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INTRODUÇÃO À EDUCAÇÃO FÍSICA AULA 2 Prof.ª Izabela de Gracia Yabe 2 CONVERSA INICIAL Nesta aula, vamos conhecer alguns dos processos históricos que influenciaram a constituição da Educação Física no Brasil. Ao verificarmos que hoje a Educação Física se constitui como uma área de formação (com curso superior de licenciatura e de bacharelado) e como uma área de atuação profissional (na escola, nas academias, nos clubes, nas empresas etc.), devemos nos perguntar: Como chegamos a essas características? Como a Educação Física começou? Quais foram as influências que a levaram à conformação atual? Para buscar essas respostas, é fundamental compreender o passado. Assim, nesta aula, faremos uma retomada da Educação Física, considerando o final do século XIX e o século XX. Essas informações permitirão compreender e relacionar passado e presente e, talvez, identificar algumas tendências para o futuro. TEMA 1 – AS GINÁSTICAS EUROPEIAS Há algumas décadas, era muito comum as pessoas utilizarem o termo ‘ginástica’ para denominar as aulas de Educação Física na escola. Esse termo também era utilizado no caso de descrever as ações realizadas por um professor ou mesmo um profissional da área de Educação Físico. Atualmente, se realizarmos um resgate histórico, é possível entender essa confusão, isso porque, em seu início, no Brasil, as atividades corporais mais sistematizadas foram as ginásticas. Essa sistematização, ou seja, a organização metodológica e sequencial de exercícios, aconteceu em países que hoje são a França, a Alemanha e a Suécia, tendo chegado ao Brasil por diferentes meios. (Aparecida, 2013. Por isso, utilizamos o termo ginásticas, no plural, e podemos identificar esses diferentes métodos europeus, influenciando grupos, espaços e momentos históricos no nosso país. As ginásticas têm grande destaque na história da Educação Física, pela sua inserção social, e por terem sido o primeiro método de ensino das práticas corporais. Dentro do contexto de migração e influência, no continente europeu e na realidade brasileira, percebemos que a ginástica tem interferência profunda nos exercícios corporais. A imigração e a construção de clubes étnicos, durante o século XIX, trouxeram a ginástica como uma das precursoras das atividades voltadas à exploração de movimentos. Buscava-se, com ela, a preparação dos 3 corpos, por meio do fortalecimento muscular, e a disciplina. Havia, dessa maneira, diferentes métodos e escolas, que influenciaram as ciências biológicas. Com a imigração, ou seja, com a vinda dos povos europeus para o Brasil, tivemos contato com diferentes culturas e práticas, o que acarretou também na história da Educação Física. Relembramos aqui que essa influência teve início após a abolição da escravatura, com a chegada de povos de toda Europa, que vinham para trabalhar nas grandes fazendas de café e açúcar brasileiras. Vamos conhecer agora os métodos ginásticos trazidos pelos europeus. Destacamos, porém, que havia poucas diferenças entre os três métodos. Nesse primeiro momento, a ginástica era a substituta da Educação Física. Não existia, de fato, a ideia de Educação Física. Até hoje, algumas pessoas, principalmente aquelas de mais idade, ainda se referem à Educação Física como ginástica. Essa modalidade, então, como é possível perceber, era utilizada tanto por militares, como por alunos de escolas, visando o fortalecimento dos corpos, a disciplina e a unidade nacional (fortalecimento social). 1.1 Método alemão Tratava da unidade nacional (instrução física das massas) e da preparação para confrontos militares, o que exigia corpos fortes. Foi utilizado por militares no Brasil, entre 1860 e 1912, aproximadamente. Quando consideramos a Alemanha de hoje em dia, obviamente não podemos pensar que ela é igual ao que era no passado. Durante o século XIX, aquele território era chamado de Prússia. Considerando os estudos e relatos do passado, destacamos a adoção do então denominado método alemão. Naquele momento, a Europa passava por diversos conflitos, sendo necessário contar com exércitos de homens fortes. Para além do exército, a população poderia, em dado momento, ser envolvida em uma guerra. Assim, todas as pessoas precisavam se munir fisicamente de condicionamento para enfrentar essas situações. Assim, a preparação corporal era um pré-requisito para manter-se vivo e em combate. Essa era, então, a base de trabalho do método alemão, que trabalhava também com a ideia de uma unidade nacional, ou seja, uma projeção de cidadania, passando a imagem de “povo unido”. O Brasil, percebendo o potencial desse método, também o adotou para momento de conflitos. 