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------------ PMSUS ------------ SP4 – Rede Nacional de Atenção Hospitalar OBJ. 1: Conceituar regulação em saúde. A Regulação em Saúde compreende a elaboração de atos normativos que regulem ou regulamentem o setor saúde, além de outras questões que impactem em seus determinantes. No âmbito do SUS, ela visa ordenar a relação entre as necessidades dos usuários e a capacidade de oferta de sistemas e serviços. Importante instrumento de ordenação dos serviços e ações de saúde, a regulação coaduna com os princípios regentes do SUS, pois pretende a universalidade e equidade na sua prestação; a descentralização com distribuição compartilhada de objetivos e compromissos entre as unidades federadas; e a regionalização e hierarquização da rede para a garantia da integralidade e continuidade do cuidado aos cidadãos em seu contexto geográfico, sociocultural e sanitário. Os processos regulatórios propiciam à gestão pública o estabelecimento de um melhor controle do acesso aos serviços ofertados e da aplicação dos recursos (eficiência), os quais favorecem a organização do sistema de saúde para a atenção às urgências (eficácia) e qualificam essa atenção de forma a proporcionar o alcance em maior dimensão dos objetivos sanitários coletivos propostos na política de saúde (efetividade). POLÍTICA NACIONAL DE REGULAÇÃO (PNR) DO SUS No âmbito do SUS, as ações de Regulação em Saúde estão organizadas em três dimensões de atuação, integradas segundo as competências da gestão tripartite do SUS: Regulação de Sistemas de Saúde (RSS) – exercida sobre os sistemas. Regulação da Atenção à Saúde (RAtS) – exercida sobre a produção das ações de atenção à saúde nos diversos níveis de complexidade e Regulação do Acesso à Assistência (RAA) ou Regulação do Acesso ou, ainda, Regulação Assistencial – exercida sobre a organização, o controle, o gerenciamento e a priorização do acesso dos usuários aos serviços de saúde. Por estar intimamente relacionado à organização da atenção, o conceito de redes remete à regulação médica do fluxo e dos mecanismos de transferência de pacientes por centrais de regulação, de modo a garantir o acesso aos recursos assistenciais de saúde, necessários para as pessoas e a população usuária. Dessa forma, o sistema de regulação, na medida em que opera sobre a relação entre oferta e demanda das ações e serviços de saúde na perspectiva da racionalização dos gastos, tem papel importante na melhoria da gestão dos recursos financeiros e materiais do sistema. OBJ. 2: Estudar SISREG, seu funcionamento (classificação de prioridade) e desafios. O Sistema Nacional de Regulação – SISREG é um sistema web, criado para o gerenciamento de todo Complexo Regulador, através de módulos que permitem desde inserção da oferta até a solicitação, pela rede básica, de consultas, exames e procedimentos na média e alta complexidade, bem como a regulação de leitos hospitalares, objetivando maior organização e controle do fluxo de acesso aos serviços de saúde, otimização na utilização dos recursos assistenciais e visando a humanização no atendimento. O SISREG tem como objetivo a sistematização de algumas funções reguladoras como: Permitir a distribuição dos recursos assistenciais disponíveis de forma regionalizada e hierarquizada, para a população própria e referenciada; Facilitar o planejamento dos recursos assistenciais em uma região; Acompanhar, dinamicamente, a execução dos tetos pactuados entre os estabelecimentos de saúde e os entes municipais; Permitir o referenciamento, em todos os níveis de atenção, nas redes pública e contratada; Identificar as áreas de desproporção entre a oferta e a demanda; Disponibilizar informações, em tempo real, sobre a oferta de leitos, consultas e exames especializados de média e alta complexidade; Permitir o agendamento de internações e atendimentos eletivos para os pacientes; Acompanhar a alocação de leitos eletivos por clínica e prestador em tempo real, por meio de consultas; Controlar o fluxo dos pacientes nos estabelecimentos de saúde