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PROJETO DE PESQUISA UNILAB

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0 
 
 
 
UNIVERSIDADE DA INTEGRAÇÃO INTERNACIONAL DA LUSOFONIA AFRO-
BRASILEIRA - UNILAB 
INSTITUTO DE HUMANIDADES - IH 
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO INTERDISICIPLINAR EM HUMANIDADES - 
POSIH 
MESTRADO INTERDISCIPLINAR EM HUMANIDADES - MIH 
 
 
 
 
LINHA 2 – TRABALHO, DESENVOLVIMENTO E MIGRAÇÕES 
 
 
 
 
 
REFLEXÕES SOBRE A FORMAÇÃO DOCENTE E POLÍTICAS EDUCACIONAIS 
SOB A PERSPECTIVA DE IDENTIDADE E PROTAGONISMO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
REDENÇÃO 
2022 
1 
 
 
1 INTRODUÇÃO 
 
A prática docente está intrinsecamente relacionada ao contexto histórico e cultural da 
sociedade, pois as constantes mudanças crescem junto ao campo fértil de atuação profissional. 
Diante disso, as reflexões sobre a formação docente e políticas educacionais sob a ótica de 
identidade e protagonismo envolve o engajamento processual de manejar, motivar, mobilizar, 
articular e contribuir no exercício da práxis educacional, sobretudo, voltada para a formação 
continuada de professores/educadores. 
Nesse aspecto, a dimensão pedagógica das lutas e dos movimentos sociais necessita 
de discursos direcionados a ações coletivas que conduzem a transformação social. Trabalhar a 
comunicação de maneira eficaz em diferentes contextos e diante de interlocutores variados 
exige cada vez mais dos docentes as habilidades pragmáticas trabalhadas tais como: as 
variações estilísticas, adequação do discurso ao contexto, pedidos, cinética, expressão facial, 
intenção, tematização e conversação (OTSUBO et al., 2020). 
Partindo dessa perspectiva, Carvalho e Sousa (2018) explicam que o estudo sobre 
gramáticas de resistência, identidade, protagonismo, semântica e pragmática e sua interação 
com a transformação intelectual tem crescido bastante, pois muito do que se discute na literatura 
tem como base estudos voltados para a aquisição da ressignificação da práxis educacional. 
Santos (2014) assevera que Política Educacional é toda e qualquer política 
desenvolvida para intervir nos processos formativos e informativos desenvolvidos em 
sociedade, seja na instância coletiva, seja na individual, e por meio dessa intervenção, legitima, 
constrói ou desqualifica muitas vezes de modo indireto determinado projeto político, visando a 
atingir determinada sociedade. 
Diante do exposto, questiona-se de modo singular: de que forma é possível colaborar 
com a formação docente sob a ótica do reconhecimento da identidade e protagonismo na 
formação docente? Como o conhecimento das políticas educacionais podem mudar o ensino 
tradicional e arcaico que ainda predomina na contemporaneidade? 
É desafiador buscar a compreensão de que a educação, assim como a ciência e a arte 
na abordagem de Lukács (1966, p. 11) “se diferenciam e se constituem de acordo com as suas 
finalidades específicas, e alcançam sua forma pura nessa especificidade, que nasce das 
necessidades da vida social e de sua influência na vida cotidiana dos homens”. 
O foco principal do projeto é investigar políticas educacionais voltadas para a 
formação docente sob a ótica de identidade, memória e protagonismo na promoção de uma 
educação emancipadora, acolhedora, humanitária e a aprendizagem significativa. 
2 
 
