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Aplicações do TBL de funções biológicas

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Aplicações do TBL de funções Biológicas. 
 
 
1) Considerando a bicamada lipídica e sua constituição, explique a permeabilidade da membrana 
celular. A resposta deve conter os seguintes termos: fosfato, ácidos graxos, hidrofílica, 
hidrofóbica, substâncias hidrossolúveis e substâncias lipossolúveis. 
O objetivo da membrana celular é manter os diferentes componentes da célula juntos e protegê-los 
do meio extracelular. A membrana celular também regula o que entra e o que sai da célula para que 
ela não perca muitos nutrientes, nem absorva muitos íons. 
Há duas partes importantes em um fosfolipídio: a cabeça e 
as duas caudas. A cabeça é uma molécula de fosfato que é 
atraída por água (hidrofílica). As duas caudas são 
constituídas por ácidos graxos (cadeias de átomos de 
carbono) que não são compatíveis com água, ou a repelem 
(hidrofóbicas). A membrana celular é exposta à água 
misturada com eletrólitos e outros materiais no exterior e 
no interior da célula. Quando as membranas celulares se 
formam, os fosfolipídios se agrupam em duas camadas por 
causa de suas propriedades hidrofílicas e hidrofóbicas. As 
cabeças de fosfato em cada camada ficam voltadas para o 
meio aquoso em ambos os lados; e as caudas, por serem hidrofóbicas, escondem-se da água entre as 
camadas de cabeças. Os biólogos chamam essa característica de organização simples de 
"automontagem”. O colesterol (ácido graxo) é um tipo de esteroide que ajuda a regular a entrada e a 
saída de moléculas da célula. A célula é composta por dois tipos diferentes, ou “classes”, de proteínas. 
As proteínas integrais estão abrigadas na bicamada fosfolipídica e se projetam em ambas as 
extremidades. As proteínas integrais são úteis no transporte de moléculas maiores, como a glicose, 
através da membrana celular. Elas têm regiões, chamadas de regiões “polares” e “apolares”, que 
correspondem à polaridade da bicamada fosfolipídica. 
A outra classe de proteínas é chamada de proteínas periféricas, que não se estendem através da 
membrana. Elas podem, ou não, estar fixadas nas extremidades de proteínas integrais, e ajudam no 
transporte ou na comunicação. Os fosfolipídios são atraídos uns pelos outros, mas eles também estão 
em constante movimento e ricocheteiam afastando-se um pouco uns dos outros. Os espaços criados 
pela fluidez da membrana são incrivelmente pequenos, por isso ela continua sendo uma barreira 
eficaz. Por esta razão, e pela capacidade das proteínas de ajudar no transporte através da membrana, 
as membranas celulares são chamadas de semipermeáveis. 
No ambiente celular, podem ser encontradas cinco grandes categorias de moléculas. Algumas dessas 
moléculas conseguem atravessar a membrana, já outras precisam da ajuda de outras moléculas ou 
processos para isso. Uma forma de fazer a distinção entre essas categorias de moléculas é baseando-
se na forma como elas reagem à água. Moléculas hidrofílicas (que gostam de água) conseguem formar 
ligações com a água e com outras moléculas hidrofílicas. Elas são chamadas de moléculas polares. O 
oposto pode ser dito para moléculas hidrofóbicas (que têm medo de água), que são chamadas de 
moléculas apolares. Os cinco tipos são: 
Moléculas pequenas apolares (ex: oxigênio e dióxido de carbono): podem passar pela bicamada 
lipídica. Fazem isso comprimindo-se através das bicamadas fosfolipídica. Elas não necessitam de 
proteínas para o transporte e podem atravessar a membrana difundindo-se rapidamente. 
Moléculas pequenas polares (ex: água): estas têm um pouco mais de dificuldade para atravessar a 
membrana que o tipo de molécula acima. Lembre-se de que o interior da bicamada fosfolipídica é 
composto por caudas hidrofóbicas. Não será fácil para as moléculas de água passarem, mas ainda 
assim elas conseguirão atravessar sem a ajuda de proteínas. Este é um processo um pouco mais lento. 
Há também a presença de proteínas chamadas aquaporinas, que permitem a passagem da água pela 
membrana. 
 Moléculas grandes apolares (ex: anéis de carbono): estes anéis podem atravessar a membrana, mas 
também será um processo lento. 
Moléculas grandes polares (ex: açúcar simples - glicose) e íons: a carga de um íon e o tamanho e a 
carga de grandes moléculas polares dificultam muito sua passagem pela região apolar da membrana 
fosfolipídica sem ajuda. 
2) A membrana do neurônio é constituída de proteínas que podem formar canais iônicos, canais 
iônicos ativados por ligantes e receptores acoplados à proteína G. Considerando as imagens A e 
B a seguir, descreva os eventos representados pelos números indicados. 
 
