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1 VERÔNICA DE ALMEIDA SILVA – 2335818210 BRASÍLIA, 2023 UNIVERSIDADE ANHANGUERA – UNIDERP ENFERMAGEM 10º SEMESTRE 2 SUMÁRIO INTRODUÇÃO VERÔNICA DE ALMEIDA SILVA – 2335818210 TERRITORIALIZAÇÃO Plano de trabalho do estágio apresentado à Universidade ANHANGUERA, como requisito parcial para a obtenção de média semestral na disciplina Estágio Supervisionado em Saúde Coletiva II Tutora On line: Aline Chagas BRASÍLIA 2023 3 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................... 4 2 DESENVOLVIMENTO ............................................................................................. 5 2.1 ATIVIDADE I DE TERRITORIALIZAÇÃO ................................................................... 5 2.2 ATIVIDADE II DE TERRITORIALIZAÇÃO… .............................................................. 7 2.3 ATIVIDADE III DE TERRITORIALIZAÇÃO… ............................................................. 8 2.4 ATIVIDADE IV DE TERRITORIALIZAÇÃO… ............................................................ 10 2.5 APRESENTAÇÃO E CONTEXTUALIZAÇÃO DAS AÇÕES GERENCIAIS DO ENFERMEIRO DA UNIDADE… ........................................................................................ 11 2.6 AÇÕES ASSISTENCIAIS DO ENFERMEIRO ................................................... 17 2.7 EXPERIÊNCIAS PESSOAIS ...................................................................................... 18 3- CONSIDERAÇÕES FINAIS ........................................................................................... 19 4- REFERÊNCIAS ............................................................................................................... 20 ANEXO A- Termo de validação de estágio ...................................................................... 21 4 1- INTRODUÇÃO A territorialização do Sistema Único de Saúde significa organizar os serviços de acordo com o território, ou seja, conhecer o território, que é onde a vida acontece, e, a partir das suas necessidades organizar os serviços. Isso é de extrema importância, pois não há uma fórmula mágica de organização que funcionará em qualquer território. Os territórios são extremamente diferentes uns dos outros, isso significa que uma forma de organização dos serviços que funcione muito bem em determinado local pode dar muito errado em outro. Por isso é necessário conhecer o território. Isso significa conhecer a população, o ambiente, e as suas relações. A partir disso, é possível conhecer as suas necessidades e, então, organizar o serviço de forma eficaz. Os serviços de saúde devem se adaptar às necessidades da população, e não o contrário. O Estágio supervisionado de Saúde Coletiva da Faculdade Anhanguera está sendo realizado na Unidade Básica de Saúde-Sara mulher de Águas Lindas -GO. A unidade conta com uma nova estrutura e novos equipamentos e recursos. A equipe instalada, com 1 médico, 1 enfermeiro, 2 técnicas de enfermagem e 12 agentes de saúde, além da equipe de Saúde bucal, com 1 dentista e 2 técnicas em saúde bucal. Além dos atendimento na unidade, a equipe é bem atuante nas atividades conjuntas exercidas nas escolas da área, e bem interessante o projeto “Bora Viver” que visa a prevenção, promoção da saúde e bem-estar dos pacientes, evitando agravos à saúde em hipertensos, diabéticos e portadores de obesidade. Além da observação dos serviços desenvolvidos, a equipe de estágio, sob a supervisão da Tutora, desenvolveu atividades como acolhimento e classificação de risco, consultas programadas e de demanda espontânea, procedimentos em sala da vacina, visita domiciliar, atividades educativas e práticas integrativas. Os estágios em Saúde coletiva, vem reforçar todos os ensinamentos 5 passados durante o curso e aulas práticas, nos tornando aptos a vários desafios após a conclusão do curso. 