2 JUSTIFICATIVA 
 
As reflexões sobre a formação docente aliadas ao conhecimento das políticas 
educacionais na contemporaneidade são relevantes para o aprimoramento, potencialidade 
e empoderamento dos professores, sobretudo no contexto da formação continuada. Sendo 
assim, o trabalho interdisciplinar e inclusivo deve ser valorizado em todas as instâncias 
educacionais, ou seja, o acolhimento, a benevolência e a humanização com ênfase na 
propagação do saber podem se estender além dos muros da escola. 
Freire (2005) assevera que a libertação se funda na criatividade e estimula a reflexão 
e a ação verdadeira do homem sobre a realidade, portanto, responde a sua vocação/práxis, como 
ser capaz de obter uma transformação criadora. 
Nesse sentido, esta pesquisa pretende estudar as políticas educacionais para colaborar 
na formação docente, no sentido de contribuir para o conhecimento de valorização de memória, 
identidade, trajetória e protagonismo, inicialmente no âmbito do ensino básico, até se estender 
ao nível superior. É uma proposta ousada e desafiadora, porém com trabalho e esforço tudo é 
possível ao educador que se propõe a atuar/agir de modo consciente, na busca de uma educação 
transformadora para uma sociedade sem exclusão social. 
Para realizar esta pesquisa, o público alvo será composto por professores da rede 
pública Municipal e Estadual da cidade de Quixeramobim, Estado do Ceará, que lecionam as 
disciplinas da Base Comum, Base Técnica e diversificada, a partir de suas práticas educativas, 
que precisam trabalhar com a superdiversidade, multilinguismo e situação de vulnerabilidade 
social, de modo interdisciplinar e promover uma aprendizagem significativa. 
Nessa direção, busca-se investigar as políticas educacionais sob a ótica dos saberes 
compartilhados, colaborativos, humanísticos e estéticos, na intenção de obter a solidariedade 
na arte de aprender e ensinar para a promoção da ética e da cidadania. 
Partindo desse pressuposto, o estudo voltado para a formação docente e políticas 
educacionais se justifica na necessidade de criação de espaços de aprendizagem e troca de 
conhecimentos que atinam para o entendimento sobre os movimentos sociais e reformas 
educativas, condizentes com a formação continuada de docentes que buscam autonomia, prática 
transformadora, experiência, protagonismo e cooperação. 
 
 
 
 
3 
 
3 OBJETIVOS 
 
3.1 Objetivo Geral 
 
Investigar processos e políticas educacionais voltadas para a formação docente sob 
a ótica de identidade e protagonismo na promoção de uma educação emancipadora, acolhedora, 
humanística e condizente com a aprendizagem significativa. 
3.2 Objetivos Específicos 
 
• Analisar se as políticas educacionais estão voltadas para a implementação da 
formação docente no contexto de memória e trajetória no ensino básico e superior. 
 
• Identificar as práticas de formação continuada de docentes no ensino básico e 
superior que potencializam a inclusão social e o protagonismo juvenil. 
 
• Verificar as ações pedagógicas desenvolvidas pelos professores que contribuem 
para o fortalecimento da cooperação e solidariedade entre educadores e educandos para a 
efetivação interdisciplinar e multicultural. 
 
• Contribuir para a elaboração e implementação de projetos e propostas de ações 
efetivas nas relações entre a formação docente, conhecimento das políticas educacionais e 
gramáticas de resistência. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4 
 
