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PTI estagio saude coletiva COM TERMO VALIDADO (2) (2)

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1 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
VERÔNICA DE ALMEIDA SILVA – 2335818210 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
BRASÍLIA, 2023 
 
 
 
 
 
 
 
UNIVERSIDADE ANHANGUERA – UNIDERP 
ENFERMAGEM 10º SEMESTRE 
2 
 
SUMÁRIO INTRODUÇÃO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
VERÔNICA DE ALMEIDA SILVA – 2335818210 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TERRITORIALIZAÇÃO 
 
 
 
 
 
 
 
Plano de trabalho do estágio apresentado à 
Universidade ANHANGUERA, como requisito 
parcial para a obtenção de média semestral na 
disciplina Estágio Supervisionado em Saúde 
Coletiva II 
 
Tutora On line: Aline Chagas 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
BRASÍLIA 
2023
3 
 
 
SUMÁRIO 
1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................... 4 
2 DESENVOLVIMENTO ............................................................................................. 5 
2.1 ATIVIDADE I DE TERRITORIALIZAÇÃO ................................................................... 5 
2.2 ATIVIDADE II DE TERRITORIALIZAÇÃO… .............................................................. 7 
2.3 ATIVIDADE III DE TERRITORIALIZAÇÃO… ............................................................. 8 
2.4 ATIVIDADE IV DE TERRITORIALIZAÇÃO… ............................................................ 10 
2.5 APRESENTAÇÃO E CONTEXTUALIZAÇÃO DAS AÇÕES GERENCIAIS DO 
ENFERMEIRO DA UNIDADE… ........................................................................................ 11 
2.6 AÇÕES ASSISTENCIAIS DO ENFERMEIRO ................................................... 17 
2.7 EXPERIÊNCIAS PESSOAIS ...................................................................................... 18 
3- CONSIDERAÇÕES FINAIS ........................................................................................... 19 
4- REFERÊNCIAS ............................................................................................................... 20 
ANEXO A- Termo de validação de estágio ...................................................................... 21 
4 
 
 
1- INTRODUÇÃO 
 
 
A territorialização do Sistema Único de Saúde significa organizar os 
serviços de acordo com o território, ou seja, conhecer o território, que é onde a vida 
acontece, e, a partir das suas necessidades organizar os serviços. 
Isso é de extrema importância, pois não há uma fórmula mágica de 
organização que funcionará em qualquer território. Os territórios são extremamente 
diferentes uns dos outros, isso significa que uma forma de organização dos serviços 
que funcione muito bem em determinado local pode dar muito errado em outro. 
Por isso é necessário conhecer o território. Isso significa conhecer a 
população, o ambiente, e as suas relações. A partir disso, é possível conhecer as 
suas necessidades e, então, organizar o serviço de forma eficaz. 
Os serviços de saúde devem se adaptar às necessidades da população, 
e não o contrário. 
O Estágio supervisionado de Saúde Coletiva da Faculdade Anhanguera 
está sendo realizado na Unidade Básica de Saúde-Sara mulher de Águas Lindas 
-GO. 
A unidade conta com uma nova estrutura e novos equipamentos e 
recursos. A equipe instalada, com 1 médico, 1 enfermeiro, 2 técnicas de 
enfermagem e 12 agentes de saúde, além da equipe de Saúde bucal, com 1 
dentista e 2 técnicas em saúde bucal. 
Além dos atendimento na unidade, a equipe é bem atuante nas 
atividades conjuntas exercidas nas escolas da área, e bem interessante o projeto 
“Bora Viver” que visa a prevenção, promoção da saúde e bem-estar dos pacientes, 
evitando agravos à saúde em hipertensos, diabéticos e portadores de obesidade. 
Além da observação dos serviços desenvolvidos, a equipe de estágio, 
sob a supervisão da Tutora, desenvolveu atividades como acolhimento e 
classificação de risco, consultas programadas e de demanda espontânea, 
procedimentos em sala da vacina, visita domiciliar, atividades educativas e práticas 
integrativas. 
Os estágios em Saúde coletiva, vem reforçar todos os ensinamentos 
5 
 
 
passados durante o curso e aulas práticas, nos tornando aptos a vários desafios 
após a conclusão do curso. 
 
