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Guia para Elaboração de Projetos 
de Aterros Sanitários para 
Resíduos Sólidos Urbanos
Eng. Civil Nicolau Leopoldo Obladen
Adm. Neiva Terezinha Ronsani Obladen
Eng. de Alim. Kelly Ronsani de Barros 
Série de Publicações
Temáticas do CREA-PR 
VOLUME III 
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OS AUTORES
Eng. Civil Nicolau Leopoldo Obladen
Engenheiro Civil pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), 1 9 6 1 .
Engenheiro Sanitarista pela Universidade de São Paulo (USP) – Faculdade de Higiene e Saúde 
Pública, 1 9 6 6 .
Mestre em Educação pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR), 2 0 0 1 .
Engenheiro do Ministério da Saúde – FSESP (FUNASA) – 1 9 6 2 /1 9 7 0 .
Professor Adjunto UFPR – Departamento de Hidráulica e Saneamento – 1 9 7 0 /1 9 9 5 .
Professor Titular PUCPR – Cursos de Engenharia Civil, Arquitetura e Urbanismo e 
Engenharia Ambiental – 1 9 7 7 /2 0 0 7 .
Diretor Técnico da Empresa Habitat Ecológico Ltda, desde 2 0 0 2 .
Adm. Neiva Terezinha Ronsani Obladen
Administradora de Empresas pela Universidade Tuiuti do Paraná (UTP), 2 0 0 3 .
Consultora do Sebrae/PR em Coleta Seletiva de Resíduos Sólidos para a Reciclagem.
Sócia–gerente da Empresa de Consultoria Habitat Ecológico Ltda, desde 2 0 0 2 .
Eng. de Al. Kelly Ronsani de Barros
Engenheira de Alimentos pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR), 2 0 0 7 .
Especialista em Gestão da Segurança de Alimentos pelo Senac/PR. (em curso).
Consultora da Empresa Habitat Ecológico Ltda.
E-mail: habitat-eco@brturbo.com.br
Ficha Técnica – Dezembro/2 0 0 9
Texto e Ilustração:
Habitat Ecológico Ltda
Diagramação:
Marcus Brudzinski
Uma Publicação do CREA-PR
comunicacao@crea-pr.org.br
O conteúdo é de responsabilidade dos autores.
ApoioUma publicação
PRO-CREA
Qua lif ic a ç ã o Profissiona l
Apresentação 
A recente Lei 1 1 .4 4 5 , de 0 7 de janeiro de 2 0 0 7 , fixa as diretrizes nacionais para o saneamento 
básico, estabelecendo a universalização do acesso aos serviços de abastecimento de água, 
esgotamento sanitário, limpeza urbana e manejo de resíduos, disponibilizando os serviços de 
drenagem e de manejo das águas pluviais em todas as áreas urbanas.
Entende-se por saneamento básico, o conjunto de serviços, infraestruturas e instalações 
operacionais de:
- Abastecimento de água potável.
- Esgotamento sanitário.
- Limpeza urbana e manejo de resíduos, conjunto de atividades, infraestruturas e instalações 
operacionais de coleta, transporte, transbordo, tratamento e destino final do lixo doméstico e do lixo 
originário da varrição e limpeza de logradouros e vias públicas, além de disciplinar os demais tipos de 
resíduos (industriais, de serviços de saúde, construção civil, especiais etc.).
- Drenagem e manejo das águas pluviais urbanas.
O entendimento dos Sistemas de Limpeza Urbana e Manejo dos Resíduos Sólidos de cada 
Município passa pelo detalhamento de todos os fatores que impactam diretamente na resolução dos 
problemas afetos ao setor, tais como: aspectos legais, financeiros, arranjos institucionais, forma de 
prestação dos serviços, tecnologia de manejo e infraestrutura operacional, destacando-se as ações 
integradas da limpeza urbana, acondicionamento, coleta, transporte, transbordo, tratamento e 
disposição final. Como consequência surge a necessidade de elaboração dos Planos Municipais de 
Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos, parte integrante dos Planos Municipais de Saneamento 
Básico (Lei 1 1 .4 4 5 /2 0 0 7 ). 
Isto posto, e apoiados na conceituação básica dos resíduos sólidos (lixo) e na sua gestão 
integrada, apresenta-se esta Publicação Temática – Guia para Elaboração de Projetos de Aterros 
Sanitários para Resíduos Sólidos Urbanos, abordando as definições dos resíduos sólidos, escolha de 
áreas, licenciamentos, detalhamentos do projeto, sua construção, operação, manutenção e gestão, 
destacando ainda, os desafios atuais referentes à eficiência e sustentabilidade dos sistemas. Para 
tanto, e pelo volume de informações disponibilizadas formatamos o presente Guia, em dois volumes.
Concluimos nesta apresentação que projetar, construir e operar aterros sanitários requer grande 
capacitação técnica, porém a sua gestão integrada e a sua sustentabilidade requerem muito mais: 
dedicação, responsabilidade administrativa e financeira e sobretudo amor pela causa pública.
Os autores
Guia para Elaboração de Projetos de Aterros Sanitários para Resíduos Sólidos Urbanos – VOLUME III
SUMÁRIO
1 . CONSTRUÇÃO, OPERAÇÃO E MANUTENÇÃO .................................................................0 6
1 .1 Construção ......................................................................................................0 6
1 .2 Operação .........................................................................................................0 8
1 .3 Manutenção ....................................................................................................1 2
1 .4 Fechamento e selagem ......................................................................................1 4
1 .5 Reinserção ......................................................................................................2 2
2 . GESTÃO DE ATERROS ............................................................................................2 6
2 .1 Vida Útil ..........................................................................................................2 6
2 .2 Índice de Qualidade ...........................................................................................2 7
3 . NORMAS TÉCNICAS, RESOLUÇÕES E LEGISLAÇÃO VIGENTES....................................3 2
4 . REFERÊNCIAS ......................................................................................................4 4
5 . ANEXOS ...............................................................................................................5 1
Guia para Elaboração de Projetos de Aterros Sanitários para Resíduos Sólidos Urbanos – VOLUME III
1 CONSTRUÇÃO, OPERAÇÃO E MANUTENÇÃO
1.1 Construção
Existem três métodos distintos para se construir um aterro sanitário:
• Método de rampa;
• Método de trincheira;
• Método de área.
Segundo José Dantas de Lima, o método de rampa utiliza terrenos com declive, onde os 
resíduos vão sendo depositados e compactados, seguindo a declividade existente, com o recobrimento 
necessário no final de cada etapa de trabalho prosseguindo até que as células em construção atinjam o 
topo do declive da parte superior e lateral. Esta construção continua até que os diversos patamares 
ocupem toda a área projetada. As rampas aos poucos preenchem as células e as mesmas 
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Guia para Elaboração de Projetos de Aterros Sanitários para Resíduos Sólidos Urbanos – VOLUME III
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Guia para Elaboração de Projetos de Aterros Sanitários para Resíduos Sólidos Urbanos – VOLUME III
complementam os patamares, os quais por sua vez consolidam o maciço projetado sobre a área do 
aterro. Os patamares superpostos, construídos em áreas planas, consolida um aterro tipo pirâmide.
No método de trincheira as mesmas, são colocadas com dois a três metros de profundidade, 
chegando em alguns casos até cinco metros, dependendo da profundidade do lençol freático. O 
material escavado serve para cobertura do próprio aterro. Os resíduos precisam ser compactados para 
que seja aumentada a vida útil do aterro.
A construção de um aterro sanitário requer a participação de uma equipe de pessoas que devem 
estar bem treinadas e compenetradas de suas funções específicas. O estabelecimento de tarefas e 
funções de cada um dos componentes das equipes encarregadas da construção, operação e 
manutenção do aterro é de fundamental importância, tendo em vista a preservação ambiental da área 
onde o aterro será implantado. A condução técnica deverá estar sob a orientação de um profissional da 
área da Engenharia Civil, Sanitária ou Ambiental, com experiência adequada para dirigir e 
supervisionar todas as tarefas inerentes à obra. Dependendo do corte do aterro, auxiliares técnicos: 
topógrafo,desenhista, projetista, cadista e laboratorista para estudo de solos, deverão dar suporte 
técnico ao Engenheiro responsável. Supervisores, capatazes, operadores de equipamento e pessoal 
devidamente capacitado deverão compor a equipe. A figura a seguir representa o fluxograma das 
diferentes etapas de um aterro.
Fonte: Habitat Ecológico Ltda.
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Guia para Elaboração de Projetos de Aterros Sanitários para Resíduos Sólidos Urbanos – VOLUME III
1.2 Operação
Ao operar um aterro sanitário será necessário contar com uma frota adequada para poder 
cumprir a totalidade das tarefas. Com tal finalidade, dever-se-á dispor do equipamento que realize as 
operações necessárias de forma econômica e apropriada.
Também deverá estabelecer-se uma dotação multifuncional para substituições que possam 
produzir-se por diferentes razões, durante a operação do aterro, a fim de assegurar a continuidade de 
seu funcionamento. O equipamento dependerá do tipo e quantidade de resíduos recebidos, do material 
de cobertura e dos métodos de operação do aterro.
Os resíduos necessitarão ser espalhados e compactados, mas raras vezes necessitarão ser 
transladados pelo equipamento de aterro a distâncias superiores a trinta metros. O material de 
cobertura pode necessitar ser transportado a distâncias maiores, no entanto, ambos deverão ser 
compactados adequadamente, durante e depois de serem colocados.
A necessidade de equipamentos deve atender o manejo dos resíduos, em compactação, 
cobertura, obras de terraplanagem e o acondicionamento de células.
Para garantir a continuidade dos trabalhos aconselha-se incrementar em 3 0 % o equipamento 
básico a fim de melhorar sua vida útil. Uma maneira de compensar o custo do equipamento extra é 
recorrer ao emprego de máquinas multifuncionais como pode ser o caso de um compactador que 
também deve ser usado para acertos de terraplanagens.
A título de orientação apresenta-se os diferentes equipamentos a utilizar, sem esquecer que o 
estudo da seleção do equipamento deve realizar-se de forma local para cada aterro.
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Guia para Elaboração de Projetos de Aterros Sanitários para Resíduos Sólidos Urbanos – VOLUME III
Fonte: FIOCRUZ, 2 0 0 1 .
Trator de esteiras
Compactador de 
lixo
Pá Carregadeira de 
esteiras
Escavadeira
Draga
Pá Carregadeira de 
pneus
Retroescavadeira
Motoniveladora
Scraper
Rolo pé de carneiro
Rolo pneumático
Rolos vibratórios 
autopropulsores
Movimento de 
lixo e solo
Movimento de 
lixo e solo
Movimento de 
lixo e solo
Movimento de 
solo
Movimento de 
solo
Movimento de 
solo
Movimento de 
solo
Movimento de 
solo
Movimento de 
solo
Movimento de 
solo
Movimento de 
solo
Movimento de 
solo
• Capacidade da lâmina: 7-50m³
• Velocidade média: 2-3 Km/h
• Pressão sobre terreno: 475-590 Km/m³
• Distância máxima de empu.: 90m
• Capacidade da lâmina: 11-25m³
• Compactação: 710-1000Kg/m³
• Peso: 20-45 Ton.
