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1 UNIVERSIDADE MAURICIO DE NASSAU CCuurrssoo ddee NNuuttrriiççããoo Relatório das Atividades Desenvolvidas Durante o Estágio Supervisionado de Nutrição Clínica do Curso de Nutrição Ayrla Raquel Ferreira Barbosa Recife-PE SETEMBRO, 2016 2 UNIVERSIDADE MAURICIO DE NASSAU CCuurrssoo ddee NNuuttrriiççããoo NOME: Ayrla Raquel Ferreira Barbosa MATRÍCULA: 01192840 ÁREA DO ESTÁGIO: Nutrição Clínica LOCAL: Hospital Nossa Senhora das Graças PERÍODO: 08/08/2016 a 21/09/2016 CARGA HORÁRIA: 215 horas ORIENTADOR: Rafaella de Andrade SUPERVISORES, NUTRICIONISTAS: Nathália Vasconcelos, Ana Carolina Menezes, Camila Karoline Pimentel, Marcela Silva, Luciana Lays. Recife-PE 2016 3 SUMÁRIO 1. AGRADECIMENTOS Página 04 2. APRESENTAÇÃO DO ESTÁGIO Página 05 3. INTRODUÇÃO Página 06 4. DESENVOLVIMENTO Página 08 5. ATIVIDADES DESENVOLVIDAS Página 09 6. CASOS CLÍNICOS Página 10 6.1 CASO 1 Página 10 6.2 CASO 2 Página 20 6.3 CASO 3 Página 31 6.4 CASO 4 Página 42 6.5 CASO 5 Página 52 7. CONCLUSÃO Página 60 8. ANEXOS Página 61 9. REFERÊNCIAS Página 63 4 1. AGRADECIMENTOS Primeiramente à Deus. Agradeço de coração as Nutricionistas Nathália, Lays, Marcela, Camila e Carol, todo conhecimento transmitido e esforço para dar sequência a uma nutrição verdadeira com tanta atenção e êxito. 5 2. APRESENTAÇÃO Estágio supervisionado em Nutrição Clínica, es te re la tó r io ap resen ta resu l tados do es tág io su pe rv i s ionado I I I da faculdade Mauricio de Nassau, realizado no Hospital Nossa Senhora das Graças (HNSG) localizado na Rua Visconde de Jequitinhonha, 1144, bairro de Boa Viagem em Recife, Pernambuco. Durante o período de 08/08/2016 a 21/09/2016 com carga horária diária de 6 horas diárias, totalizando 215 horas. O Hospital atende vários tipos de casos, com diversas especialidades clínicas, contém bloco cirúrgico, 2 UTI’s, porém apenas uma em funcionamento, com 30 leitos ativos, dez andares de clínicas particulares, seis andares de internamentos, apenas dois em funcionamento, desses dois andares, um é para uso de pacientes particulares e outro para o Sistema Único de Saúde (SUS). O setor de nutrição está localizado no andar G4 do HNSG, com área de produção que produz todas as refeições do hospital, dietas hospitalares e dos refeitórios, refeitório dos funcionários e restaurante comercial aberto para todo tipo de clientela. As atividades desenvolvidas foram supervisionadas pela nutricionista e coordenadora do setor de nutrição do hospital, Nathália Vasconcelos, auxiliado pelas nutricionistas clínicas Ana Carolina e Camila Karoline. . 6 3. INTRODUÇÃO A finalidade da prática de estágio supervisionado é a de desenvolver em cada estudante não apenas a compreensão das teorias estudadas durante a graduação, mas também sua aplicabilidade e a reflexão sobre a prática que se inicia neste momento, também proporciona ao licenciado o domínio de instrumentos teóricos e práticos imprescindíveis à execução de suas funções e visa beneficiar a experiência e promover o desenvolvimento, no campo profissional, dos conhecimentos teóricos e práticos adquiridos durante o curso nas instituições de ensino superior, além de favorecer, por meio de diversos espaços educacionais, a ampliação do universo cultural dos futuros profissionais (SACALABRIN; MOLINARI). Processo indispensável para os futuros profissionais que desejam adquirir experiência e futuramente enfrentar os desafios de uma carreira (LINDEN, 2005). Desde a antiguidade, a associação entre alimentação, dietética e saúde é descrita como recurso terapêutico. A alimentação exerce um papel fundamental na vida do ser humano cuja subsistência e propagação da espécie dependem da oferta adequada de alimentos na qual sua deficiência, em qualquer etapa do processo vital, interfere no crescimento, no desenvolvimento e na manutenção da saúde (ARRUDA,1991. p.60). Há vinte e cinco séculos atrás, a importância da alimentação para a saúde já era reconhecida por Hipócrates, que afirmava ―faça do teu alimento, teu remédio‖. (ELLU, 2008). Segundo o Conselho Federal de Nutrição (CFN), descreve funções do nutricionista clínico, na Resolução número 380 de 2005: Atividades de alimentação e nutrição realizadas nos hospitais e clínicas, nas instituições de longa permanência para idosos, nos ambulatórios e consultórios, nos bancos de leite humano, nos lactários, nas centrais de terapia nutricional, nos Spa e quando em atendimento domiciliar. Para realizar as atribuições o nutricionista deverá desenvolver as seguintes atividades obrigatórias: -Definir, planejar, organizar, supervisionar e avaliar as atividades de assistência nutricional aos clientes/pacientes, segundo níveis de atendimento em Nutrição; -Elaborar o diagnóstico nutricional, com base nos dados clínicos, bioquímicos, antropométricos e dietéticos; -Elaborar a prescrição dietética, com base nas diretrizes do diagnóstico nutricional; -Registrar, em prontuário do cliente/paciente, a prescrição dietética e a evolução nutricional, de acordo com protocolos pré-estabelecidos pelo Serviço e aprovado pela Instituição; -Determinar e dar a alta nutricional; -Promover educação alimentar e nutricional para clientes/pacientes, familiares ou responsáveis; -Orientar e supervisionar a distribuição e administração de dietas; -Interagir com a equipe multiprofissional, definindo com esta, sempre que pertinente, os procedimentos complementares à prescrição dietética; 7 -Integrar a EMTN (Equipe Multiprofissional de Terapia Nutricional), conforme legislação em vigor. De acordo com Boog (1996), lidar com a nutrição é lidar com as vidas alheias e o nutricionista é o profissional legalmente habilitado. Os estágios de Nutrição Clínica visam capacitar o aluno a realizar atendimento alimentar e nutricional a pacientes internados, ambulatoriais e no domicílio, em diferentes especialidades clínicas, tendo compreensão dos determinantes sociais da doença e da sua inter-relação biológica, psicológico e sócio cultural nas manifestações patológicas, bem como nas expressões individuais da doença. A área de Nutrição Clínica deve habilitar o estudante a ser apto para garantir cobertura alimentar e nutricional aos pacientes, através de diagnóstico e monitoramento do estado nutricional, utilizando a dieta como coadjuvante terapêutico, com o objetivo de diminuir os riscos de morbimortalidade dos pacientes e melhorar sua condição clínica, sobretudo nas doenças crônicas cuja dietoterapia é requisito para manter-se compensado (FACULDADE SÃO LUCAS). 8 4. DESENVOLVIMENTO O Hospital conta com três nutricionistas por plantão e cinco ao total, diariamente sendo: uma nutricionista coordenadora do setor, uma nutricionista clínica e outra nutricionista para produção. Regime de 12hx36h, 06h às 18h. A nutricionista clínica é responsável por dietas orais e enterais, das enfermarias e UTI. Visitas diárias são realizadas, seguindo um cronograma, começando pelo 5º andar, posteriormente 4º andar e por ultimo a Unidade de Terapia Intensiva (UTI). o Observando a aceitação da dieta, se há problemas na deglutição, se ocorreu vomito, regurgitação da dieta o Observa as fezes seestá fora do aspecto normal como diarreico, constipado, com melena, entre outros problemas relacionados. Do sistema urinário observa se coloração se está concentrada ou clara, hematúria, anúria, Sonda Vesical de Demora (SVD), Dispositivo Urinário (DU) ou fralda. o Presença de edemas nos membros superiores e inferiores. o Tipo de respiração: Espontânea, com auxilio de o², Ar Ventilação Mecânica (AVM), Traqueostomia (TQT) ou Tubo Oro-Traqueal (TOT). o Se o paciente está sendo medicado com antibióticos ou drogas vasoativas, como: Adrenalina, Noradrenalina ou Sedação. Durante as visitas há alteração dos mapas do hospital, com todas as informações necessárias, como tipo de dieta e consistência, após é repassado para as copeiras as informações para que a dieta vá da forma correta. Avaliação nutricional dos pacientes com dieta enteral sempre sendo realizadas, com medidas antropométricas para posteriores intervenções. 9 5. ATIVIDADES DESENVOLVIDAS o AVALIAÇÃO DO ESTADO NUTRICIONAL: Avaliação antropométrica, IMC, Gasto Energético Total (GET), cálculos realizados com peso e altura estimada. o VISITAS NA UTI E ENFERMARIA: Observação e questionamentos relacionado a nutrição. o EFETUAR REGISTRO DA EVOLUÇÃO NUTRICIONAL DO PACIENTE EM PRONTUÁRIO: Informando ao sistema (MedView Software) do hospital as informações obtidas durante a visita. o PRESCRIÇÃO DA DIETA E COBRANÇA DA MESMA PARA O DIA POSTERIOR: Prescrever a dieta e solicitar para o próximo dia. o ATUALIZAÇÃO DOS MAPAS: Atualização dos mapas de dieta oral e enteral, com informações da consistência, restrições alimentares entre outras especificações, após atualizados entregues as copeiras. o ORIENTAÇÃO DE ALTA HOSPITALAR: Baseada na patologia e condição nutricional do paciente respeitando a individualidade biológica do mesmo efetuava se a orientação com informações para se basear em casa. o CONTROLE DE QUALIDADE DA DIETA: Observando a montagem dos pratos se estava de acordo com as especificações prescritas para o paciente e se o alimento estava de acordo. o VERIFICAÇÃO DA PRODUÇÃO NO LACTARIO: Conferindo a preparação e distribuição das formulas enterais. o APRESENTAÇÃO DE CASOS CLINÍCOS: Um caso por semana, escolhendo um paciente do próprio hospital. Com informações do paciente, como sexo, idade, estado civil, cor, plano, admissão, hipótese diagnóstica, fisiopatologia, história clínica, evolução clínica e nutricional, exames bioquímicos, se as drogas utilizadas pelo pacientes tem alguma interação com nutriente, avaliação do estado nutricional, efetuando se uma intervenção como necessidade calórica e proteica, conduta nutricional, sugestão de cardápio ou de uma nova dieta enteral e orientação de alta. Apresentando em forma de seminário para nutricionistas do próprio hospital. 