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Resumão de neonatologia

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NEONATOLOGIA 
RECEPÇÃO DO NEONATO 
CUIDADOS 
• Materiais: estetoscópio e materiais para aspiração, secagem, ventilação, clampeamento de cordão, e intubação. 
• Paramentação: lavagem cirúrgica, luva estéril, óculos, máscara (sobretudo para intubação), capote (apenas cesariana), campo nos braços 
(aquecê-lo previamente, cuidado para não contaminar mãe; estéril apenas na cesárea). 
• Observar sinais vitais na recepção imediata (reanimar com babypuff se necessário). 
• Controle da temperatura (uso de termostato e berço aquecido, que deve ser ligado antecipadamente). Sala deve estar entre 24 e 27ºC. 
• Inclinar o neonato levemente lateralizado e para baixo, para saída de secreção pela boca. 
• Após amamentação (colostro, rico em proteínas) durante 1h (segurar cabeça para evitar obstrução VAS), o neonato deve ser submetido 
à aplicação de vitelinato de prata (prevenção de oftalmia gonocócica) e vitamina K no vasto lateral (prevenção de doença hemorrágica 
do RN, principalmente coto umbilical e cabeça). Obs: após a apojadura (2-3 dias), o leite anterior é rico em água e o posterior em lipídeos. 
• Escala de dilatação do útero: determina uso de misoprostol ou ocitocina (ocitocina eleva risco de icterícia neonatal). 
TÉCNICAS 
• Manuseio do RN: segurar na região occipital da cabeça (cuidado com enforcamento) e na coxa, apoiando outra perna no braço do 
médico. A fontanela anterior precisa ser coberta. 
• Após o parto, o bebê deve ser mostrado à mãe (face e genitália) e colocado pele-a-pele com ela para amamentação. Para isso, deve-se 
inclinar cabeça para baixo, lateralizar corpo e segurar cabeça para evitar sufocamento. 
• Normalmente, o bebê é colocado em posição normal no berço aquecido. Apenas em necessidade de reanimação, é posicionado com a 
cabeça voltada para o médico. 
ESTABELECIMENTO DE GRUPOS DE RISCO 
IDADE GESTACIONAL 
• Pré-termo ou prematuro: IG até 36 semanas e 6 dias. 
• Termo: IG de 37 a 41 semanas e 6 dias. 
• Pós-termo ou pós-maturo: IG de 42 semanas ou mais. 
PESO DE NASCIMENTO 
• Baixo peso: menor que 2500 gramas. 
• Peso elevado: igual ou maior que 4500 gramas. 
ÍNDICE DE APGAR 
• Avaliação do estado geral do RN em seus 1’ e 5’ de vida, podendo se estender (ou repetir, se reanimação necessária) até os 20’. 
• Não indica reanimação, apenas orienta se a reanimação teve ou não sucesso. 
• Valores normais: 8 a 10 (1’e 5’). Em 1’, 5 a 7 sugere depressão nervosa, e 0 a 4 exige manobras de reanimação. 
Nota 0 1 2 
Activity: Tônus muscular Flacidez total Semiflexão nas extremidades Boa movimentação 
Pulse: Frequência cardíaca Ausente Lenta <100 Normal >100 
Grimace: Gesticulação e Irritabilidade reflexa Ausente Alguma reação (careta) Choro, espirro 
Appearence: Cor Cianose central Corpo róseo e acrocianose Completamente rosa 
Respiration: Esforço/padrão respiratório Ausente Irregular (lento, choro fraco) Regular (bom e forte) 
FICHA DE ADMISSÃO NEONATAL 
• Informações que possibilitam análise de risco e vulnerabilidade do neonato, a partir de dados familiares relacionados à saúde e 
questões sociais. Deve ser coletado antes da fase expulsiva do parto, pela mãe. 
• As informações devem ser questionadas à mãe, e nunca coletadas do cartão de pré-natal. 
• Em qualquer situação, deve-se informar na ficha a procedência da informação (resultado de exame, relato materno, cartão pré-natal). 
• Caso a mãe seja menor, obrigatoriamente deve estar acompanhada de um responsável. 
Lara Mattar | HAB5 - Neonato | Medicina UFR 
TESTES DE TRIAGEM NEONATAL 
• TESTE DO OLHINHO: na maternidade. Oftalmoscopia a 20-30 cm. Deve-se observar reflexo de luz vermelha na retina. Opacificação 
sugere catarata congênita (requer operação), glaucoma congênito, retinopatias, retinoblastomas. 
• TESTE DO PEZINHO: 3º ao 5º dia, podendo ser feito até o 28º. Diagnostica doenças congênitas, como fenilcetonúria, hipotireoidismo 
congênito, doença falciforme e outras hemoglobinopatias, fibrose cística (RN+ repetir tripsinogênio imunorreativo, se > 1 mês, realizar 
teste de cloro no suor), deficiência da biotinidase e hiperplasia adrenal congênita. Implementada em fases. 
• TESTE DO CORAÇÃOZINHO: na maternidade, 24h a 48h de vida de crianças aparentemente saudáveis > 34 sem. Oxímetro de pulso 
é colocado em MI e MSD (canal arterial que comunica aorta e artérias pulmonares). Ideal: SpO2 ≥ 95% e diferença < 3% entre medições. 
Alteração sugere cardiopatia congênita, indicando possibilidade de EcoCG (mas antes, refazer teste em 1h). Não pode realizar exame 
antes de 24h de vida devido persistência do canal arterial e forame oval. 
• TESTE DA ORELHINHA: na maternidade. Emissões otoacústicas evocadas permitem diagnóstico de surdez. 
• TESTE DA LINGUINHA: na maternidade. Análise do frênulo lingual identifica anquiloglossia (língua presa). 
ESCORES DE CAPURRO E NEW BALLARD 
 
• MÉTODO DE NEW BALLARD: também estima a idade gestacional do recém-nascido, sendo uma ferramenta precisa para avaliação 
da idade gestacional em RN de muito baixo peso ao nascer. Após pontuação, utiliza-se outra tabela para estimar IG. 
 
