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Estado de Goiás
Secretaria de Educação do Estado de Goiás
Superintendência de Ensino Médio
2021
APOSTILA
1º SEMESTRE
Volume 1
GOVERNO DO ESTADO DE GOIÁS
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO
RONALDO RAMOS CAIADO
Governador do Estado de Goiás
LINCOLN GRAZIANI PEREIRA DA ROCHA
Vice-Governador do Estado de Goiás
APARECIDA DE FÁTIMA GAVIOLI SOARES PEREIRA
Secretária de Estado da Educação
OSVANY DA COSTA GUNDIN CARDOSO
Superintendente do Ensino Médio
WANDA MARIA DE CARVALHO
Gerente de Mediação Tecnológica
LUCIANE APARECIDA DE OLIVEIRA 
Coordenadora Pedagógica
HUGO LEANDRO LELES CARVALHO
SONIA MARIA LEÃO L. SANTOS
Coordenadores de Estúdio
LUCIMEIRE MONTEIRO DA ROCHA 
LINDOMAR MANOEL BORGES JÚNIOR
ÊNIO FONSECA
Assessoria Técnico-Pedagógica
Revisão ortográfica:
Daniela Mesquita
Diagramação:
Dyorge Lucas
EQUIPE GOIÁS TEC
TELEFONE: 3201-3253
E-MAIL: gmt@seduc.go.gov.br
1ª Edição | 2020
© Copyright 2020 – Goiás Tec Ensino Médio ao Alcance de Todos
“Todos os direitos reservados”
sumário
EDUCAÇÃO FÍSICA ......................................................................................................... 07
Professora Esp. Silvana Tais de Morais
FILOSOFIA .......................................................................................................................... 19
Professor Ms. Luci de Sousa Dourado
GEOGRAFIA ....................................................................................................................... 41
Professor Esp. Alejandro de Freitas
HISTÓRIA ........................................................................................................................... 85
Professor Ms. Pedro Turco
Esp. Fernanda de Melo Serbeto e Silva
LÍNGUA PORTUGUESA .................................................................................................. 107
Professora Esp. Daniela de Souza Ferreira Mesquita
LÍNGUA INGLESA ........................................................................................................... 223
Professora Ms.Ana Christina de Pina Brandão
Professora Ms. Lucilélia Lemes de Castro Silva Nascimento
SOCIOLOGIA ................................................................................................................... 239
Professora MS. Luci de Sousa Dourado
EDUCAÇÃO 
FÍSICA
8
Secretaria de Educação do Estado de Goiás 
Superintendência de Ensino Médio EDUCAÇÃO FÍSICA
EDUCAÇÃO FISICA 
EXPECTATIVAS DE APRENDIZAGEM
Demonstrar autonomia na elaboração e na prática 
de atividades corporais, assim como capacidade 
para discutir e modificar regras, utilizando melhor 
os conhecimentos sobre cultura corporal.
- assistir a videoaula
https://youtu.be/Fa08peq2tiQ
- Sugestão de leitura:
- Pesquisar cultura esportiva
no link: 
https://www.efdeportes.com/efd186/constituicao-
-da-cultura-esportiva.htm
h t tp : / /www. rev i s t a s .u sp .b r / rpe f / a r t i c l e /
view/138756
- Sugestão de filme: Jamaica abaixo de zero netflix 
e youtube que aborda temática cultura esportiva.
 https://youtu.be/v13geTqlwc8
 ATIVIDADE 01 
Sobre os objetivos dos jogos e brincadeiras na 
Educação Infantil, assinale a alternativa INCORRE-
TA:
a) Estimular no aluno o espírito de competição.
b) Oportunizar à criança formas de solucionar 
problemas práticos, que as situações dos jogos e 
brincadeiras oferecem.
c) Favorecer a autoexpressão.
d) Despertar na criança o sentido de gru-
po, ensinando-a a conviver com outras 
crianças, praticando cooperação, lealda-
de, cortesia e respeito aos semelhantes.
e) propiciar a diversão e o lazer.
ATIVIDADE 02 
 Sobre os esportes escolares mais populares po-
demos citar:
a) Badminton e queimada
b) Squash e basquete
c) Tênis e coferbol
d) Futsal e Voleibol
e) Polo aquático e handebol
ATIVIDADE 03 
 É um esporte coletivo que envolve passes de 
bola com as mãos. Praticado entre duas equipes, 
o nome dessa modalidade esportiva é provenien-
te da língua inglesa, visto que significa “mão”. A 
bola é feita de couro ou de outro material e para 
as equipes masculinas ela possui um diâmetro 
maior do que a feminina. Após ler o texto po-
demos observar que o esporte descrito seria:
a) Futebol
b) Tênis de mesa
c) Atletismo
d) Automobilismo
e) Handebol 
ATIVIDADE 04 
Faltava para a seleção Brasileira de futebol de 
campo masculino um título inédito que graças ao 
bom trabalho de equipe foi conquistado em 2016 
com o time sendo liderado pelo grande atleta 
9
Secretaria de Educação do Estado de Goiás 
Superintendência de Ensino MédioEDUCAÇÃO FÍSICA
Neymar Júnior e tantos outros craques do futebol. 
Qual foi este título? Marque a alternativa correta:
a) Copa do mundo 
b) Olimpíadas
c) Pan-Americano
d) Champions League 
e) Libertadores
EXPECTATIVAS DE APRENDIZAGEM
Demonstrar autonomia na elaboração e na prá-
tica de atividades corporais, assim como capaci-
dade para discutir e modificar regras, utilizando 
melhor os conhecimentos sobre cultura corporal.
- assistir a videoaula
https://youtu.be/egmxtXykfuE,
https://youtu.be/eXZZ4kdclPU
https://youtu.be/bbjo6AsNwDQ
https://youtu.be/r1wgeYptBUU
- Sugestão de leitura:
- Pesquisar Regras no link: Disponível em:
https://queconceito.com.br/regra
https://novaescola.org.br/conteudo/1257/brincan-
do-com-regras
- Sugestão de filme: netflix e youtube que aborda 
temática Regras
 Filme: Quebrando Regras
https://assistirfilmes.me/quebrando-regras.html
https://youtu.be/OfjoDvGB7Ko
O que são normas e regras sociais?
Os seres humanos gostam de permanecer 
delimitados por regras de modo a ter diretri-
zes sobre o que não fazer em situações espe-
cíficas. As regras são diretrizes escritas que 
precisam ser adotadas pelas pessoas em um 
ambiente particular, pois, de outra forma, 
existem disposições para lidar com violações 
dessas regras. Se houver regras para orientar 
ações e comportamentos de indivíduos em 
uma organização, uma sociedade possui nor-
mas que estão em leis não escritas a serem 
seguidas pelas pessoas. Existem muitas se-
melhanças entre regras e normas, o que pode 
confundir às pessoas. No entanto, apesar da 
sobreposição, existem diferenças que preci-
sam ser destacadas.
O que são regras sociais?
Se você trabalha em uma fábrica e há uma regra 
que solicita aos funcionários que não fumem den-
tro da fábrica, você sabe que o tabagismo é proibi-
do dentro daquele ambiente, e você será punido 
por violar esta disposição. Da mesma forma, exis-
tem leis escritas que orientam o comportamento 
dos alunos na escola, de modo a manter a disci-
plina e a ordem. Existem regras de trânsito que 
garantem uma movimentação suave de veículos, 
pois, de outra forma, haverá um caos total.
Assim, torna-se claro que as regras são diretrizes 
provenientes da autoridade e que precisa de ade-
são dos membros da organização. As regras desti-
nam-se a assegurar o bom funcionamento de uma 
organização e também a prevenir o caos e contra-
tempos. Há disposições para lidar com violações 
dessas regras, como a punição que é medida para 
os infratores.
O que são normas sociais?
As normas são as leis não escritas em uma socie-
10
Secretaria de Educação do Estado de Goiás 
Superintendência de Ensino Médio EDUCAÇÃO FÍSICA
dade que rege as ações e comportamentos dos 
seus membros. As pessoas conhecem o compor-
tamento que se espera delas e também as ações 
e comportamentos que devem evitar em todas as 
circunstâncias.
Por exemplo, levantar uma mão para apertar a 
mão de alguém que conhecemos é uma norma 
social que é uma forma de cumprimentar um in-
divíduo. Sabemos que devemos obedecer nossos 
mais velhos e respeitar nossos pais.
Estas são normas sociais que aprendemos a seguir 
por viver em uma sociedade. Não há leis para pu-
nir uma pessoa que viole as normas sociais, em-
bora as pessoas que as violem sejam certamente 
desprezadas pela sociedade e condenadas ao os-
tracismo por suas ações. Os relacionamentos ilí-
citos são contra as normas sociais e, como tal, as 
pessoas consideram um tabu.
Qual a diferençaentre regras e normas sociais?
Tanto as regras quanto as normas governam as 
ações e os comportamentos das pessoas, mas vio-
lar as regras é algo passível de punição, enquan-
to não há punição por não seguir uma norma. As 
regras geralmente são escritas, enquanto as nor-
mas são leis não escritas. As regras são feitas pelas 
autoridades de uma organização para assegurar 
o bom funcionamento da organização, como por 
exemplo as leis de trânsito. As regras permitem 
que as pessoas saibam o que fazer e o que não 
fazer em uma situação específica. Normas são 
comportamentos esperados das pessoas quando 
interagem com outros membros da sociedade
Texto extraído do site: https://www.pontorh.com.br/o-que-sao-nor-
mas-e-regras-sociais/
Quando falamos de regras e normas é comum es-
barrarmos em outa área do conhecimento que é a 
Sociologia, para que entendamos as nossa socie-
dade e saibamos como as regras esportivas foram 
se desenvolvendo.
Tenho certeza que você a partir das diversas ferra-
mentas de estudo, vídeos, filmes, texto consegue 
responder as questões propostas. Beijinho esta-
lado!
ATIVIDADE 05 
“ Quando um burro fala, o outro abaixa a orelha” 
é uma expressão popular que se refere a forma 
de se portar quando há um diálogo. Esta expres-
são exemplifica:
a) Regras
b) Normas
c) Jeito de ser
d) Ação
e) Direcionamento 
ATIVIDADE 06 
Aponte a atividade onde na sua execução é uti-
lizado normas:
a) Basquete
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Superintendência de Ensino MédioEDUCAÇÃO FÍSICA
b) Voleibol
c) Badminton
d) Futebol Americano 
e) Amarelinha
ATIVIDADE 07 
São diretrizes provenientes da autoridade e que 
precisa de adesão dos membros da organização.
a) Combinado
b) Modalidade
c) Regras
d) Boas Maneiras
e) Normas
ATIVIDADE 08 
Tanto as regras quanto as normas governam:
a) Guerras e disputas
b) Ações e comportamentos
c) Guerra e Paz
d) Ações de Guerra
e) Ações de Paz
ATIVIDADE 09 
Em tempos de COVID-19 o Governo tem emitido 
muitos documentos oficiais como decretos e no-
tas técnicas. Esse documento tem papel funda-
mental em demonstrar a sociedade organizada:
a) Normas
b) Boas Maneiras
c) Punições
d) Regras
e) Notícias
- assistir a videoaula
https://www.bing.com/videos/search?view=de-
tail&
https://youtu.be/qCITlXJjS6M
https://youtu.be/x0dvaDU8lJU
https://youtu.be/c0asLx57vt4
- Sugestão de leitura:
-
 Pesquisar no link:
https://www.coladaweb.com/educacao-fisica/o-
-lazer
https://www.tuasaude.com/beneficios-da-ativi-
dade-fisica/
- Sugestão de filme: netflix e youtube que aborda 
temática Regras
Olá Galerinha do Bem,
Espero que vocês tenham assistido ao filme Os 
Intocáveis e lido os textos e vídeo aulas pro-
postas. Agora vamos responder as questões?
O filme mostra momentos de lazer do persona-
gem principal.
Observe bem e crie seu conceito de lazer.
12
Secretaria de Educação do Estado de Goiás 
Superintendência de Ensino Médio EDUCAÇÃO FÍSICA
Você cuida do seu corpo? 
 
