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Homicídio: Definição e Tipos

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ART. 121 
Matar Alguém; 
PENA Reclusão de seis a vinte anos 
 
67,094 mm 
HOMICÍDIO 
Homicídio é a morte de um ser humano provocada por outro ser humano. É a eliminação da 
vida de uma pessoa praticada por outra. 
 
 
OBJETO JURÍDICO 
Objeto jurídico do crime é o bem jurídico, isto é, o interesse protegido pela norma penal. 
BEM JURÍDICO TUTELADO 
PELO ART. 121 
A vida humana extrauterina. 
 
 
SUJEITOS 
ATIVO Qualquer pessoa 
Não requer nenhuma condição particular dos 
sujeitos, por se tratar de um crime comum. 
PASSIVO Qualquer pessoa (viva) 
] 
 
CONDUTA TÍPICA 
A conduta típica matar alguém consiste em eliminar a vida de outrem. A ação de matar é 
aquela dirigida à antecipação temporal do lapso de vida alheia. Alguém significa outro ser 
humano que não o agente, ou seja, o homicídio exige, no mínimo, a inclusão de dois 
sujeitos, o que mata e o que morre. 
MATAR ALGUÉM 
É VERBO É EXPRESSÃO 
 
 
OBJETO JURÍDICO 
O crime de homicídio pode ser produzido tanto por uma conduta ativa do agente quanto por 
uma conduta omissiva 
AÇÃO Crime comissivo 
OMISSÃO Crime omissivo 
 
MATERIALIDADE DO HOMICÍDIO 
A ausência de cadáver, por si só, não é fundamento suficiente para negar a existência de 
homicídio, pois o próprio ordenamento jurídico admite, como exceção, outros meios de 
prova que podem levar à convicção segura da existência da morte de alguém. 
CRIME 
MATERIAL 
Homicídio é um crime material, e, por conseguinte, o resultado integra o 
próprio tipo penal, ou seja, para a sua consumação é indispensável que o 
resultado ocorra, 
TENTATIVA A ausência do resultado da ação perpetrada caracteriza a tentativa. 
CORPO 
DELITO 
O referido diploma legal exige que a sua materialidade seja comprovada por 
meio do auto de exame de corpo de delito 
 
 
ELEMENTO SUBJETIVO 
O elemento subjetivo que compõe a estrutura do tipo penal do crime de homicídio é o dolo, 
que pode ser direto ou eventual. 
CRIME 
DOLOSO 
“quando o agente quis o resultado ou assumiu o risco de produzi-lo” 
DOLO 
HOMICÍDIO 
Dolo é a consciência e a vontade de realização da conduta descrita em 
um tipo penal; no caso do homicídio, é a vontade e a consciência de 
matar alguém. 
TIPOS DE 
DOLO NO 
HOMICÍDIO 
DIRETO 
o agente quer o resultado representado como fim de 
sua ação. 
EVENTUAL 
o agente não quer diretamente a realização do tipo, 
mas a aceita como possível ou até provável, 
assumindo o risco da produção do resultado 
 
 
CONSUMAÇÃO E TENTATIVA 
CONSUMAÇÃO TENTATIVA 
Consuma-se o crime de homicídio quando 
da ação humana resulta a morte da vítima. A 
morte prova-se com o exame de corpo de 
delito, que pode ser direto ou indireto 
Tentado o homicídio quando, iniciada a sua 
execução, ou seja, a agressão ao bem 
jurídico vida, não se consuma, isto é, não se 
verifica o evento morte, por circunstâncias 
alheias à vontade do agente. 
 
 
 
CLASSIFICAÇÕES DOUTRINÁRIAS 
CRIME 
COMUM 
Pode ser praticado por qualquer pessoa independentemente de 
condição ou qualidade especial; 
CRIME 
SIMPLES 
Pois somente se consuma com a ocorrência do resultado, que é uma 
exigência do tipo; 
CRIME 
MATERIAL 
Na medida em que protege somente um bem jurídico: a vida humana; 
CRIME DE DANO 
O elemento subjetivo orientador da conduta visa ofender o bem jurídico 
tutelado e não simplesmente colocá-lo em perigo; 
CRIME 
INSTANTÂNEO 
Pois se esgota com a ocorrência do resultado. Instantâneo não 
significa praticado rapidamente, mas, uma vez realizados os seus 
elementos, nada mais se poderá fazer para impedir sua consumação. 
 
