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UNIVERSIDADE PAULISTA GISLAINE APARECIDA FIGUEIRA RELATÓRIO DO ESTÁGIO CURRICULAR LAR PADRE EUCLIDES RIBEIRÃO PRETO - SP 2022 GISLAINE APARECIDA FIGUEIRA RELATÓRIO DO ESTÁGIO CURRICULAR LAR PADRE EUCLIDES Relatório de atividades de estágio curricular na área de idosos - Lar Padre Euclides, apresentado à Universidade Paulista - Unip como parte das exigências para a obtenção do Bacharelado em Nutrição. Coordenador(a): Profa. Dra. Patrícia Teixeira Meirelles Villela Supervisores: Carolina Alves Pereira Corrêa RIBEIRÃO PRETO - SP 2022 SUMÁRIO 1. ESTUDO DE CASO ................................................................................................ 4 1.1. Apresentação do caso clínico ..................................................................... 4 1.1.1. Diagnóstico Clínico................................................................................... 4 1.1.2. História Clínica ........................................................................................ 14 1.1.3. Exames Laboratoriais ............................................................................. 15 1.1.4. Medicamentos Prescritos ....................................................................... 15 1.1.5. História Alimentar ................................................................................... 17 1.1.6. Dados Antropométricos ......................................................................... 19 2. DIAGNÓSTICO NUTRICIONAL............................................................................23 2.1. AVALIAÇÃO DAS CONDIÇÕES DO IDOSO ANTES DO LAR .................. 23 2.2. LOCAL, PERÍODO DE REALIZAÇÃO DO ESTÁGIO e ATIVIDADES REALIZADAS..................................................................................................23 3. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .................................................................. 26 4. ANEXOS.............................................................................................................27 4 1. ESTUDO DE CASO 1.1. Apresentação do caso clínico Nome: M.C.J Sexo: Feminino Idade: 81 anos Data Nascimento: 18/03/1942 Estado Civil: Separada Escolaridade: Ensino fundamental Profissão: Aposentada Tempo na Instituição: Desde 2015 (07 anos) Dependência: Grau I 1.1.1. Diagnóstico Clínico • Hipertensão arterial (HAS) A hipertensão arterial (HA) é uma doença crônica não transmissível (DCNT) definida por níveis pressóricos, em que os benefícios do tratamento (não medicamentoso e/ ou medicamentoso) superam os riscos. Trata-se de uma condição multifatorial, que depende de fatores genéticos/ epigenéticos, ambientais e sociais, caracterizada por elevação persistente da pressão arterial (PA), ou seja, PA sistólica (PAS) maior ou igual a 140 mmHg e/ou PA diastólica (PAD) maior ou igual a 90 mmHg, medida com a técnica correta, em pelo menos duas ocasiões diferentes, na ausência de medicação anti-hipertensiva. Por se tratar de condição frequentemente assintomática, a HA costuma evoluir com alterações estruturais e/ou funcionais em órgãos-alvo, como coração, cérebro, rins e vasos. Além disso, apresenta impacto significativo nos custos médicos e socioeconômicos, decorrentes das complicações nos órgãos-alvo, fatais e não fatais, como: coração: doença arterial coronária (DAC), insuficiência cardíaca (IC), fibrilação atrial (FA) e morte súbita; cérebro: acidente vascular encefálico (AVE) isquêmico (AVEI) ou hemorrágico (AVEH), demência; rins: DRC que pode evoluir para necessidade de terapia dialítica; e sistema arterial: doença arterial obstrutiva periférica (DAOP). Os fatores de risco para Hipertensão Arterial São: genética, idade, sexo, etnia, sobrepeso/obesidade, ingestão de sódio e potássio (ingestão média é superior a 2 g de sódio, o equivalente a 5 g de sal de cozinha), ingestão de álcool, fatores socioeconômicos (menor escolaridade e 5 condições de habitação inadequadas, além da baixa renda familiar). Além dos fatores clássicos mencionados, é importante destacar que algumas medicações, muitas vezes adquiridas sem prescrição médica, e drogas ilícitas têm potencial de promover elevação da PA ou dificultar seu controle, entre eles, estão: os inibidores da monoaminaoxidase e os simpatomiméticos, como descongestionantes nasais (fenilefrina), antidepressivos tricíclicos (imipramina e outros), hormônios tireoidianos, contraceptivos orais, anti-inflamatórios não esteroides, carbexonolona e liquorice, glicocorticoides, ciclosporina, eritropoietina, drogas ilícitas (cocaína, cannabis sativa, anfetamina e 3,4-metilenodioximetanfetamina (MDMA). Apneia Obstrutiva do Sono (AOS), há clara evidência que sustenta a relação entre a AOS e a HA e o aumento do risco para HA resistente. As DCV são a principal causa de morte, hospitalizações e atendimentos ambulatoriais em todo o mundo, inclusive em países em desenvolvimento como o Brasil. A HA estava associada em 45% destas mortes cardíacas, vale ressaltar que a HA mata mais por suas lesões nos órgãos. A abordagem adequada dos fatores de risco para o desenvolvimento da HA deve ser o grande foco do SUS. Controle do peso, a obesidade geral e a obesidade abdominal foram associadas ao aumento do risco de HA. Por outro lado, a diminuição do peso promove a diminuição da PA tanto em indivíduos normotensos quanto em hipertensos. Nesse sentido, a dieta DASH e suas variantes (baixa quantidade de gordura, mediterrânea, vegetariana/vegana, nórdica, baixo teor de carboidratos etc.). Convém recomendações para se ter muito cuidado com a quantidade de sal adicionado e com os alimentos com alto teor de sal (produtos industrializados e processados). A suplementação de potássio constitui-se em uma alternativa segura, sem importantes efeitos adversos, com impacto modesto, mas significativo, na PA e pode ser recomendada para a prevenção do aparecimento da HA. Atividade Física: o sedentarismo é um dos dez principais fatores de risco para a mortalidade global, todos os adultos devem ser aconselhados a praticar pelo menos 150 min/semana de atividades físicas moderadas ou 75 min/semana de vigorosas. Os exercícios aeróbicos (caminhada, corrida, ciclismo ou natação) podem ser praticados por 30 minutos em 5 a 7 dias por semana. A realização de exercícios resistidos em 2 a 3 dias por semana também pode ser recomendada. O consumo excessivo de álcool, responsável por cerca de 10-30% dos casos de HA e por aproximadamente 6% da mortalidade de todas as causas no mundo, a ingestão de 6 bebida alcoólica deve ser limitada a 30 g de álcool/dia. Fatores Psicossociais, o controle do estresse emocional, por diversas técnicas existentes, pode contribuir para a prevenção da HÁ, e ações adicionais: incorporação das ações de prevenção, detecção e controle da HA nos programas de atenção primária à saúde, incluindo crianças e adolescentes e, particularmente, programas de saúde escolar; implementação de programas de assistência multiprofissional; fortalecimento de normas governamentais para reduzir o conteúdo de sódio e gorduras saturadas dos alimentos industrializados; aperfeiçoamento na rotulagem do conteúdo nutricional dos alimentos; e monitorização das ações