 
 
 
 
 
 
 
R: Canais iônicos dependentes de ligantes (Ionotrópicos) 
Canais iônicos dependentes de ligantes são canais iônicos que podem abrir em resposta à ligação de 
um ligante. Para formar um canal, este tipo de receptor de membrana celular tem uma região 
intramembranal com um canal hidrofílico (atraído pela água) no meio dele. O canal permite que íons 
atravessem a membrana sem precisar tocar o núcleo hidrofóbico da camada fosfolipídica, e os ions 
que passam por ele são selecionados segundo o tamanho e características especificas da molécula. 
Quando um ligante se liga à região extracelular do canal, a estrutura da proteína se modifica de uma 
forma tal que íons de um tipo específico, tais, podem passar. Em alguns casos, o inverso é verdade: o 
canal é normalmente aberto, e a ligação com o ligante faz com que ele feche. Alterações nos níveis de 
íons dentro da célula podem mudar a atividade de outras moléculas, como enzimas de ligação iônica 
e canais sensíveis à voltagem, para produzir uma resposta. Neurônios, ou células nervosas, possuem 
canais dependentes de ligantes que são ligados por neurotransmissores que se conectam ao sitio de 
ativação, fazendo a mudança estrutural proteica, permitindo a passagem dos ions do meio extracelular 
para a intracelular. 
 
 
 
 
 
https://pt.khanacademy.org/science/biology/human-biology/neuron-nervous-system/v/anatomy-of-a-neuron
Transporte ativo 
Durante o transporte ativo, as substâncias se movem contra o gradiente de concentração, de uma área de baixa 
concentração para uma área de alta concentração. Este processo é “ativo” porque ele requer o uso de energia 
(geralmente na forma de ATP). É o oposto do transporte passivo. O transporte ativo requer a ajuda de proteínas 
carreadoras, que mudam de forma quando ocorre a hidrólise de ATP. 
Erros comuns e conceitos equivocados 
Transporte ativo não é a mesma coisa que difusão facilitada. Tanto o transporte ativo quanto a difusão facilitada 
usam proteínas para auxiliar no transporte. No entanto, o transporte ativo atua contra o gradiente de 
concentração, movendo as substâncias de áreas de baixa concentração para áreas de alta concentração. Além 
disso, os tipos de proteínas que eles usam são diferentes. 
O transporte ativo usa proteínas carreadoras, e não proteínas de canal. Essas proteínas carreadoras são diferentes 
daquelas vistas na difusão facilitada, pois elas precisam de ATP para alterar sua forma. As proteínas de canal não 
são usadas no transporte ativo porque as substâncias só podem se mover através destas seguindo o gradiente 
de concentração. 
Receptores acoplados à proteína G (metabotrópicos) 
Receptores acoplados à proteína G (GPCRs) são uma grande família de receptores de membrana 
plasmática que compartilham uma estrutura e um método de sinalização comuns. Todos os membros 
da família GPCR têm sete diferentes segmentos de proteínas que atravessam a membrana, e 
transmitem sinais no interior da célula através de um tipo de proteína chamada de proteína G. GPCRs 
são heterogêneos e se ligam a diversos tipos de ligantes. Uma classe particularmente interessante de 
GPCRs é o dos receptores odoríferos (perfume). Existem cerca de 800800800 deles nos seres 
humanos e cada um se liga a uma "molécula de odor" própria. Proteínas G são de diferentes tipos, 
mas todos eles se ligam ao nucleotídeo guanosina trifosfato (GTP), o qual podem quebrar (hidrolizar) 
para formaro GDP. Uma proteína G ligada ao GTP está ativa, ou "ativada", enquanto que uma proteína 
G que está ligada ao GDP está inativa, ou "desativada". As proteínas G que se associam com GPCRs são 
compostas por três subunidades, conhecidas como proteínas G heterotriméricas. Quando elas estão 
conectadas a um receptor inativo, estão sob a forma "desativada" (ligada ao GDP). 
A sequência de eventos 
A ligação ao sitio de ativação na proteína GPCR, no entanto, muda a figura: o GPCR é ativado e faz com 
que a proteína G mude de GDP para GTP. A proteína G agora ativa separa-se em duas partes (uma 
chamada subunidade α, a outro composto por duas subunidades β e γ), que são liberadas do GPCR. 
As subunidades podem interagir com outras proteínas, acionando uma via de sinalização que leva a 
uma resposta. Eventualmente, a subunidade α hidrolizará GTP de volta a GDP, nesse momento a 
proteína G se torna inativa. A proteína G inativa remonta-se como uma unidade de três peças 
associada com o GPCR. A sinalização celular usando os receptores acoplados à proteína G é um ciclo, 
que pode se repetir várias vezes em resposta ao ligante. 
 