• ESCORE DE CAPURRO: avalia características somáticas e neurológicas do 
RN para identificar a idade gestacional. Ele é usado quando outros 
métodos de cálculo da idade gestacional não são possíveis, ou seja, 
quando a mãe não sabe a DUM e também não fez a USG gestacional 
precoce (antes de 14 semanas de gestação). Apesar de não ser a idade 
embriológica do feto, ela é o padrão para identificar a maturidade dos 
órgãos do feto e o risco patológico neonatal. 
 
o IDADE GESTACIONAL = (SOMATÓRIA DOS PONTOS + 204) / 7 
o CAPURRO NEUROLÓGICO: acrescenta-se, também, sinal do xale e 
posição da cabeça ao levantar o RN. Não avalia formação do mamilo. 
 
EXAME FÍSICO DO RN 
• Orientações gerais: diminua as luzes e embale o RN para estimular abertura dos olhos, observe amamentação, demonstre manobras 
para acalmar (como enrolar na manta), coloque e retire as peças de roupa do RN conforme o exame for prosseguindo. 
• O exame completo deve ser realizado em até 6h de vida, mas, na sala de parto, é realizado um exame sumário (sem exames 
neurológicos e uso de escores de Capurro e New Ballard). 
• ECTOSCOPIA: estado geral; estado nutricional; criança ativa; se está interagindo com o meio ambiente (atenta) ou se está alheia; 
fáscies atípica; atitude atípica; afebril; eupnéico; anictérica, acianótica, dormiu a maior parte da consulta...; presença de edemas visíveis. 
• PELE/FÂNEROS: pele clara, anictérica (avaliar por esvaziamento leito ungueal), acianótica, hidratada, com turgor e elasticidade 
preservados, ausência de alopecia ou madarose, pêlos normodistribuídos, unhas preservadas, presença de descamação, manchas 
(mongólica, eritema tóxico), equimoses, hematomas ou hemangiomas, melanose pustulosa, acne neonatal, miliária cristalina e rubra 
(calor), milium sebáceo e lesões cortocontusas (parto). Obs: Escala de Kramer determina cifras de bilirrubina. 
 
• EVIDÊNCIAS DE SÍNDROMES GENÉTICAS: 
 
