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BNCC de História

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Curso: História
Professor: Joselito Ramalho Nogueira 
Disciplina: Fund. e Metodologia de Ensino de História 
Período: 6º TURMA: A					 
Componentes: Francielle Coaioto - / Milena Fardin - ESGR212932 / Patrícia Farias - ESGR213405 /Pedro Pacheco - ESGR213554, Thiago Albino- / Vanessa Alves- 
	
Estudo da BNCC de História no Ensino Fundamental
Em primeiro lugar, é pertinente destacar que na Constituição de 1988 já era visto o desejo de uma unificação do ensino no Brasil. No qual, a Base Nacional Comum Curricular é previsto Art. 210 que relata a fixação dos conteúdos mínimos para o ensino fundamental, de maneira a assegurar formação básica comum e respeito aos valores culturais e artísticos, nacionais e regionais. Mas só em 1996 foi aprovada a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), a lei que rege o ensino no Brasil. Diante disso, é interessante pensar que desde LDB nos anos 90 e ao longo anos 2000, houve uma serie de documentos que possuíam o intuito de paramentar a forma de ensino unificada no Brasil. 
Porém, apenas em 2015 é disponibilizada a 1ª versão da BNCC no qual em 2018, o ministro da Educação, Rossieli Soares, homologou o documento da Base Nacional Comum Curricular para a etapa do Ensino Médio. A partir desse momento, o Brasil passa a ter uma Base com as aprendizagens previstas para toda a Educação Básica.
Nesse contexto, o presente trabalho possui o instituído de promover uma analise a respeito da BNCC de História no ensino fundamental, com ênfase em relatar de forma critica os tramites que envolve o ensino da disciplina no nosso país. 
Analise do ensino de História na BNCC
Ao refletir a cerca do ensino de história no Brasil, é pertinente pensar que por muito tempo o mercado editorial que tem estabelecido os programas de História. Tal fato é justificado devido a falta de um “currículo mínimo” no que diz respeito a disciplina de história, sendo os livros didáticos e os sistemas de apostilados se tornando as referencias para o ensino escolar.
Nesse contexto, levando em conta o período de 2015 á 2018 que diz respeito a criação da primeira versão da BNCC até a 3ª versão da vigente Base Nacional Comum Curricular (BNCC), os enredos vivenciados no Brasil foram complexos.
Sendo assim, entre os fatos ocorridos nesse período é possível destacar que houve uma profunda polarização política no país, além de graves desigualdades econômicas e sociais que até os dias atuais vêm sendo enfrentadas. Ademais, houve também o processo de impeachment da Presidenta da República, destituição de presidentes das casas legislativas, prisões de senadores da República, corrupção desenfreada e escancarada nos mais variados âmbitos da gestão pública, reações conservadoras de toda a ordem, retrocessos nos debates e conquistas sociais, trágico crescimento de movimentos como Escola sem Partido e Escola Livre, tentativas de cerceamento e até mesmo de criminalização do exercício da docência.
Sob essa perspectiva, nos deparamos com um contexto de gravidade que se dá o processo de construção da BNCC, tarefa que por si só já é bastante polêmica e complexa. Diante desse cenário, cabe pensar a respeito das disputas de memória no qual salienta Caimi:
[...] A História é um campo privilegiado em que as discussões curriculares incidem fortemente sobre as demandas sociais, uma vez que se trata de disputas pela memória coletiva, de operações históricas que dão visibilidade a diferentes posições enunciativas e pontos de vista sobre o passado e, consequentemente, sobre o tempo presente.( CAIMI, 2016, p.87)
Nesse contexto, à medida que o passado é contado determina a perspectiva que o sujeito detém do seu país. Um exemplo disso, é visto quando se trata da Ditadura civil militar, alguns historiadores em suas linhas de pesquisas explicam de forma científica todo esse período. Entretanto, há outros grupos da sociedade que atribui legitimidade ao golpe de 1964 e tentam justificar e amenizar suas respectivas consequências ignorando os inúmeros crimes e violações aos direitos humanos. 