 
 
 
 
 
3) Avaliando a sequência dos eventos na imagem, explique as informações das caixas enumeradas 
de 1 a 10, iniciando com a síntese do neurotransmissor até sua liberação no terminal. 
Os neurônios se comunicam com seus tecidos-alvo por 
meio de sinapses, onde são liberadas substâncias 
químicas chamadas neurotransmissores (ligantes). Essa 
comunicação é mediada por substâncias químicas, em 
um processo denominado neurotransmissão química e 
ocorre dentro das sinapses químicas. 
Cada sinapse consiste em: 
-Membrana pré-sináptica: membrana do botão terminal 
(terminação do axônio) da fibra nervosa pré-sináptica. 
-Membrana pós-sináptica - membrana da célula-alvo. 
-Fenda sináptica - uma lacuna entre as membranas pré-
sináptica e pós-sináptica. 
Após um potencial de ação entrar no neurônio pelo 
dendrito e sai percorrendo todo o corpo axônal, dentro do botão terminal da fibra nervosa pré-
sináptica, numerosas vesículas que contêm neurotransmissores que são produzidas na célula 
transmissora e armazenadas, são liberados. Antes, quando a membrana pré-sináptica é 
despolarizada por um potencial de ação, os canais dependentes de voltagem de cálcio se abrem 
(encontrados nas membranas dos botões terminais). Isso leva a um influxo de íons de cálcio no 
botão terminal, o que altera o estado de certas 
proteínas na membrana pré-sináptica, levando a 
união de v-snares e t-snares, resultando na união da 
vesícula com a parede da membrana pré-sináptica, 
e assim ocorrendo a exocitose destes 
neurotransmissores do botão terminal para a fenda 
sináptica. Depois de cruzar a fenda sináptica, os 
neurotransmissores se ligam a seus receptores 
específicos na membrana pós-sináptica. Uma vez que o neurotransmissor se liga ao seu receptor, 
os canais da membrana pós-sináptica são abertos (agonistas) ou fechados pelo ligante 
(antagonistas). Esses canais controlados por ligantes são canais iônicos e sua abertura ou 
fechamento altera a permeabilidade da membrana pós-sináptica aos íons cálcio, sódio, potássio e 
cloreto. Isso leva a uma resposta excitatória ou inibitória. Se um neurotransmissor estimula a célula-
alvo para uma ação, então é um 
neurotransmissor excitatório atuando 
em uma sinapse excitatória. Por outro 
lado, se inibe a célula-alvo, é um 
neurotransmissor inibitório atuando em 
uma sinapse inibitória. Portanto, o tipo 
de sinapse e a resposta do tecido-alvo 
dependem do tipo de neurotransmissor. 
Os neurotransmissores excitatórios 
causam despolarização das células pós-
sinápticas e geram PEPs, que 
gradualmente vão se somando até 
atingir um limiar e gerar um potencial de 
ação; por exemplo, a acetilcolina estimula a contração muscular. As sinapses inibitórias 
https://www.kenhub.com/pt/library/anatomia/potencial-de-acao
causam hiperpolarização das células-alvo, levando-as para mais longe do limiar do potencial de 
ação, inibindo sua ação; por exemplo, o GABA inibe os movimentos involuntários. 
O neurotransmissor liberado na fenda sináptica atua por um período muito curto, apenas alguns 
minutos ou mesmo segundos. Ele é destruído por enzimas, como a acetilcolina esterase, ou é 
reabsorvido no botão terminal do neurônio pré-sináptico por mecanismos de recaptação e, em 
seguida, reciclado. Os neurotransmissores mais conhecidos responsáveis por essa ação excitatória 
rápida, mas de curta duração, são a acetilcolina, a norepinefrina e a epinefrina, enquanto o GABA é 
o principal neurotransmissor inibitório. 
PEPS E PIPS 
Quando um neurotransmissor se liga ao seu receptor em uma célula receptora, ele faz com que 
canais iônicos se abram ou se fechem. Isto pode produzir uma mudança localizada no potencial 
da membrana— a tensão através da membrana — da célula receptora. 
 
