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Liro Texto-Princípios de Sistema de Informação_merged

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Autor: Prof. Antônio Palmeira de Araújo Neto
Colaboradores: Prof. Ricardo Sewaybriker
 Profa. Christiane Mazur Doi
Princípios de Sistemas 
de Informação
Professor conteudista: Antônio Palmeira de Araújo Neto
Mestre em Engenharia de Produção pela Universidade Paulista – UNIP (2013). Especialista Lato Sensu em Gestão 
da Tecnologia da Informação pelo Centro Universitário Uninassau em Pernambuco (2010) e em Formação Pedagógica 
para Graduados não Licenciados pelo Centro Estadual de Educação Tecnológica Paula Souza (2017). Bacharel em 
Engenharia Elétrica com habilitação em Telecomunicações pela Universidade de Pernambuco – UPE (2008).
Professor e coordenador geral do curso superior de Tecnologia em Gestão da Tecnologia da Informação na UNIP 
na modalidade presencial e em EaD. Também coordena na mesma universidade os cursos de pós-graduação em TI de 
Estratégia dos Negócios e Gestão e Governança de TI. Professor e coordenador do curso técnico de Telecomunicações 
da Fundação Instituto de Educação de Barueri – FIEB.
Tem experiência na área de tecnologia da informação e telecomunicações em empresas dos mais diversos ramos, 
além de ter trabalhado para concessionárias de serviços de telecomunicações. Possui experiência de mais de 10 anos 
na docência em cursos de pós-graduação, ensino superior e ensino básico. Trabalha como conteudista em cursos de 
graduação e pós-graduação desde 2012 em diversas instituições de ensino superior espalhadas pelo país. 
© Todos os direitos reservados. Nenhuma parte desta obra pode ser reproduzida ou transmitida por qualquer forma e/ou 
quaisquer meios (eletrônico, incluindo fotocópia e gravação) ou arquivada em qualquer sistema ou banco de dados sem 
permissão escrita da Universidade Paulista.
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)
A663p Araújo Neto, Antônio Palmeira de.
Princípios de Sistemas de Informação / Antônio Palmeira de 
Araújo Neto. – São Paulo: Editora Sol, 2022.
200 p., il.
Nota: este volume está publicado nos Cadernos de Estudos e 
Pesquisas da UNIP, Série Didática, ISSN 1517-9230.
1. Banco. 2. Sistemas. 3. Aplicativos. I. Título.
CDU 658.011.56
U514.53 – 22
Prof. Dr. João Carlos Di Genio
Reitor
Profa. Sandra Miessa
Reitora em Exercício
Profa. Dra. Marilia Ancona Lopez
Vice-Reitora de Graduação
Profa. Dra. Marina Ancona Lopez Soligo
Vice-Reitora de Pós-Graduação e Pesquisa
Profa. Dra. Claudia Meucci Andreatini
Vice-Reitora de Administração
Prof. Dr. Paschoal Laercio Armonia
Vice-Reitor de Extensão
Prof. Fábio Romeu de Carvalho
Vice-Reitor de Planejamento e Finanças
Profa. Melânia Dalla Torre
Vice-Reitora de Unidades do Interior
Unip Interativa
Profa. Elisabete Brihy
Prof. Marcelo Vannini
Prof. Dr. Luiz Felipe Scabar
Prof. Ivan Daliberto Frugoli
 Material Didático
 Comissão editorial: 
 Profa. Dra. Christiane Mazur Doi
 Profa. Dra. Angélica L. Carlini
 Profa. Dra. Ronilda Ribeiro
 Apoio:
 Profa. Cláudia Regina Baptista
 Profa. Deise Alcantara Carreiro
 Projeto gráfico:
 Prof. Alexandre Ponzetto
 Revisão:
 Kleber Souza
 Bruna Baldez
Sumário
Princípios de Sistemas de Informação
APRESENTAÇÃO ......................................................................................................................................................9
INTRODUÇÃO ...........................................................................................................................................................9
Unidade I
1 FUNDAMENTOS DA TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO ........................................................................ 11
1.1 Conceitos básicos de TI e sua evolução ....................................................................................... 11
1.1.1 Evolução da tecnologia na sociedade .............................................................................................11
1.1.2 Evolução da computação .................................................................................................................... 16
1.1.3 Evolução da TI nas organizações ...................................................................................................... 19
1.1.4 Conceito de dado, de informação e de conhecimento ........................................................... 21
1.2 A tecnologia da informação e as organizações ....................................................................... 23
1.2.1 Papel da TI .................................................................................................................................................. 23
1.2.2 A informação e a tecnologia nas organizações ......................................................................... 25
1.2.3 Recursos de TI ........................................................................................................................................... 27
1.2.4 Administração da TI ............................................................................................................................... 28
2 INFRAESTRUTURA DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO ................................................................... 30
2.1 Hardware e software ........................................................................................................................... 31
2.1.1 Hardware .................................................................................................................................................... 31
2.1.2 Software ..................................................................................................................................................... 33
2.1.3 O computador .......................................................................................................................................... 35
2.1.4 Tipos de computadores ........................................................................................................................ 36
2.2 Banco de dados e redes de computadores ................................................................................ 38
2.2.1 Banco de dados ....................................................................................................................................... 38
2.2.2 Os dados e a tomada de decisão ...................................................................................................... 42
2.2.3 Redes de computadores e as telecomunicações........................................................................ 44
2.2.4 Internet ....................................................................................................................................................... 46
Unidade II
3 SISTEMAS DE INFORMAÇÃO ....................................................................................................................... 54
3.1 Conceitos e classificações dos sistemas de informação ....................................................... 54
3.1.1 Conceitos de sistemas ........................................................................................................................... 54
3.1.2 Desempenho e propriedade dos sistemas .................................................................................... 56
3.1.3 Sistemas de informação ....................................................................................................................... 57
3.1.4 Classificação dos sistemas de informação ................................................................................... 59
3.2 Sistemas ERP .......................................................................................................................................... 61
3.2.1 Sistemas de processamento de transações (SPT) ....................................................................... 61
3.2.2 Falta de integração e existência de silos ....................................................................................... 63
3.2.3 Conceito e histórico do ERP ...............................................................................................................65
3.2.4 Operação de um ERP ............................................................................................................................. 66
4 SISTEMAS DE INFORMAÇÃO E TOMADA DE DECISÃO...................................................................... 68
4.1 Tomada de decisão .............................................................................................................................. 68
4.1.1 Decisão: conceitos e tipos ................................................................................................................... 68
4.1.2 Processo de tomada de decisão ........................................................................................................ 71
4.2 Sistemas de informação apoiando as decisões ........................................................................ 73
4.2.1 Sistemas de informação gerencial ................................................................................................... 73
4.2.2 Aspectos funcionais do SIG ................................................................................................................ 76
4.2.3 Sistemas de apoio à decisão .............................................................................................................. 81
Unidade III
5 TECNOLOGIAS EMERGENTES E GESTÃO DO CONHECIMENTO ...................................................... 89
5.1 Sistemas de informação especialistas e tecnologias emergentes .................................... 89
5.1.1 Inteligência artificial .............................................................................................................................. 89
5.1.2 Tecnologias em nuvem ......................................................................................................................... 93
5.1.3 Internet das coisas e Big Data ........................................................................................................... 97
5.1.4 Realidade virtual e realidade aumentada ..................................................................................... 98
5.2 Gestão do conhecimento ................................................................................................................100
5.2.1 Conhecimento ........................................................................................................................................100
5.2.2 Conceitos básicos de gestão do conhecimento .......................................................................102
5.2.3 A conversão do conhecimento ........................................................................................................103