de prevenção e controle da HA e seus resultados por meio de eficientes indicadores de saúde. As metas de PA para a população idosa devem levar em conta, além da idade cronológica (considerando ≥ 60 anos nos países de baixa renda e ≥ 65 anos nos demais, de acordo com a maioria das sociedades internacionais), o estado funcional, a fragilidade e as comorbidades presentes. Dessa forma, o alvo terapêutico deve ter equilíbrio entre os potenciaisbenefícios e prejuízos com os valores de PA atingidos. • Dislipidemia Dos pontos de vista fisiológico e clínico, os lípides biologicamente mais relevantes são os fosfolípides, o colesterol, os Triglicérides (TG) e os ácidos graxos. Os fosfolípides formam a estrutura básica das membranas celulares. O colesterol é precursor dos hormônios esteroides, dos ácidos biliares e da vitamina D. Além disso, como constituinte das membranas celulares, o colesterol atua na fluidez destas e na ativação de enzimas aí situadas. Os TG são formados a partir de três ácidos graxos ligados a uma molécula de glicerol e constituem uma das formas de armazenamento energético mais importantes no organismo, sendo depositados nos tecidos adiposo e muscular. Os ácidos graxos podem ser classificados como saturados (sem duplas ligações entre seus átomos de carbono), mono ou poliinsaturados, de acordo com o número de ligações duplas em sua cadeia. Os ácidos graxos saturados mais frequentemente presentes em nossa alimentação são: láurico, mirístico, palmítico e esteárico (que variam de 12 a 18 átomos de carbono). Entre os monoinsaturados, o mais frequente é o ácido oleico, que contém 18 átomos de carbono. Quanto aos poliinsaturados, podem ser classificados como ômega 3 (Eicosapentaenoico − EPA, Docosaexaenoico − DHA e linolênico), ou ômega 6 (linoleico), de acordo com presença da primeira dupla ligação entre os carbonos, a partir do grupo hidroxila. Lipoproteínas: estrutura e função As lipoproteínas permitem a solubilização e o 7 transporte dos lípides, que são substâncias geralmente hidrofóbicas, no meio aquoso plasmático. Existem quatro grandes classes de lipoproteínas separadas em dois grupos: 1- as ricas em TG, maiores e menos densas, representadas pelos quilomícrons, de origem intestinal, e pelas Lipoproteínas de Densidade Muito Baixa (VLDL, sigla do inglês very low density lipoprotein), de origem hepática; e 2- as ricas em colesterol, incluindo as LDL e as de Alta Densidade (HDL, do inglês high density lipoprotein). Os TG representam a maior parte das gorduras ingeridas. Após ingestão, as lipases pancreáticas hidrolisam os TG em ácidos graxos livres, monoglicerídeos e diglicerídeos. Sais biliares liberados na luz intestinal emulsificam estes e outros lípides oriundos da dieta e da circulação êntero-hepática, com formação de micelas. No interior das células, o colesterol livre pode ser esterificado para depósito por ação da enzima Acil-CoA:Colesteril Aciltransferase (ACAT). A expressão dos LDLR nos hepatócitos é a principal responsável pelo nível de colesterol no sangue e depende da atividade da enzima Hidroximetilglutaril Coenzima A (HMGCoA) redutase, enzima-chave para a síntese intracelular do colesterol hepático. A inibição da HMG-CoA redutase e, portanto, da síntese intracelular do colesterol é um importante alvo terapêutico no tratamento da hipercolesterolemia. Com a queda do conteúdo intracelular do colesterol, ocorrem o aumento da expressão de LDLR nos hepatócitos e a maior captura de LDL, IDL e VLDL circulantes por estas células. As partículas de HDL são formadas no fígado, no intestino e na circulação. Seu principal conteúdo proteico é representado pelas apos AI e AII. O colesterol livre da HDL, recebido das membranas celulares, é esterificado por ação da Lecitina Colesterol Aciltransferase (LCAT). A ApoA-I, principal proteína da HDL, é cofator desta enzima. O processo de esterificação do colesterol, que ocorre principalmente nas HDL, é fundamental para sua estabilização e seu transporte no plasma, no centro desta partícula. A HDL transporta o colesterol até o fígado, no qual ela é captada pelos receptores SR-B1. As dislipidemias podem ser classificadas em hiperlipidemias (níveis elevados de lipoproteínas) e hipolipidemias (níveis plasmáticos de lipoproteínas baixos): Causas primárias: são aquelas nas quais o distúrbio lipídico é de origem genética e causas secundárias: a dislipidemia é decorrente de estilo de vida inadequado, de certas condições mórbidas, ou de medicamentos. As dislipidemias podem ser classificadas de acordo com a fração lipídica alterada em: • Hipercolesterolemia isolada: aumento isolado do LDL-c (LDL-c ≥ 160 mg/dl). 8 • Hipertrigliceridemia isolada: aumento isolado dos triglicérides (TG ≥ 150 mg/dl ou ≥ 175 mg/dl, se a amostra for obtida sem jejum). • Hiperlipidemia mista: aumento do LDL-c (LDL-c ≥ 160 mg/dl) e dos TG (TG ≥ 150 mg/dl ou ≥ 175 mg/ dl, se a amostra for obtida sem jejum). Se TG ≥ 400 mg/dl, o cálculo do LDL-c pela fórmula de Friede Wald é inadequado, devendo-se considerar a hiperlipidemia mista quando o não HDL-c ≥ 190 mg/dl. • HDL-c baixo: redução do HDL-c (homens < 40 mg/dl e mulheres < 50 mg/dl) isolada ou em associação ao aumento de LDL-c ou de TG. Para o Tratamento Não Medicamentoso das Dislipidemias são indicadas medidas no controle da hipercolesterolemia, como a Terapia nutricional: Controle de peso corporal, redução de bebida alcoólica, redução de açúcares e de carboidratos, substituição parcial de ácidos graxos saturados por mono e poliinsaturados, . O padrão alimentar e o estilo de vida saudável ganharam evidência em estudos epidemiológicos observacionais e de intervenção, como o DASH (Dietary Approachs to Stop Hypertension), o INTERHEART e o PREDIMED (PREvención con DIeta MEDiterránea), e reforçaram as diretrizes nutricionais que preconizam dieta isenta de ácidos graxos trans, o consumo de < 10% do valor calórico total de ácidos graxos saturados para indivíduos saudáveis e < 7% do valor calórico total para aqueles que apresentarem risco cardiovascular aumentado. O padrão alimentar deve ser resgatado por meio do incentivo à alimentação saudável, juntamente da orientação sobre a seleção dos alimentos, o modo de preparo, a quantidade e as possíveis substituições alimentares, sempre em sintonia com a mudança do estilo de vida. Substituição parcial de ácidos graxos saturados por mono e poliinsaturados. Indivíduos de muito alto risco cardiovascular, o LDL-c deve ser reduzido para < 50 mg/dl e o não HDL-c < 80 mg/dl, indivíduos de alto risco cardiovascular, o LDL-c deve ser reduzido para < 70 mg/dl e o não HDL-c < 100 mg/dl, indivíduos de alto e muito alto risco cardiovascular, sempre que possível e tolerado, deve-se dar preferência para o uso de estatina de alta intensidade ou ezetimiba associada à estatina (sinvastatina 40 mg ou outra estatina com potência pelo menos equivalente), indivíduos de risco cardiovascular intermediário, o LDL-c deve ser reduzido para < 100 mg/dl e o não HDL-c < 130 mg/dl, indivíduos de risco cardiovascular intermediário, sempre que possível e tolerado, deve-se dar preferência para o uso de estatina de intensidade pelo menos moderada, indivíduos de baixo risco cardiovascular, a meta de LDL-c deve