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SISTEMA DE ENSINO
NOÇÕES DE 
CRIMINALÍSTICA
Vestígios de Interesse Forense e suas 
Classificações 
Livro Eletrônico
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Vestígios de Interesse Forense e suas Classificações 
NOÇÕES DE CRIMINALÍSTICA
Leonardo Guedes
Sumário
Apresentação ................................................................................................................................... 3
Vestígios de Interesse Forense e suas Classificações............................................................ 5
1. Introdução ao Tema .................................................................................................................... 5
2. Vestígios de Interesse Forense e suas Classificações ....................................................... 5
2.1. Classificação ............................................................................................................................. 7
3. Indícios .........................................................................................................................................13
3.1. Conceito .....................................................................................................................................13
4. Evidências .................................................................................................................................. 14
5. Cadeia de Custódia ................................................................................................................... 14
5.1. Conceito e Definições .............................................................................................................15
6. Documentos Criminalísticos ................................................................................................... 17
6.1. Conceitos dos Termos Gerais ................................................................................................ 17
6.2. Tipos de Documentos Criminalísticos .............................................................................. 18
Resumo ............................................................................................................................................ 26
Mapas Mentais .............................................................................................................................. 29
Exercícios ........................................................................................................................................ 33
Gabarito ............................................................................................................................................51
Gabarito Comentado .................................................................................................................... 52
Referências ......................................................................................................................................91
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Vestígios de Interesse Forense e suas Classificações 
NOÇÕES DE CRIMINALÍSTICA
Leonardo Guedes
ApresentAção
Olá, estimado(a) aluno(a)!
Como está? Tudo certo? Vamos continuar nossa missão? Antes de iniciar nosso terceiro 
livro digital, contarei uma breve história que vivi na carreira policial, ombreado com grandes 
profissionais, destacando como a prova pericial, os vestígios e a cadeia de custódia se rela-
cionam com as provas documentais e testemunhais, para tanto não serão revelados nomes 
ou detalhes do caso.
Vou ser bastante breve, para que você se concentre no que de fato, interessa!
Durante uma investigação criminal de um homicídio, o qual o inquérito policial e todo 
processo criminal já foram concluídos, nossa equipe levantou indícios de autoria que recaiam 
sobre dois indivíduos, os quais foram interrogados na época. Um deles havia sido preso em 
flagrante com uma arma de calibre compatível aos dos projéteis encontrados no cadáver, no 
entanto, as investigações indicavam que esse suspeito não tinha qualquer motivo para as-
sassinar a vítima.
O outro suspeito relacionado, tinha motivos para matar aquela pessoa e testemunhas 
disseram que no dia do crime ele estava junto à vítima.
E agora como continuar a investigação e obter provas da materialidade e autoria do crime?
Nesse caso específico, iniciamos verificando se a arma apreendida era a mesma que foi 
utilizada no crime, e aí... BINGO!!!! O Instituto de Criminalística, no caso, a Seção de Balística 
Forense, forneceu resultados que demonstraram que a arma utilizada era de fato a arma do 
crime. OK!!!
Já podemos prender o suspeito número 01??? 
Com certeza não!!! Pois é aí que mora o perigo!!!
Somente essa prova pericial não seria capaz de apontar a autoria desse caso, precisáva-
mos dizer o motivo pelo qual o indivíduo 01, mataria aquela vítima, tínhamos ainda que colo-
cá-lo na cena do crime, fatos esses que não se mostraram presentes.
Para o suspeito número 02, além das testemunhas, a análise de um vídeo coletado pelos 
Peritos Criminais no local do homicídio, provaram que o suspeito 02 estava com a vítima no 
momento do crime.
E agora como fechar esse quebra-cabeças?
Foi assim...
Fechamos essa investigação através das provas subjetivas somadas às provas materiais, 
em resumo: a) o suspeito número 01, confessou que comprou a arma utilizada no crime do 
suspeito 02, no dia posterior ao crime; b) foi demonstrado que a vítima teve um caso amoroso 
com a esposa do suspeito 02; c) o suspeito 02 confessou para esposa infiel que matara seu 
amante; c) dados de localização do telefone da vítima e do suspeito demonstram que na hora 
do fato estavam juntos; d) após acareação dos suspeitos 01 e 02, o autor (suspeito 02) con-
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fessou o crime e terminou seu interrogatório dizendo: “Quem mexe com mulher de bandido, o 
destino é certo!!!”
Esse tipo de crime com certeza fará parte do dia a dia dos senhores e das senhoras, quan-
do, depois de aprovados, assumirem seus cargos.
Depois dessa historinha relaxante, continuemos nossos estudos e lembrem-se:
A coragem que eu tenho para continuar lutando é a certeza que nunca perdi uma batalha, sem ter 
me entregado totalmente pela vitória.
Matheus Sallun
Leonardo Guedes
Instagram: @leo_guedes_scientia_lex
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NOÇÕES DE CRIMINALÍSTICA
Leonardo Guedes
VESTÍGIOS DE INTERESSE FORENSE E 
SUAS CLASSIFICAÇÕES
1. Introdução Ao temA
Nas palavras do Professor de Criminalística Dr. Alberi Espíndola, temos a seguinte reflexão:
A perícia oficial é base para uma investigação policial moderna e isenta de qualquer subterfúgio que 
desrespeite as garantias individuais do cidadão. Os direitos humanos somente serão rigorosamente 
observados no âmbito das polícias, se tivermos os Institutos de Criminalística e de Medicina Legal, 
funcionando em estruturas autônomas, devidamenteequipados e com efetivos adequados, para 
trabalharem em estreita parceria com os policiais, subsidiando-os com as ferramentas científicas 
da investigação.
Também, é a perícia oficial que fornecerá as provas mais consistentes para o processo 
criminal, criando as condições necessárias para que o magistrado possa aplicar corretamente 
a justiça. Critica-se muito a Justiça pela sua ineficiência e morosidade, porém, nós que integra-
mos esse sistema, sabemos que parte da sua alardeada ineficiência é oriunda da não prioriza-
ção em investimentos para os Institutos de Perícia, o que acaba refletindo em processos sem 
provas periciais suficientes para subsidiar a convicção do magistrado sobre os fatos relatados 
naquela peça processual.
Assim, cabe, a todos nós da sociedade, travarmos uma cruzada pelo desenvolvimento da 
criminalística no Brasil.
Muito se fala a respeito do laudo pericial e várias outras peças formais, que estão muito 
próximas como expressão técnica de algum tipo de exame que seja realizado, visando escla-
recer um fato ocorrido ou determinada dúvida de natureza específica.
Nesse universo de peças técnicas, teríamos o laudo pericial – oficial ou não, o parecer 
técnico – com fins de atendimento à Justiça ou não, e o relatório técnico. Além das dúvidas 
existentes quanto à titulação dessas peças técnicas, maior é a confusão sobre o conteúdo de 
cada uma delas.
Nesse contexto, a fim de sistematizar o conteúdo cobrado do edital normativo da sua prova 
objetiva, vamos analisar cada uma dessas peças técnicas, enfocando suas peculiaridades, ob-
jetivos, aplicações e conteúdos que entendemos ser necessário observar nas suas respectivas 
produções.
Pronto(a) para iniciar o aprendizado?
2. VestígIos de Interesse Forense e suAs ClAssIFICAções
Nos exames periciais em locais de crimes a matéria prima de todo o levantamento é sem-
pre o vestígio. Ele é a fonte de onde se extraem todas as informações e, consequentemente, 
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Vestígios de Interesse Forense e suas Classificações 
NOÇÕES DE CRIMINALÍSTICA
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é através dele que o perito realiza suas interpretações baseadas em metodologia científica. 
Ao longo do tempo, diversos autores se manifestaram sobre a definição do que é um vestígio. 
No início era perceptível a identificação clara com a natureza exclusivamente material destes 
elementos (ROSA,2015).
Para Anuschat (1933), vestígios:
(...) constituem tudo que possa ser percebido como matéria, corpo, objeto, etc., que tenha ou possa 
ter ligação com o crime ou com o criminoso e que sirva a elucidação do crime e determinação da 
autoria.
Zbinden (1957), que se manifesta da seguinte forma: “Vestígios são as modificações físi-
cas ou psíquicas, provocadas por conduta humana, de ação ou omissão, que permitem tirar 
conclusões quanto ao acontecimento que os causou, ou seja, o ato criminoso”.