5.2.4 Modelo de cinco fases do processo de criação do conhecimento ...................................105
6 UTILIZAÇÃO E GESTÃO DE SISTEMAS E TECNOLOGIAS ..................................................................108
6.1 Utilização de ferramentas e aplicações em computadores ..............................................108
6.1.1 Introdução aos sistemas operacionais .........................................................................................108
6.1.2 Utilizando o sistema operacional ...................................................................................................109
6.1.3 Navegadores da internet ................................................................................................................... 114
6.1.4 Aplicativos em smartphones ............................................................................................................121
6.2 Gestão de sistemas e tecnologias ................................................................................................122
6.2.1 Administração dos sistemas e tecnologias da informação................................................. 122
6.2.2 Gerenciamento de serviços de TI ................................................................................................... 123
6.2.3 Modelo ITIL® ............................................................................................................................................ 124
6.2.4 Governança de TI ................................................................................................................................. 126
Unidade IV
7 APLICATIVOS PARA ESCRITÓRIOS (PARTE 1) ......................................................................................136
7.1 Planilhas eletrônicas .........................................................................................................................136
7.1.1 Utilização de planilhas eletrônicas ............................................................................................... 136
7.1.2 Componentes da planilha eletrônica ........................................................................................... 139
7.1.3 Outros componentes do Excel® ...................................................................................................... 145
7.1.4 Pastas, planilhas e células................................................................................................................. 147
7.1.5 Dados e células ......................................................................................................................................151
7.1.6 Fórmulas .................................................................................................................................................. 154
7.1.7 Funções .................................................................................................................................................... 157
7.2 Processadores de texto ....................................................................................................................163
7.2.1 Word® ........................................................................................................................................................ 163
7.2.2 Configuração de fontes, parágrafos e estilos ........................................................................... 166
7.2.3 Grupos de comandos para configurar página ......................................................................... 169
7.2.4 Configurações da guia Revisão ...................................................................................................... 169
7.2.5 Lista de comandos rápidos ...............................................................................................................171
8 APLICATIVOS PARA ESCRITÓRIOS (PARTE 2) ......................................................................................172
8.1 Gerador de apresentação ................................................................................................................172
8.1.1 Guias, grupos e comandos do PowerPoint® .............................................................................. 172
8.1.2 Inserção de slides e configuração do design ............................................................................ 173
8.1.3 Configuração de slide mestre ......................................................................................................... 175
8.1.4 Inserção de tabelas, gráficos, imagens e formas .................................................................... 176
8.1.5 Transições de slides e animações .................................................................................................. 179
8.2 Software de e-mails e gestão de compromissos ...................................................................180
8.2.1 Outlook® ................................................................................................................................................... 180
8.2.2 Escrevendo um e-mail e criando catálogo de endereços no Outlook® .......................... 183
8.2.3 Elaboração de assinatura e de respostas automáticas no Outlook® ............................... 184
8.2.4 Criação de pastas no Outlook® .......................................................................................................186
8.2.5 Outras opções de navegação no Outlook®................................................................................. 187
9
APRESENTAÇÃO
Prezado aluno,
Vamos começar nossa jornada na área de tecnologia da informação (TI), a qual envolve a compreensão 
dos princípios de sistemas de informação, que fundamentam o uso da TI pelas organizações e pessoas 
de forma geral.
O nosso principal objetivo é apresentar o funcionamento de um sistema de informação e as suas 
aplicações nos negócios. Para isso, precisaremos identificar alguns conceitos básicos e introdutórios de 
TI, bem como terminologias e ferramentas relacionadas ao uso dos sistemas de informação, incluindo 
os recursos computacionais disponíveis em hardware e software.
O conjunto de competências e habilidades formadas a partir do estudo desta disciplina é de 
fundamental importância para profissionais de gestão da tecnologia da informação, análise e 
desenvolvimento de sistemas, redes de computadores, jogos digitais, segurança da informação, 
automação industrial, entre diversos outros que atuam e dependem dos sistemas de informação e da 
TI em seu cotidiano.
INTRODUÇÃO
A TI tem exercido ao longo dos anos intensas mudanças na forma como trabalhamos, estudamos, 
consumimos produtos e serviços, enfim, como vivemos. Os sistemas de informação e as ferramentas 
tecnológicas têm tido um papel decisivo na metamorfose pela qual a sociedade passa.
Hoje sequer conseguimos imaginar a vida sem os aparatos tecnológicos presentes ao nosso redor. 
Afinal, eles trouxeram inúmeras melhorias e benefícios que reinventaram os processos do cotidiano, 
inserindo-nos em um mundo digital nunca antes visto.
É sobre essa reinvenção, a partir dos sistemas e das tecnologias da informação, que vamos tratar 
neste livro-texto. Ele está dividido em quatro unidades, apresentando um conteúdo introdutório do 
mundo da TI e suas aplicações práticas de ferramentas, tecnologias e sistemas de informação.
Na primeira unidade vamos apresentar uma introdução geral da TI, contemplando aspectos 
históricos, conceitos básicos e sua infraestrutura, composta de aspecto tecnológico pelos recursos de 
hardware, software, armazenamento de dados (banco de dados) e redes de computadores ou 
telecomunicações. O lastro teórico-prático construído nela é fundamental para compreendermos o 
funcionamento dos sistemas de informação.
A segunda unidade terá como principal temática os sistemas de informação, apresentando conceitos 
básicos, terminologias e classificações. A ênfase vai recair sobre dois tipos: planejamento de recursos 
empresariais (Enterprise Resource Planning – ERP) e sistemas que suportam a decisão.
10
Na terceira unidade continuaremos com o foco nos sistemas de informação e demais tecnologias, 
agora mencionando os sistemas especialistas, as tecnologias emergentes e os sistemas de gestão 
do conhecimento. Finalizaremos a unidade abordando questões voltadas para a gestão e utilização de 
recursos e sistemas computacionais.
Na quarta unidade serão apresentados os principais aplicativos utilizados na automação de processos 
de escritório.
Bom estudo!
11
PRINCÍPIOS DE SISTEMAS DE INFORMAÇÃO
Unidade I
1 FUNDAMENTOS DA TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO
Para iniciarmos bem os nossos estudos voltados para os sistemas de informação, precisamos 
compreender que eles estão situados no contexto da tecnologia da informação (TI). Assim, neste tópico, 
apresentaremos a TI e a tecnologia de forma geral, contemplando primeiro o seu histórico e a sua 
evolução até chegarmos ao papel estratégico que ela exerce nos dias de hoje.
Vamos ainda neste momento mencionar os conceitos e fundamentos básicos de TI, envolvendo a 
compreensão sobre dado, informação e conhecimento. Abordaremos também uma visão geral sobre os 
recursos de TI e como eles são utilizados no cotidiano das pessoas.
Não temos a pretensão de fazer abordagens conceituais profundas sobre TI, mas apenas formar a 
base de conteúdos que vai possibilitar a compreensão do funcionamento dos sistemas de informação e 
suas tecnologias derivadas nas organizações e na vida das pessoas.
1.1 Conceitos básicos de TI e sua evolução
1.1.1 Evolução da tecnologia na sociedade
Antes de entendermos a TI e o seu surgimento, convém compreendermos o conceito de tecnologia. 
Nem sempre TI e tecnologia representam a mesma coisa. Algo pode ser considerado tecnologia e não ter 
qualquer relação com o aparato computacional e de informática que observamos hoje em dia.
É possível definirmos a tecnologia como um arcabouço de técnicas, ferramentas, procedimentos 
que expandem as aptidões e competências das pessoas. Já a TI nos remete aos recursos de 
hardware, software, banco de dados e redes de computadores que possibilitam o processamento e o 
armazenamento de dados, informação e conhecimento, que por sua vez podem ampliar também as 
capacidades humanas.
Consequentemente, toda TI é tecnologia, mas nem toda tecnologia é de fato uma TI. Por exemplo, 
um simples relógio antigo de corda que funciona sem bateria é uma tecnologia (diga-se de passagem, 
bem inovadora quando do seu surgimento). Outro modelo pode ser encontrado na pintura, em que 
a combinação de cores e o uso de pincéis também podem ser uma tecnologia. Outro exemplo 
que nada tem a ver com TI é o surgimento do tear mecânico, criado em 1767, como uma máquina 
de fiar, quando nem se vislumbrava a criação de um simples computador, que tem o seu desenho 
apresentado na figura 1.
12
Unidade I
Figura 1 – Tear mecânico
Fonte: Sacomano et al. (2018, p. 19).