• Capacidade da pá: 1-3m³
• Compactação: 475-590Kg/m³
• Capacidade da caçamba: 0,1-6m³
• Alcance: 6-18m
• Profundidade: 3,75-14m
• Capacidade da pá: 1,2-20m³
• Compactação: 530-650 Kg/m³
• Altura máxima da pá: 4-6m
• Capacidade da pá: 0,7-1m³
• Alcance: 6,7-9m
• Profundidade: 4,3-6,5m
• Direção hidráulica
• De pneus
• Capacidade: 9-33m³
• Velocidade máxima: 30-50 Km/h
• Peso: 32-75 Ton.
• Peso: 6-8 Ton.
• Largura: 2,4-4,5m
•
• Obras de terraplanagens
• Cobertura com terra
• Espalhamento e compactação de resíduos sólidos
• Escavar em solo firme
• Transporte de material até 30m
• Acertos de terraplanagem
• Escavar. Carregar caminhões e cobrir lixo compactado 
(trincheiras)
• Apoio para acertos de terraplanagem
• Escavar trincheiras para células
• Realizar cobertura primária (sem compactação)
• Escavar em terrenos brandos
• Carregar material nos caminhões
• Transportar a distâncias não maiores que 6m
• Escavar e carregar caminhões
• Transportar a distâncias curtas
• Construção e manutenção de caminhos, terraplanagens, valetas
• Nivelamento de camadas de cobertura
• Espalhar camada de cobertura
• Melhoramento de terrenos
• Transportar grandes volumes de material
• Compactação de solos, terraplanagem
• Compactação uniforme de solos e subsolos, especialmente 
siltosos
• Compactação efetiva de terraplanagens normais granuladas ou 
com argila
Espalhar e compactar os resíduos sólidos
EQUIPAMENTO TIPO CARACTERÍSTICAS FUNÇÕES
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Guia para Elaboração de Projetos de Aterros Sanitários para Resíduos Sólidos Urbanos – VOLUME III
Equipamentos de Apoio
• Caminhões pipa de dupla tração para movimento de água (pó, infraestrutura).
• Tanque de combustível.
• Carreta (movimento de equipamento).
• Caminhões para o movimento de terra.
• Hidrolavadoras.
• Grupos geradores.
• Torres de iluminação.
• Bombas diversas.
A seguir, apresenta-se algumas figuras que mostram estes equipamentos.
Acessórios Dianteiros
Fonte: FIOCRUZ, 2 0 0 1 .
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Guia para Elaboração de Projetos de Aterros Sanitários para Resíduos Sólidos Urbanos – VOLUME III
Em seguida, será apresentado o equipamento mínimo sugerido para 4 níveis de operação de um 
aterro sanitário, apenas a título informativo.
Fonte: FIOCRUZ, 2 0 0 1 .
Toneladas por dia Máquinas Tipo Peso em Ton. Acessórios
* 0 a 50 Ton./dia 1 Trator de
esteiras ou
Trator de
pneus
5 - 15 Lâmina
Lâmina especial
para l ixo
Caçamba de
carga
diantei ra
(1 a 2 m³)
* 46 a 160 Ton./dia 1 Trator de
esteiras ou
Trator de
pneus
Scraper,
draga ou
Caminhão
pipa
15 - 30 Lâmina
Lâmina especial
para l ixo
Caçamba de
carga
diantei ra
(2 a 4 m³)
Cuba de
uso múltiplo
* 160 a 320 Ton./dia 1 a 2 Trator de
esteiras ou
Trator de
Pneus
Scraper,
draga ou
Caminhão
pipa
15 ou mais Lâmina
Lâmina especial
para l ixo
Caçamba de
carga
diantei ra
(2 a 5 m³)
Cuba de
uso múltiplo
* 320 ou mais Ton./dia 2 ou mais Trator de
esteiras ou
Trator de
Pneus
Scraper,
draga ou
Caminhão
pipa
Pé de
carnei ro
Trator com
rodas
compac.
Motoniveladora
20 ou mais Lâmina
Lâmina especial
para l ixo
Caçamba de
carga
diantei ra
(2 a 5 m³)
Cuba de
uso múlt iplo
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Guia para Elaboração de Projetos de Aterros Sanitários para Resíduos Sólidos Urbanos – VOLUME III
1.3 Manutenção
A Lei 9 .6 0 5 /1 9 9 8 – de Crimes Ambientais e o Código Florestal – Lei 4 .7 7 1 /1 9 6 5 e as 
Instruções Normativas do IBAMA 1 4 6 /2 0 0 7 e 1 5 4 /2 0 0 7 , em seu conjunto estabelecem a 
necessidade da supervisão ambiental do empreendimento e em especial o monitoramento e o 
acompanhamento das condições ambientais afetadas direta ou indiretamente pelo aterro em 
operação.
Para o monitoramento adequado do aterro deverão ser observadas:
• a qualidade do ar;
• a poluição sonora;
• a qualidade das águas:
– superficiais;
– subterrâneas.
• o controle do solo;
• a recuperação vegetal;
• a preservação da fauna terrestre;
• a preservação dos ecossistemas aquáticos;
• o controle do efluente tratado.
Especificamente são recomendados os seguintes programas detalhados no Plano Básico 
Ambiental, quando solicitado pelo orgão ambiental responsável.
Qualidade do ar
• Restauração, recuperação e adensamento de áreas comprometidas pelo empreendimento, 
pela utilização de espécies nativas.
• Captação dos gases (biogás) drenados pelas chaminés para queima ou aproveitamento em 
projetos MDL (Mecanismos de Desenvolvimento Limpo).
• Plantio de cerca viva nas divisas abertas do aterro para amortecimento dos ventos que 
soprarem na Região, servindo de “filtro” natural.
Poluição Sonora 
A poluição sonora provocada pela movimentação de veículos, operação de máquinas e 
equipamentos pesados não deverá ser expandido para fora dos limites do aterro, devendo ser 
“abafado” dentro desses limites.
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Guia para Elaboração de Projetos de Aterros Sanitários para Resíduos Sólidos Urbanos – VOLUME III
Qualidade das Águas 
O risco da degradação das águas superficiais e subterrâneas (lençol freático e profundo) deverá 
ser monitorado adequadamente, pois o percolado (chorume), águas superficiais contaminadas, 
efluentesde laboratório, casa de química, estação de tratamento e prédios da administração poderá 
afetar a qualidade destas águas. Para tanto, quando necessário deverão ser implantadas:
• rede coletora e tratamento de esgotos sanitários;
• impermeabilização de valas, células e bacias de contenção;
• rede coletora e tratamento de águas residuárias, bacias de contenção, pátios e 
estacionamento de veículos de carga;
• rede coletora de águas pluviais superficiais para lançamento adequado na r e d e 
hidrográfica;
• rede coletora e tratamento do percolado;
• poços de monitoramento de montante e jusante, de acordo com as Normas da ABNT;
• recirculação do efluente tratado ao corpo do aterro;
• fertirrigação do efluente tratado, quando recomendado pelo orgão ambiental 
responsável; 
• lançamento do efluente tratado para diluição na rede hidrográfica, quando recomendado 
pelo orgão ambiental responsável.
Controle do Solo
Aterros sanitários projetados nos moldes tradicionais e construídos de acordo com as Normas 
da ABNT e Resoluções CONAMA/SEMA-IAP, buscam diminuir ao máximo os processos erosivos e de 
deslocamento de massas. Para tanto, o sistema viário interno deverá obedecer o lançamento de um 
greide de tal forma que a movimentação do solo seja mínima, evitando-se cortes e aterros. Os cortes 
que se tornam necessários, devem obedecer técnicas em que os volumes resultantes sejam 
armazenados em áreas laterais, evitando-se o carregamento do solo aos sistemas de drenagem de 
águas pluviais superficiais. Os maciços construídos com o volume de resíduos aterrados deverão ter 
taludes auto-sustentáveis, evitando obras de contenção, sempre que possível.
As atividades a serem desenvolvidas são:
• Pavimentação dos acessos internos e pátios, tendo em vista a mínima movimentação do 
solo por cortes e aterros;
• Drenagem de águas pluviais superficiais para lançamento no talvegue inferior, com 
dissipador de energia quando necessário;
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Guia para Elaboração de Projetos de Aterros Sanitários para Resíduos Sólidos Urbanos – VOLUME III
• Monitoramento dos taludes tendo em vista a estabilidade dos maciços construídos. 
Recomposição Vegetal
Deverá ocorrer pela preservação da mata nativa e o adensamento dos entornos das redes 
hidrográficas limítrofes.
Preservação da Fauna Terrestre
A expulsão da avifauna e mastofauna silvestre faz parte da natureza específica de um aterro 
sanitário. Por outro lado a infestação de vetores (urubus, garças, mamíferos e outros muitos da fauna 
terrestre) representam falhas na cobertura diária do aterro, não devendo ocorrer. Caso ocorra, deverão 
ser localizadas e suprimidas rapidamente, restabelecendo-se o controle desses vetores para operação 
adequada do aterro.
Preservação de Ecossistemas Aquáticos 
A ocorrência de precipitações pluviométricas sobre a área do aterro produzirão escorrimento 
superficial das águas, transportando sedimentos, os quais atingirão, em último estágio, a rede 
hidrográfica superficial. Essas perturbações deverão ser nulas ou de pequena significância.
Controle do Efluente Tratado 
Em função do tipo de tratamento projetado para o chorume (percolado) o efluente tratado 
deverá sofrer um controle bastante eficiente tendo em vista a redução das cargas orgânicas presentes.
Ver detalhes, do projeto da Central de Tratamento e Disposição Final de Resíduos Sólidos 
Industriais e Urbanos, Classes-I, II-A e II-B - Cascavel/PR. – Prancha 1 4 , no Anexo.
O projeto e a construção de aterros sanitários são uma atividade contínua que termina somente 
quando toda a capacidade disponível ou permitida na área tenha sido preenchida com resíduos 
1.4 Fechamento e Selagem
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Guia para Elaboração de Projetos de Aterros Sanitários para Resíduos Sólidos Urbanos – VOLUME III
sólidos. Quando isto acontece, o aterro deve fechar-se, identificando o momento final de uma 
instalação que não irá receber mais resíduos. Para assegurar o funcionamento dos controles 
ambientais no fechamento e durante o período posterior, deve-se desenvolver um plano que 
frequentemente se realiza durante a fase de projeto. O objetivo do plano é definir os passos que têm que 
ser adotados para fechar o aterro e os elementos de manutenção, após o fechamento, que sejam 
necessários.
Os aterros fechados ou abandonados apresentam diversos problemas potenciais para a 
comunidade, os quais podem ser mais graves e dispendiosos de solucionar que supervisionar e 
construir aterros novos, porque as práticas de vazamento de lixo do passado, normalmente não 
seguiam os critérios e normas atualmente em uso. Sem critérios de gestão, muitos aterros aceitavam 
resíduos que atualmente se excluem dos aterros de RSU.
Apresenta-se a seguir, os elementos básicos envolvidos nos planos de fechamento para 
vazadouros e/ou aterros sanitários, além das ações que se podem adotar para fechá-los e as linhas e 
diretrizes para a manutenção a longo prazo de aterros sanitários fechados ou em processo de 
fechamento. Tem que se assinalar que o fechamento de um aterro é uma atividade separada do projeto 
e da operação do mesmo.
