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Segurança Alimentar e Nutricional (SAN)

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Segurança Alimentar e 
Nutricional 
PROCESSO HISTÓRICO DA SAÚDE NO 
BRASIL E O SUS 
➲ Consequência do processo de democratização do 
brasil 
➲ Movimento sanitário brasileiro 
➲ VIII conferência nacional de saúde (1986) – aprovou 
a criação do SUS 
➲ I conferência Nacional de Alimentação e Nutrição: 
Comitês de alimentação e nutrição + propostas de 
conceito de SAN 
➲ Constituição de 1988- Seção II- Da saúde 
• “a saúde é direito de todos e dever do estado, 
garantido mediante políticas públicas sociais e 
econômicas que visem a redução do risco de 
doença e de outros agravos e ao acesso 
universal e igualitário às ações e serviços para 
sua promoção, proteção e recuperação” (Brasil, 
1988) 
➲ Lei 8080 – Lei Orgânica da Saúde 
• Dispõe sobre as condições para promoção, 
proteção e recuperação da saúde, a organização 
e o funcionamento dos serviços 
correspondentes e dá outras providências 
➲ Lei 8142- Lei do Controle Social 
• Dispõe sobre a participação da comunidade na 
gestão do sistema única de saúde (sus) e sobre 
as transferências intergovernamentais de 
recursos financeiros na área da saúde e da 
outras providencias 
EMENDA CONSTITUCIONAL N 64 
➲ Demorou mais de 20 anos para ser alterado o artigo 
6 da Constituição para introdução da alimentação como 
direito social 
➲ Aprovada nem 2010 
➲ “ART. 6O SÃO DIREITOS SOCIAIS A 
EDUCAÇÃO, A SAÚDE, a alimentação, o trabalho, 
a moradia, o lazer, a segurança, a previdência social, a 
proteção à maternidade e à infância, a assistência aos 
desamparados, na forma desta Constituição.” (Brasil, 
2010) 
PRINCÍPIOS E DIRETRIZES 
ORGANIZATIVAS DO SUS 
➲ UNIVERSALIDADE: Saúde como direito de todos; 
➲ INTEGRALIDADE: Visa a promoção, proteção, cura, 
reabilitação de indivíduos e coletividades (ações ➲ 
continuadas); 
➲ EQUIDADE : prioridade aos mais necessitados e 
vulneráveis – discriminação positiva; 
➲ DIREITO À INFORMAÇÃO: sobre a sua saúde e os 
determinantes da saúde coletiva; 
➲ DESCENTRALIZAÇÃO : Governo Federal – Estado – 
MUNICÍPIO (municipalização) 
➲ REGIONALIZAÇÃO: distribuir de forma racional e 
equânime os recursos assistenciais; 
➲ HIERARQUIZAÇÃO : Níveis de atenção – Fluxos 
assistenciais 
➲ PARTICIPAÇÃO COMUNITÁRIA : Democracia 
participativa 
➲ INTEGRAÇÃO: entre ações e sistemas – Garante a 
integralidade 
TRANSIÇÃO EPIDEMIOLÓGICA E 
NUTRICIONAL 
➲ Dados dos inquéritos nacionais 
• ENDEF 74-75 
• PNSN 89 
• PNDS 96 e 06 
• POF 08-09 
• VIGITEL 06 a 09 
➲ Redução significativa da Desnutrição e Déficit 
Estatural: 
• Quilombolas / Indígenas 
• Regiões específicas 
➲ Carências específicas 
➲ Aumento drástico do sobrepeso e Obesidade para 
ambos os sexos e todas as faixas etárias e de renda. 
➲ Vigitel (2009) 
• 50% SP 
• 15% OB 
➲ POF 
• Deixa claro o COMEÇO DA TRANSIÇÃO 
NUTRICIONAL 
• Aumento no CONSUMO DE 
ULTRAPROCESSADOS 
 
HISTÓRICO DA SEGURANÇA ALIMENTAR 
E NUTRICIONAL 
➲ O conceito evolui na medida em que avança a história 
e alteram-se a organização social e as relações de poder 
em uma sociedade. 