ser < 130 mg/dl e o não HDL-c 9 < 160 mg/dl. Não se recomenda tratamento medicamentoso visando à elevação dos níveis de HDL-c. Indivíduos com níveis de triglicérides > 500 mg/dl devem receber terapia apropriada para redução do risco de pancreatite, indivíduos com níveis de triglicérides entre 150 e 499 mg/dl devem receber terapia, com base no risco cardiovascular e nas condições associadas a LDL: colesterol da lipoproteína de baixa densidade; HDL-c: colesterol da lipoproteína de alta densidade. ponto de vista metabólico124 quanto o cardiovascular,125,126 em razão de elevar o colesterol plasmático e por sua ação pró-inflamatória. Importante salientar que para o tratamento da hipercolesterolemia recomendam-se no máximo 7% das calorias na forma de ácidos graxos saturados e, segundo os dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o consumo médio atual deste ácido é de 9%. Tabela 1 - Valores referenciais do perfil lipídico (adultos > 20 anos) Lípides Com jejum (mg/dl) Sem jejum Categoria referencial Colesterol total< 190 < 190 Desejável HDL-c > 40 > 40 Desejável Triglicérides < 150 < 175 Desejável LDL-c < 130 < 130 Baixo < 100 < 100 Intermediário < 70 < 70 Alto < 50 < 50 Muito alto Não HDL-c < 160 < 160 Baixo < 130 < 130 Intermediário < 100 < 100 Alto < 80 < 80 Muito alto A decisão do tratamento dos idosos com dislipidemia continua um dilema na prática clínica. Esta população apresenta particularidades importantes, como farmacocinética dos medicamentos, etiologia das dislipidemias, falta de evidência de benefícios clínicos em determinadas faixas etárias e elevada prevalência de aterosclerose subclínica em adultos com mais de 65 anos de idade. Alguns cuidados são necessários nesta população, pelo risco aumentado de interação medicamentosa, devido à coexistência de múltiplas comorbidades e à necessidade de polifarmácia. Na avaliação do benefício do tratamento com estatinas nos idosos, é necessário compreender a diferença entre redução de risco relativo e absoluto. • Insônia 10 Insônia é um problema comum em todos os estágios da vida, mas é particularmente comum após os 65 anos de idade. É definida como uma dificuldade para iniciar o sono ou para se manter dormindo. Os distúrbios do sono nos idosos são comuns e multifatoriais. Vários fatores, incluindo idade avançada, influências psicossociais, doenças clínicas e psiquiátricas e uso de medicações podem estar associados com insônia. Apesar disso, os fatores de risco envolvidos no desenvolvimento de insônia não têm sido completamente identificados. A privação do sono interfere de maneira negativa na qualidade de vida. É definida como uma dificuldade para iniciar o sono ou para se manter dormindo, quando pode haver uma diminuição total ou parcial da quantidade e/ou da qualidade do sono. Pode ser classificada em inicial, intermediária ou final, e, quanto à duração, em transitória (< 1 mês), de curto tempo (1 – 6 meses) ou crônica (> 6 meses). Entre as desordens primárias, destacam-se: a apneia do sono e a síndrome das pernas inquietas, patologias que também atingem a população idosa. Apneia do sono é uma condição definida por paradas repetidas e temporárias da respiração durante o sono, por obstrução das vias aéreas. Este distúrbio frequentemente é associado com pacientes obesos e que roncam, com queixa de sonolência diurna excessiva, sono não reparador, despertares frequentes durante a noite, cefaleia matutina e irritabilidade. A síndrome das pernas inquietas é uma desordem neurológica associada a sensações anormais nas pernas, uma irresistível necessidade de movimentar os membros inferiores, acompanhada de sensações de arrastamento das pernas. Estes sintomas causam despertares noturnos, que resultam na redução no período de sono e sonolência diurna. Cerca de 5 a 10% da população geral é acometida por este problema e a prevalência aumenta com o avançar da idade, chegando a atingir 10% das pessoas acima de 65 anos. Insônia pode ser secundária a causas situacionais, como nos processos de institucionalização, internação hospitalar, viagens ou locais estranhos, onde o idoso, nessas situações, pode ter grande dificuldade de adaptação inicial, por se tratar de um ambiente estranho, às vezes barulhento, com outros horários e rotina. Também pode ser consequência de efeitos colaterais de alguns fármacos, como: anti- hipertensivos (metildopa, clonidina, reserpina, propranolol, atenolol e pindolol), anticolinérgicos (brometo de ipratrópio), broncodilatadores (terbutalina, salmeterol), xantinas (teofilina) e antidepressivos inibidores da recaptação da serotonina. Entre as doenças clínicas, consideradas fatores de risco para insônia, destacam-se: 11 doenças gênito-urinárias (hiperplasia prostática benigna e incontinência urinária), doenças gastrointestinais (doença do refluxo gastroesofágico e úlceras gastroduodenais), doenças cardiovasculares (insuficiência cardíaca descompensada e doença vascular periférica arterial ou venosa), doenças respiratórias crônicas, doenças metabólicas (diabetes, obesidade e hipertireoidismo) e doenças osteomioarticulares (osteoartrose, osteoporose e tendinites). É clássica também a associação de insônia com doenças psiquiátricas. As três situações psiquiátricas mais associadas à insônia no idoso são ansiedade, depressão e demência. Insônia é hoje um problema de saúde pública e não é apenas importante por ser um problema comum, mas, sobretudo, por ser uma causa de fragilidade na população idosa, estando relacionada com grande prejuízo clínico e funcional. O padrão normal do sono muda com o avançar da idade. Mudanças sociais e fisiológicas do envelhecimento contribuem para tal fato. Mudança do padrão social, dos padrões familiares, diminuição do ciclo de amizades, inatividade física e profissional favorecem maior sonolência diurna, consequentemente, redução do sono noturno. É importante diferenciar o normal do patológico quando se fala em insônia, avaliar e conhecer as mudanças que surgem com a idade, saber obter informações relacionadas com os distúrbios do sono e conhecer as condições patológicas mais comuns relacionadas à insônia, para que o tratamento seja realmente efetivo. O uso de questionários direcionados para esse problema ajuda a caracterizar melhor a queixa. O diário do sono também deve ter seu foco direcionado para identificar causas primárias e/ou secundárias. A busca ativa de insônia e sua correta avaliação são passos fundamentais na avaliação geriátrica. • Depressão A depressão é um transtorno comum, mas sério, que interfere na vida diária, capacidade de trabalhar, dormir, estudar, comer e aproveitar a vida. É causada por uma combinação de fatores genéticos, biológicos, ambientais e psicológicos. O transtorno depressivo tem um potencial significativo de morbidade e mortalidade, contribuindo para o suicídio, a incidência e os resultados adversos de doenças médicas, a interrupção das relações interpessoais, o abuso de substâncias e o tempo de trabalho perdido. Alguns tipos de depressão tendem a ocorrer em famílias. No entanto, a depressão também pode ocorrer em pessoas sem histórico familiar do transtorno. 