De acordo com os dicionários da língua portuguesa o termo “vestígio” e o termo “material” 
possuem os seguintes significados:
• Vestígio:
− no sentido literal: sinal que homem ou animal deixa no lugar onde passa; rastro, pe-
gada ou pista;
− no sentido figurado: indício, pista, sinal.
• Material: “que pertence ou se refere à matéria”.
Assim, conforme preceitua Mallmith (2007), à junção destes vocábulos deveria corres-
ponder uma equivalente adição de seus significados, fornecendo-nos uma precisa noção do 
sentido da locução “vestígio material”. Contudo, não é o que ocorre, eis que a exata dimen-
são significativa de “vestígio material”, no âmbito técnico-científico, extrapola sobremaneira 
a acepção advinda da simples união dos sentidos destas palavras.
No aspecto técnico-científico, os vestígios materiais constituem-se em qualquer corpo, ob-
jeto, marca ou sinal que implique em uma sequência de procedimentos para a sua produção 
ou para a sua disposição em determinada configuração, forma ou estado.
Costa Filho (2012), por sua vez, considera como vestígio, qualquer alteração material no 
ambiente ou na pessoa, que tenha ou que possa ter relação com o fato delituoso ou com a 
autoria, vindo a servir para elucidação ou determinação de sua autoria.
Note, que os vestígios estão presente na maioria dos locais do crime, pois é simplesmente 
qualquer marca, objeto ou sinal sensível que possa ter relação com o fato investigado.
Ressalta-se que, apesar de conceitos similares, corpo de delito e vestígio são institutos di-
ferentes: em um local de homicídio por exemplo, o cadáver é um corpo de delito, e as marcas no 
chão ou uma barra de metal nas proximidades são preliminarmente considerados como vestígios. 
Observe que a barra de metal, pode não ter nenhuma relação com o fato criminoso, assim como 
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as pegadas. Já o cadáver é elemento essencial da ocorrência, afinal, é ele que motiva a investiga-
ção. Assim, por eliminação preliminar de nível de importância, podemos diferenciar os conceitos.
Vestígio, em conceito latu sensu, pode ser definido por qualquer elemento na cena do crime 
que esteja fora da normalidade.
Nos termos do art. 158-A, § 3º, presente na nova redação do Código de Processo Penal, 
“VESTÍGIO” é todo objeto ou material bruto, visível ou latente, constatado ou recolhido, que se 
relaciona à infração penal.
São exemplos de vestígios: marcas de compressão ou impacto em portas arrombadas, 
alimpaduras de calçado, uma impressão, uma marca pneumática, manchas de fluido bio-
lógico, sangue, pelos, fibras, poeiras, armas, munição, substâncias entorpecentes, medica-
mentos etc.
2.1. ClAssIFICAção
Os vestígios podem ser classificados de diversas formas, há na literatura, inúmeros critérios 
para sistematizá-los. Em provas de concurso público a classificação quanto à produção e rela-
ção ao fato são as mais cobradas, portanto vamos dar destaque a esse tipo de classificação.
2.1.1. Quanto a sua relação com o fato
• VESTÍGIOS VERDADEIROS: São, a princípio, todos os vestígios encontrados em uma 
cena de crime, até que se prove o contrário. Em outras palavras são os vestígios pro-
duzidos diretamente pelas ações dos atores relacionados com o crime. ATENÇÃO: mu-
dando o referencial, os ilusórios e os forjados podem ser verdadeiros.
• VESTÍGIOS ILUSÓRIOS: São aqueles que não tem relação com o referencial inicialmen-
te estabelecido, são os vestígios observados no local do crime os quais não são re-
lacionados às ações dos atores envolvidos no fato delituoso, desde que a produção 
desses vestígios não tenha sido de maneira intencional. EXEMPLO: uma lata de cerveja 
que já se encontrava no local onde um corpo foi encontrado; um cartucho de munição 
deflagrado antigo que já estava presente no local onde foi encontrado um cadáver com 
perfurações no corpo.
É quase sempre muito difícil para o perito diferenciar vestígios verdadeiros, ilusórios e forjados, 
no início dos trabalhos. Por isso, nenhum detalhe pode ser desprezado; tudo deve ser investi-
gado e analisado cuidadosamente, não se deve seguir uma pista só.
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• VESTÍGIOS FORJADOS: São aqueles produzidos por interesse do criminoso ou de qual-
quer pessoa na tentativa de desviar as conclusões que poderiam ser extraídas do local. 
Trata-se de vestígios produzidos com interesse em alterar a configuração original dos 
vestígios do local de crime, por razões diversas como atrapalhar e prejudicar a investiga-
ção criminal. EXEMPLO: inserção intencional de uma arma de fogo na mão de um crimi-
noso para simular uma justificativa para um homicídio decorrente da ação de resistência 
à abordagem policial.
Nesse contexto o Código Penal, nos termos do Art. 347 prevê o delito de fraude processual:
Art. 347. Inovar artificiosamente, na pendência de processo civil ou administrativo, o estado de lu-
gar, de coisa ou de pessoa, com o fim de induzir a erro o juiz ou o perito:
Pena – detenção, de três meses a dois anos, e multa.
Parágrafo único. Se a inovação se destina a produzir efeito em processo penal, ainda que não inicia-
do, as penas aplicam-se em dobro.
O Código de Processo Penal regulamenta expressamente no §2º do art. 158-C que é ve-
dada a entrada em locais isolados, bem como a remoção de quaisquer vestígios de locais de 
crime antes da liberação por parte do perito responsável, sendo tipificada como fraude proces-
sual a sua realização.
2.1.2. Quanto a relação dos vestígios com o autor
• VESTÍGIOS ABSOLUTOS: aqueles que permitem que se estabeleça relação absoluta, 
direta com o seu autor ou com vítima, como, por exemplo, impressão digital e material 
genético contido em vestígios biológicos. Nesse caso, quem deixou impressão digital 
ou sangue no local, deixou uma parte identificável de si mesmo.
• VESTÍGIOS RELATIVOS: aqueles que não guardam relação absoluta, identificável de 
pronto com o seu autor. Essa relação é revelada por meio da identificação da classe a 
que pertence.
O sangue contendo material genético identificável por meio de DNA é um vestígio absoluto; 
entretanto se não puder ser obtido o DNA, mas apenas a tipagem sanguínea (A, B, AB ou O), o 
vestígio será relativo, pois direcionará a busca do autor a uma classe de indivíduos portadores 
daquele tipo sanguíneo.
2.1.3. Quanto à percepção
• VESTÍGIOS LATENTES (NÃO OBSERVÁVEIS/ NÃO PERCEPTÍVEIS): Correspondem 
àqueles que necessitam de algum auxílio para a sua observação, seja um reagente ou 
algum recurso tecnológico, uma vez que não são perceptíveis a olho nu.
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• VESTÍGIOS OSTENSIVOS/PERCEPTÍVEIS: são aqueles que são observáveis sem uti-
lização de equipamentos ou técnicas forenses de revelação, é perceptível aos olhos E 
outros sentidos humanos.
Outras classificações estão relacionadas:
2.1.4. Quanto à origem dos vestígios
• Vestígios humanos
• Vestígios não humanos
2.1.5. Quanto ao tempo
• Vestígios transitórios: que desaparecem rapidamente do local de crime e precisam ser 
levantados com brevidade pelo perito.
• Vestígios permanentes são os que permanecem no local de crime por um longo período.
2.1.6. Com relação à dimensão dos vestígios
• Macrovestígios: de tamanho suficiente para ser observado a olho nu, e os microscópicos.
• Microvestígios: que são aqueles vestígios em que há necessidade de utilização de ins-
trumentos como microscópios para serem detectados).
Na obra “Locais De Crime: Dos Vestígios à Dinâmica Criminosa” organizada por VELHO e 
colaboradores (2018), os vestígios foram divididos em grupos.
• VESTÍGIOS BIOLÓGICOS: Vestígios de natureza biológica são todos aqueles derivados 
de organismos vivos. Podem ser evidentes e claramente associados a ação delituosa 
como o sangue na arma do crime ou tão sutis como as células epiteliais em uma taça 
de vinho.
Todo material de origem biológica contém DNA. Todos os tecidos biológicos na sua ori-
gem apresentam DNA, por consequência os materiais biológicos (proveniente dos organis-
mos) potencialmente apresentam DNA, em menor ou maior quantidade. Os fluídos biológicos 
usualmente apresentam boas quantidades de DNA e são frequentemente encontrados na cena 
de crime. Como exemplos podemos citar sangue, saliva, sêmen e secreção vaginal. Outros 
fluídos como suor, muco e urina também podem apresentar DNA, só que geralmente em baixa 
quantidade.