10 6. CASOS CLÍNICOS CENTRO UNIVERSITÁRIO MAURÍCIO DE NASSAU NÚCLEO DE SAÚDE CURSO DE NUTRIÇÃO Caso Clínico I Estágio supervisionado em nutrição clínica Aluna: Ayrla Raquel Ferreira Barbosa Preceptoras: Nathalia Vasconcelos Camila Karoline Ana Carolina Menezes RECIFE-PE AGOSTO, 2016 11 IDENTIFICAÇÃO DO PACIENTE NOME: JFL SEXO: Masculino IDADE: 85 anos NACIONALIDADE: Brasileiro RESIDE em Candeias COR: Branco ESTADO CIVIL: Casado PROFISSÃO: Auxiliar de topografia LEITO: 419ª/ Saúde Recife ADMSSÃO: Admitido no dia 08 de Agosto, proveniente do CEMUB (Centro médico de urgência de Boa Viagem) HIPÓTESE DIAGNÓSTICA: Hipertensão arterial sistêmica (HAS) Gastroenterite (GECA) ESQUIZOFRENIA FISIOPATOLOGIA A hipertensão arterial sistêmica (HAS) é multifatorial e caracterizada por níveis elevados e sustentados de pressão arterial. Valor igual ou superior a 140/90 mmHg para um adulto. Associa-se a alterações funcionais e/ou estruturais dos órgãos-alvo (coração, encéfalo, rins e vasos sanguíneos) e alterações metabólicas, com aumento do risco de eventos cardiovasculares fatais e não fatais (VI Diretrizes Brasileiras de Hipertensão, 2010) 12 GECA é uma inflamação aguda que compromete os órgãos do sistema gastrointestinal. Pode ser provocada por vírus, bactérias e parasitas. Ocorre diminuição de consistência das fezes e/ou aumento na frequência das dejecções para mais de 3 nas 24 horas, com ou sem febre ou vómitos. A diarreia habitualmente dura menos de 7 dias e se prolongar por mais de 14 dias designa–se por diarreia persistente (DIRETRIZES GASTROENTERITE; WALDMAN, Eliseu Alves et al, 1997). Esquizofrenia indica uma psicose crônica idiopática aparentando ser um conjunto de diferentes doenças. É de origem multifatorial. Sintomas mais característicos são alucinações e delírios, transtornos de pensamento e fala, perturbação das emoções e do afeto, déficits cognitivos e avolição. (BARBOSA, 2006) HISTÓRIA CLÍNICA Paciente proveniente do CEMUB, o motivo pela sua entrada foi hipoglicemia, desidratado, intoxicação benzodiazepínica e suspeita de um novo acidente vascular cerebral isquêmico (AVCI) Doença psiquiátrica – Esquizofrenia. Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) Gastroenterite (GECA) Queda da própria altura em maio de 2016 EVOLUÇÃO CLÍNICA 08/08/2016 Proveniente do CEMUB, sem encaminhamento médico e sem história clínica relatada. Admitido no 5 andar, com comodidade HAS e nega alergias. Apresenta EGR, consciente, orientado, acordado, deambula com ajuda e dificuldade. Hidratado, normocorado, acianótico, afebril (35, 4 graus C), pele integra. Normotensa (110/60mmhg), normocardiaco (81bpm), eupnéico (19rpm), respiração ar ambiente. Dieta via oral, liquidificada com boa aceitação. ABD depressível e indolor. Evacuação (sic) ausente há 02 dias e diurese presente, com uso de fraldas. Família alega que é portador de 13 esquizofrenia, passado de queda da própria altura há 3 meses. Membros perfundidos. 09/08/2016 Estado geral inalterado. Contactuando pouco, hidratado, normocorado, acanótico, antictério, afebril. TA: 120x80mmHg. RCR: 2t, BNF, FC: 70 BPM. Evacuação ausente há 3 dias. 18:34 Encaminhado para UTI. Desidratado ++/+4, normocardiaco, normocorado, afebril, eupnéico. Suspende diazepan, glicose 50%, passou sonda naso gástrica, soro glicosado 10% 500ml de 12/12h. Abdome plano flácido e indolor. 10/08/2016 Retornou para o 5 andar, hidratado, afebrl, normocardiaco, eupnéico, respiração espontânea, dieta com boa aceitação. MMSS e MMII sem alteração. 11/08/2016 Afebrl (36 graus C), diurese normal, evacuação ausente há 2 dias. 12/08/2016 Sem alterações significativas. EXAMES BIOQUÍMICOS Exames Laboratoriais não foram citados detalhadamente no sistema INTERAÇÃO DROGA NUTRIENTE Azitromicina: 500mg • INDICADO: Em infecções causadas por organismos suscetíveis, em infecções do trato respiratório inferior incluindo bronquite e pneumonia, infecções da pele e tecidos moles, em otite média e infecções do trato respiratório superior incluindo sinusite e faringite/tonsilite. 14 • Reações gastrointestinais: náusea, vômito/diarreia (raramente resultando em desidratação), dispepsia, desconforto abdominal (dor/cólica), constipação, flatulência.] • Interação droga-nutriente: Não tomar suplementos de Al e Mg. Dipirona 500mg/ml • INDICADO: Analgésico e antipirético • Interação droga-nutriente: Ausente. . Clonidina 100mg • INDICADO: Tratamento da hipertensão. Tratamento da síndrome de abstinência de opiáceos (narcóticos). • Interação droga-nutriente: Ausente. • Reações gastrointestinais: Prisão de ventre, enjoo e vômito Diazepam10mg • INDICADO: Sedação basal antes de procedimentos terapêuticos ou intervenções tais como: cardioversão, cateterismo cardíaco, endoscopia, exames radiológicos, pequenas cirurgias, redução de fraturas, biópsias, curativos em queimados, etc., com o objetivo de aliviar a tensão, ansiedade ou estresse agudo e para diminuir a lembrança de tais procedimentos. • Interação droga-nutriente: A ingestão concomitante com álcool não é recomendada devido ao aumento do seu efeito sedativo. A cafeína antagoniza os efeitos no sistema nervoso central, reduzindo os efeitos sedativos e ansiolíticos do diazepam. A administração concomitante de diazepam com suco de grapefruit (pomelo ou toranja) pode resultar no aumento das concentrações plasmáticas do diazepam pela inibição do citocromo P4503A4, enzima responsável pelo metabolismo do diazepam. AVALIAÇÃO DO ESTADO NUTRICIONAL Altura do joelho: 47,5 cm Circunferência da panturrilha: 26,0 cm (Com depleção muscular) 15 Circunferência do Braço: 20 cm Estimativa da Altura: 1,56 cm Adequação da CB: 67,7 Desnutrição grave Estimativa do Peso: 56,26 Kg Peso ideal : 60,5 kg Peso ajustado: 59 kg IMC: 23.0 kg/m2 DISTRIBUIÇÃO DE MACRONUTRIENTES Dieta por via oral, liquidificada, hipossódica, hipercalórica, hiperprotéica, hiperglicídica e normolipídica. 30(Kcal/Kg) e 1680 (kcal/dia). CHO 50%: 252 g/CHO/dia PTN 20% : 84 g/PTN/dia. 1,5g por kg ao dia LIP 20%: 37.3g/LIP/dia. CONDUTA NUTRICIONAL Diagnóstico nutricional: Paciente encontra-se desnutrido, com depleção de massa muscular, boa aceitação da dieta por via oral. Objetivo Dietoterápico: Melhorar o estado nutricional do paciente, através do ganho de peso de forma saudável para atingir seu peso ideal, e visando diminuir as co-morbidades (GECA/HAS). SUGESTÃO DE CARDÁPIO CAFÉ DA MANHÃ - VITAMINA Alimento Quantidade CHO LIP PTN Mamão 70g-1 colher de arroz 7g 0g 0g 16 Leite sem desnatado 310 ml 15g 10g 3g Linhaça 5g- 1 colher de café 1g 2g 1g Biscoito de maizena 2 unidades – 10g 8g 1g 1g LANCHE DA MANHÃ – SUCO OU MOUSSE DE MANGA Alimento Quantidade CHO PTN LIP suco manga 170 ml – 1 xícara 15g 1g 0g Farinha de aveia 8g - 1 colher de sobremesa 5g 1g 1g Albumina 7g – 1 colher de sobremesa rasa 0g 6g 0g Castanha de caju 3 unidades 2g 1g 3g ALMOÇO LIQUIDIFICADO Alimento Quantidade CHO PTN LIP Peito de galinha cozido Choler de arroz cheia – 50g 0g 15g 2g Mix de legumes cozidos 1 escumadeira – 90g 24g 1g 0g Arroz branco cozido 1 escumadeira – 85g 24g 2g 1g 17 Fejão (preto ou mulatinho) com caldo 5 colheres de sopa – 85g 13g 5g 2g Batata inglesa cozida Meia unidade – 70g 14g 1g 0g Azeite de oliva 1 colher de sopa – 8g 0g 0g 8g LANCHE DA TARDE – VITAMINA Alimento Quantidade CHO PTN LIP Banana 1 unidade pequena – 50g 11g 1g 0g Leite semi desnatado 240 ml – copo de requeijão 12g 7g 2g JANTAR – SOPA Alimento Quantidade CHO PTN LIP Abóbora cozida 4 colheres de sopa - 144g 7g 1g 0g Carne moída 2 colheres de sopa cheia – 56g 0g 15g 6g Batata inglesa cozida 240 g – 2 unidades 56g 5g 0g Azeite de oliva Colher de chá - 2g 0g 0g 2g CEIA – SUCO 18 Alimento Quantidade CHO PTN LIP Polpa do maracujá 1 unidade – 50g 11g 1g 0g Leite semi desnatado 240 ml – copo de requeijão 12g 7g 2g ORIENTAÇÃO DE ALTA Evitar sal, preferir temperos naturais; Beber bastante água: 2 litros por dia; Evitar produtos industrializados, bebidas alcoólicas, refrigerantes; Criar o hábito de usar azeite de oliva, ervas, especiarias e limão para temperar os alimentos; Ter 6 refeições ao dia sem passar nenhuma(Desjejum, lanche da manhã, almoço, lanche da tarde, jantar, ceia); Incluir vegetais e legumes nas refeições; Maior ingestão de alimentos ricos em potássio (feijões, ervilha, vegetais de cor verde-escuros, banana, melão, cenoura, beterraba, frutas secas, tomate, batata inglesa e laranja); Evitar açúcar e doces; Utilizar alimentos ricos em fibras (grãos, frutas, cereais integrais, hortaliças e legumes preferencialmente crus); Evitar: alimentos industrializados; Não consumir enlatados. REFERÊNCIAS Alimentos, Nutrição e Dietoterapia, KRAUSE- 13ª EDIÇÃO www.nutricaoativa.com.br/conteudo.php?id=107 www.hgv.pi.gov.br/download/201204/HGV25_9251000eac.pdf Manual de Orientação Clínica. HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA (HAS) Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo, 2011. www.medicinanet.com.br/bulas 19 Gastroenterite agua. Rosa Maria Lima e Jorge Amil Dias. NASCER E CRESCER revista do hospital de crianças Maria pia. Ano 2010, vol XIX, n.