 
2.1 ATIVIDADE I DE TERRITORIALIZAÇÃO 
 
A Política Nacional de Atenção Básica, publicada em 2017, define-a 
como: um conjunto de ações de saúde individuais, familiares e coletivas que 
envolvem promoção, prevenção, proteção, diagnóstico, tratamento, reabilitação, 
redução de danos, cuidados paliativos e vigilância em saúde, desenvolvida por meio 
de práticas de cuidado integrado e gestão qualificada, realizada com equipe 
multiprofissional e dirigida à população em território definido, sobre as quais as 
equipes assumem responsabilidade sanitária. (BRASIL, 2017). 
Estabelece, ainda, que a Atenção Básica será a principal porta de 
entrada e centro de comunicação da Rede de Atenção á Saúde, coordenadora do 
cuidado e ordenadora das ações e serviços disponibilizados na rede. 
Cada território tem as suas particularidades, que configuram diferentes 
perfis demográficos, epidemiológicos, econômicos, sociais, culturais e políticos, os 
quais se encontram em constante transformação são pontos importantes de 
estratégia de cuidado da população. Assim, a atuação das equipes de saúde sobre 
esse território tem de considerar esses perfis. Os profissionais de saúde que atuam 
na Atenção Básica devem se apropriar dessas características, precisam dialogar 
com os atores, para que tenham poder de atuação sobre a realidade onde atuam e 
à qual também pertencem. 
A territorialização em saúde é denominada como o processo de 
reconhecimento do território. Pode ser visto como uma prática, um modo de fazer, 
uma técnica que possibilita o reconhecimento do ambiente, das condições de vida e 
da situação de saúde da população de determinado território, assim como o acesso 
dessa população a ações e serviços de saúde, viabilizando o desenvolvimento de 
práticas de saúde voltadas à realidade cotidiana das pessoas. 
Em algumas situações, o território é considerado apenas em seus limites 
geográficos, para a organização administrativa do atendimento à população. Em 
6 
 
 
outros casos, alguns profissionais que atuam na Atenção Básica compreendem a 
importância de um olhar mais ampliado sobre o território, mas não conseguem 
incorporar, em seus processos de trabalho, ações que viabilizem essa interlocução 
com o território. Em ambas as situações, o foco das ações das equipes de saúde 
fica voltado à doença, tornando-as menos resolutivas e mais paliativas. 
O território é, ao mesmo tempo, produto e produtor de diferenciações 
sociais e ambientais, processo que tem importantes reflexos sobre a saúde dos 
grupos sociais envolvidos. É importante compreender o território como um lugar de 
interação entre diferentes grupos sociais, que, apesar de compartilharem o mesmo 
espaço, podem apresentar diferentes modos de vida, relações de trabalho e 
relações com o ambiente 
A divisão do território na ESF compõe três níveis de atuação: 
 
• Território moradia: Espaço de menor agregação social, permitindo aprofundar 
o conhecimento para o desenvolvimento de ações de saúde. 
• Territóriomicroárea: Subdivisão do território-área. Corresponde à área de 
atuação do ACS. Espaços onde se concentram grupos populacionais 
homogêneos, de risco ou não, com vistas à programação e 
acompanhamentos das ações destinadas à melhoria das condições de saúde 
• Território-área: Representa o espaço-população adstrita, que estabelece 
vínculo com uma Unidade de Saúde, permitindo a melhor relação e fluxo 
população/serviços. 
A delimitação de uma área de atuação de uma ESF compreende um dos 
sentidos da territorialização e não podemos negar a sua importância. Mas, um 
grande desafio é procurar qualificar esse uso com ênfase no reconhecimento do 
ambiente, da população, do acesso às ações e serviços de saúde e da dinâmica 
social existente em cada território. Nesse sentido, aterritorialização se coloca como 
um meio capaz de produzir mudanças no modelo assistencial e nas práticas 
sanitárias vigentes. As equipes podem criar instrumentos próprios para registro e 
avaliação das observações que fazem sobre o território e a população onde atuam. 
É importante ter esses dados ordenadamente computados, para que possam ser, 
efetivamente, usados pela equipe e compartilhados com a gestão. 
7 
 
 
A área de abrangência é aquela que a ESF se pactua a garantir todas os 
revestimentos da assistência à saúde de acordo com o programa SUS. As áreas de 
influência são aquelas atingidas indiretamente e diretamente pela expectativa 
negativa ou positiva consequente do investimento, no decorrer de seu ciclo de 
implantação e operação. Geralmente essas áreas exibe tamanho individualizado 
(biótico, meio físico ou socioeconômico). 
 
