) a gerência por objetivos 
 
05. Resposta “B”. 
Orçamento Base Zero: Processo orçamentário que se apoia na necessidade de justificativa de todos 
os programas cada vez que se inicia um novo ciclo orçamentário. 
Analisa, revê e avalia todas as despesas propostas e não apenas as das solicitações que ultrapassam 
o nível de gasto já existente. 
 
06. Resposta “A” 
Art. 165. Leis de iniciativa do Poder Executivo estabelecerão: 
I - o plano plurianual; 
II - as diretrizes rçamentárias; 
III - os orçamentos anuais. 
§ 5º - A lei orçamentária anual compreenderá: 
I - o orçamento fiscal referente aos Poderes da União, seus fundos, órgãos e entidades da 
administração direta e indireta, inclusive fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público; 
II - o orçamento de investimento das empresas em que a União, direta ou indiretamente, detenha a 
maioria do capital social com direito a voto; 
III - o orçamento da seguridade social, abrangendo todas as entidades e órgãos a ela vinculados, da 
administração direta ou indireta, bem como os fundos e fundações instituídos e mantidos pelo Poder 
Público. 
 
07. Resposta: ERRADO. 
A correta é a função Alocativa que diz respeito a promover ajustamentos na alocação de recursos, 
justifica-se quando o funcionamento do mecanismo de mercado (sistema de ação privada) não garante 
a necessária eficiência na utilização desses recursos. Portanto, a utilização desse instrumento de 
atuação se efetiva em situações de “falha de mercado”, como, por exemplo, na presença de 
externalidades ou de bens públicos. 
 
08. Resposta: B. 
A função estabilizadora, por fim, está associada à manutenção da estabilidade econômica, 
justificada como meio de atenuar o impacto social e econômico na presença de inflação ou depressão. 
Portanto, seu emprego gera estabilidade dos níveis de preço (combate às pressões inflacionárias), 
diminui os potenciais efeitos da depressão e mantém o nível de emprego (combate ao desemprego), 
tendo à disposição dois instrumentos macroeconômicos: a política fiscal e a política monetária. 
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. 91 
PPA, LDO, LOA E O CICLO ORÇAMENTÁRIO 
 
O Sistema Orçamentário Brasileiro é composto de três elementos básicos 
 
Plano Plurianual – PPA 
Lei de Diretrizes Orçamentárias – LDO 
Lei Orçamentária Anual – LOA 
 
Cabe a uma Comissão mista permanente de Senadores e Deputados apreciar os projetos de lei 
relativos ao plano plurianual, às diretrizes orçamentárias, ao orçamento anual e aos créditos adicionais. 
 
 
PLANO PLURIANUAL – PPA 
 
O PPA é uma Lei de Iniciativa do Poder Executivo, em que estão quantificados, especificados e 
qualificados os custos de cada projeto de duração plurianual ou continuada. O PPA funciona como um 
instrumento de planejamento estratégico das ações do Governo para um período de quatro anos. 
 
A referida Lei é uma inovação instituída pela Constituição Federal de 1988, que determina em seus 
art. 165, § 1.º, que a Lei que instituir o plano em questão “estabelecerá, de forma regionalizada, as 
diretrizes, objetivos e metas (DOM) da administração pública federal para as despesas de capital e outras 
delas decorrentes e para as relativas aos programas de duração continuada”. Os planos e programas 
nacionais, regionais e setoriais previstos na Constituição serão elaborados em consonância com o PPA. 
Nenhum investimento cuja execução ultrapasse um exercício financeiro poderá ser iniciado sem prévia 
inclusão no PPA, ou sem lei que autorize a inclusão, sob pena de crime de responsabilidade. Prazos 
Legais: A CF/88 em seu art. 165, § 9.º, assim dispõe: 
 
“Cabe à lei complementar: I - dispor sobre o exercício financeiro, a vigência, os prazos, a elaboração 
e a organização do plano plurianual, da lei de diretrizes orçamentárias e da lei orçamentária anual”. 
 
 Art. 35, § 2.º, I, dos Atos das Disposições Constitucionais Transitórias – ADCT. 
 
PPA: o projeto do plano plurianual, para vigência até o final do primeiro exercício financeiro do 
mandato presidencial subsequente, será encaminhado até quatro meses antes do encerramento do 
primeiro exercício financeiro e devolvido para sanção até o encerramento da sessão legislativa. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Poder Executivo 
( envio até 31/08) 
Poder Legislativo 
22/12) ( retorno até 
Período do Mandato X Período de Vigência do PPA 
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. 92 
 
 
Por meio dele, é declarado o conjunto das políticas públicas do governo para um período de quatro 
anos e os caminhos trilhados para viabilizar as metas previstas. É o instrumento de planejamento que 
estabelece, de forma regionalizada, as diretrizes, objetivos e metas da Administração Pública Federal 
para as despesas de capital - e outras delas decorrentes - e para as relativas aos programas de duração 
continuada. O PPA declara as escolhas pactuadas com a sociedade e contribui para viabilizar os 
objetivos fundamentais da República. Além disso, organiza a ação de governo na busca de um melhor 
desempenho da Administração Pública. 
 
O PPA apresenta uma parte dos recursos financeiros orçamentários (esferas “Fiscal e Seguridade 
Social” e “Investimentos das Estatais”) arrecadados pelo Governo, mas também faz uso de recursos que 
não estão no orçamento, valores que podem ser originários de agências oficiais de crédito (exemplos: 
Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social - 
BNDES, etc.), de fundos administrados pelo Governo (ex: FAT - Fundo de Amparo ao Trabalhador), de 
incentivos ou renúncias fiscais, de parcerias com o setor privado, entre outras possibilidades. 
Diferentemente da Lei Orçamentária Anual (LOA), o PPA não apresenta os Programas classificados 
como Operação Especial. Atualmente, a peça orçamentária de cada exercício anual permite visualizar o 
tipo de recurso que está financiando determinada ação orçamentária. 
A gestão do PPA ocorre, principalmente, com base no monitoramento dos Programas, Objetivos, 
Metas e Iniciativas, dedicando especial atenção aos meios mais eficazes para possibilitar a execução 
necessária ao desenvolvimento do País. É importante destacar que o conceito de gestão associado ao 
Plano Plurianual - PPA - dialoga com a criação de condições objetivas que favoreçam a execução, de 
forma que o conceito de resultado está associado à abertura de canais que ampliem a escala de entregas 
do Estado. 
O PPA confere um tratamento especial à transversalidade e à multissetorialidade, institutos que 
permitem identificar públicos ou políticas específicas em determinados setores de atuação do governo. 
É o caso, por exemplo, da declaração e identificação da política para as mulheres (público) no interior 
da política de desenvolvimento agrário (setor). Por meio das agendas transversais do PPA, por exemplo, 
é possível combinar diferentes Objetivos, Metas e Iniciativas, criando condições para uma abordagem 
mais adequada da relação entre os programas, além de permitir a análise e o acompanhamento de 
políticas públicas integradas. 
 
