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Livro - Gestão Hospitalar Integrada

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Autora: Profa. Valdice Neves Pólvora
Colaboradoraa: Profa. Laura Cristina da Cruz Dominciano
Gestão Hospitalar Integrada
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Professora conteudista: Valdice Neves Pólvora
Doutoranda em Economia pela Universidade Federal de La Matanza, em Buenos Aires, Argentina, mestre em 
Administração e Valores Humanos e graduada em Economia, especialista na Formação de Gestores Públicos na Área de 
Saúde – Ênfase em Administração Hospitalar e Eticista. 
Na área educacional, está comprometida com o ensino-aprendizagem e com a formação de cidadãos éticos. 
Leciona há mais de quinze anos em cursos superiores e há nove anos atua como coordenadora de cursos. 
Tem experiência de mais de trinta e oito anos na esfera governamental, atuando como docente na formação de 
servidores públicos, com experiência em Ensino a Distância.
© Todos os direitos reservados. Nenhuma parte desta obra pode ser reproduzida ou transmitida por qualquer forma e/ou 
quaisquer meios (eletrônico, incluindo fotocópia e gravação) ou arquivada em qualquer sistema ou banco de dados sem 
permissão escrita da Universidade Paulista.
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)
P779g Pólvora, Valdice Neves.
Gestão Hospitalar Integrada. / Valdice Neves Pólvora. – São 
Paulo: Editora Sol, 2016.
96 p., il.
Nota: este volume está publicado nos Cadernos de Estudos e 
Pesquisas da UNIP, Série Didática, ano XXII, n. 2-087/16, ISSN 1517-9230.
1. Gestão hospitalar. 2. Farmácia hospitalar. 3. Serviços 
terceirizados. I. Título.
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Prof. Dr. João Carlos Di Genio
Reitor
Prof. Fábio Romeu de Carvalho
Vice-Reitor de Planejamento, Administração e Finanças
Profa. Melânia Dalla Torre
Vice-Reitora de Unidades Universitárias
Prof. Dr. Yugo Okida
Vice-Reitor de Pós-Graduação e Pesquisa
Profa. Dra. Marília Ancona-Lopez
Vice-Reitora de Graduação
Unip Interativa – EaD
Profa. Elisabete Brihy 
Prof. Marcelo Souza
Prof. Dr. Luiz Felipe Scabar
Prof. Ivan Daliberto Frugoli
 Material Didático – EaD
 Comissão editorial: 
 Dra. Angélica L. Carlini (UNIP)
 Dra. Divane Alves da Silva (UNIP)
 Dr. Ivan Dias da Motta (CESUMAR)
 Dra. Kátia Mosorov Alonso (UFMT)
 Dra. Valéria de Carvalho (UNIP)
 Apoio:
 Profa. Cláudia Regina Baptista – EaD
 Profa. Betisa Malaman – Comissão de Qualificação e Avaliação de Cursos
 Projeto gráfico:
 Prof. Alexandre Ponzetto
 Revisão:
 Aline Ricciardi
 Giovanna Oliveira
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Sumário
Gestão Hospitalar Integrada
APRESENTAÇÃO ......................................................................................................................................................7
INTRODUÇÃO ...........................................................................................................................................................7
Unidade I
1 USO DA TECNOLOGIA NA ÁREA DE SAÚDE .............................................................................................9
1.1 A saúde no Brasil: contexto histórico, legal e político .............................................................9
2 SISTEMAS DE INFORMAÇÕES DE SAÚDE DE ABRANGÊNCIA NACIONAL ................................. 11
2.1 Implantação do Departamento de Informática do SUS (Datasus) .................................. 13
2.2 Sistema de Logística em Saúde (Silos) ......................................................................................... 15
2.3 Sistema de Informação da Atenção Básica (Siab) .................................................................. 17
2.4 Sistema de Informação do Câncer do Colo do Útero (Siscolo) ......................................... 19
2.5 Sistema Nacional de Gestão da Assistência Farmacêutica (Hórus) ................................ 22
2.6 Business intelligence (BI)................................................................................................................... 23
2.7 Sistema de Informações sobre Orçamentos Públicos em Saúde (Siops) ....................... 26
2.8 Sistema de Informações do Programa Nacional de Imunizações (SI-PNI) ................... 28
2.9 Programa Nacional de Avaliação dos Serviços de Saúde (PNASS) .................................. 28
2.10 Sistema Nacional de Informações Tóxico-Farmacológicas (Sinitox) ............................ 31
2.11 O Sistema de Informações Hospitalares (SIH) ....................................................................... 31
3 SERVIÇOS LABORATORIAIS E EXAMES CLÍNICOS ............................................................................... 33
3.1 Critérios de acreditação para laboratórios clínicos ................................................................ 36
3.2 Classificação dos laboratórios clínicos ........................................................................................ 37
3.3 Causas pré-analíticas de variações dos resultados de exames laboratoriais .............. 39
3.3.1 Variação cronobiológica ..................................................................................................................... 39
3.3.2 Gênero ........................................................................................................................................................ 40
3.3.3 Idade ........................................................................................................................................................... 40
3.3.4 Posição ....................................................................................................................................................... 40
3.3.5 Atividade física ....................................................................................................................................... 40
3.3.6 Jejum .......................................................................................................................................................... 41
3.3.7 Dieta ............................................................................................................................................................. 41
3.3.8 Uso de fármacos e drogas de abuso .............................................................................................. 41
3.3.9 Outras causas de variação ................................................................................................................. 42
3.3.10 Precauções no uso de torniquete .................................................................................................. 43
3.3.11 Higienização das mãos ...................................................................................................................... 43
4 RESÍDUOS SÓLIDOS DE SAÚDE (RSS) ...................................................................................................... 44
4.1 Identificação dos resíduos ................................................................................................................ 47
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4.2 Manejo dos RSS ................................................................................................................................... 47
4.3 Transporte interno de RSS ............................................................................................................... 49
4.4 Armazenamento dos resíduos sólidos de saúde ..................................................................... 49
Unidade II
5 SERVIÇOS DE ENFERMAGEM, FARMÁCIA E NUTRIÇÃO HOSPITALAR ........................................ 54
5.1 Serviços de enfermagem ................................................................................................................... 54
5.1.1 Enfermagem e o processo de comunicação ...............................................................................55
5.2 Documentação ..................................................................................................................................... 56
5.2.1 Garantia da qualidade ......................................................................................................................... 56
5.2.2 Reembolso ................................................................................................................................................. 56
5.2.3 Evidências legais...................................................................................................................................... 57
5.2.4 Ensino e pesquisa .................................................................................................................................... 57
6 FARMÁCIA HOSPITALAR ............................................................................................................................... 58
6.1 Integração com outras áreas ........................................................................................................... 62
6.1.1 Enfermagem.............................................................................................................................................. 62
6.1.2 Corpo clínico (médicos) ........................................................................................................................ 63
6.1.3 Administração superior ........................................................................................................................ 63
6.1.4 Institucional .............................................................................................................................................. 63
6.2 Farmácia satélite ................................................................................................................................... 64
6.3 Dispensação de medicamentos ...................................................................................................... 64
6.4 Fracionamento de medicamentos ................................................................................................. 67
6.4.1 Indústria ..................................................................................................................................................... 67
6.4.2 Farmácias ................................................................................................................................................... 68
7 SERVIÇOS TERCEIRIZADOS E PROCESSOS HOSPITALARES ............................................................. 69
7.1 Processos hospitalares ........................................................................................................................ 69
7.1.1 Processos principais do serviço de nutrição ................................................................................ 73
8 SERVIÇOS DE TERCEIROS ............................................................................................................................. 76
8.1 Lavanderia hospitalar ......................................................................................................................... 76
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APRESENTAÇÃO
Caro aluno,
A administração hospitalar, em meio a um cenário altamente competitivo, requer profissionais 
capacitados para conhecer a dinâmica desse segmento.
O desenvolvimento de competências é fundamental para o desempenho dessa função, tais como: 
uma boa administração de materiais na área de saúde, na prestação dos serviços de enfermagem, na 
administração da farmácia hospitalar, no cuidado com os preparativos da alimentação para os pacientes 
e também com a gestão dos sistemas que dão suporte às áreas fim e meio de uma instituição de saúde. 
O objetivo desta disciplina é abordar os sistemas de informações na área de saúde de abrangência 
nacional que dão suporte à tomada de decisão dos gestores públicos e da iniciativa privada que atuem 
nas organizações do segmento de saúde.
Além disso, serão discutidos também os serviços de enfermagem, farmácia e nutrição e sua 
importância para a segurança do paciente e das equipes responsáveis por esses serviços.
Destacaremos os processos que dão suporte às atividades de saúde e também serão abordados 
os serviços hospitalares passíveis de terceirização, tais como: lavanderia hospitalar, manutenção de 
equipamentos hospitalares e alimentação hospitalar. 
Esperamos que esse material sirva de apoio para o desenvolvimento de suas competências, habilidades 
e atitudes, contribuindo para uma gestão eficaz na sua área de atuação.
Bons estudos!
INTRODUÇÃO
A área de saúde desempenha um papel fundamental no contexto social e requer uma gestão com 
capacidade de tomada de decisão frente aos grandes desafios que norteiam a saúde no Brasil. 
Os recursos na área de saúde são cada vez mais escassos, o que requer do gestor uma visão sistêmica 
de todos os processos e serviços que são demandados e ofertados para a sociedade.