terciários (admissão, acompanhamento da internação e alta) e secundários (solicitação, agendamento e atendimento); Acompanhar os atendimentos e internações agendadas, por meio da configuração das cotas realizada pelo administrador em conformidade com o que foi pactuado em âmbito local; Detectar a ocorrência de cancelamentos de internações, a não execução de consultas e exames por motivo definido ou impedimento de agendas; Distribuir os limites (cotas) entre os estabelecimentos de saúde solicitantes, conforme pactuações. Controlar os limites de solicitação para população própria e referenciada; Controlar a execução da oferta disponibilizada por estabelecimento de saúde executante; e Permitir o acompanhamento da execução, por prestador, das programações feitas pelo gestor. A versão SISREG III, desenvolvida pelo DATASUS em 2006, tem como função primordial regular procedimentos ambulatoriais (consultas e exames) e internações hospitalares nas Centrais de Regulação. As solicitações no sistema têm seu início nas unidades básicas de saúde ou em outras portas de entrada do SUS, como por exemplo: Unidades de Pronto Atendimento (UPA) e Centros de Atenção Psicossocial (CAPS), podendo chegar às unidades hospitalares. O SISREG é composto por dois módulos: ambulatorial e hospitalar. O módulo ambulatorial tem por objetivo regular o acesso dos pacientes às consultas ambulatoriais, aos exames especializados e aos Serviços Auxiliares de Diagnóstico e Terapia (SADT), e possui as seguintes funcionalidades: Disponibilizar informações sobre a oferta de consultas e exames especializados; Controlar as agendas dos profissionais de saúde; Controlar o fluxo dos pacientes no sistema – solicitação, agendamento e atendimento; Gerar relatórios gerenciais do sistema; Controlar os limites de solicitação e execução dos procedimentos especializados por estabelecimento de saúde solicitante e executante, conforme pactuação. O módulo hospitalar tem por objetivo regular os leitos hospitalares dos estabelecimentos de saúde vinculados ao SUS, sendo eles próprios, contratados ou conveniados, possuindo as seguintes funcionalidades: Acompanhar a alocação de leitos (urgência e eletiva); Acompanhar a disponibilidade de leitos em tempo real; Encaminhar e autorizar internações de urgência; Agendar e autorizar as internações eletivas; Controlar o fluxo dos pacientes nos hospitais (admissão, período da internação e alta); Controlar limites de solicitação de procedimentos hospitalares por estabelecimentos de saúde solicitante; Controlar limites de execução dos estabelecimentos de saúde executantes; e Controlar as emissões e autorizações das Autorização de Internação Hospitalar (AIH). PERFIS QUE ATUAM NO SISREG Solicitante - Esse perfil permite ao operador efetuar as seguintes ações: Solicitar a realização de procedimentos ambulatoriais e/ou hospitalares, conforme configuração pré-estabelecida pelo perfil administrador municipal; Cancelar solicitações de procedimentos ambulatoriais e/ou hospitalares, se houver devolução pelo perfil regulador; Realizar consultas das solicitações de procedimentos ambulatoriais ou hospitalares; Realizar agendamentos de procedimentos ambulatoriais, de acordo com as cotas pré- estabelecidas; e Realizar consultas das solicitações pendentes na regulação, pendentes na fila de espera, devolvidos pelo regulador e reenviar a solicitação devolvida para a regulação, dentre outras atividades. Regulador/Autorizador - O perfil regulador/autorizador tem como atribuições: Autorizar, negar, devolver as solicitações de procedimentos ambulatoriaise/ou hospitalares, em conformidade com os protocolos clínicos e de regulação, adotados localmente; Realizar a reserva do leito; Verificar as evidências clínicas das solicitações e o cumprimento dos protocolos de regulação, por meio da análise de laudo médico; Definir a alocação da vaga e dos recursos necessários para o atendimento; Avaliar e autorizar as solicitações de alteração de procedimentos já autorizados e a solicitação de procedimentos especiais nas internações; e Orientar e