 Diante desse enredo, temos em 2015 ainda no governo da Presidenta Dilma um documento que mais progressista que do ano de 2018 durante o governo de Michel Temer. Uma vez que, a educação progressista visa formar cidadãos por meio da ciência e reflexão de modo atuar na sociedade e ampliar a democracia, ou seja, ajudar os alunos no seu autoconhecimento e no seu entendimento de mundo de modo a transformá-lo.
 Já as mudanças encontradas no documento de 2018 contempla as competências socioemocionais, de forma a melhor preparar o jovem para o mercado de trabalho tornando-se assim uma educação com tendências mais neoliberais, visto que a inteligência emocional é fundamental para quem deseja ingressar, permanecer e evoluir no ambiente corporativo.
[...] Na BNCC, competência é definida como a mobilização de conhecimentos (conceitos e procedimentos), habilidades (práticas, cognitivas e socioemocionais), atitudes e valores para resolver demandas complexas da vida cotidiana, do pleno exercício da cidadania e do mundo do trabalho.  (BRASIL, 2018, p. 8)
	
Analise da BNCC de História no Ensino Fundamental
O ensino de História segundo a BNCC contempla dois pontos importantes: que os alunos possam aprender a relacionar o que aconteceu no passado com o presente, e que possam desenvolver uma visão crítica dos fatos. De acordo com a Base, é preciso “transformar a história em ferramenta a serviço de um discernimento maior sobre as experiências humanas e das sociedades em que se vive”. Sendo assim, os alunos não devem apenas aprender sobre os fatos de maneira distante ou fora de contexto a outros fenômenos e, principalmente, do próprio presente.
Nesse contexto, entre as competências específicas da disciplina para o Ensino Fundamental, o documento coloca em primeiro lugar: “compreender acontecimentos históricos, relações de poder e processos e mecanismos de transformação e manutenção das estruturas sociais, políticas, econômicas e culturais ao longo do tempo e em diferentes espaços (...)”.
Ademais, a base trás cinco processos para que os alunos devem ser estimulados: Identificação, comparação, contextualização, interpretação e análise de um objeto estimulam o pensamento. Para que isso aconteça, é essencial que todos sintam-se motivados a partir dos conhecimentos que adquirem nas aulas, a formularem perguntas sobre o passado e sobre o presente. Os alunos devem ser incentivados a apresentarem suas hipóteses e interpretações acerca dos fatos para questionar e confrontar o conhecimento histórico pré-estabelecido.
Sendo dessa forma, é necessário planejar aulas que permitam que os conhecimentos do professor se transformem em instrumentos de construção do saber, com espaço para uma postura ativa dos estudantes diante de suas aprendizagens.
Nesse contexto, a base destaca que um dos importantes objetivos de História no Ensino Fundamental é estimular a autonomia de pensamento e a capacidade de reconhecer que os indivíduos agem de acordo com a época e o lugar nos quais vivem, de forma a preservar ou transformar seus hábitos e condutas. A percepção de que existe uma grande diversidade de sujeitos e histórias estimula o pensamento crítico, a autonomia e a formação para a cidadania.
 Sendo essa a busca de autonomia também exige reconhecimento das bases da epistemologia da História, a saber: a natureza compartilhada do sujeito e do objeto de conhecimento, o conceito de tempo histórico em seus diferentes ritmos e durações, a concepção de documento como suporte das relações sociais, as várias linguagens por meio das quais o ser humano se apropria do mundo ou seja, a capacidade de responder os desafios da prática historiadora presente dentro e fora da sala de aula.