Partindo agora para a evolução tecnológica (que a princípio não tem relação direta com TI), Veloso 
(2011, p. 32) menciona que:
 
A era da tecnologia, em que vivemos, é resultante do conjunto de 
inovações e descobertas que a ciência já produziu ou vem produzindo. As 
consequências das novas tecnologias são inúmeras, e seu poder multiplicador 
tem se voltado a quase todos os campos da esfera humana, seja no lar, na 
escola, na indústria, no comércio, na fábrica, na igreja, na cultura ou no 
lazer. Em todas essas áreas, a tecnologia tem trazido novas linguagens, novas 
possibilidades, novos conhecimentos, novos pensamentos, novas formas de 
exploração e sua intensificação aumenta com o incremento tecnológico; 
por outro lado se pode afirmar que a humanidade passa a ter condições para 
uma melhora da qualidade de vida, resultando, por exemplo, em uma média 
de vida muito maior quando comparada ao início do século XX.
Com uma contribuição direta das inovações e descobertas, a tecnologia tem sido desenvolvida 
ao longo da história, muitas vezes impulsionada por guerras (Primeira e Segunda Guerra Mundial, 
Guerra Fria, entre outras) e motivada também por questões econômicas, principalmente envolvendo o 
acirramento entre o capitalismo e o socialismo no século passado. Observamos grandes evoluções nas 
mais variadas áreas, desde a saúde, passando pela educação, até a prestação de serviços públicos etc.
Há de se destacar também a importância das revoluções industriais pelas quais as sociedades 
passaram. Sacomano et al. (2018) menciona pelo menos quatro delas. A figura 2 apresenta uma ideia 
das revoluções com tópicos marcantes em cada uma delas.
13
PRINCÍPIOS DE SISTEMAS DE INFORMAÇÃO
1ª
Mecânica, energia a 
vapor, hidráulica
2ª
Eletricidade, produção 
em massa, linha de 
montagem
3ª
Uso de sistemas 
computacionais 
e da robótica na 
manufatura.
Avanços da eletrônica.
Controladores lógicos 
programáveis (CLPs)
4ª
Sistemas ciberfísicos (CPS), 
internet das coisas (IoS), 
descentralização dos 
processos de manufatura
Figura 2 – Revoluções industriais
Fonte: Sacomano et al. (2018, p. 28).
A Primeira Revolução Industrial se firmou com o surgimento da máquina a vapor no século XVIII 
e a utilização dos teares mecânicos e hidráulicos. Tudo isso marcou o início da tecelagem industrial 
no mundo mais desenvolvido. Sobre esse período, Tigre (2006, p. 15) menciona que a Primeira 
Revolução Industrial:
 
se caracterizapela substituição da habilidade e do esforço humano pelas 
máquinas, pela introdução de novas fontes inanimadas de energia e pelo 
uso de matérias-primas novas e muito mais abundantes, sobretudo a 
substituição de substâncias vegetais ou animais por minerais. Além dessas 
inovações técnicas, ocorreram importantes inovações organizacionais, a 
exemplo da divisão de trabalho. Cabe lembrar que as inovações dessa época 
não eram ainda produtos da ciência, mas sim de observações, especulações 
e experimentação prática. Adam Smith e David Ricardo foram pioneiros na 
análise das causas e consequências da automação da manufatura, tendo 
em vista suas preocupações em identificar a origem da riqueza das nações 
e seus impactos sobre renda e trabalho. A identificação da tecnologia como 
fator de dinamismo econômico contrasta com o pensamento dos fisiocratas, 
que sustentavam que somente a terra ou a natureza seria capaz de produzir 
algo novo. As demais atividades, como a indústria e o comércio, não fariam 
mais do que transformar os produtos da terra.
A Segunda Revolução Industrial, ocorrida no século XIX, tem como grande marco o surgimento 
da eletricidade, principalmente para fins manufatureiros. Também é possível afirmar que há enorme 
aumento da produção de aço e modernização do maquinário industrial, além do surgimento e da 
expansão das estradas de ferro, que contribuíram para o processo logístico integrado à indústria.
14
Unidade I
A Terceira Revolução Industrial ocorre ao final da Segunda Guerra Mundial, quando da chegada da 
produção enxuta, automação e uso intensivo da TI no período pós-guerra, por volta da década de 1960. 
Nessa época a TI começa a ser percebida com importância considerável para a indústria e a sociedade 
de forma geral.
A Quarta Revolução Industrial apresenta a ideia de Indústria 4.0 e ocorre no século XXI. Nela as 
tecnologias baseadas na internet das coisas, na inteligência artificial e demais tendências de TI começam 
a ser utilizadas de forma mais intensa. Segundo Sacomano et al. (2018, p. 29), a Indústria 4.0 é:
um sistema produtivo, integrado por computador e dispositivos móveis 
interligados à internet ou à intranet, que possibilita a programação, 
gerenciamento, controle, cooperação e interação com o sistema produtivo 
de qualquer lugar do globo em que haja acesso à internet ou à intranet, 
buscando, assim, a otimização do sistema e toda a sua rede de valor, ou seja, 
empresas, fornecedores, clientes, sócios, funcionários e demais stakeholders.
 Saiba mais
A obra a seguir, coordenada pelo professor Sacomano, apresenta um 
panorama sobre as revoluções industriais nos seus capítulos iniciais. Vale a 
pena conferi-la.
SACOMANO, J. B. et al. Indústria 4.0: conceitos e fundamentos. São 
Paulo: Blucher, 2018.
A figura 3 apresenta a ideia de Indústria 4.0, na qual sistemas ciberfísicos associados à computação, 
à comunicação e ao controle auxiliam no fluxo da informação.
Computação
Comunicação C
on
tro
le
Cib
er
Físico
Sistemas
Informação
Figura 3 – Indústria 4.0
Fonte: Sacomano et al. (2018, p. 29).
15
PRINCÍPIOS DE SISTEMAS DE INFORMAÇÃO
Alguns autores apresentam inúmeros elementos que formam a Indústria 4.0. Sacomano et al. (2018) 
exibem um agrupamento desses itens não de forma definitiva, mas em uma perspectiva didática para 
facilitar a nossa compreensão. Assim, encontramos a Indústria 4.0 constituída por três elementos:
• Elementos base ou fundamentais: base tecnológica fundamental de apoio à Indústria 4.0.
• Elementos estruturantes: tecnologias utilizadas na construção de aplicações da Indústria 4.0.
• Elementos complementares: elementos ampliadores de possibilidades na Indústria 4.0.
Em todos esses elementos encontramos as tecnologias da informação que favoreceram a 
transformação digital nas empresas e na sociedade e fomentaram as ideias também de Agricultura 4.0, 
Serviços 4.0, Educação 4.0, entre outros. Na figura 4, a seguir, constam esses elementos formadores.
Elementos complementares
Elementos estruturantes
Elementos base ou fundamentais
Internet das coisas (IoT) Sistemas ciberfísicos (CPS) Internet de serviços (IoS)
Etiquetas
de RFID
Automação
Comunicação 
máquina a 
máquina 
(M2M)
Inteligência 
artificial
(AI)
Computação 
em nuvem
Integração 
de sistemas
Segurança 
cibernética
Análise de 
Big Data
QR code
Realidade 
aumentada 
(RA)
Realidade 
virtual 
(RV)
Manufatura 
aditiva
Indústria 4.0
Figura 4 – Elementos formadores da Indústria 4.0
Fonte: Sacomano et al. (2018, p. 39).
16
Unidade I
1.1.2 Evolução da computação
Tendo compreendido o contexto tecnológico em que se deu a evolução recente da humanidade, 
podemos adentrar no processo histórico que fez surgir a TI. Primeiramente, nosso ponto de partida 
é compreender o surgimento do computador. Ele que é a forma mais tangível de enxergar a TI 
em nosso meio.
Comecemos, então, entendendo o termo computador, que nos remete automaticamente, pela raiz 
da palavra, à ação de calcular. Assim, podemos dizer que ele nada mais é que um dispositivo que efetua 
cálculos. Por isso, é comum afirmarmos que as calculadoras iniciais foram os computadores originais 
(carentes de características dos tempos atuais). Eles foram criados para atender à necessidade de 
efetuar cálculos rápidos e precisos.