12 Nem todas as pessoas com transtornos depressivos apresentam os mesmos sintomas. A gravidade, frequência e duração variam dependendo do indivíduo e de sua condição específica. A maioria das pessoas com transtorno depressiva não aparenta estar doente. Em pacientes com sintomas mais graves, pode-se observar um declínio na higiene, bem como uma mudança no peso. As pessoas com esse diagnóstico também podem mostrar o seguinte: • Retardo psicomotor • Perda de reatividade no afeto do paciente (isto é, expressão emocional) • Agitação psicomotora Um episódio depressivo pode ser categorizado como leve, moderado ou grave, a depender da intensidade dos sintomas. Um indivíduo com um episódio depressivo leve terá alguma dificuldade em continuar um trabalho simples e atividades sociais, mas sem grande prejuízo ao funcionamento global. Durante um episódio depressivo grave, é improvável que a pessoa afetada possa continuar com atividades sociais, de trabalho ou domésticas. A depressão é resultado de uma complexa interação de fatores sociais, psicológicos e biológicos. Pessoas que passaram por eventos adversos durante a vida (desemprego, luto, trauma psicológico) são mais propensas a desenvolver depressão. A depressão pode, por sua vez, levar a mais estresse e disfunção e piorar a situação de vida da pessoa afetada e o transtorno em si. Há relação entre a depressão e a saúde física; doenças cardiovasculares, por exemplo, podem levar à depressão e vice e versa. Existem tratamentos eficazes para depressão moderada e grave. Profissionais de saúde podem oferecer tratamentos psicológicos, como ativação comportamental,terapia cognitivo-comportamental e psicoterapia interpessoal ou medicamentos antidepressivos. Os tratamentos psicossociais também são efetivos para depressão leve. Os antidepressivos podem ser eficazes no caso de depressão moderada-grave, mas não são a primeira linha de tratamento para os casos mais brandos. Esses medicamentos não devem ser usados para tratar depressão em crianças e não são, também, a primeira linha de tratamento para adolescentes. É preciso utilizá-los com cautela. É importante também que não se confunda a depressão com a tristeza, que é uma emoção passageira. Enquanto a depressão é um fenômeno constante. 13 • Ansiedade Ansiedade e depressão são transtornos que possuem relação entre si. Mas que possuem causas, sintomas e tratamentos diferentes. Cada transtorno tem seus próprios aspectos, e que geralmente são opostos. Porém, uma única pessoa pode vir a ter os dois problemas. Ambas fazem com que o indivíduo tenha comportamentos que atrapalhem a sua rotina, acarretando diversos prejuízos, no âmbito social, profissional e em relacionamentos de forma geral. Ansiedade é um estado emocional, que se caracteriza por sentimentos de tensão, preocupações e pensamentos ruins que qualquer pessoa pode ter ao longo de seu dia, que podem estar relacionadas a falar em público, véspera de prova ou entrevista de emprego. A ansiedade natural é benéfica, pois faz com que as pessoas realizem projetos e estabeleçam planos para o futuro. O que se torna preocupante é o seu excesso. Ela somente pode ser considerada uma doença quando ocorre de forma frequente e intensa, comprometendo a saúde emocional da pessoa e interferindo em sua vida cotidiana. A ansiedade pode se transformar em um transtorno, dependendo da frequência e intensidade de seus sintomas. Sendo assim, o transtorno de ansiedade é considerado uma doença, onde os indivíduos apresentam preocupação excessiva e medo intenso que acabam por interferir em sua vida cotidiana. Pessoas com esse tipo de transtorno podem apresentar sintomas de ordem física e psicológica. Dentre os transtornos de ansiedades mais comuns temos: as fobias, que é o medo irracional de objetos, situações e seres mesmo que o perigo não seja real; o transtorno de ansiedade generalizada (TAG) e o transtorno de pânico. Alguns sintomas são mais característicos e comuns, como: medos sem aparente explicação ou emergência real, alterações do ciclo de sono e do apetite, inquietação, a ansiedade também se manifesta em sintomas físicos como sudorese em excesso, tremores pelo corpo, cansaço frequente, náuseas, calafrios e problemas no sistema gastrointestinal. É comum também o desenvolvimentos de outros transtornos como o transtorno bipolar e transtornos depressivos, então fique atento a alterações https://www.gruporecanto.com.br/blog/transtorno-de-humor/ 14 súbitas de humor que podem ser características de diversos desses transtornos. Existem três tipos de ansiedade: a moralista, a real e a neurótica. A ansiedade é o sentimento natural que cada ser humano carrega e que apesar de parecer ruim inicialmente é essencial para nossa sobrevivência no meio social. Já o transtorno de ansiedade é quando a ansiedade está operando de maneira disfuncional e trazendo malefícios a vida da pessoa, de maneira a comprometer o modelo de vida biopsicossocial. A ansiedade e a depressão são ambos transtornos mentais que frequentemente andam juntos, pois pessoas que têm depressão acabam por desenvolver ansiedade e o contrário também é verdadeiro. É comum que essas doenças sejam comorbidades uma da outra. A diferença é que depressão é um transtorno psiquiátrico crônico grave, que está relacionada a sentimentos de caráter emocional, onde o indivíduo apresenta alterações de humor e ansiedade é algo natural do ser humano, que pode surgir ao enfrentarmos acontecimentos estressantes. 1.1.2. História Clínica • I.D.A (Interrogatório dos Diversos Aparelhos) Apetite: ( ) regular ( X ) normal ( ) aumentado ( ) diminuído Mastigação: ( X ) normal ( ) dificultada // por quê: _____________________________ Deglutição: ( X ) normal ( ) dor // por quê: ___________________________________ Alergia alimentar: ( ) sim ( X ) não // Qual: ___________________________________ Intolerância alimentar: ( ) sim ( X ) não // Qual: _______________________________ Problema decorrente da intolerância: Desconforto gastrintestinal: ( ) sim ( X ) não Qual: ( ) vômitos ( ) azia ( ) cólica ( ) diarreia ( ) náuseas ( ) gases ( ) constipação ( ) distensão abdominal Evacuações/dia: 3x/dia _________________________________________________ Características das fezes: tipo 4 (às vezes tipo 5 – raramente) __________________ Cor da urina: tipo 3_____________________________________________________ Uso de Laxante: ( ) sim ( x ) não // Qual: _________________ Frequência: ________ https://www.gruporecanto.com.br/blog/comorbidades/ 15 Sintomas: nenhum ( ) Disfagia (dificuldade ao engolir) ( ) Odinofagia (dor ao engolir) ( ) Xerostomia (boca seca) ( ) Disgeusia (alteração do paladar) AP (Antecedentes Pessoais): Cirurgia: ( X ) sim ( ) não // Qual: Histerectomia (retirada do útero) Quando: Há ± 40 anos__ AC (Antecedentes Comportamentais): Insônia: ( X ) sim ( ) não // Frequência: todos os dias____________________ Tabagista: ( ) sim ( X ) não // Quantos cigarros/dia: _____________________ Consumo de Álcool: ( X ) sim ( ) não // Frequência: socialmente (1 lata 350ml) Avaliação Física (Mobilidade): ( X ) Deambulando ( ) Baixa mobilidade ( ) Acamado 1.1.3. Exames Laboratoriais Não foi possível ter acesso aos exames laboratoriais e resultados. Ambos não se encontravam nos prontuários da enfermaria. 