2.1 ATIVIDADE I DE TERRITORIALIZAÇÃO A Política Nacional de Atenção Básica, publicada em 2017, define-a como: um conjunto de ações de saúde individuais, familiares e coletivas que envolvem promoção, prevenção, proteção, diagnóstico, tratamento, reabilitação, redução de danos, cuidados paliativos e vigilância em saúde, desenvolvida por meio de práticas de cuidado integrado e gestão qualificada, realizada com equipe multiprofissional e dirigida à população em território definido, sobre as quais as equipes assumem responsabilidade sanitária. (BRASIL, 2017). Estabelece, ainda, que a Atenção Básica será a principal porta de entrada e centro de comunicação da Rede de Atenção á Saúde, coordenadora do cuidado e ordenadora das ações e serviços disponibilizados na rede. Cada território tem as suas particularidades, que configuram diferentes perfis demográficos, epidemiológicos, econômicos, sociais, culturais e políticos, os quais se encontram em constante transformação são pontos importantes de estratégia de cuidado da população. Assim, a atuação das equipes de saúde sobre esse território tem de considerar esses perfis. Os profissionais de saúde que atuam na Atenção Básica devem se apropriar dessas características, precisam dialogar com os atores, para que tenham poder de atuação sobre a realidade onde atuam e à qual também pertencem. A territorialização em saúde é denominada como o processo de reconhecimento do território. Pode ser visto como uma prática, um modo de fazer, uma técnica que possibilita o reconhecimento do ambiente, das condições de vida e da situação de saúde da população de determinado território, assim como o acesso dessa população a ações e serviços de saúde, viabilizando o desenvolvimento de práticas de saúde voltadas à realidade cotidiana das pessoas. Em algumas situações, o território é considerado apenas em seus limites geográficos, para a organização administrativa do atendimento à população. Em 6 outros casos, alguns profissionais que atuam na Atenção Básica compreendem a importância de um olhar mais ampliado sobre o território, mas não conseguem incorporar, em seus processos de trabalho, ações que viabilizem essa interlocução com o território. Em ambas as situações, o foco das ações das equipes de saúde fica voltado à doença, tornando-as menos resolutivas e mais paliativas. O território é, ao mesmo tempo, produto e produtor de diferenciações sociais e ambientais, processo que tem importantes reflexos sobre a saúde dos grupos sociais envolvidos. É importante compreender o território como um lugar de interação entre diferentes grupos sociais, que, apesar de compartilharem o mesmo espaço, podem apresentar diferentes modos de vida, relações de trabalho e relações com o ambiente A divisão do território na ESF compõe três níveis de atuação: • Território moradia: Espaço de menor agregação social, permitindo aprofundar o conhecimento para o desenvolvimento de ações de saúde. • Territóriomicroárea: Subdivisão do território-área. Corresponde à área de atuação do ACS. Espaços onde se concentram grupos populacionais homogêneos, de risco ou não, com vistas à programação e acompanhamentos das ações destinadas à melhoria das condições de saúde • Território-área: Representa o espaço-população adstrita, que estabelece vínculo com uma Unidade de Saúde, permitindo a melhor relação e fluxo população/serviços. A delimitação de uma área de atuação de uma ESF compreende um dos sentidos da territorialização e não podemos negar a sua importância. Mas, um grande desafio é procurar qualificar esse uso com ênfase no reconhecimento do ambiente, da população, do acesso às ações e serviços de saúde e da dinâmica social existente em cada território. Nesse sentido, aterritorialização se coloca como um meio capaz de produzir mudanças no modelo assistencial e nas práticas sanitárias vigentes. As equipes podem criar instrumentos próprios para registro e avaliação das observações que fazem sobre o território e a população onde atuam. É importante ter esses dados ordenadamente computados, para que possam ser, efetivamente, usados pela equipe e compartilhados com a gestão. 