Interligando o termo computação à ideia de calcular, contar e estimar, Turing (2019, p. 6) menciona que:
 
Historicamente, computar era resolver problemas, principalmente quando 
esses problemas envolviam cálculos científicos complexos. A computação 
costuma ser considerada um aspecto da matemática, já que a computação 
antiga era, em geral, aritmética. Às vezes a aritmética se resume à 
contagem, mas contar é apenas um aspecto da computação. Esse é o 
problema. Tudo bem saber que em meu campo há 12 animais de pasto, 
mas preciso de mais informações, especificamente se há carneiros no 
campo além de ovelhas, quantos cordeiros há e quando nasceram e assim 
por diante; essas informações não vêm prontamente com a contagem.
Encontramos como primeiro dispositivo computacional o ábaco, desenvolvido em 2500 a.C., seguido 
de diversas outras ferramentas utilizadas para efetuar cálculos. Aproximando-se um pouco mais dos dias 
atuais, há a calculadora do matemático Blaise Pascal em 1642. Esse invento era utilizado em operações 
de cálculos com soma e subtração e recebeu o nome de pascalina, referenciando o nome do seu inventor.
No século XIX, após um período em que conhecemos as mais arcaicas e rústicas ferramentas 
computacionais, chegamos a Charles Babbage. Ele foi um grande engenheiro e matemático que criou 
a máquina diferencial, com o objetivo de operar cálculos envolvendo funções de até 3º grau. Tudo isso 
ocorreu em 1832 e não parou por aí. Babbage ainda elaborou o projeto da máquina analítica (operando 
com uma programação), que infelizmente não foi totalmente implementada, mas é considerada (no 
quesito projeto) uma grande precursora dos computadores com caráter mais moderno que surgiriam 
mais adiante.
Além de Babbage, outros grandes nomes foram de fundamental importância para a chegada das 
tecnologias computacionais do nosso cotidiano. Entre eles, podemos citar:
• Ada Augusta Lovelace (1815-1852): interpretadora das concepções da máquina analítica de 
Babbage e a primeira programadora do mundo.
17
PRINCÍPIOS DE SISTEMAS DE INFORMAÇÃO
• Herman Hollerith (1860-1929): inventor de um dispositivo que tabulava e automatizava 
processos de classificação por meio do uso de cartões perfurados.
• George Boole (1815-1864): criador da álgebra de Boole, muito utilizada quando manipulamos 
números binários.
• Alan Mathison Turing (1912-1954): grande e famoso matemático com expressivas 
contribuições e influências no desenvolvimento da TI em sua época, colaborando com a 
criação dos atuais computadores.
 Observação
Esse momento da evolução dos computadores é conhecido como 
Geração Zero, na qual surgiram máquinas como dispositivos mais voltados 
para o cálculo ou incipientesno processamento de dados.
Por volta da década de 1950, inicia-se uma nova era na evolução da computação, conhecida como 
Primeira Geração, marcada pela utilização das válvulas (dispositivo eletrônico semicondutor). Surgem aí 
os primeiros computadores eletrônicos ainda com uma construção um pouco rudimentar, mas com o 
objetivo de processar dados de forma um pouco mais apurada.
O Electronic Numerical Integrator and Calculator (Eniac) é o primeiro computador dessa geração 
e foi desenvolvido por pesquisadores da Universidade da Pensilvânia e especialistas do Laboratório 
de Pesquisas Balísticas do Exército dos EUA. Ele foi criado com a finalidade de ser um dispositivo 
computacional que favorecesse os norte-americanos no período que se deu a Segunda Guerra Mundial 
(mais especificamente nos cálculos balísticos).
Logo depois da criação do Eniac, outros computadores foram projetados e comercializados em escala 
considerável, sendo utilizados em aplicações civis, nas grandes corporações e no mundo acadêmico de 
forma geral, em especial nos Estados Unidos.
 Observação
A evolução na fabricação de computadores é creditada ao desenvolvimento 
da engenharia eletrônica e dos dispositivos eletrônicos.
A Segunda Geração dos computadores ocorre por volta do final da década de 1950 e é conhecida 
como a geração do transistor, que praticamente substituiu as válvulas na construção dos circuitos 
eletrônicos computadorizados. O transistor possibilitou a redução do tamanho das máquinas e o 
consequente aumento de unidades fabricadas por corporações de destaque na área de TI para o período, 
como IBM e DEC.
18
Unidade I
A Terceira Geração inicia-se na década de 1965, ao mesmo tempo que são utilizados os circuitos 
integrados. Esses dispositivos de microeletrônica possibilitaram a miniaturizada de centenas de 
transistores, contribuindo, assim, para a diminuição no consumo de energia, a redução do tamanho 
dos computadores, o crescimento das capacidades computacionais, levando-nos para a concepção dos 
sistemas computacionais que temos nos tempos mais modernos.
Os computadores pessoais com tamanhos reduzidos são criados nessa geração. Os principais deles 
e que merecem destaque são: Kenbak-1, Micral, Altair 8800 e Apple I. Desses, destacamos o Kenbak-1, 
construído em 1971 e considerado o primeiro computador pessoal que operava sem processador. Outro 
interessante computador pessoal, considerado o primeiro com processador, foi o Micral, desenvolvido 
em 1973. O Altair 8800 e o Apple I tiveram maior destaque e comercialização mais voltados para a 
segunda metade da década de 1970.
A Quarta Geração dos computadores surge na década de 1980, sendo conhecida como a geração 
da integração em larga escala. Nesse período os circuitos integrados tiveram aumento considerável na 
capacidade elevada de integrar transistores em um único chip. A escala de integração era tão alta que 
chegava à ordem de milhares de transistores, possibilitando fabricação em massa e comercialização 
de computadores.
 Saiba mais
O livro a seguir apresenta boas histórias acerca do desenvolvimento 
da computação.
TURING, D. A história da computação: do ábaco à inteligência artificial. 
São Paulo: M. Books, 2019.
O quadro 1 mostra a relação entre as gerações de computadores, as tecnologias de eletrônica 
(válvula, transistor e circuito integrado) e suas respectivas velocidades de operação dadas em operações 
por segundo.
Quadro 1 – Gerações de computadores
Geração Tecnologia eletrônica Velocidade de operação Período
Computadores de 
destaque
Primeira Válvula 40.000 operações por segundo 1945 até 1955 Eniac
Segunda Transistor 200.000 operações por segundo 1955 até 1965 TX0 e PDP-I
Terceira Circuito integrado 1.000.000 operações por segundo 1965 até 1980 Família System 360 da IBM
Quarta Circuito integrado 1.000.000.000 operações por segundo A partir de 1980 IBM-PC e Macintosh
Adaptado de: Stallings (2017, p. 27).
19
PRINCÍPIOS DE SISTEMAS DE INFORMAÇÃO
1.1.3 Evolução da TI nas organizações
No período que engloba a Segunda e Terceira Gerações dos computadores, as organizações começam 
a perceber a importância das ferramentas de tecnologia da informação, fato que contribuiu para a 
adoção, ainda meio tímida, da TI pelas empresas.
Tudo começou com a chegada dos mainframes, que eram computadores de grande porte com 
considerável performance no processamento centralizado. Eles começaram a ser instalados por volta 
da década de 1960 por empresas como IBM, Control Data, GE, Honeywell, NCR, RCA e Burroughs 
(hoje conhecida como Unisys). Algumas delas logo se transformaram em grandes corporações e 
dominaram durante anos o mercado de mainframes, vendendo milhões de unidades nas mais diversas 
partes do mundo.
Nesse momento são estabelecidos os primeiros centros de processamento de dados nas grandes 
organizações, fazendo com que a área de TI fosse conhecida como CPD.
Além de ser o nome dado à área de TI, CPD é o conjunto de infraestruturas responsável pelo 
processamento de dados por meio dos mainframes e do trabalho dos operadores e programadores de 
computadores. Suas aplicações tinham praticamente como objetivo o auxílio nas tarefas manuais nas 
empesas. É importante destacar que no período citado o desenvolvimento das aplicações não se dava 
por meio de metodologias estruturadas, mas de forma muito rústica e até mesmo artesanal.