1.1.4. Medicamentos Prescritos Tabela 2 - Medicamentos de uso contínuo Nome Frequência Reações Adversas / Interações fármaco-nutrientes Diazepam 5mg (indicado para alívio sintomático da ansiedade, tensão e outras queixas somáticas ou psicológicas associadas com a síndrome da ansiedade. Pode também ser útil como coadjuvante no tratamento da ansiedade ou agitação associada a desordens psiquiátricas. 01 compr. 19hr Cansaço, sonolência e fraqueza muscular; em geral, estão relacionados com a dose administrada. Esses efeitos ocorrem predominantemente no início do tratamento e geralmente desaparecem com a administração prolongada. Alimentos e antiácidos podem reduzir a taxa, mas não diminuirão a extensão da absorção dos comprimidos de Diazepam. Isso pode levar a efeitos atenuados após uma única dose, mas não influenciar as concentrações no estado de equilíbrio durante a terapia com múltiplas doses. A utilização de 16 Diazepam associada a uma dieta rica em lipídeos resulta em um aumento do nível sérico do Diazepam podendo acarretar toxicidade. Sinvastatina 20mg (para reduzir os níveis elevados de colesterol total, LDL- colesterol, Apolipoproteína B (apo B) e triglicérides e para aumentar os níveis de HDL- colesterol em pacientes com hipercolesterolemia primária) 01 compr. 19hr Geralmente bem tolerada; a maioria das experiências adversas foi de natureza leve e transitória. As estatinas, como por exemplo Sinvastatina e Lovastatina, tem como principal alteração no estado nutricional, deficiência da coenzima Q10, responsável por sintomas como cansaço e desânimo. Essas medicações devem ser evitadas junto com suco de toranja e cranberry. O consumo de 1 litro ou mais do suco por dia pode aumentar a biodisponibilidade da sinvastatina. Losartana 50mg (para hipertensão (pressão alta) ou insuficiência cardíaca (enfraquecimento do coração)) 01 compr. 07 e 19hr Alguns dos efeitos colaterais mais comuns que podem ocorrer incluem tontura, diminuição da pressão arterial, dor de cabeça, alteração dos batimentos cardíacos, dificuldade para respirar, cansaço excessivo, pressãoarterial baixa ao se levantar, hipoglicemia e vertigens. Não interage com alimentos ou outros medicamentos que você possa estar tomando. Suco de grapefruit provoca o aumento da meia vida da losartana. Furosemida 40mg (Hipertensão arterial leve a moderada; Edema devido a distúrbios cardíacos, hepáticos e renais; Edemas devido a queimaduras.) 01 compr. 07hr Muito Comum: distúrbios eletrolíticos (incluindo sintomáticos), desidratação e hipovolemia, especialmente em pacientes idosos, aumento nos níveis séricos de creatinina e triglicérides. Comum: hiponatremia, hipocloremia, hipopotassemia, aumento nos níveis séricos de colesterol e ácido úrico, crises de gota e aumento no volume urinário. A influência da administração concomitante de alimentos na absorção da Furosemida depende da forma farmacêutica. Alimentos de modo geral Alimentos diminuem a absorção da furosemida. A utilização prolongada deste diurético, furosemida, provoca o aumento da excreção de minerais como potássio, magnésio, sódio, zinco e cálcio e o aumento da excreção desses íons poderá levar ao aparecimento de algumas patologias. Anlodipino 5mg (tratamento da hipertensão, 01 compr. 07 e 19hr É bem tolerado, os efeitos colaterais mais comumente observados foram 17 podendo ser utilizado na maioria dos pacientes como agente único de controle da pressão sanguínea e no tratamento da isquemia miocárdica) dor de cabeça, edema, fadiga, sonolência, náusea, dor abdominal, rubor, palpitações e tontura. A administração de anlodipino com grapefruit ou suco de grapefruit não é recomendada uma vez que a biodisponibilidade pode ser aumentada em alguns pacientes resultando em maiores efeitos de redução da pressão sanguínea, podendo causar bloqueio do metabolismo do anlodipino pelo fígado. Óleo mineral (Laxante e terapia em uso tópico para pele ressecada e áspera) 10ml 19hr O uso oral de óleo mineral aumenta o risco de desenvolvimento de pneumonia lipídica. Pacientes com disfagia, desordens neuromusculares que afetam a deglutição e o reflexo do vômito, além de alterações estruturais da faringe e esôfago apresentam risco aumentado de desenvolvimento de pneumonia lipídica. Esta predisposição é potencializada em neonatos e idosos. O uso prolongado pode reduzir a absorção das vitaminas lipossolúveis (a d, e, k), cálcio, fosfatos e alguns medicamentos administrador por via oral, como anticoagulantes, cumarínicos, ou indandiônicos, anticoncepcionais e glicosídeos cardíacos. 1.1.5. História Alimentar Tabela 3 – Frequência Alimentar (no lar) Alimentos Não come 1 2 3 5 7 OBS Leite e derivados X leite Pães X Sem miolo Bolachas X Arroz X Feijão X Macarrão X Batata, mandioca X Ovos X Carne vermelha (bovina, suína) X raramente Frango X Salada crua (alface, rúcula, almeirão) X Menos alface/pepino Legumes (cenoura, beterraba, beringela) X Frutas X Doces X Suco X Refrigerante X 18 • Aceitação da Dieta: Boa. Gosta da comida oferecida pelo lar, come de tudo. • Preferências Alimentares: Prefere ovo à carne • Aversões Alimentares: Alface e pepino • Ingestão Hídrica (copos/dia): ±02 lts/dia • Questionário de frequência alimentar Necessita que o indivíduo preencha uma lista contendo vários alimentos a serem investigados e relate a frequência que realiza seu consumo, seja diário, semanal, quinzenal, mensal ou anual. Assim, o método oferece apenas dados qualitativos dos alimentos e não quantitativos. Tabela 4 – História Dietética (antes do lar) REFEIÇÃO HORÁRIO ALIMENTO QUANTIDADE CAFÉ DA MANHÃ 7H00 Pão francês s/miolo Manteiga Café Leite 1 unidade 1 colher sobremesa 1 xícara café 1 copo requeijão COLAÇÃO ----- -------------------- --------------------- ALMOÇO 12H00 Arroz Feijão Legume Salada Carne Suco fruta 1.1/2 colher de arroz ¼ concha 02 colheres de sopa 1 prato sobremesa 1 pedaço pequeno 1 copo requeijão 1 unidade LANCHE DA TARDE ----- -------------------- --------------------- JANTAR 18H00 Sopa 1 concha média CEIA 20H00 Leite ou Chá verde 1 xícara chá 1 xícara chá O consumo alimentar é avaliado através de questionários alimentares. Não existe um padrão ideal para se utilizar, na verdade depende de qual o objetivo do avaliador, o que está sendo investigado, depende da compreensão e das características do entrevistado, como a idade, por exemplo. Os métodos retrospectivos incluem o “Recordatório de 24 horas”; “Frequência alimentar”; “Frequência alimentar semiquantitativa” e “História dietética”. 