➲ O conceito começa a ser utilizado na I Guerra 
Mundial (1914-18) ➝ Era preciso garantir acesso aos 
alimentos de soldados 
➲ 1945 Constituição da ONU ➝a discussão ganha 
força mundial após 1945 ➝ insuficiência de alimentos 
foi mitigada pela revolução verde 
• FAO – Direito Humano x FMI – Mecanismos 
de mercado 
• Insuficiência de Alimentos – Revolução Verde 
➲ 1974 Conferência Mundial de Alimentação ➝ não 
basta produzir mais alimentos ➝ tem que pensar 
também no armazenamento ➝regularizar 
abastecimento 
➲ Anos 80 ➝ aumento da produção mundial de 
alimentos 
• Disponibilidade X acesso físico e econômico 
➲ Anos 90 ➝incorpora segurança de alimentos 
• 1996-1998: Termo SAN é mais divulgado no 
Brasil: 
o Cúpula Mundial de Alimentação 
o Fórum Brasileiro de SAN 
LOSAN- LEI ORGANICA DE SEGURANÇA 
ALIMENTAR E NUTRICIONAL – LEI N 11346 
DE 2006 
➲ “por Segurança Alimentar e Nutricional – SAN 
entende-se a realização do direito de todos ao 
ACESSO REGULAR E PERMANENTE a 
alimentos de QUALIDADE, EM QUANTIDADE 
SUFICIENTE, SEM COMPROMETER O 
ACESSO A OUTRAS NECESSIDADES 
ESSENCIAIS, tendo como base PRÁTICAS 
ALIMENTARES PROMOTORAS DE SAÚDE 
que RESPEITEM A DIVERSIDADE cultural e que 
sejam AMBIENTAL, CULTURAL, 
ECONÔMICA E SOCIALMENTE 
SUSTENTÁVEIS .” 
➲ Dimensão Alimentar e Nutricional 
ELEMENTOS CONCEITUAIS DE SAN 
➲ 2 elementos distintos e complementares: 
1. DIMENSÃO ALIMENTAR: refere-se à 
produção e disponibilidade de alimentos. 
2. DIMENSÃO NUTRICIONAL: 
incorpora as relações entre o ser humano e o 
alimento. 
DIMENSÃO ALIMENTAR 
➲ Os alimentos devem ser: 
1. Suficientes e adequados QUANTI E 
QUALITATIVAMENTE 
2. Fornecidos de forma ESTÁVEL E 
CONTINUADA 
3. Fornecidos de forma AUTÔNOMA – 
Autossuficiência Nacional 
4. Fornecidos EQUITATIVAMENTE – 
ACESSO UNIVERSAL 
5. Sustentáveis do ponto de vista 
AGROECOLÓGICO, SOCIAL, 
ECONÔMICO E CULTURAL. 
DIMENSÃO NUTRICIONAL 
➲ Deve implicar em: 
1. Disponibilidade de ALIMENTOS SAUDÁVEIS 
2. Preparo que PRESERVE VALOR 
NUTRICIONAL E SANITÁRIO 
3. Consumo ADEQUADO E SAUDÁVEL em cada 
fase da vida 
4. Fornecer condições de PROMOÇÃO DA 
SAÚDE, DA HIGIENE E DA VIDA 
SAUDÁVEL 
5. Fornecer condições de PROMOÇÃO DE 
CUIDADOS COM A PRÓPRIA SAÚDE E COM 
A SAÚDE DA FAMÍLIA E COMUNIDADE 
6. DIREITO À SAÚDE, com acesso aos 
SERVIÇOS DE SAÚDE 
7. Prevenção e controle de DETERMINANTES DE 
SAÚDE E NUTRIÇÃO 
8. Boas oportunidades para DESENVOLVIMENTO 
PROFISSIONAL. 
SAN E DHAA 
➲ SAN é um meio de garantir o objetivo final que é o 
DHAA 
➲ Ações de SAN dão consequência prática ao Direito 
Humano à Alimentação Adequada. 
➲ “A evolução do conceito de SAN, no Brasil e no 
mundo, aproxima-se, cada vez mais, da abordagem do 
Direito Humano à Alimentação Adequada.” 
➲ “A ALIMENTAÇÃO ADEQUADA É 
DIREITO FUNDAMENTAL do ser humano, 
inerente à dignidade da pessoa humana e indispensável 
à realização dos direitos consagrados na Constituição 
Federal, devendo o poder público adotar as políticas e 
ações que se façam necessárias para promover e garantir 
a segurança alimentar e nutricional da população.” 