Ademais, a base deixa claro que é necessário a inclusão dos temas obrigatórios definidos pela legislação vigente, tais como a história da África e das culturas afro-brasileira e indígena, deve ultrapassar a dimensão puramente retórica e permitir que se defenda o estudo dessas populações comoartífices da própria história do Brasil. A relevância da história desses grupos humanos reside na possibilidade de os estudantes compreenderem o papel das alteridades presentes na sociedade brasileira, comprometerem-se com elas e, ainda, perceberem que existem outros referenciais de produção, circulação e transmissão de conhecimentos, que podem se entrecruzar com aqueles considerados consagrados nos espaços formais de produção de saber.
Diante disso, as competências gerais da Educação Básica e com as competências específicas da área de Ciências Humanas, o componente curricular de História deve garantir aos alunos o desenvolvimento de competências específicas. Sendo as competências especificas de História para o ensino fundamental:
1. Compreender acontecimentos históricos, relações de poder e processos e mecanismos de transformação e manutenção das estruturas sociais, políticas, econômicas e culturais ao longo do tempo e em diferentes espaços para analisar, posicionar-se e intervir no mundo contemporâneo.
 2. Compreender a historicidade no tempo e no espaço, relacionando acontecimentos e processos de transformação e manutenção das estruturas sociais, políticas, econômicas e culturais, bem como problematizar os significados das lógicas de organização cronológica. 
3. Elaborar questionamentos, hipóteses, argumentos e proposições em relação a documentos, interpretações e contextos históricos específicos, recorrendo a diferentes linguagens e mídias, exercitando a empatia, o diálogo, a resolução de conflitos, a cooperação e o respeito.
 4. Identificar interpretações que expressem visões de diferentes sujeitos, culturas e povos com relação a um mesmo contexto histórico, e posicionar-se criticamente com base em princípios éticos, democráticos, inclusivos, sustentáveis e solidários. 
5. Analisar e compreender o movimento de populações e mercadorias no tempo e no espaço e seus significados históricos, levando em conta o respeito e a solidariedade com as diferentes populações.
 6. Compreender e problematizar os conceitos e procedimentos norteadores da produção historiográfica. 
7. Produzir, avaliar e utilizar tecnologias digitais de informação e comunicação de modo crítico, ético e responsável, compreendendo seus significados para os diferentes grupos ou estratos sociais. 
Diante disso, a BNCC de História no Ensino Fundamental – Anos Iniciais contempla, antes de mais nada, a construção do sujeito. O processo tem início quando a criança toma consciência da existência de um “Eu” e de um “Outro”. O exercício de separação dos sujeitos é um método de conhecimento, uma maneira pela qual o indivíduo toma consciência de si, desenvolvendo a capacidade de administrar a sua vontade de maneira autônoma, como parte de uma família, uma comunidade e um corpo social. Esse processo de constituição do sujeito é longo e complexo. Os indivíduos desenvolvem sua percepção de si e do outro em meio a vivências cotidianas, identificando o seu lugar na família, na escola e no espaço em que vivem.
 Logo, as grandes temáticas do Ensino Fundamental dos Anos Iniciais, pode-se dizer que, do 1º ao 5º ano, as habilidades trabalham com diferentes graus de complexidade, mas o objetivo primordial é o reconhecimento do “Eu”, do “Outro” e do “Nós”. Há uma ampliação de escala e de percepção, mas o que se busca, de início, é o conhecimento de si, das referências imediatas do círculo pessoal, da noção de comunidade e da vida em sociedade..
No que diz respeito aos anos finais, o processo de ensino e aprendizagem da História no Ensino Fundamental está pautado por três procedimentos básicos: 
1. Pela identificação dos eventos considerados importantes na história do Ocidente (África, Europa e América, especialmente o Brasil), ordenando-os de forma cronológica e localizando-os no espaço geográfico.
 2. Pelo desenvolvimento das condições necessárias para que os alunos selecionem, compreendam e reflitam sobre os significados da produção, circulação e utilização de documentos (materiais ou imateriais), elaborando críticas sobre formas já consolidadas de registro e de memória, por meio de uma ou várias linguagens.
