Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
1 223 - Acumulação de Benefícios Manutenção e Perda da Qualidade de Segurado 1 . SUMÁRIO 1 . SUMÁRIO ......................................................................................................... 1 2. Introdução ......................................................................................................... 3 3. Acumulação de Benefícios ................................................................................. 4 3.1. Introdução ................................................................................................................... 4 3.2. Benefícios Inacumuláveis ............................................................................................ 5 3.3. Informações Adicionais ............................................................................................. 14 3.4. Principais Benefícios Acumuláveis ............................................................................ 14 3.4.1. Limites de acumulação: ................................................................................................................... 18 3.5. Direito Adquirido ...................................................................................................... 21 3.6. Acumulação de Salário com Benefício Previdenciário ............................................. 21 3.7. Acumulação de Benefícios do RGPS com Benefício do RPPS ................................. 22 3.8. Consequências em Caso de Acumulação Indevida .................................................. 23 3.9. Quadro Resumo de Acumulação de Benefícios ....................................................... 24 4. Manutenção da Qualidade de Segurado .......................................................... 26 4.1 – Período de Graça .................................................................................................... 26 4.1.1. Conceito .......................................................................................................................................... 26 2 223 4.2. Prazos de Manutenção da Qualidade de Segurado ................................................ 27 4.2.1. Fundamentação Legal ..................................................................................................................... 27 4.2.2. Segurado que deixar de exercer atividade remunerada ou estiver suspenso ou licenciado sem remuneração ............................................................................................................................................. 28 4.2.3. Segurado em gozo de benefício ..................................................................................................... 46 4.2.4. Segurado acometido de doença de segregação compulsória ......................................................... 59 4.2.5. Segurado detido ou recluso ............................................................................................................ 62 4.2.6. Segurado incorporado às forças armadas para prestar serviço militar ............................................. 67 4.2.7. Segurado facultativo ....................................................................................................................... 71 4.3. Direitos Preservados Durante o Período de Graça .................................................. 78 5. Perda Qualidade de Segurado ......................................................................... 79 5.1. Conceito .................................................................................................................... 79 5.2. Prazo de Reconhecimento da Perda da Qualidade de Segurado ........................... 79 5.3. Efeitos da Perda da Qualidade de Segurado ........................................................... 81 5.4. Situação Excepcional de Perda da Qualidade de Segurado ................................... 83 5.4.1. Contribuinte Individual em Débito com a Previdência Social........................................................... 83 6. Resumo da Aula ............................................................................................... 87 7. Questões Comentadas ..................................................................................... 97 7.1 . Lista de Exercícios ............................................................................................... 191 8. Gabarito Geral ............................................................................................... 216 9. Questionário de Revisão ................................................................................ 217 9.1. Respostas Comentadas do Questionário de Revisão ............................................ 218 10. Considerações Finais da Aula ....................................................................... 223 3 223 2. INTRODUÇÃO Olá meus amigos e minhas amigas! Sejam todos muito bem-vindos a mais uma aula do nosso curso de Direito Previdenciário. Vamos continuar com nosso trabalho diário de preparação, sempre com muita disciplina, rotina e comprometimento, até o dia da sua aprovação. Em nossa aula de hoje estudaremos a Acumulação dos Benefícios, bem como a Manutenção e Perda da Qualidade de Segurado. Trata-se de assuntos muito importantes e bem interessantes, cujo estudo será leve e agradável. Lembre-se sempre que o principal ponto de sua preparação não está apenas na obtenção de conhecimento, mas principalmente nas revisões periódicas e treino de exercícios, para manter o conhecimento na memória de médio/longo prazo e para ver como a banca cobra cada um dos assuntos estudados. Por tal razão, apresentaremos o conteúdo teórico seguido de diagramas, exercícios de fixação, revisão geral e questionário de revisão. A soma destes fatores irá auxiliar muito em sua retenção de conteúdo e, consequentemente, em seu processo de preparação. Que Deus os abençoe e consolide o aprendizado de hoje. 4 223 3. ACUMULAÇÃO DE BENEFÍCIOS 3.1. INTRODUÇÃO A acumulação dos benefícios securitários (Previdência Social e Assistência Social) está prevista em diversas normas do nosso ordenamento, sem ser exaurido apenas pela leitura do artigo 124 da Lei nº 8.231/91, conforme segue: ▪ Lei n.º 8.213/1991 ▪ Decreto n.º 3.048/1999 ▪ Instrução Normativa INSS n.º 77/2015, com texto atualizado até a Instrução Normativa INSS n.º 86/2016; ▪ Lei n.º 8.742/1993, com texto atualizado até a Lei nº13.146/2015; ▪ Decreto n.º 6.214/2007, com texto atualizado até o Decreto nº 8.805/2016. Observação: Em regra, é permitida a acumulação de benefícios previdenciários pelo mesmo segurado ou dependente, exceto nos casos proibidos pela legislação, seja de forma expressa, seja de forma implícita. Apesar das regras que estudaremos abaixo, deverão ser respeitados os direitos adquiridos à acumulação nas hipóteses em que o segurado ou dependente estejam acumulando benefícios que, posteriormente, foram proibidos de acumular. Assim sendo, a possibilidade ou não de acumulação de benefícios deverão ser aferidas de acordo com a lei em vigor no momento de sua ocorrência, em respeito ao princípio do Tempus Regit Actum, segundo o qual o tempo rege o ato, no sentido de que os atos jurídicos se regem pela lei da época em que ocorreram. Assim sendo, deve-se verificar a possibilidade ou não de acumulação de acordo com as regras vigentes à época de sua ocorrência. Cintia Highlight PAULO Realce 5 223 3.2. BENEFÍCIOS INACUMULÁVEIS A proteção previdenciária tem por escopo a cobertura de determinados riscos sociais eleitos pelo legislador como relevantes, de modo a merecer atenção especial da Previdência Social. Nesse sentido, tem-se que a cada um dos riscos sociais eleitos (tais como doença, invalidez, morte, redução da capacidade laborativa, proteção à maternidade, idade avançada, etc.) correspondeuma prestação previdenciária específica, destinada à cobertura da situação que, em regra, implicam em afastamento do segurado de atividade laboral que lhe garanta a sobrevivência ou o amparo a seus dependentes. Daí a instituição dos diversos benefícios, cada um tendo como pressuposto um evento específico, de modo que, em princípio, para cada situação de risco corresponderia um único benefício, uma vez que a concessão de mais de um benefício para a mesma situação é contrária à lógica da proteção previdenciária, com sérios riscos à sustentabilidade financeira e atuarial do sistema. A legislação previdenciária prevê as hipóteses em que é vedada a acumulação de benefícios, seja de forma expressa ou implícita, em razão dos princípios que norteiam o sistema ou decorrentes de incompatibilidade lógica. A seguir iremos analisar as hipóteses legais de vedação à acumulação de benefícios previdenciários no âmbito do Regime Geral de Previdência Social - RGPS, bem como aquelas em que é possível o recebimento conjunto de mais de um benefício previdenciário pelo segurado ou seus dependentes. Não é permitido acumular os seguintes benefícios: o Aposentadoria com auxílio por incapacidade temporária (auxílio-doença); o Mais de uma aposentadoria (exceto com data de início anterior a janeiro/1967, de acordo com o Decreto-lei nº 72/66, em respeito ao direito adquirido); Cintia Highlight Cintia Highlight Cintia Highlight 6 223 o Aposentadoria com abono de permanência em serviço (extinto). o Salário Maternidade com auxílio por incapacidade temporária (auxílio-doença). (Obs.: Caso a segurada esteja em gozo de auxílio por incapacidade temporária (auxílio- doença), este deverá ser suspenso durante o período de recebimento do salário- maternidade, pois são inacumuláveis, devendo ser reativado oportunamente, após a cessação do