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PIS e COFINS apuração e escrituração contábil - Apostila

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CONTABILIDADE 
TRIBUTÁRIA
Alberto Ramon Cunha de Farias
PIS e COFINS: apuração 
e escrituração contábil
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
 � Reconhecer a base de cálculo, alíquotas e contribuintes do PIS e 
da COFINS.
 � Identificar os fatos geradores da incidência do PIS e da COFINS.
 � Realizar a apuração e escrituração contábil do PIS e da COFINS.
Introdução
Compreender o real significado do PIS (Programa de Integridade 
Social) e da COFINS (Contribuição para o Programa de Integrida-
de Social) é imprescindível para garantir a ordem no gerenciamen-
to da empresa, principalmente perante o Fisco. Apesar de esses dois 
tributos federais terem sido instituídos em épocas diferentes e ainda 
terem destinações diferentes, ambos incidem sobre o faturamento 
das empresas. Desse modo, justifica-se um estudo conjunto sobre 
essas contribuições. 
Neste texto, você aprenderá sobre o PIS e a COFINS, a partir de seus 
conceitos, base de cálculo, alíquotas, contribuintes, apuração e escri-
turação contábil.
Visão geral
Neste texto, você aprenderá a definir os conceitos das contribuições so-
ciais PIS e COFINS, seu arcabouço lógico, como e quem deve pagar essas 
contribuições, a base de cálculo, o faturamento, as alíquotas e o produto da 
destinação arrecadatória desses tributos. Essas contribuições sociais desem-
penham um papel fundamental em nossa sociedade, pois sua arrecadação é 
destinada às políticas de programas sociais, colaborando com isso em assis-
tências sociais, pagamento de professores públicos, manutenção e garantia do 
seguro desemprego, auxílio aos considerados menores de idade e sistemas de 
saúde – como postos de saúde, hospitais e toda assistência médica adequada, 
entre outras finalidades sociais. 
Você está diante de dois tributos que têm extrema importância nos dias 
atuais sobre as atividades sociais básicas, como moradia, educação, saúde, 
segurança e trabalho. Esses tributos são contribuições nas quais o produto de 
sua arrecadação tem uma finalidade específica, fazendo com que o governo 
não possa investir este dinheiro de maneira diferente da que foi estabelecida. 
O propósito dessas contribuições é acabar com as desigualdades sociais e es-
tabelecer padrões básicos de necessidade pública, para que todos os cidadãos 
tenham uma vida com dignidade, educação, saúde e paz.
Contribuições sociais – PIS e COFINS
O PIS é um tributo cuja espécie tributária é denominada como “contribuições 
sociais”, uma vez que sua destinação arrecadatória tem um vínculo com um 
gasto governamental, ou seja, a União, ao arrecadar o valor do PIS, tem por 
obrigação constitucional destinar esses valores de maneira direta a um fundo 
de amparo ao trabalhador (FAT), para custear o seguro-desemprego e o abono 
salarial e uma outra parte que se destina a programas de desenvolvimento 
econômico. 
A COFINS, da mesma forma que o PIS, é um tributo classificado como 
“contribuições sociais”, devido a sua destinação arrecadatória com finalidade 
especifica. Essa finalidade é custear e aprimorar o sistema da seguridade so-
cial do país. 
A seguridade social é um programa de políticas públicas, destinada ao bem 
comum dos cidadãos do país. O amparando em sua velhice, em sua saúde, e 
segurança, tanto profissional como pessoal. 
Contribuintes
Os contribuintes ou sujeitos passivos de pagar as contribuições sociais do 
PIS e da COFINS, no caso de direito privado, são as pessoas jurídicas que, 
de modo geral, obtenham faturamento, bem como as entidades sem fins 
lucrativos.
PIS e COFINS: apuração e escrituração contábil2
Sujeitos passivos em matéria tributária são todos aqueles obrigados a pagar aos cofres 
públicos determinada quantia de valores, por configurarem-se como contribuintes de 
algum tributo, ou seja, exercerem alguma atividade a qual a lei lhes imputou o ônus de 
arcar com o tributo. 
Há dois polos de sujeitos passivos, aos quais a lei obriga a contribuir. O primeiro porque 
gerou a situação de nascer o tributo, e o segundo pela mera imposição de somente 
repassar o valor aos cofres públicos, descontando é claro o valor da operação. 
Os sujeitos passivos no ramo empresarial são mais conhecidos como “contribuintes”, 
sendo o conceito é mais utilizado na área jurídica por melhor se conceituar cada as-
pecto de cada contribuinte.
Entidades sem fins lucrativos são instituições que obtém renda ou fatura-
mento, porém sua finalidade final é de algum benefício social, ou seja, é para 
a sociedade em geral que essas instituições existem e não para dar lucros. 