Fios cabelo e pelos podem apresentar DNA em quantidades significativas no bulbo (raiz), 
porém fios que caem naturalmente ou fios cortados não possuem bulbo e apresentam pouco 
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DNA nuclear ou apenas DNA mitocondrial em baixa quantidade. Unhas, fezes, vômito e célu-
las descamativas também podem apresentar DNA.
A coleta de vestígios biológicos em locais de crime para a identificação genética é uma 
das mais poderosas armas da Criminalística nos dias de hoje. Praticamente todos os mate-
riais biológicos encontrados em um local de crime conterão DNA, seja ele autossômico ou mi-
tocondrial com potencial para a identificação, seja do criminoso, da vítima, do desaparecido 
ou outras pessoas de interesse da investigação.
Figura 1. Fonte vestígio biológico (saliva) recolhido em local de crime.
• VESTÍGIOS ENTOMOLÓGICOS: A Entomologia Forense é o estudo dos insetos e outros 
artrópodes associados a diversas questões criminais que serve à perícia como uma 
ferramenta auxiliar na investigação criminal. Os principais grupos de insetos de inte-
resse forense são moscas (Diptera) e besouros (Coleoptera). O conhecimento acerca da 
ecologia, biologia e distribuição dos insetos têm contribuído para a solução de crimes 
informando quando, onde, por quem e como esses teriam ocorrido. A estimativa do 
intervalo pós-morte (IPM) é a contribuição mais relevante nas investigações criminais.
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Figura 2. Grande concentração de larvas em uma carcaça. Fonte: https://universoracionalista.org/entomologia-
-forense.
• VESTÍGIOS MORFOLÓGICOS: Os vestígios morfológicos, são aqueles que se destacam 
na cena do crime por suas características de impressão ou relevo, visíveis ou latente. 
São exemplos: impressões digitais, pegadas, marcas de ferramentas, marcas de mor-
dida, impressão labial etc.
Figura 3. Impressão tridimensional de um solado de calçado.
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• VESTÍGIOS QUÍMICOS: Alguns locais de crime possuem o vestígio químico como foco 
central da ação pericial. Como exemplo desses locais pode-se citar aqueles de adultera-
ção e comercialização irregular de combustíveis (álcool e gasolina); locais de produção, 
distribuição e venda de medicamentos falsificados; locais de armazenamento e proces-
samento de produtos químicos relacionados direta ou indiretamente à síntese, refino ou 
diluição de drogas ilícitas. Os vestígios químicos podem representar um risco em poten-
cial tanto para a integridade física do perito como para terceiros e para o meio ambiente.
Figura 4. Vestígios químicos. Laboratório Clandestino para produção de drogas.
• VESTÍGIOS FÍSICOS: O conceito de vestígios físicos se insere e se relaciona com ves-
tígios de outras naturezas, uma vez que existe uma vastidão de objetos e diferentes 
formas com que podem ser usados em locais de crime, tornando esses vestígios inti-
mamente associados com outros. Assim, vestígios físicos podem ser suportes de ves-
tígios biológicos como uma faca contendo sangue da vítima na lâmina e possivelmente 
DNA de contato do agressor no cabo; projéteis de arma de fogo que geram marcas de 
impacto, estudadas no âmbito da balística; diferentes tipos de objetos usados como 
armas, que provocam uma variedade de lesões; fragmentos de vidro e seu padrão de 
formação, e assim sucessivamente.
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Figura 5. Vestígios Físicos. Ferramenta utilizada para danificar(arrombamento) o cadeado.
• MICROVESTÍGIOS: Define-se como vestígios diminutos preservados em local de crime 
que, ao serem reconhecidos e analisados, podem tornar-se indícios de uma prática 
delituosa. Exemplos: pólen, sementes, cabelos, pelos, microfósseis, fibras, tintas, mi-
nerais.
3. IndíCIos
3.1. ConCeIto
Nos termos do artigo 239 do Código de Processo Penal:
Art. 239. Considera-se indício a circunstância conhecida e provada, que, tendo relação com o fato, 
autorize, por indução, concluir-se a existência de outra ou outras circunstâncias.
Segundo o Dicionário Brasileiro da Língua Portuguesa Michaelis:
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Conforme Capez (2016):
Indício: é toda circunstância conhecida e provada, a partir da qual, mediante raciocínio lógico, pelo 
método indutivo, obtém-se a conclusão sobre um outro fato. A indução parte do particular e chega 
ao geral. Assim, nos indícios, a partir de um fato conhecido, deflui-se a existência do que se preten-
de provar. Indício é o sinal demonstrativo do crime: signum demonstrativum delicti.
4. eVIdênCIAs
Embora o Código De Processo Penal não contemple o conceito de evidência, alguns au-
tores tratam como evidência aquele vestígio que, depois de submetido às análises, permite 
estabelecer uma relação com o crime em estudo. Evidência é uma verdade clara e manifesta 
por si mesma que não pode ser negada, refutada ou contestada. É o que todos veem ou po-
dem ver e verificar (MELO, 2017).
Enquanto vestígios representam a informação objetiva ou material de um local de crime, o 
indício, segundo o Código de Processo Penal, corresponde a uma circunstância conhecida e 
provada relacionada ao fato e que autorize a concluir pela existência de outras circunstâncias.
Em outras palavras, apesar de relacionados, tais conceitos podem também gerar equívo-
cos interpretativos. Enquanto o vestígio abrange, a evidência restringe e o indício circunstân-
cia (SILVEIRA & PEREIRA, 2020).
O PULO DO GATO
Toda evidência é um indício, porém o contrário nem sempre é verdadeiro, pois os indícios 
englobam os elementos objetivos de prova e outros de ordem subjetiva. Toda evidência é um 
indício, mas nem todo indício será uma evidência.
5. CAdeIA de CustódIA
A cadeia de custódia pode ser definida como o conjunto de procedimentos documentados 
que registram a origem, identificação, coleta, custódia, controle, transferência, análise e even-
tual descarte de evidências. Ela é utilizada para manter e documentar a história cronológica 
do vestígio, permitindo sua rastreabilidade.
O conceito de preservação da cadeia de custódia no processo penal, diz respeito à garan-
tia de integridade e, por consequência, credibilidade e prestabilidade da prova, mas, também, 
ao exercício do contraditório pelas partes que devem ter acesso a una prova certamente ínte-
gra, sem esquecer o Juiz, que é o destinatário da prova.
A partir do momento em que uma prova é coletada ou uma evidência é apreendida ela deve 
ser custodiada (guardada) e todo esse caminho deve ser documentado exatamente para que 
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não haja nenhuma dúvida quanto à lisura e legalidade da prova. A cadeia de custódia permite 
ao perito garantir provar a integridade do processo ao qual amostra foi submetida.
5.1. ConCeIto e deFInIções
A cadeia de custódia da prova é garantia documental da cronologia dos fatos investiga-
dos pelo Estado, sobretudo aqueles voltados aos vestígios.
Rogério Sanches (2020), assim define:
É, em suma, a sistematização de procedimentos que objetivam a preservação do valor probató-
rio da prova pericial caracterizada, mais precisamente, da sua autenticidade. Cuida dos métodos 
científicos atuais de manejo da marca vinculada a uma conduta supostamente ilícita. Assegura 
a preservação dos vestígios desde o contato primário até o descarte dos elementos coletados, 
garantindo-se a sua qualidade através da documentação cronológica dos atos executados em 
observância às normas técnicas previstas nas etapas da chamada cadeia de custódia.
Nesse sentido, Renato Brasileiro (2017) conceitua:
A cadeia de custódia das provas funciona como a documentação formal de um procedimento desti-
nado a manter e documentar a história cronológica de uma evidência, evitando-se, assim, eventuais 
interferências internas e externas capazes de colocar em dúvida o resultado da atividade probatória.
Cumpre destacar que, a ideia de cadeia de custódia é aplicável a todo e qualquer elemento 
probatório. Nessa esteira, podemos definir a Cadeia de Custódia como o processo de docu-
mentar a história cronológica da evidência. Esse processo visa a garantir o rastreamento das 
evidências utilizadas em processos judiciais, registrar quem teve acesso ou realizou o manu-
seio desta evidência.