É possível citar ainda como características da década de 1960: mão de obra especializada muito 
insuficiente; processos com menor importância, quando comparados com as tecnologias; poucas 
soluções tecnológicas; e altos custos associados às ferramentas computacionais.
Chegando na década de 1970, percebemos o desenvolvimento dos primeiros sistemas de informação 
com cunho mais moderno. Tal fato provocou a mudança no nome da área de TI, que até então era 
chamada de CPD, para área de sistemas. Associado a esses fatos, temos o surgimento dos primeiros 
computadores pessoais e das novas soluções em software. Próximo ao fim da década de 1970 a TI passa 
a ganhar importância na estrutura das empresas.
Outros fatos interessantes incluem: predomínio do processamento centralizado; surgimento dos 
primeiros programas de banco de dados com características modernas; chegada de profissionais com 
mais especializações na área de TI; administração dos recursos tecnológicos deficitária; ausência de 
práticas e metodologias de gestão de TI.
Passando para a década de 1980, percebemos dois fatos interessantes que marcam a evolução da TI 
nas empresas. O primeiro é a comercialização em larga escala dos computadores pessoais, já mencionado 
no tópico anterior. O segundo são o crescimento das redes de computadores e o estabelecimento da 
internet, que começa a tomar uma forma mais definida.
20
Unidade I
 Observação
Na década de 1980, a TI deixa de ser chamada de área de sistemas.
Na referida década, percebe-se também o estabelecimento de forma ainda meio incipiente das boas 
práticas no gerenciamento da infraestrutura de TI e no desenvolvimento de software. Outro destaque 
reside nas ideias de terceirização e integração que começam a se estabelecer. A integração foi possível 
graças aos sistemas de planejamento de recursos empresariais (Enterprise Resource Planning – ERP), 
que por meio dos seus módulos favoreceram a melhoria nos processos organizacionais. Partindo para 
a terceirização da TI nos negócios, verifica-se que eles ganharam muito espaço ao perceberem que as 
questões tecnológicas não compunham o core business.
Na década de 1990, a área de TI passou a ganhar um caráter estratégico, e as áreas de negócios 
perceberam que a TI poderia ser uma grande aliada na busca da vantagem competitiva. Aqui propaga-se 
a ideia de alinhamento estratégico da TI, conferindo grande importância ao desdobramento dos planos 
empresariais em estratégias de TI para atender às necessidades do negócio.
Considerando aspectos importantes, ainda referentes a esse período, podemos citar diversas outras 
ferramentas de tecnologiaque começaram a surgir; em contrapartida, as demais se tornaram obsoletas. 
Uma delas é a computação centralizada, que começa a dar espaço para as arquiteturas cliente-servidor.
Assim, os mainframes passaram a ser gradativamente substituídos por servidores, e os antigos 
terminais burro cederam o seu lugar aos computadores de mesa (desktops). Outra questão importante 
foi a visão de que o software deve ser compreendido como um serviço, bem como as suas metodologias 
de desenvolvimento ganham grande profissionalização. Frameworks (modelos) de gestão de TI surgem 
na época. Dois deles são o Information Technology Infrastructure Library (ITIL®) e o Control Objectives 
for Information and Related Technologies (COBIT®).
 Observação
O ITIL® e o COBIT® são, respectivamente, modelos de gestão de serviços 
de TI e de governança de TI mundialmente utilizados na administração do 
ambiente tecnológico.
Voltando-nos agora para os dias de hoje, percebemos um crescimento explosivo da internet, que 
modificou toda a nossa vida em sociedade e a forma como as empresas desenvolvem e operam os seus 
negócios. As mudanças habilitadas por TI são tantas que até nos espantamos com o protagonismo 
assumido pela área.
21
PRINCÍPIOS DE SISTEMAS DE INFORMAÇÃO
Consequentemente, as tecnologias da informação se configuram cada vez mais como uma fonte de 
oportunidades e de vantagens competitivas. Elas se estabelecem como um fator crítico para o sucesso 
das empresas e contribuem de maneira decisiva para as estratégias de negócio.
1.1.4 Conceito de dado, de informação e de conhecimento
É imprescindível compreender os conceitos de dado, de informação e de conhecimento para bem 
navegar no mundo da TI. Isso se dá porque as ferramentas e sistemas dela utilizam como insumo básico 
e produzem justamente esses três importantes elementos que são considerados ativos organizacionais.
O mais básico dos três elementos é o dado. Segundo Stair e Reynolds (2015, p. 5), “os dados consistem 
em fatos brutos, como o número de funcionários, horas totais trabalhadas em uma semana, números 
de peças no estoque ou pedidos de vendas”. Eles formam a base para criação de valor, mesmo que por 
si só eles nada revelem, porque é deles que extraímos a informação utilizada pelas pessoas. O quadro 2 
apresenta os tipos de dados mais comuns encontrados e a sua forma de representação.
Quadro 2 – Tipos de dados
Tipos de dados Formas de representação
Dados alfanuméricos Números, letras e outros caracteres
Dados em áudio Sons, ruídos ou tons
Dados de imagem Imagens gráficas e figuras
Dados de vídeo Imagens ou figuras em movimento
Adaptado de: Stair e Reynolds (2015, p. 5).
Quando agrupamos os dados e estabelecemos uma relação entre eles, geramos as informações. 
Assim, podemos dizer que informação é o conjunto de dados que entrega um valor e é dotado de uma 
significância. Fazendo uma analogia com um quebra-cabeça, poderíamos dizer que cada peça seria um 
dado e a junção organizada individual delas apresentaria a informação.
 Observação
O processo de transformação de dados em informação é executado 
pelos sistemas de informação, mais especificamente por aqueles que 
processam transações.
Recorrendo a outro exemplo, podemos observar a figura 5, que apresenta os dados meteorológicos 
da cidade de São Paulo, coletados no site do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). Encontramos 
como dados a variação da temperatura (mínima de 14 ºC e máxima de 22 ºC) e a umidade do ar (mínima 
de 40% e máxima de 95%). Ao relacioná-los, podemos obter uma informação que nos remeta a um 
tempo ameno na cidade de São Paulo, sem extremos de calor ou frio.
22
Unidade I
Figura 5 – Dados e informações sobre o tempo
Disponível em: https://portal.inmet.gov.br/. Acesso em: 3 dez. 2021.
Em relação ao significado de conhecimento, podemos recorrer à definição de Stair e Reynolds (2015, p. 6), 
que dizem: “conhecimento como a consciência e compreensão de um conjunto de informações e maneiras 
como essas informações podem ser úteis para apoiar uma tarefa específica ou para chegar a uma decisão”.
Voltando ao exemplo em que utilizamos os dados meteorológicos da cidade de São Paulo, colhidos no 
site do Inmet, chegamos à interessante informação que temos uma temperatura amena. O conhecimento 
desta informação nos ajuda a tomar a melhor decisão sobre a vestimenta mais adequada e a necessidade 
de maior ou menor ingestão de líquidos, devido aos percentuais de umidade.
Assim, podemos afirmar que de um conjunto de dados relacionados extraímos a informação, 
enquanto a partir da compreensão e consciência dessa última encontramos o conhecimento. A figura 6 
apresenta um pouco dessa ideia evolutiva.
Contexto
Contexto Significado
Carga subjetiva
Outras informações
Tomada de decisão
Aparato psíquico
Finalidade
Conhecimento
Informação
Dado
Figura 6 – Linha evolutiva do dado ao conhecimento
Adaptada de: Carvalho (2012, p. 11).
23
PRINCÍPIOS DE SISTEMAS DE INFORMAÇÃO
Portanto, podemos entender que há uma relação hierárquica como se fosse uma pirâmide, na qual 
temos o dado na base e o conhecimento no topo. A figura 7 apresenta essa relação hierárquica.
Conhecimento
Informação
Dados
Figura 7 – Relação hierárquica do dado, da informação e do conhecimento
Adaptada de: Costa et al. (2012, p. 2).
De forma resumida, podemos encontrar as características dos dados, da informação e do conhecimento 
descritas na figura 8.
