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FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E MEIO AMBIENTE
CURSO DE GRADUAÇÃO EM MEDICINA VETERINÁRIA
EDUARDA CAMARGO
GIULIA DE LEON ROMERO
THAMIRES ANTUNES DE PAULA MACHADO
REVISÃO DE LITERATURA SOBRE OSTEOMIELITE
	
Porto Alegre
2022
1 INTRODUÇÃO
Este trabalho tem como objetivo descrever a doença osteomielite, causas, origem, sinais clínicos, diagnóstico por imagem, diagnósticos diferenciais e formas de tratamento.
Neste trabalho daremos ênfase no diagnóstico por imagem, destacando sua importância, qual o mais indicado para casos de osteomielite e quais os aspectos e alterações que podem ser visualizados.
 
2 OSTEOMIELITE – REVISÃO DE LITERATURA
A osteomielite é uma doença de caráter inflamatório, que acomete tecidos ósseos e tem como origem agentes infecciosos (Gomes, 2013). Geralmente associada a bactérias, mas também pode ser causada por agentes fúngicos, os quais podem ter como porta de entrada feridas abertas ou cirúrgicas, corpos estranhos, mordeduras ou entrarem pela via sanguínea através de fômites como agulhas (Crivellenti, 2015).
Também pode ser causadas por procedimentos cirúrgicos ortopédicos, como redução aberta e fixação interna de fraturas, fraturas expostas, doença dental crônica, rinite, otite média, lesão de coxins, plantar ou viagem a áreas endêmicas, lesões traumáticas e feridas por mordedura, penetração de corpo estranho, via hematógena (Saunders, 2008). Entre os agentes bacterianos que podem levar à osteomielite, cita-se Staphylococcus aureus e Staphylococcus epidermidis (Gomes, 2013). Características como sexo, raça ou idade não foram relatados como fatores predisponentes (Crivelleti, 2015). A osteomielite pode ser classificada como aguda, ou crônica, sendo a primeira desenvolvida em dentro de 2 semanas, a segunda em
após meses (Tobias, 2012).
2.1 Sinais clínicos 
 O animal pode apresentar sinais de claudicação, inapetência, aumento da temperatura, mal-estar, atrofia muscular e dor à palpação direta na área afetada (Saunders, 2008). Os sinais clínicos variam de acordo com a fase que se encontram, a fase aguda é caracterizada por doença sistêmica e edema de partes moles, e na fase crônica não há doença sistêmica, mas a infecção se manifesta na formação de fístulas, abcessos, e alterações ósseas destrutivas e proliferativas progressivas (Crivellenti 2015). Segundo Heitzmann (2017), manifestações específicas podem incluir dor local profunda, sensação de calor, edema e erupção cutânea, bem como sintomas gerais, como inapetência e febre. Feridas cirúrgicas secretoras purulentas ou formação de fístulas cutâneas também são achados muito sugestivos à inspeção.
2.2 Diagnóstico 
 Pode-se chegar ao diagnóstico através da soma dos dados obtidos na anamnese e histórico do paciente, exame físico e exames de imagem e laboratoriais (Yu, 2019). Em casos de infecção sistêmica aguda, evidencia-se alterações em células de defesa, como leucocitose por neutrofilia no hemograma, porém, a osteomielite crônica pode não causar alterações hematológicas relevantes (Saunders, 2008). No caso de osteomielite aguda não se há alterações visíveis em exames radiográficos, apenas tecidos moles edemaciados, apenas após 5 a 10 dias do início da inflamação é visível no exame radiográfico. (Johnson, 1994). Nos estágios mais avançados da osteomielite observa-se no exame radiográfico ilhas isoladas no osso com sequestro, separados com revestimento de invólucro, mas com área de osteoporose,e se tem formação de ossos novos sob o periósteo. Quando é decorrente de corpo estranho como, colocação de pinos e placas ortopédicas ocorrem áreas de osteólise ao redor. (Caywood, 1978; Trail, 1994). Pode-se observar radiograficamente sequestro necrótico com perda de densidade óssea, com proliferação óssea (Bezerra, 2018). As imagens radiográficas auxiliam na localização e conformação da lesão, que, junto a outros exames, podem levar ao diagnóstico. Também pode ser coletado amostra do local da lesão óssea para realização de cultura e biópsia do material, e, se o paciente apresenta febre e acometimento sistêmico, pode ser feito cultura do material sanguíneo (Tobias, 2012). A tomografia pode ser utilizada como mais um meio de diagnóstico da osteomielite, mas essa deve ser utilizada associando-a com a anamnese e os achados do exame clínico, pois não demonstra achados de imagem patognomônicos da enfermidade. As alterações que podem ser observadas na tomografia são, áreas hipodensas irregulares que podem ser uni ou multiloculares, o córtex do osso pode estar com áreas de osteólise e próximo a essas áreas pode ser observado regiões escleróticas, reação periosteal e áreas de sequestro (Verde, 2012).
2.3 Diagnóstico diferencial
 Como diagnóstico diferencial para osteomielite temos o osteossarcoma. Segundo Pichinelli (2014) osteossarcoma e osteomielite, possuem imagem radiográfica muito semelhante na maioria dos casos, como proliferação e/ou lise óssea, presença do triângulo de Codman e perda do padrão trabecular ósseo, além de sintomas clínicos similares como claudicação e possível presença de fraturas patológicas. 
 2.4 Tratamento 
 O tratamento da osteomielite pode variar conforme diferentes aspectos da doença, como aspectos das lesões e severidade (Crivelleti, 2015). A terapia mais utilizada no tratamento é o uso de antibióticos, associada à analgesia, através de fármacos como tramadol, os quais devem ser escolhidos conforme avaliação da escala de dor. O objetivo do tratamento é a remissão, que é caracterizada como a total falta de sinais de infecção, pelo menos um ano após o fim da administração de antibióticos (Gomes, 2013). A escolha dos fármacos antibióticos deve ser feita através da análise do resultado de exames laboratoriais como cultura e antibiograma, para determinar qual o princípio ativo mais eficaz para determinado agente etiológico, e a antibioticoterapia deve ser mantida por 3 a 4 semanas em casos agudos e 4 a 6 semanas em infecções crônicas (Crivelleti, 2015). 
 Deve-se estabelecer qual a causa base da infecção para que a mesma seja corrigida. 
 Pode ser realizada estabilização da fratura nos casos em que for necessário e também, intervenção cirúrgica se indicado pelo médico veterinário especialista (Tobias, 2012).
Figura 1- Radiografia de membro pélvico esquerdo, evidenciando osteomielite por lesão traumática.
 
