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Flavia torin Gregorio Rochelle Ensino superior de Tecnologo em Gestão Hospitalar 3° semestre RA 3119740103 Portifolio Flávia Torin Gregorio Rochelle Gestao Hospitalar Piracicaba 2022 2 Flavia torin Gregorio Rochelle Ensino superior de Tecnologo em Gestão Hospitalar 3° semestre RA 3119740103 Polo presencial: Anhnguera de Piracicaba Curso: 100% remoto Disciplinas integradas: Saude coletiva; Formação Integral em saude; Estrategia da Saude e da Familia; Microeconomia; ED-Politicas Publicas Disciplinas integradas do semestre passado: Capital de Giro e Análise das Demonstrações Financeiras; Marketing de Produtos e Serviços; Análise de Custos; Contabilidade; Planejamento Financeiro e Orçamentário; Gestão de Pessoas; Responsabilidade Social e Ambiental Tutora a distancia: Kamilla Mateus Tutora presencial: não encontrada Coordenadora: não encontrada Assunto: O que a pandemia revelou sobre a Atenção Básica do SUS Flávia Torin Gregorio Rochelle Gestao Hospitalar Piracicaba 2022 3 Sumario Introdução Desenvolvimento Conclusão Referencias bibliográficas Flávia Torin Gregorio Rochelle Gestao Hospitalar Piracicaba 2022 4 Introdução A pandemia da Covid-19 representou e ainda representa um grande desafio para a sociedade, para os sistemas de saúde e para a ciência, exigindo um conjunto de respostas articuladas para seu enfrentamento, sendo crucial que se discuta o papel a ser desempenhado pela Atenção Primária à Saúde (APS). No caso brasileiro, pode-se afirmar que não é tarefa simples responder às demandas decorrentes da pandemia da Covid-19, em consonância com os princípios fundamentais do SUS, considerando-se que, assim como tem ocorrido em outros países, a resposta sanitária ainda está centrada nos serviços hospitalares, com ações para ampliação do número de leitos, especialmente, de unidades de tratamento intensivo e respiradores pulmonares. Sem retirar a importância da adequada estruturação da atenção especializada voltada aos casos mais graves da Covid-19, é preciso destacar que na APS há um enorme conjunto de ações e estratégias que podem ser implementadas na prevenção e controle de expansão da epidemia. A reorganização dos serviços de APS é imperativa, uma vez que a maioria dos casos infectados serão assintomáticos ou apresentarão formas leves da doença, com indicação de isolamento domiciliar, ou seja, deverão ser monitorados pela APS e encaminhados a outros níveis do sistema, se for necessário. Ademais, em inúmeros municípios brasileiros o único serviço de saúde disponível são as UBS, o que reforça esta preocupação. Adicionalmente, os serviços de APS, pela sua capilaridade e atuação no território, são responsáveis pelo desenvolvimento de ações de promoção, prevenção e cuidado a uma enorme gama de problemas de saúde que não podem ser descontinuadas. Isto cobra medidas que promovam a sustentabilidade desta atenção, garantindo a segurança tanto de usuários quanto de trabalhadores da APS durante o período da pandemia. Esta preocupação é essencial, pois na recente epidemia de Ebola foi evidenciado que o foco exclusivo na epidemia pode ter efeitos desastrosos na morbidade e mortalidade por outros problemas de saúde, ao se reduzir o acesso para cuidado de outras condições e agravos que a APS enfrenta cotidianamente. Frente a este cenário, o objetivo desta pesquisa foi identificar os principais constrangimentos e as estratégias de reorganização da APS utilizadas pela APS no enfrentamento da Covid-19 nos municípios brasileiros, para orientar a formulação de recomendações de iniciativas mais adequadas a diferentes contextos com base nas experiências e nas dificuldades enfrentadas. Flávia Torin Gregorio Rochelle Gestao Hospitalar Piracicaba 2022 5 Desenvolvimento Apresentação Covid-19 levou mais de 100.oo0 brasileiros a obito. Uma das mais importantes estratégias para tentar diminuir o espraiamento da pandemia e consequentemente o crescimento do número de mortes é uma ação articulada e uníssona dos milhares de serviços de Atenção Primária à Saúde. O enfrentamento da pandemia Covid-19, além da garantia do cuidado individual requer uma abordagem comunitária de vigilância da saúde. Os serviços de atenção primária do SUS especialmente, as equipes da Estratégia Saúde da Família, por seus atributos de responsabilidade territorial, orientação comunitária e sua forte capilaridade em todo o território nacional são os mais adequados para esta abordagem. Mais que nunca, faz-se necessária a articulação do individual com o coletivo, a atuação integrada no âmbito das unidades de saúde com os territórios, a comunidade e seus equipamentos sociais. É importante