7 A área de abrangência é aquela que a ESF se pactua a garantir todas os revestimentos da assistência à saúde de acordo com o programa SUS. As áreas de influência são aquelas atingidas indiretamente e diretamente pela expectativa negativa ou positiva consequente do investimento, no decorrer de seu ciclo de implantação e operação. Geralmente essas áreas exibe tamanho individualizado (biótico, meio físico ou socioeconômico). 2.2 ATIVIDADE II DE TERRITORIALIZAÇÃO Diante da situação hipotética, com relação a Unidade Saúde da Família- Cambé II, com 3800 habitantes em que cada microárea é composta por 750 habitantes e cada quadra contém 20 casas, com 5 habitantes em cada uma, a distribuição das microáreas e identificação da área de abrangência e área de influência dessa unidade ficou da seguinte maneira: Figura 1 I. Micro area 1: Rua Asa Norte; Rua Nacional; Rua Asa Sul; Rua Planalto; Rua da Assembleia. (1 agente comunitário de saúde) II. Micro area 2: Rua da torre; Rua Genesio Geraldo; Av. Santo Cassaro; Rua do Congresso; Rua da Esperança. (1 agente comunitário de saúde) III. Micro area 3: Rua Tuiuti; Rua Monte Castelo; Rua das Embaixadas; Rua 8 Itamaraty; Rua da Ermida. ( 1 agente comunitário de saúde) IV. Micro area 4: Rua Madri; Rua Victorio Gorla; Rua Barcelona; Rua Agostinho Resende; ( 1 agente comunitário de saúde) V. Micro area 5: Rua Conrado Scheller; Rua Antonio Forastieri; Rua Maximiano Góes.(1 agente para as microareas 4 e 5). 2.3 ATIVIDADE III DE TERRITORIALIZAÇÃO O processo de territorialização, portanto, pode ter início, mas não tem fim, pois deve estar sempre permeando as discussões das equipes de saúde. Destacamos que o processo de territorialização ocorre misturado com as demais atividades das equipes, ou seja, deve ser incorporado na sua rotina. Pense que, ao sair no território para realizar uma visita domiciliar, por exemplo, você já pode coletar e registrar informações a partir da sua observação durante o trajeto. Muitas vezes, as equipes já se deparam com informações prontas acerca do território. Outras vezes, precisarão buscar os dados necessários para sua compreensão. De todo modo, compete às equipes administrar como organizar as informações do seu território. Didaticamente, estabelecemos três fases para o processo de territorialização, embora elas não ocorram, necessariamente, de modo linear. Figura 2 Planejamento prévio: estabelece o que se deseja saber e como será a melhor maneira de obter essas informações. Assim, o tempo tão escasso das equipes, que estão diariamente pressionadas a priorizar a assistência, pode ser otimizado. 9 A compreensão ampla do processo de territorialização pode ser promovida na reunião da ESF, por meio de discussões acerca do tema com toda a equipe de saúde. Nesse momento, os dados já existentes sobre o território podem ser levantados e sistematizados, facilitando a identificação da necessidade dos dados a serem coletados Fase de coleta dos dados/informações:Esta é uma fase bastante robusta e trabalhosa. Geralmente, a obtenção dos dados é possibilitada por observações in loco; acesso aos Sistemas de Informação à Saúde (SIS); leitura dos prontuários dos usuários da unidade de saúde; entrevistas realizadas com as pessoas que habitam o território. Fase de análise dos dados: Os dados primários são aqueles que ainda não foram coletados e sistematizados, ao passo que os dados secundários são os já colhidos por outras pessoas ou instituições, organizados em bancos ou arquivos. Figura 3 Geralmente, a coleta dos dados primários demanda a utilização de roteiros, que permitem o registro do que se quer coletar. No caso de entrevistas, o roteiro é útil para que o entrevistador não se esqueça de nenhuma informação importante e desejável. Os dados secundários podem ser obtidos junto a registros oficiais, como o IBGE ou demais órgãos oficiais de pesquisa, Secretarias Estaduais de Saúde e Secretarias Municipais de Saúde, companhias de abastecimento de água, esgoto, limpeza urbana e energia elétrica, Conselhos de Saúde e Sistemas de Informações 10 (SISAB, SIM, SINASC, SINAN, SIS-PRENATAL, SISCOLO, entre outros). Quanto aos sistemas de informação do DATASUS, uma limitação importante é que não há possibilidade de tabulação dos dados para a área de atuação da equipe, por exemplo. 