De acordo com Borba (2006, p. 120), a eficiência das atividades no hospital deve ser comparada à 
eficiência da aviação ou da Fórmula 1, em que tudo flui de maneira que inspire confiança e que todos 
tenham certeza e acreditem no sistema, tranquilizando-se nos aspetos de segurança, pois acreditam 
nos métodos empregados e têm a consciência de que as falhas são reduzidas ao mínimo, ou quase 
plenamente eliminadas.
Serão abordados os sistemas de informações de abrangência nacional que dão suporte à gestão 
das unidades de saúde, desde os utilizados pelos órgãos de controle e gestão, com informações que 
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subsidiam as politicas públicas nessa área, até os sistemas utilizados para aprimorar o atendimento ao 
público e de usuários dos serviços de saúde. 
Vamos abordar também os serviços laboratoriais e exames clínicos, em especial as causas de variação 
dos resultados de exames laboratoriais.
Serão abordados os serviços de enfermagem, farmácia e nutrição hospitalar, bem como a importância 
do mapeamento dos processos que suportam as atividades desenvolvidas nas instituições de saúde a 
sua importância na gestão com qualidade e segurança.
Ainda abordaremos os tipos de serviços passíveis de terceirização e a governança desses serviços, 
tais como lavanderia hospitalar, manutenção de equipamentos hospitalares e alimentação hospitalar. 
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GESTÃO HOSPITALAR INTEGRADA
Unidade I
1 USO DA TECNOLOGIA NA ÁREA DE SAÚDE
Primeiramente, uma abordagem sobre os sistemas de informação em saúde será feita e, para 
entender o sistema de informação em saúde no Brasil, seus componentes, sua função e seu uso, torna-se 
conveniente que se conheça um pouco da origem, da evolução e da estrutura atual da organização das 
ações de promoção, proteção e recuperação da saúde no país. 
Sabemos da importância das informações sobre a saúde da população e das dificuldades em obtê-las 
de forma rápida e eficiente, o que, na área de saúde, é fundamental para o diagnóstico preciso e a 
adoção de um tratamento com maior eficácia. 
As ações implementadas pelos órgãos da Administração Pública, notadamente o Ministério da Saúde, 
são fundamentais para a compreensão da abrangência e da qualidade dos dados que são gerados, 
processados e disponibilizados pelos diversos sistemas, e que depois são utilizados em diferentes 
finalidades de planejamento, gestão, avaliação, controle social, ensino e pesquisa na área de saúde.
A seguir, será abordado o contexto histórico de forma resumida, a fim de levar o aluno ao 
conhecimento dos aspectos legais e políticos que nortearam a adoção de estratégias na área de 
Tecnologia da Informação. 
1.1 A saúde no Brasil: contexto histórico, legal e político
O relatório do Ministério da Saúde, elaborado com o apoio da OrganizaçãoPan-americana da Saúde 
e da Fundação Oswaldo Cruz (BRASIL, 2009a), nos traz uma visão bastante ampla sobre os esforços que 
têm sido feitos no sentido de racionalizar o setor de saúde no Brasil. 
Basicamente, partiu-se de uma estrutura quase anárquica – com múltiplos agentes, na maioria das 
vezes, descoordenados, duplicando ou triplicando, nas diferentes esferas de governo, ações em algumas 
áreas, deixando outras descobertas – para uma organização sistêmica e estruturada, englobando o setor 
público e o privado conveniado (BRASIL, 2009a). 
A primeira iniciativa surgiu com a edição da Lei nº 6.229 (BRASIL, 1975), que dispunha sobre a 
organização do Sistema Nacional de Saúde. Definia para estados, territórios e Distrito Federal, 
principalmente, atividades de operação de serviços de saúde. 
A necessidade de unificação e padronização das informações no âmbito da saúde levou ao 
desenvolvimento de vários sistemas de controle que possibilitam aos gestores tomar decisões em suas 
áreas de atuação, visando à utilização dos recursos de forma eficiente.
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Unidade I
A seguir observaremos o que a lei prescrevia para os municípios:
• Manter os serviços de saúde de interesse da população local, especialmente os de pronto-socorro.
• Manter a vigilância epidemiológica. 
• Articular seus planos locais de saúde com os planos estaduais e federais para a área. 
• Integrar seus serviços de proteção e recuperação da saúde no Sistema Nacional de Saúde.
Observe que são ações que demandam esforços dos gestores na sua implementação e controle, 
sendo necessário a integração dessas informações com outras esferas de governo para minimizar os 
riscos no atendimento às demandas de cada munícipio. 
Importante destacar que, nesse contexto, a política nacional de saúde seria formulada pelo Ministério 
da Saúde e aprovada pelo então existente Conselho de Desenvolvimento Social: 
Foi uma tentativa de organizar a caótica situação da prestação de serviços 
de saúde no Brasil. Na época, poucos avanços foram conseguidos, pois, 
no nível federal, continuavam a existir múltiplas instituições promovendo 
ou executando ações de saúde, em especial, os Ministérios da Saúde, da 
Previdência Social, da Educação e Cultura, do Interior e do Trabalho. Pode-se 
dizer que, formalmente, porém, não de fato, o Ministério da Saúde começou 
a se caracterizar como o mentor do sistema. Naquele contexto, ainda em 
1975, foram criados, no âmbito do Ministério da Saúde, o Sistema Nacional 
de Saúde (SNS) e um subsistema de mortalidade, a partir da adoção de 
um modelo único de declaração do óbito para todo o país. Todavia, cabe 
registrar que o SNS, tal como referido na Lei nº 6.229 (BRASIL, 1975), nunca 
foi efetivamente implementado. 
Entretanto, desde então, várias outras iniciativas foram empreendidas no 
sentido de integrar serviços e racionalizar a prática das ações de saúde: a 
reforma da assistência médica da Previdência Social, as Ações Integradas 
de Saúde e o Sistema Unificado e Descentralizado de Saúde. Paralelamente, 
também nos anos 1970, teve início, no âmbito acadêmico, um processo de 
discussão sobre a reformulação do setor Saúde no Brasil, conhecido, mais 
tarde, como Reforma Sanitária. Por ocasião do 1º Simpósio sobre Política 
Nacional de Saúde, em 1979, já se delineavam os princípios que vieram a ser 
adotados pelo atual Sistema Único de Saúde: 1) o direito à saúde, concebido 
como universal e inalienável; 2) o caráter intersetorial dos determinantes da 
saúde; 3) o papel do Estado no sentido de regular “para obstaculizar os efeitos 
mais nocivos das leis do mercado na área da saúde”; 4) a descentralização, 
a regionalização e a hierarquização; 5) a participação popular e o controle 
democrático (CORDEIRO apud BRASIL, 2009a, p. 7).
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GESTÃO HOSPITALAR INTEGRADA
 Observação
A necessidade de uma Política Nacional de Saúde está subentendida 
na Constituição do País, no seu artigo oitavo, inciso XIV, quando expressa a 
competência da União no estabelecimento de normas gerais da defesa e proteção 
da saúde (BRASIL, 1988). No Decreto-Lei nº 200 (BRASIL, 1967), entretanto, essa 
necessidade vem explicitada e vinculada ao âmbito do Ministério da Saúde.
O Sistema Único de Saúde (SUS), criado pela Constituição Federal de 1988, foi 
posteriormente regulamentado por duas leis federais: a Lei Orgânica da Saúde 
(Lei nº 8.080, de 19 de setembro de 1990) e a Lei nº 8.142, de 28 de dezembro de 
1990, que trata do controle social e do financiamento do setor Saúde (BRASIL, 
1988; ASSOCIAÇÃO PAULISTA DE MEDICINA apud BRASIL, 2009a, p. 8).
Dessa forma, as diretrizes básicas para a organização do SUS consistiram em descentralização, com 
direção única em cada esfera de governo; atendimento integral, com prioridade para as atividades 
preventivas, sem prejuízo dos serviços assistenciais; e a participação da comunidade (BRASIL, 1988). 
No contexto, marcado pela valorização da gestão participativa, municípios e estados alçaram o estatuto 
de novos e importantes atores, uma vez que passaram a ter papel fundamental, inclusive na geração e no 
uso de dados necessários aos diferentes subsistemas de informação em saúde existentes no país. 
Observa-se que há necessidade de uma ação planejada para que essas informações possam possibilitar 
aos gestores de saúde a tomada de decisão. 
Dessa forma, o processo de descentralização consequente à implantação do SUS necessitou, para o 
seu funcionamento harmônico, de mecanismos de negociação entre as três esferas de governo. Foram 
criadas comissões intergestoras: uma comissão tripartite, formada por representantes do Ministério da 
Saúde, do Conselho Nacional de Secretários de Saúde e do Conselho Nacional de Secretários Municipais 
de Saúde; e comissões bipartites em cada estado, formadas por representantes das secretarias estaduais 
de saúde e do Conselho de Secretários Municipais de Saúde. Nesse quadro, as decisões importantes 
passaram a ser pactuadas nessas comissões antes de serem implantadas. As pactuações envolvem a 
organização e o funcionamento do sistema, bem como seus mecanismos de financiamento. As decisões 
sobre implantação e desenvolvimento dos sistemas de informação em saúde são igualmente discutidas 
e pactuadas nessas instâncias. 