 
HOMICÍDIO: MODALIDADES 
DOLOSO 
CULPOSO 
SIMPLES PRIVILEGIADO QUALIFICADO 
CAPUT § 1º § 2º § 3º 
RECLUSÃO 
6 A 20 ANOS 
RECLUSÃO 
6 A 20 ANOS 
(REDUÇÃO DE 
1/3 A 1/6) 
RECLUSÃO 
12 A 30 ANOS 
DETENÇÃO 
1 A 3 ANOS 
São aplicáveis as causas de aumento do §4º (2°parte) e do §6°. 
 Há causas de aumento específicas (§7°) para o feminicídio (§2°, VI e 
VII e §2°-A). 
São aplicáveis as 
causas de 
aumento do §4° 
(1° parte) e o 
perdão judicial 
(§5°). 
 
 
 
 
 
 
 
 
HOMICÍDIO PRIVILEGIADO – ART. 121 § 1º 
Se o agente comete o crime impelido por motivo de relevante valor social ou moral, ou sob 
o domínio de violenta emoção, logo em seguida a injusta provocação da vítima, 
REDUÇÃO 1/3 A 1/6 
 
 
DENOMINAÇÃO 
A denominação “homicídio privilegiado” é fruto de criação doutrinária e jurisprudencial. Na 
verdade, não se trata de privilégio, mas de causa de diminuição da pena. 
 
 
MOTIVOS DE RELEVANTE VALOR SOCIAL OU MORAL 
MOTIVO DE RELEVANTE VALOR SOCIAL MOTIVO DE RELEVANTE VALOR MORAL 
Motivo de relevante valor social é o 
pertinente a um interesse da coletividade. 
Não diz respeito ao agente individualmente 
considerado, mas à sociedade como um 
todo. 
Motivo de relevante valor moral é aquele que 
se relaciona a um interesse particular do 
responsável pela prática do homicídio, 
aprovado pela moralidade prática e 
considerado nobre e altruísta 
EXEMPLO: 
matar um perigoso estuprador que aterroriza 
as mulheres e crianças de uma pacata 
cidade interiorana. 
EXEMPLO: 
matar aquele que estuprou sua filha ou 
esposa 
 
INTERESSE COLETIVO INTERESSE PARTICULAR 
 
 
VIOLENTA EMOÇÃO 
estado de violenta 
emoção; 
que a violenta 
emoção domine o 
agente; 
que haja uma injusta 
provocação da 
vítima; 
que a reação do 
homicida seja 
imediata, isto é, 
praticada logo em 
seguida à 
provocação recebida. 
Entende-se por emoção a viva animação dos sentimentos humanos ou a “forte perturbação 
da afetividade” (Hungria) 
 
 
 
HOMICÍDIO QUALIFICADO – ART. 121 § 2º 
Se o homicídio é cometido: 
PENA 12 a 30 anos 
 
QUALIFICADORAS 
Mediante paga ou 
promessa de 
recompensa, ou por 
outro motivo torpe 
É de notar-se que a paga ou promessa de recompensa são 
motivos torpes, conforme deixa claro a redação do inciso I do § 2º 
do art. 121 do CP. Cuida-se do homicídio mercenário, em que o 
agente tira a vida de uma pessoa em razão de pagamento que lhe 
fizera um terceiro (paga) ou da promessa de fazê-lo, uma vez 
consumado o crime. 
Por motivo fútil 
É o insignificante, de pouca importância, completamente 
desproporcional à natureza do crime praticado. Exemplo: Age com 
motivo fútil o marido que mata a esposa por não passar 
adequadamente uma peça do seu vestuário. 
Com emprego de 
veneno, fogo, 
explosivo, asfixia, 
tortura ou outro meio 
insidioso ou cruel, ou 
de que possa resultar 
perigo comum 
M 
E 
I 
O 
S 
MEIO INSIDIOSO 
MEIO CRUEL 
MEIO DE QUE POSSA RESULTAR PERIGO COMUM 
VENENO 
FOGO 
EXPLOSIVO 
ASFIXIA 
TORTURA 
A traição, de 
emboscada, ou 
mediante dissimulação 
ou outro recurso que 
dificulte ou torne 
impossível a defesa do 
ofendido 
E 
X 
E 
C 
U 
Ç 
à 
O 
TRAIÇÃO Atirar pelas costas 
EMBOSCADA É a tocaia 
DISSIMULAÇÃO Atuação disfarçada, hipócrita. 
Para assegurar a 
execução, a ocultação, 
a impunidade ou 
vantagem de outro 
crime 
Quando o agente aborda o ofendido de maneira inesperada, gera 
um contexto próprio para a aplicação desta qualificadora, pois a 
defesa é dificultada ou até mesmo impossível. A surpresa é 
normalmente aquilo que é imprevisível. 
Contra a mulher por 
razões da condição de 
sexo feminino 
Denominado, pelo título inserido pelo próprio legislador, 
feminicídio, trata-se da eliminação da vida da mulher, que sempre 
foi tutelada pelo Direito Penal, na forma do homicídio. 
 