4 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 
 
A globalização tem lançado desafios tanto para a educação no exercício dialético, 
quanto no sentido de lidar com os complexos modos de circulação de conhecimento, aumento 
da diversidade cultural, visando encontrar nas diversas contradições da sociedade 
possibilidades de interação entre pessoas e todo o planeta, e ainda, de superação dos problemas 
advindos da crise e da disputa geopolítica do capital (SANTOS, 2003). 
Em outras palavras, Lima, Nunes e Bes (2018) explicam que a partir da globalização, 
estamos sendo submetidos aos interesses propagados por recursos midiáticos globalizados e 
tendo nossas experiências sociopessoais modificadas pelas novas relações entre espaço e tempo. 
Diante dessa complexidade, é fundamental considerar as políticas educacionais em nosso país 
como fruto de elementos influentes e interdependentes, resultantes do hibridismo, 
multidiversidade e interconexão. 
A análise dos textos de Marx, Engels e Lenine pode enfatizar a importância dada aos 
temas centrais da luta de classes, da política das classes exploradas e do papel do Estado como 
instrumento de classe, sendo que, as lutas concretas dos trabalhadores possuem influência direta 
na transformação social, mediante a dialéticaque não é estática, mas crítica, reflexiva e atuante 
(ROSAS; FERREIRA, 2014). 
Trazendo essas discussões para o campo educacional, Lima, Nunes e Bes (2018) 
enfatizam que é possível identificar que a escola está inserida nessas transformações históricas, 
sociais, culturais e econômicas, sendo um espaço que deve ressignificar suas relações e 
propostas e repensar as políticas educacionais. 
Amaral (2014) enfatiza que no Brasil, a práxis da gestão da educação é uma prática 
social e política bastante paradoxal e complexa, possibilitando múltiplas facetas e concepções, 
portanto, gera formas autoritárias ou participativas. Nesse sentido, há um crescente 
imbricamento entre a dimensão social e subjetiva, na construção das regras do jogo democrático 
e no exercício das práticas administrativas. Nessa direção, é um campo conflituoso, abrangente 
e de disputas, pois já não se concebe mais a democracia como um produto acabado, mas como 
um processo, marcado historicamente, necessitando estar em constante conformidade com a 
legislação vigente. 
Santos (2014, p. 7) elucida que a Política Educacional possui caraterísticas peculiares 
tais como: intencionalidade, textualidade e contextualidade, tridimensionalidade 
(administrativa, financeira e educacional/pedagógica). Sendo assim, em matéria de educação 
brasileira, a política regulatória mais específica e que não pode ser contestada é a atual Lei de 
5 
 
Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB 9394/96), na qual estão presentes a matéria e a 
forma de todo e qualquer plano, ação ou programa a ser desenvolvido na educação nacional. 
O embasamento teórico para compreensão das políticas educacionais perpassa a 
Constituição Federal de 1988 e busca amparo também em alguns documentos oficiais, tais 
como: Lei de Diretrizes e Bases (LDB 9394/96), Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN), 
Matrizes Curriculares para o ensino (SEDUC, 2008), Catálogo Nacional dos Cursos Técnicos 
(CNCT) bem como, em alguns autores que tratam do Currículo Escolar até a Educação 
Profissional, dentre outros (BRASIL, 2012). 
Diante disso, a educação enquanto direito de todos e dever do Estado e da família como 
esta explicito na Constituição Federal de 1988, encontra também significação nas palavras de 
Lima et al., (2018), quando assevera que a igualdade e equidade são patamares válidos. 
 
Quanto aos efeitos de significar a educação como direito, é preciso pensar que a 
educação básica é um momento ímpar em que a igualdade se entrelaça com a equidade 
e se reafirma, inclusive, como possibilidade de desconstrução de estereótipos e 
discriminações, pelo papel socializador e multiplicador de conhecimentos diversos e 
significativos. Nessa perspectiva de ser fundamental à vida, a educação, é inerente à 
cidadania e aos direitos humanos, portanto, declarada e positivada como direito do 
cidadão e dever do Estado (LIMA et al, 2018, p. 48). 
 
Algumas alterações na legislação são bastante pertinentes, como a Lei nº 11.741, de 
16 de julho de 2008, alterou os dispositivos da Lei n° 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que 
estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, para redimensionar, institucionalizar e 
integrar as ações da educação profissional técnica de nível médio, da educação de jovens e 
adultos e da educação profissional e tecnológica (BRASIL, 2008). 
A política educacional estabelecida como política pública não apenas possibilita que a 
educação se fortaleça como um caminho para que todos conheçam seus direitos e deveres, mas 
também contribui para o desenvolvimento de valores, conforme aponta o Plano Nacional de 
Educação em Direitos Humanos (LIMA et al., 2018, p. 45). 
Carvalho (2018) enfatiza que é necessário ter uma visão mais ampla da organização 
da educação escolar brasileira, pois os professores que se pretendem formar destinam-se aos 
níveis e etapas dessa organização. Nesse sentido, os níveis são: a educação básica, constituída 
de três etapas, a saber, educação infantil, ensino fundamental e médio, e a educação superior. 
Toledo (2016, p. 13) considera que diante do vulto do compromisso, constata-se a 
necessidade urgente de normatização, bem como de investimentos que possam conduzir à 
exequibilidade da lei. 
 