2 SISTEMAS DE INFORMAÇÕES DE SAÚDE DE ABRANGÊNCIA NACIONAL
Um grande problema na área de saúde consiste na disponibilização de informações, haja vista 
tradicionalmente as informações sobre saúde no Brasil serem fragmentadas, resultado da atividade 
compartimentalizada das várias instituições que atuam no setor (CONFERÊNCIA NACIONAL DE SAÚDE; 
BRASIL, 1994 apud BRASIL, 2009a). 
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Unidade I
Essa problemática é um das grandes questões na alocação de recursos de forma prática e com a finalidade de 
atender as regiões com maior necessidade de acompanhamento e medidas de saneamento no cuidado básico.
A falta de integração dos diversos sistemas existentes dificulta a tomada de decisão dos gestores, 
portanto, há necessidade de ações que promovam essa integração na esfera de governo, tanto no 
âmbito federal quanto estadual e municipal.
Um exemplo destacado pelo relatório (BRASIL, 2009a) era a obtenção de dados sobre morbidade, o que era 
difícil, em razão das diferentes fontes de dados, originárias principalmente de serviços e programas verticais, 
como materno-infantil, saúde escolar, malária, tuberculose, hanseníase e controle de poliomielite. As informações 
desses diferentes bancos de dados que existiam refletiam o panorama e a tendência de cada evento. 
Outro problema era o da qualidade das informações existentes, pois eram necessárias ações para 
melhorar o grau e a qualidade desses bancos de dados, transformá-los em informações e gerar o 
conhecimento necessário para o planejamento deprojetos na área de saúde. 
Outro aspecto a ser destacado era a dificuldade de coordenar as informações por eles produzidas, 
pois a falta de integração dos dados produzia resultados decepcionantes, em razão das inconsistências 
que acarretavam baixas possibilidades de análise da situação. Essa realidade ainda persiste, haja vista 
o número de sistemas existentes em diversos órgãos da Administração Pública, não apenas na área de 
saúde, como em outras áreas afins, como a segurança e educação.
Dessa forma, havia grande quantidade de dados, mas estes eram esparsos e, portanto, não 
possibilitavam a geração de conhecimento coerente e útil para subsidiar decisões na área de saúde.
Vale destacar que as iniciativas de disseminação de informações anteriores à redemocratização do 
país restringiam-se a bancos de dados cujo acesso era limitado aos gestores dos sistemas e aos gabinetes 
de assessoria técnica das autoridades. 
Tal limitação de acesso não se devia apenas às restrições tecnológicas da época, mas também, 
principalmente, a uma política de informação subordinada aos interesses da “segurança nacional” e ao 
viés corporativo das instituições. 
Em meados da década de 1970, o movimento sanitário propôs uma reforma sanitária estabelecendo 
as bases do que seria o SUS, e gerando uma demanda de informações em saúde atualizadas e detalhadas. 
Naquele período, ocorriam o progresso e a difusão da teleinformática, disponibilizando acesso remoto, por 
terminais, aos bancos de dados ainda restritos aos mainframes e, posteriormente, da microinformática, 
gerando a possibilidade de bases de dados descentralizadas. 
De acordo com o relatório citado anteriormente (BRASIL, 2009a), o primeiro momento da história 
recente da construção de sistemas de âmbito nacional para a captura de dados e a disseminação de 
informações sobre a saúde ocorreu em 1977, quando o Ministério da Saúde, com o objetivo de manter 
compatibilidade com outros países, padronizou os registros de óbitos no Brasil e criou um sistema 
informatizado para a captura dos dados, disponibilizando-os por meio de publicações. Na mesma época, os 
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GESTÃO HOSPITALAR INTEGRADA
gestores do Instituto Nacional de Assistência Médica da Previdência Social (Inamps) demandaram à então 
denominada Empresa de Processamento de Dados da Previdência Social (Dataprev) instrumentos que os 
apoiassem no planejamento e no controle da produção hospitalar. 
Os dados coletados possibilitaram, posteriormente, as primeiras iniciativas de disseminação de informações 
em saúde, ainda limitadas ao público interno da área da previdência social. Em 1980, percebendo a importância 
das informações para a gestão, a Dataprev – que já dispunha de uma rede nacional com pontos de acesso em 
todas as capitais brasileiras – desenvolveu um aplicativo precursor na disseminação de informações: o Sistema 
Integrado de Tratamento Estatístico de Séries Estratégicas (Sintese). 
Este sistema incorporava séries históricas ao seu acervo, inclusive de fontes externas, como o IBGE, e 
de naturezas distintas, como a cotação do dólar e a taxa de inflação, permitindo a contextualização dos 
dados e a comparabilidade dos dados financeiros ao longo do tempo. O sucesso do Sintese ultrapassou 
as fronteiras da Previdência, e a Dataprev tornou a capacitação no aplicativo uma das estratégias da 
empresa na formação e no aperfeiçoamento de profissionais em informação. 
2.1 Implantação do Departamento de Informática do SUS (Datasus)
Sabemos que a informação é fundamental para a democratização da saúde e o aprimoramento 
de sua gestão. A informatização das atividades do SUS, dentro de diretrizes tecnológicas adequadas, 
é essencial para a descentralização das atividades de saúde e viabilização do controle social sobre a 
utilização dos recursos disponíveis.
Essas informações disponibilizadas aos tomadores de decisão no âmbito da saúde possibilitam a 
gestão por resultados, pois há possibilidade de obtenção de dados atualizados de ações planejadas em 
conjunto com outros órgãos gestores.
Assim, havia a necessidade de criação de um órgão que fosse responsável pelo desenvolvimento e 
integração dessas informações, culminando com a criação do Departamento de Informática do SUS 
(Datasus). A partir de 2011, o Datasus passa a integrar a Secretaria de Gestão Estratégica e Participativa, 
conforme Decreto nº 7.530 (BRASIL, 2011a), que trata da Estrutura Regimental do Ministério da Saúde.
Dentre as atribuições do Departamento de Informática do SUS (Datasus), destacamos: 
Prover os órgãos do SUS de sistemas de informação e suporte de informática, 
necessários ao processo de planejamento, operação e controle do Sistema 
Único de Saúde, por meio da manutenção de bases de dados nacionais, apoio 
e consultoria na implantação de sistemas e coordenação das atividades de 
informática inerentes ao funcionamento integrado dos mesmos.
São estas as competências definidas para o Datasus pelo Decreto:
I. fomentar, regulamentar e avaliar as ações de informatização do SUS, 
direcionadas para a manutenção e desenvolvimento do sistema de 
informações em saúde e dos sistemas internos de gestão do Ministério;
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II. desenvolver, pesquisar e incorporar tecnologias de informática que 
possibilitem a implementação de sistemas e a disseminação de informações 
necessárias às ações de saúde;
III. definir padrões, diretrizes, normas e procedimentos para transferência de 
informações e contratação de bens e serviços de informática no âmbito dos 
órgãos e entidades do Ministério;
IV. definir padrões para a captação e transferência de informações em 
saúde, visando à integração operacional das bases de dados e dos sistemas 
desenvolvidos e implantados no âmbito do SUS;
V. manter o acervo das bases de dados necessárias ao sistema de informações 
em saúde e aos sistemas internos de gestão institucional;
VI. assegurar aos gestores do SUS e órgãos congêneres o acesso aos serviços 
de informática e bases de dados, mantidos pelo Ministério;
VII. definir programas de cooperação técnica com entidades de pesquisa e 
ensino para prospecção e transferência de tecnologia e metodologias de 
informação e informática em saúde;
VIII. apoiar Estados, Municípios e o Distrito Federal, na informatização das 
atividades do SUS; e
X. coordenar a implementação do sistema nacional de informação em saúde, 
nos termos da legislação vigente (DATASUS, 2016a).
Com essa medida, o governo procurou aprimorar as informações sobre saúde no Brasil, o que 
possibilitou o gerenciamento e a alocação de recursos em ações demandadas por esse segmento.
E o que é Sistema de Informação em Saúde na concepção da Organização Mundial de Saúde (OMS)?
Para a OMS: 
Sistema de Informação em Saúde é um mecanismo de coleta, processamento, 
análise e transmissão da informação necessária para organizar e operar os 
serviços de saúde e, também, para a investigação e o planejamento com 
vistas ao controle de doenças (CASTRO, 2003).
Na definição da Organização Pan-americana da Saúde (Opas):
Sistema de Informação em Saúde é o conjunto de componentes (estruturas 
administrativas, departamento de estatística de saúde, unidades de 
informação em saúde) que atuam de forma integrada e que têm por 
finalidade produzir a informação necessária e oportuna para implementar 
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processos de decisões no sistema de serviços de saúde (ORGANIZAÇÃO 
PANAMERICANA DA SAÚDE apud CASTRO, 2003).
 Observação
Observe que a questão da integração das informações é fundamental 
para a geração de conhecimento, o que permitirá a melhoria dos processos 
e também dos serviços na área de saúde.
 Saiba mais
Conheça os resultados da pesquisa que aborda o desenvolvimento 
histórico e conceitual da experiênciabrasileira em sistemas de informação 
em saúde. Acesse o endereço eletrônico a seguir: 
BRASIL. Ministério da Saúde. A experiência brasileira em sistemas de 
informação em saúde. Brasília: Ministério da Saúde, 2009. 2 v. (Série B. 
Textos Básicos de Saúde). Disponível em: <http://bvsms.saude.gov.br/bvs/
publicacoes/experiencia_brasileira_sistemas_saude_volume1.pdf>. Acesso 
em: 29 set. 2016. 
Após essa revisão histórica sobre sistemas de informação na área de saúde, vamos analisar alguns 
sistemas que dão suporte à gestão em saúde, sua utilização e apoio às diretrizes governamentais. 