4 1.2 Método sueco Apresentava uma preocupação maior com a saúde física e a moral (livre de vícios), tanto dos operários quanto dos soldados. Tinha um caráter mais pedagógico, que foi, inclusive, adotado no Brasil pelas escolas. Sua influência deu origem a alguns equipamentos, como barras, cavalos, plintos e banco sueco. 1.3 Método francês Foi inspirado no método sueco, e buscava desenvolver qualidades físicas (considerando a ideia de conflito militar) para defesa e, também, para o trabalho nas fábricas. Fez parte dos currículos nas escolas normais do Brasil (1850), sendo ministrado por militares (Soares, 2017). TEMA 2 – A CHEGADA DOS ESPORTES O momento de chegada dos esportes, no Brasil, é o fim do século XIX e o começo do século XX. Neste período, a Europa era vista como referência de modernidade, o que garantiu a sua influência para o resto do mundo. As modalidades esportivas, entretanto, consistiam em organizações sociais, sem finalidade esportiva, tendo sido iniciadas por competições. Algumas modalidades, inclusive, eram praticadas apenas pela elite, o que passava a configurar uma distinção social. Semelhante à ginástica, temos a vinda das modalidades europeias. Algumas das modalidades, obviamente, foram aperfeiçoadas, ou mesmo criadas, no Brasil. Porém, a grande maioria foi importada. Além de importar as técnicas, as regras e a maneira como a modalidade esportiva acontecia, por virem da Europa, as práticas passavam a ser muito valorizadas no Brasil. Isso porque os brasileiros viviam um momento de conceber uma identidade nacional, e a Europa era tratada como referência de tudo o que se pretendia ser – ou seja, de modernidade. Os europeus, que vieram para o Brasil para trabalhar em nossas fazendas, em seus momentos livres organizavam-se em grupos para praticar modalidades esportivas já exploradas em seus países de origem. Tal fato ajudou, também, a difundir as modalidades esportivas europeias no Brasil. Entretanto, a prática de modalidades esportivas era restrita à elite, sendo realizada de forma amadora (sem objetivo financeiro). 5 Além disso, houve mobilização social e interesses políticos que permitiram que o esporte chegasse a ser o que é hoje. Por exemplo: interesse financeiro, das mídias (jornais), de clubes, a infraestrutura nas cidades e as práticas de lazer. (Del Priore; Melo, 2009). Como exemplo, temos o futebol. Quando ele começa a se popularizar, principalmente no Brasil, recebeu investimento político, ou seja, recursos financeiros para benefícios políticos. Ao se deslocar para os jogos de futebol, as pessoas precisavam se movimentar nas cidades. Algumas linhas de bonde, principalmente no Rio de Janeiro, foram construídas para facilitar o acesso dos torcedores aos estádios. Paralelamente, as mídias (em especial, naquela época, os jornais), publicavam informações sobre as partidas. No início, apenas os resultados das competições, ou o anúncio de determinada partida; com o passar do tempo, foram criadas grandes crônicas e descritivos sobre a modalidade. Gerou-se, com isso, um interesse cada vez maior por parte da população, quedestinava seus momentos de lazer para acompanhar modalidades esportivas, com destaque para o futebol. No decorrer do século XX, principalmente em meados da década de 50, conforme o interesse social aumentava, as modalidades esportivas deixavam de ser algo apenas da elite, passando a ser, de fato, uma realidade do povo. Isso é facilmente notado quando fazemos um apanhado da história do futebol no Brasil. Mas outras modalidades também passaram a realizar campeonatos mundiais, provocando o envolvimento cada vez maior das pessoas. Por sua vez, a mídia tornou-se ainda mais assídua na cobertura das principais notícias. Com essa identificação popular, as modalidades passaram a ser praticadas e ganharam mais espaço, em especial nas escolas. TEMA 3 – EDUCAÇÃO