• CABEÇA/PESCOÇO: 
o Crânio: normocéfalo; sem abaulamentos (caput succedaneum = abaixo de todo o couro cabeludo ou céfalo-hematoma = abaixo 
do periósteo, restrito) e retrações; cavalgamento de suturas; fontanela anterior = 1º mês e posterior = 9 a 18 meses (se abertas 
descrever tamanho, se tensas ou não). Paralisias faciais; aumento de glândulas salivares. 
o Olhos: esclera e córnea íntegras; exoftalmia; ptose palpebral; ausência de hiperemia conjuntival; lacrimejamento; edema em 
pálpebras; olhos simétricos e tópicos; pupilas fotorreagentes e isocóricas; reflexo vermelho presente bilateralmente. Mucosa 
normocorada; ausência de opacificação de córnea e estrabismo, coloboma e hemorragia conjuntival. 
o Ouvidos: orelhas normoimplantadas; com tamanho e forma normais. Otoscopia: canal auditivo pérveo; sem secreções; membrana 
timpânica íntegra (sem sinais de infecção); triângulo luminoso presente; ausência de abaulamentos ou retrações; 
o Nariz: tamanho e forma normais; ausência de corizae epistaxe (pólipos, tumores); septo nasal preservado; ausência de batimento 
de asa de nariz; narinas pérveas. 
o Boca e orofaringe: lábios normocorados e com rima simétrica; sem lesões; palato duro e mole íntegros e sem fissuras. Mucosa 
normocorada; língua normotrófica com tamanho e forma normais, sem lesões. Presença de dentes (descrever quais), estado das 
gengivas. Amígdalas normotróficas e mucosa faríngea sem hiperemia e sinais de infecção. Pérolas de Epstein (vesículas císticas 
esbranquiçadas fisiológicas no palato) 
o Pescoço: tamanho e forma preservados, ausência de torcicolo congênito (se sim, pesquisar displasia de quadril) e pescoço alado 
(se sim, pesquisar edema nos pés = Turner), linfonodos (axilar, inguinal, cervical posterior, pré-auricular) se >1cm pode indicar 
toxoplasmose congênita. 
• TÓRAX/RESPIRATÓRIO: tórax atípico, sem abaulamentos e retrações, ausência de musculatura acessória, tiragem ou gemidos, FR 
eupneia de 40-60 avaliada com criança dormindo e chorando durante 1 a 3 min (taquipneia > 60 ipm pode indicar prematuro ou 
pneumonia neonatal), expansibilidade, pausa normal de até 6s, tipo respiratório (toraco-abdominal devido tórax em tonel), eritema 
tóxico do RN (parece eritema neonatal), posição e simetria dos mamilos, telarca ao nascimento (regride), medir tamanho dos brotos 
mamários. Ausculta MV audível em ambos os HT, sem ruídos adventícios. Clavícula: palpar e comprimir (fratura sem perda de 
continuidade = crepitação). Obs: lesão de plexo braquial sem fratura de clavícula = moro assimétrico, mão aberta. 
• CARDÍACO: Ausência de abaulamento ou retração precordial. Ictus cordis (visível ou não, se sim qual a medida); Presença de frêmito. 
Ausculta: RCR, 2T, bulhas normofonéticas; sem sopros e atritos. Contar FC por 6s x 10. Normal 100-160. Palpar e descrever pulsos 
periféricos - cheios e simétricos (radial; braquial; femoral e pediosos) / pulso MI diminuído pode ser coarctação de aorta. Enchimento 
capilar periférico normal. A palpação do fígado (2 a 3 cm) faz parte da avaliação cardíaca, pois IC causa rebaixamento. 
• ABDOME: Abdome globoso; normotenso; ausência de cicatrizes. Cicatriz/cordão umbilical centrado e inserção cutâneo-mucosa 
preservada (presença de 2 artérias e 1 veia); sem herniação. Ausência de gastrosquise e onfalocele. Geleia de Wharton com aspecto 
normal. Ausência de diástase de reto. Abdome indolor à palpação superficial e profunda. Ausência de tumorações e/ou visceromegalias. 
RHA presentes e normais. Traube livre. Se Fígado e baço palpáveis, descrever borda, consistência e superfície; Hepatimetria: limite 
superior pela percussão e limite inferior pela palpação (= ___ cm). Hérnias inguinais? Palpar rim anteriormente (elevar levemente). 
• PERÍNEO E GENITÁLIA: genitália típica do sexo, ânus aparentemente pérvio ou atrésico (imperfurado), genitália ambígua 
(criptoquirdia e hipospádia ou hiperplasia clitóris, característica de hiperplasia adrenal congênita = excesso androgênios = virilização). 
Verificar hidrocele (corrige espontaneamente) ou hérnias (cirurgia antes da alta, exceto umbilical que pode normalizar em até 2 anos). 
Masculina - Palpar testículos na bolsa escrotal e na região inguinal e verificar se há exposição da glande (fimose fisiológica). 
Feminina - Verificar se há sinéquia (aderência) de pequenos lábios. Se houver, pomada de estrogênio / cirurgia. 
- Verificar hipertrofia de lábios vulvares e de clitóris. 
• MÚSCULO-ESQUELÉTICO: pé torto congênito (ou posição viciosa intrauterina), polidactilia, linha palmar transversa única (S. Down), 
assimetria de membros, hipo e hipertrofias, flogose articular, coluna vertebral com curvaturas preservadas. Em região sacral, tufos 
capilares = espinha bífida/mielomeningocele; artrogripose (articulações tortuosas e enrijecidas globalmente). Outras possibilidades: 
observar pregas cutâneas nas coxas, altura dos joelhos com pernas fletidas. 
Manobra de Ortolani 
(luxação) 
- Posicionar o polegar direito na margem medial da coxa, o indicador e anelar na lateral e a mão esquerda 
sobre abdome. A perna em 90º deve ser abduzida e o trocanter elevado (empurrar com 2 dedos para 
cima). 
Manobra de Barlow 
(instabilidade) 
- Estabilizar articulação e fazer movimento de gaveta. 
• NEUROLÓGICO: Principais reflexos neonatais. 
» Reflexo de Sucção: desencadeado pela estimulação dos lábios. Observa-se sucção vigorosa. Ausência indica neuropatia grave. 
» Reflexo de Moro: desencadeado por queda súbita da cabeça, amparada pela mão do examinador. Observa-se extensão e abdução 
dos membros superiores seguida por choro (reflexo do abraço). 
» Reflexo de Busca: desencadeado pela estimulação da face ao redor da boca. Observa-se rotação da cabeça na tentativa de buscar 
objeto, seguido de sucção reflexa do mesmo. 
» Reflexo Tônico-Cervical: desencadeado por rotação da cabeça enquanto a outra mão do examinador estabiliza tronco. Observa-
se extensão do braço pro lado que olha e flexão do braço contrário à visão. 
» Preensão Palmar: desencadeado pela pressão da palma da mão. Observa-se flexão dos dedos. 
» Preensão Plantar: desencadeado pela pressão da base dos artelhos. Observa-se flexão dos dedos. 
» Apoio Plantar: desencadeado pelo apoio do pé sobre superfície dura, seguro pelas axilas. Observa-se extensão das pernas. 
» Marcha Reflexa: desencadeado por inclinação do tronco do RN após obtenção do apoio plantar. Observa-se cruzamento das 
pernas, uma à frente da outra. 
 