No que diz respeito à preservação das informações coletadas, a cadeia de custódia possi-
bilita documentar a cronologia das evidências, quem foram os responsáveis por seu manuseio, 
garantir a inviolabilidade do material, lacrar as evidências, restringir acesso, tudo isso visando 
à perda da confiança do elemento (com)probatório, seja em qual área for.
A“Cadeia de Custódia” passou a ter regulamentação legal após o advento do Pacote An-
ticrime. Vejamos os artigos relacionados no Código de Processo Penal:
Art. 158-A. Considera-se cadeia de custódia o conjunto de todos os procedimentos utilizados para 
manter e documentar a história cronológica do vestígio coletado em locais ou em vítimas de crimes, 
para rastrear sua posse e manuseio a partir de seu reconhecimento até o descarte.
§ 1º O início da cadeia de custódia dá-se com a preservação do local de crime ou com procedimen-
tos policiais ou periciais nos quais seja detectada a existência de vestígio.
§ 2º O agente público que reconhecer um elemento como de potencial interesse para a produção 
da prova pericial fica responsável por sua preservação.
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§ 3º Vestígio é todo objeto ou material bruto, visível ou latente, constatado ou recolhido, que se 
relaciona à infração penal.
Art. 158-B. A cadeia de custódia compreende o rastreamento do vestígio nas seguintes etapas:
I – reconhecimento: ato de distinguir um elemento como de potencial interesse para a produção 
da prova pericial;
II – isolamento: ato de evitar que se altere o estado das coisas, devendo isolar e preservar o am-
biente imediato, mediato e relacionado aos vestígios e local de crime;
III – fixação: descrição detalhada do vestígio conforme se encontra no local de crime ou no corpo 
de delito, e a sua posição na área de exames, podendo ser ilustrada por foto g rafias, filmagens ou 
croqui, sendo indispensável a sua descrição no laudo pericial produzido pelo perito responsável 
pelo atendimento;
IV – coleta: ato de recolher o vestígio que será submetido à análise pericial, respeitando suas ca-
racterísticas e natureza;
V – acondicionamento: procedimento por meio do qual cada vestígio coletado é embalado de for-
ma individualizada, de acordo com suas características físicas, químicas e biológicas, para poste-
rior análise, com anotação da data, hora e nome de quem realizo u a coleta e o acondicionamento;
VI – transporte: ato de transferir o vestígio de um local para o outro, utilizando as condições adequa-
das (embalagens, veículos, temperatura, entre outras), de modo a garantir a manutenção de suas 
características originais, bem como o controle de sua posse;
VII – recebimento: ato formal de transferência da posse do vestígio, que deve ser documentado 
com, no mínimo, informações referentes ao número de procedimento e unidade de polícia judiciária 
relacionada, local de origem, nome de quem transportou o vestígio, código de rastreamento, natu-
reza do exame, tipo do vestígio, protocolo, assinatura e identificação de quem o recebeu;
VIII – processamento: exame pericial em si, manipulação do vestígio de acordo com a metodologia 
adequada às suas características biológicas, físicas e químicas, a fim de se obter o resultado de-
sejado, que deverá ser formalizado em laudo produzido por perito;
IX – armazenamento: procedimento referente à guarda, em condições adequadas, do material a ser 
processado, guardado para realização de contraperícia, descartado ou transportado, com vincula-
ção ao número do laudo correspondente;
X – descarte: procedimento referente à liberação do vestígio, respeitando a legislação vigente e, 
quando pertinente, mediante autorização judicial.
Art. 158-C. A coleta dos vestígios deverá ser realizada preferencialmente por perito oficial, que dará 
o encaminhamento necessário para a central de custódia, mesmo quando for necessária a realiza-
ção de exames complementares.
§ 1º Todos vestígios coletados no decurso do inquérito ou processo devem ser tratados como 
descrito nesta Lei, ficando órgão central de perícia oficial de natureza criminal responsável por 
detalhar a forma do seu cumprimento.
§ 2º É proibida a entrada em locais isolados bem como a remoção de quaisquer vestígios de locais 
de crime antes da liberação por parte do perito responsável, sendo tipificada como fraude proces-
sual a sua realização.
Art. 158-D. O recipiente para acondicionamento do vestígio será determinado pela natureza do ma-
terial.
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§ 1º Todos os recipientes deverão ser selados com lacres, com numeração individualizada, de forma 
a garantir a inviolabilidade e a idoneidade do vestígio durante o transporte.
§ 2º O recipiente deverá individualizar o vestígio, preservar suas características, impedir contami-
nação e vazamento, ter grau de resistência adequado e espaço para registro de informações sobre 
seu conteúdo.
§ 3º O recipiente só poderá ser aberto pelo perito que vai proceder à análise e, motivadamente, por 
pessoa autorizada.
§ 4º Após cada rompimento de lacre, deve se fazer constar na ficha de acompanhamento de ves-
tígio o nome e a matrícula do responsável, a data, o local, a finalidade, bem como as informações 
referentes ao novo lacre utilizado.
§ 5º O lacre rompido deverá ser acondicionado no interior do novo recipiente.
Art. 158-E. Todos os Institutos de Criminalística deverão ter uma central de custódia destinada à 
guarda e controle dos vestígios, e sua gestão deve ser vinculada diretamente ao órgão central de 
perícia oficial de natureza criminal.
§ 1º Toda central de custódia deve possuir os serviços de protocolo, com local para conferência, 
recepção, devolução de materiais e documentos, possibilitando a seleção, a classificação e a dis-
tribuição de materiais, devendo ser um espaço seguro e apresentar condições ambientais que não 
interfiram nas características do vestígio.
§ 2º Na central de custódia, a entrada e a saída de vestígio deverão ser protocoladas, consignando-
-se informações sobre a ocorrência no inquérito que a eles se relacionam.
§ 3º Todas as pessoas que tiverem acesso ao vestígio armazenado deverão ser identificadas e de-
verão ser registradas a data e a hora do acesso.
§ 4º Por ocasião da tramitação do vestígio armazenado, todas as ações deverão ser registradas, 
consignando-se a identificação do responsável pela tramitação, a destinação, a data e horário da 
ação.
Art. 158-F. Após a realização da perícia, o material deverá ser devolvido à central de custódia, de-
vendo nela permanecer.
Parágrafo único. Caso a central de custódia não possua espaço ou condições de armazenar de-
terminado material, deverá a autoridade policial ou judiciária determinar as condições de depósito 
do referido material em local diverso, mediante requerimento do diretor do órgão central de perícia 
oficial de natureza criminal.
6. doCumentos CrImInAlístICos
6.1. ConCeItos dos termos gerAIs
Antes de listarmos os principais documentos criminalísticos presentes na doutrina, faz-se 
necessário a conceituação de alguns termos gerais que serão utilizados para definição e con-
ceito de cada uma dessas peças que serão estudadas no presente livro digital, são eles:
• Laudo: Escrito em que um perito ou um árbitro emite seu parecer e responde a todos os 
quesitos que lhe foram propostos pelo juiz e pelas partes interessadas. Parecer do lou-
vado ou árbitro; peça escrita, fundamentada, em que os peritos expõem as observações 
e estudos que fizeram e consignam as conclusões da perícia.
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• Perícia: Qualidade de perito. Destreza, habilidade, proficiência. Exame de caráter técni-
co e especializado.
• Pericial: Relativo à perícia. Qualidade de perito; habilidade, destreza, exame ou vistoria 
de caráter técnico e especializado.
• Perito: Experiente, hábil, prático, sabedor, versado. Aquele que é prático ou sabedor 
em determinados assuntos. Aquele que é judicialmente nomeado para exame ou vis-
toria. Experimentado; sabedor; hábil; douto; prático. Aquele que é prático ou sabedor; 
aquele que está habilitado para fazer perícias. O nomeado judicialmente para exame 
ou vistoria.
• Parecer: Opinião. Opinião técnica sobre determinado assunto.
• Relatório: Descrição minuciosa de fatos de administração pública ou de sociedade. Pa-
recer ou exposição dos fundamentos de um voto ou apreciação. Exposição prévia dos 
fundamentos de um decreto, decisão etc. Exposição de todos os fatos de uma adminis-
tração ou de uma sociedade.
• Técnico: Próprio de uma arte ou ramo específico de atividade. Aquele que é perito numa 
atividade. Próprio de uma arte ou ciência; O que é perito numa arte ou ciência.
