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1 
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- 
 
Acumulação de Benefícios 
 
Manutenção e Perda da Qualidade de Segurado 
 
1 . SUMÁRIO 
1 . SUMÁRIO ......................................................................................................... 1 
2. Introdução ......................................................................................................... 3 
3. Acumulação de Benefícios ................................................................................. 4 
3.1. Introdução ................................................................................................................... 4 
3.2. Benefícios Inacumuláveis ............................................................................................ 5 
3.3. Informações Adicionais ............................................................................................. 14 
3.4. Principais Benefícios Acumuláveis ............................................................................ 14 
3.4.1. Limites de acumulação: ................................................................................................................... 18 
3.5. Direito Adquirido ...................................................................................................... 21 
3.6. Acumulação de Salário com Benefício Previdenciário ............................................. 21 
3.7. Acumulação de Benefícios do RGPS com Benefício do RPPS ................................. 22 
3.8. Consequências em Caso de Acumulação Indevida .................................................. 23 
3.9. Quadro Resumo de Acumulação de Benefícios ....................................................... 24 
4. Manutenção da Qualidade de Segurado .......................................................... 26 
4.1 – Período de Graça .................................................................................................... 26 
4.1.1. Conceito .......................................................................................................................................... 26 
 
 
 
 
 
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4.2. Prazos de Manutenção da Qualidade de Segurado ................................................ 27 
4.2.1. Fundamentação Legal ..................................................................................................................... 27 
4.2.2. Segurado que deixar de exercer atividade remunerada ou estiver suspenso ou licenciado sem 
remuneração ............................................................................................................................................. 28 
4.2.3. Segurado em gozo de benefício ..................................................................................................... 46 
4.2.4. Segurado acometido de doença de segregação compulsória ......................................................... 59 
4.2.5. Segurado detido ou recluso ............................................................................................................ 62 
4.2.6. Segurado incorporado às forças armadas para prestar serviço militar ............................................. 67 
4.2.7. Segurado facultativo ....................................................................................................................... 71 
4.3. Direitos Preservados Durante o Período de Graça .................................................. 78 
5. Perda Qualidade de Segurado ......................................................................... 79 
5.1. Conceito .................................................................................................................... 79 
5.2. Prazo de Reconhecimento da Perda da Qualidade de Segurado ........................... 79 
5.3. Efeitos da Perda da Qualidade de Segurado ........................................................... 81 
5.4. Situação Excepcional de Perda da Qualidade de Segurado ................................... 83 
5.4.1. Contribuinte Individual em Débito com a Previdência Social........................................................... 83 
6. Resumo da Aula ............................................................................................... 87 
7. Questões Comentadas ..................................................................................... 97 
7.1 . Lista de Exercícios ............................................................................................... 191 
8. Gabarito Geral ............................................................................................... 216 
9. Questionário de Revisão ................................................................................ 217 
9.1. Respostas Comentadas do Questionário de Revisão ............................................ 218 
10. Considerações Finais da Aula ....................................................................... 223 
 
 
 
 
 
 
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2. INTRODUÇÃO 
 Olá meus amigos e minhas amigas! Sejam todos muito bem-vindos a 
mais uma aula do nosso curso de Direito Previdenciário. Vamos 
continuar com nosso trabalho diário de preparação, sempre com muita 
disciplina, rotina e comprometimento, até o dia da sua aprovação. 
Em nossa aula de hoje estudaremos a Acumulação dos Benefícios, bem 
como a Manutenção e Perda da Qualidade de Segurado. 
Trata-se de assuntos muito importantes e bem interessantes, cujo estudo será leve e 
agradável. 
Lembre-se sempre que o principal ponto de sua preparação não está apenas na obtenção 
de conhecimento, mas principalmente nas revisões periódicas e treino de exercícios, para 
manter o conhecimento na memória de médio/longo prazo e para ver como a banca cobra 
cada um dos assuntos estudados. 
Por tal razão, apresentaremos o conteúdo teórico seguido de diagramas, exercícios de 
fixação, revisão geral e questionário de revisão. 
A soma destes fatores irá auxiliar muito em sua retenção de conteúdo e, 
consequentemente, em seu processo de preparação. 
 
Que Deus os abençoe e consolide o aprendizado de hoje. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 4 
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3. ACUMULAÇÃO DE BENEFÍCIOS 
3.1. INTRODUÇÃO 
A acumulação dos benefícios securitários (Previdência Social e Assistência Social) está 
prevista em diversas normas do nosso ordenamento, sem ser exaurido apenas pela leitura 
do artigo 124 da Lei nº 8.231/91, conforme segue: 
▪ Lei n.º 8.213/1991 
▪ Decreto n.º 3.048/1999 
▪ Instrução Normativa INSS n.º 77/2015, com texto atualizado até a Instrução Normativa 
INSS n.º 86/2016; 
▪ Lei n.º 8.742/1993, com texto atualizado até a Lei nº13.146/2015; 
▪ Decreto n.º 6.214/2007, com texto atualizado até o Decreto nº 8.805/2016. 
 
Observação: Em regra, é permitida a acumulação de benefícios previdenciários 
pelo mesmo segurado ou dependente, exceto nos casos proibidos pela 
legislação, seja de forma expressa, seja de forma implícita. 
 
Apesar das regras que estudaremos abaixo, deverão ser respeitados os direitos adquiridos 
à acumulação nas hipóteses em que o segurado ou dependente estejam acumulando 
benefícios que, posteriormente, foram proibidos de acumular. 
 
Assim sendo, a possibilidade ou não de acumulação de benefícios deverão ser aferidas de 
acordo com a lei em vigor no momento de sua ocorrência, em respeito ao princípio do 
Tempus Regit Actum, segundo o qual o tempo rege o ato, no sentido de que os atos 
jurídicos se regem pela lei da época em que ocorreram. Assim sendo, deve-se verificar a 
possibilidade ou não de acumulação de acordo com as regras vigentes à época de sua 
ocorrência. 
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PAULO
Realce
 
 
 
 
 
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3.2. BENEFÍCIOS INACUMULÁVEIS 
A proteção previdenciária tem por escopo a cobertura de determinados riscos sociais 
eleitos pelo legislador como relevantes, de modo a merecer atenção especial da 
Previdência Social. 
 
Nesse sentido, tem-se que a cada um dos riscos sociais eleitos (tais como doença, invalidez, 
morte, redução da capacidade laborativa, proteção à maternidade, idade avançada, etc.) 
correspondeuma prestação previdenciária específica, destinada à cobertura da situação 
que, em regra, implicam em afastamento do segurado de atividade laboral que lhe garanta 
a sobrevivência ou o amparo a seus dependentes. 
 
Daí a instituição dos diversos benefícios, cada um tendo como pressuposto um evento 
específico, de modo que, em princípio, para cada situação de risco corresponderia um 
único benefício, uma vez que a concessão de mais de um benefício para a mesma situação 
é contrária à lógica da proteção previdenciária, com sérios riscos à sustentabilidade 
financeira e atuarial do sistema. 
 
A legislação previdenciária prevê as hipóteses em que é vedada a acumulação de 
benefícios, seja de forma expressa ou implícita, em razão dos princípios que norteiam o 
sistema ou decorrentes de incompatibilidade lógica. 
 
A seguir iremos analisar as hipóteses legais de vedação à acumulação de benefícios 
previdenciários no âmbito do Regime Geral de Previdência Social - RGPS, bem como 
aquelas em que é possível o recebimento conjunto de mais de um benefício previdenciário 
pelo segurado ou seus dependentes. 
 
Não é permitido acumular os seguintes benefícios: 
 
o Aposentadoria com auxílio por incapacidade temporária (auxílio-doença); 
 
o Mais de uma aposentadoria (exceto com data de início anterior a janeiro/1967, de 
acordo com o Decreto-lei nº 72/66, em respeito ao direito adquirido); 
 
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o Aposentadoria com abono de permanência em serviço (extinto). 
 
o Salário Maternidade com auxílio por incapacidade temporária (auxílio-doença). (Obs.: 
Caso a segurada esteja em gozo de auxílio por incapacidade temporária (auxílio-
doença), este deverá ser suspenso durante o período de recebimento do salário-
maternidade, pois são inacumuláveis, devendo ser reativado oportunamente, após a 
cessação do salário-maternidade, caso a segurada ainda se encontre incapaz para o 
trabalho); 
 
o Salário-maternidade com aposentadoria por incapacidade permanente (aposentadoria 
por invalidez). Obs.: O salário-maternidade pode ser acumulado com as demais 
aposentadorias, sendo vedada a acumulação com a aposentadoria por incapacidade 
permanente (aposentadoria por invalidez). 
 
o Mais de um auxílio-acidente. Quando o segurado em gozo de auxílio-acidente fizer jus 
a um novo auxílio-acidente, em decorrência de outro acidente ou de doença, serão 
comparadas as rendas mensais dos dois benefícios e mantido o benefício mais vantajoso. 
 
o Mais de uma pensão por morte deixada por cônjuge ou companheiro(a), facultado ao 
dependente optar pela mais vantajosa (exceto se o óbito tenha ocorrido até 28/04/1995, 
véspera da publicação da Lei nº 9.032/95, período em que era permitida a acumulação. 
Nada impede, contudo, a acumulação de mais de uma pensão por morte em outros 
casos, como, por exemplo, recebimento de pensão na qualidade de cônjuge e outra na 
qualidade de filho do segurado. 
 
o Pensão por morte deixada por cônjuge ou companheiro (a) com auxílio-reclusão de 
outro cônjuge ou companheiro (a), para evento ocorrido a partir de 29/04/1995, data da 
publicação da Lei nº 9.032/1995. Neste caso, o requerente poderá optar pelo benefício 
que tiver o valor mais vantajoso, ressaltando a impossibilidade de reativação da pensão, 
após a assinatura do termo de opção; 
 
o Auxílio-acidente com aposentadoria (após a Lei 9.528/97); 
 
o Auxílio-acidente com auxílio por incapacidade temporária (auxílio-doença), quando 
decorrentes da mesma causa. 
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o Mais de um auxílio por incapacidade temporária (auxílio-doença), inclusive acidentário, 
mesmo que tenha havido vínculos concomitantes, devendo somar os respectivos 
salários-de-contribuição para cálculo da renda mensal inicial – RMI. 
 