19 1.1.6. Dados Antropométricos Os cálculos necessários utilizados para a avaliação antropométrica do idoso que estão deambulando consistem em: Peso, altura, IMC, peso ideal médio, circunferência muscular do braço, circunferência do abdômen, e circunferência da panturrilha e para os idosos que se encontram acamados ou em cadeiras de rodas, na enfermaria foram feitos cálculos sobre a altura e peso estimados, através da altura do joelho e circunferência do braço. Feito isso, calcula-se a taxa de metabolismo basal (TMB), o valor calórico total (VCT). Diante dos cálculos feitos temos o resultado da necessidade energética do indivíduo de acordo com seu diagnóstico clínico. Para realizar a aferição do peso dos pacientes, é utilizada uma balança mecânica de plataforma. Peso ideal é definido através da idade, sexo, altura e biótipo, os resultados estão sujeitos a variações, em média 10% para mais ou para menos, uma vez que há variações entre os indivíduos. Para avaliar este parâmetro são utilizados diversos caminhos, um deles é o cálculo a partir do IMC, realizado por intermédio da fórmula (Peso ideal (PI)= IMC desejado x altura²). Para medir a altura, utiliza-se o Estadiometro vertical, composto por uma escala numérica, uma parte móvel e um ponto para leitura da medida. Podem ser aferidos por meios diretos ou indiretos, dependerá das condições do paciente. Por meio direto, utiliza-se o Estadiometro ou uma haste de medida, em casos que o indivíduo possua condições de se manter de pé ou em posição reclinada reta. Já por meios indiretos, em que o indivíduo esteja impossibilitado de ficar em pé ou em posição ereta, utiliza-se alternativas como altura do joelho, envergadura dos braços ou altura recumbente. Para realização destas medidas, utiliza-se uma fita métrica. As medidas de circunferência são parâmetros valiosos para comparações de evolução nos pacientes, podendo ser repetidas em intervalos de tempo mensais, ou como for necessário para detectar mudanças e informações sobre o estado nutricional. Utiliza-se também a circunferência do braço, esta é medida no ponto médio entre o acrômio e o olecrano. Circunferência do braço (CB): Medida que avalia a soma das áreas constituídas pelos tecidos ósseo, muscular e gorduroso do braço. Deve-se medir, com o braço flexionado em 90º, o ponto médio do braço, localizado entre o acrômio e o olecrano. Então, o paciente é instruído a manter relaxar o braço, estendendo-o 20 junto ao corpo, com a palma da mão voltada para dentro, e contorna-se o braço com a fita métrica em cima do ponto médio encontrado (CUPPARI, 2002). Circunferência abdominal (CA): A medida abdominal é feita sobre a cicatriz umbilical. Tabela 5– Risco do desenvolvimento de doenças cardiovasculares, de acordo com a medida da circunferência da cintura Sexo Masculino Feminino Risco aumentado 94 – 102 cm 80 – 88 cm Risco muito aumentado > 88 cm > 88 cm Fonte: III Diretriz sobre Dislipidemias e Prevenção da Aterosclerose (2001). • Cálculos realizados • Peso ideal mínimo, médio e máximo: São medidos pela fórmula: Fonte: Apostila Avaliação Nutricional do Adulto e Idoso Unip - Estágio Supervisionado • IMC(Índice de Massa Corporal): Fórmula do IMC Atual: A partir desse resultado, temos o indicador nutricional para idosos, de acordo com as classificações abaixo, segundo a Organização Mundial da Saúde (1995 e 1997), em: IMC Idoso IMC Diagnóstico Nutricional ≤ 22 Baixo Peso > 22 e < 27 Eutrofia ≥ 27 Sobrepeso IMC Diagnóstico Nutricional Fonte: Lipschitz, 1994. 21 • TMB e VCT: A taxa metabólica basal (TMB) é definida como a quantidade mínima de energia gasta que é compatível com as funções vitais de cada um, durante as 24 horas do dia (FRARY; JOHNSON, 2010). Equações para o cálculo da TMB a partir do peso corporal (Peso Ideal ou desejável). Fonte: Organizacion Mundial de La Salud. Necesidades de energia y de proteínas. O valor calórico total (VCT) é medido através do TMB, considerando o fator atividade (FA): VCT = TMB x FA. Fonte: FAO/OMS 2001. Atividade leve: empregado de escritório, trabalhos domésticos, professor, praticante de atividade física 3x na semana; Atividade moderada: operário de indústria leve, estudante, trabalhador de loja, praticante de atividade física 5x na semana; Atividade intensa: fazendeiro, dançarino, atleta, operário de construção. 22 • Fórmula para cálculo de VCT pela FAO VCT= TMB x NAF • Fórmulas para estimativa de peso e altura Para estimativa de altura foi utilizado Chumlea, conforme abaixo: Para estimativa de peso foi utilizado Ross, conforme abaixo: Fonte: MELO et al. Métodos de estimativa de peso corporal e altura em adultos hospitalizados: Uma análise comparativa. Revista brasileira de CINEANTROPOMETRIA e desempenho humano; 2014, 16(4): 475-484. Disponível em: https://www.scielo.br/j/rbcdh/a/RmYJqCqFJ4YSBZVJMVxYBGt/?format=pdf&lang=pt • Avaliação Nutricional do Idoso em questão: Data Peso Peso Estimado Altura IMC Diagnóstico CA CB CP Peso Ideal 23/08/22 64kg ------------- 1,63m² 24 Eutrofia 88 28 34 ------ TMB = 1268Kcal VCT = 1500Kcal TMB = 10.5 x PI + 596 VCT = TMB x NAF TMB = 10.5 x 64 + 596 VCT = 1268 x 1,2 TMB = 672 + 596 VCT = 1521Kcal ≅1500Kcal TMB = 1268Kcal 23 2. DIAGNÓSTICO NUTRICIONAL A determinação do estado nutricional do indivíduo, foi elaborado com base em dados clínicos, antropométricos e dietéticos, obtidos quando da avaliação nutricional e durante o acompanhamento individualizado. Foram feitos exame físicos para a identificação de sinais e sintomas de carências nutricionais, não constatando carências, avaliação da ingestão de alimentos e bebidas e do comportamento do consumo de alimentos, identificando o tipo, a quantidade e a qualidade de alimentos e bebidas consumidos ao longo de 2 (duas) semanas, verificando que a idosa que tem uma boa alimentação e exame das medidas do corpo para avaliar o desenvolvimento, além de todos os cálculos necessários para a classificação do diagnóstico nutricional que é o de Eutrofia, ou seja, o idoso está dentro do esperado, da normalidade. 2.1. AVALIAÇÃO DAS CONDIÇÕES DO IDOSO ANTES DO LAR A idosa M.C.J. de 81 anos é aposentada desde os 60 anos de idade. Era cuidadora de idosos e morava sozinha por opção, apesar de se dar muito bem com as filhas. Tem 2 netos e 4 bisnetos. Aos 70 anos teve um derrame, porém sem sequelas. É lúcida, pratica esporte (vôlei) e faz ginástica no núcleo do idoso todos os dias e agora começou academia. Sempre cuidou da alimentação. Quis vir para o lar para não ter que morar com ninguém, gosta da sua liberdade e independência. Não tem restrição alimentar, não requer uso de equipamentos de autoajuda, é consciente, orientada, deambula sem auxílio, faz uso de prótese dentária e toma banho de chuveiro sem supervisão. Independência total. Se alimenta bem. 2.2. LOCAL, PERÍODO DE REALIZAÇÃO DO ESTÁGIO e ATIVIDADES REALIZADAS O estágio foi realizado no Lar Padre Euclides, localizado na Av. da Saudade, 1577, bairro Campos Elíseos, cidade de Ribeirão Preto – SP. O telefone para contato é o (16) 3961-1740, os pacientes atendidos são idosos que tem permanência fixa na instituição. O estágio está sob responsabilidade da coordenadora Profa. Dra. Patrícia Teixeira Meirelles Villela, as atividades e atendimentos são supervisionadas pelo nutricionista supervisora: Carolina Alves Pereira Corrêa. 24 Teve início no dia 16 de agosto de 2022 e foi concluído no dia 26 de agosto de 2022. É realizado de terça à sexta-feira das 07h00 às 13:00h, 6 horas diárias e 24 horas semanais, totalizando assim, 48 horas de estágio curricular na saúde do idoso. Além de pesar, medir altura, tirar as circunferências do braço, abdômen, panturrilha de 38 idosos que estão deambulando e têm uma certa autonomia, onde desses 38, somente 29 foram entrevistados, faltando fazer a entrevista com 09 idosos e fazer a estimativa de peso e altura em 11 idosos da enfermaria que se encontram em um grau de dependência parcial ou total, também participamos de palestras, atividades pedagógicas, sugestões de preparações de cardápio e por fim desenvolvemos uma atividade culinária, onde 06 idosos participaram preparando um delicioso brigadeiro de casca de banana (fotos abaixo). O período de estágio que passamos neste local foi incrível, um aprendizado para a vida toda. Foi possível observar o estado de saúde e nutricional dos Idosos, observar e estudar suas comorbidades e saber quais são suas reais necessidades tanto fisiológicas quanto nutricionais. Fotos Atividade Culinária 25 Fonte: Próprio autor 26 3. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS KAMIMURA et al. Avaliação nutricional: Guia de Nutrição clínica no adulto. 3. ed. Barueri: Manole, 2014. p. 111-149. LOPES et al. Nutrição do adulto: diretrizes para a assistência ambulatorial. 976. ed. PALMAS: EDUFT, 2019. MUSSOI; IN: T. D. Avaliação nutricional na prática clínica: da gestação ao envelhecimento. Capítulo 2. 1. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2015. p. 5- 129. ORGANIZADOR:SAMPAIO; RAMOS, Lílian. Avaliação nutricional: conceitos e importância para a formação do nutricionista; Antropometria; Técnicas de medidas antropométricas; Inquérito alimentar. 1. ed. Salvador: EDUFBA - https://books.scielo.org/id/ddxwv - DOI:https://doi.org/10.7476/9788523218744, 2012. p. 15-112. PANIGASSI; AL., G. Et. Apostila Avaliação Nutricional do adulto e idoso. Clínica de Nutrição: Estágio Supervisionado em Nutrição Clínica e Saúde Pública. (“UFTM abre 2 vagas para Professores Substitutos em ...”) 1. ed. Campinas: UNIP, 2022. PRODIET. Https://prodiet.com.br/blog/2019/08/16/areas-de-atuacao-e-a- importancia-do-nutricionista. Disponível em: https://prodiet.com.br/blog/2019/08/16/areas-de-atuacao-e-a-importancia-do- nutricionista/#:~:text=Nutricionistas%20que%20atuam%20na%20%C3%A1rea,exam es%20e%20prescrevem%20suplementos%20nutricionais. Acesso em: 24 abr. 2022. Diretrizes Brasileiras de Hipertensão Arterial – 2020 Barroso et al. Arquivos Brasileiros de Cardiologia [online]. [Acessado 27 agosto 2022] , Disponível em:< http://abccardiol.org/article/diretrizes-brasileiras-de-hipertensao-arterial-2020/>. Arquivos Brasileiros de Cardiologia Filiada à Associação Médica Brasileira Volume 109, Nº 1, agosto 2017 Indexação: ISI (Thomson Scientific), Cumulated Index Medicus (NLM), SCOPUS, MEDLINE, EMBASE, LILACS, SciELO, PubMed. Atualização da Diretriz Brasileira de Dislipidemias e Prevenção da Aterosclerose – 2017 Sá, Renata Maria Brito de, Motta, Luciana Branco da e Oliveira, Francisco José de INSÔNIA: PREVALÊNCIA E FATORES DE RISCO RELACIONADOS EM POPULAÇÃO DE IDOSOS ACOMPANHADOS EM AMBULATÓRIO. RevistaBrasileira de Geriatria e Gerontologia [online]. 2007, v. 10, n. 2 [Acessado 28 agosto 2022], pp. 217-230. Disponível em: <https://doi.org/10.1590/1809- 9823.2007.10027>. Epub 13 Dez 2019. ISSN 1981-2256. https://doi.org/10.1590/1809-9823.2007.10027. https://www.paho.org/pt/topicos/depressao https://cdd.org.br/saude- mental/depressao/?gclid=CjwKCAjwpKyYBhB7EiwAU2Hn2fmCzmMYFWZGOHPf1c ZO2aNj49fRSu6KxXgHE4Zv-huRGKChSPRJzRoCoocQAvD_BwE http://www.braspen.com.br/home/wp-content/uploads/2016/12/09-Analise-das- intera%C3%A7%C3%B5es-farmacos.pdf https://consultaremedios.com.br/oleo-mineral-adv-farma/bula/ https://doi.org/10.1590/1809-9823.2007.10027 https://www.paho.org/pt/topicos/depressao https://cdd.org.br/saude-mental/depressao/?gclid=CjwKCAjwpKyYBhB7EiwAU2Hn2fmCzmMYFWZGOHPf1cZO2aNj49fRSu6KxXgHE4Zv-huRGKChSPRJzRoCoocQAvD_BwE https://cdd.org.br/saude-mental/depressao/?gclid=CjwKCAjwpKyYBhB7EiwAU2Hn2fmCzmMYFWZGOHPf1cZO2aNj49fRSu6KxXgHE4Zv-huRGKChSPRJzRoCoocQAvD_BwE https://cdd.org.br/saude-mental/depressao/?gclid=CjwKCAjwpKyYBhB7EiwAU2Hn2fmCzmMYFWZGOHPf1cZO2aNj49fRSu6KxXgHE4Zv-huRGKChSPRJzRoCoocQAvD_BwE http://www.braspen.com.br/home/wp-content/uploads/2016/12/09-Analise-das-intera%C3%A7%C3%B5es-farmacos.pdf http://www.braspen.com.br/home/wp-content/uploads/2016/12/09-Analise-das-intera%C3%A7%C3%B5es-farmacos.pdf https://consultaremedios.com.br/oleo-mineral-adv-farma/bula/ 27 4. ANEXOS 1 – Dados dos Idosos 28 Fonte: Lar Padre Euclides 29 2 – Cardápio mensal oferecido aos Idosos Fonte: Lar Padre Euclides 30 3 - LISTA DE RECEITAS SUGESTÕES PARA LANCHES TORTA DE FRANGO COM REQUEIJÃO Ingredientes: - 1 copo de requeijão - 1 peito de frango desfiado e refogado - 1 lata de milho verde - 7 batatas para purê Modo de Preparo: Requeijão: ferva 1L de leite, desligue o fogo e acrescente 50ml de vinagre branco, mexa e depois que separar o soro, coe e bata no liquidificador com manteiga, sal e se necessário leite para dar consistência. Monte em camadas em uma assadeira o requeijão, o frango desfiado, o milho, o purê de batata e leve ao forno. QUIBE DE CABOTIÁ Ingredientes: - 5 xícaras de cabotiá picada - 2 xícaras de trigo para quibe - 1 limão - Cebola, alho, hortelã e sal Modo de Preparo: Faça um purê com a cabotiá, hidrate o trigo para quibe com 2 xícaras de água quente e espere uns 30 minutos. Misture todos os ingredientes. Unte uma assadeira, coloque a mistura e leve para assar em forno médio até dourar. SUCO DE COUVE COM LIMÃO Ingredientes: - Couve - Limão - Água Modo de Preparo: Bata todos os ingredientes no liquidificador e coe. Opção: Acrescentar maçã ou abacaxi. CAPONATA DE BERINJELA Ingredientes: - Berinjela - Pimentão - Tomate - Cebola - Alho 31 - Orégano - Sal - Azeite Modo de Preparo: Corte todos os ingredientes (de preferência corte a berinjela em tiras), misture tudo, coloque em uma assadeira e leve ao forno. TORTA DE LEGUMES Ingredientes: - 6 ovos - 1 copo americano de óleo - 1 pacote de queijo parmesão ralado (100g) - Trigo - Tomate - Cebola - Pimentão - Ervilha - Azeitona - Sal - Fermento em pó Modo de Preparo: Numa bacia coloque o óleo, os ovos, o sal, o queijo, ralado e misture bem, depois vai adicionando o trigo aos poucos até obter uma massa compacta, porém macia, logo após adicione os legumes picados, coloque as azeitonas com caldo, e no final o fermento. Misture tudo muito bem. Coloque em uma assadeira untada e enfarinhada, e por cima adicione orégano. Coloque no forno pré-aquecido à 180ºC por aproximadamente 50 minutos ou até que doure. OBS: Quantidade de trigo suficiente para deixar a massa compacta, nem dura, nem mole, tipo massa de pão mole. Fique à vontade para acrescentar outros tipos de legumes. BOLO COM CASCA DE BANANA Ingredientes: - Bananas com casca - ½ xícara de óleo - ½ xícara de açúcar ou adoçante - 3 ovos - 2 xícaras de farinha de aveia (trigo ou arroz) - Pitada de sal - Canela a gosto - 1 colher de sopa de fermento em pó Modo de Preparo: Bata no liquidificador as cascas da banana, os ovos, o óleo, o açúcar e duas bananas. Depois que estiver cremoso misture aos poucos a farinha (pode misturar mais de uma farinha respeitando a quantidade), a canela, uma banana picada e por 32 fim o fermento. Se preferir coloque aveia, castanhas, rodelas de banana ou gotas de chocolate para decorar. Leve ao forno em uma assadeira untada por aproximadamente 40 minutos. TORTA FRIA DE PÃO Ingredientes: - Pão de forma sem casca - Frango desfiado - Maionese - Leite - Temperos à gosto para o frango - Cenoura Modo de Preparo: Tempe o frango desfiado e misture com maionese. Coloque uma camada de pão de forma sem casca em uma forma e