Dessa forma, a atual estrutura do PPA ampliou as possibilidades das políticas para as mulheres, raça, 
criança e adolescente, idoso, LGBT, quilombola, povos e comunidades tradicionais, juventude e pessoa 
com deficiência. O Plano apresenta a visão de futuro para o país, macrodesafios e valores que guiam o 
comportamento para o conjunto da Administração Pública Federal. Por meio dele, o governo declara e 
organiza sua atuação, a fim de elaborar e executar políticas públicas necessárias. O Plano permite, 
também, que a sociedade tenha um maior controle sobre as ações concluídas pelo governo. 
 
Estrutura programática 
 
A partir da Portaria n.º 42, de 14 de abril de 1999, os programas deixaram de ter o caráter de 
classificador e cada nível de governo passou a ter a sua estrutura própria, adequada à solução dos seus 
problemas, originária do processo de planejamento desenvolvido durante a formulação do Plano 
Plurianual – PPA. 
Há convergência entre as estruturas do plano plurianual e do orçamento anual a partir do programa, 
“módulo” comum integrador do PPA com o Orçamento. Em termos de estruturação, o plano termina no 
programa e o orçamento começa nele, o que confere a esses documentos uma integração desde a 
origem, sem a necessidade, portanto, de buscar-se uma compatibilização entre módulos diversificados. 
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. 93 
O programa age como único módulo integrador, e os projetos e as atividades como instrumentos de 
realização dos programas. 
Cada programa contém, no mínimo, objetivo - indicador que quantifica a situação que o programa tem 
por fim modificar e os produtos (bens e serviços) necessários para atingi-lo. Os produtos dos programas 
dão origem aos projetos e atividades. A cada projeto ou atividade só pode estar associado um produto, 
que, quantificado por sua unidade de medida, dá origem à meta. 
Os programas são compostos por atividades, projetos e uma nova categoria de programação 
denominada operações especiais. Estas podem fazer parte dos programas quando entendido que, 
efetivamente, contribuem para a consecução de seus objetivos; tais operações, quando associadas a 
programas finalísticos apresentam, na maioria dos casos, produtos associados. Daí a necessidade de 
caracterização desses produtos. Quando não, as operações especiais não se vincularão a programas. 
A estruturação de programas e respectivos produtos, consubstanciados em projetos e em atividades, 
é sempre revisada anualmente e seu resultado disponibilizado para que os órgãos setoriais e as 
unidades orçamentárias apresentem as suas propostas orçamentárias. 
O programa é o instrumento de organização da atuação governamental. Articula um conjunto de 
ações que concorrem para um objetivo comum preestabelecido, mensurado por indicadores 
estabelecidos no plano plurianual, visando à solução de um problema ou o atendimentode uma 
necessidade ou demanda da sociedade. 
Toda a ação finalística do Governo Federal deverá ser estruturada em programas, orientados para 
consecução dos objetivos estratégicos definidos, para o período, no PPA. A ação finalística é a que 
proporciona bem ou serviço para atendimento direto às demandas da sociedade. 
 
Tipos de programas 
 
Programas Finalísticos: são programas que resultam em bens e serviços ofertados diretamente à 
sociedade. Seus atributos básicos são: denominação, objetivo, público-alvo, indicador(es), fórmulas de 
cálculo do índice, órgão(s), unidades orçamentárias e unidade responsável pelo programa. 
O indicador quantifica a situação que o programa tenha por fim modificar, de modo a explicitar o 
impacto das ações sobre o público-alvo. 
 
Programas de Gestão de Políticas Públicas: assumirão denominação específica de acordo com a 
missão institucional de cada órgão. Portanto, haverá apenas um programa dessa natureza por órgão. 
Exemplo: “Gestão da Política de Saúde”. 
Seus atributos básicos são: denominação, objetivo, órgão(s), unidades orçamentárias e unidade 
responsável pelo programa. 
Na Presidência da República e nos Ministérios que constituam órgãos centrais de sistemas 
(Orçamento e Gestão, Fazenda), poderá haver mais de um programa desse tipo. 
Os Programas de Gestão de Políticas Públicas abrangem as ações de gestão de Governo e serão 
compostos de atividades de planejamento, orçamento, controle interno, sistemas de informação e 
diagnóstico de suporte à formulação, coordenação, supervisão, avaliação e divulgação de políticas 
públicas. As atividades deverão assumir as peculiaridades de cada órgão gestor setorial. 
 
Programas de Serviços ao Estado: são os que resultam em bens e serviços ofertados diretamente ao 
Estado, por instituições criadas para esse fim específico. Seus atributos básicos são: denominação, 
objetivo, indicador(es), órgão(s), unidades orçamentárias e unidade responsável pelo programa. 
 
Programa de Apoio Administrativo: corresponde ao conjunto de despesas de natureza tipicamente 
administrativa e outras que, embora colaborem para a consecução dos objetivos dos programas 
finalísticos e de gestão de políticas públicas, não são passíveis de apropriação a esses programas. Seus 
objetivos são, portanto, os de prover os órgãos da União dos meios administrativos para a 
implementação e gestão de seus programas finalísticos. 
 