Conceituação apresentada pela FIOCRUZ, Gestão Integrada de Resíduos Municipais e Impactos 
Ambientais 
A falta de planejamento e controle da operação de vazamento de resíduos sólidos, a pouca 
supervisão nas atividades industriais geradoras de importantes volumes de resíduos assimiláveis e 
urbanos ou de caráter perigoso, junto com uma disposição inadequada destes, originam áreas 
ambientalmente degradadas, que podem causar variados impactos nos núcleos de população 
próximos.
Os vazadouros/aterros fechados ou em processo de fechamento são um problema, quando 
existe um impacto sobre a saúde pública ou sobre o ambiente, produzido pelos resíduos ou 
subprodutos dos resíduos, tais como gases, percolados e outros. Em muitas situações, o aterro 
permanece como um vizinho benigno, sofrendo os processos naturais de decomposição sem gerar 
riscos. Não obstante, como o incremento da população tem produzido mudanças na utilização de 
terrenos, os aterros fechados e/ou abandonados podem chegar a produzir impactos sobre a atividade 
humana. Neste contexto, têm-se debatido muito sobre os impactos de aterros, reais ou percebidos e 
qual será o efeito sobre sua vizinhança.
Existem procedimentos que permitem responder estas perguntas como os seguintes: 
identificação do lugar, identificação e estudo dos caminhos que podem seguir os poluentes para afetar 
a população e ao ambiente, análise dos impactos pelo assentamento do aterro, os impactos visuais e as 
reações do público a respeito do problema.
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Guia para Elaboração de Projetos de Aterros Sanitários para Resíduos Sólidos Urbanos – VOLUME III
A introdução de medidas corretivas em um local utilizado para a disposição de resíduos 
depende em grande parte das normas existentes sobre a saúde pública e o ambiente. Na maioria dos 
casos, as normas estão estruturadas para estabelecer limites para cada tipo de poluente, tendo os 
poluentes tóxicos, as normas mais restritivas quanto às quantidades permitidas no ambiente. 
Entretanto, deve-se assinalar que as normas mais restritivas para os poluentes tóxicos são normas de 
referência. Embora não seja possível definir a quantidade de problemas de contaminação que 
poderiam surgir em um vazadouro ou aterro sanitário fechado, pode-se definir um procedimento a 
seguir para responder a um problema identificado.
Quando se identifica que um antigo vazadouro ou aterro sanitário origina problemas 
ambientais, é importante realizar trabalhos de campo para definir os tipos e quantidades de 
contaminação que provocam o problema. As investigações de campo para identificar o tipo e a 
quantidade de poluentes são caras e interrompem a utilização que se esteja dando ao lugar ou aos 
aterros afetados pelo caminho que possa seguir o movimento dos poluentes. Quantificar o movimento 
subterrâneo de poluentes desde um antigo vazadouro fechado é caro, porque normalmente se sabe 
pouco ou nada sobre os estratos inferiores.Portanto, é prudente fazer uma aproximação estruturada à 
coleta de dados de campo que desenvolvem a investigação através de uma série de passos, cada um 
dos quais, terá um objetivo concreto e um orçamento para levá-lo a cabo. Todas estas práticas constam 
da bibliografia especializada atual, porém são muito difíceis de serem efetuadas em sua totalidade e de 
forma coordenada, nos países subdesenvolvidos ou em vias de desenvolvimento.
A classificação de um vazadouro fechado ou abandonado é importante para definir as soluções 
concretas mais adequadas. Uma vez que se tenha classificado o local, pode-se proceder com a ação 
corretiva. Os principais objetivos dos estudos são, inicialmente:
• Determinar se há emissão de poluentes do aterro em direção ao ambiente;
• Determinar se há algum perigo imediato para as pessoas residentes ou que trabalham nas 
imediações do lugar;
• Definir as principais recomendações para a clausura.
Quando um vazadouro ou aterro sanitário completa a sua vida útil, deve continuar funcionando 
eficazmente como uma unidade para o controle ambiental dos resíduos, durante um longo período de 
tempo no futuro. Atualmente, na América Latina, estão sendo impostos procedimentos mais rigorosos 
e se começa a exigir a inclusão de um plano de fechamento e selagem como parte do processo de 
aprovação de um projeto de aterro sanitário, antes de começar as operações de construção e descarga 
de resíduos sólidos. O plano de fechamento e selagem deve contemplar todas as características do 
lugar e identificar as entidades responsáveis pelo fechamento das instalações. Normalmente, os planos 
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Guia para Elaboração de Projetos de Aterros Sanitários para Resíduos Sólidos Urbanos – VOLUME III
de fechamento e selagem desenvolvidos com o projeto de um aterro são modificados durante a 
operação. Portanto, é importante atualizar periodicamente o plano de fechamento e selagem.
Em um plano de fechamento e selagem, deve-se considerar os seguintes pontos:
• Projeto da camada de cobertura de selagem.
• Sistema de controle de águas superficiais e de drenagem.
• Controle dos gases do aterro.
• Controle do tratamento dos percolados.
• Sistema de monitoramento ambiental.
Corresponderá aos operadores do aterro sanitário, sejam estes municipais ou privados, a 
execução das tarefas e aos serviços de saúde e ao órgão ambiental responsável exercer as funções 
fiscais correspondentes.
As instalações de coleta e tratamento de percolados se projetam e se constroem, quando o 
aterro começa a ser operado. Depois do fechamento, utilizam-se as mesmas instalações. Em um aterro 
fechado, durante a fase de decomposição denominada maturação, normalmente diminui a quantidade 
do percolado gerado, assim como a concentração de DBO5 e DQO.
Na tabela a seguir mostram-se dados típicos de percolado provenientes de aterros novos e 
maduros.
Fonte: Gestão Integral de Resíduos Sólidos. George Tchbonoglous, 1 9 9 4 .
Valor, m g/l
 Aterro novo Aterro velho
 (menos de 2 anos) ( mais de 10 anos)
Parâmetro Faixa Típico
DBO (Demanda Bioquímica de
Oxigênio em 5 dias)
COT (Carbono Orgânico Total)
DQO (Demanda Química de Oxigênio)
Total de sólidos em suspensão
Nitrogênio orgânico
Nitrogênio amoniacal
Nitrato
Fósforo total
Ortofosfato
Alcalinidade como CaCO3
2.000 -
30.000 -
1.500 -
20.000
3.000 -
60.000
200 -
2.000
10 - 800
10 - 800
5 - 40
5 - 100
10.000
6.000
18.000
500
200
200
25
30
20
3.000
4 - 8
100 - 200
80 - 160
100 - 500
100 - 400
80 - 120
20 - 40
5 - 10
5 - 10
4 - 9
200 -
1.000
1.000 -
10.000
1 8
Guia para Elaboração de Projetos de Aterros Sanitários para Resíduos Sólidos Urbanos – VOLUME III
Algumas recomendações são propostas, as quais deveriam ter caráter obrigatório para as 
autoridades responsáveis em realizar o fechamento e selagem do aterro sanitário, sejam estes 
operadores privados ou municipais. Para garantir seu cumprimento deveriam estar estabelecidas 
dentro de um marco legal e regulamentar, aprovados pela autoridade competente e encarregar a 
fiscalização a entidades capacitadas para isso.
As recomendações mais significativas são as relacionadas com:
• Orientações relativas ao controle de biogás gerado no aterro.
• Sugestões para implementar sistemas de monitoramento de gases e percolados.
• Rotinas gerais relacionadas com o manejo da água na superfície do aterro.
• Metodologia para registrar o comportamento das deformações do aterro.
Normalmente, na etapa de selagem se habilitam os sistemas para o controle das emanações do 
biogás e percolados que se geram na massa de resíduos assim como problemas causados por 
assentamentos do aterro e eventuais emergências. Estes sistemas têm o propósito de evitar riscos 
sanitários e ambientais que se poderiam produzir no aterro sanitário.
• A função de drenagem correta do biogás gerado no aterro, através das chaminés, deverá ser 
verificada mediante inspeções visuais e medições periódicas. O propósito destas inspeções 
é comprovar que os níveis de produção de biogás se mantenham baixos e que não exista 
perigo de combustão ou malcheiro. Portanto, somente à luz dos resultados de um 
monitoramento contínuo de gases poder-se-á definir a frequência com que se devem 
realizar medições. Deve-se lembrar que em geral é muito difícil extrapolar resultados de um 
aterro sanitário a outro, devido a que as condições climáticas, o material de cobertura, o 
tipo e composição dos resíduos depositados e o nível freático, entre outras características, 
podem variar significativamente. Quando a geração de biogás é pequena, este 
praticamente se diluirá na atmosfera; caso esta quantidade seja alta, dever-se-á efetuar 
uma queima controlada ou nos casos que o biogás se apresente em níveis significativos, 
proceder-se-á uma perda de gás controlada. Em todo caso, ao observar-se qualquer 
aumento na produção de biogás, registrar-se-á no diário de obras do aterro fechado, além 
de solicitar a assessoria de pessoal especializado. 
1 9
Guia para Elaboração de Projetos de Aterros Sanitários para Resíduos Sólidos Urbanos – VOLUME III
Um aterro em plena produção alcança volumes superiores a 1 8 0 metros cúbicos de biogás por 
tonelada de resíduos com um percentual próximo a 5 0 % de metano. A medida que o aterro envelhece e 
seu conteúdo orgânico se degrada, em condições anaeróbias, tende a diminuir este volume de gás, 
encontrando-se cifras próximas a 5 metros cúbicos de biogás por tonelada de resíduos em processo de 
degradação biológica com percentuais de metano que não superam 1 0 %, em aterros com mais de 2 0 
anos. Estes dados referenciais, dadas as condições particulares de anaerobiose de cada aterro, 
permitem recomendar manter chaminés de ventilação passiva com tomadas de amostra quinzenais a 
mensais em aterros fechados com menos de 5 anos de idade, mensais a trimestrais em aterros entre 1 0 
a 3 0 anos. Para isso, deve-se ter presente a variação que podem apresentar os aterros em quantidade e 
qualidade de biogás gerado, dada a diferença de densidade, umidade, temperatura, altura da massa, 
qualidade do resíduo, entre outros aspectos.
• A infraestrutura necessária para realizar um monitoramento é um laboratório que conte com 
um cromatógrafo e um equipamento que detecte gases no terreno. Também é necessário 
contar com o diário de obras, no qual devem constar as variações ocorridas na geração do 
biogás, assim como registrar outras incidências observadas no aterro fechado, que não tem 
necessariamente relação com a produção de gás. O responsável pela operação do aterro 
sanitário terá obrigação de manter um diário de obras que esteja à disposição da 
fiscalização.
Em todo caso, a respeito do cuidado com as chaminés, pode-se recomendar que:
• Em caso de observar alguma deterioração no duto de ventilação ou na área próxima ao 
mesmo, deve-se informar imediatamente ao pessoal encarregado da manutenção, com o 
objetivode proceder o seu reparo. Considerar-se-á a manutenção pelo menos uma vez ao 
ano das chaminés existentes, já que podem deteriorar-se por oxidação, por assentamento 
ou por erosão do aterro.