º 2 WALDMAN, Eliseu Alves et al. Gastroenterites e infecções respiratórias agudas em crianças menores de 5 anos, em área da região Sudeste do Brasil, 1986-1987: II - Diarreias. Rev. Saúde Pública [online]. 1997, vol.31, n.1, pp.62-70. Esquizofrenia: uma revisão. Regina Barbosa, 2006. http://medsv1.einstein.br/diretrizes/primeiro_atendimento/Protocolo_para_Ga stroenterocolite_Aguda.pdf http://www.minhavida.com.br/saude/temas/gastroenterite http://www.minhavida.com.br/saude/temas/diarreia 20 CENTRO UNIVERSITÁRIO MAURÍCIO DE NASSAU NÚCLEO DE SAÚDE CURSO DE NUTRIÇÃO Caso Clínico II Estágio supervisionado em nutrição clínica Aluna: Ayrla Raquel Ferreira Barbosa Preceptoras: Nathalia Vasconcelos Camila Karoline Ana Carolina Menezes RECIFE-PE AGOSTO, 2016 21 CASO CLÍNICO II Identificação do Paciente: O.F.B Homem, 51 anos, branco. Leito 410ª/ SUS Estado civil: Casado Reside em Recife, PE Admissão: Paciente admitido no dia 11/08/2016, proveio do Hospital Restauração (HR). Hipótese Diagnóstica: Acidente Vascular Cerebral Isquêmico (AVCI) Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) EX-TABAGISTA Insuficiência Respiratória Crônica (IRC) Fisiopatologia: Acidente vascular cerebral isquêmico (AVCI): Também conhecido por derrame ou isquemia cerebral, é causado pela falta de sangue em uma área do cérebro por conta da obstrução de uma artéria. Quando não leva a óbito, o AVCI deixa sequelas que podem ser leves e passageiras ou graves e incapacitantes. As mais frequentes são paralisias em partes do corpo e problemas de visão, memória e fala. A falta do sangue, que carrega oxigênio e nutrientes, pode levar à morte neuronal em poucas horas. As principais causas são: Tabagismo, altas taxas de colesterol e triglicérides, sedentarismo e doenças cardiovasculares, como hipertensão arterial e arritmias cardíacas são os principais fatores de risco. Pessoas com pressão alta têm quatro a seis vezes mais chances de terem um episódio de AVC (Hospital Albert Einstein). Hipertensão arterial sistêmica (HAS): A hipertensão arterial sistêmica (HAS) é multifatorial e caracterizada por níveis elevados e sustentados de pressão arterial. Valor igual ou superior a 140/90 mmHg para um adulto. Associa-se a alterações funcionais e/ou estruturais dos órgãos-alvo (coração, encéfalo, rins e vasos sanguíneos) e alterações metabólicas, com aumento do risco de eventos cardiovasculares fatais e não fatais (VI Diretrizes Brasileiras de Hipertensão, 2010). Níveiselevados de pressão arterial são facilitados por: elevada ingestão de sal, baixa ingestão de potássio, alta ingestão calórica e excessivo consumo de álcool (ABC med, 2008). 22 Insuficiência respiratória (IR) compreende a dificuldade encontrada pelo Sistema Respiratório em desempenhar adequadamente sua principal função, ou seja, a promoção das trocas gasosas. Por ser decorrente de várias condições, pode apresentar-se, clinicamente, de forma muito variada. Seu diagnóstico depende da análise dos níveis de oxigênio e gás carbônico através da gasometria arterial (Insuficiência respiratória, 2003). Insuficiência respiratória crônica surge ao longo do tempo devido a outras doenças crônicas como insuficiência cardíaca ou doença pulmonar obstrutiva crônica (Tua Saúde, 2015). História Clínica: Paciente proveio do Hospital Restauração (HR), no dia 11/08/2016, com quadro de disartria, desorientação e paresia direta. Não foi possível obter mais informações como alergias alimentares e medicamentos, histórico alimentar, Evolução Clínica e nutricional: 11/08/2016 Paciente hipertenso provem do HR com quadro de disartria, desorientação e paresia direita. Exame: Estado geral regular (EGR), eupneico, afebril, consciente, orientado. Pressão arterial: 130 x 90 mmhg. Sem isquemia.Paciente admitido neste setor de neurologia proveniente do hospital da restauração, segue consciente, orientado, contatando verbalmente, acamado, nega alergia medicamentosa , respiração espontânea em ar ambiente, tórax simétrico, dieta por via oral, eupneico , normotenso, diurese presente, evacuação ausente ate o momento, abdome semigloboso , indolor a palpação 12/08/2016 Estado geral regular, afebril (36ºC). Evacuação ausente há 01 dia, sem edemas nos membros inferiores e superiores. 13/08/2016 Quadro clinico inalterado. 14/08/2016 Quadro clinico inalterado. 15/08/2016 Quadro clinico do paciente inalterado. 16/082016 23 Paciente EGR, consciente, orientado, contactuando, acamado, apresenta lesão em dorso de pé esquerdo, com boas condições de higiene, concilia bem o sono, aceita bem a dieta por via oral, hidratado, anicterico, normocorado, normocardico, normotenso, eupneico em ar ambienete, afebril, sem AVP, abdômen globoso e indolor a palpação, eliminações fisiológicas: diurese presente por fralda, evacuações há 4 dias, sem edemas. 17/08/2016 Evacuação ausente há 5 dias. EGR. 18/08/2016 Evacuação presente. 19/08/2016 Quadro clinico inalterado. Estado geral regular, sem piora. Exames Bioquímicos: Ureia: 79. Valor de Referência: 15 a 45 mg/dL Creatinina: 2.0, valores de normalidade para homens e mulheres, é de 0,7 a 1,3mg/dl. Interações Droga-Nutriente: Desequilíbrio nutricional por ação de um medicamento, ou quando um efeito farmacológico é alterado pela ingestão de nutrientes ou estado nutricional do paciente. o SINVASTATINA 40MG o CIPROFLOXACINO 500MG o AC. ACETIL SALICILICO 100MG o CLONIDINA 100MCG o HIDRALAZINA 50MG Sinvastatina: está indicada para a redução do colesterol, quando a dieta apenas for insuficiente. (BULAS MED, 2016). Reações gastrointestinais adversas: Podem ocorrer flatulência, diarreia, constipação e náuseas, durante o uso. Sem interação droga nutriente. 24 Ciprofloxacino: é indicado para infecções complicadas e não complicadas causadas por microrganismos sensíveis ao Ciprofloxacino. Interação droga nutriente: A administração oral com medicamentos contendo cátions polivalentes, suplementos minerais, antiácidos e medicamentos tamponados (por ex., antirretrovirais) contendo magnésio, alumínio, ferro ou cálcio, reduz a absorção do Ciprofloxacino. Quando ingerido com leite pode diminuir a absorção do próprio medicamento (NUTRINDO, 2012). Reações gastrointestinais adversas: Náusea e diarréia, dor abdominal, vômito, dispepsia, aumento da fosfatase alcalina, anorexia, flatulência e bilirrubinemia. (BULAS MED, 2016). Ácido acetil salicílico: tem a capacidade de evitar o agrupamento das plaquetas. Reações gastrointestinais adversas: Pode causar náuseas e vômitos. Raramente podem e úlceras do estômago, anemia após uso prolongado, queda do nível de açúcar no sangue. Interação droga nutriente: Reduzir a absorção de Vitamina C, B1 e B9 e Potássio (BULAS MED, 2016). Clonidina: Para tratamento da hipertensão. Tratamento da síndrome de abstinência de opiáceos (narcóticos). Interação droga-nutriente: Ausente. Reações gastrointestinais adversas: Constipação, enjoo e vômito. Hidralazina ou Apresolina: Para hipertensão como adjunto para outros agentes anti-hipertensivos no tratamento da hipertensão moderada a grave. Interação droga-nutriente: Antagonistas de cálcio e álcool potencializam o efeito. Reações gastrointestinais adversas: Distúrbio gastrintestinal, diarreia, náusea, vômitos. Avaliação do Estado Nutricional: Altura do joelho: 56 cm Circunferência da panturrilha: 32 cm (SEM DEPLEÇÃO DE MASSA MUSCULAR) Circunferência do Braço: 31 cm 25 Estimativa da Altura: 175,27 cm Estimativa da CB: 95,97% Eutrofia Estimativa do Peso: 83,83 kg (UTILIZANDO PESO AJUSTADO) IMC: 27,1 kg/m2 (Sobrepeso) Peso ideal (Máximo): 76,69 kg Peso ajustado: 77,75 kg Necessidades Calóricas e Proteicas: 26 kcal/ kg /dia = 2,158 kcal/ dia 1,2 g de proteína por kg = 100 g de proteína. (Normoproteica) CHO: 50% = 270g - 1078 kcal LIP: 31% = 74g - 668 kcal PTN: 19% = 102 g - 410 kcal Recomendação, PROJETO DIERETRIZES: Paciente adulto com sobrepeso e com enfermidade:25-27 Kcal/Kg/dia. Conduta Nutricional: Diagnóstico Nutricional: Paciente encontra-se com sobrepeso, sem depleção, boa aceitação da dieta pro via oral. Objetivo Dietoterápico: Diminuir o excesso de peso através de uma dieta hipocalórica e hiperlipídica. Com objetivo de minimizar a hipertensão. Dieta hipoglicídica, pois o excesso de glicose aumenta a produção de CO2 e o trabalho respiratório. Sugestão de cardápio: Café da manhã Alimento Quantidade CHO LIP PTN Café com leite integral 200ml – 1 xícara de chá 5g 3g 3g Ovo mexido 1 unidade 0g 6g 8g Cuscuz 6 colheres de sopa – 72g 19g 3g 0g 26 Banana 1 unidade 17g 3g 0g Lanche da manhã Pão 1 unidade – 50g 25g 4g 2g Queijo branco 1 fatia pequena – 20g 0g 5g 6g Chá À vontade 1g 0g 0g Almoço Alimento Quantidade CHO PTN LIP Arroz