 
2.2 ATIVIDADE II DE TERRITORIALIZAÇÃO 
 
Diante da situação hipotética, com relação a Unidade Saúde da Família- 
Cambé II, com 3800 habitantes em que cada microárea é composta por 750 
habitantes e cada quadra contém 20 casas, com 5 habitantes em cada uma, a 
distribuição das microáreas e identificação da área de abrangência e área de 
influência dessa unidade ficou da seguinte maneira: 
Figura 1 
 
 
 
 
I. Micro area 1: Rua Asa Norte; Rua Nacional; Rua Asa Sul; Rua Planalto; 
Rua da Assembleia. (1 agente comunitário de saúde) 
II. Micro area 2: Rua da torre; Rua Genesio Geraldo; Av. Santo Cassaro; 
Rua do Congresso; Rua da Esperança. (1 agente comunitário de saúde) 
III. Micro area 3: Rua Tuiuti; Rua Monte Castelo; Rua das Embaixadas; Rua 
8 
 
 
Itamaraty; Rua da Ermida. ( 1 agente comunitário de saúde) 
IV. Micro area 4: Rua Madri; Rua Victorio Gorla; Rua Barcelona; Rua 
Agostinho Resende; ( 1 agente comunitário de saúde) 
V. Micro area 5: Rua Conrado Scheller; Rua Antonio Forastieri; Rua 
Maximiano Góes.(1 agente para as microareas 4 e 5). 
 
2.3 ATIVIDADE III DE TERRITORIALIZAÇÃO 
 
 
O processo de territorialização, portanto, pode ter início, mas não tem 
fim, pois deve estar sempre permeando as discussões das equipes de saúde. 
Destacamos que o processo de territorialização ocorre misturado com as demais 
atividades das equipes, ou seja, deve ser incorporado na sua rotina. Pense que, ao 
sair no território para realizar uma visita domiciliar, por exemplo, você já pode 
coletar e registrar informações a partir da sua observação durante o trajeto. Muitas 
vezes, as equipes já se deparam com informações prontas acerca do território. 
Outras vezes, precisarão buscar os dados necessários para sua compreensão. De 
todo modo, compete às equipes administrar como organizar as informações do seu 
território. Didaticamente, estabelecemos três fases para o processo de 
territorialização, embora elas não ocorram, necessariamente, de modo linear. 
Figura 2 
 
 
 
Planejamento prévio: estabelece o que se deseja saber e como será a melhor 
maneira de obter essas informações. Assim, o tempo tão escasso das equipes, 
que estão diariamente pressionadas a priorizar a assistência, pode ser otimizado. 
9 
 
 
A compreensão ampla do processo de territorialização pode ser promovida na 
reunião da ESF, por meio de discussões acerca do tema com toda a equipe de 
saúde. Nesse momento, os dados já existentes sobre o território podem ser 
levantados e sistematizados, facilitando a identificação da necessidade dos 
dados a serem coletados 
Fase de coleta dos dados/informações:Esta é uma fase bastante robusta e 
trabalhosa. Geralmente, a obtenção dos dados é possibilitada por observações in 
loco; acesso aos Sistemas de Informação à Saúde (SIS); leitura dos prontuários 
dos usuários da unidade de saúde; entrevistas realizadas com as pessoas que 
habitam o território. 
Fase de análise dos dados: Os dados primários são aqueles que ainda não 
foram coletados e sistematizados, ao passo que os dados secundários são os já 
colhidos por outras pessoas ou instituições, organizados em bancos ou arquivos. 
Figura 3 
 
 
 
 
 
Geralmente, a coleta dos dados primários demanda a utilização de 
roteiros, que permitem o registro do que se quer coletar. No caso de entrevistas, o 
roteiro é útil para que o entrevistador não se esqueça de nenhuma informação 
importante e desejável. 
Os dados secundários podem ser obtidos junto a registros oficiais, como 
o IBGE ou demais órgãos oficiais de pesquisa, Secretarias Estaduais de Saúde e 
Secretarias Municipais de Saúde, companhias de abastecimento de água, esgoto, 
limpeza urbana e energia elétrica, Conselhos de Saúde e Sistemas de Informações 
10 
 
 
(SISAB, SIM, SINASC, SINAN, SIS-PRENATAL, SISCOLO, entre outros). Quanto 
aos sistemas de informação do DATASUS, uma limitação importante é que não há 
possibilidade de tabulação dos dados para a área de atuação da equipe, por 
exemplo. 
 