 Em alguns casos, a alteração torna a célula alvo mais propensa a disparar seu próprio potencial de 
ação. Neste caso, a mudança no potencial de membrana é chamada de potencial excitatório pós-
sináptico, ou PEPS. 
 Em outros casos, a mudança torna a célula alvo menos propensa a disparar um potencial de ação e é 
chamada de potencial inibitório pós-sináptico, ou PIPS. 
 
Um PEPS é despolarizante: torna o interior 
da célula mais positivo, trazendo o 
potencial de membrana mais perto de seu 
limite para disparar um potencial de ação. 
Às vezes, um único PEPS não é grande o 
suficiente para trazer o neurônio ao limite, 
mas ele pode se somar a outros PEPSs para 
desencadear um potencial de ação. 
 
Os PIPS têm o efeito oposto. Ou seja, eles 
tendem a manter o potencial de 
membrana do neurônio pós-sináptico 
abaixo do limiar de disparo de um potencial 
de ação. PIPSs são importantes porque podem neutralizar, ou anular, o efeito excitatório dos PEPSs. 
 
 
4) Uma propriedade –chave das células musculares cardíacas é a habilidade de uma única fibra muscular 
executar contrações graduadas, nas quais a fibra varia a quantidade de força que gera. (Lembre-se que 
a contração de uma fibra no músculo esquelético, independentemente do seu comprimento é tudo ou 
nada). A força gerada pelo músculo cardíaco é proporcional ao número de ligações cruzadas que estão 
ativas. 
 
 
 
 
 
 
Na figura acima, estão sinalizadas as fases do potencial de ação da célula muscular do ventrículo cardíaco 
e correntes iônicas associadas ao sódio (INa+), o cálcio (ICa++) e o potássio (IK+). 
Explique as fases do potencial de ação no musculo cardíaco e o fluxo de íons que ocorre durante cada fase 
(0, 1, 2, 3 e 4) 
PS (COMEÇA COM A FASE 0) 
Fase 0 (despolarizando): Os canais rápidos de sódio se abrem. Quando a célula cardíaca é estimulada 
e se despolariza, o potencial de membrana fica mais positivo. Os canais de sódio ativados por voltagem 
(canais rápidos de sódio) abrem e permitem que o sódio flua rapidamente para dentro da célula e a 
despolarize. O potencial de membrana alcança cerca de + 20 milivolts antes dos canais de sódio 
encerrarem. 
 
Fase 1 (despolarização Inicial): os canais rápidos de 
sódio se fecham. Os canais de sódio encerram, a célula 
começa a repolarizar e os íons potássio saem da célula 
através dos canais de potássio abertos. 
Fase 2 (platô): os canais lentos de cálcio abrem e os 
canais rápidos de potássio encerram. Ocorre uma breve 
repolarização inicial e o potencial de ação alcança um 
platô em consequência de (1) maior permeabilidade 
dos íons cálcio e (2) diminuição da permeabilidade 
(saída) dos íons potássio. Os canais lentos de íons 
cálcio, ativados por voltagem, abrem lentamente 
durante as fases 1 e 0, e o cálcio entra na célula. 
Depois, os canais de potássio encerram e a combinação 
da redução do efluxo de ions potássio e o aumento do influxo de cálcio conduz a que o potencial de 
ação alcance um platô. 
Fase 3 (polarização rápida): os canais de cálcio encerram e os canais lentos de potássio abrem. O 
fechamento dos canais de ions cálcio e o aumento dapermeabilidade aos ions potássio, permitindo 
que os ions potássio saiam rapidamente da célula, o que põe fim ao platô e retornam o potencial de 
membrana na célula ao seu nível de repouso. 
Fase 4 (potencial de membrana de repouso): Com valor médio aproximado de -90 milivolts. 
 
5)Quando se ausculta o coração com o estetoscópio, não se ouve a abertura das válvulas, pois 
esse é um processo que se desenvolve com relativa lentidão e que normalmente não produz sons. 
Entretanto, quando as válvulas se fecham, os folhetos das válvulas e os líquidos circundantes 
vibram, sob a influência dos diferenciais abruptos de pressão que se desenvolvem, originando 
sons que se propagam em todas as direções pelo tórax. Explique a relação das bulhas cardíacas 
com o bombeamento cardíaco nas imagens 1 e 2. 
 
