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RESENHA CRITICA COMPONENTE DE CIÊNCIA POLÍTICA

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UNIVERSIDADE DO OESTE DE SANTA CATARINA 
UNOESC XANXERÊ 
CIÊNCIA POLÍTICA 
CURSO DE DIREITO 
 
 
 
 
 
 
 
OTAVIO STÖHR DAMIAN 
 
 
 
 
 
 
TRABALHO ACADÊMICO EFETIVO - TAE 
 
 
 
 
 
 
 
 
Xanxerê/ SC 
2021 
OTAVIO STÖHR DAMIAN 
2 
 
 
 
 
 
 
TRABALHO ACADÊMICO EFETIVO - TAE 
 
 
 
 
 
 
Trabalho do Componente Curricular Ciência 
Política apresentado ao Curso de Direito, Área das 
Ciências das Humanidades, da Universidade do Oeste 
de Santa Catarina. 
 
 
 
 
 
 
Professor: César Marció 
 
 
 
 
 
Xanxerê/ SC 
2021 
Resenha crítica 
 
3 
 
Acerca das obras lidas ‘‘Ciência Política e Teoria do Estado’’ de Lenio Luiz 
Streck e José Luiz Bolzan de Morais e ‘‘Elementos da Teoria Geral do Estado’’ é 
possível compreender a relação social do homem com o meio estatal, visto que está 
completamente ligada as obras. A partir das leituras compreende-se melhor o Estado, 
sua origem, estrutura e funcionamento desde o início da humanidade até a 
contemporaneidade visto que o mesmo vem sofrendo transformações dia após dia e 
é moldado pelos indivíduos que fazem parte dele e desta forma compõem a 
sociedade, está que traz benefícios ao homem, mas ao mesmo tempo, o limita. 
A partir disso, faz-se uma análise crítica do Estado Moderno e de seus 
desdobramentos, em especial, o Estado de Direito levando em consideração seus 
mais variados aspectos para que, desta forma, possamos entende-lo e dissociá-lo. 
As obras nos mostram pontos de partida para o início de um estudo sobre a 
sociedade e sua organização, já que para se ter algo concreto temos que buscar 
dados como: decisões na sociedade e a posição do indivíduo. Além disso, fala sobre 
os elementos que caracterizam o Estado e a importância da Ciência Política, onde de 
cara podemos perceber que esta ciência analisa a Democracia, o Governo, o Poder e 
outras instituições. Além disso, esta ciência humana possui dificuldades que se 
atenuam com a forma de agir dos seres humanos que são teleológicos, simbólicos, 
ou seja, usam símbolos para se comunicar e são ideológicos usando valores vigentes 
do nosso sistema cultural para justificar seus comportamentos. 
Ao longo dos séculos e com as invasões dos bárbaros o Império Romano se 
separou e surgiu um estado medieval, os feudos, que continham grande instabilidade 
social, econômica e política onde os servos trabalhavam para os senhores feudais. 
Com o tempo este sistema foi perdendo força e deu espaço ao capitalismo que é peça 
chave para a formação do Estado Moderno com uma versão absolutista que possui o 
poder centralizado, uma autoridade (chefe) que impõe limites em seu povo que possui 
direitos e deveres dentro de um território e possuía um sistema jurídico 
consuetudinário. Portanto, com o surgimento do capitalismo foi possível garantir 
segurança jurídica a aqueles que não faziam parte do clero e da nobreza. 
Para o italiano Raneletti, a associação dos homens se deve à uma condição 
essencial de vida, sendo assim, o homem pode satisfazer às suas necessidades e 
aprender a aprimorar e a conservar a si. Portanto, conclui-se que ‘‘a sociedade é o 
produto da conjugação de um simples impulso associativo natural e da cooperação 
da vontade humana’’. 
4 
 