ANAMNESE PEDIÁTRICA 
ANAMNESE 
IDENTIFICAÇÃO 
• Nome completo da criança 
• Idade (horas até 72h, dias até 30, meses e dias até 1 ano, anos 
e meses após 1 ano 
• Data de nascimento 
• Naturalidade e procedência 
• Sexo 
• Cor 
• Religião 
• Endereço completo 
• Telefone para contato 
• Informante: nome e grau de parentesco com a criança 
QUEIXA PRINCIPAL 
• “......................” há ___ (dias, semanas, meses). Procurar utilizar as palavras ditas pelo informante. 
HISTÓRIA DA DOENÇA ATUAL 
• Vem para acompanhamento de crescimento e desenvolvimento e sem queixas; 
• Caso tenha alguma queixa relatar com a maior riqueza de detalhes, seguindo a cronologia de aparecimento dos sinais e sintomas. 
REVISÃO DE SISTEMAS 
• ESTADO GERAL: febre; sinais e sintomas que indiquem cefaléia; emagrecimento; apatia; fraqueza; inapetência; dificuldade para 
comer; adinamia; cansaço; mal estar; desânimo; dificuldade para ganhar peso; 
• PELE E FÂNEROS: lesões elementares de pele manchas, pústulas, pápulas...; alterações na coloração da pele: icterícia, cianose; 
distribuição de pêlos, alopécia, madarose; estado das unhas. 
• CABEÇA E PESCOÇO: Crânio – abaulamentos e retrações; lesões em couro cabeludo; fontanelas; Ouvidos: sinais e sintomas que 
indiquem otalgia, otorréia, otorragia; Olhos: hiperemia, lacrimejamento, edema em pálpebras, opacificação de córnea e estrabismo; 
Nariz: secreções, coriza, epistaxe, batimentos de asa de nariz, aparecimento de nódulos e/ou tumorações em mucosa nasal; Boca: 
sialorréia, aparecimento de dentes, lesões em mucosa oral, língua (macro ou microglossia) e lábios, sangramento gengival, halitose, 
fenda palatina. Pescoço: alterações na mobilidade – restrição de movimentos, aparecimento de gânglios, aumento de tireóide. 
• SISTEMA RESPIRATÓRIO: tosse; expectoração; chiado no peito (detalhar como o informante descreve esta queixa); sinais que 
indiquem dor torácica, dispneia, batimento de asa de nariz; expectoração; coriza; hemoptise; uso de musculatura acessória. 
• SISTEMA CARDIOVASCULAR: abaulamento em região precordial; cianose periférica ou central; palpitações; palidez de extremidade; 
cansaço as mamadas ou com corridas (“cansa fácil”); interrupção das mamadas. 
• SISTEMA DIGESTÓRIO: disfagia, refluxo; hiporexia; anorexia; náuseas, vômitos; regurgitação; cólica; diarreia; constipação; distensão 
abdominal; meteorismo excessivo. Quantas evacuações diárias; descrever aspecto das fezes: quantidade; consistência; odor; presença 
de sangue, pus ou muco e se há restos alimentaresnão digeridos; se melena; enterorragia; hematoquezia; hematêmese. 
• GÊNITO-URINÁRIO: choro ao urinar; disúria; oligúria; polaciúria; hematúria; poliúria. Lesões elementares em região genital: 
secreções; sangramento; corrimento. Quantas vezes urina ao dia e trocas de fralda (se estão pesadas ou não); cor; odor da urina. 
• SISTEMA HEMATOPOIÉTICO: sangramentos; hematomas; petéquias; equimoses; púrpura; dificuldade em estancar sangramento. 
• SISTEMA MÚSCULO-ESQUELÉTICO: hipo e hipertrofias musculares; sinais flogísticos em articulações; restrição de movimentos de 
membros e coluna; assimetria de membros; deambulação. 
• SISTEMA NERVOSO: desmaios; convulsões; paralisia; sono, chora quando com fome ou sono? Irritabilidade, sonolência execessiva; 
HISTÓRIA FISIOLÓGICA 
• PRÉ-NATAL: gravidez desejada, planejada; com que idade gestacional soube que estava grávida; fez pré-natal: quantas consultas; 
onde; apresentou intercorrências (ameaça de abortamento; anemia; sangramento; corrimento; internação); medicamentos; uso de 
sulfato ferroso e ácido fólico?; resultados das sorologias; vacinação antitetânica?; álcool; fumo; drogas? Tipo sanguíneo mãe e pai; 
• NATAL: parto (termo; pré-termo; pós-termo; normal ou cesárea – porquê?); bolsa rota (quanto tempo de bolsa rota?); hospitalar ou 
domiciliar; fez uso de indução; fórcipe? Criança chorou ao nascer; UTI ou alojamento conjunto? Cartão de nascimento (Apgar 1º e 5º 
min; Perímetros cefálico, torácico e abdominal; peso; estatura); Nasceu bem? Mãe passou bem? Precisou de oxigênio; quando mamou? 
• PÓS-NATAL (NEONATAL): com quantos dias recebeu alta; icterícia (quantas horas após nascimento?); doenças perinatais; choro 
excessivo; dificuldade de mamar; coto umbilical (assepsia com álcool 70%? quanto demorou pra cair? infeccionou?); testes neonatais. 
HISTÓRIA PATOLÓGICA PREGRESSA 
• Doenças: doenças prévias, comuns na infância (exantemáticas, IVAS, escabiose, impetigo), internações, cirurgias, uso medicamentos. 
• Acidentes domésticos: queda, choque, queimaduras, afogamento, sufocamento. 
HISTÓRIA FAMILIAR 
• Pai: nome, idade, cor, religião, procedência e naturalidade, estado civil, profissão, estado saúde escolaridade, tabagismo, etilismo. 
• Mãe: nome, idade, cor, religião, procedência e naturalidade, estado civil (se tem outros filhos de outros pais), profissão, estado saúde 
escolaridade, tabagismo, etilismo, gesta (G), paridade (P) e aborto (A), grupo sanguíneo, consanguinidade com pai da criança, menarca, 
sexarca, número de parceiros, anticoncepção. 
• Irmãos: nome, idade, sexo, cor, estado de saúde, relacionamento entre eles e com a criança. 
• Parentes: se tem algum familiar com DM, HAS, câncer, doença mental, genética ou congênita, alergias, cardiopatias. 
HISTÓRIA SOCIAL 
• CASA: alvenaria ou madeira; quantos cômodos? Quantas pessoas residem? Possui luz elétrica; água encanada; fosse séptica; rede de 
esgoto? Tem quintal: é cimentado? A casa é arejada? Entra sol? Tem piso? Fica próxima a rios ou córregos; tem lote com mato ou 
depósito de lixo próximo? Fica próxima a oficinas que provocam ruído e/ou poluentes? Tem animal de estimação? Cachorro é vacinado? 
No quarto da criança entra luz solar; é arejado; tem mosqueteiro? A criança dorme em berço ou na cama e com quem? Higiene e 
ventilação da casa; cortinas e carpetes; rua com asfalto? Criança foi registrada? Renda familiar (dar o valor em reais e quanto 
corresponde em salários mínimos). A criança tem contato com a natureza? Animais? Fica no sol? Onde ela brinca? Telas? 
• ALIMENTAÇÃO: está em aleitamento materno exclusivo? Já foi introduzido outro tipo de alimento? Usa fórmula infantil ou leite de 
vaca ou de cabra? Descrever o modo de preparo do leite ou da fórmula (quantidade de água; de leite em colheres do pó; a quantidade 
de açúcar e farinha; diluição do leite em caso de leite in natura); Uso de chás; água ou sucos? Papa de frutas ou legumes (modo de 
preparo e quantidade ingerida); Como foi a introdução dos alimentos? Quais os horários em que oferece a alimentação? Observar a 
técnica de amamentação (descrever e analisar). Usa mamadeira ou chupeta? Usa sulfato ferroso e vit. D, desde quando e em que dose? 
• IMUNIZAÇÃO: descrever as vacinas já tomadas e as respectivas datas (sempre ver o cartão de vacinação). 
• HIGIENE: Questionar quantos banhos a criança toma por dia; em quantos usa de sabonete; se lava a cabeça em todos; se faz uso de 
creme, perfume, talco; Toma banho de sol (por quanto tempo, qual horário?); Faz higiene oral (descrever técnica, se usa fralda com 
água e bicarbonato ou escova e se usa pasta de dente, adulto ou infantil?); Roupas da criança: são lavadas separadas das da família?; 
com sabão de coco?; usa sabão em pó e amaciante? Mamadeiras, chupetas e chuquinhas são esterilizadas (descrever a lavagem). 
• DESENVOLVIMENTO NEUROPSICOMOTOR: ficha de Denver II (conforme a idade), exame neurológico e reflexos primitivos do RN. 
• CONDIÇÕES NEUROPSÍQUICAS E COMPORTAMENTAIS: descrever o sono; dorme mais a noite ou durante o dia? Chora apenas 
quando está com fome ou com a fralda suja? Com quem a criança passa o dia e a noite? Fica em creche, casa de parentes (quem?) ou 
com a mãe? Como é a rotina diária da criança. Dorme que horas? Levanta que horas/ Brinca? Convive com outras crianças? Se comporta 
como na escola? Tem dificuldade de relacionamento na escola? Comporta bem com os familiares e aceita ordens domesticas? 
DIAGNÓSTICOS 
1. FISIOLÓGICO 
• Crescimento: pPC; pE; pP: adequado ou inadequado. 
• Desenvolvimento: adequado ou inadequado. 
 