que a reorganização do processo de trabalho na APS no contexto da epidemia se faça de modo a preservar os seus atributos de acesso, longitudinalidade, coordenação do cuidado, abordagem familiar e abordagem comunitária. Ademais, é necessário manter o contato das pessoas com os profissionais de saúde que cuidam delas diariamente, seja para detectar precocemente a infecção por Covid-19, monitorá-la, atender a qualquer outro problema de saúde, garantindo a continuidade dos cuidados e o apoio social aos grupos vulneráveis, ao mesmo tempo em que se garantem as condições de proteção dos trabalhadores e da população. A Gestão da Qualidade é um processo de melhoria contínua dos serviços prestados, envolvendo mudanças organizacionais e culturais. Para mudar é preciso conhecer e aplicar as ferramentas que ajudarão os gestores a diagnosticar e encontrar soluções para os problemas que afligem suas atividades diárias. Nos serviços assistenciais de saúde, a qualidade está sendo alvo da Política Nacional de Humanização – SUS e do Programa Nacional de Humanização da Assistência Hospitalar – PNH AH do Ministério da Saúde, visando à melhoria do atendimento aos usuários da rede pública e privada de saúde. Trabalhar com qualidade requer capacitação das equipes, articulação dos grupos de forma permanente, definição clara de objetivos, normatização do processo produtivo e avaliação contínua, dentro do contexto hospitalar. O presente trabalho se propõe a trazer alguns conceitos sobre: acreditação hospitalar no Brasil; o histórico da acreditação hospitalar no Brasil; entidades envolvidas no processo de acreditação hospitalar; histórico das organizações e seu papel no processo; gráficos com indicadores de acreditações em todo o território nacional; os aspectos avaliados pelas entidades no ambiente hospitalar, dentro do contexto do estudo de caso; a análise de qualidade nos serviços de saúde e sua importância para a acreditação hospitalar; ferramentas de marketing que podem e são usadas também dentro do contexto hospitalar; e a importância da auditoria interna para que o processo de acreditação aconteça. Desta forma foi possível determinar quais as ferramentas e devem ser trabalhadas para que possamos pleitear a acreditação hospitalar junto às entidades a creditadoras. Sendo assim estou apresentando a vocês este portfólio trazendo informações de suma importância para o processo de acreditação. Flávia Torin Gregorio Rochelle Gestao Hospitalar Piracicaba 2022 6 A essa altura, temos a ampla noção de que a pandemia de covid-19 expôs as fragilidades de sistemas de saúde em todo o mundo. Mas pesquisadores da Fiocruz no Rio de Janeiro e Ceará buscaram entender detalhadamente de que forma isso aconteceu no Brasil a partir da investigação de trabalhadores que integram a Estratégia de Saúde da Família (ESF). A primeira parte – chamada de “recorte inaugural” – da pesquisa nacional “Análise do Processo de Trabalho daESF na Pandemia de Covid-19” Foi divulgada . Nesta fase, foram analisados Ceará e Paraíba – estados do Nordeste com mais de 84% de cobertura da ESF – durante o segundo semestre de 2020. Na análise e nos dados do estudo, chamam a atenção em especial dois elementos: as Equipes de Saúde da Família (EqSF) foram reconhecidas como porta principal para os cuidados da covid-19 pelo SUS. Percebeu-se, inclusive, um aumento de seus usuários nos estados. Mas a falta de ação coordenada e a má gestão pelo ministério da Saúde deixaram os profissionais e as UBSs desamparados. Faltaram EPIs, testes e insumos para tratar a população. Além disso, ações e serviços de rotina foram interrompidos para dar atenção à covid – seja para tratar pacientes ou para evitar a propagação do vírus. Esse último fato continua a preocupar pesquisadores, pois pode ter grande influência na saúde atual da população. A primeira preocupação que os pesquisadores relatam no artigo é a sobrecarga das EqSF, que compromete gravemente seu trabalho. Segundo o texto, “19,37% integram equipes responsáveis por mais de 6 mil pessoas”. Este fato choca-se com o disposto na Política Nacional de Atenção Básica (PNAB), segundo a qual população atendida por cada equipe “deve ser de 2 mil a 3.500 pessoas”. Além disso, uma parcela considerável dos pesquisados (16,2%) respondeu não saber quantas pessoas sua equipe atende ou não haver esse registro. Isso, analisam os estudiosos, é sinal de fragilidade do sistema, que é pensado para agir diretamente nos territórios, “com relação interpessoal contínua entre paciente e cuidador, caracterizada por confiança e responsabilidade” Mais preocupante foi a ausência de testes de covid, nessa etapa da pandemia em que ainda