2.4 ATIVIDADE IV DE TERRITORIALIZAÇÃO 
 
 
De acordo com o mapa abaixo, quais locais estratégicos poderiam ser 
realizados ações em saúde para a comunidade? Descreva essas ações em saúde. 
Figura 4 
 
 
 
A ESF deve se ocupar das condições gerais de saúde das pessoas da 
sua área de abrangência, procurando compreender as inter-relações entre 
aspectos sociais, políticos, econômicos e culturais e suas consequências nas 
distintas situações de saúde-doença que se apresentam. 
Mapa é uma representação gráfica na qual podem ser organizados e 
comunicados dados que dizem respeito aos territórios, como os objetos (casas, 
fábricas, parques, quadras de esporte, escolas), as redes que ligam esses objetos 
(ruas, ciclovias, rede de água, rede de esgoto), os fluxos das pessoas, as fontes de 
contaminação ambiental, os grupos populacionais segundo suas vulnerabilidades, a 
11 
 
 
distribuição de eventos – relacionados ou não à produção de saúde ou doença –, 
bem como pontos estratégicos e de apoio. 
Perto da Unidade Básica, tem praças que podem ser feitas atividades 
coletivas como palestras orientações, atividades como práticas integrativas 
complementares e atividades físicas. Bem como outros pontos de apoio como a 
igreja que tem boa persuasão com a população. 
 
2.5 APRESENTAÇÃO E CONTEXTUALIZAÇÃO DAS AÇÕES GERENCIAIS DO 
ENFERMEIRO DA UNIDADE 
A organização dos serviços de saúde é uma medida imprescindível para 
a gestão da unidade e do cuidado. Para tal organização, faz-se necessário lançar 
mão de diversas tecnologias e estratégias que corroborem melhorias no acesso aos 
serviços e no manejo do processo de trabalho. É nesse sentido que a APS requer 
grande esforço por parte de seu coordenador, no caso o Enfermeiro, desde a 
gestão do cuidado no atendimento realizado na UBS a parte burocrática, buscando 
garantir um atendimento integral. O papel do Fluxograma é importantíssimo, pois a 
partir daí, se dará o direcionamento do paciente na unidade. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 5 
12 
 
 
 
 
 
O cotidiano do enfermeiro da APS no SUS é marcado pelo conflito de 
responsabilizar-se pelo conjunto de atividades que compõem a dinâmica de 
funcionamento do serviço de saúde e o trabalho específico preconizado pelo novo 
modelo de atenção, dentro de um contexto em que predominam as estratégias de 
gestão e aspectos ideológicos que reforçam o modelo tradicional de funcionamento 
do sistema de saúde. Nesse contexto, o enfermeiro tem suas atividades cada vez 
mais direcionadas para procedimentos vinculados à organização do serviço, à 
supervisão das atividades exercidas pelos ACS e aos cuidados desenvolvidos pelos 
membros da equipe de enfermagem. Além de toda a parte gerencial, o enfermeiro 
segue também com os atendimentos preconizados pelo Ministério da Saúde, de 
13 
 