➲ O Direito Humano a Alimentação Adequada 
(DHAA), envolve diversos fatores, que vão desde o 
ACESSO A ALIMENTOS, QUANTIDADE E 
QUALIDADE ATÉ AS CONDIÇÕES DE VIDA 
DA POPULAÇÃO. O DHAA foi incluído na 
CONSTITUIÇÃO FEDERAL EM 2010, e deve ser 
GARANTIDO NA PERSPECTIVA DA 
SEGURANÇA ALIMENTAR E 
NUTRICIONAL (SAN), envolvendo vários 
aspectos que se relacionam aos demais direitos como: 
saúde, educação, trabalho, moradia, lazer, também 
previstos às famílias brasileiras. 
 
 
ORGANIZAÇÃO 
➲ Formula e implementa políticas e planos de SAN, 
➲ Estimula integração de esforços entre estado e 
população, Monitora, acompanha e avalia a SAN no 
Brasil. 
• Ministério do Desenvolvimento Social e 
Combate à Fome MDS 
• Secretaria Nacional de Segurança Alimentar e 
Nutricional – SESAN 
• Sistema Nacional de Segurança Alimentar e 
Nutricional – SISAN 
INTEGRAM O SISAN: 
• Conferência Nacional de SAN – Indica ao 
CONSEA as diretrizes e prioridades da Política 
e do Plano Nacional de SAN; 
• CONSEA: Articula governo e sociedade civil 
organizada; 
• Câmara Interministerial de SAN – CAISAN: 
mobiliza e articula órgãos governamentais 
federais para convergência e transversalidade 
das políticas de SAN; 
• Órgãos e entidades de SAN nos estados e 
municípios; Entidades civis e Instituições 
privadas sem fins lucrativos. 
INTERSETORIALIDADE 
➲ O ATO DE SE ALIMENTAR É 
MULTIDETERMINADO e, portanto, as ações e 
políticas para promover uma alimentação adequada e 
saudável a todos devem incluir as DIMENSÕES E 
PRINCÍPIOS DA SAN, incidindo sobre as 
DIVERSAS ÁREAS E SETORES da sociedade. 
 
O QUE DETERMINA O PREÇO DOS 
ALIMENTOS? 
➲ Clima 
➲ Economia local 
➲ Mercado internacional 
➲ Políticade compras públicas de alimentos 
➲ Incentivos fiscais 
➲ Custo de produção 
➲ Custo de transporte 
 ➲ Custo de comercialização 
➲ Publicidade x marketing 
COMO MEDIR A SAN OU IA? 
➲ Métodos objetivos/Quantitativos 
• Disponibilidade média calórica per capita 
• Renda necessária para o acesso a 2200 kcal/dia 
• Inquéritos alimentares (QFA, IR24H) 
➲ Métodos subjetivos/Qualitativos 
• EBIA: ESCALA BRASILEIRA DE 
INSEGURANÇA ALIMENTAR 
O Vantagem: PERCEPÇÃO 
INDIVIDUAL DE 
INSEGURANÇA 
o Desvantagem: perguntas cansativas e 
repetitivas, precisa de técnica e 
paciência. 
MEDIDAS 
1. De Disponibilidade 
2. De Acesso 
3. De utilização biológica dos alimentos 
A DISPONIBILIDADE INTERNA DE 
ALIMENTOS 
➲ A disponibilidade ou oferta interna de 
ALIMENTOS É SATISFATÓRIA, do ponto de 
vista da Segurança Alimentar, QUANDO OS 
ALIMENTOS OFERTADOS SÃO 
SUFICIENTES PARA ATENDER O 
CONSUMO INTERNO socialmente desejável. 
➲ Ao lado deste atributo de suficiência aparecem ainda 
outros atributos de IMPORTÂNCIA 
EQUIVALENTE. São eles a ESTABILIDADE DA 
OFERTA AO LONGO DO TEMPO; o GRAU DE 
AUTONOMIA OU AUTOSUFICIÊNCIA, 
garantido pela capacidade de produção de alimentos do 
país e a SUSTENTABILIDADE, ECONÔMICA E 
ECOLÓGICA, desta produção. 
INCAPACIDADE DE ACESSO 
➲ Existe uma razão maior e mais grave para a 
insegurança alimentar, entre as tantas causas que se 
manifestam no país: a INCAPACIDADE DE 
ACESSO AOS ALIMENTOS, no nível nutricional 
minimamente necessário, pelas CAMADAS MAIS 
POBRES DA POPULAÇÃO. 