não havia vacinas e a única maneira de prevenir a doença era com distanciamento e isolamento de pacientes. Os dados das UBSs do Ceará e da Paraíba são contundentes para explicar por que o Brasil chegou a ser o epicentro da pandemia durante 2021. O teste de RT-PCR, o mais eficiente para detectar covid, esteve ausente ou foi apenas raramente utilizado segundo 57,9% das trabalhadoras. O chamado teste rápido, de qualidade inferior, esteve mais presente, mas ainda assim faltou a 33,6% das entrevistadas. Como se não bastasse, a própria estrutura das UBSs mostrou-se comprometida – começando pela disponibilidade de equipamentos de proteção individual (EPI) para os profissionais de saúde. Houve quantidade insuficiente de máscaras N95 (para 53,4% das respondentes) e cirúrgicas (24,5%), óculos de proteção (54,4%) e avental descartável (59,4%). Insumos como oxigênio, oxímetro e termômetro infravermelho, para tratar doentes de covid, também faltaram. Tampouco houve capacitação ampla para as trabalhadoras, nessa fase que as surpreendeu. E a comunicação também esteve difícil: 43,2% relataram ter internet de qualidade regular, e 74% disseram trabalhar em unidades sem telefone. É interessante analisar o perfil dos trabalhadores da saúde que participaram do projeto. O questionário foi feito através de formulário digital divulgado entre as equipes, e os pesquisadores selecionaram um total de 962 respostas representativas da realidade do Ceará e da Paraíba. O gênero feminino prevalece: 81,2% são mulheres entre 18 e 39 anos (61,9%). Embora a maior parte delas tenha vínculo de trabalho efetivo, 36,3% relataram estar em contrato temporário. Preponderam as Agentes Comunitárias de Saúde (29%), enfermeiras (26,6%), profissionais do Núcleo de Apoio da Saúde da Família (12,68%) e médicas (13,5%). https://opara.nyc3.cdn.digitaloceanspaces.com/outraspalavras/uploads/2022/04/28064656/Vinculo_longitudinal_da_Estrategia_Saude_da_Familia_na_pandemia.pdf https://opara.nyc3.cdn.digitaloceanspaces.com/outraspalavras/uploads/2022/04/28064656/Vinculo_longitudinal_da_Estrategia_Saude_da_Familia_na_pandemia.pdf Flávia Torin Gregorio Rochelle Gestao Hospitalar Piracicaba 2022 7 Por fim, os pesquisadores da Fiocruz concluem que é urgente fortalecer a ESF, porta de entrada de usuários no SUS. A população reconhece a estrutura já está estabelecida – faltou apenas vontade política para fortalecê-la durante a maior crise sanitária que o país já atravessou. Não custa lembrar que, nesse mesmo período, em Brasília, o governo negava a pandemia e o ministério da Saúde passou por três trocas de gestão – piorando gradativamente em cada uma delas. Segundo o estudo, a solução é colocar a Atenção Primária à Saúde no foco do planejamento – como preconiza o SUS. “Do contrário, ter-se-á como herança da covid-19 no Brasil o fortalecimento da hegemonia biomédica, médico-centrada, medicalizante e hospitalocêntrica. Equipes ‘preparadas, protegidas e equipadas’ fortalecem o vínculo longitudinal da ESF” Eixos fundamentais Vigilância em saúde : O primeiro eixo de ação da APS é a vigilância em saúde nos territórios, em estreita cooperação com os setores de vigilância em saúde, para bloquear e reduzir o risco de expansão da epidemia, coordenando no território, ações de prevenção primária e secundária à Covid-19 com identificação de casos, testagem e busca ativa de contatos, apoio ao isolamento domiciliar de casos e quarentena dos contatos; notificação de casos; e ações de educação em saúde, visando bloquear e reduzir o risco de expansão da pandemia. Atenção aos usuários com Covid-19 : essa é outra responsabilidade das equipes APS , o cuidado individual dos casos confirmados e suspeitos de Covid-19, organizando fluxos separados de atenção para sintomáticos respiratórios/casos suspeitos, cuidando dos pacientes com quadros leves e garantindo o encaminhamento oportuno daqueles que necessitem de cuidados de outros níveis de atenção; com telemonitoramento pela equipe de casos e contatos, além de tele atendimento, disponibilizando telefone de contato para os usuários. Continuidade dos cuidados ofertados pela APS : As atividades de rotina da APS precisam ser preservadas em tempos de pandemia, até porque as previsões apontam para um longo curso de convivência com o novo vírus, com alternância de maior e menor isolamento social, o que exige readequação de certos procedimentos e incorporação de outros para que a APS funcione cumprindo sua missão, incluindo novas formas de cuidado cotidiano à distância, evitando o risco de aprofundamento da exclusão do acesso e das desigualdades sociais. Buscar contatar por telefone os pacientes pré-agendados e realizar