 
acordo com os protocolos vigentes, como no atendimento do hipertenso e diabético, 
crescimento e desenvolvimento infantil, cuidados na gestante, puérpera e tantos 
outros cuidados dispensados na atenção primária. 
Quanto ao gerenciamento de recursos de materiais,vê-se que o 
envolvimento do enfermeiro nessa gestão de custos visa alcançar os objetivos da 
instituição e atender as necessidades daqueles que buscam o serviço. Portanto, a 
gestão de recursos materiais propõe a otimização dos recursos por meio do 
gerenciamento dos processos, que abrange desde a aquisição dos materiais até o 
controle de estoque. 
Quando questionado sobre a maneira em que organiza a gestão de compras, 
o enfermeiro da unidade diz basear-se nos fundamentos da gerência de recursos 
materiais: previsão, provisão e organização. Mas, que além disso, adota as etapas 
contínuas e dinâmicas de compra – abrangendo os processos de qualidade e 
licitação-; recepção e armazenamento de matérias; distribuição e controle. 
Segundo ele, a previsão é necessária pois, por meio dela, é feito o 
levantamento das necessidades da unidade e cálculo adequado permite melhor 
acomodação do estoque. Com a provisão, ele consegue analisar a necessidade de 
reposição dos materiais necessários para a realização das atividades. E, por meio 
do controle, consegue monitorar a quantidade, qualidade do produto, 
Os produtos são obtidos após realização da ação orçamentária, tendo em 
vista que a emenda parlamentar para atenção básica torna obrigatória a execução 
orçamentária e financeira das emendas individuais inseridas pelos parlamentares na 
Lei Orgamentária Anual (LOA). 
Uma das características marcantes do cotidiano, destacadas em alguns 
estudos, é a sobrecarga de trabalho pelo acúmulo de diversas funções e o 
afastamento do enfermeiro da assistência direta (especialmente a consulta de 
enfermagem), as quais decorrem da necessidade de oferecer respostas às 
demandas relacionadas ao funcionamento dos serviços de saúde e à população e, 
ainda, às metas estabelecidas, pactuações e indicadores do serviço de saúde. A 
priorização de demandas que requerem respostas mais urgentes no cotidiano 
ligadas a questões gerenciais deixa o enfermeiro distante da assistência direta, da 
realidade e das necessidades em saúde da população. A cobrança que se impõe 
14 
 
 
aos enfermeiros não é proporcional às condições que lhes são dadas para 
responder com qualidade às prerrogativas da saúde da família e ao atendimento da 
demanda espontânea. Sendo assim, observa-se a vivência de situações 
conflituosas nas tomadas de decisões, pois reconhecem que alguma atividade terá 
que ser negligenciada, em geral suas atribuições específicas, para que outra seja 
realizada, ocasionando sentimento de frustração e dúvida quanto ao seu 
desempenho na APS. 
Uma forma de aumentar a qualidade do atendimento em serviço da 
Unidade seria a educação continuada, exercitando práticas educativas para as 
atividades desenvolvidas, bem como atualizações. Na unidade, são ofertados 
poucos momentos com esta finalidade, já que a prefeitura oferta poucas 
oportunidades e o enfermeiro da unidade não tem disponibilidade de tempo para 
estes momentos devido ao acúmulo de atividades desenvolvidas por este. 
O financiamento da Atenção primária à Saúde (APS) é calculado com 
base em 4 componentes: Capitação ponderada; Pagamento por desempenho; 
Incentivo financeiro com base em critério populacional e Incentivos para ações 
estratégicas. Cada um desses componentes foi pensado para ampliar o acesso das 
pessoas aos serviços da APS e promover o vínculo entre população e equipe, com 
base em mecanismos que induzem à responsabilização dos gestores e dos 
profissionais pelas pessoas assistidas. 
A capitação ponderada é uma forma de repasse financeiro da Atenção 
Primária às prefeituras a ao Distrito Federal, cujo modelo de remuneração é 
calculado com base no número de pessoas cadastradas nas equipes. Por meio 
desse cadastro é possível estimar o quantitativo da população que poderá fazer uso 
dos serviços prestados pela equipe e Unidade Básica de Saúde (UBS)/Unidade de 
Saúde da Família (USF), o que oferece subsídios ao planejamento das equipes na 
oferta de serviços e o acompanhamento dos indivíduos, famílias e comunidades. 
O cadastro do cidadão é feito pelo CPF ou Cartão Nacional de Saúde 
(CNS) e realizado por todos os integrantes das equipes de saúde. As informações 
colhidas podem ser registradas por meio do sistema de Coleta de Dados 
Simplificada (CDS), além do Prontuário Eletrônico do Cidadão (PEC), sistemas 
próprios das gestões ou contratados de terceiros. Em todos esses casos, os 
15 
 