avaliar o preenchimento dos laudos médicos. Executante - Esse perfil permite que o operador realize as seguintes funções: Confirmar a execução dos procedimentos ambulatoriais ou o absenteísmo (falta) do paciente em sua unidade; Inserir os preparos para a realização dos procedimentos; e Gerar o Boletim de Produção Ambulatorial (BPA). Executante Int - Esse perfil permite ao operador executar as seguintes ações: Admitir a internação do paciente no sistema; Realizar as transferências de leitos; Registrar alta; e Solicitar mudanças de procedimentos no módulo hospitalar. Auditor - O perfil Auditor tem as seguintes funções: Verificar a Autorização de Internação Hospitalar (AIH) autorizada; e Realizar consultas de solicitações ambulatoriais e hospitalares pendentes, entre outras. CRITÉRIOS DE PRIORIDADE O SISREG permite no momento da solicitação de exame/consulta especializada a priorização por cores: ATENÇÃO: trata-se exclusivamente de regulação ambulatorial. Toda situação que necessitar encaminhamento imediato ao especialista ou remoção, em caso de urgência ou emergência com risco de morte NÃO DEVE SER ENCAMINHADO PELO SISREG AMBULATORIAL, mas sim acionada a Central de Regulação para “VAGA ZERO” e a central de ambulâncias se houver necessidade de remoção. O REGULADOR tem 4 possibilidades no SISREG: NEGAR: neste caso o procedimento/consulta especializada é efetivamente negada (falta de critérios para o encaminhamento ou paciente encaminhado para especialidade/exame incompatível com a clínica). O solicitante deverá reinserir o caso no SISREG caso julgue necessário. Deve-se justificar o motivo da negativa. Todos os casos sem necessidade ou o encaminhamento para especialidade/exame incompatível com o caso clínico devem ser NEGADOS a fim de não mais permanecerem na lista de espera ou pendentes para regulação; DEVOLVER: neste caso o procedimento/consulta especializada é devolvido para complementação de dados (faltam informações clínicas para subsidiar a decisão do REGULADOR). Neste caso, o SOLICITANTE recebe uma informação da devolução e pode complementar a indicação. O paciente permanece na lista de casos PENDENTES para regulação, porém até que haja a complementação dos dados, ficam invisíveis ao REGULADOR; Deixar como PENDENTE: neste caso o REGULADOR deixa PENDENTE para que o próprio ou outro REGULADOR possam posteriormente realizar a regulação do caso. Utiliza-se essa modalidade geralmente quando o REGULADOR está de acordo com o encaminhamento mas não há vagas para o momento e deseja que a regulação fique visível no histórico do paciente. O encaminhamento permanece visível na lista de PENDENTES para o REGULADOR; AUTORIZAR: neste caso o REGULADOR está autorizando o encaminhamento/exame e tem duas possibilidades: a) caso haja vagas disponíveis escolher a unidade EXECUTANTE e a data e horário disponíveis; b) não havendo vaga disponível, passar para a FILA DE ESPERA (neste caso não fica mais visível na lista de PENDENTES para o REGULADOR); c) voltar a tela e mudar a opção para PENDENTE, porém visível ao REGULADOR. Sugere-se a terceira opção naqueles casos em que há prioridade e o REGULADOR quer continuar acompanhando o agendamento; OBJ. 3: Conhecer a política nacional de atenção hospitalar, suas diretrizes e seus eixos (portaria 3390). A assistência hospitalar no Sistema Único de Saúde (SUS) é organizada a partir das necessidades da população, a fim de garantir o atendimento aos usuários, com apoio de uma equipe multiprofissional, que atua no cuidado e na regulação do acesso, na qualidade da assistência prestada e na segurança do paciente. De forma integrada aos demais pontos de atenção da Rede de Atenção à Saúde (RAS) e com outras políticas intersetoriais, a Assistência tem como objetivo garantir resolutividade da atenção e continuidade do cuidado, assegurando a equidade e a transparência, sempre de forma pactuada com os Colegiados do SUS. A Política Nacional de Atenção Hospitalar resultou da necessidade de reorganizar e qualificar a atenção hospitalar no âmbito do SUS. DIRETRIZES São diretrizes da