teleconsulta com médicos ou enfermeiros da equipe são iniciativas sugeridas por experiências em curso, lembrando-se que, para alguns, serão mantidos atendimentos presenciais, assim como outras atividades de rotina, a exemplo da vacinação que precisa ser realizada sem expor a população ao risco de contágio. Apoio social a grupos vulneráveis : Outro eixo de ação é o apoio social das equipes ESF para dar resposta às necessidades de populações socialmente vulneráveis e de grupos de risco, como idosos e indivíduos que apresentam comorbidades, que vivem cotidianamente situações de isolamento ou restrições, agora agravadas na pandemia. Para que possa, efetivamente, seguir as recomendações preventivas relacionadas à Covid-19, essa população necessitará de todo tipo de apoio (sanitário, financeiro, psicológico e social), incluindo o acesso aos mecanismos de proteção social. A ação coordenada no território com as lideranças, instituições e organizações locais, articulando as ações implementadas pelas equipes com as iniciativas comunitárias é fundamental para apoio social às populações em maior vulnerabilidade Flávia Torin Gregorio Rochelle Gestao Hospitalar Piracicaba 2022 8 Histórico da acreditação hospitalar no Brasil O que é Acreditação? É um sistema de avaliação e certificação da qualidade de serviços de saúde, voluntário, periódico e reservado. Nas experiências, brasileira e internacional, é uma ação coordenadapor uma organização ou agência não governamental encarregada do desenvolvimento e implantação da sua metodologia. Em seus princípios tem um caráter eminentemente educativo, voltado para a melhoria contínua, sem finalidade de fiscalização ou controle oficial, não devendo ser confundido com os procedimentos de licenciamento e ações típicas de Estado. (ONA) O processo acreditação é pautado por três princípios fundamentais: é voluntário, feito por escolha da organização de saúde; é periódico, com avaliação das organizações de saúde para certificação e durante o período de validade do certificado; é reservado, ou seja, as informações coletadas em cada organização de saúde no processo de avaliação não são divulgadas. Ainda sob a visão da ONA a acreditação hospitalar no Brasil, tem seus primeiros exemplos na década de1990, nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná e Rio Grande do Sul. Estas iniciativas foram decisivas para a sistematização de processos de acompanhamento e avaliação, gerando o primeiro Manual Brasileiro de Acreditação Hospitalar. O esforço de padronização foi aprovado pelas instituições hospitalares participantes e por representantes das Secretarias de Políticas de Saúde e de Assistência à Saúde do Ministério da Saúde, em junho de1998. ONA A ONA foi funda da em 1999 por entidades públicas e privadas do setor de saúde. Sua criação está ligada às mudanças que ocorreram após a Constituição de 1988, que definiu a saúde como um direito de todo cidadão. Na década de 1990, instituições de saúde e governos começaram a se preocupar fortemente com a avaliação dos serviços oferecidos à população. Foi nesse período que surgiram as primeiras iniciativas regionais de acreditação e o Manual de Acreditação de Hospitais para América Latina e Caribe, publicado pela Federação Brasileira de Hospitais, Federação Latino-americana de Hospitais e Organização Pan-Americana da Saúde - OPAS. A metodologia de avaliação da ONA foi desenvolvida a partir da revisão desses modelos de acreditação regionais e dos manuais da América Latina e de países como Estados Unidos, Canadá, Espanha e Inglaterra. Para ser utilizado nacionalmente, o manual da ONA foi testado em instituições de saúde nas cinco regiões do Brasil. Desde sua criação, a ONA coordena o Sistema Brasileiro de Acreditação - SBA, que reúne organizações e serviços de saúde, entidades e instituições acreditadoras em prol da segurança do paciente e da melhoria do atendimento. Mapa de certificações da ONA no Brasil por região e tipos de certificações válidas em abril de 2017: Flávia Torin Gregorio Rochelle Gestao Hospitalar Piracicaba 2022 9 Gráfico1: Mapa de Certificações ONA De acordo com consulta aos dados da ONA em maio de 2009, havia no Brasil 103 hospitais acreditados; em outubro de 2011, foram contabilizados 151. Em agosto de 2012, número de hospitais credenciados já estava em 318, indicando um aumento superior a 100% em apenas um ano. Esses serviços hospitalares estão dispersos geograficamente, com maior concentração no estado de São Paulo, seguido pelo estado de Minas Gerais, em qualquer um dos três níveis, conforme pode ser observado na Tabela 1. No Sudeste se concentra o maior número de hospitais acreditados, seguidos