6 
 
O texto constitucional, por si só, não garante que os objetivos sejam alcançados. Por 
exemplo, como um município pode garantir vagas a todas as crianças a partir de 4 
anos, se nem sequer concluiu a universalização do ensino fundamental, por falta de 
recursos? Há que se normatizar, criar as normas legais para que alternativas sejam 
criadas, como a implementação de sistemas de cooperação entre as diversas esferas 
do sistema educacional. Entra em cena aqui o poder legislativo, cujo papel é propor 
projetos de lei que concretizem os compromissos constitucionais, de acordo com as 
possibilidades de cada esfera do sistema, seja ele federal, seja estadual ou municipal 
(TOLEDO, 2016, p. 13). 
 
Hoy (2015) explica que em consonância com o princípio da pluralidade de concepções 
pedagógicas e da coexistência de instituições públicas e também privadas, o Estado admite a 
existência das escolas privadas em todos os níveis/modalidades de ensino, desde que ele próprio 
autorize seu funcionamento e supervisione sua atuação a partir da legislação educacional, que 
é comum tanto às instituições públicas quanto às privadas. 
Ressalta-se que as escolas de educação básica privadas estão subordinadas “ao sistema 
municipal ou estadual de ensino, enquanto faculdades e universidades estão subordinadas à 
Secretaria de Ensino Superior, no Ministério da Educação” (TOLEDO, 2016, p. 14). 
Dessa maneira, o direito à educação plena está assegurado e garantido pela 
Constituição Federal que propõe, portanto, que cada sujeito tenha o direito de aprender e, para 
tanto, é urgente que se voltem as atenções a formação continuada de docentes e aos alunos que 
estão fora da escola. 
Nessa vertente, Hoy (2015) assevera que pensar na educação como direito é pensar 
que a educação faz parte das condições para a existência da dignidade do ser humano. Ao falar 
em dignidade humana, Bes et al. (2019) considera que pode parecer difícil compreender o 
conteúdo que tal expressão transmite, todavia, para que se possa verificar com maior coerência 
o sentido da palavra dignidade, é viável pensar em respeito, igualdade, acessibilidade, 
participação e vários outros aspectos possíveis de serem atingidos por meio da educação. Dessa 
maneira, esta necessita ser considerada como um direito do ser humano. 
Ao abordar diversos pontos outrora nebulosos da Política Educacional no Brasil, 
Candau (2002) evidencia que é possível se deparar com a preocupação central motivadora, a 
formação docente, além de analisar planos, programas e ações políticas, também houve um 
esforço para compreender algumas de suas matrizes legais e políticas no campo educacional. 
Sendo assim, o problema da alienação merece um destaque crítico, como retomam 
teóricos de influência marxista do início do século XX, como Korsch, Lukács, Adorno e 
Benjamin, os quais enfatizaram a ideia de que o trabalho dos homens pode estar oculto nas 
diversas esferas das atividades sociais (MESZAROS, 2006; MATHEUS et al., 2019). 
7 
 