PNHOSP: 1. Garantia de universalidade de acesso, equidade e integralidade na atenção hospitalar; 2. Regionalização da atenção hospitalar, com abrangência territorial e populacional, em consonância com as pactuações regionais; 3. Continuidade do cuidado por meio da articulação do hospital com os demais pontos de atenção da RAS; 4. Modelo de atenção centrado no cuidado ao usuário, de forma multiprofissional e interdisciplinar; 5. Acesso regulado de acordo com o estabelecido na Política Nacional de Regulação do SUS; 6. Atenção humanizada em consonância com a Política Nacional de Humanização; 7. Gestão de tecnologia em saúde de acordo com a Política Nacional de Incorporação de Tecnologias do SUS; 8. Garantia da qualidade da atenção hospitalar e segurança do paciente; 9. Garantia da efetividade dos serviços, com racionalização da utilização dos recursos, respeitando as especificidades regionais; 10. Financiamento tripartite pactuado entre as três esferas de gestão; 11. Garantia da atenção à saúde indígena, organizada de acordo com as necessidades regionais, respeitando-se as especificidades socioculturais e direitos estabelecidos na legislação, com correspondentes alternativas de financiamento específico de acordo com pactuação com subsistema de saúde indígena; 12. Transparência e eficiência na aplicação de recursos; 13. Participação e controle social no processo de planejamento e avaliação; e 14. Monitoramento e avaliação. EIXOS/COMPONENTES São eixos estruturantes da PNHOSP: Assistência Hospitalar; Gestão Hospitalar; Formação, Desenvolvimento e Gestão da Força de Trabalho; Financiamento; Contratualização; Responsabilidades das Esferas de Gestão. OBJ. 4: Compreender os desafios/fragilidades da rede de atenção hospitalar (causas e consequências da superlotação, oferta e demanda de leitos). No geral, as estruturas hospitalares têm mantido, muito alto, o tempo médio de permanência em suas enfermarias, traduzindo-se em um excedente de usuários que fica represado nas emergências, causando também elevadas médias de permanência nesses locais, que por falta de estrutura ou mesmo por terem sua capacidade instalada suplantada tem que ficar mal acomodados, ou em situações de improviso e precariedade. Nessa perspectiva, é importante um olhar para dentro da instituição com vistas a diminuição das médias de permanência e adoção de processo de cuidado pautado na gestão da clínica e na pactuação com as equipes do hospital e dos serviços de apoio, no sentido de mobilizar e viabilizar os acordos internos. Um ponto muito relevante para a gestão de vagas é a necessidade de compatibilização da demanda com os recursos disponíveis no serviço, por meio da definição de perfil e identificação da carteira de serviços ofertada pela instituição. Também é fundamental a pactuação de protocolos entre os profissionais da equipe de forma multiprofissional, a fim de padronizar a metodologia de investigação diagnóstica e das condutas terapêuticas em todos os setores da unidade hospitalar, o que diminui gastos desnecessários, evita a duplicaçãoou superposição de exames, proporciona mais agilidade ao tratamento, previne a substituição precoce de drogas e diminui a ocorrência de complicações evitáveis e iatrogenias nos pacientes. Outro ponto crucial na diminuição da permanência refere-se à agilidade nas respostas aos exames subsidiários ao diagnóstico. Assim, pactuações com os serviços de apoio diagnóstico para a priorização e hierarquização dos exames da emergência, assim como da UTI, são fundamentais para esse processo. É muito importante a possibilidade de tornar os processos informatizados, por meio de prontuários eletrônicos e a disponibilização, na rede interna, dos resultados de exames, o que garante agilidade e redução de custos. OBJ. 5: Discutir a organização dos serviços hospitalares dentro da RAS. A atenção hospitalar, como integrante da RAS, deve estar inserida, sistemicamente e de forma integrada, como pontos de atenção de diferentes redes temáticas de atenção à saúde. Portanto, o hospital deve estar articulado com