salário-maternidade, caso a segurada ainda se encontre incapaz para o trabalho); o Salário-maternidade com aposentadoria por incapacidade permanente (aposentadoria por invalidez). Obs.: O salário-maternidade pode ser acumulado com as demais aposentadorias, sendo vedada a acumulação com a aposentadoria por incapacidade permanente (aposentadoria por invalidez). o Mais de um auxílio-acidente. Quando o segurado em gozo de auxílio-acidente fizer jus a um novo auxílio-acidente, em decorrência de outro acidente ou de doença, serão comparadas as rendas mensais dos dois benefícios e mantido o benefício mais vantajoso. o Mais de uma pensão por morte deixada por cônjuge ou companheiro(a), facultado ao dependente optar pela mais vantajosa (exceto se o óbito tenha ocorrido até 28/04/1995, véspera da publicação da Lei nº 9.032/95, período em que era permitida a acumulação. Nada impede, contudo, a acumulação de mais de uma pensão por morte em outros casos, como, por exemplo, recebimento de pensão na qualidade de cônjuge e outra na qualidade de filho do segurado. o Pensão por morte deixada por cônjuge ou companheiro (a) com auxílio-reclusão de outro cônjuge ou companheiro (a), para evento ocorrido a partir de 29/04/1995, data da publicação da Lei nº 9.032/1995. Neste caso, o requerente poderá optar pelo benefício que tiver o valor mais vantajoso, ressaltando a impossibilidade de reativação da pensão, após a assinatura do termo de opção; o Auxílio-acidente com aposentadoria (após a Lei 9.528/97); o Auxílio-acidente com auxílio por incapacidade temporária (auxílio-doença), quando decorrentes da mesma causa. Cintia Highlight Cintia Highlight Cintia Highlight Cintia Highlight Cintia Highlight Cintia Highlight Cintia Highlight Cintia Highlight Cintia Highlight 7 223 o Mais de um auxílio por incapacidade temporária (auxílio-doença), inclusive acidentário, mesmo que tenha havido vínculos concomitantes, devendo somar os respectivos salários-de-contribuição para cálculo da renda mensal inicial – RMI. o Mais de um auxílio-reclusão de instituidor cônjuge ou companheiro, facultado o direito de opção pelo mais vantajoso, para evento ocorrido a partir de 29/04/1995, data da publicação da Lei nº 9.032/95. o Auxílio-reclusão pago aos dependentes, com auxílio por incapacidade temporária (auxílio-doença), aposentadoria ou abono de permanência em serviço (extinto) ou salário-maternidade do segurado recluso. (Observação: IN INSS n.º 77/2015, Art. 383, parágrafo 3º: “O segurado recluso, ainda que contribua como facultativo, NÃO TERÁ DIREITO aos benefícios de auxílio por incapacidade temporária (auxílio-doença), salário- maternidade e aposentadoria durante a percepção, pelos dependentes, do Auxílio Reclusão, permitida a opção pelo benefício mais vantajoso”. o Aposentadoria com auxílio-acidente. o Seguro-desemprego com qualquer benefício de prestação continuada da Previdência Social, exceto pensão por morte, auxílio-reclusão, auxílio-acidente, auxílio suplementar (já extinto) ou abono de permanência em serviço (extinto). o Benefícios de amparo assistencial ao idoso ou ao deficiente (Benefício de Prestação Continuada previsto na Lei Orgânica da Assistência Social - BPC da LOAS), com qualquer outro benefício no âmbito da Seguridade Social (Previdência Social ou Assistência Social) ou de outro regime (Regimes Próprios de Previdência Social), inclusive o seguro- desemprego, ressalvados o de assistência médica e a pensão especial de natureza indenizatória, bem como a remuneração advinda de contrato de aprendizagem no caso da pessoa com deficiência. A acumulação do BPC/LOAS com a remuneração advinda do contrato de aprendizagem pela pessoa com deficiência está limitada ao prazo máximo de 2 anos. o Renda mensal vitalícia com qualquer outra espécie de benefício da Previdência Social; o aposentadoria com auxílio-suplementar. Cintia Highlight Cintia Highlight Cintia Highlight Cintia Highlight Cintia Highlight Cintia Highlight Cintia Highlight Cintia Highlight Cintia Highlight 8 223 Vejamos como tais assuntos já foram cobrados em prova: (CESPE - Defensor Público Federal – Defensoria Pública da União – 2015). A respeito dos benefícios e serviços do RGPS, julgue o próximo item. A lei vigente veda a cumulação de auxílio-acidente com aposentadoria. ( ) CERTO ( ) ERRADO COMENTÁRIOS: Conforme poderemos ver abaixo, a Lei 9.528/97 não permite a cumulação de aposentadoria com o auxílio- acidente: Art. 86. O auxílio-acidente será concedido, como indenização, ao segurado quando, após consolidação das lesões decorrentes de acidente de qualquer natureza, resultarem sequelas que impliquem redução da capacidade para o trabalho que habitualmente exercia. (...) § 2º O auxílio-acidente será devido a partir do dia seguinte ao da cessação do auxílio-doença, independentemente de qualquer remuneração ou rendimento auferido pelo acidentado, vedada sua acumulação com qualquer aposentadoria. (Destaque nosso) Portanto, a assertiva está correta. Gabarito: CERTO (FCC - Juiz do Trabalho - TRT 1ª Região – 2014) (Adaptada). Julgue a assertiva abaixo: Diana está aposentada pelo Regime Geral de Previdência Social e voltou a exercer atividade assalariada, portanto sujeita a esse regime. Ocorre que, em razão de doença comum que a incapacitou para o trabalho, afastou-se por cento e vinte dias consecutivos e engravidou. Nessa situação, não havendo direito adquirido e considerando a legislação previdenciária, Diana não poderá acumular os benefícios de auxílio-doença e aposentadoria, mas poderá acumular esse último com salário-maternidade. ( ) CERTO ( ) ERRADO PAULO Realce PAULO Realce PAULO Realce PAULO Realce PAULO Realce 9 223 COMENTÁRIOS: Sabemos que benefícios de mesma natureza não são cumulativos (exceto no caso de direito adquirido). No caso de Diana, a cumulatividade é permitida, dado que na situação-problema apresentada pelo examinador, e ideia é a cumulatividadede aposentadoria com o salário-maternidade. Vejamos o que nos diz a legislação, mais especificamente a lei 8.213/9, em seu artigo 124, que trata do assunto: Art. 124. Salvo no caso de direito adquirido, não é permitido o recebimento conjunto dos seguintes benefícios da Previdência Social: I - aposentadoria e auxílio-doença; II - mais de uma aposentadoria; III - aposentadoria e abono de permanência em serviço; IV - salário-maternidade e auxílio-doença; V - mais de um auxílio-acidente; VI - mais de uma pensão deixada por cônjuge ou companheiro, ressalvado o direito de opção pela mais vantajosa. Parágrafo único. É vedado o recebimento conjunto do seguro desemprego com qualquer benefício de prestação continuada da Previdência Social, exceto pensão por morte ou auxílio-acidente. Portanto, assertiva correta Gabarito: CERTO (FCC - Juiz do Trabalho - TRT 1ª Região – 2014) (Adaptada). Julgue a assertiva abaixo: Diana está aposentada pelo Regime Geral de Previdência Social e voltou a exercer atividade assalariada, portanto sujeita a esse regime. Ocorre que, em razão de doença comum que a incapacitou para o trabalho, afastou-se por cento e vinte dias consecutivos e engravidou. Nessa situação, não havendo direito adquirido e considerando a legislação previdenciária, Diana poderá acumular os benefícios de auxílio-doença com salário-maternidade. ( ) CERTO ( ) ERRADO COMENTÁRIOS: Caso a segurada esteja em gozo de auxílio-doença, este deverá ser suspenso durante o período de recebimento do salário-maternidade, pois são inacumuláveis, devendo ser reativado oportunamente, após a cessação do salário-maternidade, caso a segurada ainda se encontre incapaz para o trabalho. Vejamos o que nos dispõe a legislação, mais especificamente a lei 8.213/9, em seu artigo 124: Art. 124. Salvo no caso de direito adquirido, não é permitido o recebimento conjunto dos seguintes benefícios da Previdência Social: PAULO Realce PAULO Realce PAULO Realce PAULO Realce PAULO Realce PAULO Realce PAULO Realce 10 223 (...) IV - salário-maternidade e auxílio-doença; (...) Portanto, assertiva incorreta Gabarito: ERRADO (FCC - Juiz do Trabalho - TRT 1ª Região – 2014) (Adaptada). Julgue a assertiva abaixo: Diana está aposentada pelo Regime Geral de Previdência Social e voltou a exercer atividade assalariada, portanto sujeita a esse regime. Ocorre que, em razão de doença comum que a incapacitou para o trabalho, afastou-se por cento e vinte dias consecutivos e engravidou. Nessa situação, não havendo direito adquirido e considerando a legislação previdenciária, Diana poderá acumular os benefícios de auxílio-doença com aposentadoria. ( ) CERTO ( ) ERRADO COMENTÁRIOS: Benefícios de mesma natureza não são cumulativos (exceto no caso de direito adquirido). Além disso, a lei ainda proíbe outras hipóteses de benefícios gozados concomitantemente. Vejamos o que nos diz a legislação, mais especificamente a lei 8.213/9, em seu artigo 124: Art. 124. Salvo no caso de direito adquirido, não é permitido o recebimento conjunto dos seguintes benefícios da Previdência Social: I - aposentadoria e auxílio-doença; (...) Portanto, assertiva incorreta Gabarito: ERRADO (Auditor e Conselheiro-Substituto/TCE-PR/CESPE/2016) Em abril de 2013, Jeane sofreu um acidente de trabalho, e o médico da empresa na qual ela trabalhava considerou-a incapaz para retornar a suas atividades e aconselhou-a a solicitar sua aposentadoria por invalidez. Representada por um advogado, Jeane ingressou diretamente em juízo com ação previdenciária, pleiteando a aposentadoria por invalidez. Nessa situação hipotética, a aposentadoria por invalidez requerida por Jeane poderá ser cumulada com o auxílio acidente. PAULO Realce PAULO Realce PAULO Realce PAULO Realce PAULO Realce 11 223 ( ) Certo ( ) Errado