LEI DE DIRETRIZES ORÇAMENTÁRIAS - LDO 
 
A Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) estabelece as metas e prioridades para o exercício financeiro 
seguinte; orienta a elaboração do Orçamento; dispõe sobre alteração na legislação tributária; estabelece 
a política de aplicação das agências financeiras de fomento. 
É o instrumento por meio do qual o governo estabelece as principais diretrizes e metas da 
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. 94 
Administração Pública para o prazo de um exercício. Ela estabelece um elo entre o Plano Plurianual de 
Ação Governamental e a Lei Orçamentária Anual, uma vez que reforça quais programas relacionados no 
PPAG terão prioridade na programação e execução orçamentária. 
Conforme disposto na Constituição Federal, compete à LDO traçar diretrizes para a elaboração da 
Lei Orçamentária Anual do exercício subsequente a sua aprovação, assegurar o equilíbrio fiscal das 
contas públicas, dispor sobre alteração na legislação tributária e estabelecer a política de aplicação das 
agências financeiras de fomento. Fora as exigências constitucionais, a Lei de Responsabilidade Fiscal 
(LRF) ampliou as atribuições da LDO, conferindo-lhe o papel de apresentar os resultados fiscais de 
médio prazo para a administração pública. 
O projeto de Lei da LDO, que contém a consolidação das propostas parciais de cada Poder 
(Legislativo, Judiciário, Ministério Público e Defensoria Pública), é elaborado pelo chefe do Poder 
Executivo auxiliado por seu corpo técnico da Secretaria de Planejamento e Gestão. Ele deve ser 
encaminhado à Assembleia Legislativa até o dia 15 de abril para ser aprovado na primeira sessão 
legislativa. Compreende as metas e prioridades da administração pública federal, incluindo as despesas 
de capital para o exercício financeiro subsequente, orientará a elaboração da lei orçamentária anual, 
disporá sobre as alterações na legislação tributária e estabelecerá a política de aplicação das agências 
financeiras oficiais de fomento. 
Com base na LDO aprovada pelo Legislativo, a Secretaria de Orçamento Federal (SOF) elabora a 
proposta orçamentária para o ano seguinte, em conjunto com os Ministérios e as unidades orçamentárias 
dos Poderes Legislativo e Judiciário. Por determinação constitucional, o governo é obrigado a 
encaminhar o Projeto de Lei do Orçamento ao Congresso Nacional até 31 de agosto de cada ano. 
 
Orçamento anual 
 
No Brasil, o exercício financeiro coincide com o ano civil, ou seja, inicia em 01 de janeiro e encerra 
em 31 de dezembro de cada ano, conforme dispõe o art. 34 da Lei n.º 4.320/64. Por outro lado, o ciclo 
orçamentário é um período muito maior, iniciando com o processo de elaboração do orçamento, 
passando pela execução e encerramento com o controle. 
 
Outros planos e programas 
 
O orçamento da União contém programas sociais do governo para diversas áreas de atuação, como 
saúde, educação e segurança alimentar, e para diversos grupos de beneficiários, como mulheres, 
crianças e quilombolas. Por meio de parcerias com organizações da sociedade civil que acompanham 
segmentos específicos das políticas públicas, identificamos e destacamos os diversos “orçamentos 
temáticos” contidos no orçamento da União, de modo a facilitar o acesso à informação pelos 
interessados. Por exemplo: 
 
Orçamento da Educação: contém ações que impactam a qualidade e disponibilidade de serviços de 
educação para a população. Como forma de apoiar a atuação das entidades que fazem o 
acompanhamento das políticas educacionais, identificam-se, destacam-se e disponibilizam-se as ações 
de educação contidas no orçamento da União. 
 
Orçamento da Mulher: é um extrato do orçamento da União contendo as ações que, segundo a 
metodologia adotada, impactam a qualidade de vida das mulheres brasileiras. Foi organizado em 
parceria com o Centro Feminista de Estudos e Assessoria - CFEMEA, para facilitar o acompanhamento 
do processo orçamentário pelas entidades voltadas para as políticas da mulher. 
 
Orçamento da Saúde: contém ações que impactam a qualidade da saúde dos cidadãos e a 
disponibilidade de serviços de saúde para a população. Por meio de parceria com a Escola Nacional de 
Saúde Pública – ENSP/FIOCRUZ, que desenvolve o portal ParticipanetSUS, as ações de saúde contidas 
no orçamento da União são identificadas e destacadas, de modo a apoiar a atuação das instituições 
responsáveis pelo controle social, a exemplo dos Conselhos de Saúde, no acompanhamento do 
processo de elaboração e execução das despesas públicas. 
 
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Orçamento da segurança alimentar20: é um extrato do orçamento da União contendo as ações que, 
segundo a metodologia adotada, promovem uma alimentação saudável, acessível, permanente e de 
qualidade para os cidadãos. Foi elaborado em parceria com o Instituto de Estudos Socioeconômicos – 
INESC, para facilitar o acompanhamento do processo orçamentário pelas entidades integrantes do 
Conselho Nacional de Segurança Alimentar – CONSEA e outras organizações da sociedade civil. 
 
Conforme art. 165 § 2.º da CF/88, a lei de diretrizes orçamentárias compreenderá as metas e 
prioridades (MP) da administração pública federal, incluindo as despesas de capital para o exercício 
financeiro subsequente. 
 
Terá ainda como atribuições: 
 
- orientar a elaboração da LOA; 
- dispor sobre alterações na legislação tributária; 
- estabelecer as políticas de aplicação das agênciasfinanceiras de fomento; 
- disporá sobre autorizações para aumento do gasto ou contratação de pessoal dos órgãos da 
administração direta e indireta, ressalvadas as empresas públicas e as sociedades de economia mista. 
 
 
Importante: As emendas ao projeto de lei de diretrizes orçamentárias não poderão ser 
aprovadas quando incompatíveis com o plano plurianual (Art. 166, § 3.º CF/88). 
 
 
Prazos Legais: A CF/88 em seu art. 165, § 9.º, assim dispõe: 
“Cabe à lei complementar: I - dispor sobre o exercício financeiro, a vigência, os prazos, a elaboração 
e a organização do plano plurianual, da lei de diretrizes orçamentárias e da lei orçamentária anual”. Art. 
35, § 2.º, II, dos Atos das Disposições Constitucionais Transitórias – ADCT. 
 
LDO: o projeto de lei de diretrizes orçamentárias será encaminhado até oito meses e meio antes do 
encerramento do exercício financeiro e devolvido para sanção até o encerramento do primeiro período 
da sessão legislativa. 
 