FÍSICA PARA FINS MILITARES E HIGIÊNICOS Considerando as práticas corporais que começaram a se popularizar no Brasil no final do século XIX e início do século XX, tanto as ginásticas quanto o esporte passaram a ser incorporados ou rejeitados por grupos sociais. Apesar de não haver um consenso, as características de sistematização dos movimentos pelas ginásticas, quanto ao perfil amador regrado das modalidades esportivas, foram vistas como positivas, por diferentes grupos. Inicialmente, destacamos como militares e médicos (entre outros “higienistas”) perceberam nas ginásticas e no esporte um meio para alcançar diferentes objetivos. Como vimos, as ginásticas estiveram próximas do ambiente 6 militar, mesmo em seus países de origem, não sendo diferente no Brasil. Elas também passaram a ser vistas pela perspectiva de cuidados com o corpo, necessários para que os trabalhadores aguentassem as árduas jornadas de trabalho. Assim começa a apropriação social da Educação Física. Nesse processo, passa-se a pensar em como as práticas corporais são incorporadas na sociedade brasileira, trazidas por imigrantes e ganhando o interesse dos brasileiros (ginástica e modalidades esportivas). Há o surgimento de diferentes grupos, que começam a perceber a sua utilidade. Essas práticas passaram a ser dissociadas da ideia de obtenção de lazer e bem-estar, para serem consideradas como “utilidades”. A Educação Física passa a ser vista como meio para um determinado fim. A Educação Física com fins militares contemplava a ideia do treinamento físico, disciplina e defesa da pátria. Atendo-se restritamente ao militarismo, é possível perceber o uso das ginásticas para o desenvolvimento de corpos mais fortes, para conflitos. A formação de professores, por sua vez, acontecia dentro desses ambientes militares. Assim, militares com mais experiência no desenvolvimento de atividades voltadas às práticas corporais treinavam os militares mais novos. Não havia uma ciência mais detalhada e preparada para atender às necessidades de aquisição de conhecimento. Até mesmo as informações das áreas biológicas, disponíveis naquele momento, sustentavam a ideia de mera reprodução de movimentos. Assim eram trabalhadas as ideias de marchar, de atuar em ambientes altos e baixos (na selva, na água) – ou seja, práticas utilizadas até hoje, e que se constituem como preparação do corpo para situações de conflito. Além do militarismo, existia a questão do higienismo, segundo o qual o treinamento físico faria parte de hábitos higiênicos, para a prevenção de doenças e cuidados com o corpo. Dentre as mudanças sociais que se apresentavam no Brasil da década de 1910, tinha-se a transição das pessoas do campo para as cidades. Nas cidades, formaram-se os cortiços, sem condições adequadas de higiene (saneamento básico, água encanada). Naquele momento, a proliferação de doenças (e, por consequência, a morte de pessoas muito jovens) era uma preocupação. Então, esperava-se que, com a Educação Física, e a decorrente adoção da ginástica e de algumas modalidades esportivas, haveria fortalecimento do corpo, que resultaria em mais saúde, talvez capaz de contrabalancear tais situações de instabilidade. É certo 7 que apenas a prática de atividades físicas não resolveria todos os problemas. Mas a realização de exercícios físicos foi viabilizada em conjunto com uma série de outras propostas, levando a condições mais higiênicas nas situações do dia a dia. Este momento, então, apresenta algumas características peculiares: Os militares foram os primeiros professores de Educação Física nas escolas e demais ambientes de prática. A divulgação, a defesa e os objetivos das práticas corporais eram voltados para o bem-estar da sociedade. Os exercícios físicos eram voltados para homens, com diversas restrições para as mulheres. A Educação Física surge com os militares, que a ensinavam e a consideram importante; surge também para atender a problemáticas relacionadas a questões higiênicas. Por isso, podemos perceber a Educação Física como prática funcional; ou seja, ela era utilizada para uma determinada função, com finalidade específica. TEMA 4 – A EDUCAÇÃO FÍSICA PARA FINS EUGÊNICOS E POLÍTICO-IDEOLÓGICOS Da mesma forma como vimos a Educação Física sendo utilizada como meio para