➲ As populações em situação de 
VULNERABILIDADE NUTRICIONAL, 
geralmente, não têm acesso aos alimentos, por NÃO 
DISPOREM DE PODER AQUISITIVO 
SUFICIENTE para comprá-los. 
INDICADORES NUTRICIONAIS 
➲ A AVALIAÇÃO ANTROPOMÉTRICA 
(medidas de peso e altura em relação à idade) constitui-
se na MAIS FREQUENTE FORMA DE 
CONFERIR O DESENVOLVIMENTO FÍSICO 
NA INFÂNCIA E SEU ESTADO 
NUTRICIONAL. 
➲ Os indicadores derivados da avaliação 
antropométrica, no Brasil, sempre demonstraram existir 
um ESTADO NUTRICIONAL GRAVE PARA 
UMA PARCELA NÃO DESPREZÍVEL DE 
CRIANÇAS. 
INSEGURANÇA ALIMENTAR E 
NUTRICIONAL NO BRASIL 
➲ Pesquisas realizadas pelo IBGE como módulo 
suplementar das Pesquisas Nacionais por Amostra de 
Domicílios nos anos de 2004 e 2009. 
➲ Utiliza a ESCALA BRASILEIRA DE 
SEGURANÇA ALIMENTAR E 
NUTRICIONAL – EBIA 
INSEGURANÇA ALIMENTAR 
➲ Insegurança LEVE 
➲ Insegurança MODERADA- Norte e Nordesntes 
➲ Insegurança GRAVE – Norte e Nordesntes 
POLÍTICA NACIONAL DE SAN 
➲ Determinação legal da LOSAN (2006) 
➲ Decreto n° 7.272, de 25 de agosto de 2010: 
➲ Art. 2o Fica INSTITUÍDA A POLÍTICA 
NACIONAL DE SEGURANÇA ALIMENTAR E 
NUTRICIONAL - PNSAN, com o objetivo geral de 
PROMOVER A SEGURANÇA ALIMENTAR E 
NUTRICIONAL, na forma do art. 3o da Lei no 
11.346, de 15 de setembro de 2006, bem como 
ASSEGURAR O DIREITO HUMANO À 
ALIMENTAÇÃO ADEQUADA EM TODO 
TERRITÓRIO NACIONAL. 
DIRETRIZES DA PNSAN: 
I - Promoção do ACESSO UNIVERSAL à 
alimentação adequada e saudável, com 
PRIORIDADE PARA AS FAMÍLIAS E 
PESSOAS EM SITUAÇÃO DE 
INSEGURANÇA ALIMENTAR e nutricional; 
II - Promoção do ABASTECIMENTO E 
ESTRUTURAÇÃO de sistemas 
SUSTENTÁVEIS E DESCENTRALIZADOS, de 
base agroecológica, de produção, extração, 
processamento e distribuição de alimentos; 
III - instituição de PROCESSOS PERMANENTES 
DE EDUCAÇÃO ALIMENTAR E 
NUTRICIONAL, PESQUISA E FORMAÇÃO 
nas áreas de segurança alimentar e nutricional e do 
direito humano à alimentação adequada; 
IV - PROMOÇÃO, UNIVERSALIZAÇÃO E 
COORDENAÇÃO DAS AÇÕES DE 
SEGURANÇA ALIMENTAR E 
NUTRICIONAL voltadas para QUILOMBOLAS e 
demais povos e comunidades tradicionais de que trata o 
art. 3º , inciso I, do Decreto no 6.040, de 7 de fevereiro 
de 2007, POVOS INDÍGENAS e assentados da 
reforma agrária; 
V - FORTALECIMENTO DAS AÇÕES DE 
ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO EM TODOS 
OS NÍVEIS DA ATENÇÃO À SAÚDE, de modo 
articulado às demais ações de segurança alimentar e 
nutricional; 
VI - PROMOÇÃO DO ACESSO UNIVERSAL À 
ÁGUA DE QUALIDADE E EM QUANTIDADE 
SUFICIENTE, com PRIORIDADE PARA AS 
FAMÍLIAS EM SITUAÇÃO DE 
INSEGURANÇA HÍDRICA e para a produção de 
alimentos da agricultura familiar e da pesca e 
aqüicultura; 
VII - APOIO A INICIATIVAS DE PROMOÇÃO 
DA SOBERANIA ALIMENTAR, 
SEGURANÇA ALIMENTAR E 
NUTRICIONAL E DO DIREITO HUMANO À 
ALIMENTAÇÃO ADEQUADA em âmbito 
INTERNACIONAL e a negociações internacionais 
baseadas nos princípios e diretrizes da Lei no 11.346, de 
2006; 
VIII - MONITORAMENTO DA REALIZAÇÃO 
do direito humano à alimentação adequada. 