2.4 ATIVIDADE IV DE TERRITORIALIZAÇÃO De acordo com o mapa abaixo, quais locais estratégicos poderiam ser realizados ações em saúde para a comunidade? Descreva essas ações em saúde. Figura 4 A ESF deve se ocupar das condições gerais de saúde das pessoas da sua área de abrangência, procurando compreender as inter-relações entre aspectos sociais, políticos, econômicos e culturais e suas consequências nas distintas situações de saúde-doença que se apresentam. Mapa é uma representação gráfica na qual podem ser organizados e comunicados dados que dizem respeito aos territórios, como os objetos (casas, fábricas, parques, quadras de esporte, escolas), as redes que ligam esses objetos (ruas, ciclovias, rede de água, rede de esgoto), os fluxos das pessoas, as fontes de contaminação ambiental, os grupos populacionais segundo suas vulnerabilidades, a 11 distribuição de eventos – relacionados ou não à produção de saúde ou doença –, bem como pontos estratégicos e de apoio. Perto da Unidade Básica, tem praças que podem ser feitas atividades coletivas como palestras orientações, atividades como práticas integrativas complementares e atividades físicas. Bem como outros pontos de apoio como a igreja que tem boa persuasão com a população. 2.5 APRESENTAÇÃO E CONTEXTUALIZAÇÃO DAS AÇÕES GERENCIAIS DO ENFERMEIRO DA UNIDADE A organização dos serviços de saúde é uma medida imprescindível para a gestão da unidade e do cuidado. Para tal organização, faz-se necessário lançar mão de diversas tecnologias e estratégias que corroborem melhorias no acesso aos serviços e no manejo do processo de trabalho. É nesse sentido que a APS requer grande esforço por parte de seu coordenador, no caso o Enfermeiro, desde a gestão do cuidado no atendimento realizado na UBS a parte burocrática, buscando garantir um atendimento integral. O papel do Fluxograma é importantíssimo, pois a partir daí, se dará o direcionamento do paciente na unidade. Figura 5 12 O cotidiano do enfermeiro da APS no SUS é marcado pelo conflito de responsabilizar-se pelo conjunto de atividades que compõem a dinâmica de funcionamento do serviço de saúde e o trabalho específico preconizado pelo novo modelo de atenção, dentro de um contexto em que predominam as estratégias de gestão e aspectos ideológicos que reforçam o modelo tradicional de funcionamento do sistema de saúde. Nesse contexto, o enfermeiro tem suas atividades cada vez mais direcionadas para procedimentos vinculados à organização do serviço, à supervisão das atividades exercidas pelos ACS e aos cuidados desenvolvidos pelos membros da equipe de enfermagem. Além de toda a parte gerencial, o enfermeiro segue também com os atendimentos preconizados pelo Ministério da Saúde, de 13 acordo com os protocolos vigentes, como no atendimento do hipertenso e diabético, crescimento e desenvolvimento infantil, cuidados na gestante, puérpera e tantos outros cuidados dispensados na atenção primária. Quanto ao gerenciamento de recursos de materiais,vê-se que o envolvimento do enfermeiro nessa gestão de custos visa alcançar os objetivos da instituição e atender as necessidades daqueles que buscam o serviço. Portanto, a gestão de recursos materiais propõe a otimização dos recursos por meio do gerenciamento dos processos, que abrange desde a aquisição dos materiais até o controle de estoque. Quando questionado sobre a maneira em que organiza a gestão de compras, o enfermeiro da unidade diz basear-se nos fundamentos da gerência de recursos materiais: previsão, provisão e organização. Mas, que além disso, adota as etapas contínuas e dinâmicas de compra – abrangendo os processos de qualidade e licitação-; recepção e armazenamento de matérias; distribuição e controle. Segundo ele, a previsão é necessária pois, por meio dela, é feito o levantamento das necessidades da unidade e cálculo adequado permite melhor acomodação do estoque. Com a provisão, ele consegue analisar a