 
 
A LDO na LRF: Além das atribuições contidas no Art. 165, § 2.º da Constituição Federal, a Lei 
101/2000, Lei de Responsabilidade Fiscal - LRF, em seu Art. 4.º, traz novas atribuições para a 
LDO: 
- disposições sobre equilíbrio entre receitas e despesas; 
- critérios para limitação de empenhos e o consequente controle sobre o endividamento; 
- não serão objeto de limitação as despesas que constituam obrigações constitucionais e legais 
do ente, inclusive aquelas destinadas ao pagamento do serviço da dívida, e as ressalvadas pela lei 
de diretrizes orçamentárias; 
- destinação de recursos provenientes de operações de crédito, inclusive por antecipação de 
receita orçamentária; 
 
20 Mais informações sobre programas do orçamento federal podem ser obtidas no site: 
http://www.orcamentofederal.gov.br/orcamentosanuais/orcamento-2013-1/arquivos-cadastro-de-acoes/todos-os-programas-por-ordem-
alfabetica 
 
Poder Executivo 
( envio até 15/04) 
Poder Legislativo 
( retorno até 17/07) 
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. 96 
- condições para transferências de recursos a entidades públicas e privadas; 
- definir limites e condições para a expansão das despesas obrigatórias de caráter continuado 
(despesas decorrentes de lei, medida provisória ou outro ato normativo que fixe para o ente público 
obrigação legal de sua execução por mais de dois exercícios financeiros); 
- normas relativas ao controle de custos e à avaliação dos resultados dos programas 
financiados com recursos dos orçamentos. 
 
Além das atribuições acima descritas, a LRF trouxe dois anexos obrigatórios para comporem a 
LDO: 
 
Anexo de Metas Fiscais - AMF 
 
A LRF determina que no Anexo de Metas Fiscais serão estabelecidas metas anuais, em valores 
correntes e constantes, relativas a receitas, despesas, resultados nominal e primário e montante da 
dívida pública, para o exercício a que se referirem e para os dois seguintes, e conterá ainda: 
- a avaliação do cumprimento de metas do exercício anterior; 
- demonstrativo das metas anuais, instruído com memória e metodologia de cálculo que 
justifiquem os resultados pretendidos, comparando-as com as metas fixadas nos três exercícios 
anteriores, e evidenciando a consistência das mesmas com as premissas e os objetivos da política 
econômica nacional; 
- evolução do patrimônio líquido, com destaque para a origem e aplicação de recursos 
provenientes de alienação de ativos; 
- avaliação financeira e atuarial do regime próprio de previdência; 
- demonstrativo da estimativa e compensação de renúncia de receita e da margem de expansão 
das despesas obrigatórias de caráter continuado. 
 
Anexo de Riscos Fiscais – ARF 
 
No ARF serão avaliados os passivos contingentes e outros riscos capazes de afetar as contas 
públicas, informando as providências a serem tomadas, caso se concretizem. 
Os Riscos Fiscais são a possibilidade da ocorrência de eventos que venham a impactar, 
negativamente, as contas públicas e são classificados em dois grupos: 
- Riscos orçamentários - que se referem à possibilidade das receitas previstas não se 
realizarem ou à necessidade de execução de despesas inicialmente não fixadas ou orçadas a menor 
durante a elaboração do Orçamento. Exemplos: frustração na arrecadação devido a fatos ocorridos 
posteriormente à elaboração da LOA e ocorrência de epidemias, enchentes, abalos sísmicos e outras 
situações de calamidade pública que demandem de ações emergenciais. 
- Riscos decorrentes da gestão da dívida - referem-se a possíveis ocorrências externas à 
administração que, quando efetivadas, resultarão em aumento do serviço da dívida pública no ano 
de referência. Exemplos: variação das taxas de juros e de câmbio em títulos vincendos e dívidas, 
cuja existência depende de fatores imprevisíveis, tais como resultados dos julgamentos de processos 
judiciais. 
 
LEI ORÇAMENTÁRIA ANUAL – LOA 
 
O orçamento público é um instrumento de planejamento governamental no qual são previstas as 
receitas e fixadas as despesas para um determinado período. 
 
 
 
 
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. 97 
Aspectos do Orçamento Público 
 
- Jurídico - O STF, nos recursos extraordinários 34.581, 75.908 e na ADI 2.100, decidiu considerar 
a lei orçamentária como lei formal de efeito concreto. No Brasil, o orçamento é uma lei ordinária 
(aprovada por maioria simples), de caráter autorizativo e temporária (vigência limitada). 
- Financeiro - Sob este aspecto, o orçamento público é caracterizado pelo controle do fluxo 
monetário decorrente da entrada de receita e saídas de despesas. 
- Econômico - O orçamento público tem um papel importante na regulação econômica do país, 
uma vez que o Governo é obrigado a atender às necessidades econômicas e sociais da coletividade e 
redistribuir a renda nacional, com o objetivo de elevar o nível econômico da população. 
- Político - Este aspecto diz respeito às características dos planos e programas governamentais 
do grupo ou partido que detém o poder. 
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É na LOA que o governo define as prioridades contidas no PPA e as metas que deverão ser atingidas 
naquele ano; ela disciplina todas as ações do Governo Federal. Nenhuma despesa pública pode ser 
executada fora do Orçamento, mas nem tudo é feito pelo Governo Federal. As ações dos governos 
estaduais e municipais devem estar registradas nas leis orçamentárias dos Estados e Municípios. No 
Congresso, deputados e senadores discutem, na Comissão Mista de Planos, Orçamentos Públicos e 
Abaixo, uma figura que representa as Finanças Públicas, englobando suas funcionalidades e processos: 
 
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. 99 
Fiscalização (CMO), a proposta enviada pelo Executivo, fazem as modificações que julgam necessárias 
por meio das emendas e votam o projeto. Depois de aprovado, este é sancionado pelo Presidente da 
República e se transforma em Lei. 
 
A Lei Orçamentária Anual compreenderá: 
- O orçamento fiscal referente aos Poderes da União, seus fundos, órgãos e entidades da 
administração direta e indireta, inclusive fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público, e estatais 
chamadas de dependentes (deficitárias); 
- O orçamento de investimento das empresas em que a União, direta ou indiretamente, detenha a 
maioria do capital social com direito a voto; 
- Orçamento da seguridade social, abrangendo todas as entidades e órgãos a ela vinculados, da 
administração direta ou indireta, bem como os fundos e fundações instituídos e mantidos pelo Poder 
Público. 
 