Fonte: M.V Cibele Leon (2022).
3 CONCLUSÃO
 Deste modo, conclui-se que os exames de imagem são de grande importância para chegar ao diagnóstico de osteomielite, pois demonstram aspecto e conformação da lesão, associados aos sinais clínicos, anamnese e histórico do paciente. Destacam-se a radiografia e a tomografia como exames escolhidos para tal doença. Também deve-se destacar a necessidade de diferenciar de neoplasias, que podem ter aspectos similares.
4 REFERÊNCIAS
BILGE, Ali et al. Could ozone treatment be a promising alternative for osteomyelitis? An experimental study. Revista Acta Ortopédica Brasileira, vol. 26 no 1, 2018, 67 p.
CAYWOOD, D. D; WELLACE, L. BRADEN, T. D. Osteomyelitis in the dog: A review of 67 cases. JAVMA, 11.172, p. 943 , 1978.
CRIVELLENTI, L. Z.; BORIN-CRIVELLENTI, S. Casos de rotina em medicina veterinária de pequenos animais. 2ª ed. São Paulo: Editora MedVet, 2015.
FILHO, J. B. Avulsão de caso associado a osteíte infecciosa e osteomielite em equino: relato de caso. 2018. 66 p. Dissertação (Bacharelado em Medicina Veterinária) - Universidade Federal da Paraíba, Areia, Paraíba, 2018.
GOMES, Diana et al. Osteomyelitis: an overview of antimicrobial therapy. Brazilian Journal of Pharmaceutical Sciences, Lisboa, vol. 49, n. 1, jan./mar., 2013.
JOHNSON, K. A. Ostiomyelitis in dogs and cats. Journal of the American Veterinary Medical Association, v.12, n. 204, p. 1882-1884, 1994.
MENESES, T. R. B. Osteomielite em pequenos animais: diagnóstico e tratamento - Revisão de literatura. 2017. 32 p. Dissertação (Curso de Medicina Veterinária) - Universidade Federal de Campina Grande, Patos, Paraíba, 2017.
PICHINELLI, M. A. Análise comparativadas alterações radiográficas observadas no osteossarcoma e na osteomielite em cães. 2014. 16 p. Dissertação (Faculdade de Medicina Veterinária) - Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho, Araçatuba, 2014. 
STURION, D. J.; ISQUERDO, R.; LAGANARO, S. L.; GARBELINI, M. E.; TANAKA, N. M.; STURION, M. A. T. Aspectos clínicos e tratamento da osteomielite. UNOPAR Cient., Ciênc. Biol. Saúde, Londrina, v. 2, n. 1, p. 151-160, out. 2000.
TOBIAS, K. M.; JOHNSTON, S. A. Veterinary surgery small animal. v. 1. St. Louis, Missouri, 2012. 669 - 672 p.
THRALL, D. E. Textbook of veterinary diagnostic radiology. 2. ed. Philadelphia : W.B. Saunders, 1994.

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