• Técnica: Conhecimento prático. Conjunto dos métodos e pormenores práticos essen-
ciais a execução perfeita de uma arte ou profissão. A parte material ou o conjunto de 
processos de uma arte; prática.
• Assistente: Que assiste, observando ou colaborando. Pessoa presente a um ato ou ce-
rimônia. Pessoa que dá assistência.
6.2. tIpos de doCumentos CrImInAlístICos
6.2.1. Laudo Pericial
O laudo pericial é uma peça técnica formal que apresenta o resultado de uma perícia. Nele 
deve ser relatado tudo o que fora objeto dos exames levado a efeito pelos peritos. Ou seja, é 
um documento técnico-formal que exprime o resultado do trabalho do perito.
Dentre as várias peças técnicas, podemos dizer que o laudo pericial é o documento mais 
completo, em razão da sua origem que é um exame de natureza pericial, feito por peritos. Aqui 
vale ressaltar que, sob o enfoque técnico-jurídico, um exame pericial pressupõe um trabalho 
de natureza eminentemente técnico-científico e da maior abrangência possível. É, portanto, um 
trabalho (exame pericial) levado a efeito por especialistas (peritos) naquilo que estão a realizar, 
cuja obrigação é dar a maior abrangência possível ao exame.
Sabemos que um exame pericial deve se pautar pela mais completa constatação do fato, 
análise e interpretação e, como resultado final, a opinião de natureza técnico-científica sobre 
os fatos examinados. Os peritos não devem se restringir ao que lhes foi perguntado ou 
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requisitado, mas estarem sempre atentos para outros fatos que possam surgir no transcorrer 
de um exame.
Assim, a partir desse amplo e completo exame (a perícia), a peça técnica capaz de exprimir 
o universo dessa perícia é o Laudo Pericial. O laudo pericial é, portanto, o resultado final de um 
completo e detalhado trabalho técnico-científico, levado a efeito por peritos, cujo objetivo é o 
de subsidiar a Justiça em assuntos que ensejaram dúvidas no processo. Dentro desse objeti-
vo, temos aqueles laudos destinados à Justiça Criminal e os que se destinam à Justiça Cível 
(Espíndola,2008).
O laudo pericial é uma peça técnica formal que apresenta o resultado de uma perícia. Nele 
deve ser relatado tudo o que fora objeto dos exames levado a efeito pelos peritos.
6.2.2. Laudo Pericial Criminal (Laudo Oficial)
O laudo pericial com destino à Justiça Criminal tem como suporte uma série de formalida-
des e de regulamentos emanados, principalmente, do Código de Processo Penal, que o diferen-
cia em vários aspectos daqueles destinados à Justiça Cível.
A principal característica do laudo pericial criminal é que todas as partes integrantes do 
processo dele se utilizam, pois é uma peça técnica-pericial única, determinada a partir do arti-
go 159 do CPP (Os exames de corpo de delito e as outras perícias serão feitos por dois peritos 
oficiais.). Só há a figura do perito oficial para fazer a perícia, cujo laudo poderá ser utilizado 
desde a fase de investigação policial até o processo, neste, tanto pelo magistrado, promotor ou 
partes representadas pelo advogado.
Como vemos, qualquer necessidade de perícia no âmbito da Justiça Criminal, deve ser 
feita por peritos oficiais, que são aqueles profissionais de nível superior ingressos no serviço 
público (Institutos de Criminalística ou Institutos de Medicina Legal) mediante concurso públi-
co, com a função específica de fazer perícias.
Em razão de ser uma prestação jurisdicional emanada do Estado, reveste-se da oficialida-
de e publicidade, sendo o Laudo Oficial do inquérito policial e do processo criminal. Assim, te-
remos laudo oficial oriundo das perícias realizadas por peritos legistas e por peritos criminais, 
que são os chamados peritos oficiais.
Por ser uma obrigação do Estado prestar os serviços de perícia na esfera da justiça cri-
minal, os peritos oficiais devem ser funcionários públicos com a função específica de fazer 
perícia, não havendo qualquer remuneração direta aos peritos signatários do laudo pericial. Os 
peritos receberão seus vencimentos normais como funcionários que são, jamais poderão ser 
remunerados diretamente por cada laudo emitido com pagamento oriundo das partes envolvi-
das no processo.
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A perícia no âmbito da Justiça Criminal, deve ser feita por peritos oficiais. Por ser uma obriga-
ção do Estado prestar os serviços de perícia na esfera da justiça criminal, os peritos oficiais 
devem ser funcionários públicos com a função específica de fazer perícia, não havendo qual-
quer remuneração direta aos peritos signatários do laudo pericial.
Relembre:
Art. 159. O exame de corpo de delito e outras perícias serão realizados por perito oficial, portador de 
diploma de curso superior. (Redação dada pela Lei nº 11.690, de 2008)
§ 1º Na falta de perito oficial, o exame será realizado por 2 (duas) pessoas idôneas, portadoras de 
diploma de curso superior preferencialmente na área específica, dentre as que tiverem habilitação 
técnica relacionada com a natureza do exame. (Redação dada pela Lei nº 11.690, de 2008)
§ 2º Os peritos não oficiais prestarão o compromisso de bem e fielmente desempenhar o encargo. 
(Redação dada pela Lei nº 11.690, de 2008)
§ 3º Serão facultadas ao Ministério Público, ao assistente de acusação, ao ofendido, ao querelante e 
ao acusado a formulação de quesitos e indicação de assistente técnico. (Incluído pela Lei nº 11.690, 
de 2008)
§ 4º O assistente técnico atuará a partir de sua admissão pelo juiz e após a conclusão dos exames 
e elaboração do laudo pelos peritos oficiais, sendo as partes intimadas desta decisão. (Incluído pela 
Leinº 11.690, de 2008)
§ 5º Durante o curso do processo judicial, é permitido às partes, quanto à perícia: (Incluído pela Lei 
nº 11.690, de 2008)
I – requerer a oitiva dos peritos para esclarecerem a prova ou para responderem a quesitos, desde 
que o mandado de intimação e os quesitos ou questões a serem esclarecidas sejam encaminhados 
com antecedência mínima de 10 (dez) dias, podendo apresentar as respostas em laudo comple-
mentar; (Incluído pela Lei nº 11.690, de 2008)
II – indicar assistentes técnicos que poderão apresentar pareceres em prazo a ser fixado pelo juiz 
ou ser inquiridos em audiência. (Incluído pela Lei nº 11.690, de 2008)
§ 6º Havendo requerimento das partes, o material probatório que serviu de base à perícia será dis-
ponibilizado no ambiente do órgão oficial, que manterá sempre sua guarda, e na presença de perito 
oficial, para exame pelos assistentes, salvo se for impossível a sua conservação. (Incluído pela Lei 
nº 11.690, de 2008)
§ 7º Tratando-se de perícia complexa que abranja mais de uma área de conhecimento especializa-
do, poder-se-á designar a atuação de mais de um perito oficial, e a parte indicar mais de um assis-
tente técnico. (Incluído pela Lei nº 11.690, de 2008)
6.2.3. Laudo Pericial Cível
O laudo pericial cível tem destinação mais restrita, pois visa esclarecer dúvidas levanta-
das pelo magistrado que esteja apreciando um processo.
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O exame pericial cível poderá envolver o trabalho autônomo de três profissionais (peri-
tos) para atuarem sobre um mesmo fato, sendo um nomeado pelo juiz e os outros dois pelas 
partes envolvidas no processo. Assim, o magistrado encontrando alguma dúvida de natureza 
técnico-científica poderá nomear um profissional de nível superior para fazer o respectivo exa-
me pericial.
Esse exame pericial realizado pelo chamado “perito do juízo” deve seguir – do ponto de 
vista técnico-científico – os mesmos critérios adotados pelos peritos oficiais na realização das 
perícias criminais. Esse perito do juízo deverá analisar todo o fato requerido, além de buscar 
qualquer outra informação ou circunstância a ele relacionado que possa ser importante para 
subsidiar o magistrado. Deve examinar com todo o cuidado e abrangência aquele objeto da 
perícia, a fim de trazer para os autos um trabalho completo e que contemple todas as informa-
ções possíveis de serem extraídas daquele evento.
A perícia realizada na esfera da justiça cível não é obrigação do Estado. Desse modo, se o 
magistrado entender necessário o auxílio especializado, ele nomeará um profissional de nível 
superior e, cujo pagamento, será feito inicialmente pelo autor da ação judicial cível.