COMENTÁRIOS: Conforme poderemos ver abaixo, a Lei 9.528/97 não permite a cumulação de aposentadoria com o auxílio- acidente: § 1º-A. Na hipótese de manutenção das condições que ensejaram o reconhecimento do auxílio-acidente, o auxílio será devido até a véspera do início de qualquer aposentadoria ou até a data do óbito do segurado. (..) § 3º O recebimento de salário ou concessão de outro benefício, exceto de aposentadoria, observado o disposto no § 5º, não prejudicará a continuidade do recebimento do auxílio-acidente. (Destaque nosso) Nenhuma espécie de aposentadoria se acumula com o Auxílio Acidente. Assim sendo, a aposentadoria por invalidez requerida por Jeane NÃO poderá ser cumulada com o auxílio acidente. Portanto, a assertiva está incorreta. Gabarito: ERRADO (Auditor de Controle Externo - Área Procuradoria/TCEPA/CESPE/2016) O segurado do RGPS que se encontre aposentado por idade e continue trabalhando sob o mesmo regime fará jus ao auxílio-doença, caso fique temporariamente impossibilitado para o trabalho. ( ) Certo ( ) Errado COMENTÁRIOS: Atualmente, a legislação pátria não permite o acúmulo de qualquer aposentadoria com o auxílio-doença. Assim sendo, o segurado do RGPS que se encontre aposentado por idade e continue trabalhando sob o mesmo regime NÃO fará jus ao auxílio-doença, caso fique temporariamente impossibilitado para o trabalho. Gabarito: ERRADO (Auditor-Fiscal/MTE/CESPE/2013) É permitido que o segurado do RGPS receba conjuntamente os benefícios de aposentadoria por tempo de contribuição e auxílio-doença acidentário, desde que estes decorram de diferentes contingências. ( ) Certo ( ) Errado PAULO Realce PAULO Realce PAULO Realce PAULO Realce PAULO Realce PAULO Realce 12 223 COMENTÁRIOS: Conforme poderemos ver abaixo, a Lei 9.528/97 não permite a cumulação de aposentadoria com o auxílio- acidente: Art. 86. O auxílio-acidente será concedido, como indenização, ao segurado quando, após consolidação das lesões decorrentes de acidente de qualquer natureza, resultarem sequelas que impliquem redução da capacidade para o trabalho que habitualmente exercia. (...) § 1º-A. Na hipótese de manutenção das condições que ensejaram o reconhecimento do auxílio-acidente, o auxílio será devido até a véspera do início de qualquer aposentadoria ou até a data do óbito do segurado. (..) § 3º O recebimento de salário ou concessão de outro benefício, exceto de aposentadoria, observado o disposto no § 5º, não prejudicará a continuidade do recebimento do auxílio-acidente. (Destaque nosso) Nenhuma espécie de aposentadoria se acumula com o Auxílio Acidente. Assim sendo, a aposentadoria por invalidez requerida por Jeane NÃO poderá ser cumulada com o auxílio acidente. Portanto, a assertiva está incorreta. Gabarito: ERRADO (Técnico do Seguro Social/INSS/CESPE/2008) Tereza encontra-se afastada de suas atividades laborais e recebe o auxílio-doença. Nessa situação, caso engravide e tenha um filho, Tereza poderá receber, ao mesmo tempo, o auxílio-doença e o salário maternidade. ( ) Certo ( ) Errado COMENTÁRIOS: O auxílio-doença não poderá ser acumulado com o salário-maternidade. Caso a segurada esteja em gozo de auxílio-doença, este deverá ser suspenso durante o período de recebimento do salário-maternidade, pois são inacumuláveis, devendo ser reativado oportunamente, após a cessação do salário-maternidade, caso a segurada ainda se encontre incapaz para o trabalho. Vejamos o que nos dispõe a legislação, mais especificamente a lei 8.213/9, em seu artigo 124: Art. 124. Salvo no caso de direito adquirido, não é permitido o recebimento conjunto dos seguintes benefícios da Previdência Social: (...) PAULO Realce PAULO Realce 13 223 IV - salário-maternidade e auxílio-doença; (...) Portanto, assertiva incorreta Gabarito: ERRADO (FCC - Juiz do Trabalho - TRT 1ª Região – 2014) (Adaptada). Julgue a assertiva abaixo: Dianaestá aposentada pelo Regime Geral de Previdência Social e voltou a exercer atividade assalariada, portanto sujeita a esse regime. Ocorre que, em razão de doença comum que a incapacitou para o trabalho, afastou-se por cento e vinte dias consecutivos e engravidou. Nessa situação, não havendo direito adquirido e considerando a legislação previdenciária, Diana poderá acumular os benefícios de aposentadoria, auxílio- doença e salário-maternidade. ( ) CERTO ( ) ERRADO COMENTÁRIOS: Vejamos o que nos diz a legislação acerca do acúmulo de benefícios, mais especificamente a lei 8.213/91, em seu artigo 124: Art. 124. Salvo no caso de direito adquirido, não é permitido o recebimento conjunto dos seguintes benefícios da Previdência Social: I - aposentadoria e auxílio-doença; (...) IV - salário-maternidade e auxílio-doença; (...) Como vimos acima, o auxílio-doença não pode pago juntamente com qualquer aposentadoria nem tampouco com o salário-maternidade. O salário-maternidade, no entanto, pode ser acumulado com as demais aposentadorias, exceto aposentadoria por invalidez. Portanto, a assertiva está incorreta Gabarito: ERRADO PAULO Realce PAULO Realce 14 223 3.3. INFORMAÇÕES ADICIONAIS Além das informações acima, segue mais algumas informações acerca da acumulação de benefícios previdenciários: o Nos casos de aposentadoria especial, o retorno do aposentado à atividade nociva, prejudicial a sua saúde, prejudicará o recebimento de sua aposentadoria. o A partir de 23/01/2014, data do início da vigência do artigo 71-B da Lei nº 8.213/1991, o salário-maternidade que seria devido ao cidadão(ã) que veio a óbito, poderá ser pago ao cônjuge ou companheiro(a) sobrevivente (caso seja segurado do RGPS), mesmo que de forma concomitante com a pensão por morte daquele que faleceu, não ficando caracterizado neste caso uma acumulação indevida. 3.4. PRINCIPAIS BENEFÍCIOS ACUMULÁVEIS Estudamos acima as situações em que não se admite a acumulação de benefícios. Passaremos agora à análise daquelas cuja acumulação é possível. Preliminarmente devemos considerar, como regra geral, que na ausência de vedação expressa ou implícita (por incompatibilidade lógica) é possível a percepção cumulada de mais de um benefício previdenciário pelo mesmo segurado ou dependente. Partindo deste pressuposto, vamos à análise dos principais benefícios acumuláveis. É permitido acumular os seguintes benefícios: o A pensão por morte pode ser acumulada com aposentadoria, pois são benefícios com pressupostos fáticos e fatos geradores diversos. (Exemplo: Maria poderá acumular a pensão por morte recebida em virtude do óbito de seu cônjuge com sua aposentadoria por tempo de contribuição). o Salário-família com salário-maternidade. Cintia Highlight Cintia Highlight Cintia Highlight Cintia Highlight Cintia Highlight PAULO Realce 15 223 o Salário-maternidade com aposentadoria (exceto aposentadoria por incapacidade permanente) o A concessão de outro benefício, exceto o de aposentadoria, não prejudicará a continuidade do recebimento do auxílio-acidente. o Pensão por morte: é possível cumular mais de uma pensão por morte quando uma for proveniente de falecimento de cônjuge ou companheiro e a outra de falecimento de filho. Como a vedação legal é no sentido da percepção de mais de um benefício de pensão por morte instituído por cônjuge ou companheiro, em tese é possível a cumulação de pensão por morte decorrente do óbito de cônjuge com outra instituída por filho, por exemplo. Outrossim, o inciso VI do art. 124 da Lei 8213/91 somente foi introduzido no ordenamento jurídico pela Lei 9.032/95, que alterou a redação do art. 124. Desse modo, considerando as normas acerca do direito adquirido, é possível a cumulação de duas pensões por morte de cônjuge ou companheiro, desde que concessão de ambos os benefícios tenha se dado antes da alteração do mencionado artigo, facultado o direito de opção pela mais vantajosa. o É admitida a acumulação de mais de um salário-maternidade, no caso de empregos concomitantes, fazendo jus a segurada ao salário-maternidade relativo a cada emprego, nos termos do art. 98 do RPS; o Auxílio por incapacidade temporária (auxílio-doença) e auxílio-acidente: O auxílio- acidente é devido como indenização ao segurado, a partir do dia seguinte ao da cessação do auxílio-doença, independentemente de qualquer remuneração ou rendimento auferido pelo acidentado. Assim, a concessão do benefício de auxílio- acidente pressupõe a cessação do auxílio-doença anteriormente recebido, sendo indevida sua acumulação com o auxílio-doença quando as lesões forem decorrentes do mesmo fato gerador. Porém, pode ocorrer que o segurado já em gozo de auxílio- acidente venha a sofrer novo acidente que enseje a concessão de auxílio-doença, diverso daquele que deu origem ao auxílio-acidente. Neste caso será possível a acumulação dos dois benefícios. Cintia Highlight Cintia Highlight Cintia Highlight Cintia Highlight Cintia Highlight 16 223 o É admitida a acumulação de auxílio por incapacidade temporária (auxílio-doença), de auxílio-acidente ou de auxílio-suplementar, desde que originário de outro acidente ou de outra doença, com pensão por morte e/ou com abono de permanência em serviço. o Será permitida ao menor sob guarda a acumulação de recebimento de pensão por morte em decorrência do falecimento dos pais biológicos com pensão por morte de um dos seus guardiões, somente quando esta última ocorrer por determinação judicial. o É permitida a acumulação dos benefícios previdenciários do RGPS com o benefício de que trata a Lei nº 7.070/1982 (Pensão Especial aos Deficientes Físicos Portadores da Síndrome da Talidomida), que não poderá ser reduzido em razão de eventual aquisição de capacidade laborativa ou de redução de incapacidade para o trabalho ocorrida após a sua concessão. o