Levar uma vida parada demais aumenta o ris-
co de doenças, nosso corpo precisa do des-
canso, mas também do movimento, en-
tão ter conforto é bom, mas preguiça, não! 
 
Estudos de Silva, Silva e Tomasi (2010) obser-
varam que, em média, quanto mais ativa a pes-
soa é melhor sua qualidade de vida. Além dis-
so, dentre as diferenças na qualidade de vida 
das pessoas que praticam atividades físicas 
comparadas com as que não praticam, não es-
tão apenas os aspectos de saúde física, mas 
também aspectos psicológicos e cognitivos. 
 
Os autores Antunes, Santos, Cassilhas, Santos, 
Bueno & Mello (2006, p. 108) mostram que pro-
gramas de exercícios físicos, indivíduos fisicamen-
te ativos possuem um processamento cognitivo 
mais rápido, embora os benefícios cognitivos do 
estilo de vida fisicamente ativos pareçam estar 
relacionados ao nível de atividade física regular, 
ou seja, exercício realizado durante toda a vida, 
sugerindo uma “reserva cognitiva”, mas nunca é 
tarde para se iniciar um programa de exercícios 
físicos. Esses resultados podem servir de estímu-
lo para incentivo a rotinas de atividades físicas. 
 
Martins, Mello e Tufik (2010) colocam que o 
exercício além da melhora do cognitivo, facilita 
o sono por aumentar o gasto energético duran-
te a vigília e isto aumentaria a necessidade de 
sono de forma que se possa alcançar um balan-
ço energético positivo e se restabeleça a con-
dição adequada para uma boa noite de sono. 
Assim, os exercícios podem auxiliar no tratamen-
to e prevenção de alguns distúrbios do ciclo so-
no-vigília e/ou indiretamente por meio do con-
trole de peso e aquisição de hábitos saudáveis. 
 
Estudos de Gonçalves e Veigas (2009) encontra-
ram diferenças significativas entre o sedentaris-
mo e à prática de exercício físico, em que níveis 
mais baixos de depressão, hostilidade e ansie-
dade são associadas à prática de exercício físico, 
e a falta dessa atividade revela ser um fator im-
portante para o aparecimento de depressão e 
ansiedade. Verifica-se que a atividade física é 
um excelente meio de descarregar ou libertar 
tensões, emoções e frustrações, acumuladas 
pelas pressões e exigências da vida moderna. 
 
Godoy (2000), conclui que o impacto do exercício 
físico poderá possibilitar: a redução da ansiedade 
e depressão melhora o autoconceito, autoimagem 
e autoestima, aumenta o vigor, melhora a sensa-
ção de bem-estar, melhora o humor, aumenta a 
capacidade de lidar com os fatores psicossociais de 
stress e diminui os estados de tensão. Isso ressalva 
para a busca do bem-estar pessoal e benefícios da 
influência do exercício físico associados, ao humor, 
estresse, ansiedade, depressão, sono, entre outros. 
 
De acordo com o Ministério da Saúde as vanta-
gens da prática de atividade física são numerosas, 
a prática regular em qualquer idade proporciona 
benefícios importantes para a saúde como: Con-
trole do peso; Controle da Pressão Arterial; Con-
trole da glicose (açúcar no sangue); Aumento da 
resistência contra doenças; Aumento da autoes-
tima; Alívio do estresse; Aumento do bem-es-
tar; Estímulo a novas amizades; Fortalecimento 
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Secretaria de Educação do Estado de Goiás 
Superintendência de Ensino MédioEDUCAÇÃO FÍSICA
dos ossos; Melhora da força muscular; Melho-
ra da resistência física; Melhora da qualidade 
do sono e Melhora da capacidade respiratória. 
 
Esses seriam alguns benefícios acrescentados 
a sua qualidade de vida, mas se exercitar, ou se 
movimentar no dia a dia, como, dançar, fazer ati-
vidades domésticas, levar o cachorro para pas-
sear, andar mais a pé, de bicicleta, cuidar do jar-
dim, praticar esportes, caminhar com amigos/
familiares, prefira a escada ao elevador, evite fi-
car muito tempo parado, assistindo TV, no com-
putador, videogame, faça atividade física 3x por 
semana (30 min), já seria um começo para deixar 
o sedentarismo de lado e se movimentar mais. 
 
O lazer também entra como uma atividade 
que traz prazer, ir às vezes ao teatro, assistir 
um filme no cinema, passear no parque, ler um 
bom livro, sair com os amigos e familiares, en-
tre outras atividades que podem fazer parte 
de sua rotina que vai te trazer um bem-estar. 
 
A prática de atividade física é uma das maneiras 
mais eficazes de promover saúde e a qualidade 
de vida em vários aspectos, quando conscien-
temente realizado e sempre ter o acompanha-
mento de um profissional da área para orientar. 
 ATIVIDADE 10 
Tendo como base que a recreação e o lazer são 
elementos importantes da cultura corporal e 
que o educador físico necessita/deve conhecer 
suas características para poder desenvolvê-los 
em suas ações profissionais, pode-se afirmar 
que as principais características do lazer são
a) descanso e distração. 
b) livre escolha e prazer. 
c) relaxamento e autossuperação. 
d) desafio e repouso.
e) Relaxamento e repouso 
ATIVIDADE 11 
A educação do lazer permite ao indivíduo usar seu 
tempo livre de forma construtiva, conscientizan-
do-o de que isso é benéfico para seu bem-estar. 
Através dolazer, que inclui a recreação, pode-se 
dizer que o homem estará inserido em diversas 
atividades que implicam em uma atitude livre, 
aberta e flexível, permitindo ao cidadão a cons-
trução de seu próprio tempo de lazer. Sendo as-
sim, os jogos e brincadeiras, nas atividades de re-
creação, podem contribuir com a socialização do 
indivíduo e, também influenciar na preparação 
para o exercício de sua cidadania. Os jogos que 
possuem como características o trabalho coleti-
vo, a decisão conjunta, a união entre os partici-
pantes e o trabalho em grupo, são denominados: 
a) malabarísticos.
b) pré-desportivos.
c) esportivos.
d) cooperativos.
e) sociais.
ATIVIDADE 12 
A atividade física é definida como qual-
quer movimento corporal produzido pelos 
músculos esqueléticos que resulta em gas-
to energético maior do que os níveis em 
repouso. Essa afirmação sugere que qual-
quer trabalho corporal seja de lazer, espor-
te, recreação ou atividades da vida diária, 
pode ser considerado como atividade física. 
Com base nisso, assinale a alternativa que 
apresenta a recomendação de atividade física 
diária e os parâmetros para que uma pessoa 
seja considerada sedentária. 
a) Ativa: 150 minutos na semana de ativida-
de vigorosa. Sedentária: menos que 10 mi-
nutos contínuos por dia. 
b) Ativa: 180 minutos na semana de ativida-
de moderada. Sedentária: menos que 15 
minutos contínuos por semana.
c) Ativa: 150 minutos na semana de ativida-
de moderada. Sedentária: menos que 10 
14
Secretaria de Educação do Estado de Goiás 
Superintendência de Ensino Médio EDUCAÇÃO FÍSICA
minutos contínuos por semana.
d) Ativa: 180 minutos por dia de atividade 
vigorosa. Sedentária: menos que 05 minu-
tos contínuos por semana. 
e) Ativa: 180 minutos por dia de atividade 
vigorosa. Sedentária: menos que 10 minu-
tos contínuos por semana. 
ATIVIDADE 13 
O esporte pode ser considerado o exercício 
físico mais praticado pelos brasileiros, e este 
pode apresentar objetivos e características di-
ferentes. Dentre algumas vertentes do espor-
te, destacamos aquela que o entende como la-
zer. O esporte enquanto manifestação de lazer 
pode proporcionar inúmeras possibilidades 
aos seus praticantes, principalmente no que 
tange aos espaços para sua prática, que pode 
ser em praças, clubes, praias, academias, en-
tre outros espaços. Um indivíduo ou um grupo 
de pessoas quando apresentam objetivos es-
pecíficos com essa prática, devem buscar um 
profissional de Educação Física, haja vista que 
este tem competência para sugerir, coordenar 
e supervisionar tais atividades. 
Analise as afirmativas a seguir a respeito do 
esporte como prática de lazer:
I. o esporte de lazer caracteriza-se pelo não-
-profissionalismo, tendo como características 
principais a busca por prazer e socialização, 
compensação, recuperação ou manutenção 
da saúde, equilíbrio psicofísico, restauração 
e relaxamento, mas também pelo alto rendi-
mento e profissionalismo. 
II. um fator importante na manifestação es-
portiva é a competição. Esta é uma caracte-
rística inerente ao esporte, que não pode ser 
excluída. A essência do esporte pauta-se na 
competição, seja contra um oponente, contra 
a natureza ou consigo mesmo.
III. o espaço do lazer é um campo fértil para 
a formação de cidadãos autônomos, críticos 
e independentes. O ensino dessa prática cor-
poral pautado nesta perspectiva de esporte 
propõe um tratamento mais humano e pe-
dagógico a esse fenômeno, orientado por va-
lores, princípios e significados que não os de 
alto rendimento, mas sim, os de participação 
e inclusão. 
Considerando-se as afirmativas, assinale a al-
ternativa CORRETA.
a) Apenas a afirmativa III está correta. 
b) Apenas as afirmativas II e III estão corre-
tas. 
c) Apenas as afirmativas I e II estão corretas.
d) Todas as afirmativas estão corretas. 
e) Nenhuma das afirmativas estão corretas
ATIVIDADE 14 
A respeito da importância da atividade física 
na infância, assinale V ou F. 
( ) Toda e qualquer criança pode praticar qual-
quer tipo de exercício físico, pois a idade não 
influencia em nenhum aspecto do desenvolvi-
mento motor. 
( ) A prática bem orientada de atividades 
físicas impacta positivamente um organismo 
em formação, pois traz benefícios nos âmbitos 
físico, psíquico, social e cognitivo. 
( ) A partir de 7 anos de idade é necessária 
orientação profissional na prática de exercí-
cios físicos.
( ) Crianças hipertensas não devem praticar 
esportes como corrida, pois em práticas como 
está há a elevação dos batimentos cardíacos, 
o que pode trazer danos a sua saúde.
15
Secretaria de Educação do Estado de Goiás 
Superintendência de Ensino MédioEDUCAÇÃO FÍSICA
a) F- F- V- V.
b) F- V- V- F.
c) F- V- F- F.
d) F- F- V- F.
e) F- F- F- F.
- Assistir a videoaula
https://youtu.be/BBf7AXbYjWU
https://youtu.be/Pn0rKB0OgYA
https://youtu.be/9nHVuSWjQlM
- Sugestão de leitura:
https://atletasnow.com/profissao-atleta-conheca-
-os-desafios-dos-atletas-profissionais/
 