É, portanto, uma relação direta entre o magistrado e o perito nomeado, em que o pagamen-
to deverá ser feito pelo autor da ação.
O fato de o perito do juízo receber a sua remuneração com dinheiro originário do autor da ação, 
em nada o vincula àquela parte, pois ele o recebe dentro da formalidade do processo, não havendo 
qualquer relação do perito com o autor da ação.
Dentro das normas previstas no Código de Processo Civil, as partes envolvidas no processo 
cível poderão nomear assistentes técnicos para atuarem no acompanhamento do exame que 
o perito do juízo esteja realizando.
Os profissionais para realizarem essas atividades, perito do juízo e os assistentes técni-
cos, como já salientamos, devem possuir diploma de curso superior e estarem devidamente 
inscritos no respectivo conselho regional de fiscalização da profissão, fato esse que deve ser 
comprovado no processo por intermédio de apresentação da documentação própria.
Evidente que, tanto o magistrado quanto as partes, deverão procurar profissionais que, 
além das exigências já mencionadas, tenham formação e especialização adequadas ao tipo 
de exame que se faça necessário naquele processo.
Dentro dessa necessidade, há sempre uma procura por profissionais que sejam peritos ofi-
ciais, considerando a sua grande experiência na realização de perícias em geral. Evidentemen-
te, essas nomeações são de caráter particular entre o magistrado ou as partes com o perito, 
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não envolvendo a sua repartição de trabalho (IMLs ou ICs). O próprio Código de Processo Civil 
orienta o magistrado para dar preferência na nomeação do perito do juízo, dentre os peritos 
oficiais, seguindo-se, após a conclusão do trabalho, o respectivo pagamento pelos serviços 
prestados.
Obs.: � É comum os magistrados encaminharem expediente aos Institutos de Criminalística 
e de Medicina Legal, solicitando a nomeação de peritos oficiais para atuarem em pro-
cessos cíveis. Este procedimento está – inclusive – previsto no artigo 434 do Código 
de Processo Civil (.... O juiz autorizará a remessa dos autos, bem como do material 
sujeito a exame, ao diretor do estabelecimento); todavia, o máximo que os diretores 
daqueles Órgãos poderão fazer, é indicar um de seus peritos para que o juiz proceda a 
nomeação e seja desenvolvida a respectiva perícia, transação particular entre o magis-
trado e o perito, mediante a nomeação direta, não podendo haver a interferência dos 
respectivos Institutos.
Quanto a peritos oficiais trabalharem como assistentes técnicos para as partes, no pro-
cesso cível, nada obsta essa participação desde que nenhum dispositivo legal da sua relação 
funcional com o seu Órgão Público especificamente o proíba, ou algum impedimento de na-
tureza ética, que venha a conflitar com a sua condição de Perito Oficial.
Considerando que o trabalho do perito do juízo deve ser abrangente, os assistentes técni-
cos farão o trabalho de acompanhamento e verificarão se todos os dados e informações que 
possam ser favoráveis ao seu cliente estão contemplados no laudo pericial cível.
Se entenderem que foi contemplado, expedirão um relatório para ser anexado ao proces-
so, informando quanto a sua concordância com o conteúdo do laudo pericial cível ou poderão 
– diretamente – assinar junto com o perito do juízo aquele laudo.
Porém, se qualquer deles não concordar com os termos do laudo pericial cível, deverão 
fazer um parecer técnico onde evidenciarão a sua discordância técnica sobre as conclusões 
a que chegou o perito do juízo. Por se tratar de relatório ou parecer técnicos, vamos discutir 
essa situação com mais detalhes no item próprio desse trabalho.
6.2.4. Parecer Técnico
Esse documento denominado de parecer técnico tem uma infinidade de aplicações e seu 
conteúdo é relativamente genérico, podendo abordar desde a análise de fatos concretos até 
situações hipotéticas que venham a servir de parâmetro para outras análises e/ou conclusões.
O parecer técnico diferencia-se do laudo pericial em razão de ser um documento conse-
quente de uma análise sobre determinado fato específico, contendo a respectiva emissão de 
uma opinião técnica sobre aquele caso estudado.
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Cavalcanti (2005) conceitua parecer técnico como:
É a resposta a uma consulta feita por interessado sobre fatos referentes a uma questão a ser escla-
recida. Pode tratar-se de um exame propriamente dito ou de uma opinião a respeito do valor científi-
co de um trabalho anteriormente produzido, quer seja por peritos oficiais, ou não; assim sendo, é um 
documento particular que independe de qualquer compromisso legal e que é aceito ou faz fé, pelo 
renome, competência e qualidade morais de quem o subscreve.
Portanto, o parecer técnico sempre deverá ter um objetivo específico a se dedicar, excluin-
do-se da análise quaisquer outros elementos que não venham a corroborar e respaldar o obje-
tivo de tal análise.
Assim, em se tratando de um parecer técnico emitido por assistente técnico que não con-
cordou com o laudo do perito do juízo, ele irá analisar e emitir a sua opinião sobre os fatos que 
possam respaldar os argumentos do seu cliente (a parte que o nomeou no processo); se foi 
requisitado por uma empresa privada, deverá se dedicar a buscar elementos técnicos que cor-
roborem a tese do seu cliente, todos, é claro, dentro dos rigores da ética e da busca da verdade 
apontada a partir dessa análise técnico-científica.
Obs.: � Outro aspecto caracterizador do parecer técnico é a sua requisição e respectivo des-
tinatário. Ele só ocorrerá porque alguém (justiça, órgãos públicos, empresas privadas, 
pessoas) necessita de esclarecimento sobre determinado assunto que não detenha 
conhecimento ou competência legal para realizá-lo. E, obviamente, terá sempre um 
destinatário específico que, geralmente, é quem o requisitou.
Ainda dentro dessa vasta incursão do parecer técnico, ele também se aplica como docu-
mento a ser emitido por peritos oficiais no exercício de suas funções públicas (ICs e IMLs) 
quando se tratar de alguma requisição de autoridades, onde não se trate especificamente 
da realização de uma perícia nos moldes tradicionais, determinados pelo artigo 158 do Có-
digo de Processo Penal (Quando a infração deixar vestígios, será indispensável o exame de 
corpo de delito, direto ou indireto, não podendo supri-lo a confissão do acusado.), mas de 
alguma análise de situação real ou hipotética a partir de depoimentos nos autos para saber 
da coerência técnica do que é alegado, ou qualquer outra situação no inquérito policial ou 
processo criminal que necessitem do conhecimento técnico-especializado do perito oficial.
6.2.5. Relatório Técnico
Relatório técnico será o resultado de algum exame ou ação específica que tenha sido rea-
lizado por alguma pessoa que detenha conhecimento técnico-especializado e prático. Assim, 
o objeto que originou um relatório técnico será algum exame parcial ou análise sobre determinada 
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situação específica, cujo resultado – evidenciado por intermédio do relatório técnico – servirá 
para complementar um estudo maior sobre um fato questionado.
Diferencia-se o relatório técnico do parecer técnico, em virtude de este conter a análise e opi-
nião sobre o objeto do exame, enquanto o relatório técnico é apenas um relato da ação (do 
exame) desenvolvida, com o respectivo resultado, se for o caso.
Na perícia oficial é muito rotineiro esse documento, em função dos exames complementa-
res que os peritos criminais, p.ex., requisitam de outros peritos em setores distintos dos Insti-
tutos de Criminalística, a fim de obterem informações técnico-especializadas sobre partes do 
todo que estão analisando em uma perícia.
Outra situação aplicável no âmbito da perícia é no processo cível, quando os assistentes 
técnicos vierem a concordar com o resultado da perícia realizada pelo perito do juízo. Além de 
poderem assinar junto o próprio laudo daquele perito, terão a possibilidade (e julgamos a mais 
recomendável) de emitir um relatório sobre o acompanhamento dos trabalhos periciais e sua 
respectiva concordância com os resultados ali evidenciados.
Os profissionais que atuam nessas tarefas, são os mais variados possíveis, pois sua for-
mação dependerá do tipo de conhecimento ou prática necessária. Poderão estar envolvidos 
profissionais de nível superior se o trabalho for atividade exclusiva de alguma dessas profis-
sões ou qualquer outra pessoa especialista em determinado assunto.