o Mais de um auxílio-reclusão de instituidor cônjuge ou companheiro, facultado o direito 
de opção pelo mais vantajoso, para evento ocorrido a partir de 29/04/1995, data da 
publicação da Lei nº 9.032/95. 
 
o Auxílio-reclusão pago aos dependentes, com auxílio por incapacidade temporária 
(auxílio-doença), aposentadoria ou abono de permanência em serviço (extinto) ou 
salário-maternidade do segurado recluso. (Observação: IN INSS n.º 77/2015, Art. 383, 
parágrafo 3º: “O segurado recluso, ainda que contribua como facultativo, NÃO TERÁ 
DIREITO aos benefícios de auxílio por incapacidade temporária (auxílio-doença), salário-
maternidade e aposentadoria durante a percepção, pelos dependentes, do Auxílio 
Reclusão, permitida a opção pelo benefício mais vantajoso”. 
 
o Aposentadoria com auxílio-acidente. 
 
o Seguro-desemprego com qualquer benefício de prestação continuada da Previdência 
Social, exceto pensão por morte, auxílio-reclusão, auxílio-acidente, auxílio suplementar 
(já extinto) ou abono de permanência em serviço (extinto). 
 
o Benefícios de amparo assistencial ao idoso ou ao deficiente (Benefício de Prestação 
Continuada previsto na Lei Orgânica da Assistência Social - BPC da LOAS), com qualquer 
outro benefício no âmbito da Seguridade Social (Previdência Social ou Assistência 
Social) ou de outro regime (Regimes Próprios de Previdência Social), inclusive o seguro-
desemprego, ressalvados o de assistência médica e a pensão especial de natureza 
indenizatória, bem como a remuneração advinda de contrato de aprendizagem no caso 
da pessoa com deficiência. A acumulação do BPC/LOAS com a remuneração advinda 
do contrato de aprendizagem pela pessoa com deficiência está limitada ao prazo 
máximo de 2 anos. 
 
o Renda mensal vitalícia com qualquer outra espécie de benefício da Previdência Social; 
 
o aposentadoria com auxílio-suplementar. 
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Vejamos como tais assuntos já foram cobrados em prova: 
 
(CESPE - Defensor Público Federal – Defensoria Pública da União – 2015). 
A respeito dos benefícios e serviços do RGPS, julgue o próximo item. 
 A lei vigente veda a cumulação de auxílio-acidente com aposentadoria. 
( ) CERTO 
( ) ERRADO 
 
COMENTÁRIOS: 
 
Conforme poderemos ver abaixo, a Lei 9.528/97 não permite a cumulação de aposentadoria com o auxílio-
acidente: 
Art. 86. O auxílio-acidente será concedido, como indenização, ao segurado quando, após consolidação das lesões 
decorrentes de acidente de qualquer natureza, resultarem sequelas que impliquem redução da capacidade para o 
trabalho que habitualmente exercia. 
(...) 
§ 2º O auxílio-acidente será devido a partir do dia seguinte ao da cessação do auxílio-doença, independentemente de 
qualquer remuneração ou rendimento auferido pelo acidentado, vedada sua acumulação com qualquer aposentadoria. 
(Destaque nosso) 
 
Portanto, a assertiva está correta. 
 
Gabarito: CERTO 
 
(FCC - Juiz do Trabalho - TRT 1ª Região – 2014) (Adaptada). Julgue a assertiva abaixo: 
Diana está aposentada pelo Regime Geral de Previdência Social e voltou a exercer atividade assalariada, 
portanto sujeita a esse regime. Ocorre que, em razão de doença comum que a incapacitou para o trabalho, 
afastou-se por cento e vinte dias consecutivos e engravidou. Nessa situação, não havendo direito adquirido 
e considerando a legislação previdenciária, Diana não poderá acumular os benefícios de auxílio-doença e 
aposentadoria, mas poderá acumular esse último com salário-maternidade. 
( ) CERTO 
( ) ERRADO 
PAULO
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COMENTÁRIOS: 
Sabemos que benefícios de mesma natureza não são cumulativos (exceto no caso de direito adquirido). No 
caso de Diana, a cumulatividade é permitida, dado que na situação-problema apresentada pelo examinador, 
e ideia é a cumulatividadede aposentadoria com o salário-maternidade. Vejamos o que nos diz a legislação, 
mais especificamente a lei 8.213/9, em seu artigo 124, que trata do assunto: 
Art. 124. Salvo no caso de direito adquirido, não é permitido o recebimento conjunto dos seguintes benefícios da 
Previdência Social: 
I - aposentadoria e auxílio-doença; 
II - mais de uma aposentadoria; 
III - aposentadoria e abono de permanência em serviço; 
IV - salário-maternidade e auxílio-doença; 
V - mais de um auxílio-acidente; 
VI - mais de uma pensão deixada por cônjuge ou companheiro, ressalvado o direito de opção pela mais vantajosa. 
 Parágrafo único. É vedado o recebimento conjunto do seguro desemprego com qualquer benefício de prestação 
continuada da Previdência Social, exceto pensão por morte ou auxílio-acidente. 
 
Portanto, assertiva correta 
 
Gabarito: CERTO 
 
(FCC - Juiz do Trabalho - TRT 1ª Região – 2014) (Adaptada). 
Julgue a assertiva abaixo: 
Diana está aposentada pelo Regime Geral de Previdência Social e voltou a exercer atividade assalariada, 
portanto sujeita a esse regime. Ocorre que, em razão de doença comum que a incapacitou para o trabalho, 
afastou-se por cento e vinte dias consecutivos e engravidou. Nessa situação, não havendo direito adquirido 
e considerando a legislação previdenciária, Diana poderá acumular os benefícios de auxílio-doença com 
salário-maternidade. 
( ) CERTO 
( ) ERRADO 
 
COMENTÁRIOS: 
Caso a segurada esteja em gozo de auxílio-doença, este deverá ser suspenso durante o período de 
recebimento do salário-maternidade, pois são inacumuláveis, devendo ser reativado oportunamente, após 
a cessação do salário-maternidade, caso a segurada ainda se encontre incapaz para o trabalho. Vejamos o 
que nos dispõe a legislação, mais especificamente a lei 8.213/9, em seu artigo 124: 
Art. 124. Salvo no caso de direito adquirido, não é permitido o recebimento conjunto dos seguintes benefícios da 
Previdência Social: 
PAULO
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PAULO
Realce
PAULO
Realce
PAULO
Realce
PAULO
Realce
PAULO
Realce
PAULO
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(...) 
IV - salário-maternidade e auxílio-doença; 
(...) 
Portanto, assertiva incorreta 
 
Gabarito: ERRADO 
 
(FCC - Juiz do Trabalho - TRT 1ª Região – 2014) (Adaptada). 
Julgue a assertiva abaixo: 
Diana está aposentada pelo Regime Geral de Previdência Social e voltou a exercer atividade assalariada, 
portanto sujeita a esse regime. Ocorre que, em razão de doença comum que a incapacitou para o trabalho, 
afastou-se por cento e vinte dias consecutivos e engravidou. Nessa situação, não havendo direito adquirido 
e considerando a legislação previdenciária, Diana poderá acumular os benefícios de auxílio-doença com 
aposentadoria. 
( ) CERTO 
( ) ERRADO 
 
COMENTÁRIOS: 
Benefícios de mesma natureza não são cumulativos (exceto no caso de direito adquirido). Além disso, a lei 
ainda proíbe outras hipóteses de benefícios gozados concomitantemente. Vejamos o que nos diz a legislação, 
mais especificamente a lei 8.213/9, em seu artigo 124: 
 
Art. 124. Salvo no caso de direito adquirido, não é permitido o recebimento conjunto dos seguintes benefícios da 
Previdência Social: 
I - aposentadoria e auxílio-doença; 
(...) 
Portanto, assertiva incorreta 
 
Gabarito: ERRADO 
 
(Auditor e Conselheiro-Substituto/TCE-PR/CESPE/2016) 
Em abril de 2013, Jeane sofreu um acidente de trabalho, e o médico da empresa na qual ela trabalhava 
considerou-a incapaz para retornar a suas atividades e aconselhou-a a solicitar sua aposentadoria por 
invalidez. Representada por um advogado, Jeane ingressou diretamente em juízo com ação previdenciária, 
pleiteando a aposentadoria por invalidez. Nessa situação hipotética, a aposentadoria por invalidez requerida 
por Jeane poderá ser cumulada com o auxílio acidente. 
PAULO
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( ) Certo 
( ) Errado 
 
COMENTÁRIOS: 
Conforme poderemos ver abaixo, a Lei 9.528/97 não permite a cumulação de aposentadoria com o auxílio-
acidente: 
§ 1º-A. Na hipótese de manutenção das condições que ensejaram o reconhecimento do auxílio-acidente, o auxílio será 
devido até a véspera do início de qualquer aposentadoria ou até a data do óbito do segurado. 
(..) 
§ 3º O recebimento de salário ou concessão de outro benefício, exceto de aposentadoria, observado o disposto no § 5º, 
não prejudicará a continuidade do recebimento do auxílio-acidente. 
 (Destaque nosso) 
Nenhuma espécie de aposentadoria se acumula com o Auxílio Acidente. Assim sendo, a aposentadoria por 
invalidez requerida por Jeane NÃO poderá ser cumulada com o auxílio acidente. 
Portanto, a assertiva está incorreta. 
 
Gabarito: ERRADO 
 
(Auditor de Controle Externo - Área Procuradoria/TCEPA/CESPE/2016) 
O segurado do RGPS que se encontre aposentado por idade e continue trabalhando sob o mesmo regime 
fará jus ao auxílio-doença, caso fique temporariamente impossibilitado para o trabalho. 
( ) Certo 
( ) Errado 
COMENTÁRIOS: 
Atualmente, a legislação pátria não permite o acúmulo de qualquer aposentadoria com o auxílio-doença. 
Assim sendo, o segurado do RGPS que se encontre aposentado por idade e continue trabalhando sob o 
mesmo regime NÃO fará jus ao auxílio-doença, caso fique temporariamente impossibilitado para o trabalho. 
 