2.2 Sistema de Logística em Saúde (Silos)
O Sistema de Logística em Saúde (Silos) foi idealizado no Departamento de Logística em Saúde 
(DLOG), pela Coordenação-Geral de Gestão e Planejamento Logístico em Saúde (CGGPL) e desenvolvido 
pelo Datasus, tendo em vista a necessidade de automação dos processos de planejamento, controle e 
monitoramento das compras realizadas pelo Ministério da Saúde. 
Vale destacar que o processo de compras na área governamental segue um rito processual diferente 
da iniciativa privada, ou seja, é necessário licitar. O processo de licitação está regulamentado pela Lei 
Geral de Licitações, denominada Lei 8.666/93 e também está previsto na Constituição Federal no seu 
artigo 37, no inciso XXI, o seguinte:
Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes 
da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos 
princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e 
eficiência e, também, ao seguinte:
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XXI - ressalvados os casos especificados na legislação, as obras, serviços, 
compras e alienações serão contratados mediante processo de licitação 
pública que assegure igualdade de condições a todos os concorrentes, 
com cláusulas que estabeleçam obrigações de pagamento, mantidas as 
condições efetivas da proposta, nos termos da lei, o qual somente permitirá 
as exigências de qualificação técnica e econômica indispensáveis à garantia 
do cumprimento das obrigações (BRASIL, 1988, grifo nosso).
Para tanto, foram desenvolvidos vários sistemas que dão suporte ao processo de compras, como a 
aquisição, controle e logística de distribuição, tanto na área de saúde como em outras áreas. 
Os objetivos que devem ser alcançados pelo Silos (BRASIL, 2012b) são os seguintes: 
I – Aperfeiçoar, reduzir e agilizar os fluxos, além de garantir a segurança e a 
integridade das informações. 
II – Planejar o processo de logística integrada do Ministério da Saúde. 
III – Planejar, coordenar, orientar e avaliar o armazenamento e a distribuição 
dos produtos adquiridos pelo Ministério da Saúde.
IV – Consolidar o plano de demanda do Ministério da Saúde e assessorar as 
áreas demandadas. 
V – Criar e gerir o Planejamento Logístico do Ministério da Saúde. 
VI – Criar o TR eletrônico. 
 Saiba mais
Saiba mais sobre os procedimentos que devem ser adotados nas 
contratações destinadas ao fornecimento de bens e à prestação de serviços 
relativos a Insumos Estratégicos para a Saúde (IES): 
BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria nº 2.710, de 17 de novembro 
de 2011. Brasília, 2011c. Disponível em: <http://bvsms.saude.gov.br/bvs/
saudelegis/gm/2011/prt2710_17_11_2011.html>. Acesso em: 29 set. 2016. 
Verifique quais são os procedimentos necessários para a contratação 
de IES.
Outro sistema que vamos abordar é o Sistema de Informação da Atenção Básica (Siab).
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2.3 Sistema de Informação da Atenção Básica (Siab)
O Siab foi implantado em 1998 em substituição ao Sistema de Informação do Programa de Agentes 
Comunitários de Saúde (Sipacs), pela então Coordenação da Saúde da Comunidade/Secretaria de 
Assistência à Saúde, hoje Departamento de Atenção Básica/Secretaria de Atenção à Saúde, em conjunto 
com o Departamento de Informação e Informática do SUS/Datasus/SE, para o acompanhamento das 
ações e dos resultados das atividades realizadas pelas equipes do Programa Saúde da Família (PSF).
É importante salientar que o Siab é um sistema de informação territorializado cujos dados são 
gerados por profissionais de saúde das equipes da Estratégia Saúde da Família (ESF). As informações são 
coletadas em âmbito domiciliar e em unidades básicas nas áreas cobertas pela ESF e pelo Sipacs. 
Essa descentralização na coleta de dados possibilita uma visão estratégica em relação à aplicação de 
recursos pelo Ministério da Saúde, priorizando ações em regiões que demandam tais recursos.
O Siab foi desenvolvido como instrumento gerencial dos Sistemas Locais de Saúde e incorporou em 
sua formulação conceitos como território, problema e responsabilidade sanitária. 
Essas características significaram avanços concretos no campo da informação em saúde. Dentre elas, 
destacamos:
• microespacialização de problemas de saúde e de avaliação de intervenções;
• utilização mais ágil e oportuna da informação;
• produção de indicadores capazes de cobrir todo o ciclo de organização das ações de saúde a partir 
da identificação de problemas;
• consolidação progressiva da informação, partindo de níveis menos agregados para mais agregados.
As informações obtidas por meio do Siab são: 
• Famílias – informações sobre cadastros de famílias.
• Moradia – quais são as condições de moradia e saneamento.
• Saúde – situações de saúde, produção e composição das equipes de saúde.
Os principais instrumentos de coleta do Siab são: 
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• Ficha de cadastro das famílias e levantamento de dados 
sócio-sanitários, preenchida pelo agente comunitário 
de saúde (ACS) no momento do cadastramento das 
famílias, sendo atualizada permanentemente.
• Fichas de acompanhamento de grupos de risco e 
de problemas de saúde prioritários, preenchidas 
mensalmente pelos agentes comunitários de saúde, 
no momento de realização das visitas domiciliares.
• Fichas de registro de atividades, procedimentos e 
notificações, produzidas mensalmente por todos 
os profissionais das equipes de saúde
Ficha 
de cadastro
Ficha 
de registro
Ficha de 
acompanhamento
Figura 1 
O Ministério da Saúde disponibiliza a base de dados do Siab na internet, sendo essa uma ação 
estratégica da política definida pelo Ministério.
A utilização das informações disponibilizadas pelo Siab tem como objetivo fornecer informações 
que subsidiem a tomada de decisão pelos gestores do SUS, e a instrumentalização pelas instâncias de 
controle social, publicizando, assim, os dados para o uso de todos os atores envolvidos na consolidação 
do SUS.
Com essas informações, é possível a geração de relatórios no campo da pesquisa acadêmica, no 
fomento a iniciativas que possam auxiliar na tomada de decisão para os gestores que atuam na área de 
saúde, tanto da iniciativa pública, quanto da privada, para elaboração do seu planejamento estratégico 
e definição de prioridades na alocação de recursos. 
Sabemos que, na área de Tecnologia da Informação, desenvolver sistemas não adianta, se não houver 
a atualização constante das informações disponibilizadas. 
Nesse sentido, faz parte da estratégia do Ministério da Saúde a constante atualização e revisão dos 
sistemas. Isso, atualmente, vem ocorrendo para que o sistema se transforme, de fato, numa ferramenta 
que permita o monitoramento e favoreça a avaliação da atenção básica. 
 Saiba mais
Faça uma pesquisa no Siab para verificação das informações sobre a 
Atenção à Saúde. Visite a página do Siab no endereço eletrônico a seguir: 
SISTEMA DE INFORMAÇÃO DA ATENÇÃO BÁSICA (Siab). Informações 
estatísticas. Rio de Janeiro, 2008. Disponível em: <http://www2.datasus.
gov.br/SIAB/index.php?area=04>. Acesso em: 29 set. 2016.
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Os dados gerados através das fichas de coleta são, em grade parte, agregados, e alguns deles são 
consolidados antes de serem lançados no programa informatizado. Uma vez processados os dados, são 
produzidos os relatórios de indicadores do Siab. São eles: 
• Consolidado de Famílias Cadastradas – apresenta os indicadores demográficos e sócio-sanitários 
por microárea, área, segmento territorial, zona (urbana/rural), município, estado e região. 
• Relatório de Situação de Saúde e Acompanhamento das Famílias – consolida mensalmente as 
informações sobre situação de saúde das famílias acompanhadas por área, segmento territorial, 
zona (urbana/rural), município, estado e região. 
• Relatório de Produção e Marcadores para Avaliação –consolida mensalmente as informações 
sobre produção de serviços e a ocorrência de doenças e/ou situações consideradas marcadoras 
por área, segmento territorial, zona (urbana/rural), município, estado e região. 
Outro importante sistema é o Sistema de Informações de Controle do Câncer do Colo do Útero, o 
Siscolo; vamos destacar os principais serviços disponibilizados por esse sistema.
2.4 Sistema de Informação do Câncer do Colo do Útero (Siscolo)
Na área de saúde, sabemos que o câncer de colo do útero é um grande problema, pois, em algumas 
regiões, não há informações suficientes para que os agentes públicos possam adotar medidas de controle 
e combate ao câncer do colo de útero que, em pleno século XXI, ainda é muito recorrente. 
Os elevados índices de incidência e mortalidade por câncer do colo do útero no Brasil justificam 
a implementação de ações nacionais voltadas para a prevenção e o controle do câncer (promoção, 
prevenção, diagnóstico, tratamento, reabilitação e cuidados paliativos), tendo como base as diretrizes 
da Política Nacional de Atenção Oncológica (BRASIL, 2005b).
No Brasil, o Ministério da Saúde, com o objetivo de implementar ações de controle para o 
câncer de colo do útero, desenvolveu, em 1997, um projeto piloto em seis localidades (Curitiba, 
Brasília, Recife, Rio de Janeiro e Belém) e, no estado de Sergipe, em janeiro de 1998. Em 1998, 
com a introdução do Sistema de Informações de Controle do Câncer do Colo do Útero, esse 
projeto foi se intensificado e, em 1999-2000, foram criadas coordenações estaduais do Programa 
Viva Mulher que, no início, priorizava o câncer de colo do útero em relação aos outros tipos de 
câncer.