necessidade de reposição dos materiais necessários para a realização das atividades. E, por meio do controle, consegue monitorar a quantidade, qualidade do produto, Os produtos são obtidos após realização da ação orçamentária, tendo em vista que a emenda parlamentar para atenção básica torna obrigatória a execução orçamentária e financeira das emendas individuais inseridas pelos parlamentares na Lei Orgamentária Anual (LOA). Uma das características marcantes do cotidiano, destacadas em alguns estudos, é a sobrecarga de trabalho pelo acúmulo de diversas funções e o afastamento do enfermeiro da assistência direta (especialmente a consulta de enfermagem), as quais decorrem da necessidade de oferecer respostas às demandas relacionadas ao funcionamento dos serviços de saúde e à população e, ainda, às metas estabelecidas, pactuações e indicadores do serviço de saúde. A priorização de demandas que requerem respostas mais urgentes no cotidiano ligadas a questões gerenciais deixa o enfermeiro distante da assistência direta, da realidade e das necessidades em saúde da população. A cobrança que se impõe 14 aos enfermeiros não é proporcional às condições que lhes são dadas para responder com qualidade às prerrogativas da saúde da família e ao atendimento da demanda espontânea. Sendo assim, observa-se a vivência de situações conflituosas nas tomadas de decisões, pois reconhecem que alguma atividade terá que ser negligenciada, em geral suas atribuições específicas, para que outra seja realizada, ocasionando sentimento de frustração e dúvida quanto ao seu desempenho na APS. Uma forma de aumentar a qualidade do atendimento em serviço da Unidade seria a educação continuada, exercitando práticas educativas para as atividades desenvolvidas, bem como atualizações. Na unidade, são ofertados poucos momentos com esta finalidade, já que a prefeitura oferta poucas oportunidades e o enfermeiro da unidade não tem disponibilidade de tempo para estes momentos devido ao acúmulo de atividades desenvolvidas por este. O financiamento da Atenção primária à Saúde (APS) é calculado com base em 4 componentes: Capitação ponderada; Pagamento por desempenho; Incentivo financeiro com base em critério populacional e Incentivos para ações estratégicas. Cada um desses componentes foi pensado para ampliar o acesso das pessoas aos serviços da APS e promover o vínculo entre população e equipe, com base em mecanismos que induzem à responsabilização dos gestores e dos profissionais pelas pessoas assistidas. A capitação ponderada é uma forma de repasse financeiro da Atenção Primária às prefeituras a ao Distrito Federal, cujo modelo de remuneração é calculado com base no número de pessoas cadastradas nas equipes. Por meio desse cadastro é possível estimar o quantitativo da população que poderá fazer uso dos serviços prestados pela equipe e Unidade Básica de Saúde (UBS)/Unidade de Saúde da Família (USF), o que oferece subsídios ao planejamento das equipes na oferta de serviços e o acompanhamento dos indivíduos, famílias e comunidades. O cadastro do cidadão é feito pelo CPF ou Cartão Nacional de Saúde (CNS) e realizado por todos os integrantes das equipes de saúde. As informações colhidas podem ser registradas por meio do sistema de Coleta de Dados Simplificada (CDS), além do Prontuário Eletrônico do Cidadão (PEC), sistemas próprios das gestões ou contratados de terceiros. Em todos esses casos, os 15 cadastros são monitorados pelo Sistema de Informação em Saúde para a Atenção Básica (Sisab). O pagamento por desempenho é um dos componentes que fazem parte da transferência mensal aos municípios. Nesse componente, a definição do valor a ser transferido depende dos resultados alcançados no conjunto de indicadores monitorados e avaliados no trabalho das equipes de Saúde da Família e de Atenção Primária (eSF/eAP). Os atributos da APS são fortalecidos pelo Pagamento por Desempenho do Programa Previne Brasil, o que induz o aprimoramento dos processos de trabalho e a qualificação dos resultados em saúde, além de otimizar aspectos