Segundo entendimento do STJ, é admitida a acumulação de benefício previdenciário com a pensão civil ex delicto, pois possuem natureza distintas. A pensão civil tem natureza reparatória, enquanto o benefício previdenciário tem natureza contributiva e, em regra, substitutiva da remuneração do segurado. o Seguro-desemprego e auxílio-reclusão: O Decreto 3.048/99 inova ao permitir, em seu art. 167, § 2º, a acumulação de seguro-desemprego com o auxílio-reclusão, hipótese não contida no parágrafo único do art. 124. o Aposentadoria e salário-família: O artigo 18, § 2º., da n. Lei 8.213/91 versa que “o aposentado pela Regime Geral da Previdência Social – RGPS que permanecer em atividade sujeita a este Regime, ou a ele retornar, não fará jus a prestação alguma da Previdência Social em decorrência do exercício dessa atividade, exceto ao salário-família e à reabilitação profissional, quando empregado.” Assim, é garantido ao segurado aposentado que retorna à atividade o recebimento, enquanto exercer essa nova atividade remunerada, do salário-família. o O benefício de pensão especial vitalícia aos ex-combatentes de que trata o art. 53, II, do ADCT, com outro benefício no âmbito do RGPS, conforme podemos extrair da leitura a seguir: “Art. 53. Ao ex-combatente que tenha efetivamente participado de operações bélicas durante a Segunda Guerra Mundial, nos termos da Lei nº 5.315, de 12 de Cintia Highlight Cintia Highlight Cintia Highlight Cintia Highlight Cintia Highlight PAULO Realce 17 223 setembro de 1967, serão assegurados os seguintes direitos: (…) II – pensão especial correspondente à deixada por segundo-tenente das Forças Armadas, que poderá ser requerida a qualquer tempo, sendo inacumulável com quaisquer rendimentos recebidos dos cofres públicos, exceto os benefícios previdenciários, ressalvado o direito de opção”. o O benefício de pensão especial vitalícia de seringueiro “soldados da borracha” de que trata o art.54 do ADCT, com outro benefício no âmbito do RGPS. Obs.: Ficaram conhecidos como os Soldados da Borracha os seringueiros que foram trabalhar na Amazônia extraindo látex para a fabricação de pneumáticos que seriam utilizados pelos ‘aliados’ na segunda guerra mundial. Vejamos o que dispõe o art. 54 do ADCT: “Art. 54. Os seringueiros recrutados nos termos do Decreto-Lei nº 5.813, de 14 de setembro de 1943, e amparados pelo Decreto-Lei nº 9.882, de 16 de setembro de 1946, receberão, quando carentes, pensão mensal vitalícia no valor de dois salários mínimos. § 1º O benefício é estendido aos seringueiros que, atendendo a apelo do Governo brasileiro, contribuíram para o esforço de guerra, trabalhando na produção de borracha, na Região Amazônica, durante a Segunda Guerra Mundial. § 2º Os benefícios estabelecidos neste artigo são transferíveis aos dependentes reconhecidamente carentes. § 3º A concessão do benefício far-se-á conforme lei a ser proposta pelo Poder Executivo dentro de cento e cinquenta dias da promulgação da Constituição”. A TNU fixou a tese de que o benefício de pensão especial vitalícia de seringueiro “soldados da borracha” de que trata o art. 54 do ADCT, pode ser cumulado com outro benefício no âmbito do RGPS, ante a inexistência de vedação legal. No âmbito do STJ este entendimento também já foi adotado, como se pode ver do julgamento do REsp 501.035: “Decidindo que não há vedação legal na cumulação da pensão especial de seringueiro com a aposentadoria por idade, não há reparo a fazer ao acórdão atacado, pois realmente não pode a Administração, por meio de ato regulamentador, impor restrição não existente na lei”. Cintia Highlight 18 223 3.4.1. Limites de acumulação: Com a reforma da previdência, continuou sendo vedada a acumulação de mais de uma pensão por morte deixada por cônjuge ou companheiro, no âmbito do mesmo regime de previdência social, havendo a possibilidade de se escolher o benefício mais vantajoso. Entretanto, pode-se acumular: • pensão por morte deixada por cônjuge ou companheiro de um regime de previdência social com pensão por morte concedida por outro regime de previdência social ou com pensões decorrentes das atividades militares; • pensão por morte deixada por cônjuge ou companheiro de um regime de previdência social com aposentadoria concedida no âmbito do Regime Geral de Previdência Social ou de regime próprio de previdência social; • pensões decorrentes das atividades militares com aposentadoria concedida no âmbito do Regime Geral de Previdência Social ou de regime próprio de previdência social. Até aqui essas regras se mantiveram. A novidade da Reforma da Previdência é que no caso de acumulação desses benefícios acima, não mais se receberá o valor integral de cada um deles, como era antes. Fica garantido o recebimento do valor integral (100%) do benefício mais vantajoso, ou seja, o benefício de maior valor, e dos demais benefícios, será recebida uma porcentagem. A forma de cálculo da porcentagem dos demais benefícios será a seguinte: Se a soma dos demais benefícios for: A porcentagem a ser recebida de cada benefício será: Até 2 salários mínimos 60% Maior que 2 até 3 salários mínimos 40% Maior que 3 até 4 salários mínimos 20% Maior que 4 salários mínimos 10% Cintia Highlight Cintia Highlight Cintia Highlight Cintia Highlight Cintia Highlight PAULO Realce 19 223 Algumas observações: • Sempre será recebido o valor integral do benefício de maior valor. A porcentagem é aplicada nos demais benefícios que estejam sendo acumulados; • Quando se acumula duas ou mais pensões por morte, essa forma de cálculo se aplica se uma das pensões é deixada por cônjuge ou companheiro. Portanto, se uma criança ficar órfã e tiver direito a receber uma pensão por morte deixada pela mãe e outra pensão por morte deixada pelo pai, independente do regime a que pertençam essas pensões, a criança irá receber o valor integral de cada uma delas. • As novas regras não prejudicam os direitos adquiridos antes de elas entrarem em vigor. Exemplo: Ester aposentou-se por tempo de contribuição no RGPS, recebendo mensalmente R$2.500,00 de proventos. Em 14/11/19, um dia após a entrada em vigor da EC 103/19, o marido de Ester, que também era aposentado pelo RGPS e recebia R$3.000,00 de proventos, veio a falecer. Dessa forma, a pensão por morte de Ester será calculada da seguinte forma: Por Ester ser a única dependente, seria devido, a título de pensão, 60% do valor da aposentadoria de seu cônjuge, ou seja R$1.800,00. (60% x 3.000,00 = 1.800,00); Entretanto, por Ester já receber aposentadoria no âmbito do RGPS, ela não receberá integralmente os dois benefícios. Ela receberá 100% do benefício de maior valor, que é sua aposentadoria de R$2.500,00, mais uma porcentagem da pensão por morte. O valor da pensão por morte calculada é de R$1.800,00, valor inferior a 2 salários mínimos. Portanto, olhando na tabela apresentada anteriormente, Ester receberá 60% do valor total do benefício, o que dará R$1.080,00. Portanto, Ester receberá R$2.500,00 de aposentadoria e R$1.080,00 de pensão por morte. Vejamos como tais assuntos já foram cobrados em prova: 20 223 (CESPE - Defensor Público Federal – Defensoria Pública da União – 2015). A respeito dos benefícios e serviços do RGPS, julgue o próximo item. É vedada a cumulação da pensão por morte de trabalhador rural com o benefício da aposentadoria por invalidez, uma vez que ambos os casos apresentam pressupostos fáticos e fatos geradores análogos. ( ) CERTO ( ) ERRADO COMENTÁRIOS: Enquanto aposentadorias possuem como beneficiários os próprios segurados, pensão por morte e o auxílio- reclusão possuem como beneficiários os dependentes. Assim sendo, nestes casos não há que se falar em proibição de cumulação. A pensão por morte, portanto, pode ser acumulada com aposentadoria, pois são benefícios com pressupostos fáticos e fatos geradores diversos. (Exemplo: Maria poderá acumular a pensão por morte recebida em virtude do óbito de seu cônjuge com sua aposentadoria por tempo de contribuição). Gabarito: ERRADO. (FCC - Juiz do Trabalho - TRT 1ª Região – 2014) (Adaptada). Julgue a assertiva abaixo: Diana está aposentada pelo Regime Geral de Previdência Social e voltou a exercer atividade assalariada, portanto sujeita a esse regime. Ocorre que, em razão de doença comum que a incapacitou para o trabalho, afastou-se por cento e vinte dias consecutivos e engravidou. Nessa situação, não havendo direito adquirido e considerando a legislação previdenciária, Diana não poderá acumular nenhum tipo de benefício previdenciário. ( ) CERTO ( ) ERRADO COMENTÁRIOS: Benefícios de mesma natureza, em regra, não são cumulativos (exceto no caso de direito adquirido). Mas a lei, apesar de proibir o gozo de alguns benefícios concomitantemente, permite- o em outras hipóteses (por exemplo, Diana poderia gozar da aposentadoria com o salário maternidade). Vejamos o que nos diz a legislação, mais especificamente a lei 8.213/9, em seu artigo 124: PAULO Realce PAULO Realce PAULO Realce PAULO Realce PAULO Realce PAULO Realce PAULO Realce PAULO Realce PAULO Realce PAULO Realce PAULO Realce PAULO Realce PAULO Realce 21 223 Art. 124. Salvo no caso de direito adquirido, não é permitido o recebimento conjunto dos seguintes benefícios da Previdência Social: I - aposentadoria e auxílio-doença; II - mais de uma aposentadoria; III - aposentadoria e abono de permanência em serviço; IV - salário-maternidade e auxílio-doença; V - mais de um auxílio-acidente; VI - mais de uma pensão deixada por cônjuge ou companheiro, ressalvado o direito de opção pela mais vantajosa. Parágrafo único. É vedado o recebimento conjunto do seguro desemprego com qualquer benefício de prestação continuada da Previdência Social, exceto pensãopor morte ou auxílio-acidente. Preliminarmente devemos considerar, como regra geral, que na ausência de vedação expressa ou implícita (por incompatibilidade lógica) é possível a percepção cumulada de mais de um benefício previdenciário pelo mesmo segurado ou dependente. Portanto, a assertiva está incorreta. Gabarito: ERRADO 3.5. DIREITO ADQUIRIDO Merece destaque a menção feita no caput do art. 124 da Lei n. 8.213/91 às situações de direito adquirido. Isto porque, como é cediço, a concessão e manutenção de benefícios previdenciários deve observar princípio tempus regit actum, de modo que deverá ser respeitado o direito adquirido à acumulação, na hipótese de o segurado ou dependente ter acumulado benefícios que, posteriormente, passaram a não mais poder ser acumulados, devendo a possibilidade ou não de acumulação ser verificada de acordo com as regras vigentes à época de sua ocorrência. 