branco 2 colheres de arroz – 90g 25g 2g 1g Fejão mulatinho 1 concha grande -140g 21g 8g 3g Legumes cozidos 2 colheres de arroz – 110g 16g 8g 0g Frango cozido 2 escumadeiras – 80g 0g 22g 11g Azeite de oliva 1 colher de sobremesa – 5g 0g 0g 5g Laranja 1 unidade – 180g 21g 2g 0g 27 Lanche da tarde Alimento Quantidade CHO LIP PTN Vitamina de abacate 200 ml – 1 copo 26g 5g 9g Jantar Sopa de legumes 2 conchas – 260g 10g 4g 2g Mandioca cozida 1 pedaço grande – 100g 30g 1g 0g Carne cozida 1 escumadeira- 70g 0g 17g 2g Suco de abacaxi 200 ml – 1 copo 36g 1g 0g Azeite de oliva 1 colher de sobremesa – 5g 0g 0g 5g Ceia Alimentos Quantidade CHO LIP PTN Biscoito salgado integral 5 unidades 10g 6g 6g 28 Leite integral com canela 200ml – 1 xícara de chá 15g 3g 4g Orientação de alta: Evite ao máximo sal O sódio é o grande inimigo da hipertensão. Esse elemento provoca a retenção de água, aumentando o volume sanguíneo e assim a pressão arterial. Por isso, o sal — o famoso cloreto de sódio — é um ingrediente que deve praticamente ser eliminado da cozinha ou limitado a apenas 5g por dia, o que equivaleria a 2g de sódio. Use mais ervas e que outros temperos artificiais Se o sal está proibido,para garantir que a comida não ficará sem gosto, o paciente hipertenso deve inovar e temperar os alimentos com alternativas: alho, cebola, salsa, coentro, cheiro-verde, louro, manjericão, hortelã, pimenta, limão, alecrim, noz-moscada, páprica, açafrão, gengibre, etc. Está tudo liberado! Cuidado com os alimentos industrializados Muitos alimentos têm sal e sódio em grande quantidade escondidos em sua composição. Comece a conferir a tabela nutricional dos produtos e prefira os alimentos que possuam menos de 150mg de sódio. Isso significa eliminar enlatados e conservas, embutidos, frios, biscoitos salgados, molhos prontos, sopas em pó e sucos de caixinha e saquinho etc. Confira a composição dos adoçantes Alguns adoçantes possuem ciclamato e sacarina de sódio em sua composição. Isso significa que contribuirão para a hipertensão e, portanto, devem ser evitados. Aumente o consumo de cálcio, magnésio e potássio Se o sódio é o inimigo dos hipertensos, o cálcio, o magnésio e o potássio são os grandes aliados. Esses minerais, presentes em diversos alimentos como o leite e a banana, protegem o organismo, minimizando a ação do sódio e reduzindo a pressão arterial. Manter peso ideal A obesidade e o sobrepeso são fatores de risco para a hipertensão e, quando controlados, podem gerar uma redução de até 20mm de Hg na pressão sistólica para cada 10kg perdidos. Se for o caso do paciente, a dieta também deve controlar a ingestão calórica, reduzindo o consumo de doces, de carboidratos refinados e de gordura. Seja criativo na cozinha Inicialmente, a dieta do hipertenso pode parecer muito restritiva, mas, na verdade, as possibilidades são infinitas. Frutas, verduras, legumes, laticínios com baixa gordura e carnes magras estão completamente liberados. Os molhos e os 29 temperos devem ser preparados em casa, para se ter controle da quantidade de sódio. Mantenha hábitos saudáveis O cigarro, o consumo de álcool e o sedentarismo contribuem para a hipertensão e são fatores de risco para doenças cardiovasculares, como infartos e derrames, então devem ser eliminados da vida do paciente. O exercício físico deve ser leve ou moderado inicialmente, como caminhadas, e ir se tornando mais intenso à medida que o condicionamento físico for melhorando. PREFERIR: Verduras e frutas frescas; Use mais variedades de temperos (cheiro verde, alho, vinagre, ervas, limão, orégano); Cereais e derivados, todos exceto os que em sua fabricação incluam adição de sal; Gorduras: óleo, azeite de oliva, margarina ou creme vegetal sem sal tipo Becel; EVITAR: Sal e temperos prontos com sal; Pão com sal; Feijão preto, feijoada, paio, bacon, toucinho; Carnes e pescados defumados e salgados (tipo bacalhau, carne de sol, charque, sardinha, atum); Embutidos (salsicha, lingüiça, salame, mortadela, presunto, etc), queijos salgados e patês; Molhos (Ajinomoto, molho inglês, molho shoyo e derivados), maionese, ketchup, extrato de tomate industrializado e caldo de carne industrializado (tipo Knor); Enlatados e conservas (ervilha, milho, azeitona, picles, palmito etc); Gorduras e excesso (frituras, empanados, folheados, carnes gordurosas). Sopas prontas; Salgadinhos, amendoim salgado, pipoca com sal e outros; Bebidas alcoólicas; Referências: http://www.medicinanet.com.br/bula/630/apresolina.htm http://antonioboeingnutricionista.blogspot.com.br/2012/02/interacao-entre- medicamentos-e.html INSUFICIÊNCIA RESPIRATÓRIA RESPIRATORY FAILURE Adriana Inacio de Pádua1 ; Flávia Alvares1 & José Antônio Baddini Martinez http://www.tuasaude.com/insuficiencia-respiratoria/ 30 http://www.bulas.med.br/p/bulas-de-medicamentos/bula/2070/aas+protect.htm VI Diretrizes Brasileiras de Hipertensão, 2010 http://www.abc.med.br/p/hipertensao-arterial/22140/hipertensao+arterial.htm http://www.portaleducacao.com.br/farmacia/artigos/56632/medicamentos-x- nutrientes-quais-as-possiveis-interacoes https://www.einstein.br/doencas-sintomas/avc/avc-i 31 CENTRO UNIVERSITÁRIO MAURÍCIO DE NASSAU NÚCLEO DE SAÚDE CURSO DE NUTRIÇÃO Caso Clínico III Estágio supervisionado em nutrição clínica Aluna: Ayrla Raquel Ferreira Barbosa Preceptoras: Nathalia Vasconcelos Camila Karoline Ana Carolina Menezes RECIFE-PE SETEMBRO, 2016 32 CASO CLÍNICO 3 Identificação do Paciente: JJSF HOMEM, 78 ANOS CASADO APOSENTADO/ PROFISSÃO: COZINHEIRO LEITO 505/ SAÚDE RECIFE RESIDE EM RECIFE, PERNAMBUCO Admissão: Paciente proveniente do Centro Médico de Urgências de Boa Viagem (CEMUB), no dia 28 de agosto de 2016 para o 5° andar. Hipótese Diagnóstica: Erisipela Extensa Doença Hepatopatia Crônica (DHC) Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) Diabetes Melittus (DM) Fisiopatologia: Erisipela é uma infecção cutânea causada geralmente pela bactéria Streptcoccus pyogenes do grupo A, penetram através de um pequeno ferimento, na pele ou na mucosa, disseminam-se pelos vasos linfáticos e podem atingir o tecido subcutâneo e o gorduroso. Na maioria dos casos, a lesão tem limites bem definidos e aparece mais nos membros inferiores. Embora menos frequente, ela pode localizar-se também na face e está associada à dermatite seborreica. Constituem grupo de risco para a infecção pessoas com excesso de peso, portadoras de diabetes não compensado, de insuficiência venosa nos membros inferiores, as cardiopatas e nefropatas com inchaço nas pernas, as imunossuprimidas ou com doenças crônicas debilitantes.. Sintomas: febre alta, tremores, mal-estar, náuseas, vômitos. A lesão na pele vem acompanhada de dor, rubor (vermelhidão) e edema (inchaço). Tratamento: Na fase inicial da doença, antibióticos orais, repouso. (DR. DRAUZIO VARELLA, 2014) A doença hepática crônica (DHC) é uma reação inflamatória do fígado, de etiologia e severidade variável, com evolução progressiva caracterizada pela 33 presença de fibrose e alteração da estrutura hepática normal. Sintomas: Fadiga, falta de apetite, febre, mal-estar, etc. Conforme a doença evolui, a insuficiência hepática e hipertensão portal podem ocorrer, incluindo ascite, hemorragia das veias gástricas e esofágicas, e encefalopatia hepática. Nas hepatopatias crônicas, os metabolismos de vários sistemas ficam defasados como glicogenólise, sintetização de lipídeos, produção de carnitina, albumina, protombina, a ceruloplasmina, a transferrina e a proteína ligadora de retinol. Muitas vitaminas também tem o seu metabolismo comprometido como Vitamina A, D e K. As deficiências de micronutrientes ocorrem, com frequência, em pacientes com doença hepática alcoólica ou em alcoolistas sem evidências de doença hepática, estando, neste caso, relacionadas ao consumo do álcool. Como consequência destas deficiências, esses pacientes apresentam, usualmente, anemia, esteatose hepática, estresse oxidativo e imunossupressão (NUTRI MEDICAL, 2015) Hipertensão arterial sistêmica (HAS): A hipertensão arterial sistêmica (HAS) é multifatorial e caracterizada por níveis elevados e sustentados de pressão arterial. Valor igual ou superior a 140/90 mmHg para um adulto. Associa-se a alterações funcionais e/ou estruturais dos órgãos-alvo (coração, encéfalo, rins e vasos sanguíneos) e alterações metabólicas, com aumento do risco de eventos cardiovasculares fatais e não fatais (VI Diretrizes Brasileiras de Hipertensão, 2010). Níveis elevados de pressão arterial são facilitados por: elevada ingestão de sal, baixa ingestão de potássio, alta ingestão calórica e excessivo consumo de álcool (ABC med, 2008). Diabetes é uma síndrome metabólica de origem múltipla,decorrente da falta de insulina e/ou da incapacidade de a insulina exercer adequadamente seus efeitos, causando um aumento da glicose (açúcar) no sangue. O diabetes acontece porque o pâncreas não é capaz de produzir o hormônio insulina em quantidade suficiente para suprir as necessidades do organismo, ou porque este hormônio não é capaz de agir de maneira adequada (resistência à insulina). A insulina promove a redução da glicemia ao permitir que o açúcar que está presente no sangue possa penetrar dentro das células, para ser utilizado como fonte de energia. Os valores normais da glicemia do jejum ficam entre 75 e 110 mg/dL (miligramas de glicose por decilitro de sangue). O tratamento correto do diabetes significa manter uma vida saudável e o controle da glicemia, a fim de evitar possíveis complicações da doença. (MINHA VIDA, 2016) História Clínica: Proveniente do Centro Médico de Urgências de Boa Viagem (CEMUB), no dia 28 de agosto de 2016 para o 5° andar. Paciente transferido do CEMUB para tratamento antibiótico por erisipela bolhosa. 