Gabarito: ERRADO 
 
(Auditor-Fiscal/MTE/CESPE/2013) É permitido que o segurado do RGPS receba conjuntamente os benefícios 
de aposentadoria por tempo de contribuição e auxílio-doença acidentário, desde que estes decorram de 
diferentes contingências. 
( ) Certo 
( ) Errado 
PAULO
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COMENTÁRIOS: 
 
Conforme poderemos ver abaixo, a Lei 9.528/97 não permite a cumulação de aposentadoria com o auxílio-
acidente: 
Art. 86. O auxílio-acidente será concedido, como indenização, ao segurado quando, após consolidação das lesões 
decorrentes de acidente de qualquer natureza, resultarem sequelas que impliquem redução da capacidade para o 
trabalho que habitualmente exercia. 
(...) 
§ 1º-A. Na hipótese de manutenção das condições que ensejaram o reconhecimento do auxílio-acidente, o auxílio será 
devido até a véspera do início de qualquer aposentadoria ou até a data do óbito do segurado. 
(..) 
§ 3º O recebimento de salário ou concessão de outro benefício, exceto de aposentadoria, observado o disposto no § 5º, 
não prejudicará a continuidade do recebimento do auxílio-acidente. 
 (Destaque nosso) 
Nenhuma espécie de aposentadoria se acumula com o Auxílio Acidente. Assim sendo, a aposentadoria por 
invalidez requerida por Jeane NÃO poderá ser cumulada com o auxílio acidente. 
Portanto, a assertiva está incorreta. 
 
Gabarito: ERRADO 
 
(Técnico do Seguro Social/INSS/CESPE/2008) 
Tereza encontra-se afastada de suas atividades laborais e recebe o auxílio-doença. Nessa situação, caso 
engravide e tenha um filho, Tereza poderá receber, ao mesmo tempo, o auxílio-doença e o salário 
maternidade. 
( ) Certo 
( ) Errado 
 
COMENTÁRIOS: 
O auxílio-doença não poderá ser acumulado com o salário-maternidade. Caso a segurada esteja em gozo de 
auxílio-doença, este deverá ser suspenso durante o período de recebimento do salário-maternidade, pois 
são inacumuláveis, devendo ser reativado oportunamente, após a cessação do salário-maternidade, caso a 
segurada ainda se encontre incapaz para o trabalho. 
Vejamos o que nos dispõe a legislação, mais especificamente a lei 8.213/9, em seu artigo 124: 
Art. 124. Salvo no caso de direito adquirido, não é permitido o recebimento conjunto dos seguintes benefícios da 
Previdência Social: 
(...) 
PAULO
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PAULO
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IV - salário-maternidade e auxílio-doença; 
(...) 
Portanto, assertiva incorreta 
 
Gabarito: ERRADO 
 
(FCC - Juiz do Trabalho - TRT 1ª Região – 2014) (Adaptada). 
Julgue a assertiva abaixo: 
Dianaestá aposentada pelo Regime Geral de Previdência Social e voltou a exercer atividade assalariada, 
portanto sujeita a esse regime. Ocorre que, em razão de doença comum que a incapacitou para o trabalho, 
afastou-se por cento e vinte dias consecutivos e engravidou. Nessa situação, não havendo direito adquirido 
e considerando a legislação previdenciária, Diana poderá acumular os benefícios de aposentadoria, auxílio-
doença e salário-maternidade. 
( ) CERTO 
( ) ERRADO 
 
COMENTÁRIOS: 
Vejamos o que nos diz a legislação acerca do acúmulo de benefícios, mais especificamente a lei 8.213/91, 
em seu artigo 124: 
 
 Art. 124. Salvo no caso de direito adquirido, não é permitido o recebimento conjunto dos seguintes benefícios 
da Previdência Social: 
I - aposentadoria e auxílio-doença; 
(...) 
IV - salário-maternidade e auxílio-doença; 
(...) 
Como vimos acima, o auxílio-doença não pode pago juntamente com qualquer aposentadoria nem 
tampouco com o salário-maternidade. O salário-maternidade, no entanto, pode ser acumulado com as 
demais aposentadorias, exceto aposentadoria por invalidez. 
 
Portanto, a assertiva está incorreta 
 
Gabarito: ERRADO 
 
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3.3. INFORMAÇÕES ADICIONAIS 
Além das informações acima, segue mais algumas informações acerca da acumulação de 
benefícios previdenciários: 
 
o Nos casos de aposentadoria especial, o retorno do aposentado à atividade nociva, 
prejudicial a sua saúde, prejudicará o recebimento de sua aposentadoria. 
 
o A partir de 23/01/2014, data do início da vigência do artigo 71-B da Lei nº 8.213/1991, 
o salário-maternidade que seria devido ao cidadão(ã) que veio a óbito, poderá ser pago 
ao cônjuge ou companheiro(a) sobrevivente (caso seja segurado do RGPS), mesmo que 
de forma concomitante com a pensão por morte daquele que faleceu, não ficando 
caracterizado neste caso uma acumulação indevida. 
 
3.4. PRINCIPAIS BENEFÍCIOS ACUMULÁVEIS 
Estudamos acima as situações em que não se admite a acumulação de benefícios. 
Passaremos agora à análise daquelas cuja acumulação é possível. 
 
Preliminarmente devemos considerar, como regra geral, que na ausência de vedação 
expressa ou implícita (por incompatibilidade lógica) é possível a percepção cumulada de 
mais de um benefício previdenciário pelo mesmo segurado ou dependente. Partindo deste 
pressuposto, vamos à análise dos principais benefícios acumuláveis. 
 
É permitido acumular os seguintes benefícios: 
 
o A pensão por morte pode ser acumulada com aposentadoria, pois são benefícios com 
pressupostos fáticos e fatos geradores diversos. (Exemplo: Maria poderá acumular a 
pensão por morte recebida em virtude do óbito de seu cônjuge com sua aposentadoria 
por tempo de contribuição). 
 
o Salário-família com salário-maternidade. 
 
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o Salário-maternidade com aposentadoria (exceto aposentadoria por incapacidade 
permanente) 
 
o A concessão de outro benefício, exceto o de aposentadoria, não prejudicará a 
continuidade do recebimento do auxílio-acidente. 
 
o Pensão por morte: é possível cumular mais de uma pensão por morte quando uma for 
proveniente de falecimento de cônjuge ou companheiro e a outra de falecimento de 
filho. Como a vedação legal é no sentido da percepção de mais de um benefício de 
pensão por morte instituído por cônjuge ou companheiro, em tese é possível a 
cumulação de pensão por morte decorrente do óbito de cônjuge com outra instituída 
por filho, por exemplo. Outrossim, o inciso VI do art. 124 da Lei 8213/91 somente foi 
introduzido no ordenamento jurídico pela Lei 9.032/95, que alterou a redação do art. 
124. Desse modo, considerando as normas acerca do direito adquirido, é possível a 
cumulação de duas pensões por morte de cônjuge ou companheiro, desde que 
concessão de ambos os benefícios tenha se dado antes da alteração do mencionado 
artigo, facultado o direito de opção pela mais vantajosa. 
 
o É admitida a acumulação de mais de um salário-maternidade, no caso de empregos 
concomitantes, fazendo jus a segurada ao salário-maternidade relativo a cada emprego, 
nos termos do art. 98 do RPS; 
 
o Auxílio por incapacidade temporária (auxílio-doença) e auxílio-acidente: O auxílio-
acidente é devido como indenização ao segurado, a partir do dia seguinte ao da 
cessação do auxílio-doença, independentemente de qualquer remuneração ou 
rendimento auferido pelo acidentado. Assim, a concessão do benefício de auxílio-
acidente pressupõe a cessação do auxílio-doença anteriormente recebido, sendo 
indevida sua acumulação com o auxílio-doença quando as lesões forem decorrentes do 
mesmo fato gerador. Porém, pode ocorrer que o segurado já em gozo de auxílio-
acidente venha a sofrer novo acidente que enseje a concessão de auxílio-doença, 
diverso daquele que deu origem ao auxílio-acidente. Neste caso será possível a 
acumulação dos dois benefícios. 
 
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o É admitida a acumulação de auxílio por incapacidade temporária (auxílio-doença), de 
auxílio-acidente ou de auxílio-suplementar, desde que originário de outro acidente ou 
de outra doença, com pensão por morte e/ou com abono de permanência em serviço. 
 
o Será permitida ao menor sob guarda a acumulação de recebimento de pensão por 
morte em decorrência do falecimento dos pais biológicos com pensão por morte de um 
dos seus guardiões, somente quando esta última ocorrer por determinação judicial. 
 
o É permitida a acumulação dos benefícios previdenciários do RGPS com o benefício de 
que trata a Lei nº 7.070/1982 (Pensão Especial aos Deficientes Físicos Portadores da 
Síndrome da Talidomida), que não poderá ser reduzido em razão de eventual aquisição 
de capacidade laborativa ou de redução de incapacidade para o trabalho ocorrida após 
a sua concessão. 
 
o Segundo entendimento do STJ, é admitida a acumulação de benefício previdenciário 
com a pensão civil ex delicto, pois possuem natureza distintas. A pensão civil tem 
natureza reparatória, enquanto o benefício previdenciário tem natureza contributiva e, 
em regra, substitutiva da remuneração do segurado. 
 
o Seguro-desemprego e auxílio-reclusão: O Decreto 3.048/99 inova ao permitir, em seu 
art. 167, § 2º, a acumulação de seguro-desemprego com o auxílio-reclusão, hipótese 
não contida no parágrafo único do art. 124. 
 
o Aposentadoria e salário-família: O artigo 18, § 2º., da n. Lei 8.213/91 versa que “o 
aposentado pela Regime Geral da Previdência Social – RGPS que permanecer em 
atividade sujeita a este Regime, ou a ele retornar, não fará jus a prestação alguma da 
Previdência Social em decorrência do exercício dessa atividade, exceto ao salário-família 
e à reabilitação profissional, quando empregado.” Assim, é garantido ao segurado 
aposentado que retorna à atividade o recebimento, enquanto exercer essa nova 
atividade remunerada, do salário-família. 
 
