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Infanticídio sob influência do estado puerperal

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ART. 123 
Matar, sob a influência do estado puerperal, o próprio filho, durante o parto ou logo após 
PENA Detenção, de 2 (dois) a 6 (seis) anos. 
 
DIFERENCIAÇÃO 
O verbo matar é o mesmo do homicídio, razão pela qual a única diferença entre 
o crime de infanticídio e o homicídio é a especial situação em que se encontra o 
agente. Por isso, na essência, o infanticídio é um homicídio privilegiado, ou seja, um 
homicídio com pena atenuada. 
 
ESTADO PUERPERAL 
Estado puerperal é aquele que envolve a parturiente durante a expulsão da criança do 
ventre materno. Há profundas alterações psíquicas e físicas, que chegam a transtornar 
a mãe, deixando-a sem plenas condições de entender o que está fazendo. 
 
 
OBJETIVIDADE JURÍDICA – BEM JURÍDICO TUTELADO 
Vida humana extrauterina. 
 
ELEMENTOS OBJETIVOS DO TIPO 
MATAR 
Significa eliminar a vida de outro ser humano, de modo que é preciso que o 
nascente esteja vivo no momento em que é agredido. 
 
 
CARACTERÍSTICAS GERAIS 
SUJEITOS 
ATIVO mãe do recém-nascido ou ser nascente 
PASSIVO O recém-nascido ou ser nascente 
EL. SUBJETIVO É o dolo, não se punindo a forma culposa 
TENTATIVA É admissível. 
CONSUMAÇÃO Com a morte do recém-nascido ou ser nascente. 
 
 
CAUSAS DE AUMENTO DE PENA 
Art.122, parágrafo único - A pena é duplicada: 
Se o crime é praticado por motivo egoístico; 
Se a vítima é menor ou tem diminuída, por 
qualquer causa, 
a capacidade de resistência 
 
 
QUALIFICADORAS - §§ 1º E 2º 
Se dá automutilação ou da tentativa de 
suicídio resulta lesão corporal 
grave ou gravíssima 
Se o suicídio se consuma ou se dá 
automutilação resulta morte 
Reclusão, de 1 a 3 anos Reclusão, de 2 a 6 anos 
 
 
 
SITUAÇÕES POSSÍVEIS 
 Um grupo de amigos decide apostar roleta russa. Os que sobreviverem responderão pelo 
crime de participação em suicídio (art. 122), pois houve induzimento ou instigação em relação 
ao suicídio alheio. 
Marcelo e Juliana fazem um pacto de morte segundo o qual cada um ministrará 
uma dose de substância letal no outro. Marcelo sobrevive e Juliana morre. Marcelo 
deve ser responsabilizado por homicídio (art. 121), pois foi ele que ministrou 
a dose letal em Juliana (ato de execução). Juliana não se suicidou. 
Marcelo e Juliana fazem um pacto de morte segundo o qual cada um ministrará 
uma dose de substância letal no outro. Marcelo e Juliana sobrevivem. Cada um 
responderá por homicídio tentado (art. 121) em relação ao outro. 
Francisco e Carla fazem um pacto de morte: ficarão trancados em um quarto 
fechado e juntos abrirão a torneira de gás. Se ambos sobreviverem, 
responderão por homicídio tentado (art. 121), um em relação ao outro.

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