OBJETIVOS DA PNSAN 
I - IDENTIFICAR, ANALISAR, DIVULGAR E 
ATUAR sobre os FATORES 
CONDICIONANTES DA INSEGURANÇA 
ALIMENTAR e nutricional no Brasil; 
II - ARTICULAR PROGRAMAS E AÇÕES DE 
DIVERSOS SETORES que respeitem, protejam, 
promovam e provejam o direito humano à alimentação 
adequada, observando as diversidades social, cultural, 
ambiental, étnico-racial, a equidade de gênero e a 
orientação sexual, bem como disponibilizar 
instrumentos para sua exigibilidade; 
III - PROMOVER SISTEMAS SUSTENTÁVEIS 
DE BASE AGROECOLÓGICA, de PRODUÇÃO 
E DISTRIBUIÇÃO DE ALIMENTOS que 
RESPEITEM A BIODIVERSIDADE e 
FORTALEÇAM A AGRICULTURA 
FAMILIAR, OS POVOS INDÍGENAS E AS 
COMUNIDADES TRADICIONAIS e que 
assegurem o consumo e o acesso à alimentação 
adequada e saudável, respeitada a diversidade da cultura 
alimentar nacional; 
IV - incorporar à política de Estado o RESPEITO À 
SOBERANIA ALIMENTAR E A GARANTIA 
DO DIREITO HUMANO À ALIMENTAÇÃO 
ADEQUADA, inclusive o acesso à água, e promovê-
los no âmbito das negociações e cooperações 
internacionais. 
II PLANO NACIONAL DE SEGURANÇA 
ALIMENTAR E NUTRICIONAL 2016-2019 
➲ O II Plano Nacional de Segurança Alimentar e 
Nutricional 2016-2019 é constituído pelo 
CONJUNTO DE AÇÕES DO GOVERNO federal 
que BUSCAM GARANTIR A SEGURANÇA 
ALIMENTAR E NUTRICIONAL E O DIREITO 
HUMANO À ALIMENTAÇÃO ADEQUADA À 
POPULAÇÃO BRASILEIRA. 
➲ Foi ELABORADO PELA CÂMARA 
INTERMINISTERIAL DE SEGURANÇA 
ALIMENTAR E NUTRICIONAL (CAISAN), em 
conjunto com o CONSELHO NACIONAL DE 
SEGURANÇA ALIMENTAR E 
NUTRICIONAL (CONSEA), a partir das 
deliberações da V Conferência Nacional de Segurança 
Alimentar e Nutricional. 
➲ O PLANSAN 2016-2019 optou por uma metodologia 
diferenciada. O Plano está dividido em DESAFIOS, 
METAS E AÇÕES RELACIONADAS. 
➲ 09 Desafios / 121 Metas / 99 Ações Relacionadas 
DESAFIOS II PLANSAN 
Desafio 1 - PROMOVER O ACESSO 
UNIVERSAL À ALIMENTAÇÃO ADEQUADA 
E SAUDÁVEL, com PRIORIDADE PARA AS 
FAMÍLIAS E PESSOAS EM SITUAÇÃO DE 
INSEGURANÇA ALIMENTAR E 
NUTRICIONAL -Corresponde à Diretriz 1 da 
PNSAN; 
Desafio 2 - COMBATER A INSEGURANÇA 
ALIMENTAR E NUTRICIONAL e promover A 
INCLUSÃO PRODUTIVA RURAL em grupos 
populacionais específicos, com ênfase em POVOS E 
COMUNIDADES TRADICIONAIS e outros 
grupos sociais vulneráveis no meio rural - Corresponde 
às Diretrizes 1, 2, 4, 5 E 6 da PNSAN; 
Desafio 3 - Promover a PRODUÇÃO DE 
ALIMENTOS SAUDÁVEIS E 
SUSTENTÁVEIS, a estruturação da 
AGRICULTURA FAMILIAR e o fortalecimento de 
sistemas de PRODUÇÃO DE BASE 
AGROECOLÓGICA –Corresponde à Diretriz 2 da 
PNSAN; 