 
cadastros são monitorados pelo Sistema de Informação em Saúde para a Atenção 
Básica (Sisab). 
O pagamento por desempenho é um dos componentes que fazem parte 
da transferência mensal aos municípios. Nesse componente, a definição do valor a 
ser transferido depende dos resultados alcançados no conjunto de indicadores 
monitorados e avaliados no trabalho das equipes de Saúde da Família e de Atenção 
Primária (eSF/eAP). 
Os atributos da APS são fortalecidos pelo Pagamento por Desempenho do 
Programa Previne Brasil, o que induz o aprimoramento dos processos de trabalho e 
a qualificação dos resultados em saúde, além de otimizar aspectos como 
periodicidade e método da avaliação. Exemplo disso é que, por meio do 
monitoramento desses indicadores, podem ser avaliados os acessos, a qualidade e 
a resolutividade dos serviços prestados pelas eSF/eAP, fornecendo subsídios para 
medidas de aprimoramento das ações e dando mais transparência aos 
investimentos na área da saúde para a sociedade. 
Indicadores Previne Brasil para o ano de 2022 
 
• Proporção de gestantes com pelo menos 6 (seis) consultas pré-natal 
realizadas, sendo a 1ª (primeira) até a 12ª (décima segunda) semana de 
gestação. 
• Proporção de gestantes com realização de exames para sífilis e HIV. 
 
• Proporção de gestantes com atendimento odontológico realizado. 
 
• Proporção de mulheres com coleta de citopatológico na APS. 
 
• Proporção de crianças de 1 (um) ano de idade vacinadas na APS contra 
Difteria, Tétano, Coqueluche, Hepatite B, infecções causadas por 
haemophilus influenzae tipo b e Poliomielite inativada. 
• Proporção de pessoas com hipertensão, com consulta e pressão arterial 
aferida no semestre. 
http://189.28.128.100/dab/docs/portaldab/documentos/nota_tecnica_12.pdf
http://189.28.128.100/dab/docs/portaldab/documentos/nota_tecnica_12.pdf
16 
 
 
• Proporção de pessoas com diabetes, com consulta e hemoglobina glicada 
solicitada no semestre. 
O componente Incentivo financeiro com base em critério populacional faz 
parte da apuração do valor de referência para o financiamento da APS. O valor do 
incentivo per capita é definido pelo Ministério da Saúde anualmente e publicado em 
portaria. O aporte estabelecido por município e Distrito Federal leva em conta 
estimativa populacional mais recente divulgada pelo IBGE. 
Os incentivos para ações estratégicas abrangem características 
específicas de acordo com a necessidade de cada município ou território. Esses 
incentivos contemplam a implementação de programas, estratégias e ações que 
refletem na melhoria do cuidado na APS e na Rede de Atenção à Saúde. 
• Programa Saúde na Hora; 
 
• Equipe de Saúde Bucal (eSB); 
 
• Unidade Odontológica Móvel (UOM); 
 
• Centro de Especialidades Odontológicas (CEO); 
 
• Laboratório Regional de Prótese Dentária (LRPD); 
 
• Equipe de Consultório na Rua (eCR); 
 
• Unidade Básica de Saúde Fluvial (UBSF); 
 
• Equipe de Saúde da Família Ribeirinha (eSFR); 
 
• Microscopista; 
 
• Equipe de Atenção Básica Prisional (eABP); 
 
• Custeio para o ente federativo responsável pela gestão das ações de atenção 
integral à saúde dos adolescentes em situação de privação de liberdade; 
• Programa Saúde na Escola (PSE); 
 
• Programa Academia da Saúde; 
 
• Programas de apoio à informatização da APS; 
17 
 
 
• Incentivo aos municípios com residência médica e multiprofissional; 
 
• Outros que venham a ser instituídos por meio de ato normativo específico. 
 
As transferências financeiras referentesa cada uma das ações 
estratégicas observarão as regras previstas nas normas vigentes que regulamentam 
a organização, o funcionamento e financiamento dos respectivos programas, 
estratégias e ações. 
 