CICLO ORÇAMENTÁRIO 
 
Sequência de fases ou etapas que deve ser cumprida como parte do processo orçamentário. A 
maioria dos autores adota como fases do ciclo orçamentárioas seguintes: elaboração, apreciação 
legislativa, execução e acompanhamento, controle e avaliação, quando, então, inicia-se o ciclo seguinte. 
Corresponde ao período de tempo em que se processam as atividades típicas do orçamento público, 
desde sua concepção até a avaliação final. 
O ciclo orçamentário, ou processo orçamentário, pode ser definido como um processo contínuo, 
dinâmico e flexível, através do qual se elaboram, aprovam, executam, controlam e avaliam os programas 
do setor público nos aspectos físicos e financeiro; corresponde, portanto, ao período de tempo em que 
se processam as atividades típicas do orçamento público. Preliminarmente é conveniente ressaltar que 
o ciclo orçamentário não se confunde com o exercício financeiro. Este, na realidade, é o período durante 
o qual se executa o orçamento, correspondendo, portanto, a uma das fases do ciclo orçamentário. 
 
 
 
 
Elaboração da proposta orçamentária e apresentação 
 
A cargo do Poder Executivo, através de órgãos específicos, além das tarefas relacionadas à 
estimativa da receita, são realizadas as atividades relativas à: formulação da proposta parcial de 
orçamento de cada unidade gestora (ações que se pretende executar através de cada órgão/Poder); 
compatibilização das propostas setoriais à luz das prioridades estabelecidas e dos recursos disponíveis, 
conforme orientações e diretrizes da LDO; consolidação e montagem, por parte do órgão central de 
orçamento, da proposta orçamentária a ser submetida à apreciação do Poder Legislativo. 
O processo adotado no Brasil na elaboração do orçamento é denominado Processo Misto, no qual as 
diretrizes e objetivos são traçados pelos níveis hierárquicos mais altos, em função dos meios disponíveis. 
 
Elaborar a revisão 
do Plano 
Plurianual 
Elaborar a revisão 
de plano 
nacionais, 
regionais e 
setoriais 
Elaborar a Lei de 
Diretrizes 
Orçamentárias 
Elaborar a 
Proposta 
Orçamentária 
Anual 
Discussão e 
aprovação da Lei 
Orçamentária 
Anual - LOA 
Execução 
orçamentária e 
financeira 
/controle e 
avaliação da 
execução 
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. 100 
Nesta etapa deve ser providenciada a formalização de um documento no qual fique demonstrada a 
fixação dos níveis das atividades governamentais e que, em última análise, constituirá a proposta 
orçamentária. 
 
A Lei Federal 4.320/64 trata da elaboração, em sua SEÇÃO SEGUNDA, Das Previsões Anuais, como 
veremos a seguir: 
 
Art. 27. As propostas parciais de orçamento guardarão estrita conformidade com a política 
econômico-financeira, o programa anual de trabalho do Governo e, quando fixado, o limite global 
máximo para o orçamento de cada unidade administrativa. 
 
Art. 28 As propostas parciais das unidades administrativas, organizadas em formulário próprio, 
serão acompanhadas de: 
I - tabelas explicativas da despesa, sob a forma estabelecida no artigo 22, inciso III, letras 
d, e e f; 
II - justificação pormenorizada de cada dotação solicitada, com a indicação dos atos de 
aprovação de projetos e orçamentos de obras públicas, para cujo início ou prosseguimento ela 
se destina. 
 
Art. 29. Caberá aos órgãos de contabilidade ou de arrecadação organizar demonstrações 
mensais da receita arrecadada, segundo as rubricas, para servirem de base a estimativa da 
receita, na proposta orçamentária. 
Parágrafo único. Quando houver órgão central de orçamento, essas demonstrações ser-lhe-ão 
remetidas mensalmente. 
 
Art. 30. A estimativa da receita terá por base as demonstrações a que se refere o artigo anterior 
à arrecadação dos três últimos exercícios, pelo menos bem como as circunstâncias de ordem 
conjuntural e outras, que possam afetar a produtividade de cada fonte de receita. 
 
Art. 31. As propostas orçamentárias parciais serão revistas e coordenadas na proposta geral, 
considerando-se a receita estimada e as novas circunstâncias. 
Fica a cargo do Parlamento a revisão da proposta orçamentária - podendo ocorrer emendas, 
as quais serão apresentadas a uma comissão de parlamentares previamente designada, que 
sobre elas emitirá parecer. Após consolidação das emendas, o orçamento é colocado em 
votação. 
 
O Poder Executivo deverá enviar o projeto de lei orçamentária ao Poder Legislativo, dentro dos prazos 
estabelecidos. No âmbito federal, o prazo termina em 31 de agosto; o Estado de São Paulo deve 
obedecer ao prazo de entrega até o dia 30 de setembro, e os municípios devem obedecer o prazo 
estabelecido na sua lei Orgânica, conforme Artigo 35, § 2.º inciso III, das Disposições Transitórias da 
constituição Federal e artigo 39, inciso II, da Constituição do Estado de São Paulo. 
 
A proposta orçamentária que o Poder Executivo encaminhará ao Poder legislativo nos prazos 
estabelecidos nas Constituições e nas Leis Orgânicas dos Municípios compor-se-á de:21 
I – Mensagem, que conterá: exposição circunstanciada da situação econômico-financeira, 
documentada com demonstração da dívida fundada e flutuante, saldos de créditos especiais, restos a 
pagar e outros compromissos financeiros exigíveis. Exposição e justificação da política econômico- 
financeira do Governo, justificação da receita e despesa, particularmente no tocante ao orçamento de 
capital; 
II – projeto de Lei de Orçamento; 
III – Tabelas Explicativas das quais, além das estimativas de receita e despesa, constarão, em 
colunas distintas para fins de comparação, a receita arrecadada nos últimos exercícios anteriores àquele 
em que se elabora a proposta; receita para o exercício em que se elabora a proposta; a receita prevista 
para o exercício a que se refere a proposta; a despesa realizada no exercício imediatamente anterior; a 
despesa fixada para o exercício em que se elabora a proposta; a despesa prevista para o exercício a 
que se refere a proposta; 
 
21 Kohama, Heilio. Contabilidade Pública: teoria e prática. 12.ª edição – São Paulo: Atlas, 2012. 
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. 101 
IV – especificação dos programas especiais de trabalho custeados por dotações globais, em termos 
de metas visadas, decompostas em estimativas de custo das obrar a realizar e dos serviços a prestar 
acompanhadas de justificação econômica, financeira, social e administrativa. 
 