 
 
 
 
 
Quando os ventrículos se contraem, (cheios com aproximadamente 120 mls de sangue no período de 
volume diastólico final) ouve-se primeiro o som produzido pelo fechamento das válvulas 
atrioventriculares (tricúspide na direita, e bicúspide ou mitral na esquerda), que impendem o refluxo 
de sangue dos ventrículos para os átrios A vibração é de timbre grave e é relativamente longa e 
contínua, sendo conhecida como a primeira bulha cardíaca. Quando as válvulas aórtica e pulmonar se 
fecham após o sangue ter sido ejetado do ventrículo para dentro das semilunares, ouve-se um estalido 
rápido, porque essas válvulas (aórtica e pulmonar) se fecham rapidamente impedindo o refluxo de 
sangue delas de volta para o ventrículo, e as estruturas circundantes vibram por breve período. Esse 
som é chamado de segunda bulha cardíaca. 
 
6) A microcirculação é definida de como uma rede de pequenos vasos (arteríolas, capilares e 
vênulas) com diâmetro inferior a 100 micrometros que tem a função vital de fornecer oxigênio e 
outros substratos essenciais às células e de remover os seus produtos do metabolismo celular. 
Diferentes pressões estão envolvidas na dinâmica da microcirculação capilar. A pressão 
hidrostática nos capilares, por exemplo, tende a forçar o liquido e as substâncias nele dissolvidas 
através dos poros capilares para os espaços intersticiais. Considerando a importância das 
diferentes pressões que atuam na passagem da substancia através da membrana capilar, elabore 
um desenho esquemático e explique como ocorre esse processo. Use estas palavras: Difusão de 
moléculas de liquido, espaços dos líquidos intersticial, pressão hidrostática nos capilares, espaços 
Intersticiais, forças de Starling, pressão coloidosmótica do liquido intersticial, pressão efetiva de 
filtração. 
 
1) A pressão capilar (Pc) é a que tende a forçar o liquido para fora através da membrana capilar. 
2) A pressão do liquido intersticial (Pli), tenderá a forçar o liquido para dentro da membrana capilar 
quando for positiva, mas para fora quando a Pli for negativa. 
3) A pressão coloidosmótica plasmática capilar (Pp), 
tende a provocar a osmose de liquido para dentro, 
através da membrana capilar. 
4) A pressão coloidosmótica do liquido intersticial 
(Pli) tende a provocar osmose de liquido, para fora 
do capilar para dentro do interstício, através da 
membrana capilar. 
Se a soma dessas forças – a pressão efetiva de filtração – for positiva, ocorrerá filtração de líquidos 
pelos capilares. Se a soma for negativa, ocorrerá absorção de liquido. A pressão efetiva de filtração 
(PEF) é calculada por: PEF = Pc – Pli – Pp + Pli 
A intensidade da filtração de liquido no tecido também é determinada pelo número e pelo tamanho 
dos poros em cada capilar, bem como pelo número de capilares pelos quais o sangue flui. Esses fatores 
são, em geral, expressos como coeficiente de filtração capilar (Kf). O Kf é, portanto, uma medida da 
capacidade das membranas capilares de filtrar água sob dada PEF e é usualmente expresso por 
mL/min por mmHg da PEF. A intensidade/velocidade da filtração e liquido capilar, é, então, determinada 
por Filtração = Kf x PEF 
Forças de filtração médias 
Pressão capilar média: 17,3 mmHg 
Pressão negativa intersticial: 3,0 mmHg 
Pressão oncótica intersticial: 8,0 mmHg 
Forças de reabsorção 
Pressão oncótica plasmática: 28,0 mmHg 
 
Resultante média 
Filtração: 28,3 mmHg 
Reabsorção: 28,0 mmHg 
Total: 0,3 mmHg. 
 