 3. Pelo reconhecimento e pela interpretação de diferentes versões de um mesmo fenômeno, reconhecendo as hipóteses e avaliando os argumentos apresentados com vistas ao desenvolvimento de habilidades necessárias para a elaboração de proposições próprias.
Nesse contexto, o primeiro procedimento implica o uso de uma forma de registro de memória, a cronológica, constituída por meio de uma seleção de eventos históricos consolidados na cultura historiográfica contemporânea. A cronologia deve ser pensada como um instrumento compartilhado por professores de História com vistas à problematização da proposta, justificação do sentido (contido no sequenciamento) e discussão dos significados dos eventos selecionados por diferentes culturas e sociedades
Já o segundo procedimento vira em torno da escolha de fontes e documentos. O exercício de transformar um objeto em documento é prerrogativa do sujeito que o observa e o interroga para desvendar a sociedade que o produziu. O documento, para o historiador, é o campo da produção do conhecimento histórico; portanto, é esta a atividade mais importante a ser desenvolvida com os alunos. Os documentos são portadores de sentido, capazes de sugerir mediações entre o que é visível (pedra, por exemplo) e o que é invisível (amuleto, por exemplo), permitindo ao sujeito formular problemas e colocar em questão a sociedade que os produziu.
Por fim, o terceiro procedimento citado envolve a escolha de duas ou mais proposições que analisam um mesmo tema ou problema por ângulos diferentes.
Diante disso, no 6º ano, contempla-se uma reflexão sobre a História e suas formas de registro. São recuperados aspectos da aprendizagem do Ensino Fundamental dos Anos Iniciais e discutidos procedimentos próprios da História, o registro das primeiras sociedades e a construção da Antiguidade Clássica, com a necessária contraposição com outras sociedades e concepções de mundo. No mesmo ano, avança-se ao período medieval na Europa e às formas de organização social e cultural em partes da África.
Já no 7º ano, as conexões entre Europa, América e África são ampliadas. São debatidos aspectos políticos, sociais, econômicos e culturais ocorridos a partir do final do século XV até o final do século XVIII. 
Ao chegar no 8º ano, o tema é o século XIX e a conformação histórica do mundo contemporâneo. Destacam-se os múltiplos processos que desencadearam as independências nas Américas, com ênfase no processo brasileiro e seus desdobramentos. África, Ásia e Europa são objetos de conhecimento, com destaque para o nacionalismo, o imperialismo e as resistências a esses discursos e práticas.
 Finalmente, no 9º ano é abordado a história republicana do Brasil até os tempos atuais, incluindo as mudanças ocorridas após a Constituição de 1988, e o protagonismo de diferentes grupos e sujeitos históricos. O estudo dos conflitos mundiais e nacionais, da Primeira e da Segunda Guerra, do nazismo, do fascismo, da guerra da Palestina, do colonialismo e da Revolução Russa, entre outros, permite uma compreensão circunstanciada das razões que presidiram a criação da ONU e explicam a importância do debate sobre Direitos Humanos, com a ênfase nas diversidades identitárias, especialmente na atualidade. Do ponto de vista mais geral, a abordagem se vincula aos processos europeus, africanos, asiáticos e latino-americanos dos séculos XX e XXI, reconhecendo-se especificidades e aproximações entre diversos eventos, incluindo a história recente
Referências Bibliográficas
BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular. Brasília, 2018. 
BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília, DF: Centro Gráfico, 1988.
CAIMI, Flavia. A história na base nacional comim corricular – Pluralismo de ideias ou guerra de narrativas?. Revista do Lhiste, Porto Alegre, num.4, vol.3, jan/jun. 2016
ARAÚJO, Jair. Esquizoanálise aplicadaà Educação: introdução ao Estudo político-linguístico da Educação Brasileira. Revista Eletrônica Inter-Legere. Natal, n. 7, p. 16-36, 2010.

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