34 Evolução Clínica e nutricional: 24/08/2016 Nega alergias medicamentosas e refere possuir diabetes melittus. Paciente apresenta estado geral regular, consciente, orientado, acordado, tranquilo, contactuando, deambulando. Levemente desidratado, anictérico, acianótico, afebril (36°c), pele com erisipela bolhosa com bolhas rotas. Normocárdico (81 bpm), Normotenso (130 x 80 mmhg) , eupneico ( 19 ipm), respirando ar ambiente. Abdome semigloboso, depressível, doloroso a palpação. Membros superiores com equimoses e inferiores edemaciados, presença de erisipela bolhosa. Eliminações fisiológicas: diurese espontânea, Evacuação ausente no momento (sic). Apresenta déficit visual em olho esquerdo (perca total da visão). Pressão arterial sistêmica 120 X 80 MMHG 25/08/2016 Tratado com Clindamicina sem melhora, com edemas nos MMIISS e abdome. Diurese presente, espontânea, evacuação presente. 26/08/2016 Sem alterações clínicas significantes. Diurese espontânea, evacuações presentes. 27/08/2016 Hiperemia, Estado geral regular (EGR) 28/08/2016 PESO 27/8: 65,6kg PESO 28/8: 67,1kg Aumento de peso gerado por alta ingestão de líquidos. Sem alterações clínicas significantes. 29/08/2016 a 31/08/2016 Sem alterações clínicas significantes. Diurese espontânea, evacuações presentes. PESO 30/8: 67,3 PESO 31/8: 67,7 TEMPERATURA: 36,3ºC/ Pressão Arterial: 120/80 mmhg. 35 Exames Bioquímicos: Não descritos no sistema. Interações Droga-Nutriente: Desequilíbrio nutricional por ação de um medicamento, ou quando um efeito farmacológico é alterado pela ingestão de nutrientes ou estado nutricional do paciente. SINVASTANTINA 40MG Anti hiperlipidêmico, recomenda se utilizar com dieta hipolipidica, baixos níveis de NIACINA, pode gerar miopatia. Alterações gastrointestinais: Dispepsia e obstipação. LACTULONA 667MG Laxante para prevenir ou tratar encefalopatia portal sistêmica. Monitorar eletrólitos em idoso com o uso prolongado (>acima de 6 meses). CEFEPIMA 1G Antibiótico. Alterações gastrointestinais: Diarreia, candidíase oral, boca seca, inflamação da bucosa mucal, flatulência. Sem interações droga nutriente OMEPRAZOL Inibidor de bomba protônica e antiulcera. Efeitos gastrointestinal adverso: diarreia, constipação, dor abdominal, náusea, flatulência, vômito, regurgitação. Interação droga nutriente: diminui a absorção de Ferro e Vitamina b12. FUROSEMIDA Diurético. classe dos diuréticos da alça, atuante na ança de Henle e intensificador da excreção de urina e sódio pelo organismo. Dieta com alto potássio e e magnésio. Diminui a excreção de sais de lítio e pode causar aumento dos níveis séricos de lítio. Efeitos gastro intestnas adversos: Pode levar a um aumento da excreção de sódio e cloreto e consequentemente de água. Adicionalmente, fica aumentada a excreção de outros eletrólitos, em particular potássio, cálcio e magnésio. Distúrbios eletrolíticos sintomáticos e alcalose metabólica podem se desenvolver. Avaliação do Estado Nutricional: Altura do joelho: 48 cm Circunferência da panturrilha: 36 cm (SEM DEPLEÇÃO DE MASSA MUSCULAR) Circunferência do Braço: 25 cm 36 Estimativa de Altura: 158,03 cm Estimativa da CB: 79,9% DESNUTRIÇÃO MODERADA Estimativa do Peso: 53,26 kg IMC: 21,8 kg/m2 (Eutrofia) Peso ideal (Máximo): 67,23 kg Peso ajustado: 63,5 kg Necessidades Calóricas e Protéicas: Usando peso ajustado 30 kcal/ kg/dia = 1890/ 1900 kcal/ dia 1,5 g/kg/dia = 95 g/dia (Sem referência de hepatopatia(1,2 a 1,75 g/Kg*)) (HOSPITAL SÍRIO LIBANÊS) CHO: 50% = 237,5g - 950 kcal LIP: 30% = 63g - 570 kcal PTN: 20% = 95 g - 380 kcal Conduta Nutricional: Diagnóstico Nutricional: Paciente encontra-se com desnutrição, sem depleção, boa aceitação da dieta por via oral. Objetivo Dietoterápico: Manter peso através de uma dieta hipercalórica, normoglicídica, hiperlipídica e hiperproteica. Com objetivo de minimizar patologias como hipertensão e diabetes. Sugestão de cardápio: Café da manhã Alimento Quantidade Carboidrato Proteina Lipidios Inhame cozido 2 fatias 80g 19g 1g 0g Ovo mexido 2 unidades 1g 11g 10g Café com leite semi desnatado 200 ml 1 copo 2g 2g 1g Banana da terra cozida 1 unidade peq 56g 13g 1g 0g 37 Lanche da manhã Alimento Quantidade Carboidrato Proteína Lipídios Iogurte natural 1 unidade 200g 9g 7g 7g Maça 1 unidade 90g 12g 0g 0g Almoço Alimento Quantidade Carboidrato Proteína Lipídios Arroz integral 2 escumadeiras 118g 30g 3 2g Feijão macassar 1 concha 140g 21g 8g 3g Peito de frango grelhado 1 bife pequeno 50g 0g 15g 2g Salada crua, sem fruta 1 colher de arroz 60g 2g 1g 0g Laranja 1 unidade 180g 21g 2g 0g Lanche da tarde Alimento Quantidade Carboidrato Proteína Lipídios Chá 1 xícara 1g 0g 0g Pão integral 1 fatia, 25g 14g 2g 0g Melão 1 fatia 8g 0g 0g 38 90g Queijo coalho 1 fatia peq 20g 0g 5g 6g Jantar Alimento Quantidade Carboidrato Proteína Lipídios Sopa de carne com legumes 2 conchas cheias 300g 11g 5g 2g Arroz integral 1 escumadeira 60g 15g 2g 1g Purê de mandioca 1 colher de arroz 80g 14g 1g 3g Peixe de água doce grelhado 1 filé peq 70g 0g 17g 1g Suco de abacaxi 1 copo americano 150ml 19g 1g 0g Azeite 1 colher de sopa, 8g 0g 0g 8g Ceia Alimento Quantidade Carboidrato Proteína Lipídios Mingau de aveia 1 prato raso 195g 20g 5g 5g Farinha de chia 1 colher de sobremesa 3g 1g 2g 39 8g Adequação calórica da dieta:99,6% Adequação proteica: 95% Recomendação de alta: Orientação de alta: Evite ao máximo sal O sódio é o grande inimigo da hipertensão. Esse elemento provoca a retenção de água, aumentando o volume sanguíneo e assim a pressão arterial. Por isso, o sal — o famoso cloreto de sódio — é um ingrediente que deve praticamente ser eliminado da cozinha ou limitado a apenas 5g por dia, o que equivaleria a 2g de sódio. Use mais ervas e que outros temperos artificiais Se o sal está proibido, para garantir que a comida não ficará sem gosto, o paciente hipertenso deve inovar e temperar os alimentos com alternativas: alho, cebola, salsa, coentro, cheiro-verde, louro, manjericão, hortelã, pimenta, limão, alecrim, noz- moscada, páprica, açafrão, gengibre, etc. Está tudo liberado! Cuidado com os alimentos industrializados Muitos alimentos têm sal e sódio em grande quantidade escondidos em sua composição. Comece a conferir a tabela nutricional dos produtos e prefira os alimentos que possuam menos de 150mg de sódio. Isso significa eliminar enlatados e conservas,embutidos, frios, biscoitos salgados, molhos prontos, sopas em pó e sucos de caixinha e saquinho etc. Confira a composição dos adoçantes Alguns adoçantes possuem ciclamato e sacarina de sódio em sua composição. Isso significa que contribuirão para a hipertensão e, portanto, devem ser evitados. Aumente o consumo de cálcio, magnésio e potássio Se o sódio é o inimigo dos hipertensos, o cálcio, o magnésio e o potássio são os grandes aliados. Esses minerais, presentes em diversos alimentos como o leite e a banana, protegem o organismo, minimizando a ação do sódio e reduzindo a pressão arterial. Manter peso ideal A obesidade e o sobrepeso são fatores de risco para a hipertensão e, quando controlados, podem gerar uma redução de até 20mm de Hg na pressão sistólica para cada 10kg perdidos. Se for o caso do paciente, a dieta também deve controlar a ingestão calórica, reduzindo o consumo de doces, de carboidratos refinados e de gordura. Seja criativo na cozinha Inicialmente, a dieta do hipertenso pode parecer muito restritiva, mas, na verdade, as possibilidades são infinitas. Frutas, verduras, legumes, laticínios com baixa 40 gordura e carnes magras estão completamente liberados. Os molhos e os temperos devem ser preparados em casa, para se ter controle da quantidade de sódio. Mantenha hábitos saudáveis O cigarro, o consumo de álcool e o sedentarismo contribuem para a hipertensão e são fatores de risco para doenças cardiovasculares, como infartos e derrames, então devem ser eliminados da vida do paciente. O exercício físico deve ser leve ou moderado inicialmente, como caminhadas, e ir se tornando mais intenso à medida que o condicionamento físico for melhorando. PREFERIR: Verduras e frutas frescas; Use mais variedades de temperos (cheiro verde, alho, vinagre, ervas, limão, orégano); Cereais e derivados, todos exceto os que em sua fabricação incluam adição de sal; Gorduras: óleo, azeite de oliva, margarina ou creme vegetal sem sal tipo Becel; Prefira alimentos com fibras, frutas com casca e bagaço, aveia em flocos e leguminosas, pão integral, bolacha integral, sucos naturais, cará lambú ou São Tomé EVITAR: Sal e temperos prontos com sal; Pão com sal; Feijão preto, feijoada, paio, bacon, toucinho; Carnes e pescados defumados e salgados (tipo bacalhau, carne de sol, charque, sardinha, atum); Embutidos (salsicha, linguiça, salame, mortadela, presunto, etc), queijos