Partindo dessa premissa, para não adentrar no caminho da alienação ou pelo menos 
para sair dela, é preciso que os docentes tenham consciência de seu papel fundamental na 
sociedade. Senso assim, compartilha-se o pensamento de Paulo Freire de que o ensino não se 
resume apenas à prática de transmissão de conteúdos, mas ao conjunto de ações que favorecem 
a construção e/ou produção de conhecimentos (FREIRE, 1996). 
Nesse aspecto, Miorim e Araújo (2018) consideram que é preciso lançar um novo olhar 
sobre o uso de tecnologias e inovação na melhoria do processo de ensino-aprendizagem e a 
importância que as Instituições de Ensino Superior tem dispensado na implementação de cursos 
e disciplinasque tratem de novas metodologias de ensino voltadas para a formação docente e o 
emprego de tecnologias em sua prática pedagógica. 
Diante do exposto, o que se propõe inicialmente é buscar, junto a literatura e legislação 
existente, novas possibilidades, estratégias, didáticas e metodologias que direcionem para 
alternativas viáveis e condizentes com as necessidades das demandas em questão. 
A aprendizagem na docência é um percurso que engloba teoria e prática aliada ao o 
contexto da integração curricular, sendo uma temática que não deve ser relegada apenas a pano 
de fundo, mas deve estar em pauta na agenda contemporânea, inclusive, na pesquisa e extensão 
sobre a formação continuada de professores. Partindo dessa vertente, a excelência e a qualidade 
do ensino também estão condicionadas aos saberes de educadores e educandos. 
 A relação intrínseca de aprender e ensinar assume maior centralidade no processo de 
aprendizagem do docente, como elucida Freire (1996), no que se refere à explicitação de saberes 
necessários e experienciais, importantes para o exercício do magistério. Além disso, ressalta-se 
que experiências de formação são vivenciadas pelos docentes no percurso do exercício da 
docência na universidade. 
Franco (2012) explica que pedagogia e prática docente merece destaque no aporte 
teórico-metodológico ancorado no referencial da reflexividade, criatividade e experiências 
formativas do trabalho situado nas transformações sociais e nos pressupostos da abordagem 
qualitativa de formação continuada, no sentido de aprimoramento das metodologias e 
estratégias de ensino e aprendizagem. 
Segundo Colombo et al (2007, p. 199) “o professor é o grande agente dessa mudança 
na escola. Para isso, o investimento maior deve ser feito no corpo docente, com estratégias para 
aumentar sua autoestima”. Nesse aspecto, um professor mais motivado terá plenas condições 
de guiar seus alunos no caminho do processo ensino-aprendizagem, independente de modismos. 
As reflexões tecidas pelos autores revelam que, dessa forma, a escola poderá confiar 
ao professor a inserção consciente dos jovens no dinâmico mundo atual globalizado e 
8 
 
informatizado. Lima et al. (2018) reforça que ao mesmo tempo em que a LDB busca uma 
educação de qualidade, visa a uma transformação da ordem social. Um povo mais educado se 
torna mais responsável, mais consciente de seus direitos e defende com mais convicção a 
cidadania enquanto um espaço de participação política e democrática. 
Bes et al. (2019) acrescenta que a prática docente pode influenciar esse processo. 
Afinal, os professores são os formadores de opinião, os responsáveis pela educação e pela 
formação dos valores de seus alunos. 
Além disso, Hoy (2015) reforça que a legislação deve ser abrangente e minuciosa. Não 
só deve garantir o acesso no sentido de ter escolas, salas de aula e carteiras suficientes e 
adequadas à quantidade de alunos em cada região, como também deve garantir a educação aos 
jovens que não podem se locomover até a escola, estejam eles em casa, hospitais, clínicas de 
recuperação de uso de drogas ou centros de detenção. 
Ressalta-se que a legislação educacional visa também a ofertar uma educação e um 
ambiente escolar inclusivo para os jovens com necessidades especiais. “Todos esses aspectos 
se configuram como desafiadores para a educação nacional” (LIMA, et al., 2018, p. 49). 
Nesse processo, chega-se aqui ao ponto de examinar criticamente e reflexivamente a 
legislação para tentar compreender os reflexos e contribuições de suas transformações na 
modernidade. Diante dessa vertente, as mudanças propostas na legislação nos últimos dez anos 
resultam em grandes avanços (sucesso no rendimento) e progressos notáveis nas teorias, 
metodologias ativas e práticas de aprendizagem. 
Bes et al. (2019) evidencia que a LDB trata o professor como o eixo central da 
qualidade de educação, aborda a valorização do profissional da educação e o aperfeiçoamento 
profissional continuado. Além disso, também propõe um ensino médio mais coerente e 
contribui, ainda, para o cenário da educação brasileira. A ideia é promover a democracia, 
assegurar direitos, propor deveres e diversos outros aspectos que possibilitam uma educação 
significativa e para todos (LIMA et al., 2018). 
A educação no Brasil é promovida a partir de um rol de leis e normas que compõem 
as políticas públicas educacionais e que, por meio de sua hierarquia, organizam o 
funcionamento das instituições de ensino que integram o sistema educacional brasileiro 
(ANDRADE, 2008; SANTOS, 2008). 
Cabe aos gestores escolares o preparo técnico e profissional necessário para que se 
apropriem de tais políticas educacionais e da legislação pertinente à sua área de atuação. “A 
ideia é que os gestores cumpram com eficiência as suas atribuições” (BES, 2019, p. 55). 
9 
 