Fez parte dessa procura a implementação de estratégias importantes, tais como a 
padronização de procedimentos e de condutas que garantam a qualidade dos processos 
técnicos e operacionais para o controle do câncer. Um dos principais instrumentos que auxiliam 
a consolidação das ações de um programa de controle de câncer é a utilização de um sistema 
informatizado para gerenciamento das informações oriundas das unidades de saúde, o qual 
deve ser atualizado constantemente. 
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O Siscolo é utilizado em todo o território nacional desde 1999. Por meio da Portaria nº 287, 
foi implantada uma nova versão, atualizada de acordo com a Nomenclatura Brasileira de Laudos 
Citopatológicos (INCA, 2011). A portaria define que o Siscolo é o sistema oficial do Ministério da 
Saúde, a ser “utilizado para o fornecimento dos dados referentes aos procedimentos de citopatologia, 
histopatologia e controle de qualidade do exame de papanicolau” (artigos 1º e 2º). 
Vejamos o que dizem os artigos 1º e 2º da Portaria nº 287 (BRASIL, 2006b):
Art. 1º Estabelecer que o pagamento dos procedimentos referentes 
à citopatologia: exame citopatológico cérvico-vaginal e microflora 
(código 12.011.01-0), histopatologia: exame anátomo patológico 
do colo uterino (código 12012.03-3) e o monitoramento externo da 
qualidade, através do exame citopatológico cérvico-vaginal e microflora 
(código 12.011.01-0), permanece vinculado à prestação das informações 
necessárias ao acompanhamento e avaliação das atividades de controle 
do câncer de colo do útero no Brasil, por intermédio de BPA em meio 
magnético, gerado exclusivamente pelo Siscolo (Sistema de Informação 
do Câncer do Colo do Útero). 
Art. 2º Definir que o Sistema de informática oficial do Ministério da Saúde, 
que deverá ser utilizado para o fornecimento dos dados informatizados 
referentes aos procedimentos previstos no Artigo 1º, é o Siscolo (Sistema de 
Informação do Câncer do Colo do Útero), fornecido pelo Departamento de 
Informática do SUS/Datasus, e que disponibilizará a partir da competência 
junho de 2006 a versão 4.0. 
§ 1º – O Sistema de Informação do Câncer do Colo do Útero é composto 
por dois módulos operacionais: módulo laboratório e módulo coordenação. 
I. Módulo Laboratório: registrará os dados referentes aos procedimentos 
de citopatologia, histopatologia e monitoramento externo da qualidade. 
É o módulo responsável por gerar o BPA em meio magnético. II. Módulo 
Coordenação: registrará as informações de seguimento das mulheres que 
apresentam resultados de exames alterados. A alimentação dos dados é 
feita pela exportação dos dados do módulo laboratório para a coordenação. 
O acompanhamento e supervisão da informação a ser gerada são de 
responsabilidades da coordenação estadual de saúde, ou municipal, onde o 
sistema de informação estiver implantado. 
§ 2º – O monitoramento Externo da Qualidade compreende a realização de 
nova leitura de lâmina do exame citopatológico, por outro laboratório, sendo 
sua implantação de responsabilidade dos gestores estaduais/municipais em 
acordo com as determinações estabelecidas na legislação vigente.
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 Lembrete
Em 2008, por meio da publicação da Portaria nº 779 (BRASIL, 2008b), 
foi definida a implantação do Sismama como o sistema de informação 
oficial do Ministério da Saúde, a ser “utilizado para o fornecimento dos 
dados informatizados dos procedimentos relacionados ao rastreamento e à 
confirmação diagnóstica do câncer de mama” (artigo 1º).
O Siscolo e o Sismama são subsistemas do Sistema de Informação Ambulatorial do Sistema Único 
de Saúde (SIA/SUS), utilizados para cadastrar os exames citopatológicos e histopatológicos do colo do 
útero e mama, e também mamografia, no âmbito do SUS. O sistema permite: 
• Obter o Boletim de Produção Ambulatorial Individualizado (BPA-I).
• Registrar informações sobre condutas diagnósticas e terapêuticas relativas aos exames 
positivos/alterados (módulo seguimento da paciente).
• Selecionar amostras para monitoramento externo da qualidade dos exames (Siscolo). 
• Coletar dados para construção de indicadores.
 Saiba mais
O endereço eletrônico do Siscolo/Sismama está a seguir: 
BRASIL. Ministério da Saúde. Siscolo/Sismama. Brasília, 2008c. Disponível 
em: <http://w3.datasus.gov.br/siscam/index.php?area=04>. Acesso em: 4 
out. 2016. 
Conheça os sistemas que apoiam a área de saúde, consulte a página da 
Datasus, o endereço eletrônico está a seguir:
DEPARTAMENTO DE INFORMÁTICA DO SUS (DATASUS). SIHSUS – 
Sistema de Informações Hospitalares do SUS. (s.l.), 2016c. Disponível em: 
<http://datasus.saude.gov.br/sistemas-e-aplicativos/hospitalares/sihsus>. 
Acesso em: 29 set. 2016. 
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2.5 Sistema Nacional de Gestão da Assistência Farmacêutica (Hórus) 
Sabemos que a demanda por medicamentos é enorme, portanto, a gestão na aplicação dos recursos 
destinados a essa atividade deve ser acompanhada e monitorada de forma eficiente e eficaz pelos 
órgãos públicos. 
Nesse sentido, foi desenvolvido o Hórus, um sistema para gestão dos medicamentos e insumos. 
Esse sistema é uma ferramenta bastante útil e pode ser utilizado em diversos tipos de serviços que 
gerenciam medicamentos e insumos. A seguir, é apresentado o fluxo de comunicação que pode ocorrerentre os estabelecimentos de saúde que utilizam o Hórus.
ESTADO, MUNICÍPIO, DSEI, CASAI, PÓLO, ALDEIA, HOSPITALESTADO, DSEI, HOSPITAL
Almoxarifado 
central
Almoxarifado 
central
Almoxarifado 
regional
Almoxarifado
Almoxarifado
Almoxarifado Almoxarifado Departamento
Cidadão Cuidado farmacêutico
Almoxarifado 
regional Farmácia, unidade de dispensão
Saídas diversas
Saídas diversas RemanejamentosRequisição de envio com ou sem solicitação
Figura 2 
Os recursos despendidos na compra de medicamentos e insumos são elevados e requerem um 
acompanhamento pelos gestores de forma a minimizar a falta desses materiais na rede hospitalar. 
A Base Nacional de Dados de ações e serviços da Assistência Farmacêutica no SUS, regulamentada 
por meio da Portaria nº 957 (BRASIL, 2016b), é constituída por um conjunto de dados das entradas, saídas 
e dispensações realizadas pelos estabelecimentos de saúde dos estados, Distrito Federal e municípios, 
referentes aos medicamentos constantes da Relação Nacional de Medicamentos Essenciais (Rename) 
vigente e do Programa Farmácia Popular do Brasil. 
Os dados são coletados de sistemas eletrônicos disponibilizados pelo Ministério da Saúde:
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• Sistema Nacional de Gestão da Assistência Farmacêutica (Hórus).
• Web service (serviço disponibilizado a municípios que possuem sistemas de informação próprios).
• Sistema Autorizador do Programa Farmácia Popular.
O acesso aos dados da Base Nacional pode ser realizado por meio de um Sistema de Suporte à 
Decisão (SSDDAF), que tem como objetivo gerar informação a partir de banco de dados internos 
e externos e que proporcionem aos gestores soluções que auxiliem e aprimorem o processo de 
tomada de decisão.
BD farmácia 
popular
BD Hórus
Repositório 
Hórus
Repositório 
Hórus
Repositório 
Hórus
Web service
Base nacional de dados
Mineração de dados
Sistema de suporte à decisão
XML
Fontes de dados
Sistemas não 
Hórus
Dispositivos
Desempenho
Análises
Relatórios
Ferramenta 
fácil de usar
Figura 3 
2.6 Business intelligence (BI)
Outra importante ferramenta desenvolvida pelo Datasus é o business intelligence (BI), que permite 
aos gestores obter informações estratégicas para a tomada de decisão. 
O BI ou inteligência de negócios vem ganhando cada vez mais força junto aos mais variados tipos 
de organização, principalmente para apoio às tomadas de decisões dos profissionais dos níveis táticos 
e estratégicos.
Para desenvolver o BI, o Datasus incorporou a seus quadros profissionais e softwares especialistas 
para a construção de ferramentas para apoio à decisão utilizando os conceitos de BI.
O BI adota arquitetura de servidores computacionais que permitam a construção de Data 
Warehouses/Data Marts apoiados por metodologia de modelagem multidimensional e automatização 
do processo de transformação e carga em bancos de dados integrados.
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A implantação de um BI para instituições de saúde, de qualquer porte, possibilita a busca e 
interpretação de informações armazenadas para apoio às decisões dentro do ciclo de vida do cidadão 
(do nascimento ao óbito), bem como produtividade, controle, avaliação e gestão dos estabelecimentos, 
órgãos e secretarias do Ministério.
 Saiba mais
Para consultar o Sage, acesse o endereço eletrônico a seguir:
<http://sage.saude.gov.br/>. 
Para que haja uma política governamental na área de saúde, o governo, em todas as esferas, precisa 
investir na informatização. Vejamos, a seguir, a notícia sobre as medidas que o governo federal vem 
adotando para informatização do SUS. 