salgados e patês; Molhos (Ajinomoto, molho inglês, molho shoyo e derivados), maionese, ketchup, extrato de tomate industrializado e caldo de carne industrializado (tipo Knor); Enlatados e conservas (ervilha, milho, azeitona, picles, palmito etc); Gorduras e excesso (frituras, empanados, folheados, carnes gordurosas). Sopas prontas; Salgadinhos, amendoim salgado, pipoca com sal e outros; Bebidas alcoólicas; Uva, pinha, graviola, jaca, jabuticaba, sapoti, banana prata, caqui, fruta-pão, ameixa, açaí, uva passa, abacate, coco, água de coco, batata inglesa, milho, milho e ervilha em conserva, sorvetes, refrigerantes, leite condensado, farinha de mandioca, farinha de milho, cremogema, pão francês (mesmo o dormido). Açúcar comum e mascavo, mel, rapadura, doces, bolos, bombons, carnes gordas, frituras, empanados, preparações à milanesa, pastéis, coxinhas, manteiga, toucinho, paio, leite de coco e comidas a base de leite de coco, comidas enlatadas como carnes enlatadas, linguiças, salsichas, mortadela, refrigerante, lasanha, pizza, 41 Referências: http://www.diabetes.org.br/para-o-publico/diabetes/o-que-e-diabetes http://nutrimedical.com.br/como-adequar-a-terapia-nutricional-nas-hepatopatias/ http://www.minhavida.com.br/saude/temas/diabetes http://drauziovarella.com.br/ https://hospitalsiriolibanes.org.br/hospital/especialidades/nucleo-avancado- figado/Paginas/recomendacoes-nutrientes-doencas-hepaticas.aspx 42 CENTRO UNIVERSITÁRIO MAURÍCIO DE NASSAU NÚCLEO DE SAÚDE CURSO DE NUTRIÇÃO Caso Clínico 4 Estágio supervisionado em nutrição clínica Aluna: Ayrla Raquel Ferreira Barbosa Preceptoras: Nathalia Vasconcelos Camila Karoline Ana Carolina Menezes RECIFE-PE 43 SETEMBRO, 2016 CASO CLÍNICO 4 Identificação do Paciente: Paciente: CML Sexo: FEMININO Idade: 70 ANOS CASADA APOSENTADO Leito UTA 27, Convênio SUS RESIDE EM RECIFE, PERNAMBUCO Admissão: Paciente proveniente do Hospital da Restauração (HR), no dia 28 de agosto de 2016 para Unidade de Terapia Intensiva do Hospital Nossa Senhora das Graças (UTI). Hipótese Diagnóstica: Acidente Vascular Cerebral Hemorrágico Talâmico (AVCH) Sepse por Acidente Isquêmico Transitório (AIT) Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) Fisiopatologia: Hipertensão arterial sistêmica (HAS): Multifatorial e caracterizada por níveis elevados e sustentados de pressão arterial. Valor igual ou superior a 140/90 mmHg para um adulto. Associa-se a alterações funcionais e/ou estruturais dos órgãos-alvo (coração, encéfalo, rins e vasos sanguíneos) e alterações metabólicas, com aumento do risco de eventos cardiovasculares fatais e não fatais (VI Diretrizes Brasileiras de Hipertensão, 2010). Níveis elevados de pressão arterial são facilitados por: elevada ingestão de sal, baixa ingestão de potássio, alta ingestão calórico e excessivo consumo de álcool (ABC med, 2008). Sepse: É uma síndrome caracterizada por um conjunto de alterações graves em todo o organismo e que tem, como causa uma infecção. A sepse era conhecida antigamente como septicemia ou ―infecção no sangue‖. Hoje é mais conhecida como infecção generalizada. Em geral, o diagnóstico infeccioso se resume a um órgão ou sistema, como, por exemplo, pneumonia, peritonite, meningite, erisipela 44 etc., mas é suficiente para causar um processo inflamatório em todo o organismo, o que chama Síndrome da Resposta Inflamatória Sistêmica (SRIS). Tal síndrome pode ter causas não infecciosas, como é o caso da pancreatite aguda grave, de pós-operatórios de cirurgias grandes, circulação extra-corpórea, algumas intoxicações, etc. Quando a SRIS tem causa infecciosa , chama se de SEPSE (HOSPITAL SIRIO LIBANÊS, 2014). AVCH: Se caracteriza pelo sangramento em uma parte do cérebro, em consequência do rompimento de um vaso sanguíneo. Pode ocorrer para dentro do cérebro ou tronco cerebral (acidente vascular cerebral hemorrágico intraparenquimatoso) ou para dentro das meninges (hemorragia subaracnóidea).A hemorragia intraparenquimatosa (HIP), é o subtipo mais comum de hemorragia cerebral, acometendo cerca de 15% de todos os casos de AVC.Causas: Principalmente em decorrência da hipertensão arterial ou de uma doença chamada angiopatia amilóide. Sintomas: Sempre súbitos e podem ser: fraqueza de um lado do corpo, perda da sensibilidade ou do campo visual, tontura, dificuldade para falar ou para compreender e até mesmo a perda da consciência ou crises convulsivas. Diagnóstico: Por exames de neuro imagem, logo diante da suspeita clínica. Estes exames demonstram a localização e o tamanho da hemorragia. Tratamento: Pode ser cirúrgico ou clínico, dependendo do volume da lesão, da localização e da condição clínica do paciente. Prevenção: A prevenção deve ser feita pelo controle rigoroso da pressão arterial (ALBERT EINSTEN). História Clínica: Paciente proveniente do Hospital da Restauração (HR), no dia 28 de agosto de 2016 para Unidade de Terapia Intensiva do Hospital Nossa Senhora das Graças (UTI). Com AVCH Talâmico, evoluindo com ITR e Hipertensão. Evolução Clínica e nutricional: 28/08/2016 Paciente admitida em UTI procedente do HR com AVCHTalâmico, evoluindo com ITR e queda do estado geral. Chega em mascara de venturi, taquipnéia leve consciente e sonolenta. Acianòtica, afebril, hidratada, ar mascara de venturi. AVCH TALAMICO (não cirúrgico). Segue com liberação da dieta enteral EXCLUSIVA às 17h, com fórmula polimérica, hipercalórica, normoproteica, nutricionalmente completa, Isenta de fibras, sacarose, lactose e glúten, acrescida de EPA e DHA. FRESUBIN ENERGY- 390 ml/DIA, 30 ml/H. DAS 17H ÀS 06H. ADM GRAVITACIONAL. 29/08/2016 Paciente em estado geral grave (EGG), acamada, acianótica, anictérica, hipocorada, respirando em venturi a 50% com o2 continuo, taquicardica 107bpm, 45 154/81mmhg, com tridil 10ml/h, sonda naso enteral (SNE) com dieta, diurese presente em sonda vesical de demora (SVD) concentrada, evacuação ausente. Com ulcera por pressão UPP grau II, com sedação, com um antibiótico, sem edemas. Contactua pouco verbalmente. 30/08/2016 Nenhuma alteração significativa. Segue com dieta enteral exclusiva, com fórmula polimérica, hipercalórica, normoproteica, nutricionalmente completa, isenta de fibras, sacarose, lactose e glúten, acrescida de EPA e DHA. FRESUBIN ENERGY- 960 ml/DIA, 40ML/H. DAS 06H ÀS 06H. Administração gravitacional. 31/08/2016 Nenhuma alteração significativa. Aumento do volume da dieta: FRESUBIN ENERGY- 1200 ml/DIA, 50 ml/H. DAS 06H ÀS 06H. Administração gravitacional. Pressão arterial sistêmica: 126/67=80MMHG 01/09/2016 Evolui em ar ventilação mecânica por Tubo Oro traqueal. Função renal normal. 02/09/2016 Sem alteração significativa. 03/09/2016 Sem alteração significativa. Aumento da dieta, FRESUBIN ENERGY- 1320 ml/DIA, 55ML/H. DAS 06H ÀS 06H. Exames Bioquímicos: Não descritos detalhadamente no sistema. Interações Droga-Nutriente: OMEPRAZOL: Inibidor de bomba protônica e antiulcera. Efeitos gastrointestinais adverso: diarreia, constipação, dor abdominal, náusea, flatulência, vômito, regurgitação. Interação droga nutriente: diminui a absorção de Ferro e Vitamina b12. NORADRELINA: Também conhecida como Noroepinefrina. Efeito vasopressor é contra balançado pelo aumento do débito cardíaco e aumento do fluxo sanguíneo esplâncnico pela Dopamina, gerando regurgitamento gástrico. 46 DOBUTAMINA: Aumenta o fluxo da mucosa, aumenta pH da intra mucosa gástrica. (BULAS.MED, 2016) Avaliação do Estado Nutricional: Altura do joelho: 43 cm Circunferência da panturrilha: 37 cm (SEM DEPLEÇÃO DE MASSA MUSCULAR) Circunferência do Braço: 33 cm Estimativa da Altura: 146 cm Estimativa da CB: 108,9% Eutrófica Estimativa do Peso: 68,9 kg IMC: 32 kg/m2 (Classificado em Obesidade Grau 1, porém está com sobrepeso pois há edemas.) Peso ideal: 50 kg Peso ajustado: 54, 75 kg Necessidades Calóricas e Proteicas: Usando peso atual Valor energético basal 1884 kcal/ dia. 27 kcal/ kg/ dia (DITEN, 2011) Valor energético total 2450 kcal/ dia. Fator de Estresse SEPSE 1.3 (UNICAMP) 103 g/ dia (1,5g de Proteína por kg) Conduta Nutricional: Diagnóstico Nutricional: Paciente encontra-se com sobrepeso, sem depleção, com dieta exclusiva por sonda naso enteral. Objetivo Dietoterápico: Recuperar o estado nutricional do paciente. Auxiliar na recuperação da SEPSE. Dieta enteral Atual Fresubin Energy- 1320ML/DIA, 55ML/H. DAS 06H ÀS 06H. Administração gravitacional 150ml de Água Mineral das 3H/3H Oferecendo; 1980 kcal/dia (28 kcal/kg/dia), 73,9g/dia (1,1g de PTN) Adequação: 95,8% calórica, 96% proteica. Dieta enteral líquida, polimérica, nutricionalmente completa, hipercalórica (1,5 Kcal/ml). Com distribuição calórica de 15% de proteína (caseinato e proteína do 47 soro do leite), 50% de carboidrato (maltodextrina) e 35% de lipídio (óleo de canola, óleo de girassol de alto teor oléico e óleo de peixe com alto teor de ômega 3 EPA e DHA). Isenta de fibras, sacarose, lactose e glúten. Osmolaridade de 330mOsm/l. Acondicionado em exclusivo 48 DIETA SUGERIDA Isosource 1.5 é um alimento nutricionalmente completo para nutrição enteral ou oral, hipercalórico. Cada 1ml de Isosource 1.5 fornece 1,5 kcal. Sabor: Artificial de Baunilha. Osmolaridade: 320 mOsm/kg de água. Ingredientes: Água, maltodextrina, caseinato