 
 
QUALIFICADORAS DO HOMICÍDIO 
MOTIVOS 
DETERMINADOS 
MEIOS 
FORMA 
DE EXECUÇÃO 
CONEXÃO 
COM OUTRO 
CRIME 
CONDIÇÃO DA 
PESSOA DO 
SUJEITO 
PASSIVO 
ART. 121, § 2º 
I,II 
ART. 121, § 2º 
III 
ART. 121, § 2º 
IV 
ART. 121, § 2º 
V 
ART. 121, § 2º 
VI, VII 
NAT. SUBJETIVA NAT. OBJETIVA NAT. OBJETIVA 
NAT. 
SUBJETIVA 
DIVERGE 
 
 
HOMICÍDIO PRIVILEGIADO-QUALIFICADO (HOMICÍDIO HIBRIDO) 
É admitido, desde que a qualificadora seja objetiva, ou seja, relativa aos meios e modos de 
execução do crime". Ex.:homicídio praticado por relevantevalor moral (circunstância 
subjetiva) com o emprego de veneno (circunstância objetiva) 
 
 
CAUSAS ESPECIAIS DE AUMENTO DA PENA 
Os §§4° (2º parte) e 6° trazem majorantes aplicáveis ao homicídio doloso, seja ele simples, 
privilegiado ou qualificado 
Crime praticado contra menor de 14 ou 
maior de 60 anos 
Crime praticado por milícia privada, sob 
pretexto de prestação de serviço de 
segurança, ou por grupo de extermínio. 
 
 
CAUSAS ESPECIAIS DE AUMENTO DA PENA: FEMINICÍDIO 
A pena do feminicídio é aumentada de 1/3 até a metade se o crime for praticado: 
Durante a gestação ou nos 3 
meses posteriores ao parto. 
Contra pessoa menor de 14 
anos, maior de 60 anos ou 
com deficiência. 
Na presença de descendente 
ou de ascendente da vítima. 
 
 
 
 
HOMICÍDIO CULPOSO - ART.121, § 3º 
Se o homicídio é culposo: 
PENA Detenção de 1 a 3 anos 
 
 
CAUSAS ESPECIAIS DE AUMENTO DA PENA: HOMICÍDIO CULPOSO 
ART. 124, § 4º: É o homicídio culposo agravado. 
Inobservância de regra 
técnica de profissão, arte ou 
ofício 
Deixar de prestar imediato 
socorro à vítima ou não 
procura diminuir as 
consequências do seu ato 
O agente foge para evitar 
prisão em flagrante 
 
 
HOMICÍDIO CULPOSO: CONCEITO 
Configura-se o homicídio culposo quando o sujeito realiza uma conduta voluntária, com 
violação do dever objetivo de cuidado a todos imposto, por imprudência, negligência ou 
imperícia, e assim produz um resultado naturalístico (morte) involuntário, não previsto nem 
querido, mas objetivamente previsível, que podia com a devida atenção ter evitado. 
IMPRUDÊNCIA NEGLIGÊNCIA IMPERÍCIA 
Culpa positiva, consiste na 
prática de um ato perigoso 
Culpa negativa, é deixar de 
fazer aquilo que a cautela 
recomendava 
Culpa profissional, é a falta 
de aptidão para o exercício 
de arte, profissão ou ofício 
Manusear arma de fogo 
carregada em local com 
grande concentração de 
pessoas. 
Deixar uma arma de fogo 
carregada ao alcance de 
outras pessoas. 
Cirurgião plástico que mata 
sua paciente por falta de 
habilidade para realizar o 
procedimento médico. 
 
 
TENTATIVA 
O crime culposo (salvo em relação à culpa imprópria) é incompatível com a tentativa. Com 
efeito, é impossível conceber a não produção de um resultado naturalístico indesejado por 
circunstâncias alheias à vontade do agente. O dolo da tentativa, como se sabe, é idêntico 
ao dolo da consumação. E no crime culposo não há dolo.

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