o O benefício de pensão especial vitalícia aos ex-combatentes de que trata o art. 53, II, 
do ADCT, com outro benefício no âmbito do RGPS, conforme podemos extrair da leitura 
a seguir: “Art. 53. Ao ex-combatente que tenha efetivamente participado de operações 
bélicas durante a Segunda Guerra Mundial, nos termos da Lei nº 5.315, de 12 de 
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setembro de 1967, serão assegurados os seguintes direitos: (…) II – pensão especial 
correspondente à deixada por segundo-tenente das Forças Armadas, que poderá ser 
requerida a qualquer tempo, sendo inacumulável com quaisquer rendimentos recebidos 
dos cofres públicos, exceto os benefícios previdenciários, ressalvado o direito de 
opção”. 
 
o O benefício de pensão especial vitalícia de seringueiro “soldados da borracha” de que 
trata o art.54 do ADCT, com outro benefício no âmbito do RGPS. Obs.: Ficaram 
conhecidos como os Soldados da Borracha os seringueiros que foram trabalhar na 
Amazônia extraindo látex para a fabricação de pneumáticos que seriam utilizados pelos 
‘aliados’ na segunda guerra mundial. Vejamos o que dispõe o art. 54 do ADCT: “Art. 54. 
Os seringueiros recrutados nos termos do Decreto-Lei nº 5.813, de 14 de setembro de 
1943, e amparados pelo Decreto-Lei nº 9.882, de 16 de setembro de 1946, receberão, 
quando carentes, pensão mensal vitalícia no valor de dois salários mínimos. § 1º O 
benefício é estendido aos seringueiros que, atendendo a apelo do Governo brasileiro, 
contribuíram para o esforço de guerra, trabalhando na produção de borracha, na Região 
Amazônica, durante a Segunda Guerra Mundial. § 2º Os benefícios estabelecidos neste 
artigo são transferíveis aos dependentes reconhecidamente carentes. § 3º A concessão 
do benefício far-se-á conforme lei a ser proposta pelo Poder Executivo dentro de cento 
e cinquenta dias da promulgação da Constituição”. 
A TNU fixou a tese de que o benefício de pensão especial vitalícia de seringueiro 
“soldados da borracha” de que trata o art. 54 do ADCT, pode ser cumulado com outro 
benefício no âmbito do RGPS, ante a inexistência de vedação legal. No âmbito do STJ 
este entendimento também já foi adotado, como se pode ver do julgamento do REsp 
501.035: “Decidindo que não há vedação legal na cumulação da pensão especial de 
seringueiro com a aposentadoria por idade, não há reparo a fazer ao acórdão atacado, 
pois realmente não pode a Administração, por meio de ato regulamentador, impor 
restrição não existente na lei”. 
 
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3.4.1. Limites de acumulação: 
 
Com a reforma da previdência, continuou sendo vedada a acumulação de mais de uma 
pensão por morte deixada por cônjuge ou companheiro, no âmbito do mesmo regime 
de previdência social, havendo a possibilidade de se escolher o benefício mais vantajoso. 
Entretanto, pode-se acumular: 
• pensão por morte deixada por cônjuge ou companheiro de um regime de 
previdência social com pensão por morte concedida por outro regime de previdência 
social ou com pensões decorrentes das atividades militares; 
• pensão por morte deixada por cônjuge ou companheiro de um regime de 
previdência social com aposentadoria concedida no âmbito do Regime Geral de 
Previdência Social ou de regime próprio de previdência social; 
• pensões decorrentes das atividades militares com aposentadoria concedida no 
âmbito do Regime Geral de Previdência Social ou de regime próprio de previdência 
social. 
 
Até aqui essas regras se mantiveram. A novidade da Reforma da Previdência é que no 
caso de acumulação desses benefícios acima, não mais se receberá o valor integral de 
cada um deles, como era antes. Fica garantido o recebimento do valor integral (100%) 
do benefício mais vantajoso, ou seja, o benefício de maior valor, e dos demais benefícios, 
será recebida uma porcentagem. A forma de cálculo da porcentagem dos demais 
benefícios será a seguinte: 
 
Se a soma dos demais benefícios for: 
A porcentagem a ser 
recebida de cada 
benefício será: 
Até 2 salários mínimos 60% 
Maior que 2 até 3 salários mínimos 40% 
Maior que 3 até 4 salários mínimos 20% 
Maior que 4 salários mínimos 10% 
 
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Algumas observações: 
• Sempre será recebido o valor integral do benefício de maior valor. A porcentagem 
é aplicada nos demais benefícios que estejam sendo acumulados; 
• Quando se acumula duas ou mais pensões por morte, essa forma de cálculo se aplica 
se uma das pensões é deixada por cônjuge ou companheiro. Portanto, se uma criança 
ficar órfã e tiver direito a receber uma pensão por morte deixada pela mãe e outra pensão 
por morte deixada pelo pai, independente do regime a que pertençam essas pensões, a 
criança irá receber o valor integral de cada uma delas. 
• As novas regras não prejudicam os direitos adquiridos antes de elas entrarem em 
vigor. 
 
 
Exemplo: Ester aposentou-se por tempo de contribuição no RGPS, recebendo 
mensalmente R$2.500,00 de proventos. Em 14/11/19, um dia após a entrada em vigor da 
EC 103/19, o marido de Ester, que também era aposentado pelo RGPS e recebia 
R$3.000,00 de proventos, veio a falecer. Dessa forma, a pensão por morte de Ester será 
calculada da seguinte forma: 
Por Ester ser a única dependente, seria devido, a título de pensão, 60% do valor da 
aposentadoria de seu cônjuge, ou seja R$1.800,00. (60% x 3.000,00 = 1.800,00); 
Entretanto, por Ester já receber aposentadoria no âmbito do RGPS, ela não receberá 
integralmente os dois benefícios. Ela receberá 100% do benefício de maior valor, que é 
sua aposentadoria de R$2.500,00, mais uma porcentagem da pensão por morte. 
O valor da pensão por morte calculada é de R$1.800,00, valor inferior a 2 salários 
mínimos. Portanto, olhando na tabela apresentada anteriormente, Ester receberá 60% 
do valor total do benefício, o que dará R$1.080,00. 
Portanto, Ester receberá R$2.500,00 de aposentadoria e R$1.080,00 de pensão por 
morte. 
 
Vejamos como tais assuntos já foram cobrados em prova: 
 
 
 
 
 
 
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(CESPE - Defensor Público Federal – Defensoria Pública da União – 2015). 
A respeito dos benefícios e serviços do RGPS, julgue o próximo item. 
É vedada a cumulação da pensão por morte de trabalhador rural com o benefício da aposentadoria por 
invalidez, uma vez que ambos os casos apresentam pressupostos fáticos e fatos geradores análogos. 
( ) CERTO 
( ) ERRADO 
 
COMENTÁRIOS: 
Enquanto aposentadorias possuem como beneficiários os próprios segurados, pensão por morte e o auxílio-
reclusão possuem como beneficiários os dependentes. Assim sendo, nestes casos não há que se falar em 
proibição de cumulação. 
 
A pensão por morte, portanto, pode ser acumulada com aposentadoria, pois são benefícios com 
pressupostos fáticos e fatos geradores diversos. (Exemplo: Maria poderá acumular a pensão por morte 
recebida em virtude do óbito de seu cônjuge com sua aposentadoria por tempo de contribuição). 
 
Gabarito: ERRADO. 
 
(FCC - Juiz do Trabalho - TRT 1ª Região – 2014) (Adaptada). 
Julgue a assertiva abaixo: 
Diana está aposentada pelo Regime Geral de Previdência Social e voltou a exercer atividade assalariada, 
portanto sujeita a esse regime. Ocorre que, em razão de doença comum que a incapacitou para o trabalho, 
afastou-se por cento e vinte dias consecutivos e engravidou. Nessa situação, não havendo direito adquirido 
e considerando a legislação previdenciária, Diana não poderá acumular nenhum tipo de benefício 
previdenciário. 
( ) CERTO 
( ) ERRADO 
 
COMENTÁRIOS: 
Benefícios de mesma natureza, em regra, não são cumulativos (exceto no caso de direito 
adquirido). Mas a lei, apesar de proibir o gozo de alguns benefícios concomitantemente, permite-
o em outras hipóteses (por exemplo, Diana poderia gozar da aposentadoria com o salário 
maternidade). Vejamos o que nos diz a legislação, mais especificamente a lei 8.213/9, em seu 
artigo 124: 
PAULO
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PAULO
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Art. 124. Salvo no caso de direito adquirido, não é permitido o recebimento conjunto dos seguintes benefícios da 
Previdência Social: 
I - aposentadoria e auxílio-doença; 
II - mais de uma aposentadoria; 
III - aposentadoria e abono de permanência em serviço; 
IV - salário-maternidade e auxílio-doença; 
V - mais de um auxílio-acidente; 
VI - mais de uma pensão deixada por cônjuge ou companheiro, ressalvado o direito de opção pela mais vantajosa. 
Parágrafo único. É vedado o recebimento conjunto do seguro desemprego com qualquer benefício de 
prestação continuada da Previdência Social, exceto pensãopor morte ou auxílio-acidente. 
Preliminarmente devemos considerar, como regra geral, que na ausência de vedação expressa ou 
implícita (por incompatibilidade lógica) é possível a percepção cumulada de mais de um benefício 
previdenciário pelo mesmo segurado ou dependente. Portanto, a assertiva está incorreta. 
Gabarito: ERRADO 
 
3.5. DIREITO ADQUIRIDO 
Merece destaque a menção feita no caput do art. 124 da Lei n. 8.213/91 às situações de 
direito adquirido. Isto porque, como é cediço, a concessão e manutenção de benefícios 
previdenciários deve observar princípio tempus regit actum, de modo que deverá ser 
respeitado o direito adquirido à acumulação, na hipótese de o segurado ou dependente 
ter acumulado benefícios que, posteriormente, passaram a não mais poder ser 
acumulados, devendo a possibilidade ou não de acumulação ser verificada de acordo com 
as regras vigentes à época de sua ocorrência. 
 
3.6. ACUMULAÇÃO DE SALÁRIO COM BENEFÍCIO PREVIDENCIÁRIO 
o Salvo nos casos de aposentadoria por incapacidade permanente, o retorno do 
aposentado à atividade não prejudica o recebimento de sua aposentadoria, que será 
mantida no seu valor integral. 
 
o O recebimento de salário não prejudicará o recebimento do auxílio-acidente. 
 