3.6. ACUMULAÇÃO DE SALÁRIO COM BENEFÍCIO PREVIDENCIÁRIO o Salvo nos casos de aposentadoria por incapacidade permanente, o retorno do aposentado à atividade não prejudica o recebimento de sua aposentadoria, que será mantida no seu valor integral. o O recebimento de salário não prejudicará o recebimento do auxílio-acidente. Cintia Highlight Cintia Highlight Cintia Highlight PAULO Realce PAULO Realce PAULO Realce 22 223 o É permitido ao segurado acumular o recebimento de salário e salário-família. Tal acúmulo faz parte da própria essência do salário-família. o A acumulação do BPC/LOAS com a remuneração advinda do contrato de aprendizagem pela pessoa com deficiência é permitida, porém está limitada ao prazo máximo de 2 anos. o Por outro lado, é vedado o recebimento concomitante de salários com: o Auxílio por incapacidade temporária; o Auxílio-maternidade; o Auxílio-reclusão; e o Aposentadoria por incapacidade permanente. 3.7. ACUMULAÇÃO DE BENEFÍCIOS DO RGPS COM BENEFÍCIO DO RPPS o Não existe na legislação previdenciária proibição à acumulação de aposentadorias em regimes distintos (uma no RGPS e outra no RPPS), desde que sejam computados os tempos de contribuição realizados em atividades concomitantes em cada sistema previdenciário, com a respectiva contribuição para cada regime. o Não há óbice, em princípio, ao recebimento de duas pensões por morte, ambas decorrentes de falecimento de cônjuge ou companheiro, desde que sejam oriundas de regimes previdenciários distintos, observados os limites de acumulação apresentados acima. Vejamos como tais assuntos já foram cobrados em prova: (CESPE - Defensor - Defensoria Pública do Estado de Pernambuco - 2015). Julgue o item abaixo, relativo a regimes previdenciários. Segundo a legislação, é vedado ao segurado receber mais de uma aposentadoria do RGPS. Entretanto, não há impedimento a que o segurado receba aposentadoria desse regime e aposentadoria por tempo de contribuição do serviço público. Cintia Highlight Cintia Highlight Cintia Highlight PAULO Realce PAULO Realce 23 223 ( ) CERTO ( ) ERRADO COMENTÁRIOS: De fato, a assertiva está correta. Não existe na legislação previdenciária proibição à acumulação de aposentadorias em regimes distintos (uma no RGPS e outra no RPPS, por exemplo), desde que sejam computados os tempos de serviços realizados em atividades concomitantes em cada sistema previdenciário, com a respectiva contribuição para cada regime. Ademias, nota-se claramente que não há transgressão a lei ao receber até três aposentadorias, desde que sejam de regimes diferenciados (RGPS, RPPS e Previdência Complementar). Gabarito: CORRETO 3.8. CONSEQUÊNCIAS EM CASO DE ACUMULAÇÃO INDEVIDA Comprovada a acumulação indevida, deverá ser mantido o benefício concedido de forma regular e cessados ou suspensos os demais, adotando-se as providências necessárias quanto à regularização e à cobrança dos valores recebidos indevidamente, observada a prescrição quinquenal. As importâncias recebidas indevidamente por beneficiário, nos casos de dolo, má-fé ou erro da Previdência Social, deverão ser restituídas. O titular de benefício previdenciário que se enquadrar no direito ao recebimento de benefício assistencial será facultado o direito de renúncia e de opção pelo mais vantajoso, exceto nos casos de aposentadoria por idade, tempo de contribuição e especial, haja vista o contido no art. 181-B do RPS, que afirma que “As aposentadorias por idade, tempo de contribuição e especial concedidas pela previdência social, na forma deste Regulamento, são irreversíveis e irrenunciáveis.”. O direito de opção poderá ser exercido uma única vez. Cintia Highlight PAULO Realce 24 223 3.9. QUADRO RESUMO DE ACUMULAÇÃO DE BENEFÍCIOS Observação 1*: É vedada a acumulação de mais de uma pensão por morte deixada por cônjuge ou companheiro(a), facultado ao dependente optar pela mais vantajosa (exceto se o óbito tenha ocorrido até 28/04/1995, véspera da publicação da Lei nº 9.032/95, período em que era permitida a acumulação). Nada impede, contudo, a acumulação de mais de uma pensão por morte em outros casos, como, por exemplo, recebimento de pensão na qualidade de cônjuge e outra na qualidade de filho do segurado. Observação 2*: Somente será vedada a acumulação do auxílio-acidente com auxílio por incapacidade temporária (auxílio-doença), quando decorrentes da mesma causa. Se forem decorrentes de causas distintas, a acumulação será permitida. APESENT. INVALIDEZ APOSENT. IDADE APOSEENT. TEMPO CONTRIB. APOSENT. ESPECIAL AUXÍLIO DOENÇA SALÁRIO FAMÍLIA SALÁRIO MATERNID. AUXÍLIO ACIDENTE PENSÃO POR MORTE AUXÍLIO RECLUSÃO ABONO DE PERMAN. SEGURO DESEMPREGO BCP / LOAS APESENT. INVALIDEZ NÃO NÃO NÃO NÃO NÃO SIM NÃO NÃO SIM NÃO NÃO NÃO NÃO APOSENT. IDADE NÃO NÃO NÃO NÃO NÃO SIM SIM NÃO SIM NÃO NÃO NÃO NÃO APOSEENT. TEMPO CONTRIB. NÃO NÃO NÃO NÃO NÃO SIM SIM NÃO SIM NÃO NÃO NÃO NÃO APOSENT. ESPECIAL NÃO NÃO NÃO NÃO NÃO SIM SIM NÃO SIM NÃO NÃO NÃO NÃO AUXÍLIO DOENÇA NÃO NÃO NÃO NÃO NÃO SIM NÃO Obs: 2* SIM Obs: 5* # NÃO NÃO SALÁRIO FAMÍLIA SIM SIM SIM SIM SIM SIM SIM SIM SIM SIM # NÃO NÃO SALÁRIO MATERNIDADE NÃO SIM SIM SIM NÃO SIM SIM SIM Obs: 6* NÃO # NÃO NÃO AUXÍLIO ACIDENTE NÃO NÃO NÃO NÃO Obs: 2* SIM SIM NÃO SIM SIM # SIM NÃO PENSÃO POR MORTE SIM SIM SIM SIM SIM SIM Obs: 6* SIM Obs: 1* Obs: 3* # SIM NÃO AUXÍLIO RECLUSÃO NÃO NÃO NÃO NÃO Obs: 5* SIM NÃO SIM Obs: 3* Obs: 4* NÃO SIM NÃO ABONO DE PERMANÊNCIA NÃO NÃO NÃO NÃO # # # # # NÃO SIM SIM NÃO SEGURO DESEMPREGO NÃO NÃO NÃO NÃO NÃO NÃO NÃO SIM SIM SIM SIM NÃO NÃO BCP / LOAS NÃO NÃO NÃO NÃO NÃO NÃO NÃO NÃO NÃO NÃO NÃO NÃO NÃO 25 223 Observação 3*: É vedada a pensão por morte deixada por cônjuge ou companheiro(a) com auxílio-reclusão de outro cônjuge ou companheiro (a), para evento ocorrido a partir de 29/04/1995, data da publicação da Lei nº 9.032/1995. Neste caso, o requerente poderá optar pelo benefício que tiver o valor mais vantajoso, ressaltando a impossibilidade de reativação da pensão, após a assinatura do termo de opção. Nada impede, contudo, a acumulação de pensão por morte com auxílio-reclusão em outros casos, como, por exemplo, recebimento de pensão na qualidade de cônjuge e auxílio-reclusão na qualidade de filho do segurado. Observação 4*: É vedada a acumulação de mais de um auxílio-reclusão de instituidor cônjuge ou companheiro, para evento ocorrido a partir de 29 de abril de 1995, data da publicação da Lei nº 9.032, de 28 de abril de 1995, facultado o direito de opção pelo mais vantajoso. Nada impede, contudo, a acumulação mais de auxílio-reclusão em outros casos, como, por exemplo, recebimento de auxílio- reclusão na qualidade de cônjuge e auxílio-reclusão na qualidade de filho do segurado. Observação 5*: O segurado recluso, ainda que exerça atividade remunerada na unidade prisional, somente poderá contribuir comosegurado facultativo e não poderá acumular o benefício de auxílio-reclusão pago aos dependentes com auxílio por incapacidade temporária (auxílio-doença) do mesmo instituidor que se encontra preso. Observação 6*: a partir de 23/01/2014, data do início da vigência do artigo 71-B da Lei nº 8.213/1991, o salário-maternidade que seria devido ao cidadão(ã) que veio a óbito, poderá ser pago ao cônjuge ou companheiro(a) sobrevivente, mesmo que de forma concomitante com a pensão por morte daquele que faleceu, não ficando caracterizado neste caso uma acumulação indevida. 26 223 MANUTENÇÃO E PERDA DA QUALIDADE DE SEGURADO 4. MANUTENÇÃO DA QUALIDADE DE SEGURADO 4.1 – PERÍODO DE GRAÇA 4.1.1. Conceito Como já estudado, a previdência social brasileira possui caráter contributivo e compulsório, exigindo-se o pagamento de contribuições previdenciárias para a ocorrência de sua filiação e manutenção como segurado. Assim sendo, para o segurado obrigatório manter sua qualidade de segurado, deverá exercer atividade remunerada, reconhecida como de filiação obrigatória ao RGPS e, no caso do segurado facultativo, enquanto estiver recolhendo suas contribuições previdenciárias. Outrossim, também estudamos um importante princípio aplicado à Seguridade Social brasileira, que serve como pedra fundamental do nosso regime previdenciário: o Princípio da Solidariedade. Assim sendo, quem contribui para a Seguridade Social não o faz apenas para si, mas para toda a sociedade. Desta forma, não seria justo que no momento de maior dificuldade financeira, principalmente após perder o emprego ou deixar de exercer sua atividade laborativa por qualquer outra razão, acarretando a cessação das contribuições, perdesse imediatamente a condição de segurado. Para ajustar esta situação, o art. 15 da Lei 8.213/91 (bem como o art. 13 do Regulamento da Previdência Social – RPS) prevê lapsos temporais nas quais o segurado, mesmo sem exercer atividade remunerada e sem verter contribuições ao fundo previdenciário, mantém a qualidade de segurado. Para tal período, em que o segurado mantém esta qualidade mesmo sem trabalhar e sem recolher contribuições, a doutrina denomina período de graça ou manutenção extraordinária da qualidade de segurado. 