• Deve ser levada em conta a colocação de pontos para a tomada das amostras nas chaminés 
de drenagem de gases, os quais devem ser mantidos em boas condições para facilitar as 
medições. Também deve-se assegurar que a água não escorra para o interior das chaminés, 
pois, ao ocorrer isto, seria gerado um aumento na produção de percolados e biogás, com um 
aumento no risco potencial de contaminação. Em caso de encontrar-se alguma 
anormalidade, esta deverá registrar-se no diário de obras mencionado anteriormente.
2 0
Guia para Elaboração de Projetos de Aterros Sanitários para Resíduos Sólidos Urbanos – VOLUME III
Isto implica que as chaminés deverão ser mantidas em ótimas condições. Por tal razão, 
deve-se impedir que pessoal não autorizado as manipule. Deve ser utilizado pessoal 
especializado, de forma obrigatória, para o manejo dos sistemas de segurança
• Os dutos de ventilação podem apresentar assentamentos pelo maior nível de degradação 
que pode ter o seu entorno. Frente a isto, deve-se proceder a um imediato nivelamento e 
assegurar a continuidade da tubulação.
No caso em que o aterro sanitário conte com um sistema de controle periférico de biogás, o 
mesmo deverá ser revisado periodicamente, além de mantido limpo com a finalidade de evitar 
emanações para as residências e áreas vizinhas que possam ser geradas por falha na drenagem e nas 
chaminés de exaustão.
Na área ocupada pelo aterro fechado, deve-se realizar uma inspeção visual diária com o objetivo 
de detectar possíveis focos de emissão de biogás. No caso de perceber emanações ou algum odor 
característico de biogás, dever-se-á comunicar de imediato aos encarregados do lugar, para que eles 
decidam se procede ou não chamar pessoal especializado e efetuar determinações mediante 
instrumentos específicos. Igual ação será empreendida se estas emanações são detectadas no exterior 
do local. Deverão ser realizados também registros e avaliações periódicas das emissões de biogás, 
entregando-se a informação aos encarregados do aterro fechado. A periodicidade dos registros e 
avaliações estará relacionada diretamente com a qualidade e vazão de biogás que se meçam. Deve-se 
levar em conta as recomendações expostas anteriormente em função da idade do aterro.
• Ainda que o aterro sanitário tenha sido projetado para manter sob controle os líquidos 
percolados, não se pode assegurar que não ocorram migrações para a superfície ou 
percolação para os níveis inferiores do terreno. Com o propósito de verficar possíveis 
infiltrações de percolados no terreno, é conveniente realizar controles periódicos da 
qualidade da água extraída de poços de monitoramento, que, caso não existam, devem ser 
instalados à montante e à jusante do aterro sanitário. O tipo, número e a localização destes 
poços dependerão de cada projeto de engenharia em particular. Em todo caso, é 
recomendável considerar os poços para monitoramento de águas em função da topografia e 
altura da massa. Em aterros com topografia plana, com espessura de aterro considerável e 
lençol próximo à superfície, recomenda-se instalar dois poços de monitoramento, um à 
montante e outro à jusante do aterro, para tomar as amostras respectivas. Podem-se incluir 
como pontos de amostra todos os poços de água que se encontrem em zonas próximas ao 
aterro. Deve-se considerar uma amostra no ponto de interseção com qualquer curso de 
água. As amostras de água serão submetidas a diferentes análises em laboratórios oficiais, 
2 1
Guia para Elaboração de Projetos de Aterros Sanitários para Resíduos Sólidos Urbanos – VOLUME III
para determinar-se de acordo à legislação vigente, se existe algum grau de contaminação. A 
periodicidade das amostras será mensal, trimestral em caso de aterros fechados com menos 
de 5 anos e semestral a anual em caso de aterros com mais de 5 anos desde a data de 
fechamento.
• Deverão ser realizadas medições periódicas de assentamento de terreno, com especial 
ênfase na manutenção do relevo da área. Isto permitirá também controlar o comportamento 
do aterro e introduzir as medidas corretivas, quando necessárias, para que as águas de 
chuva escorram sempre para fora do aterro e distantes das chaminés. Além disso, deve-se 
registrar e informar de imediato aos especialistas quando ocorrerem assentamentos 
bruscos, já que podem estar relacionados com a reativação dos processos de decomposição 
na massa do aterro, com a consequente geração de biogás. 
O conhecimento do comportamento de deformação da área permitirá introduzir medidas 
corretivas no aterro fechado. A periodicidade das medições estará determinada pela magnitude dos 
assentamentos registrados.
Dadas as características do aterro dependendo principalmente da composição de resíduos, 
altura e idade do aterro, é recomendável efetuar controles mensais até o segundo ano de fechamento, 
trimestrais até os cinco anos, semestrais até dez anos de idade e anuais até sua estabilização total.
É nesta etapa que se deve contar com planos de emergência para enfrentar possíveis problemas 
como incêndios, migração de gases ou percolados para o exterior do aterro sanitário, inundações, 
erosão da capa de selagem superficial e abertura de fissuras, entre outros. Estes planos de emergências 
devem estar projetados para cada caso em particular e, além disso, devem prever uma resposta rápida.
As ações destinadas a introduzir medidas corretivas e planos de emergência, deverão ser de 
cumprimento obrigatório por parte do responsável do fechamento e da selagem do aterro sanitário, 
devendo ser controlado pelo órgão fiscalizador, apoiado em normas específicas. Portanto deve-se 
contar com uma regulamentação específica para o fechamento e selagem do aterro sanitário.
osAterros Sanitários n 0 1 
de Castro e Carambeí/PR.
Fase de fechamento 
e selagem.
2 2
Guia para Elaboração de Projetos de Aterros Sanitários para Resíduos Sólidos Urbanos – VOLUME III
1.5 Reinserção
Ainda segundo a FIOCRUZ, em seu "Manual de Gestão Integrada de Resíduos Municipais e 
Impactos Ambientais", transcrevem-se as recomendações a seguir.
Quando terminam os processos biológicos naturais produzidos pelo lixo, o aterro se estabiliza e 
o espaço que ocupa pode utilizar-se para outros fins comunitários.
Toda alternativa de reinserção de uma área impactada pelo lançamento de resíduos sólidos 
deve satisfazer o objetivo de proteger a saúde humana e o meio ambiente. Para orientar o estudo 
deverão ser estabelecidos os objetivos específicos. No Chile se registram experiências sobre 
recuperação e reinserção de antigos aterros sanitários, realizadas dentro de programas previamente 
determinados como o Programa de Florestamento Urbano do Ministério da Habitação e Urbanismo, 
que indica previamente o uso futuro do aterro, como parque.
Segundo La Grega et al. (1 9 9 6 ) a dificuldade de selecionar a metodologia e o sistema de 
recuperação se explicam por quatro razões:
• As condições de assentamento podem ser muito complicadas.
• A recuperação não se produz imediatamente, senão em longo prazo de tempo, cobrindo um 
número de etapas independentes.
• Pode existir um grande número de alternativas de recuperação, cada uma com suas 
próprias características técnicas.
• Não existem ainda experiências suficientes que indiquem o melhor procedimento.
Os terrenos recuperados com as operações de lançamento de resíduos sólidos podem oferecer 
valiosas vantagens à cidade, já que podem ser destinados a usos recreativos como, parques, campos 
de esportes; usos comerciais como estacionamentos de veículos ou edificações industriais e comerciais 
ou usos agrícolas. No entanto, a utilização posterior que se dá a aterros sanitários deve estar 
condicionada pelo seu meio e, até certo ponto, pelo grau de assentamento e a estabilidade atingida 
pelo processo de degradação dos resíduos. Porexemplo, um aterro localizado a vários quilômetros de 
distância de uma área residencial não é adequado para campo de esportes ou estacionamento, e outro 
no qual se espera um assentamento rápido e desigual não é adequado sequer para pequenas 
edificações. Em todo caso, ainda que não seja a regra geral, se antes de começar o aterramento se 
decide qual será a utilização posterior do terreno, se pode planificar o método de operação e o grau de 
compactação dos resíduos sólidos de acordo com as necessidades da alternativa de reinserção 
escolhida.
A seguir se apresentam alguns critérios adotados em trabalhos de recuperação para ilustrar o 
2 3
Guia para Elaboração de Projetos de Aterros Sanitários para Resíduos Sólidos Urbanos – VOLUME III
básico de um desenvolvimento metodológico deste tipo de projeto e sua projeção.
Usos Recreativos
Entre as aplicações mais populares que se dão aos terrenos de aterros, depois que se completou 
sua vida útil estão os parques recreativos e os campos de esportes.
Existem numerosos trabalhos onde os aterros sanitários foram utilizados como áreas de 
recreação e serviços; no entanto, não existe uma informação final sobre o tipo de vegetação que pode 
adaptar-se sem problemas às condições adversas de um aterro sanitário.
Já em 1 9 7 2 (DUANE) indica o sucesso na construção de campos de golf e jardins sobre aterros 
sanitários, usando também espécies de árvores para completar a paisagem. Dentro das espécies 
recomendam-se espécies leguminosas e gramíneas como o trevo branco e rosa, Festuca, Agrostis, 
Lupino, sp. e outros.
Em geral, as espécies com melhor desenvolvimento são:
• Eucalyptus globulus – Eucalipto.
• Acacia salina – Esponjeira.
• Acacia caven – Abricó.
• Parquisonia aculeata – Cina-cina.
• Robinia pseudoacacia – Acácia.
• Mesembryanthemum sp – Raio de sol.
• Gazania sp.
• Rosa sp – Rosa.
• Acer negundo.
• Fraxinus exelsior.
• Schinus molle – Pimentão.
• Liquidambar estratiflua.
• Bracatinga.
Em Paranaguá/PR, a mamona tem se apresentado como excelente cobertura vegetal nas áreas 
de remediação do lixão do Embocuí.
Usos Comerciais
A alternativa de dar um destino comercial aos aterros sanitários pode consignar-se como uma 
2 4
Guia para Elaboração de Projetos de Aterros Sanitários para Resíduos Sólidos Urbanos – VOLUME III
das mais utilizadas, sobretudo em países desenvolvidos onde antigos locais de aterro ficaram dentro do 
raio urbano. Existem vários casos que foram divulgados na literatura especializada, sobre a construção 
de diversas estruturas em antigos vazadouros ou aterros sanitários.
Da mesma forma que em outras alternativas para o uso posterior de um antigo vazadouro ou 
aterro sanitário, o manejo de gases e líquidos percolados, junto com aspectos geotécnicos, são os 
principais problemas a resolver. Manejo de gases e líquidos percolados se realiza de acordo com os 
sistemas convencionais utilizados habitualmente, porém os aspectos geotécnicos como a capacidade 
de suporte e os assentamentos necessitam especial atenção, para concretizar com sucesso esta 
alternativa de reinserção de aterros sanitários.
Dependendo do tipo de estrutura que se deseje implantar sobre o aterro, as soluções 
empregadas no mundo para resolver os problemas derivados dos assentamentos e a capacidade de 
suporte do aterro têm sido variadas, entre elas, são mencionadas:
• A remoção de parte ou a totalidade dos resíduos do antigo aterro e sua substituição por 
material de melhor qualidade, que se dispõe em condições controladas e sobre o qual se 
constrói a estrutura.