 Já em uma linha de pensamento contrária, estão diversos autores que, 
sustentam que a sociedade é o produto de um acordo de vontades (contrato), razão 
pela qual estes autores são chamados de contratualistas. Deste modo, além da teoria 
contratualista existem várias teorias para explicar o Estado, dentre elas está a teoria 
economicista e a teoria psicanalítica que, juntas, julgam o Estado como uma forma de 
dominação que atende diferentes classes. 
Carl Marx é o responsável pela teoria economicista, a qual traz a ‘‘visão 
negativa sobre o Estado’’ pois ele gera conflitos de classes nos limites da ordem e 
isso acarretará no fim das classes sociais e do próprio Estado. 
Já para os contratualistas que possuem uma ‘‘visão positiva do Estado’’ tudo é 
baseado em um consenso onde todos ou a grande maioria dos cidadãos lutam por 
um só objetivo e, desta forma, através do contrato, dá se a passagem do Estado de 
Natureza para o Estado Civil. 
De acordo com Thomas Hobbes, o Estado Natural é tumultuado pela tensão já 
que é um estágio pré-político do homem. Lá perpetuaria o medo e a violência e se 
alguém se encontrasse nesse Estado ela precisaria se proteger dos ataques das 
outras pessoas se armando, assim haveria uma ‘‘guerra de todos contra todos’’ e 
nesta condição ninguém gostaria de trabalhar para se alimentar e desta forma não 
sobreviveria por muito tempo, levando as pessoas, por medo, a afundar o Estado 
deixando sua liberdade para trás e passando a obedecer ao Estado que a qualquer 
custo deveria proteger os cidadãos e garantir a paz. E para John Locke seria uma 
sociedade de relações pacíficas. Nessa sociedade civil o homem traz consigo direitos 
que já estavam presentes no Estado de Natureza, o qual era um período de plena 
igualdade entre todos os indivíduos onde os mesmos eram regidos pela lei natural que 
garantia a posse sobre qualquer bem natural, entretanto, essa lei gerava conflitos 
quando as pessoas queriam a mesma posse, problema que foi resolvido com o 
advento do contrato que permitiu que um líder tomasse a decisão por todos surgindo 
então o Estado Civil, contudo, o Estado não poderia julgar da forma que quisesse. E 
nesse período já existia o direito de liberdade e propriedade e por isso só seriam 
obrigados a obedecer ao Estado se ele protegesse esses direitos, caso contrário, era 
possível se rebelar. 
O terceiro contratualista – Jean Jacques Rousseau diz que o Estado de 
Natureza deixava o ser humano livre de qualquer amarra institucional que o privaria 
e sua liberdade natural, nesta época ele tinha pouca atividade intelectual e não 
5 
 
conhecia a moral e nem a maldade que passou a ser praticada mais tarde quando 
ele descobriu o que era certo e errado, desta forma, as pessoas não seriam mais 
iguais, deixando espaço para as desigualdades. Ele defendia a reformulação da 
sociedade, a fim de que a vontade geral fosse atendida. Assim o Contrato Social 
seria objeto de estudo para ele estudar os fundamentos das desigualdades que 
nascem junto com a propriedade e deveria servir para preservar a liberdade natural 
do homem, seu bem-estar e sua segurança. Assim, o modelo ao qual se propõe 
seria basicamente que, ao transcender do estado de natureza para o estado social, 
o homem abandone o senso de justiça, e passe em suas ações, adotar uma conduta 
moral que antes era ausente, ou seja, substituir a voz da emoção pela voz da razão, 
pois assim o homem passa a ampliar suas ideias e enobrece a si, passando a ter 
uma finalidade na sociedade. 
 Quando se trata de finalidade social temos dois pontos de vista, de um lado 
temos os deterministas, que possuem a ideia de que o homem possui em seu 
âmbito, fatores que determinam sua vida social, não havendo possibilidade de 
escolha de uma orientação social. Isso faz com que o homem adquira uma vida 
monótona e tenha descrença em mudanças. 
 Em contrapartida temos os autores considerados finalistas, que dizem que 
cada homem possui uma finalidade social que por ele mesmo seria determinada, 
mas a dificuldade seria criar uma finalidade social que pudesse agradar e atender a 
todos, já que algo que pode ser valioso para um, pode não valer nada para outro, 
assim então foi criado o conceito do bem comum, formulado pelo Papa João XXIII, 
que tem por objetivo criar condições que favoreçam os grupos sociais e seus fins 
particulares. 
 Para assegurar que houvesse um controle e uma interação dos grupos, criou-
se o conjunto de ordem, que ao passar do tempo foi se tornando um conjunto de 
regras ditadas e pensadas para o bom funcionamento da sociedade. Sendo assim 
os grupos poderiam achar alguma regraruim, mas teriam que segui-la para manter o 
bem estar coletivo, mas para isso precisamos de algo chamado poder. 
 Rousseau dá o exemplo de que somente a vontade geral posa dirigir o 
estado, ou seja, o bem comum, ele também toma como exemplo que as grandes 
civilizações só se tornaram grandes após abandonarem o interesse individual e 
focarem no interesse coletivo. 
6 
 