27 223 4.2. PRAZOS DE MANUTENÇÃO DA QUALIDADE DE SEGURADO 4.2.1. Fundamentação Legal De acordo com o art. 15 da Lei 8.213/91, combinado com o art. 15 da Lei 8.213/91, mantém a qualidade de segurado, independentemente de contribuições, pelos seguintes prazos e nas seguintes circunstâncias: Art. 15. Mantém a qualidade de segurado, independentemente de contribuições: I - sem limite de prazo, quem está em gozo de benefício, exceto do auxílio-acidente; II - até doze meses após a cessação de benefício por incapacidade ou após a cessação das contribuições, o segurado que deixar de exercer atividade remunerada abrangida pela previdência social ou estiver suspenso ou licenciado sem remuneração ou que deixar de receber o benefício de Seguro-Desemprego; III - até doze meses após cessar a segregação, o segurado acometido de doença de segregação compulsória; IV - até doze meses após o livramento, o segurado detido ou recluso; V - até três meses após o licenciamento, o segurado incorporado às Forças Armadas para prestar serviço militar; e VI - até seis meses após a cessação das contribuições, o segurado facultativo. Período de Graça Período em que uma pessoa filiada à previdência social mantém sua qualidade de segurado, independentemente do recolhimento de contribuições Durante o período de graça, seus direitos previdenciários são preservados Só se pode manter a qualidade de segurado, se você for segurado. Cintia Highlight Cintia Highlight Cintia Highlight 28 223 § 1º O prazo do inciso II será prorrogado para até 24 (vinte e quatro) meses se o segurado já tiver pago mais de 120 (cento e vinte) contribuições mensais sem interrupção que acarrete a perda da qualidade de segurado. § 2º Os prazos do inciso II ou do § 1º serão acrescidos de 12 (doze) meses para o segurado desempregado, desde que comprovada essa situação pelo registro no órgão próprio do Ministério do Trabalho e da Previdência Social. § 3º Durante os prazos deste artigo, o segurado conserva todos os seus direitos perante a Previdência Social. § 4º A perda da qualidade de segurado ocorrerá no dia seguinte ao do término do prazo fixado no Plano de Custeio da Seguridade Social para recolhimento da contribuição referente ao mês imediatamente posterior ao do final dos prazos fixados neste artigo e seus parágrafos. (Grifos nossos) 4.2.2. Segurado que deixar de exercer atividade remunerada ou estiver suspenso ou licenciado sem remuneração O segurado que deixar de exercer atividade remunerada abrangida pela Previdência Social ou estiver suspenso ou licenciado sem remuneração, ou que deixar de receber o seguro desemprego manterá a qualidade de segurado (período de graça), por até 12 meses, independentemente do recolhimento de contribuições. Tal prazo poderá ser aumentado para 24 meses, se o segurado já tiver pago mais de 120 contribuições mensais sem interrupção que acarrete a perda da qualidade de segurado. Quaisquer dos prazos acima (seja 12 meses ou 24 meses, conforme o caso), serão acrescidos de mais 12 meses para o segurado desempregado, desde que comprovado o desemprego involuntário por registro no órgão próprio do Ministério do Trabalho e Emprego, podendo comprovar tal condição, dentre outras formas: • por comprovação do recebimento do seguro-desemprego; ou • pela inscrição cadastral no Sistema Nacional de Emprego - SINE, órgão responsável pela política de emprego nos Estados da federação. Apesar do INSS não aceitar outros meios de prova, a Turma Nacional de Uniformização – TNU, competente para processar e julgar pedido de uniformização de interpretação de lei federal, editou o enunciado de Súmula 27, aduzindo que “A ausência de registro em órgão Cintia Highlight Cintia Highlight Cintia Highlight Cintia Highlight 29 223 do Ministério do Trabalho não impede a comprovação do desemprego por outros meios admitidos em Direito”. Segundo o STJ, admite-se, inclusive, prova testemunhal. O STJ também tem entendido que a ausência de anotação laboral na carteira de trabalho do segurado não é suficiente para comprovar sua situação de desemprego, uma vez que a ausência de anotação na CTPS não afasta possível exercício de atividade remunerada na informalidade. Resumidamente, podemos afirmar que o período de graça do segurado que deixar de exercer atividade remunerada ou estiver suspenso ou licenciado sem remuneração poderá ser: • 12 meses: o caso o segurado tenha até 120 contribuições mensais. • 24 meses: o caso o segurado tenha mais de 120 contribuições mensais sem interrupção que acarrete a perda da qualidade de segurado; ou o caso o segurado tenha 120 contribuições mensais ou menos , mas comprove que permanece em situação de desemprego involuntário. • 36 meses: o caso o segurado tenha mais de 120 contribuições mensais sem interrupção que acarrete a perda da qualidade de segurado e comprove, também, que permanece em situação de desemprego involuntário. Cintia Highlight Cintia Highlight 30 223 Até 12 meses No caso de segurado que deixar de exercer atividade remunerada abrangida pela Previdência Social Após a cessação do benefício por incapacidade Após a cessação das contribuições No caso de segurado que estiver suspenso ou licenciado sem remuneração se recolhidas até 120 contribuições mensais Até 24 meses Após a cessação do benefício por incapacidade Após a cessação das contribuições se recolhidas mais de 120 contribuições mensais sem interrupção que acarrete a perda da qualidade de segurado No caso de segurado que deixar de exercer atividade remuneradaabrangida pela Previdência Social No caso de segurado que estiver suspenso ou licenciado sem remuneração + 12 meses Desemprego involuntário Comprove a situação pelo registro no órgão próprio do MTE (SINE, seguro desemprego) ou por outros meios admitidos em direito. se recolhidas até 120 contribuições mensais e o segurado comprovar que está involuntariamente desempregado se recolhidas mais de 120 contribuições mensais e o segurado comprovar que está involuntariamente desempregado até 24 meses (12 + 12) até 36 meses (24 + 12) ou seja: Cintia Highlight Cintia Highlight Cintia Highlight Cintia Highlight 31 223 Vejamos como tais assuntos já foram cobrados em prova: (CESPE - Procurador – Procuradoria Geral do Estado de Pernambuco – 2018) (QUESTÃO ADAPTADA) Hélio, filiado ao RGPS há mais de dez anos, foi demitido do emprego em fevereiro de 2018, interrompendo o recolhimento das contribuições sociais. Nesse caso, Hélio manterá a qualidade de segurado até a readmissão em novo emprego, desde que esta ocorra no prazo de quarenta e oito meses. CERTO ( ) ERRADO ( ) COMENTÁRIOS: O prazo no qual a pessoa mantém seus direitos perante a previdência social, independentemente de qualquer contribuição, é chamado de Período de Graça. Suas regras estão presentes no art. 15 da Lei 8.213/91. Para responder essa questão vamos consultar este artigo: Art. 15. Mantém a qualidade de segurado, independentemente de contribuições: [...] II - até 12 (doze) meses após a cessação das contribuições, o segurado que deixar de exercer atividade remunerada abrangida pela Previdência Social, que estiver suspenso ou licenciado sem remuneração ou que deixar de receber o benefício de Seguro-Desemprego; [...] § 1º O prazo do inciso II será prorrogado para até 24 (vinte e quatro) meses se o segurado já tiver pago mais de 120 (cento e vinte) contribuições mensais sem interrupção que acarrete a perda da qualidade de segurado. § 2º Os prazos do inciso II ou do § 1º serão acrescidos de 12 (doze) meses para o segurado desempregado, desde que comprovada essa situação pelo registro no órgão próprio do Ministério do Trabalho e da Previdência Social. (Destaques Nossos). Conforme podemos conferir no enunciado, Helio já contribui há mais de 10 anos (tendo recolhido, portanto, mais de 120 contribuições) e, por tal razão, tem o direito a um período de graça de 24 meses. Caso seja comprovada a situação de desemprego ele tem direito a 36 meses de período de graça. Em nenhum caso manterá sua qualidade de segurado por 48 meses. Portanto, alternativa incorreta. Gabarito: ERRADO. PAULO Realce PAULO Realce PAULO Realce PAULO Realce PAULO Realce PAULO Realce PAULO Realce PAULO Realce PAULO Realce 32 223 (CESPE - Procurador – Procuradoria Geral do Estado de Pernambuco – 2018) (QUESTÃO ADAPTADA) Hélio, filiado ao RGPS há mais de dez anos, foi demitido do emprego em fevereiro de 2018, interrompendo o recolhimento das contribuições sociais. Nesse caso, Hélio perderá a qualidade de segurado se não voltar a contribuir para o regime geral de previdência social, ainda que como facultativo, em até sessenta dias após a demissão. CERTO ( ) ERRADO ( ) COMENTÁRIOS: O prazo no qual a pessoa mantém seus direitos perante a previdência social, independentemente de qualquer contribuição, é chamado de Período de Graça. Suas regras estão presentes no art. 15 da Lei 8.213/91. Assim sendo, para responder essa questão vamos consultar o mencionado artigo: Art. 15. Mantém a qualidade de segurado, independentemente de contribuições: [...] II - até 12 (doze) meses após a cessação das contribuições, o segurado que deixar de exercer atividade remunerada abrangida pela Previdência Social, que estiver suspenso ou licenciado sem remuneração ou que deixar de receber o benefício de Seguro-Desemprego; [...] § 1º O prazo do inciso II será prorrogado para até 24 (vinte e quatro) meses se o segurado já tiver pago mais de 