outros pontos de atenção à saúde e com os sistemas de apoio. A atenção hospitalar deve cumprir, principalmente, a função de responder às condições agudas ou aos momentos de agudização das condições crônicas, conforme estabelecido em diretrizes clínicas baseadas em evidências. Para isso, os hospitais em redes devem ter uma densidade tecnológica compatível com o exercício dessa função e devem operar com padrões ótimos de qualidade, gerando valor para as pessoas usuárias dos sistemas de atenção à saúde. Também deverão ser considerados os processos de reorganização e melhorias na gestão dos recursos humanos, das competências, dos equipamentos e das instalações físicas, a fim de que se possa prestar a atenção hospitalar no lugar certo, com o custo certo e com a qualidade certa. A Secretaria Municipal da Saúde estabelece a seguinte categorização da rede hospitalar: Hospital Estruturante São serviços hospitalares de grande porte e considerados referências em suas regiões para a realização de procedimentos de alta complexidade. Prestam atenção terciária às condições de saúde mais complexas e que requeiram recursos de alta tecnológica. Hospital Estratégico Os hospitais estratégicos são referências hospitalares regionais, de alto potencial de resolução clínico e cirúrgico. Hospital Apoio Hospital de apoio é a retaguarda para a complementação dos cuidados iniciais realizados nos hospitais estruturantes e estratégicos e terão leitos de longa permanência destinados aos cuidados prolongados. Os leitos de apoio dos hospitais acima descritos serão referência hospitalares regionais conforme pactuação futura no Plano de Ação Regional da Rede de Atenção às Urgências e Emergências - RUE, fazendo jus ao custeio diferenciado dado pela rede. OBJ. 6: Definir o papel da atenção primária dentro da RAS hospitalar. A lógica de organização do SUS em redes de atenção a partir da Atenção Básica (AB) reafirma o seu papel de: 1. Ser a principal porta de entrada do usuário no sistema de saúde; 2. Ser responsável por coordenar o caminhar dos usuários pelos outros pontos de atenção da rede, quando suas necessidades de saúde não puderem ser atendidas somente por ações e serviços da APS; 3. Manter o vínculo com estes usuários, dando continuidade à atenção (ações de promoção da saúde, prevenção de agravos, entre outros), mesmo que estejam sendo cuidados também em outros pontos de atenção da rede. Essa posição estratégica da APS no fluxo da atenção à saúde do usuário tem por objetivo potencializar a garantia da integralidade, continuidade, eficiência e eficácia do sistema de saúde. A figura abaixo ilustra a AB como centro de comunicação da RAS: O centro de comunicação é o nó intercambial no qual se coordenam os fluxos e contrafluxos do sistema de atenção à saúde e é constituído pela APS - Atenção Primária à Saúde (Atenção Básica e Equipe do Programa Saúde da Família). Aliás, essa é a maior singularidade das redes de atenção, pois essa constituição do sistema de saúde estimula e mantém a proximidade com os indivíduos assistidos e seu cotidiano. Assim, esse componente deve desempenhar ações de saúde e também fazer a ligação entre os demais pontos de atenção, de modo a garantir a integralidade e continuidade da atenção à saúde dos usuários. OBJ. 7: Entender como se dá o processo de habilitação de leitos. O CNES (Centro Nacional de Estabelecimentos de Saúde) possui em sua base de dados informações dos leitos disponíveis nos estabelecimentos de saúde em todo território nacional. Essas informações de leito são captadas pelas gestões municipais e estaduais por meio das variáveis de Tipo de Leito (Clínicos, Cirúrgicos, Complementares etc.), Detalhamento do Leito (Especialidades) e o respectivo quantitativo categorizado em Leitos Existentes e Leitos SUS. Isso posto, passa-se aos conceitos: 1. Leitos Existentes: são os leitos habitualmente utilizados para internação, mesmo que alguns deles, eventualmente, não possam ser utilizados por alguma razão, no espaço de tempo de até 01 competência (equivalente aos leitos Ativos citados na Portaria nº 312/2002/SAS/MS). Essa quantidade é sempre informada pelo gestor. 