FORÇAS DE STARLING 
As forças de Starling são as responsáveis pelo movimento de fluido entre os compartimentos. Entre 
as forças de Starling existe a pressão hidrostática e a pressão oncótica. A pressão hidrostática é uma 
força exercida pelos líquidos que tende a expulsar o líquido, desde o capilar para o interstício. A 
pressão oncótica é uma força que atrai água para o compartimento, por meio principalmente da 
albumina, nas vênulas. Ambas as pressões existem nos dois compartimentos: intravascular e 
intersticial. A resultante entre elas é que determina se o líquido irá entrar ou sair de cada 
compartimento. Na primeira metade do capilar, a resultante dessas forças faz com que o líquido tenda 
a extravasar para o interstício, processo chamado de ultrafiltração. Na segunda metade do capilar, a 
resultante das pressões é tal que o líquido tende a voltar para o interior do vaso – reabsorção. O 
principal objetivo do deslocamento de fluido pela parede capilar é o de levar nutrientes aos tecidos e 
dele retirar produtos do metabolismo da célula – como o CO2. 
 
7) Como ocorre a formação de urina? 
No primeiro estágio de formação da urina o termo 
“filtração” refere-se à água e a maioria dos solutos do 
plasma sanguíneo que passam através das paredes 
dos capilares glomerulares para a cápsula glomerular e 
em seguida, para o túbulo renal. O glomérulo é uma 
rede de capilar enovelada envolvido pela cápsula de 
Bowman. O liquido que entra no espaço capsular é 
chamado filtrado glomerular. As células endoteliais 
dos capilares glomerulares e os podócitos que 
envolvem os capilares forma uma barreia permeável, 
denominada membrana de filtração, que é fina e 
porosa. 
O termo reabsorção refere-se ao liquido filtrado que flui ao 
longo do túbulo renal e pelo ducto coletor, e as células 
tubulares reabsorvem aproximadamente 99% da agua 
filtrada e soluto uteis, que retornam para o sangue através 
dos capilares peritubulares e arteríolas retas. A medida que 
o liquido flui ao longo do túbulo e pelo ducto coletor, as 
células do túbulo e do ducto secretam outras substâncias, 
como resíduos, fármacos e excesso de ions no liquido, 
removendo-os do sangue. O transporte ativo de substâncias 
através das membranas pode ser primário, pela bomba de 
sódio-potássio e secundário, quando a energia armazenada 
no gradiente eletroquímico do íon e não a hidrolise 
do ATP direciona outra substância através da 
membrana. Simportadores são proteínas da 
membrana que movem duas ou mais substancias na 
mesma direção e contratransportadores movem 
duas ou mais substâncias em direções opostas. O 
filtrado glomerular tem a mesma proporção de agua 
e de partículas de soluto que o sangue, com 
osmolaridade de aproximadamente 300 Mosm/litro. 
O liquido que deixa o túbulo contorcido proximal é 
isotônico em relação ao plasma, e à medida que a 
urina diluída está sendo formada, a osmolaridade do liquido no lúmen do túbulo aumenta à medida 
que flui ao longo do ramo descendente da alça de Henle; diminui à medida que flui para cima no ramo 
ascendente e diminui ainda mais à medida que flui pelo resto do nefron e ducto coletor. A excreção 
envolve a eliminação de soluto e água do corpo sob a forma de urina. 
8) Considerando o trato urinário inferior e a imagem, descreva como ocorre sua inervação (a 
partir da localização dos neurônios pré-ganglionares e somáticos) a atividade dos 
neurotransmissores e seus respectivos receptores e a resposta produzida. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
As fibras simpáticas (em azul) se originam nos segmentos T11-L2 da medida espinhal e seguem pelo 
plexo mesentérico superior IMP e nervo hipogástricoou através da cadeia paravertebral para constituir 
o nervo pélvico na base da bexiga e a uretra. 
As fibras pré-ganglionares parassimpáticas (em verde) surgem dos segmentos espinais S2 e S4 e 
seguem pelas raízes sacrais e nervos pélvicos (PEL) para os gânglios no plexo pélvico (PP) e na parede 
vesical da bexiga, onde surgem as fibras pós-ganglionares que fornecem inervação parassimpática a 
bexiga. Os nervos motores somáticos (em amarelo) que suprem os músculos estriados do esfíncter 
externo da uretra surgem dos neurônios motores S2 e S4 (núcleo de ONUF) e seguem pelo nervo 
pudendo. Os axônios pós-ganglionares parassimpáticos do nervo pélvico liberam acetilcolina (ACh), 
produzindo contração da bexiga ao estimular os receptores muscarínicos M3 no musculo liso 
(detrusor) da bexiga. Os neurônios pós-ganglionares simpáticos liberam adrenalina, que ativa 
receptores Beta 3 para relaxar o musculo liso da bexiga e ativa receptor alfa 1 para contrair o musculo 
 
liso uretral. Axônios somáticos do nervo pudendo liberam ACh, que contrai o musculo estriado do 
esfíncter externo da uretra pela ativação de receptores nicotínicos. 
 