Nesse sentido, Lima et al. (2018) elucida que para realizar as suas atribuições na 
escola, que compreendem o planejamento, a organização, a direção e o controle das atividades 
internas, estendendo essa atuação para as dimensões administrativa, financeira, de gestão de 
pessoas e pedagógica, os gestores escolares se valem das políticas públicas que regulam os 
processos de cada dimensão. Sendo assim, exercem a sua função de liderança para motivar e 
conduzir o grupo de profissionais da educação a cumprir seus papeis com eficiência e eficácia 
em busca dos objetivos finais da educação escolar (aprendizagem significativa). 
Bes et at. (2019) lembra que o gestor escolar, o diretor e a sua equipe gestora devem 
pôr em prática os princípios constitucionais da gestão pública: legalidade, impessoalidade, 
moralidade, publicidade e eficiência. Além disso, Lima et al. (2018) considera que, é necessário 
que a gestão das instituições de ensino execute as políticas públicas educacionais, uma vez que 
elas são políticas de Estado e visam a determinar, nortear e conduzir as práticas educacionais 
realizadas nas escolas, atendendo ao direito social à educação. 
Diante desse cenário, observa-se que existe uma relação direta e intrínseca da gestão 
da escola com as políticas públicas educacionais, as quais fornecem os preceitos legais e 
também as normas a serem postas em prática na gestão dentro das instituições de ensino. 
Nesse aspecto, uma boa maneira de analisar as políticas públicas em “torno das 
atribuições da gestão da escola é verificar como elas se distribuem em relação aos fundamentos 
básicos da gestão: o planejamento, a organização, a direção (liderança) e o controle”. Deve-se 
seguir as determinações existentes na LDBN, no Plano Nacional de Educação e nas respectivas 
legislações curriculares atuais, como a Base Nacional Comum Curricular (BNCC), para as 
modalidades de ensino sob sua gestão (BES et al., 2019, p. 57). 
Percebe-se então, que as incumbências que a escola deve colocar em prática são 
múltiplas e complexas, mas que a LDBN é uma lei ávida, constantemente revisada e atualizada 
a fim de abranger as novas demandas sociais crescentes para as quais a escola é convocada a 
prestar com eficiência os seus serviços. 
A educação brasileira na atualidade ainda apresenta muitos desafios e entraves que 
seguem em aberto junto implementação das políticas educacionais, sendo que, urge a 
concretização de uma educação com mais qualidade e equidade, que sobretudo, considere as 
diversidades, limitações e respeite as diferenças de todos. A valorização da identidade e do 
protagonismo devem ser inseridas na formação docente, como forte aliadas na implementação 
de políticas educacionais que minimizem as desigualdades sociais e promovam o 
desenvolvimento sustentável, a prática transformadora intelectual e a inclusão social. 
 