Também nessas atividades que geram os relatórios técnicos, os peritos oficiais são muito 
requisitados, diretamente ou por intermédio de suas entidades de classe, em razão da vasta 
experiência que possuem. Sobre as restrições para desenvolverem esse tipo de trabalho, são 
as mesmas verificadas para o caso dos pareceres técnicos.
6.2.6. Outros documentos técnicos e aplicações
Uma grande utilização da expressão “laudo” é feita na área da medicina, onde é comum 
vermos para qualquer exame que um médico realize, ao emitir um documento relatando essa 
tarefa, intitula-o de “laudo médico”.
Nesse aspecto, para evidenciar o exagero do uso dessa expressão, basta reportarmo-nos 
ao significado do vocábulo “laudo” no dicionário:
Laudo – Escrito em que um perito ou um árbitro emite seu parecer e responde a todos os quesitos 
que lhe foram propostos pelo juiz e pelas partes interessadas.
Assim, é possível constatar que “laudo médico” só se aplicaria quando ele estivesse atu-
ando como perito em algum tipo de exame. Sobre isso, existem várias situações em que o 
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médico atuará como perito, cujo trabalho não se destina à Justiça (se for para a Justiça, seria 
o “laudo pericial criminal oficial” ou “laudo pericial cível”), mas a outros Órgãos Públicos, como 
a previdência social, os acidentes de trabalho, nos concursos públicos e tantos outros.
A partir dessa delimitação, podemos dizer que nas situações em que o médico venha a re-
alizar qualquer exame para um paciente seu (se fosse perícia, o objeto do exame seria o “peri-
ciando”), ao emitir documentos técnicos com fins diversos, não cabe utilizar a expressão lau-
do médico, mas sim parecer ou relatório técnico, dependendo da complexidade de cada caso.
Mas não é só na área da medicina que encontramos essa utilização exagerada da expres-
são “laudo” em documentos que relatam exames efetuados. Até em oficinas mecânicas de 
automóveis são utilizados para apresentar o resultado de um exame das condições do veícu-
lo. No máximo, para um caso desses, seria utilizar o documento intitulado relatório técnico, 
uma vez que o conteúdo daquele trabalho não se enquadra na complexidade de um laudo.
• Laudo pericial é o documento técnico mais completo, contendo o resultado da consta-
tação, registro, análise, interpretação, conclusão e opinião sobre um objeto periciado, 
onde a Justiça é a destinatária final desse documento.
• O parecer técnico é o documento que exprime o resultado de um trabalho de análise, 
seguida de uma opinião sobre um evento específico que esteja sendo examinado. Os 
destinatários desse documento (de acordo com o requisitante inicial) poderão ser a 
Justiça,outros órgãos públicos, entidades ou empresas privadas e pessoas em geral. 
É, portanto, uma produção técnica intelectual independente, destinada a opinar sobre 
determinado fato ou assunto.
• Relatório técnico é um documento que apresenta o resultado de um exame de uma 
particularidade, que servirá para integrar o conjunto de um exame maior e para auxiliar 
na interpretação de outros fatos. É um relato da ação técnica, específica, desenvolvida.
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RESUMO
• Os vestígios podem ser classificados de diversas formas, há na literatura, inúmeros 
critérios para sistematizá-los. Em provas de concurso público a classificação quanto à 
produção e relação ao fato são as mais cobradas, portanto vamos dar destaque a esse 
tipo de classificação.
− Vestígios classificados quanto a sua relação com o fato:
 ◦ VESTÍGIOS VERDADEIROS: São, a princípio, todos os vestígios encontrados em 
uma cena de crime, até que se prove o contrário. Em outras palavras são os ves-
tígios produzidos diretamente pelas ações dos atores relacionados com o crime.
 ◦ VESTÍGIOS ILUSÓRIOS: São aqueles que não tem relação com o referencial ini-
cialmente estabelecido, são os vestígios observados no local do crime os quais 
não são relacionados às ações dos atores envolvidos no fato delituoso, desde que 
a produção desses vestígios não tenha sido de maneira intencional.
 ◦ VESTÍGIOS FORJADOS: São aqueles produzidos por interesse do criminoso ou de 
qualquer pessoa na tentativa de desviar as conclusões que poderiam ser extraídas 
do local. Trata-se de vestígios produzidos com interesse em alterar a configura-
ção original dos vestígios do local de crime, por razões diversas como atrapalhar 
e prejudicar a investigação criminal.
• Neste livro digital, também vimos que: Na obra “Locais De Crime: Dos Vestígios à Di-
nâmica Criminosa” organizada por VELHO e colaboradores (2018), os vestígios foram 
divididos em grupos.
− VESTÍGIOS BIOLÓGICOS: Vestígios de natureza biológica são todos aqueles deri-
vados de organismos vivos. Podem ser evidentes e claramente associados a ação 
delituosa como o sangue na arma do crime ou tão sutis como as células epiteliais 
em uma taça de vinho.
− VESTÍGIOS ENTOMOLÓGICOS: A Entomologia Forense é o estudo dos insetos e ou-
tros artrópodes associados a diversas questões criminais que serve à perícia como 
uma ferramenta auxiliar na investigação criminal
− VESTÍGIOS MORFOLÓGICOS: Os vestígios morfológicos, são aqueles que se desta-
cam na cena do crime por suas características de impressão ou relevo, visíveis ou 
latente.
− VESTÍGIOS QUÍMICOS: Como exemplo de locais onde se localiza vestígios químicos 
em sua essência, pode-se citar aqueles de adulteração e comercialização irregular 
de combustíveis (álcool e gasolina); locais de produção, distribuição e venda de me-
dicamentos falsificados; locais de armazenamento e processamento de produtos 
químicos relacionados direta ou indiretamente à síntese, refino ou diluição de drogas 
ilícitas.
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− VESTÍGIOS FÍSICOS: O conceito de vestígios físicos se insere e se relaciona com 
vestígios de outras naturezas, uma vez que existe uma vastidão de objetos e diferen-
tes formas com que podem ser usados em locais de crime, tornando esses vestígios 
intimamente associados com outros.
− MICROVESTÍGIOS: Define-se como vestígios diminutos preservados em local de cri-
me que, ao serem reconhecidos e analisados, podem tornar-se indícios de uma práti-
ca delituosa.
• Não deixe de recordar: Toda evidência é um indício, porém o contrário nem sempre é ver-
dadeiro, pois os indícios englobam os elementos objetivos de prova e outros de ordem 
subjetiva. Toda evidência é um indício, mas nem todo indício será uma evidência.
• Em relação a cadeia de custódia grave que: pode ser definida como o conjunto de pro-
cedimentos documentados que registram a origem, identificação, coleta, custódia, 
controle, transferência, análise e eventual descarte de evidências. Ela é utilizada para 
manter e documentar a história cronológica do vestígio, permitindo sua rastreabilidade.
• Tenha em mente as etapas da cadeia de custódia:
− reconhecimento: ato de distinguir um elemento como de potencial interesse para a 
produção da prova pericial;
− isolamento: ato de evitar que se altere o estado das coisas, devendo isolar e preservar 
o ambiente imediato, mediato e relacionado aos vestígios e local de crime;
− fixação: descrição detalhada do vestígio conforme se encontra no local de crime ou 
no corpo de delito, e a sua posição na área de exames, podendo ser ilustrada por foto 
g rafias, filmagens ou croqui, sendo indispensável a sua descrição no laudo pericial 
produzido pelo perito responsável pelo atendimento;
− coleta: ato de recolher o vestígio que será submetido à análise pericial, respeitando 
suas características e natureza;
− acondicionamento: procedimento por meio do qual cada vestígio coletado é embala-
do de forma individualizada, de acordo com suas características físicas, químicas e 
biológicas, para posterior análise, com anotação da data, hora e nome de quem reali-
zo u a coleta e o acondicionamento;
− transporte: ato de transferir o vestígio de um local para o outro, utilizando as con-
dições adequadas (embalagens, veículos, temperatura, entre outras), de modo a 
garantir a manutenção de suas características originais, bem como o controle de 
sua posse;
− recebimento: ato formal de transferência da posse do vestígio, que deve ser docu-
mentado com, no mínimo, informações referentes ao número de procedimento e uni-
dade de polícia judiciária relacionada, local de origem, nome de quem transportou 
o vestígio, código de rastreamento, natureza do exame, tipo do vestígio, protocolo, 
assinatura e identificação de quem o recebeu;
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− processamento: exame pericial em si, manipulação do vestígio de acordo com a me-
todologia adequada às suas características biológicas, físicas e químicas, a fim de 
se obter o resultado desejado, que deverá ser formalizado em laudo produzido por 
perito;
− armazenamento: procedimento referente à guarda, em condições adequadas, do ma-
terial a ser processado, guardado para realização de contraperícia, descartado ou 
transportado, com vinculação ao número do laudo correspondente;
− descarte: procedimento referente à liberação do vestígio, respeitando a legislação 
vigente e, quando pertinente, mediante autorização judicial.