Desafio 4 - Promover o ABASTECIMENTO E O 
ACESSO REGULAR E PERMANENTE da 
população brasileira à ALIMENTAÇÃO 
ADEQUADA E SAUDÁVEL – Corresponde à 
Diretriz 2 da PNSAN; 
Desafio 5 – PROMOVER E PROTEGER A 
ALIMENTAÇÃO ADEQUADA E SAUDÁVEl 
da População Brasileira, com estratégias de 
EDUCAÇÃO ALIMENTAR E NUTRICIONAL 
e MEDIDAS REGULATÓRIAS – Corresponde às 
Diretrizes 3 e 5 da PNSAN; 
Desafio 6 - CONTROLAR E PREVENIR OS 
AGRAVOS DECORRENTES DA MÁ 
ALIMENTAÇÃO – Corresponde à Diretriz 5 da 
PNSAN; 
Desafio 7 - AMPLIAR A DISPONIBILIDADE 
HÍDRICA E O ACESSO À ÁGUA PARA A 
POPULAÇÃo, em especial a população pobre no 
MEIO RURAL – Corresponde à Diretriz 6 da 
PNSAN; 
Desafio 8 - Consolidar a IMPLEMENTAÇÃO DOSISTEMA NACIONAL DE SEGURANÇA 
ALIMENTAR E NUTRICIONAL (SISAN), 
aperfeiçoando a gestão federativa, a intersetorialidade e 
a participação social – Corresponde às Diretrizes 3, 8 da 
PNSAN e Diretriz SISAN; 
Desafio 9 - Apoio a INICIATIVAS DE 
PROMOÇÃO DA SOBERANIA, SEGURANÇA 
ALIMENTAR E NUTRICIONAL, DO DIREITO 
HUMANO À ALIMENTAÇÃO ADEQUADA E 
DE SISTEMAS ALIMENTARES 
DEMOCRÁTICOS, saudáveis e sustentáveis em 
âmbito internacional, por meio do diálogo e da 
cooperação internacional – Corresponde à Diretriz 7 da 
PNSAN. 
SOBERANIA ALIMENTAR 
➲ Implica que a nação possua o DIREITO DE 
DEFINIR POLÍTICAS QUE GARANTAM A 
SEGURANÇA ALIMENTAR E 
NUTRICIONAL DE SEUS POVOS, incluindo aí o 
direito à PRESERVAÇÃO DE PRÁTICAS 
ALIMENTARES e de PRODUÇÃO 
TRADICIONAIS de cada cultura. 
➲ Resultado da CÚPULA MUNDIAL DE 
ALIMENTAÇÃO DE 1996 → Conceito de 
Soberania Alimentar. 
➲ “O direito dos povos de DEFINIR SUAS 
PRÓPRIAS POLÍTICAS E ESTRATÉGIAS 
SUSTENTÁVEIS DE PRODUÇÃO, 
DISTRIBUIÇÃO E CONSUMO DE 
ALIMENTOs que garantam o direito humano à 
alimentação para toda a população com base na pequena 
e média produção, RESPEITANDO SUAS 
PRÓPRIAS CULTURAS E A DIVERSIDADE 
DE TODOS os camponeses, pesqueiros e indígenas de 
produção agropecuária, de comercialização e de gestão 
de espaços rurais, nos quais a mulher desempenha um 
papel fundamental. A soberania alimentar 
FAVORECE A SOBERANIA ECONÔMICA, 
POLÍTICA E CULTURAL DOS POVOS. 
Defender a soberania alimentar é RECONHECER 
UMA AGRICULTURA DE CAMPONESES, 
INDÍGENAS E COMUNIDADES 
PESQUEIRAS, vinculadas ao território; 
prioritariamente orientada a SATISFAÇÃO DAS 
NECESSIDADES DOS MERCADOS LOCAIS E 
NACIONAIS. (...) (Declaração final do Fórum 
Mundial de Soberania Alimentar, assinada pela Via 
Campesina, HAVANA, Cuba, 2001 APUD BRASIL, 
2013 
➲ Embate entre o modelo agroexportador e o modelo 
de agricultura familiar. 