Ministério da saúde avança na informatização do SUS
Plataforma vai unificar nove sistemas de dados hospitalares e ambulatoriais utilizados 
para registro de atendimentos. Prevista para ser implantada integralmente até 2017, deve 
reunir ainda dados da rede privada e suplementar. 
O Ministério da Saúde deu um passo fundamental para informatização do Sistema 
Único de Saúde (SUS). Foram assinadas nesta quinta-feira (25), pelo ministro Ricardo 
Barros durante a Comissão Intergestores Tripartite (CIT), duas resoluções que vão aprimorar 
o registro de dados de serviços, reduzindo custos e tempo de alimentação por parte dos 
gestores de saúde: a que constitui o Conjunto Mínimo de Dados (CMD), ferramenta que 
unificará os sistemas existentes, e a que institui o Comitê Gestor da Estratégia E-Saúde, um 
grupo de ações de saúde por meio eletrônico.
O aperfeiçoamento dos sistemas de informação do SUS é uma das prioridades já 
anunciadas pelo ministro. O objetivo é integrar o controle das ações, permitindo a correta 
aplicação dos recursos públicos e o fornecimento de dados adequados para o planejamento 
e para a execução das prioridades do setor.
“Essa estratégia vai facilitar o registro de informações, em um layout único, evitando o 
abastecimento da mesma informação em sistemas diferentes, e ainda possibilitando economia 
financeira com a manutenção de cada sistema, tanto no nível local quanto nacional, e de 
capacitação de usuários”, avaliou o ministro Ricardo Barros. Para ele, este avanço colocará o SUS 
no patamar de sistemas de saúde avançados do ponto de vista do gerenciamento das informações.
A implantação do Conjunto Mínimo de Dados (CMD) será gradual e unificará nove 
sistemas adotados no SUS: Boletim de Produção Ambulatorial (BPA), Autorização de 
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Procedimento Ambulatorial (APAC), Registro das Ações Ambulatoriais de Saúde (RAAS), 
Autorização de Internação Hospitalar (SISAIH01), Coleta da Comunicação de Informação 
Hospitalar e Ambulatorial (CIHA01), Sistema de Informação Ambulatorial (SIA), Sistema de 
Informação Hospitalar (SIH), Processamento da Comunicação de Informação Hospitalar e 
Ambulatorial (CIHA02) e Sistema de Regulação, Controle e Avaliação (SISRCA).
O registro das informações no CMD será realizado por todos estabelecimentos de saúde 
públicos e privados em território nacional, e poderá ser realizado por meio dos sistemas já 
existentes que serão integrados no Barramento da Saúde, ou por meio de solução gratuita 
disponibilizada pelo Ministério da Saúde.
A previsão é que o funcionamento do CMD ocorra em três etapas. O sistema começará a 
receber dados da Atenção Básica, por meio do e-SUS Atenção Básica, e da Saúde Suplementar, 
por meio das Guias da Troca de informações da Saúde Suplementar, (TISS), a partir da 
publicação das resoluções assinadas durante a CIT, com o desligamento da alimentação por 
meio dos respectivos sistemas ao longo de setembro. Já a segunda etapa prevê o recebimento 
no CMD de dados hospitalares e ambulatoriais, tanto dos procedimentos realizados no 
SUS quanto nas redes privada e suplementar, com o desfecho dos demais sistemas em 
meados de 2017. Na última etapa, já será possível realizar todo o faturamento ambulatorial 
e hospitalar do SUS por meio do CMD.
e-SAÚDE – Também está avançando o projeto e-Saúde, conjunto de ações que qualifica 
a gestão da saúde por meio eletrônico, como o CMD, o Registro Eletrônico de Saúde (RES) e 
a Telemedicina. Nesta quinta-feira, foi firmado o entendimento com estados e municípios, 
por meio da CIT, para a instituição de um comitê gestor, que vai definir a política e as 
estratégias para o aprimoramento e expansão do SUS no campo virtual.
O Comitê será composto por representantes de todas as secretarias do Ministério da 
Saúde, da ANS, da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), do Conselho Nacional 
dos Secretários de Saúde e do Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde.
Os trabalhos do grupo deverão ser iniciados em 15 dias, a partir da indicação dos membros 
de cada órgão integrante e da elaboração do seu Regimento Interno. Os membros vão 
coordenar o desenvolvimento de aplicaçõesinformatizadas no âmbito do Ministério da Saúde, 
além de apoiar atividades administrativas de estabelecimentos de saúde e de fluxo na rede de 
atenção à saúde, garantindo maior resolutividade em um menor número de sistemas.
Também foi apresentada durante a CIT a plataforma Mapa da Saúde, que permite a 
descrição geográfica da distribuição de recursos humanos e de ações e serviços de saúde 
ofertados pelo SUS e pela iniciativa privada. A ferramenta passa por ajustes e deverá ser 
utilizada na identificação das necessidades de saúde da população de cada município, região 
ou estado, orientando o planejamento e contribuindo para o estabelecimento de metas.
Fonte: MINISTÉRIO... (2016). 
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Unidade I
 Observação
Com os avanços na informatização do SUS, os gestores poderão planejar 
as ações de controle, organizar a rede de assistência para diagnóstico e 
tratamento, avaliar a necessidade de capacitações e acompanhar as 
estatísticas na área para a tomada de decisão. 
Destacamos, ainda, outros sistemas de informações que auxiliam o gestor no planejamento das 
ações destinadas à área de saúde. 
2.7 Sistema de Informações sobre Orçamentos Públicos em Saúde (Siops)
Quanto se gasta em saúde no Brasil? Nas regiões Sul, Sudeste, Norte e Nordeste, essa é uma questão 
fundamental para o planejamento e alocação de recursos. 
Com esse intuito, foi criado o sistema Siops, institucionalizado, no âmbito do Ministério da Saúde, 
com a publicação da Portaria Conjunta MS/PGR nº 1.163, de 11 de outubro de 2000, posteriormente 
retificada pela Portaria Interministerial MS/PGR nº 446, de 16 de março de 2004, sendo, atualmente, 
coordenado pelo Departamento de Economia da Saúde, Investimentos e Desenvolvimento, da Secretaria 
Executiva do Ministério da Saúde.
Até o exercício 2012, o banco de dados do Siops é alimentado pelos estados, pelo Distrito Federal e 
pelos municípios, por meio do preenchimento de formulário em software desenvolvido pelo Departamento 
de Informática do SUS (Datasus), com o objetivo de apurar as receitas totais e as despesas em ações e 
serviços públicos de saúde. A partir do exercício 2013, em decorrência da publicação da Lei Complementar 
nº 141 (BRASIL, 2012a), o registro de dados passa a ser obrigatório, inclusive para a União. 
Os dados contidos no Siops têm natureza declaratória e buscam manter compatibilidade com as 
informações contábeis, geradas e mantidas pelos estados e municípios, além de conformidade com a 
codificação de classificação de receitas e despesas, definidas pela Secretaria do Tesouro Nacional do 
Ministério da Fazenda (STN/MF).
As informações prestadas são provenientes do setor responsável pela contabilidade do ente federado. 
Tais informações são inseridas e transmitidas eletronicamente para o banco de dados do sistema, através 
da internet, gerando indicadores de forma automática.
Com base nessas informações, os gestores podem atuar de forma proativa na alocação de recursos 
destinados aos projetos prioritários em sua região.
Como exemplo, destacamos que um dos indicadores gerados é o do percentual de recursos próprios 
aplicados em ações e serviços públicos de saúde, que demonstra a situação relativa ao cumprimento da 
Constituição Federal, com base nos parâmetros definidos na Resolução do Conselho Nacional de Saúde 
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GESTÃO HOSPITALAR INTEGRADA
nº 322 (2003), até 2012, diante da não regulamentação da Emenda Constitucional nº 29 (BRASIL, 2000) 
e, a partir daí, com base nos requisitos da Lei Complementar nº 141 (BRASIL, 2012a), que regulamentou 
a referida emenda. 
Assim, o Siops desde a sua criação, em 2000, constitui instrumento para o acompanhamento do 
cumprimento do dispositivo constitucional que determina aplicação mínima de recursos em ações e 
serviços públicos de saúde, tendo sido reconhecido seu papel na própria Lei Complementar nº 141 
(BRASIL, 2012), que o elege para tal.
A Lei Complementar nº 141 (BRASIL, 2012a), regulamento o parágrafo 3º do artigo 198 da Constituição 
Federal, conforme preâmbulo a seguir:
Regulamenta o § 3o do art. 198 da Constituição Federal para dispor sobre os 
valores mínimos a serem aplicados anualmente pela União, Estados, Distrito 
Federal e Municípios em ações e serviços públicos de saúde; estabelece os 
critérios de rateio dos recursos de transferências para a saúde e as normas de 
fiscalização, avaliação e controle das despesas com saúde nas 3 (três) esferas 
de governo; revoga dispositivos das Leis nos 8.080, de 19 de setembro de 1990, 
e 8.689, de 27 de julho de 1993; e dá outras providências. 
A vantagem do Siops é facultar aos Conselhos de Saúde e à sociedade em geral a transparência e a 
visibilidade sobre a aplicação dos recursos públicos. 
Constitui importante instrumento para a gestão pública em saúde, pois a partir das informações 
sobre recursos alocados no setor, há subsídios para a discussão sobre o financiamento e planejamento 
do SUS.