Dados
Registro de um evento
Objetivo
Assignificativo
Informação
Conjunto de dados com 
significado para o sistema
Contextual/relacional
Significativo
Conhecimento
Resultado de ações e 
interações entre sujeitos e 
objetos e sujeitos e sujeitos
Informação devidamente 
tratada que muda o sistema
Contextual/relacional
Significativo
Existe em função de uma 
ação e justifica a crença 
pessoal em relação à verdade
Figura 8 – Resumo das características dos dados, da informação e do conhecimento
Adaptada de: Carvalho (2012, p. 12).
1.2 A tecnologia da informação e as organizações
1.2.1 Papel da TI
Hoje observamos que grande parte das organizações considera a TI como aquela que exerce um papel 
extremamente estratégico para os negócios. Já outras empresas, em número menor, não conseguem 
perceber o valor da TI entregue por meio dos sistemas de informação e pela sua infraestrutura, além de 
não enxergar a forte dependência que a operação dos negócios tem do ambiente tecnológico nestes 
tempos de utilização da internet de forma mais intensa.
24
Unidade I
Laurindo (2008) apresenta um grid estratégico organizando as empresas de acordo com a visão que 
elas têm do papel da TI e os seus impactos nos negócios em duas perspectivas distintas. A primeira está 
relacionada ao longo prazo, a partir da compreensão da visão de futuro e do caráter estratégico da TI. 
A segunda nos remete ao curto prazo, quando observamos o papel e os impactos da TI nos dias de hoje, 
com um caráter mais operacional.
A figura 9 descreve o grid estratégico em quatro quadrantes, classificando o papel da TI das 
organizações em geral como: fábrica, estratégico, suporte e transição.
Fábrica
Suporte
Estratégico
Transição
Alto
Alto
Impacto futuro
Impacto presente
Baixo
Baixo
Figura 9 – Grid estratégico da TI
Fonte: Laurindo (2008, p. 35).
A partir da observação do grid estratégico, encontramos um primeiro grupo de empresas cuja TI 
exerce o papel de suporte. Aqui a área de TI é quase sempre terceirizada e exerce pouco impacto em 
questões operacionais e estratégicas. Observamos que, nessas organizações, a utilização dos sistemas 
de informação não é crucial para o cotidiano dos negócios, ou seja, caso ocorra algum problema 
(indisponibilidade, por exemplo), a operação do negócio não é imediatamente afetada.
Partindo para o próximo quadrante, encontramos as companhias cuja área de TI exerce o papel de 
fábrica. Nelas os sistemas e as tecnologias são decisivos para o cotidiano do negócio, ou seja, uma parada 
em um sistema de informação pode acarretar a paradaautomática no negócio. Outra característica 
desse tipo de empresa reside na pouca importância atribuída à TI nas estratégias de negócio, fazendo 
com que os impactos da TI em longo prazo sejam extremamente baixos.
O próximo quadrante é conhecido como transição. Nele encontramos organizações que atribuem 
grande importância à TI no delineamento das suas estratégias. No entanto, observando por uma 
perspectiva mais operacional (curto prazo), as influências e os impactos da TI no negócio dessas 
empresas são baixos.
25
PRINCÍPIOS DE SISTEMAS DE INFORMAÇÃO
O último quadrante é ocupado por empresas cuja área exerce um papel estratégico. Nelas tanto a 
operação quanto a estratégia, passando ainda pelas táticas, dependem das ferramentas de TI. Nessas 
organizações, uma indisponibilidade geral dos sistemas e das tecnologias da informação leva a uma 
parada imediata nos negócios e a grandes impactos estratégicos.
1.2.2 A informação e a tecnologia nas organizações
A informação sempre ocupou um papel importante nas organizações, seja nas mais simples operações 
dos processos de negócios, seja na tomada de decisão mais complexa executada pelos administradores. 
Tudo isso favoreceu a busca pela qualidade da informação, na qual critérios precisam ser considerados 
para o atendimento das necessidades de negócio.
O quadro 3 apresenta os critérios contidos em ITGI (2007) ainda hoje valorizados pelas organizações.
Quadro 3 – Critérios de qualidade da informação
Critério de qualidade da informação Descrição
Efetividade Está relacionada às informações com alto grau de importância para os processos de negócio entregues no tempo e modo corretos, de forma consistente e utilizável.
Eficiência Define a entrega da informação com o uso mais produtivo possível dos recursos.
Confidencialidade Relaciona-se à segurança de informações no que tange ao aspecto confidencialidade para evitar a divulgação indevida.
Integridade Remete à fidedignidade, inteireza e totalidade da informação, além da sua validade, quando comparada aos requisitos de negócios solicitados.
Disponibilidade Trata-se da disponibilidade da informação quando exigida pelo processo de negócio atual e futuro.
Conformidade Está relacionada ao cumprimento de questões de compliance ao qual os processos de negócios estão sujeitos.
Confiabilidade Remete à entrega da informação apropriada solicitada pelo negócio.
Adaptado de: ITGI (2007, p. 12-13).
A informação tem ganhando papéis de destaque nos últimos anos e se tornado ao mesmo tempo 
um recurso, um ativo e um produto. Como recurso, ela pode ser comparada a um insumo utilizado 
nos processos produtivos de uma empresa, por exemplo, as informações sobre demandas dos 
clientes que podem disparar gatilhos de aumento ou diminuição na linha de produção. Como 
ativo, a informação pode representar a propriedade da companhia, por exemplo, as listas de 
contatos e necessidades dos principais clientes. Como produto, a informação pode ser algo a 
ser comercializado pela própria instituição, por exemplo, as instituições de comunicação cujo 
conteúdo vendido é a informação (GORDON; GORDON, 2013).
Stair e Reynolds (2015) mencionam que, para agregar valor aos negócios, as informações precisam 
ser dotadas de certos aspectos. Do contrário, os prejuízos serão grandes ao utilizar a base de informação 
disponível. O quadro 4 apresenta as características da informação valiosa.
26
Unidade I
Quadro 4 – Características da informação valiosa
Característica Definição
Acessível A informação deve ser facilmente acessada pelos usuários autorizados, de forma que possam obtê-la no formato e tempo corretos para atender às suas necessidades.
Precisa
Uma informação precisa ser livre de erros. Em alguns casos, uma informação imprecisa é 
gerada por conta de dados incorretos inseridos no processo de transformação. Geralmente, 
isso é chamado de entra lixo, sai lixo.
Completa A informação completa contém todos os fatos importantes. Por exemplo, um relatório de investimento que não inclua todos os custos relevantes não é completo.
Econômica A informação deve ser relativamente econômica para produzir. Os tomadores de decisão precisam sempre balancear o valor da informação com o custo para produzi-la.
Flexível
A informação flexível pode ser usada para variadas finalidades. Por exemplo, a informação 
sobre quando o estoque está disponível para uma peça em especial pode ser utilizada por um 
representante de vendas para fechar um negócio, por um gerente de produção com o objetivo 
de determinar se é necessário repor o estoque e pelo executivo financeiro a fim de indicar o 
valor total que a companhia investiu no estoque.
Relevante A informação relevante é importante para o tomador de decisões. Uma informação que mostra que os preços da madeira devem cair pode não ser relevante para um fabricante de chips.
Confiável
A informação confiável pode dar confiança ao usuário. Em muitos casos, a confiabilidade da 
informação depende da confiabilidade do método de coleta de dados. Em outros momentos, 
ela precisa da fonte da informação. Rumores de uma fonte não confiável de que o preço do 
óleo pode subir não devem ser considerados garantidos.
Segura A informação deve estar segura para não ser acessada por usuários não autorizados.
Simples
A informação deve ser simples, não complexa. Uma informação sofisticada e detalhada pode 
não ser necessária. De fato, o excesso de informações pode causar sobrecarga de informações, 
situação na qual o tomador de decisões tem dados em excesso e se vê incapaz de determinar 
quais delas são realmente importantes.
Atualizada A informação atualizada é fornecida quando necessário. Conhecer as condições climáticas da semana anterior não irá ajudá-lo a escolher o casaco que usará hoje.
