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CMA - Eventos Léo Monteiro: Tomada de decisão Leonardo Monteiro é estudante de mestrado na área de busca visual na tomada de decisão pela Faculdade de Desporto da Universidade do Porto (FADEUP). No passado, o convidado assumiu a posição de preparador físico do São José, e aos poucos foi se dedicando aos aspectos técnico-táticos do jogo. ComCom passagens por universidades e clubes europeus, Leonardo demonstra demasiado conhecimento sobre a influência das neurociências no futebol, assunto pelo qual discorreu durante o evento, partindo desde a anatomia até a prática no desporto. TÓPICOS GERAIS - Estruturas cerebrais: cérebro, córtex pré-frontal; gânglios da base; cerebelo; amígdala. - O jogador de futebol; - Prática. ESTRUTURAS CEREBRAIS: CÉREBRO Este órgão comandará todo o processo de cognição da pessoa, sendo responsável desde as microestruturas (lógica motriz, sentimentos, ideias), passando pelos atletas (protagonista), até as macroestruturas (tática, periodizações, treino). ESTRUTURAS CEREBRAIS: CÓRTEX PRÉ-FRONTAL TTrata-se do local onde a decisão se processa. Na iniciação, o córtex pré-frontal tem a função associada à aprendizagem técnica. Por isso, se exigirmos muito taticamente, a criança automatiza a técnica para atender o conteúdo exigido, e a probabilidade dela criar vícios é maior, pois o nosso cérebro é seletivo. No entanto, quando a fase motora especializada do jovem estiver madura, o seu córtex pré-frontal estará pronto para receber aspectos táticos, sem defasar tecnicamente. ESTRUTURAS CEREBRAIS: GÂNGLIOS DA BASE EEstrutura que gera as opções, armazena automatismos, regula o hormônio da motivação (dopamina), sinaliza quando um movimento está errado e gera o tônus muscular para a ação. Caso o automatismo seja aprendido de forma errada, o treinador deverá direcionar a atenção do atleta para a correção do erro. Assim, a informação retornará para o córtex pré-frontal para o devido aprimoramento da ação. ESTRUTURAS CEREBRAIS: CEREBELO Tal região é responsável pela comparação entre ação realizada e gesto ideal após a execução de um movimento. Além disso, controla o tônus muscular, o equilíbrio e a pré ativação muscular. OO cerebelo é mais ativo em experts do que em iniciantes, dado que passaram por mais vivências para a devida comparação. ESTRUTURAS CEREBRAIS: AMÍGDALA ÉÉ encarregada por fatores somáticos no momento da ação esportiva (luta ou fuga). Ao longo da vida, é comum que ocorra o processo de mielinização, isto é, a bainha de mielina circula em volta do axônio, desenvolvendo o intelecto do indivíduo. Porém, quando a amígdala está super ativada, nós temos o processo reverso, fazendo com que o jogador desaprenda a jogar. PPortanto, o treinador não deve deixar de cobrar os atletas, mas é fundamental que tenha o cuidado para evitar níveis altos de ansiedade, e por conseguinte, deixar o jogador com medo de tomar decisões (desmielinização). O JOGADOR DE FUTEBOL OO atleta raciocina antes de programar o movimento, sendo que este raciocínio se origina pela Inferência Indutiva Probabilística (probabilidade de errar mais ou menor). Considerando a probabilidade de acerto, o atleta será induzido a uma escolha, ou seja, a tomar uma decisão em determinado contexto. Cada jogador toma, em média, decisões por jogo ( minutos), enquanto cada indivíduo na sociedade se aproxima de decisões por dia. Assim, a lógica deste processo se desenha da seguinte forma: AnáliseAnálise/Avaliação -> Eleição/Escolha -> Ação/Movimento Ao contrário do que muitas pessoas pensam, a escolha não se trata de uma ação binária (certo x errado), mas é realizada por graus de eficácia (resultado) e graus de eficiência (processo). Para isso, a visão é de suma importância para as decisões que são tomadas. PRÁTICA Dar liberdade ao jogador, não significa irresponsabilidade, mas estar alinhado com as ideias de jogo e ter autonomia de poder escolher. Dessa forma, há 7 ferramentas para aumentar o trabalho mental: Prática variável: quando uma única classe de habilidades (técnica ou tática) é treinada usando variações encontradas na competição; PPrática aleatória: ocorre na combinação de diferentes classes de habilidades e simulam as condições táticas; Feedback de momento: significa deixar os atletas sozinhos quando o desempenho se encaixa na margem de desempenho aceitável (conforme o treinador estabelece); Questionamento: uma das ferramentas mais eficazes para o treino decisional e cria canais de comunicações dentro da equipe; FFeedback por vídeo: colocar os jogadores para observar o próprio desempenho por vídeo e, consequentemente, se envolvem na auto-análise; Instrução de “Primeiro, o difícil”: colocar os atletas para trabalharem através do treino decisional desde cedo, ou seja, aquele que busca a maior ativação do córtex pré-frontal, pois desenvolve atletas auto-suficientes; Modelagem: quando o treinador demonstra no treino uma habilidade técnico-tática, com o objetivo do jogador internalizar o que acontecerá no jogo.
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