propósitos militares e higiênicos, perceberemos, também, como ela foi incorporada por outros discursos: o eugênico e o político-ideológico. As finalidades eugênicas se aproximam das higiênicas, mas têm origens distintas. O eugenismo surgiu na compreensão de que as diferenças sociais estavam previstas pela genética. Por isso, seus primeiros proponentes pregavam o controle de natalidade e até o arranjo de casamentos, para que fosse criada uma raça mais pura e superior de seres humanos. Essa característica sofreu influências do higienismo, especialmente no Brasil, onde se acreditava que a genética poderia ser mudada com base em hábitos saudáveis. Nessa lógica, a Educação Física também passou a ser vista como um meio de melhorar a sociedade por esse grupo. A eugenia na Educação Física, ideia desenvolvida no início do século XX, estava relacionada ao determinismo genético (darwinismo) e a questões sociais. A ideia do eugenismo foi a apropriação de informações e estudos que vinham sendo realizados pela 8 genética. Charles Darwin foi um naturalista britânico que se destacou ao tentar convencer pesquisadores da época da ocorrência da evolução das espécies, por meio de um processo de seleção natural e sexual, o que ficou conhecido como a teoria darwinista da evolução, ou ainda darwinismo. Neste momento, de discussão sobre a ciência eugenista, tinha-se a compreensão de que as questões genéticas também impactavam na formação social. Assim, a vida em sociedade poderia modificar a genética. Entretanto, o problema identificado nessa discussão seria a ideia de “limpeza social”. Dessa maneira, o que ficava determinado era a resistência contra a união de alguns grupos. Ou seja, algumas pessoas não poderiam ter filhos, pois não apresentavam uma genética privilegiada. Priorizava-se a concepção de passar uma genética de “qualidade”, de uma geração para outra. No Brasil, em específico na área da Educação Física, existiu uma apropriação diferenciada do sentido eugênico, em comparação com os outros países do mundo. Acreditava-se, então, em hábitos que poderiam intervir na hereditariedade. Dessa maneira, a resistência à união de grupos, com objetivo de procriação, não era o foco dos eugenistas brasileiros. Eles defendiam o conceito de vida ativa para conseguir ter filhos mais fortes, mesmo que a genética não incorporasse esses fundamentos. Essa foi uma diferenciação percebida entre o movimento eugenista no mundo e o movimento eugenista no Brasil. O movimento eugenista no Brasil impactou significativamente a área da Educação Física, tendo em vista que, a partir do momento em que se acreditava que as práticas sociais, durante a vida, podiam influenciar a genética, e isso acompanharia a próxima geração, os exercícioscorporais eram incentivados, visando o desenvolvimento sucessivo de gerações cada vez mais fortes e mais saudáveis. Quanto à ideologia e política, a Educação Física era vista como um método de se chegar a um povo mais forte, mais viril, que de fato representasse a nação. Essa noção é apropriada na Educação Física escolar por militares, e nas competições internacionais, principalmente o futebol, que era utilizado como meio de unidade e mobilização nacional. Principalmente no período de regime militar e ditatura militar, que vivemos no Brasil, tivemos a valorização do corpo forte e viril. A ginástica, nas escolas, ensinada por militares, promovia a ideia do fortalecimento do corpo como algo positivo para a nação. As pessoas mais fortes 9 representariam melhor o seu país. Neste período, também as modalidades esportivas passaram a se desenvolver, e os campeonatos mundiais adquiriram maior destaque. TEMA 5 – FORMAÇÃO PROFISSIONAL EM EDUCAÇÃO FÍSICA Em paralelo às diferentes apropriações que os grupos sociais faziam das ginásticas e do esporte, o curso de formação superior em Educação Física foi se delineando. Hoje temos a Educação Física como dois cursos superiores de graduação – bacharelado e licenciatura –, mas nem sempre foi assim. No início, em consonância com o que alguns acreditam até hoje, pessoas com experiência em atividades corporais atuavam como instrutores, tanto em escolas quanto em outros locais. Eram principalmente militares, e tinham as ginásticas presentes em suas rotinas; basicamente, reproduziam sequências de movimentos. Por isso, as primeiras escolas de preparação de instrutores estavam nesses ambientes. Posteriormente, iniciou-se a criação de ambientes para civis tornarem-se instrutores e, dependendo do tempo de estudo, professores de Educação Física. Assim, com relação a formação profissional da Educação Física, é preciso compreender alguns marcos históricos importantes do Brasil: 1851: a ginástica era obrigatória nas escolas. 