pelos estados do Rio Grande do Sul e da Bahia. A região Norte conta com cinco. A região com o menor número é a Centro-oeste, com apenas três. Percebe -se também que entre os anos 2009 a 2012 o quantitativo de hospitais que passaram a ser acreditados cresceu de forma desigual entre as regiões. Flávia Torin Gregorio Rochelle Gestao Hospitalar Piracicaba 2022 10 Tabela 1: Serviços Hospitalares acreditados Fonte: ONA 2012 Conforme podemos perceber na tabela 1, houve um aumento de 209% na quantidade de estabelecimentos acreditados pela ONA, no período de 2009 a 2012; passando de103 estabelecimentos em 2009 para 318 estabelecimentos em 2012,tambem podemos verificar geograficamente os seguintes dados no ano de 2012: a região sul tinha em seu território 10,0% dos estabelecimentos acreditados pela ONA, a região Sudeste tinha em seu território 76,0% dos estabelecimentos acreditados pela ONA, a região Centro Oeste tinha em seu território 4,0% dos estabelecimentos acreditados pela ONA, a região Norte tinha em seu território 1,5% dos estabelecimentos acreditados pela ONA e a região Nordeste tinha em seu território 8,5% dos estabelecimentos acreditados pela ONA. Aspectos avaliados para Acreditação dos hospitais citados no estudo de caso: No Hospital “A” foram analisados os seguintes itens: A qualidade assistencial ao paciente; O índice de satisfação do cliente “in loco” e pós atendimento; A segurança e a qualidade do atendimento visando a satisfação do paciente; Os indicadores de setoriais de qualidade, amplamente divulgados e analisados; Os itens em não conformidade com as normas de qualidade; Flávia Torin Gregorio Rochelle Gestao Hospitalar Piracicaba 2022 11 A integração Médico x Enfermagem no processo de qualidade; O modelo de gestão na qualidade assistencial; Os indicadores de qualidade que demonstrem a segurança, a organização e os resultados na assistência aos pacientes e a antecipação a ações corretivas. Para iniciar o processo de acreditação, os hospitais perceberam a necessidade de implantar a Gestão da Qualidade. Com isso, houve revisão dos indicadores institucionais, voltando-se para indicadores específicos de qualidade na assistência, onde é feita mensalmente uma análise crítica referente ao mês anterior com o objetivo de avaliar o real desempenho das politicas desenvolvidas e seus resultados. Os indicadores de qualidade mensuram a satisfação, eficiência e eficacia dos serviços disponibilizados pelo hospital a os clientes ou pacientes. Nos indicadores assistenciais mensura-se a qualidade na assistência e podemos analisar muitos itens, tais como: risco de mortalidade, taxa de infecção, taxa de ocupação de leitos, etc.. ANÁLISE DE QUALIDADE NOS SERVIÇOS DE SAÚDE E SUA IMPORTÂNCIA PARA A ACREDITAÇÃO HOSPITALAR Desde que teve início o atendimento médico-hospitalar, pôde-se identificar uma preocupação com a qualidade, uma vez que parece pouco provável o fato de alguém atuar sobre a vida de seu semelhante sem manifestar a intenção de fazê-lo com a melhor qualidade possível. Ber wick (9,10) - 2009 afirma que é possível adaptar os conceitos de qualidade utiliza dos na indústria, para o setor saúde, até com certa facilidade, dando exemplos concretos da utilização das tradicionais ferramentas da qualidade. Contudo, a evolução da qualidade nos serviços de saúde, embora recente, seus antecedentes situam- se na metade do século XIX (11). Em geral, a avaliação da qualidade é realizada tendo por base variáveis gerenciais, segundo o enfoque de sistemas. Procura medir as condições estruturais dos serviços, desde os parâmetros físicos, de habilitação de pessoal, e/ou do desempenho do equipamento. Outras maneiras de realizara avaliação são através de indicadores do processo, função de sensibilidade das tarefas ou especificação da assistência médica e da indicação e aplicação apropriada da terapêutica (12). Assim, os serviços de saúde iniciaram o engajamento no movimento pela qualidade já existente em outras áreas de atuação. Avedis Donabedian (13,14), pediatra armênio radicado nos Estados Unidos, foi o pioneiro no setor saúde, sendo o primeiro autor que se dedicou de maneira sistemática a estudar e publicar sobre qualidade em saúde. Este autor, absorveu da teoria de sistemas a noção de indicadoresde estrutura, processo e resultado adaptando-os ao atendimento hospitalar, abordagens que se tornaram um clássico nos estudos de qualidade em saúde. O componente Estrutura corresponde às características relativamente estáveis e necessárias ao processo assistencial, abrangendo a área física, recursos humanos (número, tipo, distribuição e qualificação), recursos materiais e financeiros, sistemas de