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CARAMURU Literatura Brasileira I Santa Rita Durão 1 SUMÁRIO Introdução; Contexto Histórico; O Arcadismo; Estrutura do Poemeto Épico – Caramuru; Personagens; A Obra; Curiosidades Extra Literárias; Bibliografia; Considerações Finais. CARAMURU - JOSÉ DE SANTA RITA DURÃO INTRODUÇÃO José de Santa Rita Durão Nasceu em Cata-Preta, Minas Gerais, em 1722. CARAMURU - JOSÉ DE SANTA RITA DURÃO Seus estudos tiveram início com os jesuítas no Rio de Janeiro. Formou-se em Teologia pela Universidade de Coimbra e ingressou na Ordem de Santo Agostinho. Viajou pela Espanha, Itália e França, quando publicou seu poema épico chamado Caramuru, em 1781, o qual tem como subtítulo “Poema épico do Descobrimento da Bahia”. CONTEXTO HISTÓRICO Em 1503, fundou-se a primitiva Colônia de Porto Seguro e uma feitoria em Caravelas. Em 1509, os portugueses derrotaram os árabes na Batalha de Diu. Em 1510, conquistaram Goa (Índia). Em 1511, conquistaram Malaca (Malásia). Em 1512, foram até as Molucas (Indonésia). Na maior parte do século 16, os portugueses eram os senhores do Atlântico Sul e do Oceano Índico. CARAMURU - JOSÉ DE SANTA RITA DURÃO O ARCADISMO O Arcadismo, também conhecido como Setecentismo ou Neoclacissismo, é o movimento que compreende a produção literária brasileira na segunda metade do século XVIII. O nome faz referência à Arcádia, região do sul da Grécia que, por sua vez, foi nomeada em referência ao semideus Arcas (filho de Zeus e Calisto). Fonte: https://www.soliteratura.com.br/arcadismo/ *O Balanço (década de 1730), de Nicolas Lancret * CARAMURU - JOSÉ DE SANTA RITA DURÃO ESTRUTURA DO POEMETO ÉPICO Modelo Camoniano; Organizado em 10 cantos; Estrofes de 08 versos; Versos decassílabos; Esquema de rimas ABABABCC; Enredo: Colonização da Bahia; Semelhanças com Os Lusíadas de “Lúis de Camões” CARAMURU - JOSÉ DE SANTA RITA DURÃO ALGUNS PERSONAGENS CARAMURU - JOSÉ DE SANTA RITA DURÃO Paraguaçu Filha de Taparica Diogo Álvares O Caramuru Moema Amante de Diogo Catarina Paraguaçu A OBRA CANTO I NAUFRÁGIO DO NAVIO DE DIOGO CARAMURU - JOSÉ DE SANTA RITA DURÃO A OBRA CANTO II GUPEVA ENCONTRA DIOGO, DOENTE E PENSA QUE É UM DEMONIO Gupeva então, que aos mais se adiantava, vendo das armas o medonho vulto, incerto do que vê, suspenso estava, nem mais se lembra do inimigo insulto; algum dos anhangás imaginava, que dentro do grão-fantasma vinha oculto, e à vista do espetáculo estupendo caiu por terra o mísero tremendo. CARAMURU - JOSÉ DE SANTA RITA DURÃO A OBRA CANTO III DIOGO TOMA CONHCIMENTO DA CULTURA INDIGENA Um deus (diz) um Tupá, um ser possante quem poderá negar que reja O mundo, ou vendo A nuvem fulminar tonante; ou vendo enfurecer-se O mar profundo? Quem enche O céu de tanta luz brilhante? Quem borda A terra de um matiz fecundo? E aquela sala azul, vasta, infinita, se não está lá Tupá, quem é que a habita? Fica surpreso com o conceito de divindade dos índios e conhece o Deus Tupã. CARAMURU - JOSÉ DE SANTA RITA DURÃO A OBRA CANTO III GUPEVA PREVE A INVASÃO E A GUERRA Assim Gupeva concluiu, dizendo, nem mais tempo ao discurso haver podia por aviso, que os campos vêm batendo turba inimiga em vasta companhia: às armas, grita, às armas, e o eco horrendo, retumbando nas árvores sombrias fez que as mães, escutando os murmurinhos, apertassem no peito os seus filhinhos. CARAMURU - JOSÉ DE SANTA RITA DURÃO A OBRA CANTO IV GUERRA ENTRE AS TRIBOS POR AMOR DE PARAGUAÇU Era o invasor noturno um chefe errante, terror do sertão vasto, e da marinha, príncipe dos caetés, nação possante, que do grão-jararaca o nome tinha: este de Paraguaçu perdido amante, com ciúmes da donzela, ardendo vinha: ímpeto que à