https://www.migalhas.com.br/depeso/24663/
diferencas-entre-atleta-profissional-e-atleta-nao-
-profissional
https://www.revistabeat.com.br/2018/11/21/atle-
ta-amador-de-rendimento-e-profissional/
VALORES DO ESPORTE 
O esporte é um dos grandes aliados da edu-
cação de crianças e adolescentes. Por meio dele, 
valores éticos e morais, como a socialização, a coo-
peração, a solidariedade, a disciplina, o espírito de 
equipe e tantos outros, fundamentais para a for-
mação integral de uma pessoa, podem ser traba-
lhados e desenvolvidos. A busca de uma melhor 
compreensão do esporte como marco social para 
as crianças e os adolescentes, aliada às ideias da 
Carta Olímpica aos valores e à realidade esporti-
va é um princípio para o desenvolvimento de uma 
abordagem pedagógica acerca do esporte contem-
porâneo.
16
Secretaria de Educação do Estado de Goiás 
Superintendência de Ensino Médio EDUCAÇÃO FÍSICA
Em 2005, uma declaração oficial de Kofi An-
nan, o secretário-geral das Nações Unidas à época, 
indicou que “pessoas de todas as nações amam 
esporte: seus valores – fair play (jogo “limpo” ou 
honesto), cooperação, busca pela excelência – são 
universais”. Em documento orientado à campanha 
Esporte para o Desenvolvimento e a Paz (2005), 
Annan afirmou que “o esporte é linguagem univer-
sal”. Na melhor das hipóteses, ele une as pessoas, 
não importa qual a sua origem, situação, crença 
religiosa ou status econômico. Ao participar de 
esportes ou ter acesso à educação física, os jo-
vens podem ter prazer, mesmo quando aprendem 
os ideais do trabalho em equipe e da tolerância. 
Adolf Ogi (2005), assessor especial do secretário-
-geral à época, reforçou a posição anterior de que 
“o esporte, com suas alegrias e conquistas, suas 
dores e derrotas, suas emoções e desafios, é um 
meio incomparável para a promoção da educação, 
saúde, desenvolvimento e paz”. Indicou, ainda, 
que o esporte ajuda a demonstrar, na busca pelo 
aperfeiçoamento da humanidade que, nesse meio, 
há mais questões que unem do que questões que 
dividem.
Afinal, pergunta-se: qual é o papel do esporte 
no desenvolvimento humano? Para trabalhar essa 
questão, parte-se do pressuposto de que praticar 
uma atividade física não é apenas importante, mas 
é necessário para um crescimento sadio e para o 
desenvolvimento humano, independentemente 
da modalidade ou da dimensão esportiva escolhi-
da. Especialistas de diversas áreas, especialmente 
da educação física, têm apontado os benefícios da 
atividade esportiva na infância, e também aler-
tam para o aspecto demasiadamente competitivo, 
muitas vezes imputado a essa prática. No entanto, 
por acreditar que o esporte favorece o desenvol-
vimento humano, ele pode ser considerado como 
importante elemento da cultura, com relevância 
nos programas educativos, mas também como um 
elemento de comparação, seleção e competitivida-
de, que conduz, em certas circunstâncias, a exces-
sos, submetendo as crianças, durante a atividade 
esportiva, a assumir responsabilidades de adultos 
paraas quais elas podem não estar preparadas.
Assim, uma criança ou adolescente partici-
pante de um campeonato realizado nos moldes 
de um campeonato adulto, estará competindo 
com outras da mesma idade cronológica, mas de 
diferentes idades biológicas, ou seja, a idade que 
realmente corresponde à fase de crescimento e 
aprendizagem em que se encontra.
Nota-se, assim, que o esporte pode tornar-se 
inadequadamente seletivo, uma vez que benefi-
cia as crianças com crescimento acelerado ou com 
maior idade biológica em detrimento das demais. 
Esse fato vem consequentemente, ao encontro 
das conclusões apontadas por estudos realizados 
em vários países, conclusões que, invariavelmen-
te, são as mesmas: “só uma percentagem muito 
reduzida de campeões em idade jovem chega a 
campeão na idade de altos rendimentos”(MAR-
QUES, 1997, p. 23).
Assim, faz-se necessário referendar um dos 
princípios fundamentais da Carta Olímpica, que 
estabelece que um dos objetivos do Movimento 
Olímpico é educar a juventude por meio do espor-
te praticado sem qualquer tipo de discriminação e 
dentro do espírito olímpico, o que exige compreen-
são mútua, amizade, solidariedade e fair play.
Nesse contexto, ao compreender o esporte 
como um fenômeno socialmente construído, su-
bentende-se que ele pode contribuir para a saúde, 
a educação, a socialização e a construção da ima-
gem corporal dos seus participantes, assim como 
da imagem do país representado. 
A valorização da imagem corporal trouxe ao 
esporte um novo conceito que o trata com pro-
porções espetaculares a partir da segunda metade 
do século XX (TURINI; DaCOSTA, 2002, p. 17). Essa 
visão do esporte obteve um crescimento inespe-
rado com a demanda evolutiva dos meios de co-
municação de massa , que passaram a transmitir 
via satélite imagens que exaltavam toda a beleza 
performática dos atletas e, de acordo com o quan-
titativo de medalhas e títulos conquistados, a ima-
gem positiva ou negativa do país que esses atletas 
representavam.
Para ambas as situações ou áreas anterior-
mente mencionadas com as quais o esporte pode 
contribuir, deve existir comprometimento e dedi-
cação dos profissionais e participantes envolvidos, 
de modo que tenham clareza e consciência das re-
lações estabelecidas nesse meio e dos fenômenos 
socioculturais implícitos no decorrer do processo 
da sua constituição e construção histórica. 
Para tanto, parte-se da compreensão de que a 
competição, como meio de educação, deve ter um 
sentido mais amplo do que ser apenas um evento 
em que equipes se confrontam, em que uns ga-
nham e outros perdem, em que uns são premia-
dos e outros não. Tem-se clareza de que o esporte, 
17
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Superintendência de Ensino MédioEDUCAÇÃO FÍSICA
em uma visão ampla e mais abrangente, quando 
orientado para o rendimento, não está no nível do 
esporte profissional, nem os professores que diri-
gem as equipes devem ser considerados treinado-
res, mas, acima de tudo, educadores.
O PAPEL DO ESPORTE
Em 2008, Noleto destacou o papel do esporte 
no processo de formação e de desenvolvimento 
humano, destacando a seguinte ideia: “Quando 
você dá uma bola a um menino, incute nele um 
sentido e uma direção”. Para Noleto (2008), essa 
simples frase, dita por um professor de educação 
física, resume os efeitos positivos que as ativida-
des esportivas exercem na formação das crianças 
e dos jovens. Além de integrá-los – bem como as 
suas comunidades –, a oferta de atividades espor-
tivas, artísticas e culturais ajuda na socialização e 
na reconstrução da cidadania. A atividade espor-
tiva contribui para o desenvolvimento de compe-
tências cognitivas, afetivas, éticas, estéticas, de 
relação interpessoal e de inserção social. A distri-
buição de papéis, o convívio com as regras, a rela-
ção estabelecida entre a vitória e o fracasso e, por 
fim, a rivalidade e a cooperação, cultivam valores e 
comportamentos condizentes com as próprias ba-
ses democráticas sobre as quais se fundamentam 
a sociedade contemporânea. 
Nesse sentido, sem perder de vista suas dimen-
sões tradicionais, o esporte é também reconheci-
do, atualmente, como essencial para a cidadania, 
o respeito aos direitos humanos, a inclusão social 
e o combate à violência, sendo um fator que pode 
contribuir decisivamente para a formação de uma 
cultura de paz e de não violência, na perspectiva 
do objetivo mais geral das Nações Unidas e para 
o desenvolvimento, tendo como paradigma a sus-
tentabilidade. 
Por fim, acredita-se que a promoção de valo-
res por meio do esporte representa uma pequena, 
mas eficaz forma de desenvolvimento de valores 
humanos, condizentes com atitudes e ações de 
uma sociedade mais justa e menos discriminató-
ria. Nesse processo, os profissionais de educação 
física e dos esportes atuam como protagonistas.
 ATIVIDADE 15 
 