Verificável A informação deve ser verificável. Isso significa que é preciso checar para certificar-se de que ela é correta, talvez verificando a mesma informação de várias outras fontes.
Fonte: Stair e Reynolds (2015, p. 7).
Com a chegada da TI nas empresas, a preocupação com qualidade, processamento, segurança, 
armazenamento e demais ações envolvendo a informação aumentou de forma considerável. Isso se 
deu devido à reinvenção do fluxo da informação no ambiente organizacional e à automatização dos 
processos, itens que foram favorecidos por todo o aparato de tecnologias digitais utilizadas.
Esse cenário de preocupações foi construído porque as informações vitais das organizações, utilizadas 
nos processos de negócio, estão contidas nos sistemas de informações, que por sua vez funcionam a 
partir de uma infraestrutura de TI instalada e operante na empresa. A figura 10 retrata essa ideia.
27
PRINCÍPIOS DE SISTEMAS DE INFORMAÇÃO
Relatórios e informações
Processos de negócio automatizados
Sistemas de informação
Infraestrutura de TI
Figura 10 – Relações entre a informação e a tecnologia
1.2.3 Recursos de TI
A TI é formada por componentes que integram um grande mecanismo conhecido como infraestrutura 
de TI, que sustenta as aplicações de negócio envolvendo toda a cadeia produtiva das organizações. 
A figura 11 apresenta a ideia de relacionamento entre a infraestrutura de TI e os processos de negócio.
Aplicações 
de negócio
Aplicações de TI compartilhadas 
e padronizadas
Infraestrutura de TI
Serviços compartilhados de 
tecnologia da informação
Recursos humanos
Componentes de TI
Figura 11 – Aplicações de TI e infraestrutura de TI que sustentam os negócios
Fonte: Weill e Ross (2006, p. 38).
28
Unidade I
Os recursos tecnológicos que formam a infraestrutura de TI são: hardware, software, banco de dados 
e redes de computadores. Esses quatro itens têm as suas peculiaridades e suportam as aplicações de 
negócios utilizadas nas empresas.
 Lembrete
A TI é o conjunto de ferramentas que permitem o processamento e 
o armazenamento de dados, informação e conhecimento, no intuito de 
ampliar as capacidades humanas.
Em uma visão mais moderna, a infraestrutura de TI pode ser percebida como um serviço.Por isso, 
Weill e Ross (2006, p. 37) mencionam que:
 
Os serviços de infraestrutura de TI de uma empresa incluem, frequentemente, 
os serviços de rede de telecomunicação; a provisão e o gerenciamento 
de computação em larga escala (como servidores e mainframe); o 
gerenciamento da base de dados compartilhada de clientes; a expertise 
em pesquisa e desenvolvimento, com o fim de identificar a utilidade de 
tecnologias emergentes para o negócio; e uma intranet para toda a empresa. 
Esses serviços podem ser prestados internamente ou por companhias 
terceirizadas, como a IBM Global Services, a Accenture e a HP. A infraestrutura 
interna da empresa frequentemente conecta-se a infraestruturas externas da 
indústria (como o sistema de pagamentos bancário) e a infraestrutura públicas 
(como a internet e as redes de telecomunicações). O conceito de serviços 
de infraestrutura de TI é muito poderoso, uma vez que os administradores 
podem valorizar mais prontamente um serviço, do que um componente 
técnico como um servidor ou um pacote de software. Além disso, o serviço 
de prover o acesso de um computador laptop à internet e a todos os sistemas 
da empresa pode ser especificado, mensurado e controlado através de um 
acordo de nível de serviço.
1.2.4 Administração da TI
A TI, como qualquer outro recurso organizacional, precisa ser bem administrada, sob pena de não 
atender às necessidades da empresa, quando for requisitada. Essa compreensão sobre a forma de 
administrar a TI evoluiu ao longo de décadas desde o seu surgimento.
Em um primeiro momento, a TI, que era conhecida como CPD, era gerenciada como uma provedora 
de tecnologia. A característica marcante da época era a falta de profissionalização da gestão, formada 
por profissionais essencialmente técnicos e sem formação de gestão.
29
PRINCÍPIOS DE SISTEMAS DE INFORMAÇÃO
 Lembrete
O centro de processamento de dados (CPD) era um ambiente 
formado por uma infraestrutura que tinha como objetivo processar de 
forma centralizada os dados utilizando computadores de grande porte, 
conhecidos como mainframes.
Algumas décadas depois, a área de TI evoluiu e estabeleceu a ideia de que não há mais apenas a 
entrega de uma infraestrutura, mas de um serviço. Essa quebra de paradigma propiciou o entendimento 
de que a TI precisava ser gerenciada como um serviço.
Nos dias atuais, com a forte propagação das ideias de governança corporativa e do caráter mais 
estratégico da TI, estabeleceu-se a necessidade de se governar por meio da TI. Isso se deu com o 
surgimento das boas práticas de governança de informação e de tecnologia, como as descritas no 
modelo COBIT®.
A figura 12 apresenta a administração da TI em uma perspectiva evolutiva, a qual deixa no passado 
a antiga área de provedora de infraestrutura, passando a ser uma área prestadora de serviços e, em uma 
perspectiva mais moderna, uma parceira estratégica.
Provedor de 
tecnologia
Provedor de 
serviços
Parceiro 
estratégico
Gerenciamento de 
infraestrutura de TI
Gerenciamento de 
serviços de TI Governança de TI
— TI considerada custo
— Administrador da TI é o melhor técnico
— TI entrega uma infraestrutura
— TI considerada investimento
— Administrador da TI com visão de negócio
— TI entrega serviços e é parceira estratégica
Figura 12 – Evolução da administração da TI
Adaptada de: Magalhães e Pinheiro (2007, p. 37).
Conforme essa nova perspectiva, a gestão da tecnologia tornou a área de TI uma parceira estratégica 
da empresa, sendo que o alinhamento estratégico entre a TI e as áreas de negócios configurou-se como 
uma necessidade de primeira ordem. Dessa forma, o alinhamento estratégico transformou-se em uma 
das ações fundamentais para a TI moderna.
Toda a evolução na administração da TI se deu também a partir da aplicação de modelos e 
metodologias de gestão que abrangem os seus mais variados escopos. O quadro 5 apresenta uma relação 
desses modelos e metodologias.
30
Unidade I
Quadro 5 – Modelos de suporte à governança de TI
Modelo Escopo do modelo
Control Objectives for Information and Related 
Technologies (COBIT®) Modelo para governança da informação e tecnologia.
Business Analysis Body of Knowledge (BABOK®) Guia de conhecimento para a prática de análise de negócio.
Business Process Management Body of Knowledge 
(BPM CBOK®) Corpo de conhecimento para o gerenciamento de processos de negócio.
The Open Group Architecture Framework (TOGAF®) Modelo que trata do desenvolvimento e da evolução de arquiteturas de TI.
PRojects IN Controlled Environments (PRINCE2®) Metodologia de gerenciamento de projetos.
Project Management Body of Knowledge (PMBOK®) Base de conhecimento em gestão de projetos.
Information Technology Infrastructure Library (ITIL®) Serviços de TI, segurança da informação, gerenciamento da infraestrutura, gestão de ativos e aplicativos etc.
Capability Maturity Model Integration (CMMI®) Desenvolvimento de produtos e projetos de sistemas e software.
Melhoria de Processo do Software Brasileiro (MPS.br) Modelo brasileiro para a melhoria do processo de software.
ISO 31000:2018 Trata dos princípios e guias para o gerenciamento de riscos às organizações.
ISO 20000:2018 Norma que aborda requisitos e melhores práticas para o gerenciamento de serviços de TI.
ISO 27001:2013 e ISO 27002:2013 Requisitos e código de prática para a gestão da segurança da informação.
eSourcing Capability Model (eSCM®) Outsourcing em serviços que usam TI de forma intensiva.
Organizational Project Management Maturity Model 
(OPM3) Modelo de maturidade para o gerenciamento de projetos.
SCRUM Método ágil para o gerenciamento de projetos.
Balanced Scorecard (BSC) Metodologia de planejamento e gestão da estratégia.
Six Sigma Metodologia para melhoria da qualidade de processos.