1910 > 1922 > 1925: preparação para a atuação na área de Educação Física era promovida, respectivamente, por policiais, pelo exército e pela marinha. 1934: foi criada a escola de Educação Física do Estado de São Paulo. Em 1934, quando surge o curso de Educação Física, a grade curricular era completada em um ano para instrutores de ginástica e mais um ano para professores de Educação Física. Já em 1945, apresentava-se a formação de professores. De dois, passou para três anos, com um currículo mais pedagógico. Até 1957, era um curso técnico, que não exigia o atual ensino médio. Em 1969, promoveu-se um ajuste na carga horária, que ficou mais extensa. Por fim, em 1987, estabeleceu-se a exigência de quatro anos de graduação e a criação do bacharelado. (Souza Neto, 2004). 10 Sobre o marco de 1987, é importante ressaltar que se criou a possibilidade de se ter uma formação em bacharelado em Educação Física. Essa determinação foi lançada em 1987. Porém, a adequação de todas as instituições de ensino, com a criação de diretrizes curriculares nacionais, levou bastante tempo. Somente em 2004, de fato, a exigência foi definida: ao entrar em Educação Física, o aluno deveria escolher entre bacharelado e licenciatura. NA PRÁTICA Quando consideramos a história da Educação Física, é fundamental perceber as mudanças que algumas práticas tiveram no seu formato, nos seus objetivos, nos praticantes, nos instrutores e professores, e nos espaços, nos locais em que são ensinadas e praticadas. Ao mesmo tempo, algumas práticas assumem suas características tradicionais, passando por poucas modificações aparentes. Das práticas corporais trabalhadas nesta aula, como as ginásticas e o esporte, você consegue pensar em alguma que parece não ter mudado entre o século XX e o século XXI? Por que você acredita que isso acontece? Como você percebe o papel ou a interferência da formação profissional em Educação Física nessa prática? FINALIZANDO Nesta aula, vimos, com base no resgate da história da Educação Física e das práticas corporais no Brasil, que ainda temos algumas influências presentes, porém com novos significados. Por exemplo, a ginástica permanece, por se cultivar a ideia do cuidado com o corpo, com uma leitura estética. Atualmente, contempla uma concepção mais feminina do que masculina, o que não acontecia antigamente; além disso, temos a competição da ginástica rítmica e artística e do trampolim. Com relação aos esportes, percebemos a sua popularização, chegando aos dias de hoje com uma ênfase na competição. Sobre os usos da Educação Física, concluímos que ainda trabalha na linha da promoção da saúde e da educação, bem como na preparação dos corpos para o trabalho. Já a formação exige cada vez mais especializações, o que envolve as escolhas tanto da licenciatura quanto do bacharelado. O crescente interesse social pela Educação Física, no passar das décadas, também ganhou destaque, considerando questões higiênicas, 11 eugênicas, militares, políticas e ideológicas. Entretanto, ainda se questiona sobre a existência da valorização do profissional que atua com o corpo e com o movimento humano. 12 REFERÊNCIAS APARECIDA, N. Introdução à Educação Física. Passei Direto, 2013. Disponível em: <https://www.passeidireto.com/arquivo/64770700/introducao-a-educacao- fisica>. Acesso em: 19 nov. 2019. DEL PRIORE, M.; MELO, V. A. História do esporte no Brasil: do império aos dias atuais. São Paulo: Unesp, 2009. SOARES, C. L. Educação física: raízes europeias e Brasil. Campinas: Autores Associados, 2017. SOUZA NETO, S.; ALEGRE, A.; HUNGER, D.; PEREIRA, J. Formação profissional de Educação Física no Brasil: uma história sob a perspectiva da legislação federal no século XX. Rev. Bras. Cienc. Esporte, Campinas, v. 25, n. 2, p. 113-128, jan. 2004.
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