Constará da proposta orçamentária, para cada unidade administrativa, descrição sucinta de suas 
principais finalidades, com indicação da respectiva legislação (Artigo 22, da Lei Federal n.º 4.320/64). 
 
Estudo e Aprovação22 
 
Esta fase é de competência do Poder Legislativo, e o seu significado está configurado na necessidade 
de que o povo, através de seus representantes, intervenha na decisão de suas próprias aspirações, bem 
como na maneira de alcançá-las. 
O Poder Executivo deverá enviar o projeto de lei orçamentária ao Poder Legislativo, que deverá 
devolvê-lo para sanção, conforme Art. 22, da Lei Federal n.° 4.320/64. 
Outrossim, se não receber a proposta orçamentária no prazo fixado, o poder Legislativo considerará 
como proposta a Lei Orçamentária Vigente, conforme § 2°, Inciso III, do artigo 35, das Disposições 
Transitórias da Constituição Federal. 
 
O parágrafo 3.º do Art. 166 da Constituição Federal de 1988 trata da aprovação do projeto de lei do 
orçamento anual e dos projetos que modifiquem: 
 
§ 3.º As emendas ao projeto de lei do orçamento anual ou aos projetos que o modifiquem 
somente podem ser aprovadas caso: 
I - sejam compatíveis com o plano plurianual e com a lei de diretrizes orçamentárias; 
II - indiquem os recursos necessários, admitidos apenas os provenientes de anulação de 
despesa, excluídas as que incidam sobre: 
a) dotações para pessoal e seus encargos; 
b) serviço da dívida; 
c) transferências tributárias constitucionais para Estados, Municípios e Distrito Federal; ou III 
- sejamrelacionadas: 
a) com a correção de erros ou omissões; ou 
b) com os dispositivos do texto do projeto de lei. 
 
Devidamente discutido, o projeto de lei orçamentária, uma vez aprovado pelo Poder Legislativo, 
merecerá de sua parte a edição de um autógrafo e, logo após, enviado para sanção pelo chefe do Poder 
Executivo. 
 
Após a aprovação pelo plenário do Poder Legislativo, o projeto deverá ser devolvido ao Chefe do 
Poder Executivo, que poderá sancioná-lo ou propor vetos totais ou parciais. Havendo a sanção do projeto 
de lei, o mesmo deverá ser remetido para publicação. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
22 Idem. 
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. 102 
Fase Descrição 
Iniciativa pelo poder executivo 
Responsabilidade pela apresentação do projeto de lei orçamentária 
ao Poder Legislativo, devendo observar o prazo fixado (iniciativa 
vinculada). 
Discussão pelo poder Legislativo 
Compreende as seguintes etapas: 
- emendas; 
- voto do relator; 
- redação final; 
- votação em plenário. 
Segundo o § 3.º do art. 166 da CF/88, as emendas ao projeto de lei 
do orçamento anual ou aos projetos que o modifiquem somente 
podem ser aprovados caso: 
 I – sejam compatíveis com o PPA e com a LDO; 
II – indiquem os recursos necessários, admitidos apenas os 
provenientes de anulação de despesa, excluídas as que incidam 
sobre: 
a) dotação para pessoal e seus encargos; 
b) serviço da dívida; 
c) transferências tributárias constitucionais 
 para Estados, Municípios e Distrito Federal; ou III – 
sejam relacionadas: 
a) com a correção de erros ou omissões; ou 
b) com os dispositivos do texto do projeto de lei. 
O § 4.º do mencionado artigo dispõe que as emendas ao projeto da 
LDO não poderão ser aprovadas quando incompatíveis com o PPA. 
Sanção pelo Poder Executivo Aquiescência ao projeto de lei aprovado. 
Veto pelo Poder Executivo 
Desacordo ao projeto de lei aprovado. 
Prazo 15 dias úteis do recebimento do projeto. 
As razões do(s) veto(s) deverão ser comunicadas ao Presidente 
do Senado Federal. 
O veto poderá ser total ou parcial. 
Promulgação pelo Poder 
executivo 
Atestado da existência de uma lei. Ocorre simultaneamente à 
sanção. Mostra que a lei é executável. Decorrido o prazo para a 
sanção, mantido o silêncio do Executivo quanto à promulgação 
dentro de quarenta e oito horas, a promulgação ocorrerá pelo 
Presidente do Senado. 
Publicação pelo Poder executivo 
Divulgação da lei na Imprensa Oficial. A lei está em vigor, impondo 
a sua obrigatoriedade. 
 
ATENÇÃO PARA OS PRAZOS: 
 
O primeiro passo na elaboração do orçamento público é a definição do Plano Plurianual (PPA), no 
qual são identificadas as prioridades de gestão durante quatro anos. Deve ser enviado ao Congresso 
Nacional pelo Presidente da República em até 4 (quatro) meses antes do encerramento do primeiro 
exercício financeiro, ou seja, 31 de agosto do primeiro ano do mandato e deve ser apreciado e devolvido 
para sanção presidencial até 22 de dezembro (encerramento da sessão legislativa) do mesmo ano. 
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. 103 
Deve, também, o chefe do poder Executivo enviar ao Congresso Nacional até o dia 15 de abril de 
cada ano o projeto da LDO para que seja votada e aprovada até 17 de julho do mesmo ano. Sem a 
aprovação da LDO, deputados e senadores não podem entrar em recesso parlamentar. 
Por fim, com base no conteúdo aprovado na LDO, deve ser feita a elaboração da LOA – Lei 
Orçamentária Anual (o orçamento propriamente dito), passo que finaliza a realização do orçamento. Será 
a LOA que revelará a origem, o montante e o destino dos recursos a serem gastos no país, devendo ser 
encaminhada até 31 de agosto de cada ano e aprovada até o dia 22 de dezembro. 
 