Cite alguns valores éticos e morais que podem ser 
trabalhados através do esporte?
________________________________________
________________________________________
________________________________________
________________________________________
ATIVIDADE 16 
 O que é o fair play? 
ATIVIDADE 17 
Segundo a Carta Olímpica, quais os objetivos do 
Movimento Olímpico?
ATIVIDADE 18 
Qual a relação entre a valorização da imagem 
corporal e o esporte?
ATIVIDADE 19 
 Qual o papel do esporte na formação humana?
ATIVIDADE 20 
 Construa um texto exemplificando o aprendizado 
de regras nas relações humanas do seu cotidiano.
FILOSOFIA
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Superintendência de Ensino Médio
20
FILOSOFIA
GOIÁS TEC – 2021 – FILOSOFIA
Luci de Sousa Dourado
1º Bimestre
O nascimento da Filosofia: Filosofia grega
1. Introdução
A entrada no Ensino Médio inaugura uma 
nova etapa em sua vida escolar trazendo algu-
mas novidades, como por exemplo, a introdu-
ção de novas disciplinas, tal como, a Filosofia. 
Para tentarmos entender um pouco acerca 
dessa nova matéria, vamos aprender neste bi-
mestre: o significado do termo Filosofia, qual 
o contexto histórico do seu surgimento, a sua 
especificidade, sua origem e seremos apre-
sentados aos primeiros filósofos dentre os 
quais estão Heráclito de Samos e Parmênides 
de Eleia. Destacaremos tais pensadores, pois 
estes, levaram à possibilidade de conheci-
mento a um impasse cuja tentativa de solução 
foi tema do período subsequente da História 
da Filosofia.
É importante saber que a Filosofia Grega 
(Antiga) tem três períodos distintos: 
	Período Pré-Socrático: fase naturalista;
	Período Clássico ou Socrático: fase antro-
pológica-metafísica;
	Período Helenístico: fase ética e cética.
Veja a representação na figura abaixo:
Fonte:https://www.todamateria.com.br/filosofospresocraticos/#:~:-
text=Os%20fil%C3%B3sofos%20pr%C3%A9%2Dsocr%C3%A1ti-
cos%20fazem,do%20ser20e%20do%20mundo. Acesso em 11 de 
dezembro de 2020. 
Assim distribuídos por bimestres: 
1º bimestre: Período pré-socrático; 2º bimes-
tre: Período Clássico ou Antropológico; 3º bi-
mestre: Período Clássico ou Antropológico e 
4º bimestre: Período Helenístico.
2. Termo: Filosofia
Os gregos distinguiam três tipos de amor: 
ágape (Ἀγάπη), o amor fraternal, caracteri-
zado por uma conexão com a natureza, a hu-
manidade e o universo; Eros (Ἔρως), o amor 
romântico que se caracteriza pelo romance, 
pela paixão e pelo desejo e philos (φίλος), 
como amor de amizade, isto é, aquele que se 
desenvolve por afinidades eletivas cuja carac-
terística essencial é o respeito entre iguais.
 A palavra Filosofia é a união de duas pa-
lavras gregas: philos (φίλος), definido como 
amor de amizade e sophia (σοφία), que sig-
nifica sabedoria ou simplesmente saber. A 
invenção desse termo, pelo filósofo Pitágoras 
de Samos (séc. V a.C.), é apresentada através 
da seguinte anedota: por ser considerado um 
dos sete sábios da Grécia Antiga, foi indagado 
sobre o que estudava para saber tanto. Ao que 
ele respondeu, de forma bastante modesta, 
que a sabedoria plena e perfeita seria atribu-
to apenas dosdeuses; cabendo aos homens, 
venerá-la e amá-la na qualidade de filósofos. 
Ou seja, a Filosofia consiste numa amizade 
pela sabedoria, amor e respeito pelo saber; e 
o filósofo, por sua vez, seria aquele que ama 
e busca a sabedoria, tem amizade pelo saber, 
deseja saber. 
Esse “amor à sabedoria” é o que diferencia 
a Filosofia das demais disciplinas, pois, resulta 
numa maneira específica de aproximar-se do 
objeto a ser investigado, sem no entanto, fi-
xar-se nele. Enquanto, todas as outras discipli-
nas têm um objeto específico, exemplo: Biolo-
gia trata dos seres vivos; Geografia tem como 
objeto a Terra; a Matemática, os números; a 
Física, o deslocamento dos corpos; a Química, 
a composição material e etc; a Filosofia abor-
da todos os objetos de forma filosófica, isto 
é, transformando-os num problema, numa 
questão. Vejamos um exemplo: na maior par-
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Superintendência de Ensino Médio
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FILOSOFIA
te do tempo nos ocupamos em viver a vida, 
mas se algo vai mal ou sai de forma inespe-
rada, nos questionamos: O que é a vida? De 
onde viemos? Para onde vamos? 
Filosofar é problematizar e também pro-
por soluções aos problemas elaborados. Você 
deve estar se perguntando: Como podemos 
dizer que a Filosofia surgiu na Grécia Antiga 
entre os séculos VII e VI a.C. se problematizar, 
propor questões é algo inerente ao ser huma-
no? O que a Filosofia Grega tem de especial? 
Para responder a essa pergunta precisa-
mos considerar o contexto histórico em que 
ela surgiu, pois, embora já houvesse produ-
ção de conhecimento no Oriente e na África, 
esse ainda mantinha fortes vínculos com o sa-
ber religioso, e o início da Filosofia, enquanto 
conhecimento racional e sistemático, marca 
essa ruptura, a qual veremos mais adiante, 
sob a terminologia de mito versus logos. 
Nesse período (VII-VI a.C.), a Grécia Antiga 
era formada por um conjunto de cidades-Es-
tados (pólis) independentes que podiam ser, 
em alguns casos, até mesmo rivais entre si. A 
falta de unificação territorial e de pensamen-
to, criou um ambiente propício para o flores-
cimento cultural: político, religioso, artístico 
e filosófico. Após longo período de eferves-
cência, houve uma mudança na mentalidade 
grega devido entre outros fatores: ao caráter 
não dogmático da religião grega; a poesia que 
buscava sentido para os acontecimentos nar-
rados; a política, baseada no discurso e ex-
plicação racional das ideias; o comércio que 
permitia o contato com outras culturas, deri-
vando daí a invenção do alfabeto, calendário 
e a capacidade de pensamento abstrato. Todo 
esse processo de transformação e de criação 
envolvido no desenvolvimento de técnicas le-
vou ao questionamento a respeito do próprio 
universo, se ele também não respondia a um 
processo semelhante. Nesse contexto, numa 
das colônias gregas, situada na Jônia (atual 
Turquia), no século VI a.C. nasce Tales de Mile-
to, considerado o primeiro filósofo, isto é, o 
primeiro pensador a propor uma ruptura en-
tre mito e logos.
3. Mito versus Logos 
 Para se situar no mundo o ser humano cria 
narrativas que explicam a realidade, atribuin-
do à intervenção direta dos deuses, à causa 
de tudo que existe, ou seja, o mito descreve o 
exato instante em que algo passa a existir em 
nosso mundo por intervenção divina direta. 
Denominamos tais relatos míticos que expli-
cam a origem do universo e o surgimento dos 
seres humanos de cosmogonia. 
A palavra mito é, muitas vezes, entendida 
como falsa crença, mentira ou fantasia. Na 
realidade, os mitos foram as primeiras formas 
pelas quais os seres humanos deram sentido à 
realidade e, ainda, são muito presentes e ne-
cessários nos dias de hoje.
Imagine o cotidiano dos homens das caver-
nas, sem possuir uma explicação racional dos 
fenômenos da natureza tendia a uma visão 
mágica daquilo que não conhecia. Tomemos 
como exemplo os raios e os trovões. Na falta 
de uma explicação racional os diversos povos 
que contemplavam estes fenômenos criaram 
histórias de Deuses que eram responsáveis 
pelos raios e trovões. Entre os gregos, Zeus, 
e entre os antigos nórdicos, Thor. Para estes 
deuses eram feitos ritos para que a ira deles 
fosse aplacada e nada de mal acontecesse aos 
seres humanos.
O mito nasce do desejo de dominação do 
mundo, para afugentar o medo e a insegu-
rança. O homem, à mercê das forças naturais, 
que são assustadoras, passa a emprestar-lhes 
qualidades emocionais. As coisas não são mais 
matéria morta, nem são independentes do su-
jeito que as percebe. Ao contrário, estão sem-
pre impregnadas de qualidades e são boas ou 
más, amigas ou inimigas, familiares ou sobre-
naturais, fascinantes e atraentes ou ameaça-
doras e repelentes. Nesse sentido são criados 
ritos para que possa haver harmonia entre es-
tas forças e as coisas continuarem funcionan-
do como de costume. Existem, entre as diver-
sas culturas humanas, ritos para que a chuva 
continue ocorrendo na medida certa, existem 
ritos para que as crianças nasçam saudáveis e 
para que os mortos se despeçam da vida ade-
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22
FILOSOFIA
quadamente.
Pode-se dizer que o mito foi a primeira ten-
tativa de explicação da realidade que os seres 
humanos produziram. A seguir um exemplo:
Com a Filosofia inaugura-se uma nova 
maneira de tentar explicar a origem do uni-
verso (cosmos) através do discurso racional 
(logos) chamada de cosmologia. Esse perío-
do inicial recebe três nomes: período pré-
-socrático, cosmológico e fisiológico (physis/ 
Φύσις=natureza) + (logos=discurso racional). 
Os filósofos desse período buscavam respon-
der à seguinte questão: Qual (is) elemento (s) 
dão origem (arché) ao universo (cosmos)? Os 
filósofos que defendiam que um único ele-
mento originava o cosmos são chamados de 
monistas. São exemplos dessa corrente: Tales 
de Mileto, pois defendia que o princípio origi-
nário (arché) do cosmos era a água; Heráclito 
de Éfeso, (arché) era o fogo e etc. Àqueles que 
defendem que a origem do cosmos tem mais 
de um elemento, são chamados de pluralistas 
como por exemplo, Empédocles de Agrigen-
to (teoria dos 4 elementos: terra, fogo, água 
e ar) e Demócrito de Abdera (multiplicidade 
dos átomos).
Vejamos a representação no quadro a se-
guir:
4. Espanto: hipótese aristotélica 
Segundo Aristóteles, a filosofia, enquanto 
tentativa de compreender a realidade usando 
o discurso racional (Logos), vem do espanto 
(thaumázein, em grego), isto é, da curiosidade 
insaciável, da capacidade de admirar e de pro-
blematizar as coisas. As pessoas indagam para 
satisfazer seu desejo natural de conhecer. Ou 
seja, a Filosofia deriva da necessidade de co-
nhecer a realidade em seus múltiplos aspec-
tos. Desse espanto/admiração, diante de algo 
inusitado, inicia-se um processo de questiona-
mento que leva à ampliação da compreensão. 
É essa atitude mental de admiração/espanto 
constante com o mundo que, não apenas, nos 
conduz à uma problematização rigorosa como 
nos serve de antídoto à postura dogmática. 
Vejamos como Heidegger, um filósofo con-
temporâneo sintetiza as perspectivas de dois 
filósofos clássicos, a saber, Platão e Aristóte-
les:
Fonte: https://filoinfo.net/node/163
 
 
 
 
ATOMISTA 
JÔNICA 
ITÁLICA 
ELEÁTICA 
Empédocles, 
Anaxágoras, 
Leucipo e 
Demócrito. 
Arché: vários 
elementos 
materiais. 
ESCOLAS PRÉ-SOCRÁTICAS 
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FILOSOFIA
"[...] os pensadores gregos, 
Platão e Aristóteles, chamaram a 
atenção para o fato de que a 
filosofia e o filosofar fazem parte 
de uma dimensão do homem, 
que designamos dis-posição (no 
sentido de uma tonalidade 
afetiva que nos harmoniza e nos 
convoca por um apelo). 
 