como periodicidade e método da avaliação. Exemplo disso é que, por meio do monitoramento desses indicadores, podem ser avaliados os acessos, a qualidade e a resolutividade dos serviços prestados pelas eSF/eAP, fornecendo subsídios para medidas de aprimoramento das ações e dando mais transparência aos investimentos na área da saúde para a sociedade. Indicadores Previne Brasil para o ano de 2022 • Proporção de gestantes com pelo menos 6 (seis) consultas pré-natal realizadas, sendo a 1ª (primeira) até a 12ª (décima segunda) semana de gestação. • Proporção de gestantes com realização de exames para sífilis e HIV. • Proporção de gestantes com atendimento odontológico realizado. • Proporção de mulheres com coleta de citopatológico na APS. • Proporção de crianças de 1 (um) ano de idade vacinadas na APS contra Difteria, Tétano, Coqueluche, Hepatite B, infecções causadas por haemophilus influenzae tipo b e Poliomielite inativada. • Proporção de pessoas com hipertensão, com consulta e pressão arterial aferida no semestre. http://189.28.128.100/dab/docs/portaldab/documentos/nota_tecnica_12.pdf http://189.28.128.100/dab/docs/portaldab/documentos/nota_tecnica_12.pdf 16 • Proporção de pessoas com diabetes, com consulta e hemoglobina glicada solicitada no semestre. O componente Incentivo financeiro com base em critério populacional faz parte da apuração do valor de referência para o financiamento da APS. O valor do incentivo per capita é definido pelo Ministério da Saúde anualmente e publicado em portaria. O aporte estabelecido por município e Distrito Federal leva em conta estimativa populacional mais recente divulgada pelo IBGE. Os incentivos para ações estratégicas abrangem características específicas de acordo com a necessidade de cada município ou território. Esses incentivos contemplam a implementação de programas, estratégias e ações que refletem na melhoria do cuidado na APS e na Rede de Atenção à Saúde. • Programa Saúde na Hora; • Equipe de Saúde Bucal (eSB); • Unidade Odontológica Móvel (UOM); • Centro de Especialidades Odontológicas (CEO); • Laboratório Regional de Prótese Dentária (LRPD); • Equipe de Consultório na Rua (eCR); • Unidade Básica de Saúde Fluvial (UBSF); • Equipe de Saúde da Família Ribeirinha (eSFR); • Microscopista; • Equipe de Atenção Básica Prisional (eABP); • Custeio para o ente federativo responsável pela gestão das ações de atenção integral à saúde dos adolescentes em situação de privação de liberdade; • Programa Saúde na Escola (PSE); • Programa Academia da Saúde; • Programas de apoio à informatização da APS; 17 • Incentivo aos municípios com residência médica e multiprofissional; • Outros que venham a ser instituídos por meio de ato normativo específico. As transferências financeiras referentesa cada uma das ações estratégicas observarão as regras previstas nas normas vigentes que regulamentam a organização, o funcionamento e financiamento dos respectivos programas, estratégias e ações. 2.6 AÇÕES ASSISTENCIAIS DO ENFERMEIRO • Realizar atenção à saúde aos indivíduos e famílias vinculadas às equipes e, quando indicado ou necessário, no domicílio e/ou nos demais espaços comunitários (escolas, associações entre outras), em todos os ciclos de vida; • Realizar consulta de enfermagem, procedimentos, solicitar exames complementares, prescrever medicações conforme protocolos, diretrizes clínicas e terapêuticas, ou outras normativas técnicas estabelecidas pelo gestor federal, estadual, municipal ou do Distrito Federal, observadas as disposições legais da profissão; • Realizar e/ou supervisionar acolhimento com escuta qualificada e classificação de risco, de acordo com protocolos estabelecidos; • Realizar estratificação de risco e elaborar plano de cuidados para as pessoas que possuem condições crônicas no território, junto aos demais membros da equipe; • Realizar atividades em grupo e encaminhar, quando necessário, usuários a outros serviços, conforme fluxo estabelecido pela rede local; • Planejar, gerenciar e avaliar as ações desenvolvidas pelos técnicos/auxiliares de enfermagem, ACS e ACE em conjunto com os outros membros da equipe; • Supervisionar as ações do técnico/auxiliar de enfermagem e ACS; 18 • Implementar e manter atualizados rotinas, protocolos e fluxos relacionados a sua área de competência na UBS; e • Exercer outras atribuições conforme legislação profissional, e que sejam de responsabilidade na sua área de atuação. 