Alguns exemplos de entidades sem fins lucrativos são:
 � Templos de qualquer culto (igrejas, sinagogas, mesquitas, centro espi-
ritas, terreiros, entre outras denominações de templos religiosos).
 � Partidos políticos.
 � Sindicatos e suas federações e confederações.
 � Conselho de fiscalização de profissões regulamentadas, como Conselho 
Federal de Contabilidade (CFC), Ordem dos Advogados do BRASIL 
(OAB), entre outras categorias de interesses de classes profissionais.
 � Assistência social, entendidas como as que amparam, com medidas so-
ciais de saúde, segurança e educação, às pessoas com baixa renda fami-
liar, os menores de idade, os hipossuficientes, entre outras classes sociais. 
 � Instituições de educação, como escolas públicas, creches e outras.
 � Serviços sociais por iniciativa autônoma, em que se caracterizam di-
versas entidades que se prontificam a prestar serviços de ajuda comu-
nitária de maneira gratuita e benéfica a sociedade.
3PIS e COFINS: apuração e escrituração contábil
Há algumas outras classes de entidades sem fins lucrativos, mas essas são 
as principais.
Há uma peculiaridade no PIS/PASEP que o distingue da COFINS: sua in-
cidência sobre a folha de pagamento paga ou creditada a funcionários de enti-
dades sem fins lucrativos. Essa é a única diferença na apuração desses dois tri-
butos, pois os restantes das situações ensejam base de cálculo igual para ambos.
Regime de apuração – PIS/COFINS cumulativo
O princípio da cumulatividade para o PIS e a COFINS implica dizer que a 
incidência para esses tributos será em uma única fase, sem ter direitos a se 
creditar de operações anteriores. Essa incidência em uma única fase deno-
mina-se tributação em cascata, por fazer incidir de uma só vez e em diversas 
operações subsequentes. Tributa-se pelo faturamento mensal ou receita bruta 
como alguns doutrinadores costuma dizer. 
Este princípio da cumulatividade se aplica ao regime tributário do 
lucro presumido, no qual não é permitida a manutenção de créditos por parte 
do contribuinte. 
Fato gerador e base de cálculo
A base de cálculo no regime cumulativo e também o fato gerador do PIS e da 
COFINS é o faturamento mensal das pessoas jurídicas em geral, assim enten-
dido, como o produto da venda de mercadorias ou prestação de serviços. Hoje, 
o Supremo Tribunal Federal (STF) define como faturamento mensal a receita
bruta para fins de incidência tributária. Mas, o que esse conceito muda?
Esse conceito, praticamente, alarga a margem da base de cálculo, incluindo
também as receitas financeiras, obtidas por meio de juros ativos, atualização
monetária, variação cambial ativa, entre outras. Você pode, assim, perceber
que o conceito de receita bruta aumenta o montante da base de cálculo, one-
rando ainda mais o contribuinte por questão de interpretação jurídica.
Podem ser deduzidos do faturamento ou base de cálculo os seguintes 
valores:
� Vendas canceladas.
� Descontos incondicionais concedidos.
� ICMS pago por substituição tributária.
� IPI.
� Receita de venda do ativo permanente, etc.
PIS e COFINS: apuração e escrituração contábil4
Alíquotas pelo regime cumulativo
As alíquotas pelo regime cumulativo serão as seguintes:
� 0,65% - PIS.
� 3,00% - COFINS.
� 1% PIS/PASEP sobre a folha de pagamento
Regime de apuração – PIS/COFINS não 
cumulativo
No regime de apuração pela não cumulatividade aplica-se a manutenção 
dos créditos de PIS e COFINS, ouseja, permite o aproveitamento de crédito 
destes em operações anteriores. 
Somente podem aderir a não cumulatividade as pessoas jurídicas optantes 
pelo regime tributário do lucro real. O PIS não cumulativo foi instituído pela 
Lei n. 10.637, de 30 de dezembro de 2002, e a COFINS não cumulativa pela 
Lei n. 10.833, de 29 de dezembro de 2003.
Contribuintes obrigados ao regime da não 
cumulatividade
São contribuintes obrigados pelo regime da não cumulatividade do PIS/CO-
FINS as pessoas jurídicas que optam pelo pagamento do IRPJ no regime tri-
butário lucro real. 
Base de cálculo 
A base de cálculo é a receita bruta mensal, entendida como o produto da venda 
de mercadoria e ou a prestação de serviços. Deduzindo os valores com as 
vendas canceladas, descontos incondicionais, ICMS por substituição tributária, 
IPI e etc. Incluem-se na base de cálculo os valores com receitas financeiras. 
Deduções permitidas da base de cálculo – não 
cumulatividade
As Leis nº 10.637/02 e 10.833/03 tratam dos aspectos tributário do PIS e da 
COFINS, nelas você irá encontrar a base para apropriação dos créditos de PIS 
e COFINS, a qual poderá abater da base de cálculo os créditos com:
5PIS e COFINS: apuração e escrituração contábil
� Bens adquiridos para revenda.