Platão diz (Teeteto, 155 d): mala 
gar philosophou touto to pathos, 
to thaumazein, ou gar alle arkhe philosophias he haute. "É verdadeiramente de um filósofo este 
pathos — o espanto; pois não há outra origem imperanteda filosofia que este." 
 
O espanto é, enquanto pathos, a arkhe da filosofia. Devemos compreender, em seu pleno 
sentido, a palavra grega arkhe. Designa aquilo de onde algo surge. Mas este "de onde" não é 
deixado para trás no surgir; antes, a arkhe torna-se aquilo que é expresso pelo verbo arkhein, o 
que impera. O pathos do espanto não está simplesmente no começo da filosofia, como, por 
exemplo, o lavar das mãos precede a operação do cirurgião. O espanto carrega a filosofia e 
impera em seu interior. 
Aristóteles diz o mesmo (Metafísica, 1, 2, 982 b 12 ss.): dia gar to thaumazein hoi anthropoi kai 
nyn kai proton erxanto philosophein. "Pelo espanto os homens chegam agora e chegaram 
antigamente à origem imperante do filosofar" (àquilo de onde nasce o filosofar e que 
constantemente determina sua marcha). 
 
Seria muito superficial e, sobretudo, uma atitude mental pouco grega se quiséssemos pensar que 
Platão e Aristóteles apenas constatam que o espanto é a causa do filosofar. Se esta fosse a 
opinião deles, então diriam: um belo dia os homens se espantaram, a saber, sobre o ente e sobre 
o fato de ele ser e de que ele seja. Impelidos por este espanto, começaram eles a filosofar. Tão 
logo a filosofia se pôs em marcha, tornou-se o espanto supérfluo como impulso, desaparecendo 
por isso. Pôde desaparecer já que fora apenas um estímulo. Entretanto: o espanto é arkhe — ele 
perpassa qualquer passo da filosofia. O espanto é pathos. Traduzimos habitualmente pathos por 
paixão, turbilhão afetivo. Mas pathos remonta a paskhein, sofrer, aguentar, suportar, tolerar, 
deixar-se levar por, deixar-se con-vocar por. E ousado, como sempre em tais casos, traduzir 
pathos por dis-posição, palavra com que procuramos expressar uma tonalidade de humor que 
nos harmoniza e nos con-voca por um apelo. Devemos, todavia, ousar esta tradução porque só 
ela nos impede de representarmos pathos psicologicamente no sentido da modernidade. 
Somente se compreendermos pathos como dis-posição (dis-position) podemos também 
caracterizar melhor o thaumazein, o espanto. No espanto detemo-nos (être en arrêt). E como se 
retrocedêssemos diante do ente pelo fato de ser e de ser assim e não de outra maneira. O 
espanto também não se esgota neste retroceder diante do ser do ente, mas no próprio ato de 
retroceder e manter-se em suspenso é ao mesmo tempo atraído e como que fascinado por aquilo 
diante do que recua. Assim o espanto é a dis-posição na qual e para a qual o ser do ente se abre, 
O espanto é a dis-posição em meio à qual estava garantida para os filósofos gregos a 
correspondência ao ser do ente." 
 