• Melhoramento do aterro de resíduos sólidos, recorrendo a práticas geotécnicas como a 
compactação do aterro, a consolidação dinâmica, a carga anterior ou aterros de sobrecarga.
• A construção profunda mediante pilotis.
• A disposição de uma camada de selagem superficial, de solo de boa qualidade, 
devidamente compactado e sobre o qual se assenta a estrutura.
Entre as estruturas de uso comercial que se assentaram sobre antigos aterros pode-se 
mencionar as de vias como estacionamentos e vias de comunicação, e as do tipo de edificações como 
galpões e outros tipos de edifícios leves. Nesses casos, o grau de assentamento que se pode alcançar é 
um parâmetro de grande importância em comparação com as outras alternativas.
Usos Agrícolas
Dentro das alternativas de utilização dos aterros sanitários, uma vez finalizados, se encontra a 
vegetação tanto de árvores quanto de arbustos, naqueles setores não urbanos.
Com as operações de fechamento e selagem do aterro e reinserção, além do monitoramento 
temporal dos parâmetros mais significativos, as operações nos aterros serão consideradas terminadas.
2 5
Guia para Elaboração de Projetos de Aterros Sanitários para Resíduos Sólidos Urbanos – VOLUME III
2 6
Guia para Elaboração de Projetos de Aterros Sanitários para Resíduos Sólidos Urbanos – VOLUME III
2.1 Vida Útil
Uma vez determinada, na fase de projeto, a quantidade de resíduos que deverão ser aterrados 
nos próximos anos, em uma matriz em que constem pesos e volumes, determinar-se-á o tempo de vida 
útil do aterro. Os volumes anuais e os acumulados ao longo dos anos possibilitarão o cálculo do tempo 
de vida útil, o qual deverá ser de no mínimo 1 0 a 1 5 anos.
O volume anual calcula-se conforme segue:
V= 3 6 5 x TD/PE
V= Volume anual em m³
TD= Toneladas diárias coletadas (ton./dia)
PE= Peso específico dos resíduos compactados no aterro (kg/m³)
O volume acumulado é obtido pela soma dos Volumes anuais, acrescidos dos volumes de terra 
utilizados para a cobertura, variando de 1 0 a 2 0 %.
GESTÃO DE ATERROS2
2 7
Guia para Elaboração de Projetos de Aterros Sanitários para Resíduos Sólidos Urbanos – VOLUME III
Logo, a matriz conterá os seguintes elementos:
O peso específico (PE) pode variar de 3 5 0 a 9 0 0 kg/m³ , dependendo do grau de compactação e 
este, do tipo de equipamento utilizado.
Com os elementos calculados, ou seja, com os volumes acumulados determinados e 
conhecendo-se o volume do aterro a ser implantado torna-se possível a determinação do tempo de vida 
útil do mesmo. Caso seja decidido algum tipo de reciclagem, compostagem ou incineração parcial, 
colunas adicionais deverão ser incorporadas à matriz original, obtendo-se novos volumes acumulados 
e consequentemente novo tempo de vida útil do aterro.
Três são os fatores que influenciam diretamente no índice de qualidade de um aterro sanitário: 
são eles de ordem sanitária, ambiental e operacional.
As deficiências de ordem sanitária frequentemente encontrada são: fogo, fumaça, odor, 
macrovetores de doenças (cachorros, gatos, porcos, urubus, ratos), microvetores (moscas, mosquitos, 
bactérias, fungos).
Quanto à ordem ambiental, geralmente são encontrados poluição do ar, águas superficiais e 
subterrâneas, poluição do solo e prejuízos à estética e paisagem locais.
As deficiências de ordem operacional são: via de acesso intransitável nos dias de chuva, falta de 
controle da área, descontrole dos resíduos recebidos, falta de procedimentos para inspeção, pesagem, 
ausência de critérios de disposição etc.
Resumidamente, pode-se considerar que a qualidade do aterro sanitário é uma função direta de 
três macroconjuntos de parâmetros, relativos respectivamente à qualidade natural do local, à 
infraestrutura instalada, e aos procedimentos operacionais adotados.
A CETESB – Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental, desenvolveu um 
questionário, enfocando os três macroconjuntos, onde é calculado o Índice de Qualidade de um Aterro 
Sanitário – IQR, a partir do qual a condição local de disposição é avaliada e classificada em adequada, 
controlada ou inadequada.
A partir da somatória dos pontos atribuídos a cada questionário, pode-se chegar a um índice de 
qualidade das condições do aterro sanitário, definido pela expressão matemática:
2.2 Índice de Qualidade
Vol.Acum. + terra 
(m3 + %)
Volume 
Acumulado 
(m3)
Volume Anual 
(m3/ano)
TD 
(ton./dia)
Habitantes 
(hab.)
Ano
3Acumulado 3
Atendimento(%)(Kg/hab./dia)
Per Capita 
2 8
Guia para Elaboração de Projetos de Aterros Sanitários para Resíduos Sólidos Urbanos – VOLUME III
IQR= (Subtotal 1 + Subtotal 2 + Subtotal 3 )
1 3
Onde:
• 0 < IQR < 6 ,0 – Expressa condições inadequadas para o aterro sanitário.
• 6 ,0 < IQR < 8 ,0 – Expressa condições controladas para o aterro sanitário.
• 8 ,0 < IQR < 1 0 ,0 – Expressa condições adequadas para o aterro sanitário.
Fonte: CETESB (1 9 9 8 ).
Questionário de Características Locais – Ordem Sanitária 
CARACTERÍSTICAS DO LOCAL 
Subitem Avaliação Peso Valor 
Capacidade de suporte do solo Adequada 2 
Inadequada 0 
Proximidade de núcleos habitacionais Longe > 500 m 2 
Próximo 0 
Proximidade de corpos d’água Longe > 200 m 5 
Próximo 0 
Profundidade do lençol freático > 3 m 5 
1 a 3 m 1 
0 a 1 m 0 
Permeabilidade do solo Baixa 4 
Média 2 
Alta 0 
Disponibilidade de material para 
recobrimento 
Suficiente 2 
Insuficiente 1 
Nenhuma 0 
Qualidade do material para recobrimento Boa 2 
Ruim 0 
Condições do sistema viário, trânsito e 
acessos 
Boas 3 
Regulares 1 
Ruins 0 
Isolamento visual vizinhança Bom 5 
Ruim 0 
Legislação da localização Local permitido 3 
Local Permitido 0 
 Subtotal (1)
2 9
Guia para Elaboração de Projetos de Aterros Sanitários para Resíduos Sólidos Urbanos – VOLUME III
Questionário de Infraestrutura Implantada – Ordem Ambiental
CARACTERÍSTICAS DO LOCAL 
Subitem Avaliação Peso Valor 
Cercamento da área Sim 2 
Não 0 
Portaria/guarita Sim 2 
Não 0 
Impermeabilização de base de aterro Sim/Desnecessário 5 
Não 0 
Drenagem do chorume Suficiente 5 
Insuficiente 1 
Inexistente 0 
Drenagem de águas pluviais (definitiva) Suficiente 4 
Insuficiente 2 
Inexistente 0 
Drenagem de águas pluviais (provisória) Suficiente 2 
Insuficiente 1 
Inexistente 0 
Trator de esteiras ou compatível Permanente 5 
Periodicamente 2 
Inexistente 0 
Outros equipamentos, trânsito e acesso Sim 1 
Não 0 
Sistema de tratamento do chorume Suficiente 5 
Insuficiente/Inexistente 0 
Acesso à frente de trabalho Bom 3 
Ruim 0 
Vigilantes Sim 1 
Não 0 
Sistemas de drenagem de gases Suficiente 3 
Insuficiente 1 
Inexistente 0 
Controle do recebimento de cargas Sim 2 
Não 0 
Monitoramento de águas subterrâneas Suficiente 3 
Insuficiente 2 
Inexistente 0 
Atendimento às especificações do 
projeto 
Sim 2 
Parcialmente 1 
Não 0 
 
Fonte: CETESB (1 9 9 8 ).
Subtotal (2)
3 0
Guia para Elaboração de Projetos de Aterros Sanitários para Resíduos Sólidos Urbanos – VOLUME III
Questionário de Condições Operacionais - Ordem Operacional
CARACTERÍSTICAS DO LOCAL 
Subitem Avaliação Peso Valor 
Aspecto geral Bom 4 
Ruim 0 
Ocorrência de lixo a descoberto Não 4 
Sim 0 
Recobrimento do lixo Adequado 4 
Inadequado 1 
Inexistente 0 
Presença de urubus ou gaivotas Não 1 
Sim 0 
Presença de moscas em grandes quantidades Não 2 
Sim 0 
Presença de catadores Não 3 
Sim 0 
Criação de animais (porcos, bois etc.) Não 3 
Sim 0 
Descarga de resíduos de serviços de saúde Não 3 
Sim 0 
Descarga de resíduos industriais Não/adequado 4 
Sim/inadequado 0 
Funcionamento de drenagem pluvial definitiva Bom 2 
Regular 1 
Inexistente 0 
Funcionamento de drenagem provisória Bom 2 
Regular 1 
Inexistente 0 
Funcionamento de drenagem do chorume Bom 3 
Regular 2 
Inexistente 0 
Funcionamento do sistema de tratamento do chorume Bom 5 
Regular 2 
Inexistente 0 
Funcionamento do sistema de monitoramento das águas 
subterrâneas 
Bom 2 
Regular 1 
Inexistente 0 
Efic iência da equipe de vigilantes Bom 1 
Ruim 0 
Manutenção dos acessos internos Boa 2 
Regular 1 
Inexistente 0 
 
Fonte: CETESB (1 9 9 8 ).
Subtotal (3)
3 1
Guia para Elaboração de Projetos de Aterros Sanitários para Resíduos Sólidos Urbanos – VOLUME III
A possibilidade de o município corrigir os aspectos negativos passíveis de melhoria definirá o 
futuro do aterro sanitário, se ele tem ou não possibilidades de continuar sendo operado, ou se chegou 
o momento de proceder seu encerramento em favor da utilização de outra área.
Em 2 0 0 1 , a Região do Vale do Ivaí foi levantada, tendo em vista o Convênio firmado entre 
SEBRAE/PR e PUCPR, apresentando-se os resultados no quadro a seguir: 
Ìndices de Qualidade das Disposições Finais 
3 2
Guia para Elaboração de Projetos de Aterros Sanitários para Resíduos Sólidos Urbanos – VOLUME III
NORMAS TÉCNICAS, 
RESOLUÇÕES E 
LEGISLAÇÃO VIGENTES 
3
O Professor José Dantas de Lima, apresenta um resumo histórico bastante interessante 
sobre a legislação dos resíduos sólidos urbanos no Brasil, o qual transcreve-se a seguir. 
“A legislação ambiental brasileira a partir da década de 8 0 do século passado tomou um novo 
impulso com a definição da Política Nacional de Meio Ambiente (Lei 6 .9 3 8 /1 9 8 1 ), incorporada na 
Constituição Federal de 1 9 8 8 . Outro ponto de destaque diz respeito à Lei de Crimes Ambientais 
(9 .6 0 5 /1 9 9 8 ) e seu regulamento (Decreto 3 .1 7 9 /1 9 9 9 ), marcando o ordenamento jurídico do Brasil 
com a conduta de responsabilidade penal à pessoa jurídica.