10 
 
5 METODOLOGIA 
 
O estudo será realizado na cidade de Quixeramobim – Ceará, com professores da rede 
pública Municipal e Estadual, objetivando a formação continuada, possibilitando tanto o 
ingressono Mestrado, quanto a ascensão profissional no mercado de trabalho. 
Neste trabalho, serão realizadas pesquisas descritivas, qualitativas e quantitativas. 
Além disso, pretende-se realizar uma abordagem extensiva e de natureza quantitativa, bem 
como, o levantamento bibliográfico e pesquisa de campo (visitas as instituições de ensino). 
Segundo Minayo (2009, p. 21-22), a pesquisa qualitativa se preocupa com um nível 
“de realidade que não pode ser quantificado, pois trabalha com o universo de significados, 
motivos, aspirações, crenças, valores e atitudes, o que corresponde a um espaço mais profundo 
das relações, dos processos e dos fenômenos”. 
O estudo é descritivo, pois se justifica pelo fato de ter por objetivo principal “descrever 
as características de determinada população, fenômeno ou até mesmo de uma experiência. Visa 
esclarecer quais fatores contribuem, de alguma forma, para a ocorrência de determinado 
fenômeno” (VERGARA, 2000, p. 47). 
Inicialmente será realizada a efetivação de pesquisa amostral, a identificação do campo 
e os sujeitos da investigação. Será realizada a abordagem qualitativa da realidade pesquisada 
com ênfase nas visitas a instituições de ensino, entrevistas, escolha de grupos focais, 
participação de encontros, reuniões de capacitações, planejamento e articulação de atividades 
relacionadas ao projeto e avaliação. 
Além disso, será marcado um momento nas escolas para sensibilização dos educadores 
sobre a relevância desse trabalho e, motivação para que possam participar de maneira voluntaria 
da pesquisa, ressaltando a importância para a melhoria na eficiência e eficácia do processo de 
ensino escolar. 
Após a coleta de dados e análise criteriosa das informações, será efetivada a elaboração 
e implementação do trabalho. Nesse aspecto, é possível realizar a exposição do trabalho por 
meio de eventos científicos, escolares e comunitários, como forma de incentivar os professores 
e alunos a ampliarem seus conhecimentos a respeita da temática abordada. A apresentação deve 
se estender a construção e publicação de artigos, resenhas, resumo expandido, relatórios, livros, 
etc. 
 
11 
 
 6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
 
AMARAL, Carolina Soares Ramos do. Fundamentos de apoio educacional. Porto Alegre: 
Penso, 2014. 
 
ANDRADE, Rosamaria Calaes de. O cotidicano educacional. Porto Alegre: Artmed, 2008. 
 
BES, Pablo [et al.]. Gestão educacinal da educação básica. Porto Alegre: SAGAH, 2019. 
 
BRASIL. Lei nº 11.741, de 16 de julho de 2008. Altera dispositivos da Lei no 9.394, de 20 de 
dezembro de 1996, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, para 
redimensionar, institucionalizar e integrar as ações da educação profissional técnica de nível 
médio, educação de jovens e adultos e da educação profissional e tecnológica. Disponível em: 
https//www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2008/lei/l11741.htm. Acesso em: 14 
mar. de 2022. 
 
BRASIL. Parâmetros Curriculares Nacionais: Orientações para o Ensino Médio. Brasília: 
MEC/SEF, 2012. 
 
BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional: nº 9394/96. Brasília, 1996. 
 
CANDAU, Vera Maria. Sociedade, cotidiano escolar e cultura: uma aproximação. Educação 
& Sociedade, ano XXIII, n. 79, agosto de 2002. 
 
CARVALHO, Danniel da Silva. SOUSA, Lílian Teixeira de. Gramática em perspectiva. São 
Paulo: Blucher, 2018. 
 
CARVALHO. Daniel P. de. A nova lei de diretrizes e bases e a formação de professores para a 
educação básica. Ciência & Educação, v. 5, n. 2, 2018. Disponível em: <http://www. 
scielo.br/pdf/ciedu/v5n2/a08v5n2>. Acesso em: 05 jan. de 2021 
 
COLOMBO, Sonia Simões [et al.]. Gestão educacional: uma nova visão. Porto Alegre: 
Artmed, 2007. 
 
FRANCO, Maria Amélia Santoro. Pedagogia e prática docente. São Paulo: Cortez, 2012 
 
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7 CRONOGRAMA 
 
 
PERÍODOS 
ATIVIDADES 2022.2 2023.1 2023.2 2024.1 
Cursar as disciplinas obrigatórias X 
Revisão Bibliográfica 
Aplicação da Pesquisa de Campo 
Análise de dados 
Qualificação 
Desenvolvimento do Projeto 
 
 
Execução do Projeto 
Publicação de artigos 
Escrita da Dissertação 
Defesa da Dissertação