120 (cento e vinte) contribuições mensais sem interrupção que acarrete a perda da qualidade de segurado. § 2º Os prazos do inciso II ou do § 1º serão acrescidos de 12 (doze) meses para o segurado desempregado, desde que comprovada essa situação pelo registro no órgão próprio do Ministério do Trabalho e da Previdência Social. (Destaques Nossos). Conforme podemos conferir no enunciado, Helio já contribui há mais de 10 anos (tendo recolhido, portanto, mais de 120 contribuições). Desta forma, tem o direito a um período de graça de 24 meses e, caso seja comprovada a situação de desemprego, ele terá direito a 36 meses de período de graça. Assim sendo, não existe a obrigatoriedade de Hélio contribuir para o RGPS dentro de 60 dias após sua demissão para manter a qualidade de segurado. Portanto, alternativa incorreta. Gabarito: ERRADO. (CESPE – Procurador – Procuradoria Geral do Estado de Pernambuco – 2018) (QUESTÃO ADAPTADA) Hélio, filiado ao RGPS há mais de dez anos, foi demitido do emprego em fevereiro de 2018, interrompendo o recolhimento das contribuições sociais. Nesse caso, Hélio perdeu a qualidade de segurado, automaticamente, na data da demissão, se esta ocorreu por justa causa. PAULO Realce PAULO Realce PAULO Realce PAULO Realce PAULO Realce PAULO Realce PAULO Realce PAULO Realce PAULO Realce PAULO Realce PAULO Realce 33 223 CERTO ( ) ERRADO ( ) COMENTÁRIOS: O prazo no qual a pessoa mantém seus direitos perante a previdência social, independentemente de qualquer contribuição, é chamado de Período de Graça. Suas regras estão presentes no art. 15 da Lei 8.213/91. Assim sendo, para responder essa questão vamos consultar o mencionado artigo: Art. 15. Mantém a qualidade de segurado, independentemente de contribuições: [...] II - até 12 (doze) meses após a cessação das contribuições, o segurado que deixar de exercer atividade remunerada abrangida pela Previdência Social, que estiver suspenso ou licenciado sem remuneração ou que deixar de receber o benefício de Seguro-Desemprego; [...] § 1º O prazo do inciso II será prorrogado para até 24 (vinte e quatro) meses se o segurado já tiver pago mais de 120 (cento e vinte) contribuições mensais sem interrupção que acarrete a perda da qualidade de segurado. § 2º Os prazos do inciso II ou do § 1º serão acrescidos de 12 (doze) meses para o segurado desempregado, desde que comprovada essa situação pelo registro no órgão próprio do Ministério do Trabalho e da Previdência Social. (Destaques Nossos). Conforme podemos conferir no enunciado, Helio já contribui há mais de 10 anos (tendo recolhido, portanto, mais de 120 contribuições). Desta forma, tem o direito a um período de graça de 24 meses e, caso seja comprovada a situação de desemprego, ele terá direito a 36 meses de período de graça. No caso em questão, Hélio não perderá sua qualidade de segurado na data de sua demissão, pois, mesmo sendo demitido por justa causa, manterá a qualidade de segurado durante o período de graça. Portanto, alternativa incorreta. Gabarito: ERRADO. (CESPE – Procurador – Procuradoria Geral do Estado de Pernambuco – 2018) (QUESTÃO ADAPTADA) Hélio, filiado ao RGPS há mais de dez anos, foi demitido do emprego em fevereiro de 2018, interrompendo o recolhimento das contribuições sociais. Nesse caso, Hélio manterá a qualidade de segurado por cento e vinte dias, a partir da homologação da demissão. CERTO ( ) ERRADO ( ) COMENTÁRIOS: PAULO Realce PAULO Realce PAULO Realce PAULO Realce 34 223 O prazo no qual a pessoa mantém seus direitos perante a previdência social, independentemente de qualquer contribuição, é chamado de Período de Graça. Suas regras estão presentes no art. 15 da Lei 8.213/91. Assim sendo, para responder essa questão vamos consultar o mencionado artigo: Art. 15. Mantém a qualidade de segurado, independentementede contribuições: [...] II - até 12 (doze) meses após a cessação das contribuições, o segurado que deixar de exercer atividade remunerada abrangida pela Previdência Social que estiver suspenso ou licenciado sem remuneração ou que deixar de receber o benefício de Seguro-Desemprego; [...] § 1º O prazo do inciso II será prorrogado para até 24 (vinte e quatro) meses se o segurado já tiver pago mais de 120 (cento e vinte) contribuições mensais sem interrupção que acarrete a perda da qualidade de segurado. § 2º Os prazos do inciso II ou do § 1º serão acrescidos de 12 (doze) meses para o segurado desempregado, desde que comprovada essa situação pelo registro no órgão próprio do Ministério do Trabalho e da Previdência Social. (Destaques Nossos). Conforme podemos conferir no enunciado, Helio já contribui há mais de 10 anos (tendo recolhido, portanto, mais de 120 contribuições) e, por tal razão, tem o direito a um período de graça de 24 meses. Caso seja comprovada a situação de desemprego ele tem direito a 36 meses de período de graça. Provavelmente o examinador tentou confundir o candidato com o número “120”, mencionado na legislação que trata do assunto. Contudo, como vimos, tal número refere-se à quantidade de contribuições acima da qual o segurado terá direito à prorrogação do “período de graça”. Gabarito: ERRADO. (CESPE - Especialista – FUNPRESP –2016). A respeito do regramento do RGPS sobre manutenção da qualidade de segurado e salário-família, julgue o item seguinte. Empregado demitido de determinada empresa após ter contribuído por quinze anos de serviço manterá a qualidade de segurado por até trinta e seis meses, caso comprove a situação de desemprego em órgão próprio da previdência social. CERTO ( ) ERRADO ( ) COMENTÁRIOS: O prazo no qual a pessoa mantém seus direitos perante a previdência social, independentemente de qualquer contribuição, é chamado de Período de Graça. Suas regras estão presentes no art. 15 da Lei 8.213/91. Para responder essa questão vamos consultar este artigo: Art. 15. Mantém a qualidade de segurado, independentemente de contribuições: [...] PAULO Realce PAULO Realce PAULO Realce PAULO Realce PAULO Realce 35 223 II - até 12 (doze) meses após a cessação das contribuições, o segurado que deixar de exercer atividade remunerada abrangida pela Previdência Social que estiver suspenso ou licenciado sem remuneração ou que deixar de receber o benefício de Seguro-Desemprego; [...] § 1º O prazo do inciso II será prorrogado para até 24 (vinte e quatro) meses se o segurado já tiver pago mais de 120 (cento e vinte) contribuições mensais sem interrupção que acarrete a perda da qualidade de segurado. § 2º Os prazos do inciso II ou do § 1º serão acrescidos de 12 (doze) meses para o segurado desempregado, desde que comprovada essa situação pelo registro no órgão próprio do Ministério do Trabalho e da Previdência Social. (Destaques Nossos). Conforme podemos conferir no enunciado, caso o segurado já tenha contribuído por 15 anos (portanto, mais de 120 meses) terá direito a um período de graça de 24 meses e, caso seja comprovada a situação de desemprego, ele tem direito a uma prorrogação de mais 12 meses, totalizando 36 meses de período de graça. Portanto, alternativa correta. Gabarito: CERTO. (CESPE – Defensor Público – Defensoria Pública do Distrito Federal – 2013). Acerca do RGPS, julgue o item a seguir. Considere a seguinte situação hipotética. Em julho de 2011, depois de pagar ininterruptamente por mais de dez anos contribuições mensais à previdência social, Maria foi demitida da empresa onde trabalhava como balconista e, desde então, ela não recolheu contribuições para a previdência social. Em face dessa situação hipotética, é correto afirmar que, em março de 2013, Maria ainda mantinha a qualidade de segurada. CERTO ( ) ERRADO ( ) COMENTÁRIOS: O prazo no qual a pessoa mantém seus direitos perante a previdência social, independentemente de qualquer contribuição, é chamado de Período de Graça, e suas regras estão presentes no art. 15 da Lei 8.213/91. Desta forma, para responder essa questão em epígrafe, vamos consultar o mencionado artigo: Art. 15. Mantém a qualidade de segurado, independentemente de contribuições: [...] II - até 12 (doze) meses após a cessação das contribuições, o segurado que deixar de exercer atividade remunerada abrangida pela Previdência Social, que estiver suspenso ou licenciado sem remuneração ou que deixar de receber o benefício de Seguro-Desemprego; [...] § 1º O prazo do inciso II será prorrogado para até 24 (vinte e quatro) meses se o segurado já tiver pago mais de 120 (cento e vinte) contribuições mensais sem interrupção que acarrete a perda da qualidade de segurado. PAULO Realce PAULO Realce PAULO Realce PAULO Realce PAULO Realce PAULO Realce PAULO Realce 36 223 § 2º Os prazos do inciso II ou do § 1º serão acrescidos de 12 (doze) meses para o segurado desempregado, desde que comprovada essa situação pelo registro no órgão próprio do Ministério do Trabalho e da Previdência Social. (Destaques Nossos). Conforme podemos conferir no enunciado, Maria já contribui há mais de 10 anos (ou seja, já possui mais de 120 contribuições mensais recolhidas ininterruptamente). Assim sendo, Maria tem o direito a um período de graça de 24 meses e, caso seja comprovada a situação de desemprego, ela tem direito a uma prorrogação de mais 12 meses, totalizando 36 meses de período de graça. Desta forma, é correto afirmar que, em março de 2013, Maria ainda mantinha a qualidade de segurada, mesmo que não comprove a situação de desemprego e não faça jus à prorrogação por mais 12 meses. Portanto alternativa correta. Gabarito: CERTO. (FCC - Analista Judiciário - TRT 2ª Região - 2014) (QUESTÃO ADAPTADA). Mantém a qualidade de segurado, independentemente de contribuições: O segurado obrigatório, por até 48 meses após a cessação das contribuições. CERTO ( ) ERRADO ( ) COMENTÁRIOS: O prazo no qual a pessoa mantém seus direitos perante a previdência social, independentemente de qualquer contribuição, é chamado de Período de Graça, e suas regras estão presentes no art. 15 da Lei 8.213/91, conforme trecho abaixo transcrito: Art. 15. Mantém a qualidade de segurado, independentemente de contribuições: I - sem limite de prazo, quem está em gozo de benefício, exceto do auxílio-acidente; II - até 12 (doze) meses após a cessação das contribuições, o segurado que deixar de exercer atividade remunerada abrangida pela Previdência Social, que estiver suspenso ou licenciado sem remuneração ou que deixar de receber o benefício de Seguro-Desemprego; III - até 12 (doze) meses após cessar a segregação, o segurado acometido de doença de segregação compulsória; IV - até 12 (doze) meses após o livramento, o segurado retido ou recluso; V - até 3 (três) meses após o licenciamento, o segurado incorporado às Forças Armadas para prestar serviço militar; VI - até 6 (seis) meses após a cessação das contribuições, o segurado facultativo. § 1º O prazo do inciso II será prorrogado para até 24 (vinte e quatro) meses se o segurado já tiver pago mais de 120 (cento e vinte) contribuições mensais sem interrupção que acarrete a perda da qualidade de segurado. § 2º Os prazos do inciso II ou do § 1º serão acrescidos de 12 (doze) meses para o segurado desempregado, desde que comprovada essa situação pelo registro no órgão próprio do Ministério do Trabalho e da Previdência Social. § 3º Durante os prazos deste artigo, o segurado conserva todos os seus direitos perante a Previdência Social. PAULO Realce PAULO Realce 37 223 Conforme podemos conferir acima, o período de graça do segurado obrigatório, após cessar suas contribuições, poderá ser de 12, 24 ou 36 meses, conforme o caso. Não existe previsão de período de graça de 48 meses nas hipóteses previstasna legislação. Gabarito: ERRADO. (FCC - Procurador Judicial – Procuradoria Geral do Município - Recife – 2014) (QUESTÃO ADAPTADA). A qualidade de segurado da Previdência Social é mantida, independentemente de contribuições por até 12 meses após a cessação das contribuições, para o segurado que deixar de exercer atividade remunerada abrangida pela Previdência Social ou estiver suspenso ou licenciado sem remuneração. CERTO ( ) ERRADO ( ) COMENTÁRIOS: O prazo no qual a pessoa mantém seus direitos perante a previdência social, independentemente de qualquer contribuição, é chamado de Período de Graça, e suas regras estão presentes no art. 15 da Lei 8.213/91, conforme segue. Art. 15. Mantém a qualidade de segurado, independentemente de contribuições: I - sem limite de prazo, quem está em gozo de benefício, exceto do auxílio-acidente; II - até 12 (doze) meses após a cessação das contribuições, o segurado que deixar de exercer atividade remunerada abrangida pela Previdência Social, que estiver suspenso ou licenciado sem remuneração ou que deixar de receber o benefício de Seguro-Desemprego; III - até 12 (doze) meses após cessar a segregação, o segurado acometido de doença de segregação compulsória; IV - até 12 (doze) meses após o livramento, o segurado retido ou recluso; V - até 3 (três) meses após o licenciamento, o segurado incorporado às Forças Armadas para prestar serviço militar; VI - até 6 (seis) meses após a cessação das contribuições, o segurado facultativo. § 1º O prazo do inciso II será prorrogado para até 24 (vinte e quatro) meses se o segurado já tiver pago mais de 120 (cento e vinte) contribuições mensais sem interrupção que acarrete a perda da qualidade de segurado. § 2º Os prazos do inciso II ou do § 1º serão acrescidos de 12 (doze) meses para o segurado desempregado, desde que comprovada essa situação pelo registro no órgão próprio do Ministério do Trabalho e da Previdência Social. § 3º Durante os prazos deste artigo, o segurado conserva todos os seus direitos perante a Previdência Social. O que se afirma no enunciado é exatamente o que diz o inciso II do artigo 15, que acabamos de ler. Apesar de existir situações previstas nos parágrafos 1º e 2º do art. 15 acima transcrito aumentando para 24 ou 36 meses o período de graça para o segurado que deixar de exercer atividade remunerada abrangida pela Previdência Social ou estiver suspenso ou licenciado sem remuneração, temos, pela regra geral, que a qualidade de segurado da Previdência Social será mantida, independentemente de contribuições por até 12 meses após a cessação das contribuições. Sendo assim, podemos concluir que a assertiva está correta. Gabarito: CERTO. PAULO Realce PAULO Realce 38 223 (FCC - Técnico Judiciário - TRF 4ª Região – 2014) (QUESTÃO ADAPTADA). Maria já pagou mais de 120 (cento e vinte) contribuições mensais, ininterruptas, à Previdência Social. Encontra-se cadastrada no órgão próprio do Ministério do Trabalho e Emprego. Maria está desempregada de forma involuntária há dezoito meses. Apesar de tudo isso, em face desta situação, Maria infelizmente não ostenta mais a qualidade de segurada da Previdência Social. CERTO ( ) ERRADO ( ) COMENTÁRIOS: O prazo no qual a pessoa mantém seus direitos perante a previdência social, independentemente de qualquer contribuição, é chamado de Período de Graça. Suas regras estão presentes no art. 15 da Lei 8.213/91. Para responder essa questão, vamos consultar o artigo correspondente: Art. 15. Mantém a qualidade de segurado, independentemente de contribuições: [...] II - até 12 (doze) meses após a cessação das contribuições, o segurado que deixar de exercer atividade remunerada abrangida pela Previdência Social, que estiver suspenso ou licenciado sem remuneração ou que deixar de receber o benefício de Seguro-Desemprego; [...] § 1º O prazo do inciso II será prorrogado para até 24 (vinte e quatro) meses se o segurado já tiver pago mais de 120 (cento e vinte) contribuições mensais sem interrupção que acarrete a perda da qualidade de segurado. § 2º Os prazos do inciso II ou do § 1º serão acrescidos de 12 (doze) meses para o segurado desempregado, desde que comprovada essa situação pelo registro no órgão próprio do Ministério do Trabalho e da Previdência Social. (Destaques Nossos). Conforme podemos conferir no enunciado, Maria já pagou mais de 120 contribuições mensais sem interrupção. Por tal razão, já teria direito a 24 meses de manutenção na qualidade de segurada. No entanto, como comprovou situação de desemprego, este prazo será prorrogado por mais 12 meses, totalizando 36 meses de período de graça. Como Maria está desempregada há 18 meses, ainda mantém sua qualidade de segurada. Portanto, alternativa incorreta. Gabarito: ERRADO. PAULO Realce PAULO Realce PAULO Realce PAULO Realce PAULO Realce PAULO Realce 39 223 (FCC - Técnico Judiciário - TRF 4ª Região – Administrativa – 2014) (QUESTÃO ADAPTADA). Maria já pagou mais de 120 (cento e vinte) contribuições mensais, ininterruptas, à Previdência Social. Encontra-se cadastrada no órgão próprio do Ministério do Trabalho e Emprego. Maria está desempregada de forma involuntária há dezoito meses. Em face desta situação, Maria continua na condição de segurada por mais 36 meses. CERTO ( ) ERRADO ( ) COMENTÁRIOS: O prazo no qual a pessoa mantém seus direitos perante a previdência social, independentemente de qualquer contribuição, é chamado de Período de Graça. Suas regras estão presentes no art. 15 da Lei 8.213/91. Para responder essa questão, vamos consultar o artigo correspondente: Art. 15. Mantém a qualidade de segurado, independentemente de contribuições: [...] II - até 12 (doze) meses após a cessação das contribuições, o segurado que deixar de exercer atividade remunerada abrangida pela Previdência Social, que estiver suspenso ou licenciado sem remuneração ou que deixar de receber o benefício de Seguro-Desemprego; [...] § 1º O prazo do inciso II será prorrogado para até 24 (vinte e quatro) meses se o segurado já tiver pago mais de 120 (cento e vinte) contribuições mensais sem interrupção que acarrete a perda da qualidade de segurado. § 2º Os prazos do inciso II ou do § 1º serão acrescidos de 12 (doze) meses para o segurado desempregado, desde que comprovada essa situação pelo registro no órgão próprio do Ministério do Trabalho e da Previdência Social. (Destaques Nossos). Conforme podemos conferir no enunciado, Maria já pagou mais de 120 contribuições mensais sem interrupção. Por tal razão, já teria direito a 24 meses de manutenção na qualidade de segurada. No entanto, como comprovou situação de desemprego, este prazo será prorrogado por mais 12 meses, totalizando 36 meses de período de graça. Como Maria está desempregada há 18 meses, ainda mantém sua qualidade de segurada por mais 18 meses, para totalizar os 36 meses do período de graça. Segundo o enunciado da questão, Maria continua na condição de segurada por mais 36 meses, além dos 18 meses em que ela já manteve a qualidade de segurada. Neste caso, o período de graça totalizaria 54 meses. Mas sabemos que esse período de graça não existe. Muita atenção na leitura do enunciado e cuidado com a leitura apressada. Alternativa incorreta. Gabarito: ERRADO. PAULO Realce PAULO Realce PAULO Realce PAULO Realce PAULO Realce PAULO Realce 40 223 (FCC - Técnico Judiciário - TRF 4ª Região – 2014) (QUESTÃO ADAPTADA). Maria já pagou mais de 120 (cento e vinte) contribuições mensais, ininterruptas, à Previdência Social. Encontra-se cadastrada no órgão próprio do Ministério do Trabalho e Emprego. Maria está desempregada de forma involuntária há dezoito meses. Em face desta situação, Maria deverá contribuir por mais 6 meses, mesmo que de forma facultativa, para continuar na qualidade de segurada. CERTO ( ) ERRADO
Compartilhar