• Imunização: adequado ou inadequado. 
• Higiene: adequado ou inadequado. 
• Alimentação: adequado ou inadequado. 
2. PATOLÓGICO 
• Muitas vezes não tem nenhum (sem queixas/alterações no EF), mas mesmo assim, esse item deve ser colocado. 
CONDUTAS 
1. PROPEDÊUTICA 
• Listar todos os exames solicitados para o caso – sempre que for RN ou lactente jovem solicitar o teste do pezinho e da orelhinha. 
2. TERAPÊUTICA 
• Listar todas as terapêuticas instituídas para o caso – não esquecer, nunca, do sulfato ferroso, mesmo profilático. 
REANIMAÇÃO NEONATAL 
• Reanimar se <34s ou pós termo (diretriz específica) ou respiração irregular ou ausente ou hipotonia. 
• Antes de progredir para a próxima etapa da reanimação, deve-se verificar técnica. 
• Obs: Principais causas de parada cardíaca neonatal: acidose metabólica progressiva ou hipóxia. 
• Perguntas para avaliar necessidade de reanimação: A termo (>34)? Está respirando ou chorando? Tem bom tônus muscular? A presença 
de infecção ou mecônio no líquido amniótico não indica reanimação. Anamnese urgência: questionar BCF nascimento e testes rápidos. 
• O início da reanimação deve ocorrer no 1º minuto de vida (golden minute). 
• Caso não haja necessidade de reanimação, a criança deve ficar pele a pele com a mãe, com o RN posicionado no tórax ou abdome 
materno no nível da placenta, coberto com uma manta seca. Clampeamento de 1 a 3 minutos e avaliação de vitalidade continuada. O 
contato íntimo do binômio mãe-feto objetiva a promoção da amamentação. 
MEDIDAS SEQUENCIAIS DA REANIMAÇÃO NEONATAL 
 
• A: atitudes iniciais de estabilização (ORDEM) 
o Prover calor (manta seca, calor irradiante, 23 a 26ºC na sala de parto); uso de saco plástico e touca é indicado para RN<1500g. 
o Posicionar a cabeça (extensão discreta do pescoço, para liberação das vias aéreas); 
o Aspirar vias abertas (se necessário em pacientes afogando ou que precisam de VPP), primeiro a boca (sem aprofundar sonda) e 
depois as narinas, com sonda traqueal no 6 ou 8. Movimento perpendicular, com suave pressão negativa (máximo de 100mmHg). 
o Secar sem friccionar (tapinhas) e desprezar os campos úmidos. 
o Reposicionar o RN com leve extensão do pescoço. 
o OBS: Simultaneamente, avaliar FR e FC (ausculta no precórdio ou palpação do cordão umbilical ou monitor cardíaco 3 eletrodos = 
mais indicado). Todo processo deve ser realizado em, no máximo, 30 segs. Esses valores indicamprosseguimento da reanimação. 
 