� Bens e serviços considerados como insumos para fabricação de pro-
dutos e ou serviços.
� Energia elétrica.
� Despesas com alugueis de bem imóvel sede da empresa.
� Bens incorporados ao ativo imobilizado, etc.
Alíquotas pelo regime não cumulativo
As alíquotas pelo regime não cumulativo serão as seguintes: 
� 1,65% - PIS.
� 7,60% - COFINS.
Apuração e escrituração PIS/COFINS não 
cumulativo
Exemplo de apuração
(Continua)
Discriminação COFINS Janeiro/20XX
DEMONSTRAÇÃO DA BASE DE CÁLCULO DA COFINS
00. Receitas financeiras 0,00
01. Faturamento/receita bruta 100.000,00
02. Receita de variações cambiais - operações liquidadas no 
mês
0,00
03. Receitas diferidas em períodos anteriores 0,00
ISENÇÕES E EXCLUSÔES
04. (-) Receitas isentas 0,00
05. (-) Vendas canceladas, devoluções e descontos incondi-
cionais
0,00
06. (-) IPI e ICMS/Substituto tributário 0,00
PIS e COFINS: apuração e escrituração contábil6
Discriminação COFINS Janeiro/20XX
07. (-) Receitas de variações cambiais auferidas no mês 0,00
08. (-) Reversão prov. recup. créditos baixados como perda 0,00
09. (-) Resultados positivos em participações societárias e em 
SCP
0,00
10. (-) Vendas de bens do ativo permanente 0,00
11. (-) Vendas de produtos/mercadorias sujeitas à substituição 0,00
12. (-) Vendas de produtos/mercadorias com alíquotas 
diferenciadas
0,00
13. (-) Receitas diferidas no período 0,00
14. (-) Exclusões permitidas às sociedades cooperativas 0,00
15. (-) Outras exclusões 0,00
16. BASE DE CÁLCULO DA COFINS - FATURAMENTO 100.000,00
17. BASE DE CÁLCULO DA COFINS - SUBSTITUIÇÃO 0,00
CÁLCULO DA COFINS (7,60% alíquota)
18. COFINS apurada 7.600,00
19. (-) Saldo credor COFINS mês anterior 0,00
20. (-) Créditos da COFINS no mês 0,00
21. (-) Parcela mensal do crédito da COFINS estoque de 
abertura
0,00
22. (-) COFINS retida na fonte por órgão público 0,00
23. (-) COFINS retida na fonte por sociedade cooperativa 0,00
24. (-) Retenção de pagamentos de pessoa jurídica a pessoa 
jurídica de direito privado
0,00
25. (-) Retenção de pagamentos de PJ a PJ de Dir. Priv. Ref. a 
períodos anteriores
0,00
26. (-) Compensação de pagamentos indevidos ou a maior 0,00
27. COFINS A PAGAR 7.600,00
(Continuação)
7PIS e COFINS: apuração e escrituração contábil
Exemplo de escrituração
Utilizando a apuração acima, e sem considerar a apropriação de créditos, fa-
remos a escrituração em razonete dos valores da COFINS a pagar. 
CLIENTES RECEITA BRUTA
(1) 100.000,00 100.000,00 (1)
- - -
100.000,00 - - 100.000,00 
100.000,00 - - 10.000,00
Lançamento efetuado pelo reconhecimento da receita de vendas e pelo 
direito ao recebimento do valor na conta clientes. 
COFINS S/ FATURAMENTO COFINS A RECOLHER
(2) 7.600,00 7.600,00 (2)
- - -
7.600,00 - - 7.600,00 
7.600,00 - - 7.600,00 
Lançamento efetuado como débito pela apropriação do COFINS s/fatura-
mento, que representa uma despesa para a empresa, e como crédito de COFINS 
a recolher representando um valor a recolher demonstrado no passivo circulante.
CARVALHO, P. B. Curso de direito tributário. 23. ed. São Paulo: Saraiva, 2011.
FISCHER, O. C. (Coord). PIS-COFINS: questões atuais e polêmicas. São Paulo: Quartier La-
tin, 2005.
MARTINS, I. G. S. Não cumulatividade do PIS e da COFINS: implicações contábil, societária 
e fiscal. São Paulo: Quartier Lati, 2007.
PORTAL TRIBUTÁRIO. PIS E COFINS: aspectos gerais. Disponível em: <http://www.portal-
tributario.com.br/guia/pis_cofins.html>. Acesso em: 13 set. 2016.
VALOR TRIBUTÁRIO. PIS E COFINS. Disponível em: <http://www.valortributario.com.br/
tributos/piscofins>. Acesso em: 13 set. 2016.
PIS e COFINS: apuração e escrituração contábil8

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