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o É permitido ao segurado acumular o recebimento de salário e salário-família. Tal 
acúmulo faz parte da própria essência do salário-família. 
 
o A acumulação do BPC/LOAS com a remuneração advinda do contrato de aprendizagem 
pela pessoa com deficiência é permitida, porém está limitada ao prazo máximo de 2 
anos. 
 
o Por outro lado, é vedado o recebimento concomitante de salários com: 
o Auxílio por incapacidade temporária; 
o Auxílio-maternidade; 
o Auxílio-reclusão; e 
o Aposentadoria por incapacidade permanente. 
 
3.7. ACUMULAÇÃO DE BENEFÍCIOS DO RGPS COM BENEFÍCIO DO RPPS 
o Não existe na legislação previdenciária proibição à acumulação de aposentadorias em 
regimes distintos (uma no RGPS e outra no RPPS), desde que sejam computados os 
tempos de contribuição realizados em atividades concomitantes em cada sistema 
previdenciário, com a respectiva contribuição para cada regime. 
 
o Não há óbice, em princípio, ao recebimento de duas pensões por morte, ambas 
decorrentes de falecimento de cônjuge ou companheiro, desde que sejam oriundas de 
regimes previdenciários distintos, observados os limites de acumulação apresentados 
acima. 
 
Vejamos como tais assuntos já foram cobrados em prova: 
 
(CESPE - Defensor - Defensoria Pública do Estado de Pernambuco - 2015). 
Julgue o item abaixo, relativo a regimes previdenciários. 
Segundo a legislação, é vedado ao segurado receber mais de uma aposentadoria do RGPS. Entretanto, não 
há impedimento a que o segurado receba aposentadoria desse regime e aposentadoria por tempo de 
contribuição do serviço público. 
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( ) CERTO 
( ) ERRADO 
 
COMENTÁRIOS: 
De fato, a assertiva está correta. Não existe na legislação previdenciária proibição à acumulação de 
aposentadorias em regimes distintos (uma no RGPS e outra no RPPS, por exemplo), desde que sejam 
computados os tempos de serviços realizados em atividades concomitantes em cada sistema previdenciário, 
com a respectiva contribuição para cada regime. Ademias, nota-se claramente que não há transgressão a lei 
ao receber até três aposentadorias, desde que sejam de regimes diferenciados (RGPS, RPPS e Previdência 
Complementar). 
 
Gabarito: CORRETO 
 
3.8. CONSEQUÊNCIAS EM CASO DE ACUMULAÇÃO INDEVIDA 
Comprovada a acumulação indevida, deverá ser mantido o benefício concedido de forma 
regular e cessados ou suspensos os demais, adotando-se as providências necessárias 
quanto à regularização e à cobrança dos valores recebidos indevidamente, observada a 
prescrição quinquenal. 
As importâncias recebidas indevidamente por beneficiário, nos casos de dolo, má-fé ou 
erro da Previdência Social, deverão ser restituídas. 
O titular de benefício previdenciário que se enquadrar no direito ao recebimento de 
benefício assistencial será facultado o direito de renúncia e de opção pelo mais vantajoso, 
exceto nos casos de aposentadoria por idade, tempo de contribuição e especial, haja 
vista o contido no art. 181-B do RPS, que afirma que “As aposentadorias por idade, tempo 
de contribuição e especial concedidas pela previdência social, na forma deste 
Regulamento, são irreversíveis e irrenunciáveis.”. O direito de opção poderá ser exercido 
uma única vez. 
 
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3.9. QUADRO RESUMO DE ACUMULAÇÃO DE BENEFÍCIOS 
 
 
 
 
Observação 1*: É vedada a acumulação de mais de uma pensão por morte 
deixada por cônjuge ou companheiro(a), facultado ao dependente optar pela 
mais vantajosa (exceto se o óbito tenha ocorrido até 28/04/1995, véspera da 
publicação da Lei nº 9.032/95, período em que era permitida a acumulação). 
Nada impede, contudo, a acumulação de mais de uma pensão por morte em 
outros casos, como, por exemplo, recebimento de pensão na qualidade de 
cônjuge e outra na qualidade de filho do segurado. 
 
Observação 2*: Somente será vedada a acumulação do auxílio-acidente com 
auxílio por incapacidade temporária (auxílio-doença), quando decorrentes da 
mesma causa. Se forem decorrentes de causas distintas, a acumulação será 
permitida. 
 
APESENT. 
INVALIDEZ
APOSENT. IDADE
APOSEENT. TEMPO 
CONTRIB.
APOSENT. 
ESPECIAL
AUXÍLIO DOENÇA SALÁRIO FAMÍLIA
SALÁRIO 
MATERNID.
AUXÍLIO ACIDENTE
PENSÃO POR 
MORTE
AUXÍLIO 
RECLUSÃO
ABONO DE 
PERMAN.
SEGURO 
DESEMPREGO
BCP / LOAS
APESENT. INVALIDEZ NÃO NÃO NÃO NÃO NÃO SIM NÃO NÃO SIM NÃO NÃO NÃO NÃO
APOSENT. IDADE NÃO NÃO NÃO NÃO NÃO SIM SIM NÃO SIM NÃO NÃO NÃO NÃO
APOSEENT. TEMPO 
CONTRIB. NÃO NÃO NÃO NÃO NÃO SIM SIM NÃO SIM NÃO NÃO NÃO NÃO
APOSENT. ESPECIAL NÃO NÃO NÃO NÃO NÃO SIM SIM NÃO SIM NÃO NÃO NÃO NÃO
AUXÍLIO DOENÇA NÃO NÃO NÃO NÃO NÃO SIM NÃO Obs: 2* SIM Obs: 5* # NÃO NÃO
SALÁRIO FAMÍLIA SIM SIM SIM SIM SIM SIM SIM SIM SIM SIM # NÃO NÃO
SALÁRIO 
MATERNIDADE NÃO SIM SIM SIM NÃO SIM SIM SIM Obs: 6* NÃO # NÃO NÃO
AUXÍLIO ACIDENTE NÃO NÃO NÃO NÃO Obs: 2* SIM SIM NÃO SIM SIM # SIM NÃO
PENSÃO POR MORTE SIM SIM SIM SIM SIM SIM Obs: 6* SIM Obs: 1* Obs: 3* # SIM NÃO
AUXÍLIO RECLUSÃO NÃO NÃO NÃO NÃO Obs: 5* SIM NÃO SIM Obs: 3* Obs: 4* NÃO SIM NÃO
ABONO DE 
PERMANÊNCIA NÃO NÃO NÃO NÃO # # # # # NÃO SIM SIM NÃO
SEGURO DESEMPREGO NÃO NÃO NÃO NÃO NÃO NÃO NÃO SIM SIM SIM SIM NÃO NÃO
BCP / LOAS NÃO NÃO NÃO NÃO NÃO NÃO NÃO NÃO NÃO NÃO NÃO NÃO NÃO
 
 
 
 
 
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223 
Observação 3*: É vedada a pensão por morte deixada por cônjuge ou 
companheiro(a) com auxílio-reclusão de outro cônjuge ou companheiro (a), para 
evento ocorrido a partir de 29/04/1995, data da publicação da Lei nº 9.032/1995. 
Neste caso, o requerente poderá optar pelo benefício que tiver o valor mais 
vantajoso, ressaltando a impossibilidade de reativação da pensão, após a 
assinatura do termo de opção. Nada impede, contudo, a acumulação de pensão 
por morte com auxílio-reclusão em outros casos, como, por exemplo, 
recebimento de pensão na qualidade de cônjuge e auxílio-reclusão na qualidade 
de filho do segurado. 
 
Observação 4*: É vedada a acumulação de mais de um auxílio-reclusão de 
instituidor cônjuge ou companheiro, para evento ocorrido a partir de 29 de abril 
de 1995, data da publicação da Lei nº 9.032, de 28 de abril de 1995, facultado o 
direito de opção pelo mais vantajoso. Nada impede, contudo, a acumulação mais 
de auxílio-reclusão em outros casos, como, por exemplo, recebimento de auxílio-
reclusão na qualidade de cônjuge e auxílio-reclusão na qualidade de filho do 
segurado. 
 
Observação 5*: O segurado recluso, ainda que exerça atividade remunerada na 
unidade prisional, somente poderá contribuir comosegurado facultativo e não 
poderá acumular o benefício de auxílio-reclusão pago aos dependentes com 
auxílio por incapacidade temporária (auxílio-doença) do mesmo instituidor que 
se encontra preso. 
 
Observação 6*: a partir de 23/01/2014, data do início da vigência do artigo 
71-B da Lei nº 8.213/1991, o salário-maternidade que seria devido ao cidadão(ã) 
que veio a óbito, poderá ser pago ao cônjuge ou companheiro(a) sobrevivente, 
mesmo que de forma concomitante com a pensão por morte daquele que 
faleceu, não ficando caracterizado neste caso uma acumulação indevida. 
 
 
 
 
 
 
 
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MANUTENÇÃO E PERDA DA QUALIDADE DE SEGURADO 
 
4. MANUTENÇÃO DA QUALIDADE DE SEGURADO 
4.1 – PERÍODO DE GRAÇA 
4.1.1. Conceito 
Como já estudado, a previdência social brasileira possui caráter contributivo e 
compulsório, exigindo-se o pagamento de contribuições previdenciárias para a ocorrência 
de sua filiação e manutenção como segurado. Assim sendo, para o segurado obrigatório 
manter sua qualidade de segurado, deverá exercer atividade remunerada, reconhecida 
como de filiação obrigatória ao RGPS e, no caso do segurado facultativo, enquanto estiver 
recolhendo suas contribuições previdenciárias. 
Outrossim, também estudamos um importante princípio aplicado à Seguridade Social 
brasileira, que serve como pedra fundamental do nosso regime previdenciário: o Princípio 
da Solidariedade. Assim sendo, quem contribui para a Seguridade Social não o faz apenas 
para si, mas para toda a sociedade. 
Desta forma, não seria justo que no momento de maior dificuldade financeira, 
principalmente após perder o emprego ou deixar de exercer sua atividade laborativa por 
qualquer outra razão, acarretando a cessação das contribuições, perdesse imediatamente 
a condição de segurado. 
Para ajustar esta situação, o art. 15 da Lei 8.213/91 (bem como o art. 13 do Regulamento 
da Previdência Social – RPS) prevê lapsos temporais nas quais o segurado, mesmo sem 
exercer atividade remunerada e sem verter contribuições ao fundo previdenciário, mantém 
a qualidade de segurado. 
Para tal período, em que o segurado mantém esta qualidade mesmo sem trabalhar e sem 
recolher contribuições, a doutrina denomina período de graça ou manutenção 
extraordinária da qualidade de segurado. 
 