• B: ventilação e intubação 
o Realizar após medidas iniciais, se respiração ineficaz/irregular ou FC < 100. A maioria responde com ventilação (mesmo FC mínima). 
Única exceção (já iniciar com intubação): hérnia diafragmática. 
o Iniciar VPP com balão auto-inflável (bolsa + válvula + máscara na base do nariz e ponta do queixo, FR 40-60 ipm, aperta, solta, solta). 
Precisa ser iniciada nos primeiros 60 segs de vida (Golden minute). 
§ Máscara (red/anat): deve ter coxim, cobrir ponta do queixo, boca e nariz, podendo ser redonda ou anatômica. 1, 0 ou 00. 
§ Válvula (ideal entre 30-40): limita pressão excessiva, evitando baro-trauma pulmonar. 
§ Pode-se usar balão auto-inflável ou ventilador mecânico manual em T (babypuff). 
o Se IG ≥ 34 semanas, iniciar a ventilação com ar ambiente (21%) por 30 seg (1 ventilação por segundo, 1 inspiração para 2 expirações). 
Ao mesmo tempo, monitorar oximetria de pulso. Se não reagir, questionar obstrução por mecônio -> tentar aspiração traqueal uma 
única vez. Se tiver mecônio, não pode aspirar mais vezes! Se continuar bradicárdico, voltar para VPP. 
§ Saturação de O2 pré ductal (MSD): até 5 min de vida 70-80%, 5 - 10 min 80-90%, >10 min 85-94%. 
§ VPP efetiva: 1º aumento da FC, 2º melhora do tônus (se sofreu IU, demora mais), 3º início da respiração regular. Mesmo com 
essas melhoras, devo continuar a VPP. Só vou interromper e observar se fizer FC > 100 E respiração regular. 
§ Falha na VPP (apneia, gasping ou FC<100): verificar técnica ou adaptação da máscara ou VA não pérvias (reposicionar cabeça, 
aspirar secreções, ventilar com boca levemente aberta) ou pressão insuficiente > aumentar oferta de O2 (O2 suplementar com 
blender = mistura O2/ar começando com 40% guiado com oximetria no pulso direito e aumentando 20% conforme necessidade 
e intubação traqueal depois de 30 seg de VPP concomitantes (independentes). 
- VR Oximetria de pulso: 1’ de 60 a 54%, até 5’ de 70 a 80%, de 5-10’ de 80 a 90%, > 10’ de 85 a 95%). 
- As vezes é necessário passar sonda gástrica se ocorrer distensão abdominal. Medir distancia da base do nariz ao lóbulo 
da orelha e do lóbulo da orelha até a metade da distancia do apêndice xifoide ao coto umbilical. 
§ Após verificar a técnica da VPP com bolsa e máscara + O2, se a técnica está correta e RN não melhora após 30 seg, indica-se 
intubação traqueal ou máscara laríngea. Ventilar com balão e cânula traqueal. 
§ Indicações de intubação traqueal na reanimação neonatal: ventilação com balão e máscara inefetiva ou prolongada, necessidade 
de massagem cardíaca (não pode fazer com mascara laríngea, mas pode fazer com VPP), suspeita ou presença de hérnia 
diafragmática (+sonda orogástrica). 
- Materiais pra intubação: 3 tubos (0,5 cm maior e menor e o que eu acho ideal), laringo, lâminas 0 e 1, máscaras e 
bolsa/balão/ventilador, material pra aspiração (sondas 6 ou 8, 10 se mecônio + aspirador com pressão máxima de 100), 
esteto pra verificar posição, esparadrapo pra fixar). 
- Prevenção de contaminação: luvas estéreis, limpeza das peças do laringoscópio com água e sabão após cada uso, cânula, 
sonda e fio-guia estéreis, descartar sondas e cânulas após uso único). 
- Sempre segurar laringo com mão esquerda e passar tubo com mão direita. 
- A profundidade de inserção da cânula deve seguir a regra peso + 6. 
§ Confirmação da posição da cânula: capnógrafo colorimétrico (detecção de CO2 acumulado), melhora saturação e FC (primeira a 
melhorar). Observar também melhora da cor, expansão torácica simétrica, ausência de distensão gástrica durante VPP, MV 
torácico bilateral na região axilar, entrada de ar ausente na região gástrica, presença de condensação de água na cânula). 
Também pode-se fazer um RX de tórax. 
§ Importância do papel do auxiliar: vigiar condições do RN, entregar material necessário quando solicitado, controlar tempo gasto 
em cada tentativa. 
§ Cuidados durante a intubação: limitar o processo a 30 seg. Insucesso? VPP com máscara, estabilização e nova tentativa. 
§ Complicações da intubação: hipóxia, apneia ou bradicardia, pneumotórax (levar ar para um pulmão só), lesão de partes moles 
do esôfago ou traqueia, infecção. 
§ Se após intubação VPP tiver sucesso (FC>100 e respiração regular), posso extubar. Porém, se o RN não melhorar depois de VPP 
30 seg e intubação com 30 seg de VPP, devo verificar técnica e O2 60-100%. Se tudo certo, mas FC<100, continuar VPP com O2 
100% e iniciar massagem cardíaca. 
§ Falha na intubação após 30 seg de VPP com balão e cânula: se RN mantiver apneia ou respiração irregular, deve-se manter 
intubação e ventilação na UTI. Se o RN mantiver FC < 60 bpm, deve receber massagem cardíaca. Obs: se precisar fazer 
compressão, tem que estar entubado (se tiver com mascara laríngea, tem que trocar por tubo). 
 