Heidegger, GA11, 1999, p. 37-38. Trad. Ernildo Stein 
 
HEIDEGGER, M. O que é a Filosofia? In Heidegger, Os Pensadores. São Paulo: Editora Nova 
Cultura, 2000. 
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FILOSOFIA
5. Pré-socráticos: Heráclito de Éfeso x Par-
mênides de Eleia
Os pré-socráticos acreditavam que era 
possível entender a natureza sem recorrer so-
mente a explicações mitológicas. Eles acredi-
tavam encontrar na natureza o princípio, ori-
gem, arché (ἀρχή) de todas as coisas, isto é, 
aquilo que está em todos os seres existentes 
e é comum a tudo. Esta arché, além de estar 
presente em todas as coisas, daria também 
origem a todos os fenômenos naturais.
Uma vez que as explicações mitológicas 
vão sendo descartadas e aos poucos substi-
tuídas por explicações racionais e naturalistas, 
surgem muitas indagações. 
De onde teriam surgido o Sol, as monta-
nhas, os homens etc.? Seria possível concluir 
que as coisas se originaram de algum elemen-
to, de algum ser ou substância que sempre 
existiu? E se esse elemento fosse eterno seria 
capaz de se transformar em outros?
Para tentar responder a estas e outras 
questões, os filósofos pré-socráticos debate-
ram e escreveram textos dos quais restaram 
somente fragmentos. Sabemos de algumas 
de suas afirmações por causa dos escritos de 
filósofos posteriores, como Aristóteles, por 
exemplo.
A seguir faremos um breve resumo sobre 
o pensamento dos dois principais pré-socrá-
ticos.
• Heráclito de Éfeso (540-480 a.C.) – é 
considerado por muitos pensadores o filósofo 
mais importante dos pré-socráticos. Para ele, 
o mundo é um eterno fluxo. Tudo o que existe 
é um processo. Tudo o que existe na natureza 
se forma e se transforma, as coisas se cons-
troem e se dissolvem umas nas outras. Para 
Heráclito, nada permanece o mesmo nem por 
um instante.
Um dos fragmentos de seus textos dizia: 
“é impossível se banhar nas mesmas águas de 
um mesmo rio”, já que o rio não é o mesmo, 
nem quem se banha é o mesmo. Tudo flui, 
tudo passa, tudo se move sem cessar.
Para Heráclito, tudo o que existe tende a 
seu contrário. A vida tende a se tornar mor-
te. A morte tende a se transformar em vida; 
o dia tende a se tornar noite; a noite tende a 
se tornar dia; o quente tende a se tornar frio; 
o frio tende a se tornar quente. Apesar disso 
tudo que existe estar em guerra contra o seu 
contrário, tudo o que existe traz em si o germe 
de sua aniquilação.
• Parmênides (515-450 a.C.) – O pensa-
mento de Parmênides é frontalmente oposto 
ao de Heráclito. Ele argumenta que por meio 
dos sentidos os seres humanos percebem os 
fenômenos naturais e concluem que o mun-
do está em constante transformação, mas o 
que é percebido pelos sentidos não permite 
que os homens conheçam realmente a verda-
de. Os sentidos nos enganam. Temos que nos 
guiar pelo pensamento lógico que nos leva a 
concluir que “O que é, é e não pode deixar de 
ser. O não-ser não é. Simplesmente não exis-
te. Se digo que as coisas estão em constante 
transformação estou afirmando que elas são 
e não são ao mesmo tempo. Nada pode ser e 
não ser ao mesmo tempo. O ser é único imu-
tável e eterno.” 
Referências:
ARANHA, Maria Lucia de Arruda; MARTINS, Maria Helena Pires. Filo-
sofando introdução à filosofia. 6 ed. São Paulo: Moderna, 2016.
REALE, Giovani; ANTISERI, Dario. História da filosofia: filosofia pagã 
antiga. 3 ed. São Paulo: Paulus, 2007. p.249. v.1.
SPINOLA, Siomara Sodré. Filosofia: Leituras, Conceitos e interação. 
São Paulo: Leya, 2013, p. 138.
COTRIM, Gilberto; FERNANDES, Mirna. Fundamentos de Filosofia. 
São Paulo: Saraiva, 2013. 
https://mundoeducacao.uol.com.br/filosofia/origem-filosofia.htm
AULA 01 
Expectativa de aprendizagem: Entender a impor-
tância e as razões do estudo da Filosofia.
Questão 01- Sobre as origens da Filosofia, é cor-
reto afirmar:
a. Surgiu na Grécia, em torno do século VI a.C., 
quando os gregos perceberam que as explica-
ções míticas não eram suficientes para expli-
car os fenômenos da natureza.
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Superintendência de Ensino Médio
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FILOSOFIA
b. Está relacionada com as conquistas gregas 
do Oriente por Alexandre Magno, em torno 
do século III a.C., e o fenômeno denominado 
Helenismo pelos conquistadores. 
c. Tornou-se uma disciplina de reflexão e crítica 
proporcionada pela conquista da Grécia pelos 
romanos, em torno do século II a.C., e a trans-
ferências de sábios para a cidade de Roma.
d. Está vinculada à publicação do livro a Repúbli-
ca de Platão, em torno do século IV a.C., quan-
do as diferentes formas de conhecimento fo-
ram impressas em pergaminhos. 
e. Surgiu com os primeiros relatos do historia-
dor Heródoto, em torno do século V a.C., ao 
refletir sobre o significado da vitória contra os 
persas na Batalha de Maratona.
Questão 02- (FEPESE/SJosé) Leia com atenção o 
texto abaixo: 
Atribui-se ao grego …………………… a invenção da 
palavra filosofia. Ele teria afirmado que a sabedo-
ria plena pertence aos …………………… e os homens 
podem desejá-la ou amá-la, tornando-se filósofos. 
Assinale a alternativa que completa corretamente 
as lacunas do texto.
a) Platão • anjos
b) Pitágoras • deuses
c) Arquimedes • nobres
d) Aristóteles • santos
e) Sócrates • sábios
Questão 03- (UDESC/2010) Segundo Marilena 
Chauí, “a filosofia surge quando alguns gregos, 
admirados e espantados coma realidade, insatis-
feitos com as explicações que a tradição lhes dera, 
começaram a fazer perguntas e buscar respostas 
para elas”. 
(Convite a Filosofia. 4. ed., Ática, 1995, p. 23). 
É legado da Filosofia grega para o Ocidente euro-
peu:
a) A aspiração ao conhecimento verdadeiro, `a 
felicidade e `a justiça, indicando que a huma-
nidade não age caoticamente.
b) A preocupação com a continuidade entre a 
vida e a morte através da prática de embalsa-
mamento e outros cuidados funerários. 
c) A criação da dialética, fundamentada na luta 
de classes, como forma de explicação socioló-
gica da realidade humana. 
d) O nascimento das ciências humanas, impli-
cando em conhecimentos autônomos e com-
partimentados. 
e) A produção de uma concepção de história li-
near, que tratava dos fins últimos do homem 
e da realização de um projeto divino.
AULA 02 
Expectativa de aprendizagem: Entender a impor-
tância e as razões do estudo da Filosofia.
Questão 04- (UEL – 2004) “Entre os ‘físicos’ da Jô-
nia, o caráter positivo invadiu de chofre a totalida-
de do ser. Nada existe que não seja natureza, phy-
sis. Os homens, a divindade, o mundo formam um 
universo unificado, homogêneo, todo ele no mes-
mo plano: são as partes ou os aspectos de uma 
só e mesma physis que põem em jogo, por toda 
parte, as mesmas forças, manifestam a mesma 
potência de vida. As vias pelas quais essa physis 
nasceu, diversificou-se e organizou-se são perfei-
tamente acessíveis à inteligência humana: a natu-
reza não operou ‘no começo’ de maneira diferente 
de como o faz ainda, cada dia, quando o fogo seca 
uma vestimenta molhada ou quando, num crivo 
agitado pela mão, as partes mais grossas se isolam 
e se reúnem.” 
(VERNANT, Jean-Pierre. As origens do pensamento grego. Trad. de 
Ísis Borges B. da Fonseca. 12.ed. Rio de Janeiro: Difel, 2002. p.110.) 
Com base no texto, assinale a alternativa correta.
a) A diversidade de fenômenos naturais 
pressupõe uma multiplicidade de explica-
ções e nem todas estas explicações podem 
ser racionalmente compreendidas.
b) A explicação para os fenômenos naturais 
pressupõe a aceitação de elementos so-
brenaturais.
c) Para explicar o que acontece no presente 
é preciso compreender como a natureza 
agia “no começo”, ou seja, no momento 
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FILOSOFIA
original.
d) O nascimento, a diversidade e a organiza-
ção dos seres naturais têm uma explicação 
natural e esta pode ser compreendida ra-
cionalmente.
e) A razão é capaz de compreender parte dos 
fenômenos naturais, mas a explicação da 
totalidade dos mesmos está além da capa-
cidade humana.
Questão 05- (UEL- 2003) “Tales foi o iniciador da 
filosofia da physis, pois foi o primeiro a afirmar a 
existência de um princípio originário único, causa 
de todas as coisas que existem, sustentando que 
esse princípio é a água. Essa proposta é importan-
tíssima… podendo com boa dose de razão ser qua-
lificada como a primeira proposta filosófica daqui-
lo que se costuma chamar civilização ocidental.” 
(REALE, Giovanni. História da filosofia: Antiguidade e Idade Média. 
São Paulo: Paulus, 1990. p. 29.) 
A filosofia surgiu na Grécia, no século VI a.C. Seus 
primeiros filósofos foram os chamados pré-socrá-
ticos. De acordo com o texto, assinale a alternativa 
que expressa o principal problema por eles inves-
tigado.
a) A filosofia política, enquanto análise do Es-
tado e sua legislação.
b) A ética, enquanto investigação racional do 
agir humano.
c) A epistemologia, como avaliação dos pro-
cedimentos científicos.
d) A cosmologia, como investigação acerca 
da origem e da ordem do mundo.
e) A estética, enquanto estudo sobre o belo 
na arte.
AULA 03 
Expectativa de aprendizagem: Compreender a 
passagem do conhecimento mítico ao pensamen-
to filosófico
Questão 06- (UEL- 2003) “Zeus ocupa o trono do 
universo. Agora o mundo está ordenado. Os deu-
ses disputaram entre si, alguns triunfaram. Tudo 
o que havia de ruim no céu etéreo foi expulso, ou 
para a prisão do Tártaro ou para a Terra, entre os 
mortais. E os homens, o que acontece com eles? 
Quem são eles?” 
(VERNANT, Jean-Pierre. O universo, os deuses, os homens. Trad. de 
Rosa Freire d’Aguiar. São Paulo: Companhia das Letras, 2000. p. 56.) 
O texto acima é parte de uma narrativa mítica. 
Considerando que o mito pode ser uma forma de 
conhecimento, assinale a alternativa correta.
a) A verdade do mito obedece a critérios 
empíricos e científicos de comprovação.
b) O conhecimento mítico segue um rigoro-
so procedimento lógico-analítico para es-
tabelecer suas verdades.
c) As explicações míticas constroem-se, de 
maneira argumentativa e autocrítica.
d) O mito busca explicações definitivas acer-
ca do homem e do mundo, e sua verdade 
independe de provas.
e) A verdade do mito obedece a regras uni-
versais do pensamento racional, tais como 
a lei de não-contradição.
Questão 07- (UEL/2009) “Há, porém, algo de fun-
damentalmente novo na maneira como os gregos 
puseram a serviço do seu problema último – da 
origem e essência das coisas – as observações em-
píricas que receberam do Oriente e enriqueceram 
com as suas próprias, bem como no modo de sub-
meter ao pensamento teórico e casual o reino dos 
mitos, fundado na observação das realidades apa-
rentes do mundo sensível: os mitos sobre o nasci-
mento do mundo.” 
Fonte: JAEGER, W. Paidéia. Tradução de Artur M. Parreira. 3.ed. São 
Paulo: Martins Fontes, 1995, p. 197. 
Com base no texto e nos conhecimentos sobre a 
relação entre mito e filosofia na Grécia, é correto 
afirmar:
a) Filosofia e mito sempre mantiveram uma rela-
ção de interdependência, uma vez que o pensa-
mento filosófico necessita do mito para se expres-
sar.
b) O mito já era filosofia, uma vez que buscava 
respostas para problemas que até hoje são objeto 
da pesquisa filosófica.
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FILOSOFIA
c) Apesar de ser pensamento racional, a filosofia 
se desvincula dos mitos de forma gradual.
d) A filosofia representa uma ruptura radical em 