➲ GLOBALIZAÇÃO: supera-se as fronteiras 
culturais, sociais e econômicas 
• Produção , comércio e hábitos alimentares 
globais 
• Desaparecimento de características locais 
➲ Pressões da Agroindústria; 
➲ Agroecologia – GMO, Pesticidas, Esgotamento do 
solo 
 ➲ Homogeneização das práticas alimentares; 
PRINCIPAIS POLÍTICAS E PROGRAMAS EM 
SEGURANÇA ALIMENTAR E 
NUTRICIONAL 
• Programa de Aquisição de Alimentos 
(PAA) 
o “Compra Direta” 
o programa de COMPRA DIRETA 
DE ALIMENTOS PRODUZIDOS 
POR AGRICULTORES 
FAMILIARES e distribuídos a 
entidades civis SEM FINS 
LUCRATIVOS que os redistribuem 
às pessoas que vivem em situação de 
insegurança alimentar. 
• Programa Restaurantes Populares (PRP) 
o conjugam ações que visam a 
EDUCAÇÃO ALIMENTAR, 
contribuindo na SUPERAÇÃO DA 
FOME E NA 
CONSCIENTIZAÇÃO PARA 
EVITAR O DESPERDÍCIO. 
o São UNIDADES DE 
ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO 
que contribuem na promoção do 
Direito Humano à Alimentação 
Adequada ao PRODUZIR E 
DISTRIBUIR REFEIÇÕES 
SAUDÁVEIS AOS 
TRABALHADORES URBANOS 
EM SITUAÇÃO DE 
INSEGURANÇA ALIMENTAR 
ou que possuem renda insuficiente para 
se alimentar de outras formas. 
• Programa de Cozinhas Comunitárias (PCC) 
o Visa AMPLIAR A OFERTA DE 
REFEIÇÕES ADEQUADAS 
nutricionalmente, contribuindo para a 
REDUÇÃO DO NÚMERO DE 
PESSOAS EM SITUAÇÃO DE 
INSEGURANÇA ALIMENTAR e 
nutricional. As cozinhas são uma 
espécie de MINI-
RESTAURANTES POPULARES 
que contribuem para a INCLUSÃO 
SOCIAL, bem como para o 
fortalecimento da ação coletiva e da 
identidade comum. 
• Programa Bancos de Alimentos (PBA) 
o Os Bancos de Alimentos visam 
ESTIMULAR E PROMOVER A 
EDUCAÇÃO ALIMENTAR 
CONSCIENTE, valorizando o 
APROVEITAMENTO DOS 
ALIMENTOS E O SEU VALOR 
NUTRITIVO. Este programa 
ARRECADA OS ALIMENTOS 
que estejam em condições adequadas 
para o consumo humano, através da 
articulação com a rede convencional de 
comercialização, armazenagem e 
processamento de alimentos. 
• Programa de Agricultura Urbana 
o O programa de agricultura urbana 
conta com ações que promovem a 
PRODUÇÃO FAMILIAR DE 
ALIMENTOS DE FORMA 
COMUNITÁRIA, com uso de 
tecnologias de bases agroecológicas 
em espaços urbanos e periurbanos. 
o Destina-se a MORADORES 
URBANOS E PERIURBANOS 
contemplados com os programas 
sociais do MDS. 
• Programa Cisternas 
o A cisterna é uma tecnologia popular 
para a CAPTAÇÃO E 
ARMAZENAMENTO DE ÁGUA 
DA CHUVA e é vista como um 
componente fundamental para garantir 
a Segurança Alimentar e Nutricional 
para as famílias de baixa. Representa 
uma SOLUÇÃO DE ACESSO A 
RECURSOS HÍDRICOS PARA A 
POPULAÇÃO RURAL DO 
SEMIÁRIDO BRASILEIRO que 
sofre com os efeitos das secas 
prolongadas. 
• Programa do Leite 
o Integrante do Programa de Aquisição 
de Alimentos, este programa VISA 
PROPICIAR O CONSUMO DE 
LEITE ÀS FAMÍLIAS QUE SE 
ENCONTRAM EM ESTADO DE 
INSEGURANÇA ALIMENTAR E 
QUE POSSUEM CRIANÇAS DE 
ATÉ 06 ANOS DE IDADE OU 
IDOSOS ACIMA DOS 60 ANOS. 
Incentiva a produção a agricultura 
familiar ao garantir a compra do 
produto a um preço fixo e atende nove 
estados do Nordeste e parte de Minas 
Gerais onde se localizam grandes 
contingentes populacionais com 
carências alimentares. 
• Feiras e Mercados Populares 
o As Feiras e Mercados Populares são 
estruturas públicas que visam 
FACILITAR 
COMERCIALIZAÇÃO DOS 
PRODUTOS 
AGROPECUÁRIOS, 
ARTESANATOS E DAS 
AGROINDÚSTRIAS e dos 
agricultores familiares, assentados e 
acampados da reforma agrária. 