 
2.6 AÇÕES ASSISTENCIAIS DO ENFERMEIRO 
 
• Realizar atenção à saúde aos indivíduos e famílias vinculadas às equipes e, 
quando indicado ou necessário, no domicílio e/ou nos demais espaços 
comunitários (escolas, associações entre outras), em todos os ciclos de vida; 
 
• Realizar consulta de enfermagem, procedimentos, solicitar exames 
complementares, prescrever medicações conforme protocolos, diretrizes 
clínicas e terapêuticas, ou outras normativas técnicas estabelecidas pelo 
gestor federal, estadual, municipal ou do Distrito Federal, observadas as 
disposições legais da profissão; 
 
• Realizar e/ou supervisionar acolhimento com escuta qualificada e 
classificação de risco, de acordo com protocolos estabelecidos; 
 
• Realizar estratificação de risco e elaborar plano de cuidados para as pessoas 
que possuem condições crônicas no território, junto aos demais membros da 
equipe; 
 
• Realizar atividades em grupo e encaminhar, quando necessário, usuários a 
outros serviços, conforme fluxo estabelecido pela rede local; 
 
• Planejar, gerenciar e avaliar as ações desenvolvidas pelos técnicos/auxiliares 
de enfermagem, ACS e ACE em conjunto com os outros membros da equipe; 
 
• Supervisionar as ações do técnico/auxiliar de enfermagem e ACS; 
18 
 
 
• Implementar e manter atualizados rotinas, protocolos e fluxos relacionados a 
sua área de competência na UBS; e 
 
• Exercer outras atribuições conforme legislação profissional, e que sejam de 
responsabilidade na sua área de atuação. 
 
 
2.7 EXPERIÊNCIAS PESSOAIS 
 
Além das atribuições comuns para todos os profissionais da equipe da 
APS, as atribuições específicas do enfermeiro e que foram desenvolvidas no 
estágio são: ações dirigidas aos indivíduos, famílias e comunidade, com a finalidade 
de garantir a assistência integral na promoção e proteção da saúde, prevenção de 
agravos, diagnóstico, tratamento, reabilitação e manutenção da saúde, nos 
diferentes espaços sociais e em todas as fases do ciclo vital. Entre elas: realização 
de procedimentos (verificação de sinais vitais, medicações injetáveis, curativos 
simples); atividades em grupo com hipertensos e diabéticos na própria unidade 
como também nas escolas da área de abrangência com palestras sobre temas 
relevantes aos alunos (dengue, COVID, higienização das mãos); consultas de 
enfermagem de agendados e demanda espontânea bem como classificação de 
risco na triagem, com solicitação de exames complementares, prescrição de 
medicações, observadas as disposições legais da profissão e conforme os 
protocolos estabelecidas pelo Ministério da Saúde; encaminhamento, quando 
necessário a outros serviços (coleta de sangue, atendimento prioritário de urgência 
e emergência), participação do pedido dos insumos necessários para o adequado 
funcionamento da Unidade Básica de Saúde (UBS). 
19 
 
 
3- CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
O desafio que nos foi colocado é o desenvolvimento de competências 
especializadas que integram a complexidade técnica e o desenvolvimento científico 
de uma prática baseada na evidência, necessários para o restabelecimento das 
funções vitais, mas simultaneamente prestar cuidados fundamentados nos 
paradigmas da enfermagem atual, incorporando o conhecimento técnico aos 
cuidados, desenvolvendo o conceito de enfermagem avançada, caminhando para 
os cuidados centrados nas respostas humanas às situações críticas, utilizando um 
conhecimento gerado pela investigação e nas teorias em enfermagem. 
O enfermeiro é um trabalhador do conhecimento que aplica as suas 
competências e conhecimentos na sua prática tendo em conta as diferentes 
dimensões dos cuidados de enfermagem, mesmo lidando com a sobrecarga de 
funções e atribuições na APS. 
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REFERÊNCIAS 
 
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http://189.28.128.100/dab/docs/portaldab/documentos/esus/qualificadores_indicador 
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BRASIL. Ministério da Saúde. Gabinete do Ministro. Portaria nº 793, de 24 de abril 
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Sistema Único de Saúde. Brasília: Ministério da Saúde, 2012. 
 
BRASIL. Ministério da Saúde. Gabinete do Ministro. Portaria nº 252, de 19 de 
fevereiro de 2013. Institui a Rede de Atenção à Saúde das Pessoas com Doenças 
Crônicas no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS). Brasília: Ministério da 
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BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Política Nacional de 
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2013b 
 
GUIMARÃES, A. M. D. N.; CAVALCANTE, C. C. B.; LINS, M. Z. S. (org.). 
Planificação da atenção primária à saúde: um instrumento de gestão e organização 
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MENDES, E. V. As redes de atenção à saúde. Brasília: Organização Pan- 
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ANEXOS

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