2.7 EXPERIÊNCIAS PESSOAIS Além das atribuições comuns para todos os profissionais da equipe da APS, as atribuições específicas do enfermeiro e que foram desenvolvidas no estágio são: ações dirigidas aos indivíduos, famílias e comunidade, com a finalidade de garantir a assistência integral na promoção e proteção da saúde, prevenção de agravos, diagnóstico, tratamento, reabilitação e manutenção da saúde, nos diferentes espaços sociais e em todas as fases do ciclo vital. Entre elas: realização de procedimentos (verificação de sinais vitais, medicações injetáveis, curativos simples); atividades em grupo com hipertensos e diabéticos na própria unidade como também nas escolas da área de abrangência com palestras sobre temas relevantes aos alunos (dengue, COVID, higienização das mãos); consultas de enfermagem de agendados e demanda espontânea bem como classificação de risco na triagem, com solicitação de exames complementares, prescrição de medicações, observadas as disposições legais da profissão e conforme os protocolos estabelecidas pelo Ministério da Saúde; encaminhamento, quando necessário a outros serviços (coleta de sangue, atendimento prioritário de urgência e emergência), participação do pedido dos insumos necessários para o adequado funcionamento da Unidade Básica de Saúde (UBS). 19 3- CONSIDERAÇÕES FINAIS O desafio que nos foi colocado é o desenvolvimento de competências especializadas que integram a complexidade técnica e o desenvolvimento científico de uma prática baseada na evidência, necessários para o restabelecimento das funções vitais, mas simultaneamente prestar cuidados fundamentados nos paradigmas da enfermagem atual, incorporando o conhecimento técnico aos cuidados, desenvolvendo o conceito de enfermagem avançada, caminhando para os cuidados centrados nas respostas humanas às situações críticas, utilizando um conhecimento gerado pela investigação e nas teorias em enfermagem. O enfermeiro é um trabalhador do conhecimento que aplica as suas competências e conhecimentos na sua prática tendo em conta as diferentes dimensões dos cuidados de enfermagem, mesmo lidando com a sobrecarga de funções e atribuições na APS. 20 REFERÊNCIAS BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção Primária à Saúde. Guia para qualificação dos indicadores da APS 2020.Disponível: http://189.28.128.100/dab/docs/portaldab/documentos/esus/qualificadores_indicador _PEC.pdf. Acesso: ago. 2022. BRASIL. Ministério da Saúde. Gabinete do Ministro. Portaria nº 793, de 24 de abril de 2012. Institui a Rede de Cuidados à Pessoa com Deficiência no âmbito do Sistema Único de Saúde. Brasília: Ministério da Saúde, 2012. BRASIL. Ministério da Saúde. Gabinete do Ministro. Portaria nº 252, de 19 de fevereiro de 2013. Institui a Rede de Atenção à Saúde das Pessoas com Doenças Crônicas no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS). Brasília: Ministério da Saúde, 2013a. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Política Nacional de Humanização da Atenção e Gestão do SUS. 1. ed. Brasília: Ministério da Saúde, 2013b GUIMARÃES, A. M. D. N.; CAVALCANTE, C. C. B.; LINS, M. Z. S. (org.). Planificação da atenção primária à saúde: um instrumento de gestão e organização da atenção primária e da atenção ambulatorial especializada nas redes de atenção à saúde. Brasília: CONASS, 2018. MENDES, E. V. As redes de atenção à saúde. Brasília: Organização Pan- Americana da Saúde, 2011 http://189.28.128.100/dab/docs/portaldab/documentos/esus/qualificadores_indicador_PEC.pdf http://189.28.128.100/dab/docs/portaldab/documentos/esus/qualificadores_indicador_PEC.pdf 21 ANEXOS
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