 Observação
A consolidação das informações sobre gastos em saúde no país é uma 
iniciativa que vem proporcionar a toda a população o conhecimento sobre 
quanto cada unidade político-administrativa tem aplicado na área.
 Saiba mais
Saiba mais sobre os procedimentos do Siops, acesse o endereço 
eletrônico a seguir:
PORTAL DA SAÚDE SUS. Coordenação Geral da Economia da Saúde (CGES). 
Departamento de Economia da Saúde, Investimentos e Desenvolvimento 
(DESID). Brasília, 2016. Disponível em: <http://portalsaude.saude.gov.br/
index.php/o-ministerio/principal/siops>. Acesso em: 29 set. 2016. 
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Unidade I
2.8 Sistema de Informações do Programa Nacional de Imunizações (SI-PNI)
O Sistema de Informações do Programa Nacional de Imunizações (SI-PNI) é de suma importância 
para os programas de vacinação, pois possibilita aos gestores envolvidos no programa uma avaliação 
dinâmica do risco quanto à ocorrência de surtos ou epidemias, a partir do registro dos imunos aplicados 
e do quantitativo populacional vacinado, que são agregados por faixa etária, em determinado período 
de tempo, em uma área geográfica. 
Por outro lado, possibilita também o controle do estoque de imunos necessário aos administradores 
que têm a incumbência de programar sua aquisição e distribuição.
 Saiba mais
Acesse o endereço eletrônico do Sistema de Informação do Programa 
Nacional de Imunizações: 
BRASIL. Ministério da Saúde. Sistema de Informação do Programa 
Nacional de Imunizações. Brasília, 2014. Disponível em: <http://pni.datasus.
gov.br/consulta_Influenza_14_selecao.asp?naofechar=N&enviar=ok&gru
po=todos&faixa=todos&sel=vacinometro&sel_parcial=10&sel_parcial_
csv=10>. Acesso em: 5 out. 2016.
2.9 Programa Nacional de Avaliação dos Serviços de Saúde (PNASS)
Os fundamentos legais do SUS (artigos nº 196 a 200 da Constituição Federal de 1988 e das Leis 
Orgânicas da Saúde – nº 8.080, de 19 de setembro de 1990 e nº 8.142, de 28 de dezembro de 1990), 
acrescidos do conjunto normativo do Ministério da Saúde e, mais recentemente, do Decreto nº 7.508, 
de 28 de junho de 2011, definem a organização do SUS e as atribuições dos seus entes federados, cujas 
bases estão estruturadas pelo Pacto Interfederativo.
Entre essas atribuições, se incluem o planejamento, o controle e a avaliação de ações e serviços de 
saúde, que buscam garantir os princípios e as diretrizes do SUS e consequente a melhoria das condições 
de saúde dos indivíduos e da coletividade.
A Política Nacional de Regulação, instituída pela Portaria nº 1.559 (BRASIL, 2008a), estabelece como 
ação, na dimensão Regulação da Atenção à Saúde, a avaliação de desempenho dos serviços da gestão 
e de satisfação dos usuários.
Em 2015, foi publicada Portaria nº 28 (BRASIL, 2015), que reformula o Programa Nacional de 
Avaliação dos Serviços de Saúde (PNASS).
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O objetivo do PNASS é avaliar a totalidade dos estabelecimentos de atenção especializada em 
saúde, ambulatoriais e hospitalares, contemplados com recursos financeiros provenientes de programas, 
políticas e incentivos do Ministério da Saúde, quanto às seguintes dimensões: 
Estrutura
Produção do 
cuidado
PNASS
Satisfação dos 
usuários
Gerenciamento 
de risco
Processo
Resultado
Figura 4 
A seguir, apresentamos os objetivos específicos e os critérios de inclusão dos estabelecimentos, 
conforme determinado pelo PNASS.
Quadro 1 
Objetivos específicos Critérios de inclusão dos estabelecimentos
• Consolidar o processo de avaliações sistemáticas 
dos estabelecimentos de atenção especializada 
em saúde, ambulatoriais e hospitalares.
• Conhecer o perfil da gestão dos 
estabelecimentos de Atenção Especializada 
avaliados.
• Aferir a satisfação dos usuários do SUS nos 
estabelecimentos avaliados.
• Incorporar indicadores que meçam o resultado 
da atenção/assistência prestada pelos 
estabelecimentos avaliados.
• Conhecer a inserção dos estabelecimentos de 
Atenção Especializada avaliados como ponto de 
atenção da Rede de Atenção à Saúde.
• Incentivar, pedagogicamente, a cultura 
avaliativa no processo de trabalho dos gestores 
de saúde.
• Incentivar a cultura avaliativa em 
estabelecimentos de saúde do SUS.
• Consolidar o PNASS como um instrumento de 
gestão do SUS.
• Transformar o PNASS em uma ferramenta 
estratégica de regulação do SUS.
• Estabelecimentos que receberam recursos 
financeiros do Incentivo de Adesão à 
Contratualização (IAC).
• Estabelecimentos habilitados/qualificados na 
Rede Cegonha.
• Estabelecimentos habilitados/qualificados na 
Rede de Urgências e Emergências.
• Estabelecimentos habilitados em Terapia 
Renal Substitutiva (TRS).
• Estabelecimentos habilitados como Centro 
Especializados de Reabilitação (CER).
• Estabelecimentos habilitados em Oncologia.
• Estabelecimentos hospitalares de natureza 
jurídica pública (federais, estaduais ou 
municipais).
Fonte: PNASS (2016). 
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Unidade I
Foram excluídos os estabelecimentos hospitalares considerados hospitais de pequeno porte (HPP), 
definidos como aqueles que tinham 49 leitos ou menos (leitos de especialidades mais os complementares). 
Os HPP foram objeto de avaliação pelo Departamento de Atenção Hospitalar e Urgências do Ministério 
da Saúde (DAHU/SAS/MS) por outro tipo de instrumento de avaliação. Somente serão avaliados pelo 
PNASS os HPP que possuam algum tipo de habilitação de acordo com os critérios citados anteriormente 
(PNASS, 2016).
 Saiba mais
Para mais informaçõs, acesse:
PORTAL DA SAÚDE SUS. Programa Nacional de Avaliação dos Serviços 
de Saúde (PNASS). Brasília, 2016. Disponível em: <http://portalsaude.saude.
gov.br/index.php/o-ministerio/principal/secretarias/1039-sas-raiz/drac-
raiz/cgra/l1-cgra/16806-PNASS>. Acesso em: 4 out. 2016. 
Outra importante ferramenta para análise das informações na área de saúde é a de Sistema de 
Informação de Agravos de Notificação (Sinan). Esse sistema é alimentado, principalmente, pela 
notificação e investigação de casos de doenças e agravos que constam da lista nacional de doenças de 
notificação compulsória – Portaria nº 204 (BRASIL, 2016a) –, mas é facultado a estados e municípios 
incluir outros problemas de saúde importantes em sua região, como varicela no estado de Minas Gerais 
ou difilobotríase no município de São Paulo.
A utilização efetiva desse sistema permite a realização do diagnóstico dinâmico da ocorrência de um 
evento na população, podendo fornecer subsídios para explicações causais dos agravos de notificação 
compulsória, além de vir a indicar riscos aos quais as pessoas estão sujeitas, contribuindo, assim, para a 
identificação da realidade epidemiológica de determinada área geográfica.
Salientamos que o seu uso sistemático, de forma descentralizada, contribui para a 
democratização da informação, permitindo que todos os profissionais de saúde tenham acesso à 
informação e as tornem disponíveis para a comunidade. É, portanto, um instrumento relevante 
para auxiliar o planejamento da saúde, definir prioridades de intervenção, além de permitir que 
seja avaliado o impacto das intervenções.
 Saiba mais
Para consultar o Sinan, acesse o endereço eletrônico a seguir:
<http://portalsinan.saude.gov.br/>. 
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2.10 Sistema Nacional de Informações Tóxico-Farmacológicas (Sinitox)
Vale destacar o que diz a Coordenadora Rosany Bochner, que aborda o Sistema Nacional de 
Informações Tóxico-Farmacológicas (Sinitox), o qual tem como principal atribuição coordenar a coleta, 
a compilação, a análise e a divulgação dos casos de intoxicação e envenenamento notificados no país. 
Os registros são realizados pelos Centros de Informação e Assistência Toxicológica (Ciats), localizados 
em vários estados brasileiros, parte deles integrantes da Rede Nacional de Centros de Informação e 
Assistência Toxicológica (Renaciat). As notificações são encaminhadas ao Sinitox, responsável pela 
consolidação e divulgação anual dos dados, em âmbito nacional.
Segundo Bochner (apud SINITOX, 2009), o sistema também desenvolve atividades de pesquisa nas 
áreas de intoxicação, informação em saúde e saúde pública, contribuindo para o enriquecimento dessas 
discussões no cenário brasileiro de intoxicação e envenenamento, principalmente no que concerne a 
questões preventivas.
 Saiba mais
Acesse o endereço eletrônico a seguir para consultar o Sinitox:
<http://sinitox.icict.fiocruz.br/>. 