Marco Borzino cita que no final da década de 8 0 começaram a surgir as primeiras iniciativas 
legislativas para a definição de diretrizes para a área de resíduos. Desde então, foram elaborados mais 
de 7 0 Projetos de Lei, os quais, por força de dispositivos do Regimento Interno da Câmara dos 
Deputados encontram-se apensados ao PL 2 0 3 /1 9 9 1 , e pendentes de apreciação naquela Casa.
Em 1 9 9 8 , foi constituído no Ministério do Meio Ambiente um Grupo de Trabalho liderado pelo 
Conselho Nacional de Meio Ambiente – CONAMA, do qual fizeram parte representantes das três 
esferas do Governo e da Sociedade Civil, e do qual foi emanada a Proposição CONAMA 2 5 9 , de 3 0 de 
junho de 1 9 9 9 , intitulada de “Diretrizes Técnicas para a Gestão de Resíduos Sólidos”. Esta Proposição 
foi aprovada pelo Conselho do CONAMA, mas não chegou a ser publicada.
3 3
Guia para Elaboração de Projetos de Aterros Sanitários para Resíduos Sólidos Urbanos – VOLUME III
Em 2 4 de maio de 2 0 0 1 , a Câmara dos Deputados criou e implementou a “Comissão Especial 
de Política Nacional de Resíduos” com o objetivo de apreciar as matérias contempladas nos Projetos de 
Lei apensados, e formular uma proposta substitutiva global de Projeto de Lei.
Para subsidiar a elaboração do substitutivo foram realizadas reuniões e audiências públicas 
com a participação de representantes do setor industrial, técnico e de organizações sociais.
Como contribuição, o Deputado Luciano Zica apresentou, em março de 2 0 0 2 uma subemenda 
substitutiva global e, em 2 2 de maio de 2 0 0 2 , o Relator da Comissão Especial de Política Nacional de 
Resíduos, apresentou oficialmente um Substitutivo Global ao PL 2 0 3 /1 9 9 1 e seus apensos, que não 
chegou a ser apreciada. Com o encerramento da Legislatura, a Comissão foi extinta.
Durante o ano de 2 0 0 4 , o Ministério do Meio Ambiente novamente envidou esforços no sentido 
de regulamentar a questão dos resíduos sólidos no país, sendo que para subsidiar a nova proposta de 
Projeto de Lei foram realizadas diversas discussões, principalmente entre o Ministério do Meio 
Ambiente e o Grupo Interministerial de Saneamento Ambiental, que à época, estava discutindo o 
Anteprojeto de Lei da Política Nacional de Saneamento Básico – APL PNSB, e das quais também 
participaram representantes de diversas Secretarias do Ministério do Meio Ambiente, do Programa 
Nacional de Meio Ambiente/PNMA, do Fundo Nacional de Meio Ambiente/FNMA, e do Instituto 
Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis/IBAMA.
Posteriormente, no período de 1 8 e 1 9 de agosto de 2 0 0 4 , o Ministério do Meio Ambiente, por 
meio do CONAMA, realizou em Brasília o Seminário intitulado “Contribuições à Política Nacional de 
Resíduos Sólidos (PNRS)”, com o propósito de buscar subsídios da sociedade em geral para a 
formulação de uma nova proposta de projeto delei, tendo em vista que o conteúdo contemplado na 
Proposição CONAMA, de 3 0 de junho de 1 9 9 9 , encontrava-se defasada em face da nova realidade.
O Seminário contou com a participação de representantes dos Órgãos Federais (Caixa 
Econômica Federal, ANVISA, Ministério do Trabalho e Emprego, Ministério do Desenvolvimento Social 
e Combate à Fome, Ministério das Cidades, IBAMA, ANA, Petrobras), Câmara dos Deputados, OEMAs; 
de diversas associações e entidades como a ABES, ABEMA, ABIPET, ABRE, ABRELPE, ABLP, 
ASCAMAR, CNI, CNC, FIESP/CIESP, CEMPRE, e outras, de universidades, empresas de consultoria, 
representantes de prefeituras municipais, e do setor produtivo.
De julho a setembro de 2 0 0 4 , foram elaboradas pelo Ministério do Meio Ambiente duas 
propostas para Projeto de Lei denominadas de 1 ª Versão interna MMA e 2 ª Versão interna MMA, as 
quais não chegaram a ser divulgadas.
Em 2 0 0 5 foi criado um Grupo de Consolidação na SQA, com o objetivo de sistematizar as 
contribuições do Seminário CONAMA que apresenta esta Proposta de Anteprojeto de Lei para 
discussão com os diversos setores de governo e da Sociedade.
Após vários debates e reuniões, busca-se o consenso para a votação do Projeto de Lei 
2 0 3 /1 9 9 1 , incluído o PL 1 .9 9 1 /1 9 9 7 , do Poder Executivo, tendo em vista a instituição da Política 
3 4
Guia para Elaboração de Projetos de Aterros Sanitários para Resíduos Sólidos Urbanos – VOLUME III
Nacional de Resíduos Sólidos.
Como se vê, no tocante a uma política relacionada aos resíduos sólidos não se tem uma lei 
definida, apesar da existência de projetos tramitando no Congresso Nacional há alguns anos.
Com isso, fica evidente a lacuna na legislação que estabelece a Política Nacional contendo diretrizes 
gerais, bem como o disciplinamento sobre essa questão. Entretanto os instrumentos legais existentes 
encontram-se principalmente nas Normas da ABNT, de forma pontual e assistemática.
De forma resumida apresenta-se a seguir a listagem dos principais documentos para consulta.
LEGISLAÇÃO FEDERAL 
Lei 5 .3 1 8 , de 2 6 /0 9 /1 9 6 7 – Institui a Política Nacional de Saneamento e cria o Conselho Nacional de 
Saneamento;
Lei 6 .9 3 8 , de 3 1 /0 8 /1 9 8 1 – Dispõe sobre a Política Nacional do Meio Ambiente, seus fins e 
mecanismos de formulação e aplicação, e dá outras providências. Regulamentada pelo Decreto 
9 9 .2 7 4 , de 6 de junho de 1 9 9 0 (alterado pelo Decreto 1 .5 2 3 /1 9 9 5 ) e alterada pelas Lei 7 .8 0 4 , de 1 8 
de julho de 1 9 8 9 e 8 .0 2 8 , de 1 2 de abril de 1 9 9 0 ;
Lei 7 .3 4 7 , de 2 4 /0 7 /1 9 8 5 – Disciplina a ação civil pública de responsabilidade por danos causados ao 
meio ambiente, ao consumidor, a bens e direitos de valor artístico, histórico, turístico e paisagístico, e 
dá outras providências; Modificada pela Lei 8 .0 7 8 /1 9 9 0 ; Artigos 1 º e 5 º alterados pela Lei 
8 .8 8 4 /1 9 9 4 ;
Lei 7 .7 9 7 , de 1 0 /0 7 /1 9 8 9 – Criação do Fundo Nacional do Meio Ambiente;
Lei 7 .8 0 2 , de 1 1 /0 7 /1 9 8 9 – Dispõe sobre a pesquisa, a experimentação, a produção, a embalagem e 
rotulagem, o transporte, o armazenamento, a comercialização, a propaganda comercial, a utilização, a 
importação, o destino final dos resíduos e embalagens, o registro, a classificação, o controle, a 
inspeção e a fiscalização de agrotóxicos, seus componentes afins, e dá outras providências; 
Regulamenta pelo Decreto 9 8 .8 1 6 /1 9 9 0 e pelo Decreto 9 9 1 /1 9 9 3 ; 
Lei 7 .8 0 4 , de 1 8 /0 7 /1 9 8 9 – Altera as Leis 6 .8 0 3 /1 9 8 0 , 6 .9 0 2 /1 9 8 1 , 6 .9 3 8 /1 9 8 1 e 7 .7 3 5 /1 9 8 9 ;
Lei 8 .0 8 0 ,de 1 9 /0 9 /1 9 9 0 – Dispõe sobre as condições para a promoção, proteção e recuperação da 
saúde, a organização e o funcionamento dos serviços correspondentes, e dá outras providências.
Lei 8 .8 8 4 , de 1 1 /0 6 /1 9 9 4 – Altera a redação e acrescenta incisos ao artigo 3 9 da Lei 8 .0 7 8 /1 9 9 0 , 
altera a redação e acrescenta inciso ao artigo 1 º da Lei 7 .3 4 7 /1 9 8 5 e altera a redação do inciso do 
artigo 5 º da Lei 7 .3 4 7 /8 5 ;
Lei 9 .0 0 8 , 2 1 /0 5 /1 9 9 5 – Cria o Fundo de Direitos Difusos e altera os artigos 4 º, 3 9 , 8 2 , 9 1 e 9 8 da Lei 
8 .0 7 8 /1 9 9 0 ;
Lei 9 .6 0 5 , de 1 2 /0 2 /1 9 9 8 – Dispõe as sanções penais e administrativas derivadas de condutas e 
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Guia para Elaboração de Projetos de Aterros Sanitários para Resíduos Sólidos Urbanos – VOLUME III
atividades lesivas ao meio ambiente, e dá outras providências; Dispositivo acrescentado pela Medida 
Provisória 1 .7 1 0 -1 /1 9 9 8
Lei 1 1 .4 4 5 , de 0 5 /0 1 /2 0 0 7 – 
– a constituição dos Consórcios.
DECRETOS
Decreto 5 0 .8 7 7 , de 2 9 /0 6 /1 9 6 1 – Dispõe sobre o lançamento de resíduo tóxico ou oleosos nas águas 
interiores ou litorâneas do país e dá outras providências;
Decreto 7 6 .3 8 9 , de 0 3 /1 0 /1 9 7 5 – Dispõe sobre as medidas de previsão e controle da poluição 
industrial de que trata o Decreto Lei 1 .4 1 3 , de 1 4 /0 8 /1 9 7 5 , e dá outras providências;
Decreto 8 5 .2 0 6 , de 2 5 /0 9 /1 9 8 0 – Altera o art.8 º do Decreto 7 6 .3 8 9 , de 0 3 /1 0 /1 9 7 5 , que dispõe 
sobre as medidas de prevenção e controle da poluição industrial;
Decreto 8 6 .0 2 8 , de 2 7 /0 5 /1 9 8 1 – Institui em todo o territórrio Nacional a “Semana Nacional do Meio 
Ambiente”, e dá outras providências;
Decreto 4 0 7 , de 2 7 /1 2 /1 9 9 1 – Regulamenta o Fundo da Defesa de Direitos Difusos de que trata o art. 