de sódio obtido do leite de vaca, óleo de canola, triglicerídeos de cadeia média, caseinato de cálcio obtido do leite de vaca, óleo de soja, citrato de potássio, fibra de soja, goma guar parcialmente hidrolisada, fosfato tricálcico, citrato de sódio, bitartarato de colina, vitamina C, cloreto de magnésio, óxido de magnésio, taurina, L-carnitina, cloreto de sódio, sulfato ferroso, vitamina E, sulfato de zinco, D-pantotenato de cálcio, niacinamida, gluconato de cobre, vitamina B6, sulfato de manganês, vitamina B1, vitamina B2, betacaroteno, vitamina A, cloreto de cromo, ácido fólico, iodeto de potássio, molibdato de sódio, selenito de sódio, biotina, vitamina K, vitamina D, vitamina B12, emulsificantes lecitina de soja e mono e diglicerídeos de ácidos graxos, aromatizante, estabilizante carragena, antiespumante polidimetilsiloxano e corante natural urucum. NÃO CONTÉM GLÚTEN. ALÉRGICOS: CONTÉM DERIVADOS DE LEITE E SOJA. Ofertar: 1358 ml/ dia, 90,5 ml/ h, das 07 às 22h. 452, 6 ml 3x ao dia. Das 07 às 12h; das 12 às 17h; das 17h às 22h. 49 Oferecendo: 2450 kcal/ dia e 85, 6 h de proteína/ dia (1,2g PTN /kg) Adequação calórica: 100% Adequação proteica: 83% Resource Protein é um módulo de proteína para nutrição enteral ou oral. Dispersível em água. Ingredientes: Caseinato de cálcio obtido do leite de vaca. Contém traços de soja. NÃO CONTÉM GLÚTEN. ALÉRGICOS: CONTÉM DERIVADOS DE LEITE. Ofertar: 6,5 g/ 3x ao dia/ 12h/ 17h/ 22h Adequação proteica: 100.8% ORIENTAÇÃO DE ALTA - Verifique sempre o prazo de validade da dieta, após aberta deve ser conservado em geladeira. - Separe todo o material que será utilizado. Siga sempre as orientações que lhes foram dadas no hospital. - O frasco de dieta e o abridor de garrafas devem ser limpos com um pano limpo umedecido em álcool 70%, antes de sua abertura. - Retirar da geladeira 30 minutos antes, apenas o volume a ser administrado; - Lave bem as mãos com água e sabão antes de iniciar o preparo. -Nunca administrar gelado ou quente para não causar desconfortos gástricos como diarreia, vômitos ou regurgitações; 50 -Observe se a sonda está bem fixada. - A dieta que será administrada deve estar em temperatura ambiente. - A dieta deve ser sempre administrada lentamente para evitar qualquer problema (diarreia, gases, náuseas e vômito), se a sonda estiver no estômago, o volume de um horário deve correr em 1h, se a sonda estiver no intestino, a velocidade deve ser mais lenta, ou seja, o volume de um horário deve correr em 1h30min. - O nutricionista/ médico responsável pelo tratamento e alta deve determinar qual o volume de dieta enteral que será usado e os horários para administração. - Para receber a dieta o paciente deve estar sentado no leito, formando um ângulo de 45° (no mínimo) em relação à cama. Ele deve ficar nesta posição durante o recebimento da dieta e por mais 30 minutos após o término dela. Esta posição é extremamente importante, pois impede que o paciente se engasgue com a dieta e que ela se dirija ao pulmão. - Se o paciente apresentar náusea, tosse excessiva, dificuldade respiratória ou qualquer alteração, suspenda imediatamente a dieta e entre em contato com o médico para orientação. - Limpe diariamente a parte externa da sonda com gaze, água e álcool a 70% ou sabonete suave. Seque bem. - Cuidado para não puxar a sonda acidentalmente. Caso haja saída ou entupimento, ela deverá ser trocada pelo médico. Administração gravitacional Um frasco (ou bolsa) apropriado para a dieta, com a quantidade a ser administrada no horário, em temperaturaambiente; Um copo com água filtrada e fervida, em temperatura ambiente; Um equipo para nutrição enteral ou um equipo de soro sem filtro; Um suporte de soro ou um gancho, para pendurar o frasco (aproximadamente 60 cm acima da cabeça); Uma seringa de 20 ml ou mais. Conectar o equipo ao frasco, pendurar o frasco no gancho, abrir a pinça ou roleta para encher o equipo de dieta e, em seguida, fechar a roleta ; Conectar o equipo a sonda, abrir a pinça ou roleta, regulando o gotejamento; A dieta deverá pingar gota a gota, aproximadamente 40 a 60 gotas por minuto; Ao término da dieta, injetar na sonda, com a seringa, 20 ou 40ml de água; Tampar a sonda; Lavar o frasco e o equipo com água e detergente, secar e guardar num recipiente fechado, na geladeira; 51 A troca do equipo, frasco e seringa devem ser feita a cada após 72 horas. FRASCO E EQUIPO Recomenda-se a troca diária do equipo e do frasco, porém se estes precisarem ser reutilizados faça da seguinte maneira: Lave o frasco e o equipo com detergente e enxágue abundantemente em água corrente; Coloque o frasco e o equipo em solução de cloro e deixe por 7 horas; Enxágue e deixe secar ao ar livre por 1 hora; Guardar o frasco na geladeira até ser reutilizado. PREPARO DA SOLUÇÃO CLORADA Diluir 1 colher de sopa de água sanitária em 1 litro de água. Referências • https://www.hospitalsiriolibanes.org.br/institucional/gestao-da- qualidade/Documents/protocolo-sepse-0314.pdf • http://drauziovarella.com.br/ • http://www.einstein.br/doencas-sintomas/avc/avc-hemorragico • MANUAL DE ORIENTAÇÃO A PACIENTES COM DIETA ENTERAL. Disponível em: < http://www.danonenutricao.com.br/alta- hospitalar/noticias/dieta-enteral-cuidados-ao-administrar> acesso em: 23/09/16. • MINISTÉRIO DA SAÚDE. Disponível em: <http://dab.saude.gov.br/docs/publicacoes/cadernos_ab/abcad15.pdf> acesso em: 18/09/2016. • NUTRIÇÃO ENTERAL DOMICILAR. Disponível em: • < http://www.hc.unicamp.br/servicos/emtn/Manual_paciente.pdf> acesso em: 22/09/16 • REDE BRASIL AVC. Disponível em: http://www.redebrasilavc.org.br/para- pacientes-e-falimiares/o-que-e-avc/ acesso em: 18/09/2016. 52 CENTRO UNIVERSITÁRIO MAURÍCIO DE NASSAU NÚCLEO DE SAÚDE CURSO DE NUTRIÇÃO Caso Clínico 5 Estágio supervisionado em nutrição clínica Aluna: Ayrla Raquel Ferreira Barbosa Preceptoras: Nathalia Vasconcelos, Camila Karoline, Ana Carolina Menezes, Luciana Lays, Marcela Silva. RECIFE-PE SETEMBRO, 2016 53 CASO CLÍNICO 5 Identificação do Paciente Paciente: A.B.S Sexo: Masculino Idade: 76 anos Casado SUS, Leito: 420ª Branco Aposentado Reside em RECIFE, PERNAMBUCO Admissão Paciente proveniente do Hospital da Restauração (HR), no dia 15 de Setembro de 2016 para internamento no Hospital Nossa Senhora das Graças (HNSG). Hipótese Diagnóstica Acidente Vascular Cerebral Isquêmico (AVCI) Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) Fisiopatologia Hipertensão arterial sistêmica (HAS) É multifatorial e caracterizada por níveis elevados e sustentados de pressão arterial. Valor igual ou superior a 140/90 mmHg para um adulto. Associa-se a alterações funcionais e/ou estruturais dos órgãos-alvo (coração, encéfalo, rins e vasos sanguíneos) e alterações metabólicas, com aumento do risco de eventos cardiovasculares fatais e não fatais (VI Diretrizes Brasileiras de Hipertensão, 2010). Níveis elevados de pressão arterial são facilitados por: elevada ingestão de sal, baixa ingestão de potássio, alta ingestão calórica e excessivo consumo de álcool (ABC med, 2008). Acidente vascular cerebral isquêmico (AVCI) Também conhecido por derrame ou isquemia cerebral, é causado pela falta de sangue em uma área do cérebro por conta da obstrução de uma artéria. Quando não leva a óbito, o AVCI deixa seqüelas que podem ser leves e passageiras ou graves e incapacitantes. As mais freqüentes são paralisias em partes do corpo e problemas de visão, memória e fala. A falta do sangue, que carrega oxigênio e nutrientes, pode levar à morte neuronal em poucas horas. 54 As principais causas são: Tabagismo, altas taxas de colesterol e triglicérides, sedentarismo e doenças cardiovasculares, como hipertensão arterial e arritmias cardíacas são os principais fatores de risco. Pessoas com pressão alta têm quatro a seis vezes mais chances de terem um episódio de AVC (Hospital Albert Einstein). História Clínica Paciente proveniente do Hospital da Restauração (HR), no dia 15 de Setembro de 2016 para o Hospital Nossa Senhora das Graças. Com AVCI, Hipertensão e ex Tabagista. Evolução Clínica e nutricional 15 de Setembro:Segue em Estado Geral Regular(EGR), consciente, orientado deambula, concilia o sono, em ar ambiente, afebril, contactua pouco, dieta por via oral, abdômen plano e indolor a palpação, diurese presente e evacuação presente, pele integra, sem edemas, nega alergia. Pressão Arterial: 130 X 90 MMHG. 16 de Setembro:Estado geral Regular(EGR), sem alterações significantes. 17 de Setembro:Diurese normal, evacuação ausente. Abdome semigloboso. Aceitação boa da dieta por via oral. 18 de Setembro:Sem alterações significantes. Evacuação ausente há 3 dias. Pressão arterial: 12x80 mmhg. Exames Bioquímicos Não descritos detalhadamente no sistema. Interações Droga-Nutriente OMEPRAZOL: Inibidor de bomba protônica e antiulcera. Efeitos gastrointestinais adverso: diarréia, constipação, dor abdominal, náusea, flatulência, vômito, regurgitação. Interação droga nutriente: diminui a absorção de Ferro e Vitamina B12 (BULAS MED, 2016). ENALAPRIL: É uma droga que é hidrolisada antes da absorção formando um metabólito ativo, enalaprite, um inibidor competitivo da ECA (SYED et al,2006) A absorção do maleato de enalapril oral não é influenciada pela presença de alimentos no trato gastrintestinal No nível sanguíneo há aumento de potássio, uréia nitrogenada, creatinina; diminuição do sódio e, na urina, há proteinúria (REIS, 2004). SINVASTATINA: Está indicada para a redução do colesterol, quando a dieta apenas for insuficiente. (BULAS MED, 2016). Reações gastrointestinais adversas: Podem ocorrer flatulência, diarréia, constipação e náuseas, durante o uso. Sem interação droga nutriente. 