• Consórcio de Segurança Alimentar e 
desenvolvimento Local (CONSAD) 
o tem o objetivo de PROMOVER A 
COOPERAÇÃO ENTRE 
MUNICÍPIOS (com baixo índice de 
desenvolvimento) E 
INTERFEDERATIVA, em vista de 
GARANTIR A SEGURANÇA 
ALIMENTAR E O 
DESENVOLVIMENTO LOCAL. 
Após as discussões e a elaboração do 
Plano de Desenvolvimento Territorial, 
articula-se às ações permanentes das 
entidades participantes e apoiadoras do 
Consórcio. 
• Unidades de Beneficiamento e 
Processamento Familiar Agroalimentar 
o São ATIVIDADES 
EMPREENDEDORAS QUE 
AGREGAM VALOR AOS 
PRODUTOS AGRÍCOLAS, 
PECUÁRIOS, PESQUEIROS, 
AQÜÍCOLAS, 
EXTRATIVISTAS, 
FLORESTAIS E ARTESANAIS 
incluindo operações físicas, químicas 
ou biológicas. A produção destina-se à 
melhoria da alimentação e nutrição 
familiar, bem como ao abastecimento 
alimentar local com maior qualidade. 
• Educação Alimentar e Nutricional 
o Busca PROMOVER A 
SEGURANÇA ALIMENTAR E 
NUTRICIONAL ATRAVÉS DE 
AÇÕES EDUCATIVAS que 
conduzem a práticas alimentares mais 
adequadas, estimulando a 
AUTONOMIA DAS PESSOAS E 
COMBATENDO O 
DESPERDÍCIO. 
• Distribuição de Cestas de Alimentos a 
Grupos Específicos 
o é uma ação emergencial para assistir 
grupos específicos EM SITUAÇÃO 
DE INSEGURANÇA 
ALIMENTAR E NUTRICIONAL 
com CESTAS DE ALIMENTOS. 
Podem receber este beneficio as 
pessoas acampadas em processo de 
reforma agrária, povos indígenas, 
quilombolas, comunidades de terreiro, 
atingidos por barragens, marisqueiras, 
caranguejeiras e outros. 
• Programa Nacional de Alimentação Escolar 
(PNAE) 
o Tem o objetivo de proporcionar um 
CARDÁPIO ESCOLAR QUE 
ATENDA ÀS NECESSIDADES 
NUTRICIONAIS DOS 
ESTUDANTES enquanto 
permanecem na escola, contribuindo 
para a prática de hábitos alimentares 
saudáveis e o melhor desempenho de 
seu aprendizado. 
• Programa Nacional de Fortalecimento da 
Agricultura Familiar (PRONAF) 
o visa dar APOIO FINANCEIRO 
através de diversas 
MODALIDADES DE CRÉDITO 
às ATIVIDADES 
AGROPECUÁRIAS dos 
agricultores familiares. 
• Territórios de Cidadania 
o este programa ABRANGE 
TRANSVERSALMENTE 
VÁRIOS PROGRAMAS 
SOCIAIS JÁ EXISTENTES, num 
esforço para concentrar e coordenar 
sinergias a fim de ERRADICAR A 
FOME E A POBREZA, mediante a 
PROMOÇÃO DO 
DESENVOLVIMENTO E DA 
QUALIDADE DE VIDA. Seu 
espaço é delimitado geograficamente, 
de modo que suas ações abrangem as 
REGIÕES COM MAIOR GRAU 
DE VULNERABILIDADE 
SOCIAL E ALIMENTAR. Visa 
promover o desenvolvimentoeconômico e universalizar programas 
básicos de cidadania por meio de 
estratégias desenvolvimento territorial 
sustentáveis. 
• Programa Bolsa Família 
o é um PROGRAMA DE 
TRANSFERÊNCIA condicionada e 
direta de renda pelo Governo Federal. 
É apontado como “carro-chefe” das 
políticas sociais do Governo e 
unificador de diversas políticas sociais 
de superação da pobreza. Esta 
transferência de renda visa 
GARANTIR A DIGNIDADE 
HUMANA E A SEGURANÇA 
ALIMENTAR E NUTRICIONAL 
DA POPULAÇÃO EM 
SITUAÇÃO DE 
VULNERABILIDADE 
ALIMENTAR, NUTRICIONAL E 
SOCIAL.

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