Projeto de Lei 
Envio: Chefe do PE ao PL. Devolução: do PL ao PE. 
Parâmetro para envio: até o 
término do exercício financeiro. 
Parâmetro para devolução: até o 
término da sessão ou período legislativo. 
Plano Plurianual 
Até 4 meses antes do 
encerramento do primeiro exercício 
financeiro do mandato do chefe do 
PE – 31 de agosto. 
Até o término da sessão legislativa – 22 
de dezembro (EC n.º 50/06). 
Lei de Diretrizes 
Orçamentárias 
Até 8 meses e ½ antes do 
encerramento do exercício 
financeiro – 15 de abril. 
Até o término do primeiro período 
legislativo – 17 de julho (EC n.º 50/06). 
Lei Orçamentária 
Anual 
Até 4 meses antes do 
encerramento do exercício 
financeiro – 31 de agosto. 
Até o término da sessão legislativa – 22 
de dezembro (EC n.º 50/06). 
 
Execução Das Leis Orçamentárias 
 
Após a aprovação do projeto pelo Legislativo, cabe ao executivo gerenciar e executar o orçamento. 
A execução orçamentária ocorre concomitantemente com a financeira. Esta afirmativa tem como 
sustentação o fato de que a execução, tanto orçamentária como financeira, está atrelada uma a outra, 
posto que, havendo orçamento e não existindo a previsão financeira, não poderá ocorrer a despesa. Por 
outro lado, havendo recurso financeiro, mas não se podendo gastá-lo, não há que se falar em 
disponibilidade orçamentária. 
Em consequência, pode-se definir execução orçamentária como a utilização dos créditos na LOA; já 
a execução financeira, por sua vez, representa a utilização de recursos financeiros, visando atender à 
realização dos projetos e/ou atividades atribuídas às Unidades Orçamentárias pelo Orçamento. 
Na técnica orçamentária, inclusive, é habitual se fazer a distinção entre as palavras crédito e recursos. 
O primeiro termo designa o lado orçamentário; o segundo, financeiro. Crédito e Recurso são duas faces 
de uma mesma moeda. O crédito é a dotação ou autorização de gasto ou sua descentralização, e o 
recurso é o dinheiro ou saldo de disponibilidade bancária. 
Uma vez publicada a LOA - observadas as normas de execução orçamentária e de programação 
financeira para o exercício - e lançadas as informações orçamentárias, cria-se o crédito orçamentário e, 
a partir daí, tem-se o início da execução orçamentária propriamente dita. 
Executar o orçamento é, portanto, realizar as despesas públicas nele previstas, ressaltando que, para 
que qualquer utilização de recursos públicos seja efetuada, a primeira condição é que a elaboração do 
gasto tenha obedecido às regras legais e seja autorizado pelo Poder Legislativo, com observância dos 
três estágios da execução das despesas previstos na Lei n.º 4.320/64, ou seja, (i) o empenho, (ii) a 
liquidação e (iii) o pagamento (atualmente se encontra em aplicação a sistemática do pré-empenho 
antecedendo esses estágios, já que, após o recebimento do crédito orçamentário e antes do seu 
comprometimento para a realização da despesa, existe uma fase - geralmente demorada - de licitação 
obrigatória junto a fornecedores de bens e serviços, que impõe a necessidade de se assegurar o crédito 
até o término do processo licitatório). 
Considerando que o empenho é o primeiro estágio da despesa, este é conceituado como sendo o 
ato emanado de autoridade competente que cria para o Estado a obrigação de pagamento, pendente ou 
não, de implemento de condição. Nele é registrado o comprometimento da despesa orçamentária, 
obedecidos os limites estritamente legais, bem como aos casos em que se faça necessário o reforço ou 
a anulação desse compromisso. 
Não se deve confundir, entretanto, empenho da despesa com nota de empenho; esta, na verdade, 
é a materialização daquele, embora, no dia a dia, haja a junção dos dois procedimentos em um único. 
1291998 E-book gerado especialmente para ANA CONSTANCA CARDOSO GIGANTE
 
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O fato de estar a despesa legalmente empenhada não cria para o Estado a obrigação de efetuar o 
pagamento, posto que o implemento de condição pode ser concluído ou não. A Lei n.º 4.320/64 
determina que o pagamentode qualquer despesa pública, seja de que importância for, passe pelo crivo 
da liquidação. É nesse segundo estágio da execução da despesa que será cobrada a prestação dos 
serviços ou a entrega dos bens, ou, ainda, a realização da obra, evitando, dessa forma, o pagamento 
sem o implemento de condição. 
O segundo estágio da despesa pública é a liquidação, que consiste na verificação do cumprimento 
pelo credor de suas obrigações previstas em contrato, tendo por base os títulos e documentos 
comprobatórios do respectivo crédito; é, portanto, a comprovação de que o credor cumpriu todas as 
obrigações constantes do empenho. Esse estágio tem por finalidade reconhecer ou apurar a origem e o 
objeto do que se deve pagar, a importância exata a pagar e a quem se deve pagar para extinguir a 
obrigação, e é efetuado através do documento Nota de Lançamento ("NL"). Envolve todos os atos de 
verificação e conferência, desde a entrega do material ou a prestação do serviço até o reconhecimento 
da despesa. 
Ao fazer a entrega do material ou a prestação do serviço, o credor deverá apresentar a nota fiscal, 
fatura ou conta correspondente, acompanhada da primeira via da nota de empenho, devendo o 
funcionário competente atestar o recebimento do material ou a prestação do serviço correspondente no 
verso da nota fiscal, fatura ou conta. 
O último estágio da despesa é o pagamento, que consiste na entrega de numerário ao credor do 
Estado, extinguindo dessa forma o débito ou obrigação. Esse procedimento, normalmente, é efetuado 
por tesouraria, que deve ter como favorecido o credor do empenho. O pagamento normalmente é 
efetuado por meio de crédito em conta bancária do favorecido. Se houver importância paga a maior ou 
indevidamente, sua reposição aos órgãos públicos deverá ocorrer dentro do próprio exercício. 
Todo esse processo ocorre observando, estritamente, os princípios constitucionais orçamentários, 
bem como aqueles que regem a Administração Pública, dentre eles a moralidade, a publicidade e a 
eficiência, de modo que o interesse público seja sempre garantido. 
 