 
 
 
 
 
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4.2. PRAZOS DE MANUTENÇÃO DA QUALIDADE DE SEGURADO 
4.2.1. Fundamentação Legal 
 
De acordo com o art. 15 da Lei 8.213/91, combinado com o art. 15 da Lei 8.213/91, 
mantém a qualidade de segurado, independentemente de contribuições, pelos seguintes 
prazos e nas seguintes circunstâncias: 
Art. 15. Mantém a qualidade de segurado, independentemente de contribuições: 
I - sem limite de prazo, quem está em gozo de benefício, exceto do auxílio-acidente; 
II - até doze meses após a cessação de benefício por incapacidade ou após a cessação das 
contribuições, o segurado que deixar de exercer atividade remunerada abrangida pela previdência 
social ou estiver suspenso ou licenciado sem remuneração ou que deixar de receber o benefício de 
Seguro-Desemprego; 
III - até doze meses após cessar a segregação, o segurado acometido de doença de segregação 
compulsória; 
IV - até doze meses após o livramento, o segurado detido ou recluso; 
V - até três meses após o licenciamento, o segurado incorporado às Forças Armadas para prestar 
serviço militar; e 
VI - até seis meses após a cessação das contribuições, o segurado facultativo. 
Período de Graça
Período em que uma pessoa filiada à previdência social
mantém sua qualidade de segurado, independentemente
do recolhimento de contribuições
Durante o período de graça, seus direitos
previdenciários são preservados
Só se pode manter a qualidade de segurado,
se você for segurado.
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§ 1º O prazo do inciso II será prorrogado para até 24 (vinte e quatro) meses se o segurado já tiver 
pago mais de 120 (cento e vinte) contribuições mensais sem interrupção que acarrete a perda da 
qualidade de segurado. 
§ 2º Os prazos do inciso II ou do § 1º serão acrescidos de 12 (doze) meses para o segurado 
desempregado, desde que comprovada essa situação pelo registro no órgão próprio do Ministério 
do Trabalho e da Previdência Social. 
§ 3º Durante os prazos deste artigo, o segurado conserva todos os seus direitos perante a Previdência 
Social. 
§ 4º A perda da qualidade de segurado ocorrerá no dia seguinte ao do término do prazo fixado no 
Plano de Custeio da Seguridade Social para recolhimento da contribuição referente ao mês 
imediatamente posterior ao do final dos prazos fixados neste artigo e seus parágrafos. 
(Grifos nossos) 
 
4.2.2. Segurado que deixar de exercer atividade remunerada ou estiver suspenso ou 
licenciado sem remuneração 
O segurado que deixar de exercer atividade remunerada abrangida pela Previdência Social 
ou estiver suspenso ou licenciado sem remuneração, ou que deixar de receber o seguro 
desemprego manterá a qualidade de segurado (período de graça), por até 12 meses, 
independentemente do recolhimento de contribuições. 
Tal prazo poderá ser aumentado para 24 meses, se o segurado já tiver pago mais de 120 
contribuições mensais sem interrupção que acarrete a perda da qualidade de segurado. 
Quaisquer dos prazos acima (seja 12 meses ou 24 meses, conforme o caso), serão 
acrescidos de mais 12 meses para o segurado desempregado, desde que comprovado o 
desemprego involuntário por registro no órgão próprio do Ministério do Trabalho e 
Emprego, podendo comprovar tal condição, dentre outras formas: 
• por comprovação do recebimento do seguro-desemprego; ou 
• pela inscrição cadastral no Sistema Nacional de Emprego - SINE, órgão responsável 
pela política de emprego nos Estados da federação. 
 
Apesar do INSS não aceitar outros meios de prova, a Turma Nacional de Uniformização – 
TNU, competente para processar e julgar pedido de uniformização de interpretação de lei 
federal, editou o enunciado de Súmula 27, aduzindo que “A ausência de registro em órgão 
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do Ministério do Trabalho não impede a comprovação do desemprego por outros meios 
admitidos em Direito”. Segundo o STJ, admite-se, inclusive, prova testemunhal. 
O STJ também tem entendido que a ausência de anotação laboral na carteira de trabalho 
do segurado não é suficiente para comprovar sua situação de desemprego, uma vez que 
a ausência de anotação na CTPS não afasta possível exercício de atividade remunerada na 
informalidade. 
Resumidamente, podemos afirmar que o período de graça do segurado que deixar de 
exercer atividade remunerada ou estiver suspenso ou licenciado sem remuneração poderá 
ser: 
• 12 meses: 
o caso o segurado tenha até 120 contribuições mensais. 
 
• 24 meses: 
o caso o segurado tenha mais de 120 contribuições mensais sem interrupção 
que acarrete a perda da qualidade de segurado; ou 
o caso o segurado tenha 120 contribuições mensais ou menos , mas comprove 
que permanece em situação de desemprego involuntário. 
 
• 36 meses: 
o caso o segurado tenha mais de 120 contribuições mensais sem interrupção 
que acarrete a perda da qualidade de segurado e comprove, também, que 
permanece em situação de desemprego involuntário. 
 
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Até
12 meses 
No caso de segurado que deixar de exercer atividade
remunerada abrangida pela Previdência Social
Após a cessação do benefício
por incapacidade
Após a cessação das contribuições
No caso de segurado que estiver suspenso ou licenciado
sem remuneração
se recolhidas até
120 contribuições mensais
Até
24 meses 
Após a cessação do benefício
por incapacidade
Após a cessação das contribuições
se recolhidas mais de
120 contribuições mensais
sem interrupção que acarrete a perda da qualidade de segurado
No caso de segurado que deixar de exercer atividade
remuneradaabrangida pela Previdência Social
No caso de segurado que estiver suspenso ou licenciado
sem remuneração
+
12 meses 
Desemprego involuntário
Comprove a situação pelo registro no órgão
próprio do MTE (SINE, seguro desemprego) ou
por outros meios admitidos em direito.
se recolhidas até 120 contribuições
mensais e o segurado comprovar que
está involuntariamente desempregado
se recolhidas mais de 120 contribuições
mensais e o segurado comprovar que
está involuntariamente desempregado
até 24 meses
(12 + 12) 
até 36 meses
(24 + 12) 
ou seja:
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Cintia
Highlight
Cintia
Highlight
Cintia
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Vejamos como tais assuntos já foram cobrados em prova: 
 
(CESPE - Procurador – Procuradoria Geral do Estado de Pernambuco – 2018) (QUESTÃO ADAPTADA) 
Hélio, filiado ao RGPS há mais de dez anos, foi demitido do emprego em fevereiro de 2018, interrompendo 
o recolhimento das contribuições sociais. 
 Nesse caso, Hélio manterá a qualidade de segurado até a readmissão em novo emprego, desde que esta 
ocorra no prazo de quarenta e oito meses. 
CERTO ( ) 
ERRADO ( ) 
 
COMENTÁRIOS: 
 
O prazo no qual a pessoa mantém seus direitos perante a previdência social, independentemente de 
qualquer contribuição, é chamado de Período de Graça. Suas regras estão presentes no art. 15 da Lei 
8.213/91. Para responder essa questão vamos consultar este artigo: 
 
Art. 15. Mantém a qualidade de segurado, independentemente de contribuições: [...] 
II - até 12 (doze) meses após a cessação das contribuições, o segurado que deixar de exercer atividade remunerada 
abrangida pela Previdência Social, que estiver suspenso ou licenciado sem remuneração ou que deixar de receber o 
benefício de Seguro-Desemprego; [...] 
§ 1º O prazo do inciso II será prorrogado para até 24 (vinte e quatro) meses se o segurado já tiver pago mais de 120 
(cento e vinte) contribuições mensais sem interrupção que acarrete a perda da qualidade de segurado. 
§ 2º Os prazos do inciso II ou do § 1º serão acrescidos de 12 (doze) meses para o segurado desempregado, desde que 
comprovada essa situação pelo registro no órgão próprio do Ministério do Trabalho e da Previdência Social. 
(Destaques Nossos). 
 
Conforme podemos conferir no enunciado, Helio já contribui há mais de 10 anos (tendo recolhido, portanto, 
mais de 120 contribuições) e, por tal razão, tem o direito a um período de graça de 24 meses. Caso seja 
comprovada a situação de desemprego ele tem direito a 36 meses de período de graça. Em nenhum caso 
manterá sua qualidade de segurado por 48 meses. Portanto, alternativa incorreta. 
 
Gabarito: ERRADO. 
 
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(CESPE - Procurador – Procuradoria Geral do Estado de Pernambuco – 2018) (QUESTÃO ADAPTADA) 
Hélio, filiado ao RGPS há mais de dez anos, foi demitido do emprego em fevereiro de 2018, interrompendo 
o recolhimento das contribuições sociais. 
 Nesse caso, Hélio perderá a qualidade de segurado se não voltar a contribuir para o regime geral de 
previdência social, ainda que como facultativo, em até sessenta dias após a demissão. 
CERTO ( ) 
ERRADO ( ) 
 
COMENTÁRIOS: 
 
O prazo no qual a pessoa mantém seus direitos perante a previdência social, independentemente de 
qualquer contribuição, é chamado de Período de Graça. Suas regras estão presentes no art. 15 da Lei 
8.213/91. Assim sendo, para responder essa questão vamos consultar o mencionado artigo: 
 
Art. 15. Mantém a qualidade de segurado, independentemente de contribuições: [...] 
II - até 12 (doze) meses após a cessação das contribuições, o segurado que deixar de exercer atividade remunerada 
abrangida pela Previdência Social, que estiver suspenso ou licenciado sem remuneração ou que deixar de receber o 
benefício de Seguro-Desemprego; [...] 
§ 1º O prazo do inciso II será prorrogado para até 24 (vinte e quatro) meses se o segurado já tiver pago mais de 120 
(cento e vinte) contribuições mensais sem interrupção que acarrete a perda da qualidade de segurado. 
§ 2º Os prazos do inciso II ou do § 1º serão acrescidos de 12 (doze) meses para o segurado desempregado, desde que 
comprovada essa situação pelo registro no órgão próprio do Ministério do Trabalho e da Previdência Social. 
(Destaques Nossos). 
 