55 CLONIDINA:Para tratamento da hipertensão. Tratamento da síndrome de abstinência de opiáceos (narcóticos). Interação droga-nutriente: Ausente. Reações gastrointestinais adversas: Prisão de ventre, enjôo e vômito (BULAS MED, 2016) Avaliação do Estado Nutricional Altura do joelho: 44 cm Circunferência da panturrilha: 27 cm COM DEPLEÇÃO DE MASSA MUSCULAR. (NHANHES III, 1991) Circunferência do Braço: 20 cm Estimativa da Altura: 150,3 cm Estimativa da CB: 63,89% DESNUTRIÇÃO GRAVE (BLACKBURN E THORNTON, 1979) Estimativa do Peso: 35kg IMC: 15,5kg/m2 Classificado em magreza grau 3 (OMS, 1997) Peso ideal: 56kg Peso ajustado: 50, 75 kg Necessidade Calórica e Protéica Usando peso ajustado 1200 kcal/ dia (Fórmula DITEN idoso, 2011/ fórmula: 13,5 x 50,75 + 478) 90 g/ dia (1,8g de Proteína por kg) CHO: 50% = 150g - 600 kcal LIP: 20% = 26g - 240 kcal PTN: 30% = 90 g - 360 kcal Conduta Nutricional Diagnóstico Nutricional: Paciente encontra-se com desnutrição grave, com depleção de massa muscular. Objetivo Dietoterápico: Auxiliar no ganho de peso. Minimizar a depleção muscular e auxiliar a recuperação da homeostase. Sugestão de cardápio Café da manhã Vitamina de banana 1 banana- 75g, 56 200 ml de leite – 1 copo Lanche da manhã Iogurte natural 1 pote – 200g Aveia 1 colher de sobremesa 7g Almoço Legumes refogados: Abobora, abobrinha e chuchu. 1 colher de arroz – 70g Arroz branco 4 colheresde sopa – 100g Fejão preto 4 colheres de sopa 70g Frango cozido 2 escumadeiras – 80g Salada crua Tomate, alface e pepino Á vontade Suco de limão 1 copo – 200 ml Lanche da tarde Whey protein 12 gramas – 1 colher de sopa rasa Suco de manga 1 copo – 200g Glutamina 3 gramas – 1 colher de café rasa Jantar Sopa de legumes com Macarrão e Carne 200g – 2 conchas 50g 20g Ceia Nutren Senior fórmula preparada Tetrapack 200g, 1 unidade. 57 Adequação calórica: 110,16% Adequação protéica:100% Orientação de alta Evite ao máximo sal É indicado o consumo de 5g de sal por dia, correspondente a 4 colheres de café (4g) rasas de sal adicionadas aos alimentos, que contém 2g de sal. Para tanto, recomenda-se reduzir o sal adicionados aos alimentos, evitar o saleiro à mesa e reduzir ou abolir a ingestão de alimentos industrializados. Por outro lado, a redução excessiva de sal na dieta também deve ser evitada, principalmente em pacientes usuários de diuréticos. Exercício físico A prática de atividade física regular está indicada para todos os indivíduos, e, para os hipertensos usuários e não usuários de medicamentos anti-hipertensivos. Antes de iniciar programas regulares de atividade física, os hipertensos devem ser submetidos à avaliação clínica especializada. Use mais ervas e que outros temperos artificiais Se o sal está proibido, para garantir que a comida não ficará sem gosto, o paciente hipertenso deve inovar e temperar os alimentos com alternativas: alho, cebola, salsa, coentro, cheiro-verde, louro, manjericão, hortelã, pimenta, limão, alecrim, noz- moscada, páprica, açafrão, gengibre, etc. Está tudo liberado! Cuidado com os alimentos industrializados Muitos alimentos têm sal e sódio em grande quantidade escondidos em sua composição. Comece a conferir a tabela nutricional dos produtos e prefira os alimentos que possuam menos de 150mg de sódio. Isso significa eliminar enlatados e conservas, embutidos, frios, biscoitos salgados, molhos prontos, sopas em pó e sucos de caixinha e saquinho etc. Confira a composição dos adoçantes Alguns adoçantes possuem ciclamato e sacarina de sódio em sua composição. Isso significa que contribuirão para a hipertensão e, portanto, devem ser evitados. Aumente o consumo de cálcio, magnésio e potássio Se o sódio é o inimigo dos hipertensos, o cálcio, o magnésio e o potássio são os grandes aliados. Esses minerais, presentes em diversos alimentos como o leite e a banana, protegem o organismo, minimizando a ação do sódio e reduzindo a pressão arterial. Manter peso ideal A obesidade e o sobrepeso são fatores de risco para a hipertensão e, quando controlados, podem gerar uma redução de até 20mm de Hg na pressão sistólica para cada 10kg perdidos. Se for o caso do paciente, a dieta também deve controlar 58 a ingestão calórica, reduzindo o consumo de doces, de carboidratos refinados e de gordura. Seja criativo na cozinha Inicialmente, a dieta do hipertenso pode parecer muito restritiva, mas, na verdade, as possibilidades são infinitas. Frutas, verduras, legumes, laticínios com baixa gordura e carnes magras estão completamente liberados. Os molhos e os temperos devem ser preparados em casa, para se ter controle da quantidade de sódio. Mantenha hábitos saudáveis O cigarro, o consumo de álcool e o sedentarismo contribuem para a hipertensão e são fatores de risco para doenças cardiovasculares, como infartos e derrames, então devem ser eliminados da vida do paciente. O exercício físico deve ser leve ou moderado inicialmente, como caminhadas, e ir se tornando mais intenso à medida que o condicionamento físico for melhorando. PREFERIR: Todo tipo de verduras e frutas frescas . Use mais variedades de temperos (cheiro verde, alho, vinagre, ervas, limão, orégano); Gorduras: azeite de oliva, margarina ou creme vegetal sem sal tipo Becel; EVITAR: Sal e temperos prontos com sal; Pão com sal; Feijoada, paio, bacon, toucinho; Carnes e pescados defumados e salgados (tipo bacalhau, carne de sol, charque, sardinha, atum); Embutidos (salsicha, lingüiça, salame, mortadela, presunto, etc), queijos salgados e patês; Molhos (Ajinomoto, molho inglês, molho shoyo e derivados), maionese, ketchup, extrato de tomate industrializado e caldo de carne industrializado (tipo Knor); Enlatados e conservas (ervilha, milho, azeitona, picles, palmito etc); Gorduras e excesso (frituras, empanados, folheados, carnes gordurosas). Sopas prontas; Salgadinhos, amendoim salgado, pipoca com sal e outros; Bebidas alcoólicas Referências • http://drauziovarella.com.br/ • VI Diretrizes Brasileiras de Hipertensão, 2010 • http://www.abc.med.br/p/hipertensao-arterial/22140/hipertensao+arterial.htm 59 • http://www.portaleducacao.com.br/farmacia/artigos/56632/medicamentos-x- nutrientes-quais-as-possiveis-interacoes • https://www.einstein.br/doencas-sintomas/avc/avc-i • REIS, N. T. Nutrição Clínica – Interações. Ed. Rubio: Rio de Janeiro, 2004. • SYED M.A; ARTI M.; FAHMEENA A.; MAMORU K. o Complexation of enalapril maleate with b-cyclodextrin: NMR spectroscopic study in solution. Quím. Nova v.29 n.4 São Paulo jul./ago. 2006. • Whey protein: composition, nutritional properties, appications in sports and benefits for human health. Fabiano Kenji HaraguchiI,1; Wilson César de AbreuII, III; Heberth de PaulaIV • Manual de orientação clínica para hipertensão. Secretária de Saúde de São Paulo, 2011. https://www.einstein.br/doencas-sintomas/avc/avc-i http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1415-52732006000400007#nt 60 7. CONCLUSÃO Estágio supervisionado em nutrição clínica efetuado no Hospital Nossa Senhora das Graças, promoveu a interação e assimilação da teoria aprendida de forma pedagógica durante a graduação com a prática, evidenciando a realidade da profissão em sua área clinica e confirmando que andam paralelas. A experiência contribui para obtenção de maior conhecimento profissional, postura ética, habilidades entre outros benefícios relacionados e grande humanização. O estágio pode realizar as minhas expectativas, com ótimo relacionamento com os profissionais do hospital que estavam sempre receptivos e aptos a auxiliar. 61 8. ANEXOS Triagem Nutricional - Paciente Idoso II Peso usual:____Kg Altura referida : _______ cm Mini Avaliação Nutricional (MAN) – Parte II (Para pacientes ≥ 60 anos) Triagem Vive Independente (não em casa de repouso)? 0 = Sim 1 = Não 0 Total =____0___ Qual a quantidade de líquido (água, suco, chá, leite...) consumido por dia? 0.0 = menos de 3 xícaras 0.5 = 3 a 5 xícaras 1.0 = mais de 5 xícaras Total =____0___ Toma mais de 3 medicamentos receitados por dia? 0 = Sim 1 = Não Total =_____1__ Modo de alimentação? 0 = não se alimentam sem auxilio 1 = se alimentam só mas com dificuldade 2 = alimentam-se sozinhos, sem problemas Total =______2_ Apresenta escaras ou úlceras cutâneas? 0 = Sim 1 = Não Total =_____1__ Ponto de vista pessoal da condição nutricional. 0 = vê se desnutrido 1 = não sabe opinar 2 = vê-se com problemas nutricionais Total =_______2 Quantas refeições completas faz por dia? 0 = uma refeição 1 = duas refeições 2 = três refeições Total =___2____ Como avalia sua saúde em comparação com outras pessoas da mesma idade? 0.0 = não muito boa 0.5 = não sabe 1.0 = tão boa quanto 2.0 = melhor Total =______0_ 62 Selecionar os marcadores de consumo para ingesta proteica * Ao menos 1 porção
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