2.11 O Sistema de Informações Hospitalares (SIH) 
O Sistema de Informações Hospitalares (SIH) tem como finalidade registrar todos os atendimentos 
provenientes de internações hospitalares que foram financiadas pelo SUS e, a partir desse processamento, 
gerar relatórios para que os gestores possam fazer os pagamentos dos estabelecimentos de saúde. Além 
disso, o nível federal recebe mensalmente uma base de dados de todas as internações autorizadas 
(aprovadas ou não para pagamento) para que possam ser repassados às Secretarias de Saúde os valores 
de Produção de Média e Alta complexidade, além dos valores da Central Nacional de Regulação de 
Alta Complexidade (CNRAC), do Fundo de Ações Estratégicas e Compensações (FAEC) e de Hospitais 
Universitários – em suas variadas formas de contrato de gestão.
O sistema tem como objetivo:
• Armazenar os dados das internações hospitalares. 
• Apresentar e processar mensalmente a Autorização de Internação Hospitalar (AIH) dos 
estabelecimentos de saúde públicos, conveniados e contratados. 
• Disponibilizar aos gestores relatórios com informações para pagamento da produção aos prestadores.
• Acompanhar o desempenho dos hospitais quanto às metas firmadas nos contratos entre 
gestor e hospitais. 
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• Garantir ferramenta de auxílio para as ações de controle, avaliação e auditoria locais.
• Calcular o valor global a ser pago aos prestadores e o acompanhamento dos tetos financeiros 
estabelecidos na programação.
• Conhecer gestores, prestadores e profissionais envolvidos na prestação de assistência hospitalar e 
todas as regras contidas no sistema.
• Ao gestor, interferir oportunamente no processamento da produção mensal da produção hospitalar.
O Sistema de Informações Hospitalares (SIH) auxilia também:
• O conhecimento ou a construção do perfil de morbidade e mortalidade hospitalar. 
• O direcionamento adequado das ações de prevenção e promoção da saúde para uma população 
definida. 
• A avaliação da qualidade da atenção à saúde ofertada a uma população. 
Com base na análise dessas informações, o gestor pode avaliar a assistência ambulatorial prestada 
a sua população,as atividades de prevenção e educação em saúde, o controle de doenças sexualmente 
transmissíveis e AIDS e, até mesmo, a vigilância sanitária e epidemiológica. O perfil epidemiológico, a 
morbidade e mortalidade hospitalar são, entre outros fatores, os resultados da qualidade da atenção 
primária e secundária ofertada a uma população. 
É uma ferramenta de cunho gerencial e estratégico, pois, a partir do acompanhamento e avaliação 
dessas informações, o gestor poderá planejar melhor as ações de saúde em todos os níveis.
O SIHD apresenta-se como ferramenta de gerenciamento dos atendimentos hospitalares, utilizada 
pelas secretarias municipais e estaduais de saúde, seus distritos e regionais. Desenvolvido para 
realizar captação, controle e cálculo dos valores brutos dos procedimentos hospitalares prestados no 
atendimento ao cidadão, oferece aos gestores locais autonomia para fazerem o processamento e a 
gestão das informações de internação. 
Apresenta seis submódulos: “configuração”, “manutenção”, “produção”, “controle/avaliação”, 
“processamento” e “relatórios”; e tem sua versão atualizada mensalmente. Utiliza o cadastro de 
estabelecimentos mantido pelo sistema CNES e ainda:
É fonte de informação para tomada de decisão de gestores, auxiliando no 
planejamento de ações de saúde e atuação da Vigilância Sanitária e Epidemiologia.
• Produz relatórios detalhados, com grande abrangência de utilização 
pela equipe de controle do processamento e pela equipe de gestão do 
atendimento (Controle, Avaliação e Auditoria).
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• Tem como funcionalidade:
• Programa o orçamento para cada estabelecimento, inclusive 
separando Média e alta complexidade e por especialidade;
• Facilita a análise das duplicidades, permitindo várias agregações, 
visualizando-se os motivos de bloqueio e o responsável pela ação;
• Possibilita que os auditores bloqueiem, cancelem e liberem as AIH no 
próprio sistema;
• Atualiza mensalmente o Banco de Dados Nacional do SUS (BD Nacional);
• Gera os arquivos compatíveis com diversos aplicativos como TABNet 
(DATASUS, 2016b). 
 Saiba mais
BRASIL. Ministério da Saúde. Sistema de Informação Hospitalar 
descentralizado (SIHD). Rio de Janeiro, [s.d.]. Disponível em: <http://www2.
datasus.gov.br/SIHD/index.php>. Acesso em: 4 out. 2016.
3 SERVIÇOS LABORATORIAIS E EXAMES CLÍNICOS
Quando um médico solicita a determinada pessoa um rol de exames clínicos, o objetivo é obter uma 
avaliação detalhada da situação do paciente e, dessa forma, realizar o diagnóstico correto. 
Nesse sentido, uma das principais finalidades dos resultados dos exames laboratoriais é reduzir as 
dúvidas que a história clínica e o exame físico fazem surgir no raciocínio médico. No entanto, para que 
o laboratório clínico possa atender, adequadamente, a esse propósito, é indispensável que todas as fases 
do atendimento ao paciente sejam desenvolvidas seguindo os mais elevados princípios de correção 
técnica, considerando a existência e a importância de diversas variáveis biológicas que influenciam, 
significativamente, na qualidade final do trabalho. 
Os exames laboratoriais são de extrema importância na atividade clínica. A correta avaliação auxilia 
o reconhecimento das disfunções. 
Quando de posse dos resultados, se houver dúvidas quanto ao diagnóstico, e necessário repetir os 
testes duvidosos para um controle de qualidade mais efetivo, que garanta a confiabilidade aos resultados.
Podemos definir os exames laboratoriais como sendo um conjunto de exames e testes encaminhados 
por um médico responsável e efetuados em laboratórios de análises clínicas. 
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Os exames laboratoriais têm como objetivo o diagnóstico da doença ou apenas um checkup, que 
significa controle e prevenção.
Dessa forma, o exame laboratorial, além de colaborar com o diagnóstico, também desenvolve um 
papel muito importante na medicina preventiva. Diversas patologias podem ser prevenidas com a 
realização desses exames. 
Os profissionais que realizam as análises clínicas são:
Farmacêutios Biomédicos Bioquímicos Médicos
Figura 5 
Esses profissionais são altamente capacitados e supervisionados, e o seu trabalho é validado pelo 
responsável técnico legal do laboratório clínico.
Os laboratórios seguem padrões de qualidade e são fiscalizados pela Vigilância Sanitária e seus 
técnicos de nível superior, por seus respectivos conselhos profissionais. 
Vamos verificar a sequência de ações que ocorrem dentro de um laboratório:
Coleta
Manipulação
Conservação
Análise
Laudo
Figura 6 
O atendimento aos protocolos e normas vigentes e a qualidade do serviço laboratorial garantem a 
eficiência do exame e facilitam o diagnóstico da doença.
O conteúdo dos protocolos contempla informações técnico-científicas atualizadas e contextualizadas 
com relação à realidade regional da assistência em saúde. São consideradas também as diretrizes 
propostas pelas Boas Práticas de Laboratório (BPL) e pelo Programa de Acreditação de Laboratórios 
Clínicos da Sociedade Brasileira de Patologia Clínica/Medicina Laboratorial.
Os protocolos foram estruturados de acordo com o processo da assistência laboratorial conforme segue:
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• Fase pré-analítica – indicação e solicitação do exame (preparo do paciente); coleta, armazenamento 
e transporte.
• Fase analítica – realização do teste.
• Fase pós-analítica – análise do resultado, liberação do laudo de exame. 
Vejamos os procedimentos em cada uma dessas fases.
Atualmente, tem-se tornado comum a declaração de que a fase pré-analítica é responsável por 
cerca de 70% do total de erros ocorridos nos laboratórios clínicos que apresentam um sistema de 
controle da qualidade bem estabelecido. 
A despeito de todas as dificuldades para a comprovação dessa afirmativa, a implantação, cada vez 
mais frequente, de procedimentos automatizados e robotizados na fase analítica permite assumi-la 
como verdadeira. Adicionalmente, algumas características dessa fase aumentam, em muito, o grau de 
complexidade e, por consequência, a oportunidade de ocorrência de erros e não conformidades. 
A fase pré-analítica inclui a indicação do exame, redação da solicitação, transmissão de eventuais 
instruções de preparo do paciente, avaliação do atendimento às condições prévias, procedimentos de 
coleta, acondicionamento, preservação e transporte da amostra biológica até o momento em que o 
exame seja, efetivamente, realizado. 
Dessa forma, a fase pré-analítica se desenvolve pela sequência de ações de um grande número de 
pessoas, com diferentes formações profissionais, focos de interesse e grau de envolvimento. 
As partes interessadas no resultado dos exames são:
• Médico: interesse na obtenção, às vezes, em caráter de urgência, de um resultado laboratorial.
• Paciente: preocupação com o possível desconforto do preparo e da coleta da amostra.
• Flebotomista: preocupação com o cumprimento dos requisitos técnicos da coleta e com os riscos 
biológicos potenciais.
• Demais envolvidos: pessoas encarregadas do acondicionamento, preservação e transporte da 
amostra, a elas restam os cuidados com a segurança e integridade do material e delas próprias.
Existem alguns procedimentos que devem ser observados para garantiar a validade dos exames 
clínicos, são eles:
• Registro do horário de coleta, referindo o uso de determinados medicamentos (incluindo tempo 
de uso e dosagem). 
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• Cuidados técnicos de procedimento, como o uso ou não do garrote, de tubos, anticoagulantes e 
conservantes específicos.
• A descrição exata do local da coleta, por exemplo, nos casos de amostras para exames 
microbiológicos etc. 
Para a coleta

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