Conforme podemos conferir no enunciado, Helio já contribui há mais de 10 anos (tendo recolhido, portanto, 
mais de 120 contribuições). Desta forma, tem o direito a um período de graça de 24 meses e, caso seja 
comprovada a situação de desemprego, ele terá direito a 36 meses de período de graça. Assim sendo, não 
existe a obrigatoriedade de Hélio contribuir para o RGPS dentro de 60 dias após sua demissão para manter 
a qualidade de segurado. Portanto, alternativa incorreta. 
 
Gabarito: ERRADO. 
 
(CESPE – Procurador – Procuradoria Geral do Estado de Pernambuco – 2018) (QUESTÃO ADAPTADA) 
Hélio, filiado ao RGPS há mais de dez anos, foi demitido do emprego em fevereiro de 2018, interrompendo 
o recolhimento das contribuições sociais. 
 Nesse caso, Hélio perdeu a qualidade de segurado, automaticamente, na data da demissão, se esta ocorreu 
por justa causa. 
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CERTO ( ) 
ERRADO ( ) 
 
COMENTÁRIOS: 
O prazo no qual a pessoa mantém seus direitos perante a previdência social, independentemente de 
qualquer contribuição, é chamado de Período de Graça. Suas regras estão presentes no art. 15 da Lei 
8.213/91. Assim sendo, para responder essa questão vamos consultar o mencionado artigo: 
Art. 15. Mantém a qualidade de segurado, independentemente de contribuições: [...] 
II - até 12 (doze) meses após a cessação das contribuições, o segurado que deixar de exercer atividade remunerada 
abrangida pela Previdência Social, que estiver suspenso ou licenciado sem remuneração ou que deixar de receber o 
benefício de Seguro-Desemprego; [...] 
§ 1º O prazo do inciso II será prorrogado para até 24 (vinte e quatro) meses se o segurado já tiver pago mais de 120 
(cento e vinte) contribuições mensais sem interrupção que acarrete a perda da qualidade de segurado. 
§ 2º Os prazos do inciso II ou do § 1º serão acrescidos de 12 (doze) meses para o segurado desempregado, desde que 
comprovada essa situação pelo registro no órgão próprio do Ministério do Trabalho e da Previdência Social. 
(Destaques Nossos). 
 
Conforme podemos conferir no enunciado, Helio já contribui há mais de 10 anos (tendo recolhido, portanto, 
mais de 120 contribuições). Desta forma, tem o direito a um período de graça de 24 meses e, caso seja 
comprovada a situação de desemprego, ele terá direito a 36 meses de período de graça. No caso em questão, 
Hélio não perderá sua qualidade de segurado na data de sua demissão, pois, mesmo sendo demitido por 
justa causa, manterá a qualidade de segurado durante o período de graça. Portanto, alternativa incorreta. 
 
Gabarito: ERRADO. 
 
(CESPE – Procurador – Procuradoria Geral do Estado de Pernambuco – 2018) (QUESTÃO ADAPTADA) 
Hélio, filiado ao RGPS há mais de dez anos, foi demitido do emprego em fevereiro de 2018, interrompendo 
o recolhimento das contribuições sociais. 
Nesse caso, Hélio manterá a qualidade de segurado por cento e vinte dias, a partir da homologação da 
demissão. 
CERTO ( ) 
ERRADO ( ) 
 
COMENTÁRIOS: 
 
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O prazo no qual a pessoa mantém seus direitos perante a previdência social, independentemente de 
qualquer contribuição, é chamado de Período de Graça. Suas regras estão presentes no art. 15 da Lei 
8.213/91. Assim sendo, para responder essa questão vamos consultar o mencionado artigo: 
 
Art. 15. Mantém a qualidade de segurado, independentementede contribuições: [...] 
II - até 12 (doze) meses após a cessação das contribuições, o segurado que deixar de exercer atividade remunerada 
abrangida pela Previdência Social que estiver suspenso ou licenciado sem remuneração ou que deixar de receber o 
benefício de Seguro-Desemprego; [...] 
§ 1º O prazo do inciso II será prorrogado para até 24 (vinte e quatro) meses se o segurado já tiver pago mais de 120 
(cento e vinte) contribuições mensais sem interrupção que acarrete a perda da qualidade de segurado. 
§ 2º Os prazos do inciso II ou do § 1º serão acrescidos de 12 (doze) meses para o segurado desempregado, desde que 
comprovada essa situação pelo registro no órgão próprio do Ministério do Trabalho e da Previdência Social. 
(Destaques Nossos). 
 
Conforme podemos conferir no enunciado, Helio já contribui há mais de 10 anos (tendo recolhido, portanto, 
mais de 120 contribuições) e, por tal razão, tem o direito a um período de graça de 24 meses. Caso seja 
comprovada a situação de desemprego ele tem direito a 36 meses de período de graça. Provavelmente o 
examinador tentou confundir o candidato com o número “120”, mencionado na legislação que trata do 
assunto. Contudo, como vimos, tal número refere-se à quantidade de contribuições acima da qual o 
segurado terá direito à prorrogação do “período de graça”. 
 
Gabarito: ERRADO. 
 
 (CESPE - Especialista – FUNPRESP –2016). 
A respeito do regramento do RGPS sobre manutenção da qualidade de segurado e salário-família, julgue o 
item seguinte. 
Empregado demitido de determinada empresa após ter contribuído por quinze anos de serviço manterá a 
qualidade de segurado por até trinta e seis meses, caso comprove a situação de desemprego em órgão 
próprio da previdência social. 
CERTO ( ) 
ERRADO ( ) 
 
COMENTÁRIOS: 
O prazo no qual a pessoa mantém seus direitos perante a previdência social, independentemente de 
qualquer contribuição, é chamado de Período de Graça. Suas regras estão presentes no art. 15 da Lei 
8.213/91. Para responder essa questão vamos consultar este artigo: 
Art. 15. Mantém a qualidade de segurado, independentemente de contribuições: [...] 
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II - até 12 (doze) meses após a cessação das contribuições, o segurado que deixar de exercer atividade remunerada 
abrangida pela Previdência Social que estiver suspenso ou licenciado sem remuneração ou que deixar de receber o 
benefício de Seguro-Desemprego; [...] 
§ 1º O prazo do inciso II será prorrogado para até 24 (vinte e quatro) meses se o segurado já tiver pago mais de 120 
(cento e vinte) contribuições mensais sem interrupção que acarrete a perda da qualidade de segurado. 
§ 2º Os prazos do inciso II ou do § 1º serão acrescidos de 12 (doze) meses para o segurado desempregado, desde que 
comprovada essa situação pelo registro no órgão próprio do Ministério do Trabalho e da Previdência Social. 
 
(Destaques Nossos). 
 
Conforme podemos conferir no enunciado, caso o segurado já tenha contribuído por 15 anos (portanto, mais 
de 120 meses) terá direito a um período de graça de 24 meses e, caso seja comprovada a situação de 
desemprego, ele tem direito a uma prorrogação de mais 12 meses, totalizando 36 meses de período de graça. 
Portanto, alternativa correta. 
 
Gabarito: CERTO. 
 
(CESPE – Defensor Público – Defensoria Pública do Distrito Federal – 2013). 
Acerca do RGPS, julgue o item a seguir. 
Considere a seguinte situação hipotética. Em julho de 2011, depois de pagar ininterruptamente por mais de 
dez anos contribuições mensais à previdência social, Maria foi demitida da empresa onde trabalhava como 
balconista e, desde então, ela não recolheu contribuições para a previdência social. Em face dessa situação 
hipotética, é correto afirmar que, em março de 2013, Maria ainda mantinha a qualidade de segurada. 
CERTO ( ) 
ERRADO ( ) 
 
COMENTÁRIOS: 
O prazo no qual a pessoa mantém seus direitos perante a previdência social, independentemente de 
qualquer contribuição, é chamado de Período de Graça, e suas regras estão presentes no art. 15 da Lei 
8.213/91. Desta forma, para responder essa questão em epígrafe, vamos consultar o mencionado artigo: 
Art. 15. Mantém a qualidade de segurado, independentemente de contribuições: 
[...] 
II - até 12 (doze) meses após a cessação das contribuições, o segurado que deixar de exercer atividade remunerada 
abrangida pela Previdência Social, que estiver suspenso ou licenciado sem remuneração ou que deixar de receber o 
benefício de Seguro-Desemprego; 
[...] 
§ 1º O prazo do inciso II será prorrogado para até 24 (vinte e quatro) meses se o segurado já tiver pago mais de 120 
(cento e vinte) contribuições mensais sem interrupção que acarrete a perda da qualidade de segurado. 
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§ 2º Os prazos do inciso II ou do § 1º serão acrescidos de 12 (doze) meses para o segurado desempregado, desde que 
comprovada essa situação pelo registro no órgão próprio do Ministério do Trabalho e da Previdência Social. 
(Destaques Nossos). 
 
Conforme podemos conferir no enunciado, Maria já contribui há mais de 10 anos (ou seja, já possui mais de 
120 contribuições mensais recolhidas ininterruptamente). Assim sendo, Maria tem o direito a um período 
de graça de 24 meses e, caso seja comprovada a situação de desemprego, ela tem direito a uma prorrogação 
de mais 12 meses, totalizando 36 meses de período de graça. Desta forma, é correto afirmar que, em março 
de 2013, Maria ainda mantinha a qualidade de segurada, mesmo que não comprove a situação de 
desemprego e não faça jus à prorrogação por mais 12 meses. Portanto alternativa correta. 
 
Gabarito: CERTO. 
 