informação e instrumentos normativos técnico-administrativos, apoio político e condições organizacionais. O componente Processo corresponde à prestação da assistência segundo padrões técnico-científicos, estabelecidos e aceitos na comunidade científica sobre determinado assunto e, a utilização dos recursos nos seus aspectos quanti-qualitativos. Inclui o reconhecimento de problemas, métodos diagnósticos, diagnóstico e os cuidados prestados. O componente Resultados corresponde às consequências das atividades realizadas nos serviços de saúde, ou pelo profissional em termos de mudanças verificadas no estado de saúde dos pacientes, considerando também as mudanças relacionadas a conhecimentos e comportamentos, bem como a satisfação do usuário e do trabalhador ligada ao recebimento e prestação dos cuidados, respectivamente. Mesmo que os resultados constituam um indicador de qualidade da assistência médica, é necessário realizar avaliações simultâneas das estruturas e dos processos para conhecer as razões das diferenças encontradas, de Flávia Torin Gregorio Rochelle Gestao Hospitalar Piracicaba 2022 12 forma a planejar intervenções, que levem não apenas à melhoria da assistência à saúde, mas também ao alcance da eficiência na administração dos serviços de saúde (15). Neste sentido, ganha relevância a avaliação dos resultados obtidos pela assistência prestada, com o objetivo de intervir nos vários componentes dos sistemas e subsistemas, para operar mudanças e melhorar a qualidade dos serviços, e assim ficar dentro dos padrões para acreditação hospitalar. Ferramentas importantes de marketing: O banco de dados é um aspecto fundamental ao marketing de relacionamento, pois os dados necessários para o desenvolvimento de informações necessárias à gestão dos relacionamentos de uma organização estão nele armazenados ou pelo menos deveriam estar. Para Las Casas (2008), a realização de um bom marketing de relacionamento está condicionada à existência e manutenção de um banco de dados atualizado e à oferta de produtos e serviços com qualidade. Zenone (2010, p. 51), por sua vez, diz que o banco dedados “é responsável pelo armazena mento e pelo percurso das informações pela organização, portanto, deve ser o sistema central para o desenvolvimento de estratégias de relacionamento”. Embora os autores destaquem a relevância do banco de dados, não apenas para atividades de marketing, observa-se no cotidiano uma grande quantidade de organizações, principalmente nas de pequeno e médio porte, uma realidade de pouco aproveitamento os recursos que esse instrumento pode proporcionar. Muitas organizações possuem banco de dados desatualizado, outras se quer o possuem como estrutura organizada, mesmo tendo uma infraestrutura tecnológica que possibilite explorar ao máximo suas potencialidades. Pense na sua organização: como isso acontece? Ela possui um banco de dados estruturado? Esse banco de dados está atualizado? Como são trabalhados os dados disponibilizados por esse banco? Embora sejam questões aparentemente simples, atenção a elas e o uso eficaz dos recursos dos bancos de dados podem apresentar um impacto significativo no direcionamento do negócio, por isso, considere atenciosamente essa reflexão. O conceito de banco de dados, ou ainda data base, conforme Zenone (2 010, p . 52), “pode ser entendido como um conjunto de dados arquivados em um sistema permitindo o inter-relacionamento, ou seja, permitindo que todos os dados sejam cruzados, extraindo informações preciosas para o negócio”. Ainda, segundo o mesmo autor, as funções básicas de um banco de dados são receber dados provenientes de diversos pontos de contato da organização, armazenar e tratar adequadamente os dados e disponibilizar as informações para todas as áreas organizacionais visando a integração dos diversos setores. Por pontos de contato consideram-se todos os meios pelos quais o cliente se identifica com a organização, estabelece relação com ela, podendo ser desde um funcionário até um sistema virtual de atendimento, entre outros. Para a construção de um bom banco de dados, Las Casas (2008) sugere que a organização desenvolva uma estrutura tecnológica com hardware e software adequados, pois o conhecimento dos consumidores possibilitará a identificação e divulgação de suas características, satisfações e insatisfações, de forma que seja possível preparar toda a organização para atender e satisfazer os desejos e as necessidades desse consumidor. “Comum banco de dados, é possível gerenciar as informações e construir relacionamentos de longo prazo, que é o objetivo o marketing” (LAS CAS AS ,2008, p. 27). A partir da ideia de marketing de