2. Leitos SUS: são aqueles utilizados no âmbito do SUS, pelo qual conceitua-se por leitos de internação hospitalar ativos, disponíveis para internação do paciente do SUS. O quantitativo é informado pelo gestor, exceto no caso dos leitos complementares, que é resultado do processo de habilitação, explicado abaixo. 3. Leitos não SUS: é o resultado direto da subtração dos Leitos Existentes e Leitos SUS realizado automaticamente pelo CNES. Portanto o quantitativo nunca é informado pelo gestor municipal e estadual. Leitos Complementares No caso dos leitos complementares (leitos de Unidade de Terapia Intensiva -UTI e Unidade de Cuidados Intermediários - UCI), o significado do conceitos alteram em decorrência da existência de processo de habilitação de leitos complementares pelo Ministério da Saúde (MS), regulamentado pelas Portaria de Consolidação nº 03/GM/MS, de 28 de setembro de 2017 e Portaria n° 1.300/GM/MS, de 23 de novembro de 2012, e passam a ser entendidos da seguinte forma: 1. Leitos Existentes: são os leitos habitualmente utilizados para internação, mesmo que alguns deles, eventualmente, não possam ser utilizados por alguma razão, no espaço de tempo de até 01 competência (equivalente aos leitos Ativos citados na Portaria nº 312/2002/SAS/MS). Essa quantidade é sempre informada pelo gestor. 2. Leitos SUS: reflete à quantidade de leitos habilitados pelo Ministério da Saúde, mediante publicação de Portaria no Diário Oficial da União (DOU). 3. Leitos não SUS: um leito complementar exibido como Leito não SUS, atualmente, pode ter dois significados: - Trata-se de leito que não é utilizado no âmbito do SUS (isto deve ocorrer somente em hospitais privados); ou - Trata-se de leito utilizado no âmbito do SUS, mas que não foi habilitado pelo Ministério da Saúde (isto pode ocorrer em hospitais públicos e privados). Processo de Habilitação dos Leitos Complementares O processo de cadastramento e habilitação de leitos complementares pode ser resumido da seguinte forma: 1. O Gestor Estadual/Municipal realiza a solicitação formal de habilitação dos leitos complementares para a CGAHD/DAHU/SAES/MS. 2. O Ministério da Saúde habilita os leitos solicitados por meio de publicação de portaria no Diário Oficial da União (DOU). 3. A CGSI/DRAC/SAES/MS cadastra a habilitação dos leitos SUS publicados em portaria no CNES. 4. O Gestor Estadual/Municipal atualiza um arquivo de aplicação denominado Gestor Federal na versão local. 5. Todos os leitos que foram habilitados passam a ser exibidos como Leitos SUS. OBJ. 8: Caracterizaros pacientes hiperutilizadores. A identificação e caracterização dos pacientes hiperutilizadores é necessária em qualquer serviço de Atenção Primária à Saúde (APS), visto que um dos seus princípios é a resolutividade. Eles devem ter o diagnóstico revisto ou, pelo menos, reavaliado o manejo proposto à sua condição de saúde, uma vez que recorrem frequentemente ao serviço assistencial. Estudos do perfil desses pacientes podem auxiliar no desenvolvimento de abordagens mais resolutivas às demandas desses usuários. Os pacientes hiperutilizadores dos serviços (heartsink patients), tidos como um tipo de paciente difícil, são os que visitam repetidamente os serviços com sintomas múltiplos, não-específicos, muitas vezes com queixas impossíveis de tratar. Pacientes difíceis associam-se a traços como: distúrbios de saúde mental, múltiplos sintomas, dor crônica, expectativas não-atendidas, insatisfação persistente com a assistência recebida, hiperutilização dos serviços de saúde. Entre os hiperutilizadores dos serviços da APS uma maior prevalência deles (50% ou mais) possui transtornos mentais. Dentre esses, até 40% pode apresentar quadro depressivo atual. Sintomas de outras doenças que se assemelham aos de depressão ou quadro depressivo não- clássico, somente com alterações somáticas, são dificuldades encontradas no reconhecimento desse transtorno mental entre hiperutilizadores
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