9) Paciente em pós-operatório de cirurgia de aneurisma de aorta abdominal desenvolveu 
insuficiência renal aguda. Embora estável do ponto de vista hemodinâmico e respiratório está 
dependente de hemodiálise em dias alternados. Avaliações ácido básicas diárias mostram acidose 
metabólica compensada. Nesse caso, quais seriam os valores esperados de pH, PCO2 e HCO3? 
Explique sua resposta. 
 
Se o quadro é de acidose, qualquer valor abaixo de 7,35 está compatível. 
Se o quadro é de acidose metabólica, houve um consumo exagerado de bicarbonato disponível, então, 
qualquer valor abaixo de 22 mM/L estará compatível. 
Se o quadro é de acidose metabólica compensatória, o sistema respiratório está compensando 
eliminando ácido (CO2) do organismo (hiperventilando), portanto há uma redução da pressão de CO2 
para corrigir o pH. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
10) Receptores, hormônios e efeitos do sistema nervoso autônomo 
 
Órgão Simpático Receptor Parassimpático Receptor 
Coração (músculo) Aumenta frequência 
e força de contração. 
Beta 1 Diminui frequência e força 
de contração 
 M2 
Brônquios e 
Bronquíolos 
 Vasodilatação Beta 2 Vasoconstricção M1 
Bexiga Relaxamento Beta 2 Contração M3 
Pupila Midríase (dilata) Alfa 1 Constricção (miose) M3 
G. salivares Secreção expessa Alfa e beta 2 Secreção e fluido excessivo M1 e M3 
M. Piloeretor Contração Alfa 
G. sudoríferas Transpiração (muito) M3 
Células gordurosas Lipólise Beta 1 
Figado Glicogenólise Beta 2 
G. lacrimais Vasoconstricção e 
secreção leve 
 Secreção copiosa M3 
M. Liso Relaxamento Alfa 2 e Beta 2 Contração M 
Genitália Masc. Vasoconstricção e 
ejaculação 
 Vasodilatação e ereção M3 
G. Parótida Vasoconstricção e 
secreção leve 
 Secreção copiosa M3 
Vasos sanguíneos Maioria das vezes, 
vasoconstricção 
 Alfa e B2 Pouco ou nenhum efeito 
G. suprarrenal Secreção aumentada 
(adrenalina e nora) 
 
 
11) indique e numere no gráfico a seguir, os intervalos correspondentes aos volumes e 
capacidades pulmonares e em seguida descreva cada um deles com os valores médios de 
referência no homem jovem adulto. 
 
1) Volume corrente: É o volume obtido numa respiração normal, ou seja, quando você respira 
normalmente, sem forçar. O volume que entra e sai do pulmão a cada inspiração e expiração, 
respectivamente, é o volume corrente (500 Ml) 
2) Volume de reserva inspiratório é 
obtido quando o indivíduo realiza 
uma inspiração máxima, ou seja, o 
máximo de ar que ele consegue 
inspirar forçadamente, além do 
normal. (3000 mL) 
3) Volume de reserva expiratório é 
mensurado em uma respiração 
máxima, ou seja, o máximo que 
consegue expirar, de forma forçada 
(1100 mL) 
4) Volume residual é a quantidade de 
ar que permanece nos pulmões após 
uma expiração mais forçada 
(1200mL) 
5) Capacidade inspiratório é igual ao volume corrente + o volume de reserva inspiratório, a quantidade 
de ar que a pessoa pode respirar, começando a partir do nível expiratório normal e distendendo os 
pulmões até seu máximo. (3500 mL) 
6) Capacidade residual funcional é igual ao volume de reserva expiratório + o volume residual, é a 
quantidade de ar que permanece nos pulmões, ao final da expiração normal (2300 mL) 
7) Capacidade vital representa o maior volume de ar mobilizado em uma expiração. É igual ao volume 
de reserva inspiratório + o volume corrente + o volume de reserva expiratório (4600 mL) 
8) Capacidade pulmonar total é a quantidade de ar nos pulmões após uma inspiração máxima, com o 
maior esforço. É igual a capacidade vital mais o volume residual (5800 mL) 
 