relação aos mitos, representando uma nova for-
ma de pensamento plenamente racional desde as 
suas origens.
e) Em que pese ser considerada como criação dos 
gregos, a filosofia se origina no Oriente sob o in-
fluxo da religião e apenas posteriormente chega à 
Grécia.
Questão 08 - Você se considera uma pessoa ques-
tionadora, isto é, que costuma levantar problemas 
ou dúvidas sore as coisas (explicações, normas, 
crenças etc.)? Como reagem as pessoas (na esco-
la, em casa, entre amigos) quando você expressa 
suas incertezas?
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AULA 04 
Expectativa de aprendizagem: Compreender a 
passagem do conhecimento mítico ao pensamen-
to filosófico
Questão 09- (Ifsp 2011) Comparando-se mito e fi-
losofia, é correto afirmar o seguinte: 
a) A autoridade do mito depende da confiança ins-
pirada pelo narrador, ao passo que a autoridade 
da filosofia repousa na razão humana, sendo inde-
pendente da pessoa do filósofo. 
b) Tanto o mito quanto a filosofia se ocupam da ex-
plicação de realidades passadas a partir da intera-
ção entre forças naturais personalizadas, criando 
um discurso que se aproxima do da história e se 
opõe ao da ciência
 c) Enquanto a função do mito é fornecer uma ex-
plicação parcial da realidade, limitando-se ao uni-
verso da cultura grega, a filosofia tem um caráter 
universal, buscando respostas paraas inquieta-
ções de todos os homens. 
d) Mito e filosofia dedicam-se à busca pelas verda-
des absolutas e são, em essência, faces distintas do 
mesmo processo de conhecimento que culminou 
com o desenvolvimento do pensamento científico. 
e) A filosofia é a negação do mito, pois não acei-
ta contradições ou fabulações, admitindo apenas 
explicações que possam ser comprovadas pela ob-
servação direta ou pela experiência.
Questão 10- Explique por que a filosofia nascente 
é considerada uma cosmologia, em contraposição 
aos mitos, chamados cosmogonias.
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AULA 05 
Expectativa de aprendizagem: Identificar a hipóte-
se aristotélica do surgimento da filosofia a partir 
do espanto.
Questão 11- (UEMA/2015) É comum explicar o 
nascimento da filosofia cronologicamente, dando 
destaque a seu início entre os gregos antigos. Para 
um aluno iniciante, isso muitas vezes faz pensar 
que se trata de uma disciplina sem atualidade. Po-
rém, Aristóteles, na abertura da sua Metafísica, faz 
uma afirmação que pode sugerir que o pensamen-
to filosófico possui uma origem não cronológica. 
Segundo ele:
a) Todos os homens, por natureza, buscam 
um método.
b) Todos os homens, por natureza, tendem 
ao saber.
c) Todos os homens, por natureza, experi-
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FILOSOFIA
mentam a dúvida.
d) Todos os homens, por natureza, odeiam 
as sensações.
e) Todos os homens, por natureza, são cria-
dores.
Questão 12- (SEDUC/CE) 2013 Em O que é isto: a fi-
losofia, Heidegger declara: “A palavra philosophia 
diz-nos que a filosofia é algo que, pela primeira 
vez e antes de tudo, vinca a existência do mundo 
grego (...): A filosofia é, nas origens de sua essên-
cia, de tal natureza que ela primeiro se apoderou 
do mundo grego e só dele, usando-o para se de-
senvolver”. Esse assenhoreamento ocorreu pelo 
despertar do espanto ou da admiração (thauma-
dzo) com o ser: “precisamente isto, que o ente 
permaneça recolhido no ser, que no fenômeno 
do ser se manifesta o ente; isto jogava os gregos, 
e a eles primeiro unicamente, no espanto. Ente 
no ser: isto se tornou para os gregos o mais es-
pantoso”. O thaumadzo é atestado como princí-
pio (arkhé) da filosofia por Platão e Aristóteles. 
Primeiramente, Platão (no Teeteto 155d) afirma: 
“É verdadeiramente de um filósofo esse pathos 
“o espanto (thaumadzein); pois não há outra ori-
gem imperante (arkhé) da filosofia do que este”. 
E Aristóteles (na Metafísica A 2, 982b 12ss) con-
firma o dito de Platão: “Pelo espanto, os homens 
chegaram agora e chegaram antigamente à ori-
gem imperante do filosofar”.
Acerca do tema abordado no texto acima, assi-
nale a opção correta.
a) Os primeiros filósofos podem ser consi-
derados como primitivos cientistas da na-
tureza, cujo thaumadzo decorria da pre-
cariedade de sua ciência.
b) Para os gregos, o espanto filosófico ocor-
ria em relação ao mistério do ser, que 
abrangia e recolhia a totalidade do ente.
c) A filosofia é atemporal e, dessa forma, es-
tranha à historicidade do ser humano.
d) O pathos que está no princípio da filoso-
fia grega é a dúvida.
e) Para Platão e Aristóteles, o thaumadzo é 
apenas o início da filosofia, ou seja, ele 
deixa de valer em estágios mais avança-
dos do filosofar.
AULA 06
Expectativa de aprendizagem: Definir o pensa-
mento de Heráclito acerca do conhecimento a 
partir da multiplicidade e da unidade.
Questão 13- (UFF/2010)
 Como uma onda
“Nada do que foi será/ De novo do jeito que já foi 
um dia/ Tudo passa/ Tudo sempre passará/
A vida vem em ondas/ Como um mar/ Num indo 
e vindo infinito
Tudo que se vê não é/ Igual ao que a gente/ Viu 
há um segundo/ Tudo muda o tempo todo/ No 
mundo
Não adianta fugir/ Nem mentir/ Pra si mesmo 
agora/ Há tanta vida lá fora/ Aqui dentro sempre/ 
Como uma onda no mar/ Como uma onda no 
mar/ Como uma onda no mar”
(Lulu Santos e Nelson Motta)
A letra dessa canção de Lulu Santos lembra ideias 
do filósofo grego Heráclito, que viveu no século 
VI a.C. e que usava uma linguagem poética para 
exprimir seu pensamento. Ele é o autor de uma 
frase famosa: “Não se entra duas vezes no mes-
mo rio”. Dentre as sentenças de Heráclito a seguir 
citadas, marque aquela em que o sentido da can-
ção de Lulu Santos mais se aproxima.
a) O homem tolo gosta de se empolgar a 
cada palavra.
b) Morte é tudo que vemos despertos, e 
tudo que vemos dormindo é sono.
c) Ao se entrar num mesmo rio, as águas 
que fluem são outras.
d) Muita instrução não ensina a ter inteligên-
cia. 
e) O povo deve lutar pela lei como defende 
as muralhas da sua cidade.
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FILOSOFIA
Questão 14- No vasto mundo grego, a filosofia 
teve como berço a cidade de Mileto. Caracteri-
zada por múltiplas influências culturais e por um 
rico comércio, Mileto abrigou os três primeiros 
pensadores da história ocidental, que tentaram 
descobrir, com base na razão e não na mitologia, 
o princípio substancial. Sendo assim, a partir dos 
conhecimentos sobre a filosofia Pré-socrática, os 
trechos abaixo se referem respectivamente aos 
filósofos: 
“O princípio primordial deveria ser algo que 
transcendesse os limites do observável, ou seja, 
não se situaria em uma realidade ao alcance dos 
sentidos, como a água, seria, portanto, o indeter-
minado...”. 
CHÂTELET, História da filosofia. 
“A filosofia grega parece começar com uma ideia 
absurda, com a proposição: a água é a origem e a 
matiz de todas as coisas. Será mesmo necessário 
deter-nos nela e levá-la a sério? Sim, e por três 
razões: em primeiro lugar, porque essa proposi-
ção enuncia algo sobre a origem das coisas; em 
segundo lugar, porque o faz sem imagem e fabu-
lação; e, enfim, em terceiro lugar, porque nela, 
embora apenas em estado de crisália, está conti-
do o pensamento: “Tudo é um”.” 
NIETZSCHE, A filosofia na época trágica dos gre-
gos. 
“Como nossa alma, que é o ar, soberanamente 
nos mantém unidos, assim também todo o cos-
mo, sopro e ar o mantém”. 
Pré-socráticos. 
a) Anaxímenes, Tales e Anaximandro. 
b) Anaxímenes, Anaximandro e Tales.
c) Anaximandro, Tales e Parmênides.
d) Anaxímenes, Tales e Parmênides. 
e) Anaximandro, Tales e Anaxímenes.
Questão 15- Leia o texto abaixo:
“A “descoberta” e o Modelo Padrão da Física
O bóson de Higgs é a partícula pela qual su-
postamente tudo no universo obtém sua massa, 
inclusive nós, seres humanos.
Sendo assim, a partícula era vista como 
crucial para que os físicos pudessem dar sentido 
ao universo. Só que ela nunca tinha sido obser-
vada por experimentos.
Por conta de sua importância nos blocos de 
construção básicos do universo, o bóson recebeu 
o apelido de “partícula de Deus”, apelido que 
Guzzo não simpatiza. “Não gosto do nome ‘Partí-
cula de Deus’, apenas se for pensado como uma 
espécie de brincadeira. Supondo que tenhamos, 
de fato, descoberto o Higgs, temos em mãos 
um quebra-cabeça muito mais completo rumo a 
uma compreensão das partículas elementares e 
suas propriedades. Isto é muito bom. Mas outras 
peças que são igualmente importantes neste 
quebra-cabeça nunca foram chamadas de ‘Partí-
culas de Deus’”, argumenta.
O quebra-cabeça maior seria, por assim di-
zer, o Modelo Padrão da Física, uma espécie de 
“livro de instruções” que descreve como as par-
tículas e as forças interagem no universo. Sem a 
existência do bóson de Higgs, ou seja, de uma 
partícula que dessemassa a todas as outras, 
todo esse modelo poderia ir por água abaixo.”
Fonte: https://hypescience.com/o-que-significa-a-des-
coberta-do-boson-de-higgs-particula-de-deus/
Agora escreva um pequeno texto relacionando 
as pesquisas científicas contemporâneas com a 
questão que deu origem à Filosofia, que surge 
como uma cosmologia.
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FILOSOFIA
AULA 07
Expectativa de aprendizagem: Definir o pensa-
mento de Heráclito acerca do conhecimento a 
partir da multiplicidade e da unidade.
Questão 16- Explique, com suas palavras, o frag-
mento heracliteano “Tudo flui”.
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Questão 17- Dos pensamentos propostos abaixo, 
qual deles pertence a Heráclito de Éfeso?
a) “A matéria é composta por átomos, que são in-
destrutíveis e indivisíveis.”
b) “Tudo está em tudo.”
c) “Das coisas surge a unidade e, da unidade, to-
das as coisas.” 
d) “A proporção em massa das substâncias que 
reagem e que são produzidas é sempre fixa”.
e) “Na natureza, nada se perde, nada se cria, tudo 
se transforma.”
AULA 08
Expectativa de aprendizagem: O pensamento de 
Parmênides sobre a imobilidade do ser e a identi-
dade entre o ser e o pensar.
Questão 18- (UFU – 1999/1) Parmênides de Eléia, 
filósofo pré-socrático, sustentava que
I- o ser é.
II- o não-ser não é.
III- o ser e o não-ser existem ao mesmo tempo.
IV- o ser é pensável e o não-ser é impensável.
Assinale
a) se apenas I, III e IV estiverem corretas.
b) se apenas II, III e IV estiverem corretas.
c) se apenas I, II e III estiverem corretas.
d) se todas as afirmativas estiverem corre-
tas
e) se apenas I, II e IV estiverem corretas.
Questão 19- …que é e que não é possível que não 
seja,/ é a vereda da Persuasão (porque acompa-
nha a Verdade); o outro diz que não é e que é 
preciso que não seja,/ eu te digo que esta é uma 
vereda em que nada se pode aprender. De fato, 
não poderias conhecer o que não é, porque tal 
não é fatível /nem poderia expressá-lo.
(Nicola, Ubaldo. Antologia ilustrada de Filosofia. Editora Globo, 
2005.)
O texto anterior expressa o pensamento de qual 
filósofo?
a) Aristóteles, que estabelecia a distinção entre o 
mundo sensível e o inteligível.
b) Heráclito de Éfeso, que afirmava a unidade en-
tre pensamento e realidade.
c) Tales de Mileto, que afirmava ser a água o prin-
cípio de todas as coisas.
d) Parmênides de Eleia, que afirmava a imutabi-
lidade de todas as coisas e a unidade entre ser e 
pensar, ser e conhecimento.
e) Protágoras, que afirmava que o homem é a 
medida de todas as coisas, que o ser é e o não 
ser não é.
 