Avaliação23 
 
A avaliação se refere à organização, aos critérios e trabalhos destinados a julgar o nível dos objetivos 
fixados no orçamento e as modificações nele ocorridas durante a execução; à eficiência com que se 
realizam as ações empregadas para tais fins e o grau de racionalidade na utilização do recursos 
correspondentes. 
A constatação do que realizar, e do que deixar de fazer, não pode, como é obvio, restringir-se somente 
ao julgamento “a posteriori”. A avaliação deve ser ativa, desempenhar um papel importante como 
orientadora da execução e fixar em base consistente as futuras programações, por isso esta fase é 
simultânea à execução, e a informação que fornece deve estar disponível, quando dela se necessitar. 
A avaliação impõe a necessidade de um sistema estatístico cuja informação básica se obtém em cada 
uma das repartições ou órgãos. 
De posse dos dados coletados, o grupo de avaliação orçamentária deve elaborar tabelas, calcular 
indicadores e apresentar informes periódicos para uso e tomada de decisões por parte dos dirigentes 
das unidades executoras. 
A avaliação deverá ser feita à vista de dados relativos à execução orçamentária que são apurados. Há 
uma obrigatoriedade no § 3.º, do artigo 165 da Constituição Federal, que diz: 
 
“o Poder Executivo publicará, até trinta dias após o encerramento de cada bimestre, relatório 
resumido da execução orçamentária.” 
 
Se verificado, ao final de um bimestre, que a realização da receita poderá não comportar o 
cumprimento das metas de resultado primário ou nominal estabelecidas no Anexo de Metas Fiscais, os 
Poderes e o Ministério Público promoverão, por ato próprio e nos montantes necessários, nos trinta dias 
subsequentes, limitação de empenho e movimentação financeira, segundo os critérios fixados na Lei de 
Diretrizes Orçamentárias. Não serão objeto de limitação as despesas que constituam obrigações 
constitucionais e legais do ente, inclusive destinadas ao pagamento de serviço da dívida e as 
ressalvadas pela LDO e, no caso dos Poderes Legislativo e Judiciário e o Ministério Público não 
promoverem a limitação no prazo estabelecido, é o Poder Executivo autorizado a limitar os valores 
 
23 Kohama, Heilio. Contabilidade Pública: teoria e prática. 12.edição – São Paulo: Atlas, 2012. 
1291998 E-book gerado especialmente para ANA CONSTANCA CARDOSO GIGANTE
 
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financeiros segundo os critérios fixados pela LDO, conforme Caput e §§ 2.º e 3.º do artigo 9.º da Lei 
Complementar n.° 101/2000 (Lei de Responsabilidade Fiscal). 
 
No caso de restabelecimento da receita prevista, ainda que parcial, a recomposição das dotações 
cujos empenhos foram limitados dar-se-á de forma proporcional às reduções efetivas, conforme § 1.º, 
do artigo 9.º da Lei Complementar n.º 101/2000 (Lei de Responsabilidade Fiscal) 
 
Até o final dos meses de maio, setembro e fevereiro, o Poder Executivo demonstrará e avaliará o 
cumprimento das metas fiscais de cada quadrimestre, em audiência pública na Comissão mista 
permanente de senadores e deputados ou equivalente nas Casas Legislativas estaduais e municipais 
conforme § 4.º, do artigo 9.º da Lei Complementar n.º 101/2000 (Lei de Responsabilidade Fiscal) 
 
Questões 
 
01. (MTUR – Administrador – FUNIVERSA/2010) Acerca das características da lei orçamentária, 
assinale a alternativa incorreta. 
(A) É uma lei informal. 
(B) É uma lei temporária. 
(C) É uma lei ordinária. 
(D) É uma lei especial. 
(E) Tem vigência limitada a um ano 
 
02. (DNIT – Técnico de Suporte em Infraestrutura de Transportes – ESAF/2013) De acordo com a 
Constituição Federal, o principal objetivo da Lei de Diretrizes Orçamentárias é: 
(A) orientar as unidades orçamentárias e administrativas na formulação do seu planejamento anual e 
na elaboração da proposta orçamentária, bem como estabelecer as metas a serem alcançadas no 
exercício subsequente. 
(B) estabelecer as diretrizes, prioridades e metas para a organização das entidades com vistas à 
definição da proposta orçamentária anual a ser enviada ao Congresso Nacional. 
(C) criar as condições necessárias ao estabelecimento de um sistema de planejamento integrado com 
vistas à elaboração e aprovação do orçamento. 
(D) estabelecer as metas de despesas correntes e de capital para o exercício seguinte, as prioridades 
da administração e orientar a elaboração da proposta orçamentária. 
(E) estabelecer as metas e prioridades da administração pública federal, incluindo as despesas de 
capital para o exercício financeiro subsequente e orientar a elaboração da lei orçamentária. 
 
03. (TJ-RO – Analista Judiciário – Administração – CESPE/2012) De acordo com o princípio 
orçamentário da totalidade, 
(A) as despesas previstas e as receitas fixadas devem integrar uma única LOA. 
(B) a inclusão de autorização para a contratação de operação de crédito na LOA é proibida. 
(C) a Lei Orçamentária Anual (LOA) deve conter todas as receitas e despesas. 
(D) cada ente governamental deve elaborar um único orçamento. (E) a LOA deve referir-se a um único 
exercício financeiro. 
 
04. (IF-TOP - Técnico em Contabilidade - IF-TO/2015) São atribuições que devem constar na Lei de 
Diretrizes Orçamentárias, exceto: 
(A) Fazer intermediação entre o planejamento e o orçamento. 
(B) Dispor sobre alterações na legislação tributária. 
(C) Orientar a elaboração do plano plurianual. 
(D) Indicar metas e prioridades para a administração pública. 
(E) Tratar sobre a política de aplicação das agências financeiras oficiais de fomento. 
 
05. (DETRAN-MT - Auxiliar do Serviço de Trânsito – UFMT/2015) Em relação à Lei de Diretrizes 
Orçamentárias (LDO), é correto afirmar: 
A) Extingue limitações à expansão de despesas obrigatórias de caráter continuado. 
B) Disciplina as transferências de recursos apenas a entidades privadas.

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