• C: compressões torácicas 
o Técnica: dois polegares, 1 cm abaixo da linha intermamilar e acima do processo xifóide (sempre no terço inferior do tórax), um dedo 
por cima do outro ou do lado do outro, abraçando o tórax. Relação 3:1 massagem/ventilação, ou seja 123-ventila-123-ventila. 120 
eventos por minuto, profundidade 1/3 do diâmetro anteroposterior do tórax. 
o Se após 1 min de massagem e VPP com cânula traqueal e O2 o RN mantém FC < 60, deve-se corrigir técnica e, se falha, adrenalina. 
Se entre 60 e 100, posso suspender massagem, mas permaneço fazendo VPP a cada 30 seg. Só suspendo se FC>100 e respiração 
regular. 
 
• D: drogas (adrenalina) e/ou usar volume para expansão 
o Já posso pedir pra passar cateter umbilical (ou sonda nº 4) no momento em que iniciei massagem. O cateter deve passar 1-2 cm 
além do coto (não posso introduzir demais porque pode ir pro fígado). Salinizar antes de introduzir pra não inserir muito ar. Mas as 
drogas só entram após 1 min se massagem com falha. 
o Adrenalina deve estar 1:10000 (1 ml de adrenalina + 9 ml de soro fisiológico). 
o Via preferencial: intravenosa 0,2 a 0,3ml/kg/dose em flush (veia umbilical de acesso fácil e rápido). Lavar depois linha venosa (sonda) 
com 0,5 a 1,0 ml de soro. Se necessário fixar cateter, utilizar fita cardíaca (também impede retorno de sangue). 
o Via traqueal (pelo TOT) é permitido uma única vez se necessário, pois absorção por via pulmonar é lenta e imprevisível, com dose 
aumentada (0,5 a 1 ml). 
o Repetir a cada 3-5 min, se não houver resposta. 
o Expansores de volume: solução cristaloide isotônica (FR 0,9%), na dose de 10mL/kg. Indicado se suspeita de perda de sangue ou 
sinais de choque (palidez, má perfusão, pulsos débeis). Via indicada é endovenosa (umbilical). Preparar duas seringas de 20 ml, dose 
de 10 ml/kg durante 10 min. Se não melhorar, repetir uma vez. 
CUIDADOS APÓS A REANIMAÇÃO 
• Prevenção de oftalmia gonocócica: colírio de iodo-povidona 1 a 2 gotas/olho e 2 gotas na vagina. Ou (se não puder 1ª opção) utilização 
de pomada de eritromicina a 0,5% e, como alternativa, a tetraciclina a 1%. Por ultima opção, colírio de nitrato de prata a 1%. É 
importante fazer isso pra não causar úlcera de córnea e cegueira. 
• Vitamina K IM. Se pais não autorizarem, pode fazer oral em 3 doses. 
• Exame físico e antropometria. 
PRESCRIÇÃO 
• Ordem: 1º local onde ficar ou hidratação ou dieta / medicamentos mais internos / medicamentos mais externos/ os “se” dor etc. 
• Leite materno exclusivo, sob livre demanda. 
• Vitamina K 1mg IM vasto lateral. 
• Iodo-povidona 2,5% 1 gota em cada olho. 
• Curativo em coto umbilical com álcool a 70%, 3x/dia pelo menos. 
• Peso diário (perde 10% nos primeiros dias, mas deve recuperar peso do nascimento com 10 dias), prematuro 15/15. 
• Sinais vitais e cuidados gerais. 
• Alojamento conjunto. 
CRITÉRIOS DE REANIMAÇÃO
• Recém-nascidos com respiração regular e FC > 100bpm podem demorar minutos para ficar rosados. 
• Saturação > 90% requer 5 minutos ou mais em RN saudáveis. 
• Clampeamento tardio: demorar 1 a 3 minutos ou quando cessarem os batimentos do cordão (a termo/>34 semanas), 30 a 60 segundos 
(pré-termo saudável), benéficocom relação aos índices hematológicos na idade de 3-6 meses, uma vez que aumenta o tempo de 
exposição do RN ao sangue materno (<anemia). Porém, há maior probabilidade de icterícia e necessidade de fototerapia. Exceção: 
asfixia, hipotonia ao nascimento = clampear e já reanimar, HIV. 
o Menos hemorragia intraventricular, maiores níveis pressóricos, maior volume sanguíneo, menor necessidade de transfusão. 
• Controle da temperatura: a hipotermia na admissão no berçário está associada ao aumento do risco de hemorragia intracraniana, 
problemas respiratórios, hipoglicemia e sepse neonatal de início tardio. Os pré-termos são especialmente vulneráveis. 
o Em RN não asfíxico, a temperatura deve ser entre 36,5ºC e 37,5ºC. Se hipotermia não intencional, fazer reaquecimento rápido. 
 