AULA 09
Expectativa de aprendizagem: O pensamento de 
Parmênides sobre a imobilidade do ser e a identi-
dade entre o ser e o pensar.
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FILOSOFIA
Questão 20- Explique com suas palavras o frag-
mento de Parmênides: “O ser é e o não-ser não 
é.”
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GOIÁS TEC – 2021 – FILOSOFIA
Luci de Sousa Dourado
2º Bimestre
Filosofia grega: Sofistas x Sócrates
1. Introdução 
Aprendemos anteriormente que a Filosofia 
tem o espanto/admiração como elemento pri-
mordial. Essa admiração ancorada no desejo na-
tural de conhecer levou os primeiros filósofos, 
conhecidos como fisiólogos, cosmólogos ou pré-
-socráticos a se indagarem sobre a origem do cos-
mos. Eles buscavam a origem (arché) da natureza 
(physis) ou do cosmos (universo).
Daremos início ao segundo período da Filoso-
fia grega antiga, o Período Clássico ou Socrático. 
Em Filosofia, o início de um novo período indica 
a mudança de indagação. Enquanto no primeiro 
período a questão girava em torno do elemento 
primordial que dava origem ao cosmos ou nature-
za, nesse a questão agora é antropológica (antro-
pós=homem + logos=discurso racional). Ou seja, 
a pergunta, grosso modo, é “quem é homem?”, o 
que nos torna plenamente humanos? 
Enquanto os primeiros filósofos olhavam para 
fora, para a natureza, os deste período voltam 
seus olhares para si mesmos. Porém, os filósofos 
dessa vez não estão sozinhos, eles têm antagonis-
tas. Por isso, apresentaremos duas perspectivas 
opostas, representadas de um lado pelos sofistas 
e de outro por Sócrates, representando os filó-
sofos. 
É preciso compreender que essa disputa en-
tre sofistas e Sócrates fundamenta-se na ques-
tão relativa à oposição entre physis (natureza) 
e nómos (convenção). Os sofistas partem da 
perspectiva de que há uma ruptura, uma cisão 
irreconciliável entre ambas e isso, não somente 
no plano teórico, mas também no que concer-
ne à sua atuação enquanto profissionais, pois 
na distinção entre o natural e o convencional se 
fundam os limites e as possibilidades da prática 
educativa e da ação política, para as quais se vol-
ta a atividade dos sofistas enquanto mestres de 
excelência. Por outro lado, os filósofos pré-socrá-
ticos apresentam a physis como natureza, sendo 
aquilo que existe por si, que brota ou surge por 
si mesma, aquilo que tem em si a potência de 
geração. Portanto, não é fabricada pelos huma-
nos, é algo que preexiste às obras do artifício; 
os humanos podem ser considerados parte da 
physis e ela faz parte do que os humanos são, na 
medida em que são possuidores de uma nature-
za própria. O nómos é compreendido como cos-
tume, lei ou convenção, é algo que acompanha 
a existência humana, enquanto produto dessa 
mesma existência ou como algo que nos é dado 
por outros, algo que norteia desde o alto nossa 
vida; o nómos pode tanto ser algo criado pelos 
humanos como algo estabelecido pela divinda-
de. Assim os pré-socráticos apresentam physis e 
nomos como distintas, mas correlatas enquanto 
os sofistas contrapõem natureza e convenção de 
forma tão radical, ao ponto da ética e a justiça 
parecerem meras convenções humanas.
Para compreendermos a magnitude dessa 
disputa vejamos o contexto histórico.
Ao longo dos séculos a Grécia passou por 
diversas transformações culturais, econômicas 
e políticas. Para o contexto histórico da disputa 
entre Sofistas e Sócrates, o aspecto político do 
Século de Péricles (499-429 a.C.) ou Século de 
Ouro, isto é, séc. V a.C. é o mais relevante. Se no 
início do séc. VIII a.C., Atenas ainda se encontra-
va sob o regime monárquico, entre os séculos VII 
e VI a.C., surgem os Reformadores. Eles tinham a 
função de elaborar leis que pudessem substituira tradição oral na resolução de conflitos e insti-
tuir a isonomia, isto é, a igualdade perante a lei. 
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32
FILOSOFIA
As reformas iniciadas pelos Legisladores Dracon 
e Sólon são levadas à cabo, por Clístenes promo-
vendo a consolidação da democracia em Atenas. 
Ou seja, o poder antes restrito aos descendentes 
da aristocracia, os eupátridas (bem nascidos), 
estende-se ao demais cidadãos maiores de 21, 
do sexo masculino e nascidos em Atenas. Esses 
poderiam participar das Assembleias (Eclésia ou 
Assembleia do Povo), embora as mulheres, es-
trangeiros (metecos) e escravos estivessem ex-
cluídos. Isso mostra que democracia grega ape-
sar de direta, era bastante elitista e excludente. 
Porém, mesmo àqueles que possuíam todos os 
requisitos necessários ao exercício da cidadania, 
ainda precisaria para exercê-la, de fato, saber 
participar da Assembleia, conseguir expressar-se 
de tal modo, que convencesse a maioria. Assim, 
até aproximadamente 404 a.C., quando Atenas é 
derrotada por Esparta na Guerra do Peloponeso 
(evento de cerca de 30 anos) algumas habilidades 
e competências são altamente desejáveis.
Quais habilidades são essas? Seriam ensi-
náveis? Se sim, por quem?
2. Sofistas
Diante da necessidade de desenvolver 
habilidades argumentativas e dialéticas para con-
vencer a maioria nas Assembleias, isto é, para o 
exercício pleno da cidadania, surgem profissio-
nais capazes de ensinar a arte de argumentar, 
também conhecida como Retórica. Esses profes-
sores viajavam por diversas cidades vendendo 
seus conhecimentos. Por dominarem um vasto 
conhecimento, prático e teórico, eram chamados 
de sofistas (em grego, “grande mestre ou sábio”). 
Entre os sofistas desse período citamos, 
por exemplo: Protágoras, Hípias, Trasímaco, Gór-
gias, Anônimo de Jâmbico e Antifonte. Dentre os 
citados, destacaremos dois: Protágoras de Abde-
ra, considerado o primeiro filósofo e Górgias de 
Leontinos. Infelizmente, grande parte dos escri-
tos deles se perderam, o legado deixado consiste 
apenas em fragmentos.
Protágoras (480-410 a.C.) nasceu em Ab-
dera e ensinou durante muito tempo em Atenas. 
Tinha como princípio básico de sua doutrina a 
ideia de que o “o homem é a medida de todas as 
coisas”. A interpretação mais conhecida desta fra-
se é a de que não há valores externos ao homem. 
Isso implica dizer que a justiça é apenas aquilo 
que pensamos que ela seja. 
 Apesar dos textos de Protágoras não terem 
chegado até nós a crítica que os filósofos 
posteriores fizeram dele é bem conhecida. 
Seu pensamento é visto como relativista, ou 
seja, para Protágoras não há verdade absolu-
ta. Tudo é relativo. O mundo é do jeito que 
os seres humanos interpretam. Assim, 
qualquer tese poderia ser encarada como 
verdadeira ou falsa dependendo de como for 
construída a sua argumentação. Daí a impor-
tância de se ensinar a habilidade argumenta-
tiva, a arte da Retórica. Para Protágoras, por 
exemplo, a beleza não existe em si. O que 
existe são pessoas que pensam que determi-
nada coisa é bonita ou feia. Isto equivale 
dizer que o ponto de partida dos sofistas é o 
dado sensível, empírico para analisar a 
realidade.
Para Protágoras qualquer tese é defen-
sável. Esse posicionamento de Protágoras foi 
brutalmente criticado por ameaçar o projeto dos 
pré-socráticos de conhecer os fundamentos do 
real e posteriormente ser frontalmente contrário 
à busca do conhecimento da essência das coisas, 
tal como veremos em Sócrates, Platão e Aristó-
teles.
Górgias (487-380) nasceu em Leontinos, 
atual Lentini (localizada na província italiana de 
Siracusa) foi considerado um dos grandes orado-
res da Grécia antiga. Ele aprofundou o pensamen-
to de Protágoras a ponto de defender o ceticismo 
absoluto. Na obra intitulada “Sobre o que não é”, 
Fonte: https://www.biogra-
fiasyvidas.com/biografia/p/
protagoras.htm
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33
FILOSOFIA
já se evidencia uma crítica à Parmênides. Nessa 
obra afirma que mesmo que se algo existisse, não 
poderíamos conhecê-lo e não se pode comunicar 
o que não é conhecido. Com base em sua tese de 
que a virtude não é ensinável, não é classificado 
por Sócrates como um sofista.
 Podemos entender o ceticismo como 
sendo a concepção de que não é possível ter um 
conhecimento indubitável das coisas. Para o céti-
co é impossível obter provas de que qualquer co-
nhecimento seja absolutamente verdadeiro. Em 
relação às tentativas de se conhecer o Ser Górgias 
afirmava que: 
1. O ser não existe;
2. Se existisse, não poderia ser co-
nhecido;
3. Mesmo que o ser fosse conheci-
do não poderia ser comunicado a ninguém.
Para Górgias o discurso é a única coisa 
que temos. Mais importante do que o que é ver-
dadeiro é aquilo que pode ser provado ou defen-
dido por meio da argumentação.
Os filósofos opõem-se a essa perspectiva 
pois, buscam um fundamento último para suas 
questões. Tentam encontrar a essência das coisas 
investigadas.
3. Sócrates 
Sócrates, embora contemporâneo dos 
filósofos cosmólogos, ao propor uma nova ques-
tão, dá início ao nascimento da filosofia clássica 
que vai ser desenvolvida por Platão e Aristóteles, 
seus herdeiros. Apesar de ser um marco na histó-
ria do pensamento ocidental, não deixou nenhum 
escrito. Tudo que sabemos a respeito do seu pen-
samento nos chegou pelos escritos de seus dis-
cípulos, principalmente Platão, que redigiu obras 
sob a forma de diálogos e colocou Sócrates como 
o personagem principal deles.
Nascido em Atenas (469-399 a.C.), Sócrates 
tinha um estilo de vida semelhante ao dos 
sofistas, embora não cobrasse por seus en-
sinamentos. Discutia com os cidadãos em 
praça pública levantando problemas e fa-
zendo com que as pessoas questionassem 
o fundamento de suas afirmações. Este fi-
lósofo ficou conhecido por afirmar “Só sei 
que nada sei” e aconselhar a todos o que 
viu escrito, na entrada do Oráculo de Delfos: 
“Conhece-te a ti mesmo”. Neste local, de-
dicado a Apolo (na mitologia grega, o deus 
da luz e do sol, da verdade e da profecia), 
buscava-se o conhecimento do presente e 
do futuro por intermédio de sacerdotisas.
Sócrates travou uma polêmica profunda 
com os sofistas e ao contrário deles procurava um 
fundamento último para as interrogações huma-
nas (O que é o bem? O que é a virtude? O que 
é a justiça?). Segundo esse filósofo era possível 
chegar à resposta definitiva destas questões por 
meio do diálogo crítico ou dialética.
Este diálogo crítico era dividido em duas 
etapas sucessivas. Na primeira delas o filósofo 
insistindo que nada conhecia levava o interlocu-
tor a apresentar suas opiniões para, em seguida, 
envolvê-lo na estrutura confusa de suas próprias 
afirmações, terminando por trazer à tona toda a 
ignorância a respeito daquilo que afirmava saber. 
Esta primeira etapa ficou conhecida como ironia.
Na segunda etapa o interlocutor era leva-
do a tentar elaborar as suas próprias ideias a par-
tir do estímulo e das provocações que Sócrates 
fazia. Esta segunda fase foi denominada maiêu-
tica, que do grego significa “parto”. Sócrates afir-
mava que partejava homens, ou seja, fazia com 
que deles brotassem ideias novas. 
Um exemplo disso pode ser conferido 
no diálogo intitulado Laques, no qual Sócrates 
Fonte: http://kitpedagogicogt.
blogspot.com/2012/06/socra-
tes-o-mestre-em-busca-da-
-verdade.html
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Secretaria de Educação do Estado de Goiás 
Superintendência de Ensino Médio
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FILOSOFIA
pergunta ao seu interlocutor “O que é coragem?” 
Laques acha fácil responder e diz: “Aquele que 
enfrenta o inimigo e não foge do campo de 
batalha é corajoso”. Para contrapor esta posição 
Sócrates dá exemplos de guerreiros cuja a tática 
consistia em recuar e forçar o inimigo a uma 
posição desvantajosa, estratégia que não fazia 
com que os guerreiros deixassem de ser cora-
josos. Cita também exemplos de guerreiros cuja 
coragem ultrapassa os atos de guerra, como a 
dos marinheiros

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