(FCC - Analista Judiciário - TRT 2ª Região - 2014) (QUESTÃO ADAPTADA). 
Mantém a qualidade de segurado, independentemente de contribuições: 
O segurado obrigatório, por até 48 meses após a cessação das contribuições. 
CERTO ( ) 
ERRADO ( ) 
 
COMENTÁRIOS: 
O prazo no qual a pessoa mantém seus direitos perante a previdência social, independentemente de 
qualquer contribuição, é chamado de Período de Graça, e suas regras estão presentes no art. 15 da Lei 
8.213/91, conforme trecho abaixo transcrito: 
Art. 15. Mantém a qualidade de segurado, independentemente de contribuições: 
I - sem limite de prazo, quem está em gozo de benefício, exceto do auxílio-acidente; 
II - até 12 (doze) meses após a cessação das contribuições, o segurado que deixar de exercer atividade remunerada 
abrangida pela Previdência Social, que estiver suspenso ou licenciado sem remuneração ou que deixar de receber o 
benefício de Seguro-Desemprego; 
III - até 12 (doze) meses após cessar a segregação, o segurado acometido de doença de segregação compulsória; 
IV - até 12 (doze) meses após o livramento, o segurado retido ou recluso; 
V - até 3 (três) meses após o licenciamento, o segurado incorporado às Forças Armadas para prestar serviço militar; 
VI - até 6 (seis) meses após a cessação das contribuições, o segurado facultativo. 
§ 1º O prazo do inciso II será prorrogado para até 24 (vinte e quatro) meses se o segurado já tiver pago mais de 120 
(cento e vinte) contribuições mensais sem interrupção que acarrete a perda da qualidade de segurado. 
§ 2º Os prazos do inciso II ou do § 1º serão acrescidos de 12 (doze) meses para o segurado desempregado, desde que 
comprovada essa situação pelo registro no órgão próprio do Ministério do Trabalho e da Previdência Social. 
§ 3º Durante os prazos deste artigo, o segurado conserva todos os seus direitos perante a Previdência Social. 
PAULO
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Conforme podemos conferir acima, o período de graça do segurado obrigatório, após cessar suas 
contribuições, poderá ser de 12, 24 ou 36 meses, conforme o caso. Não existe previsão de período de graça 
de 48 meses nas hipóteses previstasna legislação. 
 
Gabarito: ERRADO. 
 
 (FCC - Procurador Judicial – Procuradoria Geral do Município - Recife – 2014) (QUESTÃO ADAPTADA). 
A qualidade de segurado da Previdência Social é mantida, independentemente de contribuições por até 12 
meses após a cessação das contribuições, para o segurado que deixar de exercer atividade remunerada 
abrangida pela Previdência Social ou estiver suspenso ou licenciado sem remuneração. 
CERTO ( ) 
ERRADO ( ) 
COMENTÁRIOS: 
O prazo no qual a pessoa mantém seus direitos perante a previdência social, independentemente de 
qualquer contribuição, é chamado de Período de Graça, e suas regras estão presentes no art. 15 da Lei 
8.213/91, conforme segue. 
Art. 15. Mantém a qualidade de segurado, independentemente de contribuições: 
I - sem limite de prazo, quem está em gozo de benefício, exceto do auxílio-acidente; 
II - até 12 (doze) meses após a cessação das contribuições, o segurado que deixar de exercer atividade remunerada 
abrangida pela Previdência Social, que estiver suspenso ou licenciado sem remuneração ou que deixar de receber o 
benefício de Seguro-Desemprego; 
III - até 12 (doze) meses após cessar a segregação, o segurado acometido de doença de segregação compulsória; 
IV - até 12 (doze) meses após o livramento, o segurado retido ou recluso; 
V - até 3 (três) meses após o licenciamento, o segurado incorporado às Forças Armadas para prestar serviço militar; 
VI - até 6 (seis) meses após a cessação das contribuições, o segurado facultativo. 
§ 1º O prazo do inciso II será prorrogado para até 24 (vinte e quatro) meses se o segurado já tiver pago mais de 120 
(cento e vinte) contribuições mensais sem interrupção que acarrete a perda da qualidade de segurado. 
§ 2º Os prazos do inciso II ou do § 1º serão acrescidos de 12 (doze) meses para o segurado desempregado, desde que 
comprovada essa situação pelo registro no órgão próprio do Ministério do Trabalho e da Previdência Social. 
§ 3º Durante os prazos deste artigo, o segurado conserva todos os seus direitos perante a Previdência Social. 
 
O que se afirma no enunciado é exatamente o que diz o inciso II do artigo 15, que acabamos de ler. Apesar 
de existir situações previstas nos parágrafos 1º e 2º do art. 15 acima transcrito aumentando para 24 ou 36 
meses o período de graça para o segurado que deixar de exercer atividade remunerada abrangida pela 
Previdência Social ou estiver suspenso ou licenciado sem remuneração, temos, pela regra geral, que a 
qualidade de segurado da Previdência Social será mantida, independentemente de contribuições por até 12 
meses após a cessação das contribuições. Sendo assim, podemos concluir que a assertiva está correta. 
 
Gabarito: CERTO. 
PAULO
Realce
PAULO
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(FCC - Técnico Judiciário - TRF 4ª Região – 2014) (QUESTÃO ADAPTADA). 
Maria já pagou mais de 120 (cento e vinte) contribuições mensais, ininterruptas, à Previdência Social. 
Encontra-se cadastrada no órgão próprio do Ministério do Trabalho e Emprego. Maria está desempregada 
de forma involuntária há dezoito meses. 
Apesar de tudo isso, em face desta situação, Maria infelizmente não ostenta mais a qualidade de segurada 
da Previdência Social. 
CERTO ( ) 
ERRADO ( ) 
 
COMENTÁRIOS: 
O prazo no qual a pessoa mantém seus direitos perante a previdência social, independentemente de 
qualquer contribuição, é chamado de Período de Graça. Suas regras estão presentes no art. 15 da Lei 
8.213/91. Para responder essa questão, vamos consultar o artigo correspondente: 
Art. 15. Mantém a qualidade de segurado, independentemente de contribuições: 
[...] 
II - até 12 (doze) meses após a cessação das contribuições, o segurado que deixar de exercer atividade remunerada 
abrangida pela Previdência Social, que estiver suspenso ou licenciado sem remuneração ou que deixar de receber o 
benefício de Seguro-Desemprego; 
[...] 
§ 1º O prazo do inciso II será prorrogado para até 24 (vinte e quatro) meses se o segurado já tiver pago mais de 120 
(cento e vinte) contribuições mensais sem interrupção que acarrete a perda da qualidade de segurado. 
§ 2º Os prazos do inciso II ou do § 1º serão acrescidos de 12 (doze) meses para o segurado desempregado, desde que 
comprovada essa situação pelo registro no órgão próprio do Ministério do Trabalho e da Previdência Social. 
(Destaques Nossos). 
 
Conforme podemos conferir no enunciado, Maria já pagou mais de 120 contribuições mensais sem 
interrupção. Por tal razão, já teria direito a 24 meses de manutenção na qualidade de segurada. No entanto, 
como comprovou situação de desemprego, este prazo será prorrogado por mais 12 meses, totalizando 36 
meses de período de graça. Como Maria está desempregada há 18 meses, ainda mantém sua qualidade de 
segurada. Portanto, alternativa incorreta. 
 
Gabarito: ERRADO. 
 
PAULO
Realce
PAULO
Realce
PAULO
Realce
PAULO
Realce
PAULO
Realce
PAULO
Realce
 
 
 
 
 
 39 
223 
 
(FCC - Técnico Judiciário - TRF 4ª Região – Administrativa – 2014) (QUESTÃO ADAPTADA). 
Maria já pagou mais de 120 (cento e vinte) contribuições mensais, ininterruptas, à Previdência Social. 
Encontra-se cadastrada no órgão próprio do Ministério do Trabalho e Emprego. Maria está desempregada 
de forma involuntária há dezoito meses. 
Em face desta situação, Maria continua na condição de segurada por mais 36 meses. 
CERTO ( ) 
ERRADO ( ) 
 
COMENTÁRIOS: 
O prazo no qual a pessoa mantém seus direitos perante a previdência social, independentemente de 
qualquer contribuição, é chamado de Período de Graça. Suas regras estão presentes no art. 15 da Lei 
8.213/91. Para responder essa questão, vamos consultar o artigo correspondente: 
Art. 15. Mantém a qualidade de segurado, independentemente de contribuições: 
[...] 
II - até 12 (doze) meses após a cessação das contribuições, o segurado que deixar de exercer atividade remunerada 
abrangida pela Previdência Social, que estiver suspenso ou licenciado sem remuneração ou que deixar de receber o 
benefício de Seguro-Desemprego; 
[...] 
§ 1º O prazo do inciso II será prorrogado para até 24 (vinte e quatro) meses se o segurado já tiver pago mais de 120 
(cento e vinte) contribuições mensais sem interrupção que acarrete a perda da qualidade de segurado. 
§ 2º Os prazos do inciso II ou do § 1º serão acrescidos de 12 (doze) meses para o segurado desempregado, desde que 
comprovada essa situação pelo registro no órgão próprio do Ministério do Trabalho e da Previdência Social. 
(Destaques Nossos). 
 
Conforme podemos conferir no enunciado, Maria já pagou mais de 120 contribuições mensais sem 
interrupção. Por tal razão, já teria direito a 24 meses de manutenção na qualidade de segurada. No entanto, 
como comprovou situação de desemprego, este prazo será prorrogado por mais 12 meses, totalizando 36 
meses de período de graça. Como Maria está desempregada há 18 meses, ainda mantém sua qualidade de 
segurada por mais 18 meses, para totalizar os 36 meses do período de graça. Segundo o enunciado da 
questão, Maria continua na condição de segurada por mais 36 meses, além dos 18 meses em que ela já 
manteve a qualidade de segurada. Neste caso, o período de graça totalizaria 54 meses. Mas sabemos que 
esse período de graça não existe. Muita atenção na leitura do enunciado e cuidado com a leitura apressada. 
Alternativa incorreta. 
 
Gabarito: ERRADO. 
 
PAULO
Realce
PAULO
Realce
PAULO
Realce
PAULO
Realce
PAULO
Realce
PAULO
Realce
 
 
 
 
 
 40 
223 
 
 (FCC - Técnico Judiciário - TRF 4ª Região – 2014) (QUESTÃO ADAPTADA). 
Maria já pagou mais de 120 (cento e vinte) contribuições mensais, ininterruptas, à Previdência Social. 
Encontra-se cadastrada no órgão próprio do Ministério do Trabalho e Emprego. Maria está desempregada 
de forma involuntária há dezoito meses. 
Em face desta situação, Maria deverá contribuir por mais 6 meses, mesmo que de forma facultativa, para 
continuar na qualidade de segurada. 
CERTO ( ) 
ERRADO

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