ASSISTÊNCIA AO RN NO PARTO 
PREPARO PARA ASSISTÊNCIA 
• Equipe: mínimo de 1 médico com atenção exclusiva ao RN e capaz de reanimar = o risco de morte e morbidade eleva-se em 16% a cada 
30 segundos para iniciar VPP. 
• Equipamentos: precauções universais (luvas, avental, gorro, máscara), campo (estéril apenas se cesárea), fonte de calor radiante, fontes 
de O2 umidificado com fluxômetro = 5l/ml, aspirador a vácuo, material para aspiração (sonda traqueal ou gástrica, bulbo, aspirador de 
mecônio), ventilação, intubação e medicações. 
• Lembrar sempre: checar material, retirar fômites, lavar mãos, paramentar, desligar ar condicionado, pegar o campo estéril. 
DADOS IMPORTANTES 
• Anamnese materna: identificação, história familiar materna (doenças congênitas e genéticas, infecções, etc), história materna 
pregressa (antecedentes pessoais, drogadição), história gestacional (número de gestações, abortos, curetagem, natimorto e causa, 
filhos falecidos e causa, intercorrências, amamentação, informações sobre paternidade), história gestacional atual (IG, tipagem 
sanguínea, pré-natal, intercorrências, hemorragias, infecções, hipertensão, diabetes, medicamentos, ganho ponderal, vacinas, 
irradiação, sinal de sofrimento fetal), informação do parto (apresentação anômala, BCF/DIP I e II, integridade da bolsa 
amniótica/amniorrexe prematura, líquido amniótico meconial, tempo do trabalho de parto e período expulsivo, analgesia, DPP, 
placenta prévia, prolapso de cordão). 
• Anamnese paterna: identificação, história familiar paterna, hábitos paternos. 
• Outras informações (renda familiar, estabilidade do casal, planejamento familiar). 
EXAME NEUROLÓGICO E REFLEXOS PRIMITIVOS 
• Deve ser realizado com criança aquecida, ambiente aquecido, >2h amamentação, calmo. 
• Postura: 
o Membros e cabeça (prematuro tem tônus flexor solto até 30-34 semanas. (até 34 em membros inferiores e >34, superiores). 
o Barriga pra baixo: é normal sustentar um pouco a cabeça. 
• Estado de vigília: acordado calmo, acordado agitado, dormindo. 
• Face: observar formado do palato (palato em ogiva = reflexo de sucção) 
• Choro: débil (cansado, largado), muito irritado (hipoglicemia)/estridente, sem consolabilidade. 
• Padrão respiratório: arritmicidade é normal (apneia de até 6s). 
• Motricidade: deve ser simétrica (avaliar em membros). 
• Fontanelas: dimensões, escavada (desidratação) ou abaulada (vit. A, hipertensão intracraniana). 
• Ângulos: 
o Flexão do punho: ao contrário de outras manobras, o punho tem maior rigidez no prematuro. 
o Poplíteo: coxa sob abdome, quadril estabilizado. Avaliar flexo-extensão da parte inferior da perna. Pélvicos podem ter alterações. 
o Manobra calcanhar orelha: quadril estabilizado, suspender perna estendida na lateral do corpo. Ângulo da coxa com a mesa. 
• Tônus passivo: 
o Manobra do chalé/cachecol: avalia tônus ao tentar trazer cotovelo pro lado oposto, não firmando o tórax. Termo é mais firme. 
o Suspenção ventral: segura pela barriga e verifica tônus. 
• Tônus ativo: 
o Ângulo do pescoço/retificação da cabeça: conforme vai sentando, cabeça vem subindo e depois cai de uma vez. 
o Retificação do tronco: segurar pelas axilas e apoiar na cama. Observar se tronco e pernas retificam. 
o Manobra/reflexo da propulsão (Descrever antes da alta): dobrar pernas no tronco. No reflexo, ele se projeta pra frente. 
o Reflexo de retirada: puxar o membro após fazer “carinho”. 
o Reflexo de Rossolino: percussão dos dedos causa flexão (pé). 
o Reflexo magnético: conforme retiro dedo (sem encostar!!!), ele vai estendendo e acompanhando o dedo. 
o Reflexo cutâneo-abdominal: contração muscular. 
o Reflexo de Landau: flete membros junto com cabeça quando deitado. 
REFLEXO DESCRIÇÃO INÍCIO (GESTAÇÃO) FIM (PÓS-NATAL) 
Pupilar Estímulo luminoso. 29ª - 31ª semana Persiste no adulto 
Piscar (pestanejar) Estímulo visual. 7 - 8 meses 1ºs meses 
Glabelar 32ª - 34ª semanas 1ºs meses 
McCarthy 7 meses 2 - 4 meses 
Corneano - Persiste no adulto 
Ciliar - Persiste no adulto 
Cocleopalpebral - 1ºs meses 
Voracidade Dedo próximo aos lábios, RN deve abocanhar. 2 - 3 meses 3 - 4 meses 
Sucção Dedo mínimo no canto da rima labial. 2 - 3 meses 3m (vigília), 6m (sono) 
Preensão palmar 4 - 6 meses 5 - 6 meses 
Badkin Abre boca quando puxa pela mão. 26ª semana 3 - 4 meses 
Preensão plantar 4 - 6 meses 9 - 12 meses 
Cutâneo-plantar Não é babinsky! Criança faz extensão dos dedos e flexão do 
hálux. Fazer na lateral, não segurar. 
4 - 6 meses 8 - 12 meses 
Extensão cruzada Fletir e segurar. Tendência da outra perna estender. 8 - 9 meses 1 - 2 meses 
Olhos de boneca 6 - 7 meses 1 mês 
Mangus-Kleijn Movimento cabeça pra um lado, membros inferior e superior 
estendem pro mesmo lado (Esgrimista). 
6 - 7 meses 6 meses 
Moro Abertura dos membros e formato de C com as mãos, depois 
fechar (completo). No incompleto, só desmancha. Só é anormal 
quando assimétrico ou ausente. 
7 meses 4 - 6 meses 
Sustentação 8 - 9 meses 3 meses 
Marcha reflexa 34ª semana 3 - 4 meses 
Colocação (escada) 8 - 9 meses 1º ano 
Galant (minhoca) Avalia mobilidade e integridade da coluna. Mielomeningocele, 
esp. bífida oculta, vertebras fundidas. 
8 - 9 meses 2 - 3 meses 
Perez Esticar 2 dedos ao longo da coluna. Ele pode eliminar fezes e 
urina. 
8 - 9 meses 4 - 6 meses

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