com uma colher umedeça com leite as fatias (mas não muito). Em seguida coloque uma camada de patê de frango e por cima cenoura ralada. Cubra com outra camada de pão umedecido e acrescente maionese por cima. PATÊ DE LEGUMES Ingredientes: - 1 cenoura ralada - ½ cebola em cubos - Cebolinha - 4 colheres de sopa de maionese - Sal a gosto Modo de preparo No liquidificador, bata todos os ingredientes até que a mistura fique uniforme. Acrescente outros legumes se desejar. Adicionar frango ou atum é uma opção para aumentar a quantidade de proteína. A receita pode ser servida no pão ou acompanhada de torradas. TORTA DE RABANADA Ingredientes: - 2 pães - ½ xícara (chá) de açúcar - 1 colher (sopa) de maisena - 1 colher (sobremesa) de canela em pó - 400ml de leite - 2 ovos - 1 colher (sopa) de essência de baunilha Modo de Preparo: Em um recipiente, misture os ovos, a maisena, o leite, a baunilha e reserve essa mistura. Pique os pães. Misture o açúcar com a canela. Unte uma forma com 33 manteiga e um pouco da mistura do açúcar com a canela. Coloque os pães picados na forma e adicione a mistura de ovos, maisena, leite e baunilha. Salpique o que sobrou do açúcar com canela e leve ao forno por 40 minutos a 200ºC. SANDUÍCHE COM PERNIL DESFIADO AO MOLHO Modo de Preparo: Aproveitar o pernil que sobrou do almoço, desfiar, acrescentar um molho cremoso e servir no pão. SANDUÍCHE COM REQUEIJÃO Ingredientes: - Pão - Requeijão (ver receita caseira) - Tomate - Orégano Modo de Preparo: Cortar o pão ao meio no sentido do comprimento, espalhar o requeijão, colocar os tomates cortados em fatias e polvilhar orégano. Levar ao forno para assar. PUDIM DE PÃO Ingredientes: - 11 filões - 5 xícaras de açúcar - 2 litros de leite - 6 ovos - Raspas de limão ou laranja Modo de Preparo: Bater tudo no liquidificador. Colocar em forma caramelizada com açúcar. Assar em banho-maria. Rende aproximadamente 30 porções. PÃO RECHEADO COM CARNE MOÍDA Ingredientes: - Pão - Carne moída - Molho de tomate Modo de Preparo: Aproveitar a carne moída que sobrou do almoço, cozida e temperada. Acrescentar molho de tomate e rechear o pão. Se preferir adicione cenoura ou beterraba ralada ao recheio. BOLINHO DE FRANDO DESFIADO COM BATATA 34 Ingredientes - 4 Batatas Médias (700g) -500g de peito de frango temperado - 1 xícara (chá) de farinha de rosca Frango Temperado 500g de Peito de Frango Cozido e Desfiado 100ml de Água 2 Colheres (Chá) de Páprica Doce ou Colorau 1 e 1/2 Colher (Chá) de Sal Salsinha a Gosto Para fazer o frango coloque em uma panela, a água, a páprica doce e o sal, misture bem até dissolver na água, acrescente o peito de frango cozido com água e sal e misture bem. Desligue o fogo e adicione salsinha e cebolinha à gosto e misture. Modo de Preparo: Cozinhe as batatas com sal e amasse bem. Acrescente na batata já amassada, o frango cozido e já temperado. Adicione a farinha de rosca e, com as mãos, misture muito bem até homogeneizar e virar uma massa. Faça bolinhas com toda a massa. Passe na farinhade rosca ou aveia para empanar e leve ao forno para assar. Se preferir pode fritar em óleo quente. LANCHE FRIO Ingredientes: - Frango desfiado ou atum - Cenoura - Maionese - Alface - Pão Modo de Preparo: Desfie e tempere o frango e misture com maionese e cenoura ralada. Coloque a alface picada no pão e acrescente o patê de frango. PÃO COM CARNE LOUCA Ingredientes: - Carne desfiada - Pão - Pimentão - Tomate - Cebola Modo de Preparo: Aproveitar o lagarto ou carne bovina que sobrou do almoço, desfie, acrescente molho de tomate se necessário para ficar mais cremosa e recheie o pão. 35 BOLO DE MAÇÃ COM CANELA Ingredientes: - 2 xícaras de chá de farinha de trigo - 3 maçãs com casca e picadas - ½ xícara de chá de óleo - 2 xícaras de chá de açúcar - 3 ovos - 1 colher de sobremesa de fermento em pó - ½ colher de sopa e canela em pó Modo de Preparo: Bata todos os ingredientes no liquidificador, coloque em forma untada e enfarinhada e asse em forno pré-aquecido. Rende aproximadamente 20 porções. DICA: MAÇÃ É RICA EM PECTINA, FIBRA SOLÚVEL EM ÁGUA QUE AUXILIA NO CONTROLE DOS NÍVEIS DE COLESTEROL NO SANGUE. BOLO NUTRITIVO Ingredientes: - 2 ovos - 1 e 1/2 xícara de chá de beterraba picada - 1 xícara de chá de cenoura picada - 2 laranjas sem casca e sem sementes - ¾ xícara de chá de óleo - 3 xícaras chá de açúcar - 3 xícaras de chá de farinha de trigo - 1 colher de sopa de fermento em pó Modo de Preparo: Bater no liquidificador os ovos, a beterraba, cenoura, as laranjas, o óleo e o açúcar. Acrescente a farinha e o fermento e misture bem. Despejar em forma untada e enfarinha e assar em forno médio pré-aquecido. Rende aproximadamente 12 porções. DICA: RICO EM VITAMINA A BOLO DE FUBÁ CREMOSO Ingredientes: - 3 colheres de sopa de farinha de trigo - 1 e ½ xícara de chá de fubá - 1 e ½ xícara de chá de açúcar - 3 ovos - 1 e ½ colher de sopa de margarina - Queijo ralado a gosto - 3 e ½ xícaras de chá de leite - 1 colher de sopa de fermento em pó 36 Modo de Preparo: Bater tudo no liquidificar e assar em forma untada e enfarinhada. VITAMINAS DE FRUTAS Ingredientes: - Cenoura - Beterraba - Suco de laranja - Maçã - Banana - Mamão Modo de Preparo: Bater no liquidificador o suco de laranja, a beterraba e a cenoura. Acrescentar maçã, banana e mamão e bater novamente. Servir gelado. BOMBOCADO DE PÃO AMANHECIDO Ingredientes: - 5 pães amanhecidos cortados em fatias não muito finas - 4 ovos - 4 copos de leite - 100g de coco ralado - 150g de queijo ralado - 4 copos americanos de açúcar - 50g de manteiga ou margarina sem sal Modo de Preparo: Unte uma forma com margarina, coloque os pães em fatias. Bata todos os outros ingredientes no liquidificador, despeje sobre os pães e leve ao forno por 1 hora aproximadamente. SUGESTÕES PARA ALMOÇO/JANTAR Carne bovina Carne desfiada, de panela, assada, picadinho, strogonoff, bife, bife à rolê Carne bovina moída Carne moída refogada, escondidinho, polenta com carne moída ao molho, rocambole, almôndegas, hambúrguer, panqueca, kafta, croquete de batata com carne moída, quibe, parmegiana de carne moída Linguiça Linguiça recheada com vinagrete, linguiça refogada com batatas ao molho, hamburguer de linguiça, rocambole de linguiça, linguiça assada 37 Frango Frango refogado, assado, desfiado com requeijão, escondidinho, torta, fricassê, strogonoff, frango acebolado com requeijão e pimentão, panqueca CHARUTO DE COUVE Ingredientes: - Folha de couve - 1 kg de carne moída - 4 xícaras de arroz (xícara de chá) - 1 maço de hortelã - Noz moscada - 2 cebolas raladas - Alho amassado - 1 maço de cheiro verde - Sal - Molho de tomate Modo de Preparo: Higienize as folhas de couve, retire o talo e branqueie na água fervente. Misture todos os ingredientes e enrole na folha de couve. Coloque os charutos para cozinhar no molho de tomate com água até cobrir os charutos. LASANHA DE BERINJELA Ingredientes - Berinjela - Carne moída, frango desfiado ou presunto e queijo - Molho de tomate - Queijo Modo de Preparo Coloque o molho de tomate em uma forma e acrescente as berinjelas fatiadas, intercale com o recheio, molho e berinjela. Para finalizar acrescente o queijo e coloque para assar até derreter o queijo.
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