1 3 da Lei 7 .3 9 7 , de 2 4 /0 7 /1 9 8 5 , a Lei 7 .8 5 3 de 2 4 /1 0 /1 9 8 9 , os arts. 5 7 ,5 9 e 1 0 0 , único, da Lei 
8 .0 7 8 , de 1 1 /0 9 /1 9 9 0 , e art.1 2 , §3 º, da Lei 8 .1 5 8 , de 0 8 /0 1 /1 9 9 1 ;
Decreto 8 7 5 , de 1 9 /0 7 /1 9 9 3 – Promulga o texto da convenção sobre o controle de movimentos 
transfronteiriços de resíduos perigosos e seu depósito - Convenção da BasilEia;
Decreto 1 .3 0 6 , de 0 9 /1 1 /1 9 9 4 – Regulamenta o Fundo de Defesa de Direitos Difusos de que tratam os 
artigos 1 3 e 2 0 , da Lei 7 .4 3 7 , de 2 4 /0 7 /1 9 8 5 , seu Conselho Gestor, e dá outras providências;
Decreto 3 .1 7 9 , de 2 1 /0 9 /1 9 9 9 – Especifica sanções administrativas aplicáveis às condutas e 
atividades lesivas ao meio ambiente, dispostas, entre outras normas, na Lei 9 .6 0 5 , de 2 8 /0 1 /1 9 9 8 ;
Decreto 5 .9 4 0 , de 2 5 /1 0 /2 0 0 6 – 
Decreto 6 .0 1 7 , de 1 7 /0 1 /2 0 0 7 – Regulamenta a Lei 1 1 .1 0 7 ;
LEGISLAÇÃO ESTADUAL 
Lei 1 2 .4 9 3 , de 2 2 /0 1 /1 9 9 9 – Estabelece princípios, procedimentos, normas e critérios referentes a 
geração, acondicionamento, armazenamento, coleta, transporte, tratamento e destinação final dos 
resíduos sólidos no Estado do Paraná, visando controle da poluição, da contaminação e a minimização 
Estabelece diretrizes nacionais para o saneamento básico; altera as Leis 
6 .7 6 6 , de 1 9 /1 2 /1 9 7 9 , 8 .0 3 6 , de 1 1 /0 5 /1 9 9 0 , 8 .6 6 6 , de 2 1 /0 6 /1 9 9 3 , 8 .9 8 7 , de 1 3 /0 2 /1 9 9 5 ; 
revoga a Lei 6 .5 2 8 , de 1 1 /0 3 /1 9 7 8 ; e dá outras providências.
Lei 1 1 .1 0 7 de 0 6 /0 4 /2 0 0 5 Dispõe sobre 
Institui a separação dos resíduos recicláveis descartados pelos 
órgãos e entidades da administração pública federal direta e indireta, na fonte geradora, e a sua 
destinação às associações e cooperativas dos catadores de materiais recicláveis, e dá outras 
providências;
3 6
Guia para Elaboração de Projetos de Aterros Sanitários para Resíduos Sólidos Urbanos – VOLUME III
de seus impactos ambientais e adota outras providências.
Decreto 6 .6 7 4 , de 0 3 /1 2 /2 0 0 8 – 
– 
Resolução Conjunta 0 1 /2 0 0 6 – SEMA/IAP/SUDERHSA – Manual para Implantação de Aterros 
Sanitários em Valas de Pequenas Dimensões, Trincheiras e em Células.
Resolução Conjunta SEMA/SESA, de 3 1 DE maio de 2 0 0 5 – Estabelece diretrizes para a elaboração do 
PGRS.
RESOLUÇÕES CONAMA
Resolução 0 0 1 /8 6 , de 2 3 /0 1 /1 9 8 6 – Define Impacto Ambiental. Estudo de Impacto Ambiental e 
Relatório de Impacto Ambiental e demais disposições gerais(alterada pela Resolução nº0 1 1 /8 6 );
Resolução 0 0 1 -A/8 6 , de 2 3 /0 1 /1 9 8 6 – Estabelece normas para o transporte de produtos perigosos 
que circulem próximos a áreas densamente povoadas, de proteção de mananciais e do ambiente 
natural;
Resolução 0 1 1 /8 6 , de 1 8 /0 3 /1 9 8 6 – Altera a resolução 0 0 1 /8 6 ;
Resolução 0 0 1 /8 8 , de 1 6 /0 3 /1 9 8 8 – Regulamenta o cadastro técnico federal de atividades e 
instrumento de defesa ambiental;
Resolução 0 0 5 /8 8 , de 1 5 /0 6 /1 9 8 8 – Ficam sujeitas à licenciamento as obras de sistemas de 
abastecimento de águas, sistemas de esgotos sanitários, sistemas de drenagem e sistemas de limpeza 
urbana;
Resolução 0 0 6 /8 8 , de 1 5 /0 6 /1 9 8 8 – No processo de Licenciamento Ambiental de Atividades 
Industriais, os resíduos gerados e/ou existentes deverão ser objetos de controle específico;
Resolução 0 1 0 /8 8 , de 1 4 /1 2 /1 9 8 8 – Dispõe sobre as Áreas de Proteção Ambiental – APAs;
Resolução 0 0 3 /9 0 , de 2 8 /0 6 /1 9 9 0 – Padões de qualidade do ar – Dispõe sobre sua definição;
Resolução 0 0 8 /9 0 , de 0 6 /1 2 /9 0 – Estabelece os limites máximos de emissão de poluentes do ar, para 
processos de combustão externa em fontes novas fixas;
Resolução 0 1 3 /9 0 , de 1 6 /1 2 /1 9 9 0 – Unidades de conservação – áreas circundantes;
Resolução 0 0 2 /9 1 , de 2 2 /0 8 /1 9 9 1 – As cargas deterioradas, contaminadas, fora de especificação ou 
abandonadas serão tratadas como fontes potenciais de risco para o meio ambiente, até manifestação 
do órgão do meio ambiente competente;
Resolução 0 0 6 /9 1 , de 1 9 /0 9 /1 9 9 1 – Estabelece critérios, para a desobrigação de incineração ou 
Altera os Decretos 6 .5 3 9 , de 1 8 /0 8 /2 0 0 8 , que estabelece critérios 
para o enquadramento de projeto de instalação, de diversificação ou modernização total, e de 
ampliação ou modernização parcial de empreendimento, para efeito de redução do imposto sobre a 
renda e adicional, calculados com base no lucro da exploração, e 6 .0 4 7 , de 2 2 /0 2 /2 0 0 7 , que institui a 
Política Nacional de Desenvolvimento Regional PNDR.
3 7
Guia para Elaboração de Projetos de Aterros Sanitários para Resíduos Sólidos Urbanos – VOLUME III
qualquer outro tratamento de queima dos resíduos sólidos, provenientes dos estabelecimentos de 
saúde, portos e aeroportos;
Resolução 0 0 8 /9 1 , 1 9 /0 9 /1 9 9 1 – Veda a entrada no País de materiais residuais destinados à 
disposição final e incineração no Brasil;
Resolução 0 0 5 /9 3 , 0 5 /0 8 /1 9 9 3 – Resíduos Sólidos - Definição de normas mínimas para o tratamento 
de resíduos sólidos oriundos de saúde, portos e aeroportos, bem como a necessidade de estender tais 
exigências aos terminais ferroviários e rodoviários e revoga os itens I, V, VI e VIII, da Portaria Minter 
0 5 3 /7 9 ;
Resolução 0 0 6 /9 3 , 3 1 /0 8 /1 9 9 3 – Residuos Sólidos: óleos lubrificantes;
Resolução 0 0 9 /9 3 , 3 1 /0 8 /1 9 9 3 – Define os diversos óleos lubrificantes, sua reciclagem, combustão e 
seu re-refino, prescreve diretrizes para a sua produção e comercialização e proíbe o descarte de óleos 
usados onde possam ser prejudiciais ao meio ambiente;
Resolução 0 7 /9 4 , de 3 0 /1 2 /1 9 9 4 – Define resíduos perigosos e estabelece os critérios para a 
importação e exportação de resíduos;
Resolução 0 4 /9 5 , de 0 9 /1 0 /1 9 9 5 – Proíbe a instalação de atividades que se constituam em “foco de 
atração de pássaros” em Áreas de Segurança Aeroportuárias;
Resolução 2 3 /9 6 , de 1 2 /1 2 /1 9 9 6 – Proíbe a importação “outros resíduos”;
Resolução 2 2 6 /9 7 , de 2 0 /0 8 /1 9 9 7 – Estabelece limites máximos para emissão de fuligem à plena 
carga;
Resolução 2 2 8 /9 7 , de 2 0 /0 8 /1 9 9 7 – Autoriza a importação de chumbo metálico;
Resolução 2 3 7 /9 8 , de 1 9 /1 2 /1 9 9 8 – Licenciamento Ambiental;
Resolução 2 3 5 /9 8 , de 0 7 /0 8 /1 9 9 8 – Dispõe sobre o gerenciamento dos resíduos perigosos;
Resolução 2 4 2 /9 8 , de 3 0 /0 6 /1 9 9 8 – Estabelece limite máximo para emissão de material particulado 
para veículo leve comercial;
Resolução 2 5 2 /9 9 , de 0 1 /0 2 /1 9 9 9 – Estabelece limites máximos para ruídos de escapamento dos 
veículos automotores;
Resolução 2 5 7 /9 9 , de 3 0 /0 6 /1 9 9 9 – Estabelece critérios, para a destinação adequada das pilhas e 
baterias que contenham em suas composições chumbo, cádmio, mercúrio e seus componentes;
Resolução 2 5 8 /9 9 , de 2 6 /0 8 /1 9 9 9 – Estabelece critérios, para a destinação final ambientalmente 
adequada e segura dos pneumáticos inservíveis;
Resolução 2 6 4 /9 9 , de 2 6 /0 8 /1 9 9 9 – Dispõe sobre procedimentos, critérios e aspectos técnicos 
específicos de licenciamento ambiental para o co-processamento de resíduos em fornos rotativos de 
clíquer, para fabricação de cimento;
Resolução 2 8 3 /2 0 0 1 – Dispõe sobre o tratamento e destinação final dos resíduos de saúde.
3 8
Guia para Elaboração de Projetos de Aterros Sanitários para Resíduos Sólidos Urbanos – VOLUME III
PORTARIAS 
Portaria Minter 5 3 , de 0 1 /0 3 /1 9 7 9 – Estabelece as normas aos projetos específicos de tratamento e 
disposição de resíduos sólidos, bem como a fiscalização de sua implantação, operação e manutenção;
Portaria Minter 1 2 4 , de 2 0 /0 8 /1 9 8 0 – Poluição Hídrica – Baixa normas no tocante à sua prevenção; 
Portaria Interministerial 1 9 de 2 9 /0 1 /1 9 8 1 – Dispõe sobre a contaminação do meio ambiente por 
PCBS (askarel);
Portaria Normativa IBAMA 3 4 8 , de 1 4 /0 3 /1 9 9 0 – Fixa novos padrões de qualidade do ar e as 
concentrações de poluentes atmosféricos visando à saúde e ao bem-estar da população, da flora e da 
fauna;
Portaria Normativa IBAMA 1 0 6 , de 0 5 /1 0 /1 9 9 4 – Dispensa a anuência prévia do IBAMA, os pedidos 
de importação de resíduos que menciona e que trata a Portaria IBAMA 1 3 8 , de 2 2 /1 2 /1 9 9 2 ;
Portaria Ms 1 .5 6 5 , de 2 7 /0 8 /1 9 9 4 – Define o Sistema Nacional de Vigilância Sanitária e sua 
abrangência, esclarece a compêtencia das três esferas de Governo e estabelece as bases para a 
descentralização da execução de serviços e ações de vigilância em saúde o âmbito do SUS;
Portaria Normativa IBAMA 4 5 , de 2 9 /0 6 /1 9 9 5 – Constitui a Rede Brasileira de Manejo Ambiental de 
Resíduos – REBRAMAR, integrada à Rede Pan-Americana de Manejo Ambiental de Resíduos – 
REPAMAR, com o objetivo de promover o intercâmbio, difusão e acesso aos conhecimentos e 
experiências no manejo de resíduos;
Portaria Interministerial 0 3 , de 3 1 /0 9 /1 9 9 5 – Dispõe sobre a proibição de bens de consumo usados;
Portaria 0 3 4 , de 2 6 /0 3 /2 0 0 1 – Estabelece obrigações fiscais para a coleta de pilhas e baterias.