12) A respiração é o fluxo de ar para dentro e para fora dos pulmões. Uma vez que o ar atinge os alvéolos, 
os gases individuais, como oxigênio e o CO2, difundem-se do espaço alveolar para a corrente sanguínea. 
Considerando o exposto, faça o que se pede a seguir. 
Descreva o processo de troca gasoso ao nível pulmonar e capilar, indicando as pressões e os tipos de 
transporte. 
A PO2 alveolar normal, ao nível do mar, é de 100 mmHg. A PO2 do 
sangue venoso ao entrar no pulmão é de cerca de 40 mmHg. O 
oxigênio, portanto, move-se a favor do seu gradiente de pressão 
parcial (concentração), dos alvéolos para os capilares. A difusão tenta 
manter a homeostasia e, assim, a PO2 do sangue arterial que deixa os 
pulmões é a mesma que a dos alvéolos: 100mmHg. 
Quando o sangue arterial alcança os capilares teciduais, o gradiente 
é invertido. As células usam continuamente o oxigênio para a 
fosforilação oxidativa. Nas células de uma pessoa em repouso, a PO2 
intracelular média é de 40 mmHg. O sangue arterial que chega às 
células tem uma PO2 de 100 mmHG. Devido a uma menor PO2 nas 
células, o oxigênio difunde-se a favor do gradiente de pressão parcial, 
ou seja, do plasma para as células. Mais uma vez a difusão ocorre até 
o seu equilíbrio. Como resultado o sangue venoso tem a mesma PO2 
que as células. 
Por outro lado, a PCO2 é mais elevada nos tecidos do que no sangue 
capilar sistêmico devido à produção elevada de CO2 durante o 
metabolismo celular. A PCO2 intracelular em uma pessoa em repouso 
é cerca de 4 mmHg comparada a PCO2 arterial, que gira em torno de 
40 mmHg. Essa diferença faz o CO2 se difundir para fora das células, 
em direção aos capilares. A difusão ocorre até o equilíbrio, fazendo a 
PCO2 média do sangue venoso sistêmico girar em torno de 46 mmHg. 
 
No capilares pulmonares, o processo é inverso. O sangue venoso 
trazendo o CO2 das células tem uma PCO2 de 46 mmHg. A PCO2 alveolar é de 40 mmHg. Devido ao 
fato de a PCO2 no sangue venoso ser mais elevada que a PCO2 alveolar, o CO2 move-se dos capilares 
para os alvéolos. Quando o sangue sai da circulação pulmonar, ele tem uma PCO2 de 40 mmHg, 
idêntica a PCO2 dos alvéolos. 
 
Os gases que entram nos capilares primeiramente se 
dissolvem no plasma. Os glóbulos vermelhos, ou eritrócitos, 
têm um papel fundamental em garantir que o transporte de 
gás entre no pulmão e as células sejam suficiente para 
atender as necessidades celulares. O oxigênio é pouco solúvel 
em soluções aquosas e menos de 2% de todo o oxigênio 
encontra-se dissolvido no sangue. Isso significa que a 
hemoglobina transporta mais do que 98% do oxigênio. 
 
A hemoglobina, a proteína de ligação do oxigênio, é um 
tetrâmero de quatro cadeias proteicas globulares (globinas), 
cada uma centrada em torno de um grupamento heme, 
contendo ferro, liga-se reversivelmente ao oxigênio. A interação ferro-oxigênio é uma ligação fraca 
que pode ser facilmente rompida sem alterar a hemoglobina ou o oxigênio. 
Com quatro grupamentos heme por molécula de hemoglobina, uma molécula de hemoglobina tem o 
potencial de se ligar a quatro moléculas de oxigênio. A hemoglobina ligada ao oxigênio é conhecida 
como oxihemoglobina HbO2.Sangue Venoso 
 
1) O CO2 difunde-se das células para os capilares sistêmicos. 
2) Apenas 7% do CO2 permanece dissolvido no plasma 
3) Cerca de um quarto do CO2 liga-se à hemoglobina, 
formando a carbaminoemoglobina 
4) Cerca de 70% do CO2 é convertido em bicarbonato e em 
H+. A hemoglobina tampona o H+. 
5) O HCO3 chega ao plasma em troca de CL 
6) Nos pulmões, o CO2 dissolvido difunde-se do plasma para 
os pulmões. 
7) Pela lei de ação das massas, o CO2 desliga-se da 
hemoglobina e difunde-se para fora do eritrócito. 
8) A reação do ácido carbônico é revertida, trazendo o 
HCO3- de volta para os eritrócitos e convertendo-o a CO2.

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