relacionamento, desenvolve-se o conceito de gerenciamento da relação com o cliente, representado pela sigla CRM, da denominação em inglês Customer Relationship Management. CRM (Customer Relationship Management) O CRM (Customer Relationship Management) ou Gestão de Relacionamento com o Cliente é uma estratégia utilizada pelas organizações e visa criar e 19 gerenciar a relação com os clientes, colocando -os como foco de seus negócios e assim perceber e desenhar as necessidades de clientes atuais e potenciais. Madruga (2010, p.90) afirma que: “as definições de CRM variam de acordo com a origem e o objetivo da literatura. Alguns autores qualificam o CRM como conceito, outros como estratégia e outros ainda como tecnologia. Nos dias atuais, já se aceita que CRM seja composto por tudo isso.”. Conforme Bose et al. (apud Madruga et al. 2010 p.91): “CRM é a integração de tecnologia e processos de negócios, usada para satisfazer às necessidades dos clientes durante qualquer interação. Especificamente, CRM envolve a aquisição, análise e uso do conhecimento de clientes para a venda mais eficiente de produtos e serviços”. Todas as atividades com o cliente devem ser registradas de uma forma Flávia Torin Gregorio Rochelle Gestao Hospitalar Piracicaba 2022 13 padronizada, independente da forma de contato como: email, orçamento, twitter, orkut, contatos telefônicos e outras atividades ou informações sobre o cliente. Isso tudo depois é analisado e se torna fonte para relatórios gerenciais. Pode se dividir o CRM em três partes ou tipos: A parte operacional; que visa os canais de relacionamento, mas exatamente a criação de canais de vendas. A parte analítica; como o nome já diz é a análise dos dados e informações, de forma que os da dos gerem um conhecimento voltado a criar negócios, a parte de inteligência do processo. Tem como objetivo identificar as necessidades dos clientes através do acompanhamento de seus hábitos. A parte colaborativa; onde o foco é a obtenção do valor do cliente, fundamentada em conhecimento e interação com o cliente. Alguns autores citam o CRM também como uma estratégia de negócio, muito apoiado nos sistemas de informação. Uma empresa consegue identificar clientes potencias e estabelecer um estreitamento no relacionamento possibilitando que o mesmo passe a ser cliente efetivo. Contudo, para isto é preciso ter uma visão única do cliente com seus dados históricos, contatos e transações. CRM mantém seus clientes, aumenta seu faturamento, cria novos clientes e torna sua empresa referência no mercado. Marketing Viral O marketing viral é usado para propagar a marca entre os consumidores através deações que trabalham as emoções e motivações do público alvo. Uma das grandes vantagens do marketing viral é o efeito multiplicador da comunicação, permitindo que milhares de consumidores tenham a cesso a marca através da recomendação de outros consumidores. Como a comunicação na Internet é muito mais rápida e as redes sociais são grandes redes de relacionamentos o e feito boca-a -boca nela foi potencializado. Torres (2009,pg.76), na internet, esse efeito de espalhar uma mensagem do boca-a- boca, com o envio de uma mensagem de uma pessoa para outra, cria uma corrente que espalha a comunicação por milhares ou milhões de pessoas sem muito esforço. Isso é chamado de efeito viral, como acontece com um vírus. A Importância da Auditoria Interna para que o processo de Acreditação aconteça: 1.1.1A auditoria interna dentro do ambiente hospitalar, contribui para que a organização atinja seus objetivos através de uma abordagem sistemática, detalhista e disciplinada para avaliar e melhorar a efetividade dos processos e o gerenciamento dos riscos institucionais, assim entrando nos parâmetros para a buscar a acreditação hospitalar de uma forma mais segura de ter êxito. A auditor ia interna gera planos dação para a correção dos desvios, proporciona oportunidade para que os gestores e responsáveis dos departamentos melhorem seus processos junto com as equipes de trabalho. A Auditoria deve agregar valores à instituição, identificar pontos fortes e fracos, ela auxilia a alta administração quando proporciona análises, sugestões e comentários objetivos, acerca das atividades auditadas Flávia Torin Gregorio Rochelle Gestao Hospitalar Piracicaba 2022 14 CONCLUSÃO Após essa ampla pesquisa percebemos as ações urgentes a serem empreendidas, como fortalecer a capacitação e educação permanente de todos os profissionais das equipes de APS: Somente 34% dos profissionais informaram ter recebido capacitação sobre Covid-19 e sobre uso de EPI organizada pela gestão. Isto, não significa que os profissionais não conhecem; muitas