• Em relação aos documentos criminalísticos temos que:
− Laudo pericial é o documento técnico mais completo, contendo o resultado da cons-
tatação, registro, análise, interpretação, conclusão e opinião sobre um objeto pericia-
do, onde a Justiça é adestinatária final desse documento.
− O parecer técnico é o documento que exprime o resultado de um trabalho de análise, 
seguida de uma opinião sobre um evento específico que esteja sendo examinado. Os 
destinatários desse documento (de acordo com o requisitante inicial) poderão ser a 
Justiça, outros órgãos públicos, entidades ou empresas privadas e pessoas em geral. 
É, portanto, uma produção técnica intelectual independente, destinada a opinar sobre 
determinado fato ou assunto.
− Relatório técnico é um documento que apresenta o resultado de um exame de uma 
particularidade, que servirá para integrar o conjunto de um exame maior e para auxi-
liar na interpretação de outros fatos. É um relato da ação técnica, específica, desen-
volvida.
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MAPAS MENTAIS
CONCEITOS
Para Anuschat (1933), vestígios: “(...) cons-
tituem tudo que possa ser percebido como 
matéria, corpo, objeto, etc., que tenha ou 
possa ter ligação com o crime ou com o 
criminoso e que sirva a elucidação do 
crime e determinação da autoria”.
Zbinden (1957) , que se manifesta da 
seguinte forma: “Vestígios são as modi-
ficações físicas ou psíquicas, provocadas 
por conduta humana, de ação ou omissão, 
que permitem tirar conclusões quanto ao 
acontecimento que os causou, ou seja, o 
ato criminoso”.
Costa Filho (2010) considera como ves-
tígio, qualquer alteração material no 
ambiente ou na pessoa, que tenha ou que 
possa ter relação com o fato delituoso ou 
com a autoria, vindo a servir para elucida-
ção ou determinação de sua autoria.
Nos termos do art. 158A, §3º, presente 
na nova redação do Código de Processo 
Penal, “VESTÍGIO” é todo objeto ou mate-
rial bruto, visível ou latente, constatado 
ou recolhido, que se relaciona à infração 
penal.
VESTÍGIOS
EVIDÊNCIA
Evidência é uma verdade clara e mani-
festa por si mesma que não pode ser 
negada, refutada ou contestada. É o que 
todos veem ou podem ver e verificar.
Toda evidência é um indício, porém o con-
trário nem sempre é verdadeiro, pois os 
indícios englobam os elementos objetivos 
de prova e outros de ordem subjetiva. 
Toda evidência é um indício, mas nem 
todo indício será uma evidência.
INDÍCIOS
Art. 239. Considera-se indício a circuns-
tância conhecida e provada, que, tendo 
relação com o fato, autorize, por indução, 
concluir-se a existência de outra ou outras 
circunstâncias.
Indício: é toda circunstância conhecida e 
provada, a partir da qual, mediante racio-
cínio lógico, pelo método indutivo, obtém-
-se a conclusão sobre um outro fato. A 
indução parte do particular e chega ao 
geral. Assim, nos indícios, a partir de um 
fato conhecido, deflui-se a existência do 
que se pretende provar. Indício é o sinal 
demonstrativo do crime: signum demons-
trativum delicti.
Figura 1. Mapa Mental. Conceitos importantes: Vestígios, Evidências e Indícios.
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VESTÍGIOS VERDADEIROS: São, a princípio, todos 
os vestígios encontrados em uma cena de crime, 
até que se prove o contrário.
VESTÍGIOS ILUSÓRIOS: São aqueles que não tem 
relação com o referencial inicialmente estabe-
lecido, são os vestígios observados no local do 
crime os quais não são relacionados às ações dos 
atores envolvidos no fato delituoso, desde que 
a produção desses vestígios não tenha sido de 
maneira intencional.
VESTÍGIOS FORJADOS: São aqueles produzidos por 
interesse do criminoso ou de qualquer pessoa na 
tentativa de desviar as conclusões que poderiam 
ser extraídas do local. Trata-se de vestígios pro-
duzidos com interesse em alterar a configuração 
original dos vestígios do local de crime, por razões 
diversas como atrapalhar e prejudicar a investiga-
ção criminal.
QUANTO À 
SUA RELAÇÃO 
COM O FATO
VESTÍGIOS HUMANOS
VESTÍGIOS NÃO HUMANOS
QUANTO À 
ORIGEM DOS 
VESTÍGIOS
VESTÍGIOS ABSOLUTOS: aqueles que permitem 
que se estabeleça relação absoluta, direta com 
o seu autor ou com vítima, como, por exemplo, 
impressão digital e material genético contido em 
vestígios biológicos. Nesse caso, quem deixou 
impressão digital ou sangue no local, deixou uma 
parte identificável de si mesmo.
VESTÍGIOS RELATIVOS: aqueles que não guardam 
relação absoluta, identificável de pronto com o 
seu autor. Essa relação é revelada por meio da 
identificação da classe a que pertence.
QUANTO À RELAÇÃO 
DOS VESTÍGIOS COM O 
AUTOR
COM RELAÇÃO 
À DIMENSÃO 
DOS VESTÍGIOS
MACROVESTÍGIOS: de tamanho sufi-
ciente para ser observado a olho nu, e os 
microscópicos;
MICROVESTÍGIOS: que são aqueles vestí-
gios em que há necessidade de utilização 
de instrumentos como microscópios para 
serem detectados); 
QUANTO 
AO TEMPO
VESTÍGIOS TRANSITÓRIOS: que desapa-
recem rapidamente do local de crime e 
precisam ser levantados com brevidade 
pelo perito.
VESTÍGIOS PERMANENTES: são os que 
permanecem no local de crime por um 
longo período.
QUANTO À 
PERCEPÇÃO
VESTÍGIOS LATENTES (NÃO OBSERVÁ-
VEIS/ NÃO PERCEPTÍVEIS): Correspondem 
àqueles que necessitam de algum auxílio 
para a sua observação, seja um reagente 
ou algum recurso tecnológico, uma vez 
que não são perceptíveis a olho nu.
VESTÍGIOS OSTENSIVOS/PERCEPTÍVEIS: 
são aqueles que são observáveis sem 
utilização de equipamentos ou técnicas 
forenses de revelação, é perceptível aos 
olhos E outros sentidos humanos.
CLASSIFICAÇÃO DE 
VESTÍGIOS
Figura 2. Mapa Mental. Classificação dos Vestígios.
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Vestígios Biológicos: Vestígios de natureza bioló-
gica são todos aqueles derivados de organismos 
vivos.
CLASSIFICAÇÃO DE 
VESTÍGIOS
Vestígios Entomológicos: A Entomologia Forense 
é o estudo dos insetos e outros artrópodes asso-
ciados a diversas questões criminais que serve à 
perícia como uma ferramenta auxiliar na investi-
gação criminal.
Vestígios Morfológicos: Os vestígios morfológicos, 
são aqueles que se destacam na cena do crime por 
suas características de impressão ou relevo, visí-
veis ou latente.
Microvestígios: Define-se como vestígios diminu-
tos preservados em local de crime que, ao serem 
reconhecidos e analisados, podem tornar-se indí-
cios de uma prática delituosa.
Vestígios Físicos: O conceito de vestígios físicos 
se insere e se relaciona com vestígios de outras 
naturezas, uma vez que existe uma vastidão de 
objetos e diferentes formas com que podem ser 
usados em locais de crime, tornando esses vestí-
gios intimamente associados com outros.
Vestígios Químicos: Alguns locais de crime possuem o vestí-
gio químico como foco central da ação pericial. Como exemplo 
desses locais pode-se citar aqueles de adulteração e comer-
cialização irregular de combustíveis (álcool e gasolina); locais 
de produção, distribuição e venda de medicamentos falsifica-
dos; locais de armazenamento e processamento de produ-
tos químicos relacionados direta ou indiretamente à síntese, 
refino ou diluição de drogas ilícitas.
Figura 3. Mapa Mental. Classificação de Vestígios II
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