No Estado Moderno a dominação passa a ser legal-racional, definida por Weber 
onde qualquer direito pode ser criado e modificado mediante um estatuto sancionado 
corretamente quanto a forma. 
Por conseguinte, o contratualismo foi essencial na Revolução Francesa pois o 
povo queria uma constituição já que os aristocratas estavam detendo todo o poder e 
a França e seu povo se uniram para derrubar o Rei e poder voltar a participar das 
decisões políticas e sociais. Desta forma, baseada em ideais iluministas, a Revolução 
Francesa de 1789 marcou o início da Idade Contemporânea e o início do Estado de 
Direito cedendo espaço a liberdade e à propriedade. Após isso, surgiu o liberalismo 
dividido em três núcleos: moral, econômico e político sendo contrário a interferência 
do Estado nas decisões, como é o caso da Inglaterra à partir da revolução industrial 
de 1815, onde o princípio de pensamento seria de que todos os seres humanos são 
capacitados para o trabalho e intelectuais. Desta forma, o Estado não tem o direito de 
interferir na vida e na liberdade individual do cidadão, a menos que estes se atentem 
contra a ordem vigente, este pensamento criou um Estado de Direito que visava 
assegurar os direitos do cidadão e acabar com o poder absoluto. 
A partir do surgimento do plano liberal com muitas consequências causadas 
pela Revolução Industrial e pelas guerras mundiais. No fim do século XIX, a justiça 
social veio com o objetivo de ajudar cidadãos que não tinham iniciativa para o 
crescimento, dando espaço para o Estado de Bem-Estar Social que se fortaleceu e se 
consolidou graças as lutas pelos direitos individuais e pela troca de modelo agrário 
para o modelo industrial onde o Estado passou a desempenhar uma função social que 
precisava garantir ao povo uma vida digna. 
Em nosso país, por exemplo, o Estado de Bem-Estar Social não se faz 
totalmente presente visto que o que a sociedade nos impõe concentra uma grande 
renda na mão de poucos e deixa milhares de cidadãos em situação difícil o que 
consequentemente contribui muito para as desigualdades sociais aplicadas pelo 
neoliberalismo imposto no Brasil. 
Concomitantemente, a ideia de que o Estado é apresentado como uma 
personalidade jurídica, representa um grande avanço na disciplina jurídica de 
interesse coletivo, graças aos contratualistas, o Estado pode ser considerado 
pessoa jurídica, pois representa o interesse coletivo, ou seja, o povo como uma 
unidade. 
7 
 
 Somente no século XIX, graças aos publicistas alemães, viu-se que o tema 
não poderia apenas se tratar na política, mas também fossem conteúdo dogmático 
jurídico. A ideia de Estado como pessoa jurídica aparece também com Savigny, 
onde , sua doutrina põe a personalidade jurídica do Estado como ficção, admitindo 
que os sujeitos de direito são na realidade apenas indivíduos dotados de 
consciência e vontade, levando a atribuição da capacidade jurídica a agrupamentos 
de interesse coletivo, que são dotados de personalidade jurídica própria, que não se 
confundem com a dos seus componentes, considerando a pessoa jurídica como um 
sujeito artificial criado pela lei, onde também se enquadra a figura do Estado. 
O Estado de Direito contém o poder do monarca, isto é, o povo deixa de ser 
súdito e passa a atuar ativamente na democracia representativa, já o Estado Liberal 
de Direito defende uma liberdade individual pautada em uma desvinculação das 
funções estatais onde a lei concebe a seus partícipes seus direitos e também deveres. 
No Estado Social de Direito as leis são utilizadas com a finalidade de proporcionar aos 
indivíduos um situação de bem-estar e conforto. Ademais, no Estado Democrático de 
Direito as leis são feitas pelo povo e para o povo, entretanto, não participamos de cada 
decisão e sim elegemos alguém para fazer isso expressando nossas vontades. 
Isto posto, o Estado Moderno vem sofrendo atualmente uma crise destacando 
nesse sentido as questões da soberania e dos direitos humanos onde com soberania 
e Estado cria e aplica as leis dentro de seu território, entretanto, ela vem sendo 
prejudicada por organizações como a Mercosul, por exemplo. E os direitos humanos 
estão diminuindo a soberania do Estado pois não está mais na defesa dos atos dele 
sendo movida pelos problemas do Estado de Bem-Estar Social onde o Estado 
interfere nas atividades do país visando que os cidadãos vivam bem e com seus 
direitos assegurados. Entretanto, os custos para isso são altos e é necessário 
aumentar os tributos. 
Desta forma, para evitar a volta do absolutismo e proporcionar melhorias na 
sociedade o Estado divide suas mais variadas funções aos poderes Legislativo, 
Executivo e Judiciário que são seus aliados no Estado Contemporâneo, seja ele 
república ou monarquia – a qual foi radicalmente transformada com as revoluções 
liberais. 
Por fim, analisando as duas obras nota-se que é de suma importância que cada 
cidadão livre cobre e fiscalize o poder concedido aos governantes assim efetivando a 
cidadania e evitando que sejamos usados somente para o voto e contribuindo para 
8 
 
que cada elegido ganhe seu salário e não faça seu trabalho. A opinião pública é um 
mecanismo que precisa ter mais representatividade, entretanto, ela precisa ser menos 
influenciada pelas ideologias vigentes e partir de uma realidade convicta para que 
assim ela não perca sua autonomia.

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