iniciativas de capacitação gradualmente vêm sendo desenvolvidas, mas ainda são insuficientes. É necessário desenvolver estratégias ágeis e amplas de comunicação à distância para atualizar conhecimentos e capacitar para a vigilância à saúde, necessidades de educação permanente incluem: uso de EPI, abordagem da Covid-19, novas formas de atenção remota, formas de ação no território, e vigilância- APS ,a vigilância em saúde é uma ação que precisará ser continuada ao longo do tempo, pois teremos que conviver com a pandemia no mínimo por mais 12 a 18 meses – vigilância comunitária, ativa, que inclui vigilância epidemiológica e vigilância sanitária, a pandemia no Brasil, devido à ausência de autoridade sanitária nacional que oriente suas ações com base no melhor conhecimento científico, e nossas profundas desigualdades sociais, está se alongando por muito mais do que o previsto e permanecerá por um longo tempo. A possibilidade de se desenvolver uma vacina efetiva ainda é muito incerta e a única maneira de conter a pandemia é a vigilância em saúde, cabe lembrar a importância da APS na vacinação: no caso de as vacinas em desenvolvimento se comprovem efetivas e sejam disponibilizadas no Brasil, as equipes de atenção primária terão o papel fundamental para fazer chegar a vacina em todos os lugares, em todos os rincões do pais. Os resultados do terceiro ciclo do PMAQ com avaliação de 90% das equipes APS do Brasil, em mais de 30 mil UBS mostraram que 77% das UBS ofertavam Desafios da Atenção Básica no enfrentamento da pandemia de Covid-19 no SUS 69 vacinação regular e dispunham de geladeira exclusiva para vacinas. Quando a vacina chegar, maior será o papel da APS com sua capilaridade em todo o país, urge intensificar a vigilância em saúde em todos os municípios: a identificação oportuna dos casos, a busca ativa de contatos e seu isolamento são medidas efetivas imprescindíveis para controlar a propagação da doença. Para a confirmação de casos e vigilância de seus contatos é imprescindível ampliar a oferta de testes moleculares RT-PCR, uUrge ampliar o acesso ao teste RT-PCR: O acesso a teste RT-PCR é fundamental para diagnóstico, notificação, busca de contatos e alta dos pacientes, infelizmente ainda está distante do cotidiano dos serviços de APS no país. Mais da metade dos profissionais, 55%, relataram que não há acesso ao teste molecular e apenas 19% mencionaram suficiência em sua disponibilidade. Ampliar a capacidade de testagem. Fazemos ainda muito poucos testes, o que se demostra pela elevada positividade dos testes que chega a 50%. Países que conseguiram controlar a pandemia alcançaram positividade de 5%, mostrando que estavam testando suficientemente contatos assintomáticos, urge valorizar e qualificar o trabalho dos ACS: na vigilância comunitária, no apoio social, na ação comunitária e apoio social, na continuidade do cuidado, o que implica em capacitação específica, preocupa a elevada proporção de profissionais (48%) que informa que os ACS estão trabalhando na recepção de sintomáticos respiratórios na UBS e para somente 37% dos profissionais, os ACS estão prioritariamente atuando no território. A ação comunitária do ACS no enfrentamento da epidemia é crucial: tanto no apoio social, como na vigilância comunitária, na educação em saúde por visita peridomiciliar e à distância por WhatsApp e telefone – disponibilizar créditos de internet e telefone, urge ampliar a disponibilidade de celulares e acesso a internet de profissionais e usuários para viabilizar as novas formas de comunicação à distância que vem sendo desenvolvidas, equipar as UBS com: Oxímetro, Termômetro infravermelho, Oxigênio, Acesso a RTPCR e EPIs suficientes sempre disponíveis. Flávia Torin Gregorio Rochelle Gestao Hospitalar Piracicaba 2022 15 Referencias bibliograficas https://www.ona.org.br/Pagina/27/O-que-e -Acreditacao) Coleção,de Marketing; v.1, 2010a.,- Las Casas (200 8) Vavra ,Terry G. Marketing de Relacionamento a fter marketing. São Paulo: Atlas, 1993. Cervo, Ama do Luiz; Bervian, Pedro Alcino; Silva. Roberto da. Metodologia Científica. 6ª Edição. São Paulo: Prentice Hall, 2007. Marketing: conceitos básicos. São Paulo: Saraiva. https://www.ona.org.br/DiagnosticosOrganizacion ais http://www.politicaemsaud e.com.br/anais/trabalhos/publicacoes/152.pdf https://outraspalavras.net/outrasaude/o-que-a-pandemia-revelou-sobre-a-estrategia-de- saude-da-familia/ https://outraspalavras.net/outrasaude/o-que-a-pandemia-revelou-sobre-a-estrategia-de-saude-da-familia/ https://outraspalavras.net/outrasaude/o-que-a-pandemia-revelou-sobre-a-estrategia-de-saude-da-familia/
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