NORMAS DA ABNT
Norma NBR 9 .1 9 5 – Prescreve método para determinação da resistência à queda livre de sacos 
plásticos para acondicionamento de lixo;
Norma NBR 9 .1 9 6 – Prescreve método para determinação da resistência à pressão do ar em sacos 
plásticos para condicionamento do lixo;
Norma NBR 9 .1 9 7 – Sacos plásticos para acondicionamento de lixo. Determinação da resistência ao 
impacto da esfera;
Norma NBR 1 2 .2 3 5 – Fixa condições exigíveis para o armazenamento de resíduos sólidos perigosos de 
forma a proteger a saúde pública e o meio ambiente;
Norma NBR 1 1 .1 7 4 – Fixa condições exigíveis para obtenção das condições mínimas necessárias 
ao armazenamento de resíduos Classe II – não inertes e III – inertes, de forma a proteger a saúde 
pública e o meio ambiente;
Norma NBR 9 .1 9 0 – Classifica os sacos plásticos para acondicionamento de lixo quanto a 
finalidade, espécie de lixo e dimensões;
3 9
Guia para Elaboração de Projetos de Aterros Sanitários para Resíduos Sólidos Urbanos – VOLUME III 
Norma NBR 9 .1 9 1 – Fixa as especificações de sacos plásticos destinados exclusivamente ao 
acondicionamento de lixo para coleta;
Norma NBR 1 3 .0 5 5 – Prescreve método para determinação da capacidade volumétrica de sacos 
plásticos para acondicionamento de lixos impermeáveis à água;
Norma NBR 13 .0 5 6 – Prescreve método para verificação da transferência de filmes plásticos 
utilizados em sacos para acondicionamento de lixo;
Norma NBR 9 .1 9 5 – Prescreve o método para determinação da resistência à queda livre de sacos 
plásticos para acondicionamento de lixo;
Norma NBR 9 .6 9 0 – Fixa condições exigíveis às mantas de polímeros calandradas ou extrudadas, 
destinadas à execução de impermeabilização, para serem aplicadas sem contato com materiais 
asfálticos. Como polímero, para efeito desta especificação, entende-se o policloreto de vinila (PVC);
Norma NBR 9 .2 2 9 – Fixa condições exigíveis às mantas de elastômeros calandradas ou extrudadas, 
destinadas à execução de impermeabilização na construção civil. Esta Norma está baseada no 
copolímero de isobutileno isopreno;
Norma NBR 5 .6 8 1 – Fixa condições mínimas a serem preenchidas no procedimento do controle 
tecnológico da execução de aterros em obras de construção de edificações residências, comerciais ou 
industriais de propriedade pública ou privada;
Norma NBR 8 .0 8 3 – Define termos técnicos utilizáveis às normas de impermeabilização;
Norma NBR 8 .4 1 9 – Fixa condições mínimas exigíveis para a apresentação de projetos de aterros 
sanitários de resíduos sólidos urbanos;
Norma NBR 8 .8 4 9 – Fixa condições mínimas exigíveis para a apresentação de projetos de aterros 
controlados de resíduos sólidos urbanos;
Norma NBR 1 0 .1 5 7 – Fixa condições mínimas exigíveis para projeto e operação de aterros de resíduos 
perigosos, de forma a proteger adequadamente as coleções hídricas superficiais e subterrâneas 
próximas, bem como os operadores destas instalações vizinhas;
Norma NBR 1 1 .6 8 2 – Fixa condições exigíveis no estudo e controle da estabilidade de taludes em solo, 
rocha ou mistos componentes de encostas naturais ou resultantes de cortes; abrange, também, as 
condições para projeto, execução, controle e conservação de obras de estabilização;
Norma NBR 1 3 .0 2 8 – Define as formas de elaboração e apresentação de projeto de disposição de 
rejeitos de beneficiamento, em barramento e em mineração - Procedimento;
Norma NBR 1 3 .8 9 5 – Fixa as condições mínimas exigíveis para construção de poços de 
monitoramento e amostragens;
Norma NBR 1 3 .8 9 6 – Fixa condições mínimas exigíveis para projeto, implantação e operação de aterros 
de resíduos não perigosos, de forma a proteger adequadamente as coleções hídricas superficiais e 
subterrâneas próximas, bem como os operadores destas instalações e populações vizinhas;
Norma NBR 1 2 .8 1 0 – Fixa os procedimentos exigíveis para a coleta interna e externa dos resíduos de 
serviço de saúde, sob condições de higiene e segurança;
Norma NBR 1 2 .8 0 7 – Define termos empregados em relação aos resíduos de serviços de saúde;
4 0
Guia para Elaboração de Projetos de Aterros Sanitários para Resíduos Sólidos Urbanos – VOLUME III 
Norma NBR 1 3 .8 5 3 – Define o uso de coletores para serviços de saúde perfurantes ou cortantes – 
requisitos e métodos de ensaio.
Norma NBR 9 .3 8 3 – Prescreve método para determinação de unidade ou materiais voláteis presentes nos 
produtos orgânicos sólidos; 
Norma NBR 8 .4 1 8 – Fixa condições mínimas exigíveis para a apresentação de projetos de aterros de 
resíduos industriais perigosos - ARIP;
Norma NBR 8 .8 4 3 – Fixa normas para elaboração de planos de gerenciamento de resíduos sólidos em 
aeroportos;
Norma NBR 1 0 .0 0 4 – Classifica resíduos sólidos quanto aos seus riscos potenciais ao meio ambiente e a 
saúde pública, para que estes resíduos possam ter manuseio e destinação adequados. Os resíduos 
radioativos não são objetos desta norma, pois são de competência exclusiva da comissão nacional de 
energia nuclear;
Norma NBR 1 0 .0 0 5 – Prescreve procedimentos para lixiviação de resíduos tendo em vista a sua 
classificação;
Norma NBR 1 0 .0 0 6 – Fixa condições exigíveis para diferenciar os resíduos das Classes II e III. Aplica-se 
somente para resíduos no estado físico sólido;
Norma NBR 1 0 .0 0 7 – Fixa consições exigíveis para amostragem, preservação e estocagem de amostras 
de resíduos sólidos;
Norma NBR 1 0 .6 6 4 – Prescreve métodos de determinação das diversas formas de resíduos (total, fixo, 
volátil; não filtrável, não filtrável fixo e não filtrável volátil, filtrável, filtrável fixo e filtrável volátil) em 
amostras de águas, efluentes domésticos e industriais, lodos e sedimentos;
Norma NBR 1 2 .2 6 7 – Fixa normas para elaboração de Plano Diretor;
Norma NBR 1 2 .9 8 0 – Define termos utilizados na coleta, varrição e acondicionamento de resíduos sólidos 
urbanos;
Norma NBR 1 3 .4 6 4 – Classifica a varrição de vias e logradouros públicos, bem como os equipamentos 
utilizados;
Norma NBR 7 .5 0 0 – Estabelece os símbolos convencionais e seu dimensionamento, para serem aplicados 
nas unidades de transporte e nas embalagens para indicação dos riscos e dos cuidados a tomarem no seu 
manuseio, transporte, armazenamento, de acordo com a carga contida;
Norma NBR 1 3 .2 2 1 – Fixa diretrizes para o transporte de resíduos, de modo a evitar danos ao meio 
ambiente e a proteger a saúde pública;
Norma NBR 1 3 .5 9 1 – Define termos empregados exclusivamente em relação à compostagem de 
resíduos sólidos domiciliares;
Norma NBR 9 .8 0 0 – Estabelece critérios para o lançamento de efluentes líquidos industriais o sistema 
coletor público de esgoto sanitário;
Norma NBR 1 2 .8 0 8 – Classifica resíduos de serviços de saúde aos riscos potenciais ao meio ambiente 
e à saúde pública, para que tenham gerenciamento adequado;
Norma NBR 1 2 .8 0 9 – Fixa procedimento exigíveis para garantir condições de higiene e segurança no 
4 1
Guia para Elaboração de Projetos de Aterros Sanitários para Resíduos Sólidos Urbanos – VOLUME III
processamento interno de resíduos infectantes, especiais e comuns, nos serviços de saúde; Norma 
NBR 1 0 .0 0 5 – Estabelece critérios para o lançamento de efluentes líquidos industriais no sistema 
coletor público do esgoto sanitário;
Norma NBR 1 2 .9 8 8 – Prescreve método para a verificação da presença de líquidos livres uma amostra 
representativa de resíduos;
Norma NBR 5 .5 5 3 – Fixa características operacionais da pá-carregadeira, relacionar os termos usados 
na nomenclatura de alguns de seus componentes, bem como padronizar as condições de ensaio, bem 
como, define componentes e estabelece definições da carroceria, do chassi e do quadro do chassi dos 
veículos rodoviários automotores;
Norma NBR 5 .9 4 4 – Fixa condições exigíveis para aceitação de conteineres;
Norma NBR 6 .1 1 0 – Padroniza larguras de correias transportadoras e suas tolerâncias na própria 
largura e no comprimento;
Norma NBR 6 .1 4 0 – Estabelece características operacionais do trator de esteiras, relaciona termos 
usados na nomenclatura de alguns de seus componentes, bem como padroniza condições de ensaio;
Norma NBR 6 .1 7 1 – Padroniza folga das bordas das correias transportadoras em relação ao obstáculo 
lateral mais próximo;
Norma NBR 8 .1 6 3 – Padroniza espessuras das coberturas superior e inferior, de correias 
transportadoras lisas e respectivas tolerâncias;
Norma NBR 1 3 .1 6 7 – Fixa condições exigíveis para o cálculo da capacidade volumétrica teórica da 
caçamba frontal de pás-carregadeiras e de escavadeiras;
Norma NBR 1 3 .3 3 2 – Define termos relativos aos coletor-compactador de resíduos sólidos, acoplado 
ao chassi de um veículo rodoviário, e seus principais componentes;
Norma NBR 1 3 .3 3 3 – Caçamba estacionária de 0 ,8 metros cúbicos, 1 ,2 metros cúbicos e 1 ,6 metros 
cúbicos para colera de resíduos sólidos por coletores compactadores de carregamento traseiro;
Norma NBR 1 3 .3 3 4 – Padroniza dimensões, volumes e respectivas capacidades de carga, para as 
caçambas estacionárias destinadas a acondicionar os resíduos sólidos aplicáveis aos coletores-
compactadores de carregamento traseiro, dotados de dispositivos de basculamento;
Norma NBR 1 3 .4 6 3 – Classifica coleta de resíduos sólidos urbanos dos equipamentos

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