razão, batendo as asas, apaga o claro lume, e acende as brasas. CARAMURU - JOSÉ DE SANTA RITA DURÃO A OBRA CANTO V DIOGO VENCE JARARACA Cai Jararaca em terra ao mesmo instante, qual penhasco, que do alto se derroca, quando o raio, que o arroja fulminante, desde cima o arrancou da excelsa roca: num rio a terra se banhou fumante do negro sangue, donde pondo a boca, morde raivoso a areia, em que caíra, e o torpe alento com a vida expira. CARAMURU - JOSÉ DE SANTA RITA DURÃO A OBRA CANTO VI DIOGO RECEBE OFERTA DE ESPOSAS Paraguaçu porém com fé de esposo parecia estimar distintamente, mostrando-lhe no afeto carinhoso a sincera afeição que n’alma sente: amava nela o peito valeroso, e o gênio dócil, com que à fé consente; amor que ocasionou, como é costume, em algumas inveja, e noutras ciúme. CARAMURU - JOSÉ DE SANTA RITA DURÃO A OBRA CARAMURU - JOSÉ DE SANTA RITA DURÃO A OBRA CANTO VII BATISMO DE CATARINA Era o dia, em que é fama, que o homem feito de terra, foi na estátua preciosa, em que deus lhe infundira no seu peito do soberano ser cópia formosa. Dia do nosso rito ao culto eleito de Simão, e Tadeu, quando formosa entrou Paraguaçu com feliz sorte no banho santo, rodeando-a a corte. CARAMURU - JOSÉ DE SANTA RITA DURÃO A OBRA CANTO VIII VISÕES DE PARAGUAÇU Pasmado Diogo, e a multidão, que a ouvia, calam todos no assombro de admirados, nem já duvidam que visão seria, em que ouvira os mistérios revelados: quando ocultos segredos deus confia, não devem ser (diz Diogo) propalados: mas se em parte, como este, é manifesto, temerário não sou, se inquiro o resto. CARAMURU - JOSÉ DE SANTA RITA DURÃO A OBRA CANTO IX GUERRA ENTRE PORTUGAL E HOLANDA Noventa dos seus perde o lusitano; e enquanto o belga se retira incerto, descobre a aurora todo o monte, e plano de bandeiras, canhões, e armas coberto: muitos ali do batavo tirano, perdidos pela noite em campo aberto, deixa o dia, inexpertos nos roteiros, nas mãos da nossa tropa prisioneiros. CARAMURU - JOSÉ DE SANTA RITA DURÃO A OBRA CANTO IX VITÓRIA DE PORTUGAL Horroriza-se Holanda, pasma Europa, exalta Portugal, canta a Bahia, vendo-se triunfar tão pouca tropada terrível potência, que a invadia: nada de humano o pensamento topa, que em tudo a mão de deus clara se via, pois sempre elege para os seus portentosos mais fracos, e humildes instrumentos. CARAMURU - JOSÉ DE SANTA RITA DURÃO A OBRA CANTO IX CONTINUAÇÃO Assim modera o padre onipotente do ignorante mortal a incerta sorte, por fazer com tais casos evidente que não é quem mais pode o que é mais forte: tudo rege na terra a mão potente; dele a vitória pende, a vida, a morte; e sem o seu favor, que o distribui, todo o humano poder nada conclui. CARAMURU - JOSÉ DE SANTA RITA DURÃO A OBRA CANTO X FECHAMENTO DA OBRA Por fim publica do monarca reto, em favor de Diogo, e Catarina, um real honorífico decreto, que ao seu merecimento honras destina: E em recompensa do leal afeto, com que a coroa a dama lhe confina, manda honrar na colônia lusitana, Diogo Álvares Correa de Viana. CARAMURU - JOSÉ DE SANTA RITA DURÃO CONCLUINDO 22 CURIOSIDADES EXTRA LITERÁRIAS CARAMURU - JOSÉ DE SANTA RITA DURÃO BIBLIOGRAFIA MINSTÉRIO DA CULTURA Fundação Biblioteca Nacional Departamento Nacional do Livro CARAMURU: POEMA ÉPICO Santa Rita Durão; Mundo Vestibular – Santa Rita Durão – Caramuru; Academia.Edu – Representação do Índio na Literatura; Buenas Ideias – Professor Eduardo Bueno; Caramuru – A invenção do Brasil – Filme; CARAMURU - JOSÉ DE SANTA RITA DURÃO CONSIDERAÇÕES FINAIS DISCENTES: Bruno Soares Viviane Araujo Yan Gaudard Luis Fabiano Marcelly Elimar Olivier CARAMURU - JOSÉ DE SANTA RITA DURÃO Obrigado!
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