Statement on Auditing Standards (SAS) n. 70 Regras de auditoria para empresas de serviços.
2 INFRAESTRUTURA DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO
O primeiro tópico deste livro-texto favoreceu a compreensão geral da TI e da tecnologia, inclusive 
sob aspectos históricos e a sua chegada nas organizações. Neste segundo, abordaremos os principais 
elementos que constituem a infraestrutura de TI.
Essa infraestrutura é formada pelos recursos de TI: hardware, software, bancos de dados, redes 
de computadores e telecomunicações. Em uma concepção mais ampla, podemos incluir como seus 
integrantes: as pessoas, os procedimentos e os serviços. No entanto, considerando uma perspectiva 
puramente tecnológica, compreendemos como integrantes apenas os recursos de TI mencionados.
Assim, primeiramente trataremos acerca das questões envolvendo hardware e software, 
justamente por serem eles os componentes integrantes do computador, peça-chave no uso da TI nas 
empresas e na vida das pessoas. Na sequência, veremos os recursos de banco de dados, com ênfase 
no modelo relacional.
Por fim, apresentaremos um estudo geral sobre as redes de computadores e as telecomunicações, 
contextualizando inclusive a chegada e o uso da internet nos dias de hoje.
31
PRINCÍPIOS DE SISTEMAS DE INFORMAÇÃO
2.1 Hardware e software
2.1.1 Hardware
O hardware é o elemento da infraestrutura de TI utilizado para nos referir ao conjunto de 
equipamentos (elementos físicos) e a suas tecnologias, que possibilitam o funcionamento dos 
sistemas computacionais. Segundo Laudon e Laudon (2013), essas tecnologias englobam funções de 
processamento, armazenamento, entrada e saída de dados em um computador.
 Observação
Embora o computador seja formado por partes física (hardware) e 
lógica (software), é comum nos referirmos a ele como hardware. Logo, 
corriqueiramente utilizam-se ambas as palavras como sinônimos. Não 
obstante, ao fazer esse tipo de afirmação, incorre-se em uma imprecisão 
nos conceitos.
A figura 13 apresenta os elementos básicos que compõem o hardware de um computador. Quando 
integrados e interligados, eles possibilitam a execução das funções de processamento de dados e o 
consequente armazenamento, além da coleta (entrada) e disponibilização (saída) dedados.
Dispositivo 
periférico de 
entrada
Dispositivo 
periférico de 
saída
Memória de 
acesso direto
Armazenamento de 
massa
Memória
Registradores
Unidade de controle
Unidade lógica e aritmética
Unidade central 
de processamento
Barramentos
Figura 13 – Elementos do hardware de um computador
Adaptada de: Marçula e Benini Filho (2019, p. 51).
A figura anterior mostrou a arquitetura de um sistema computacional que exibe como os elementos 
de hardware estão organizados. São eles: unidade central de processamento (UCP), memórias, 
dispositivos periféricos de entrada, dispositivos periféricos de saída e barramentos.
O primeiro componente é a UCP, também conhecido como processador ou pelo seu termo em 
inglês, Central Processing Unit (CPU). Ela é considerada o coração do sistema computacional e tem 
como função processar os dados e comandar todos os circuitos eletrônicos que formam o hardware do 
sistema computacional.
32
Unidade I
A CPU está dividida em três componentes: unidade de controle, unidade lógica e aritmética, e 
registradores. A unidade de controle é responsável por coordenar as partes do sistema computacional 
a fim de que as instruções sejam efetivamente executadas e o fluxo de dados seja ordenado. 
A unidade lógica e aritmética prima pela execução dos cálculos e manipulação de dados por 
meio de operações lógicas e aritméticas. Por fim, os registradores são pequenos bancos de memória 
de altíssima velocidade e reduzida capacidade de armazenamento, que agregam mais agilidade na 
operação de tarefas específicas da CPU.
 Observação
O processador é formado por circuitos eletrônicos lógicos digitais que 
estão confinados em um circuito integrado. Os processadores da Intel e da 
AMD estão entre os mais conhecidos.
O segundo componente da arquitetura do sistema computacional é a memória, que tem como função 
básica o armazenamento de dados e instruções executadas pelo computador. Ela pode ser classificada 
em memória primária e memória secundária. Na primária, encontramos um tipo de acesso direto por 
parte do processador, no intuito de armazenar (mesmo que temporariamente) dados. Já as memórias 
secundárias têm por finalidade a armazenagem permanente de dados em grandes quantidades, por isso 
são também chamadas de memória de armazenamento de massa.
O terceiro componente é o conjunto de dispositivos periféricos de entrada. Ele tem a responsabilidade 
de permitir a entrada de dados no sistema computacional. Podemos citar como exemplos: mouse, 
scanner, leitor de código de barras, sensor de RFID, teclado, entre outros.
O quarto componente é o conjunto de dispositivos periféricos de saída. Ele atua entregando a 
informação ou dado para o usuário do computador. Podemos citar como exemplos: monitores, impressoras, 
alto-falantes, entre outros.
 Observação
Alguns periféricos exercem a função de dispositivo de entrada e de 
saída ao mesmo tempo. Podemos citar como exemplos: monitores touch 
screen, multifuncionais, unidades de disco e fita, entre outros.
O quinto componente da arquitetura do sistema computacional é o conjunto de barramentos. O seu 
objetivo é fornecer as trilhas elétricas internas ao computador, de forma a interligar os componentes 
de hardware, seja no intuito de melhor controlar o sistema, seja apenas para transferir dados. Um bom 
exemplo de barramento é o barramento serial universal (Universal Serial Bus – USB).
As configurações utilizadas em cada um dos componentes são de fundamental importância para que o 
computador trabalhe de forma eficiente e atenda às expectativas do usuário. Especificamente na memória 
e no processador, encontramos as principais preocupações para o funcionamento adequado do sistema.
33
PRINCÍPIOS DE SISTEMAS DE INFORMAÇÃO
2.1.2 Software
O software é o segundo recurso integrante da infraestrutura de TI, consistindo em um agrupamento 
de instruções (também conhecido como programa) que permitem o funcionamento do sistema 
computacional. Junto ao hardware (parte física), ele (parte lógica) integra o computador.
A evolução do software se deu mais durante o final da segunda metade do século passado, quando 
do surgimento das primeiras aplicações estruturadas. Ele experimentou forte disseminação por meio dos 
modelos web e mobile utilizados nos dias de hoje nos notebooks, desktops e smartphones.
Na literatura voltada para computação, encontramos diversas classificações atribuídas ao software. 
A mais comum divide-os em software de sistemas e aplicativos. Os softwares de sistemas, também 
conhecidos como software básico, têm por objetivo comandar, gerenciar e coordenar o hardware, 
servindo como uma interconexão com os aplicativos (também chamados de software de aplicação). 
Os sistemas operacionais são considerados softwares de sistemas, sendo que um dos mais conhecidos 
deles é o Windows.
Os softwares de aplicação objetivam suportar o usuário em suas atividades de negócios, ou seja, eles 
atendem às expectativas específicas com finalidades gerais e singulares. Por exemplo, quando o usuário 
deseja escrever um texto, ele utiliza um processador de texto, o Word®.
No quadro 6 encontramos algumas características dos softwares de sistemas e de aplicação.
Quadro 6 – Relação entre os softwares de sistemas e de aplicação
Caraterística Software de aplicação Software de sistemas
Tarefa Satisfazer necessidades do negócio Administrar o ambiente computacional
Usuários Profissionais do negócio Profissionais do negócio e profissionais de computação
Subtipos Processadores de texto, planilhas, geradores de apresentação etc. Sistemas operacionais, utilitários etc.
Fonte: Stair e Reynolds (2015, p. 123).
É possível encontrar também uma subdivisão dos softwares de aplicação em software vertical e 
horizontal. Os softwares verticais são utilizados em processos específicos de um ramo de negócio. 
Os softwares horizontais são aqueles utilizados em quase todos os tipos de negócio, automatizando 
tarefas desempenhadas em todas as organizações. Podemos citar como exemplo o software de 
correio eletrônico (Outlook®), compreendido como software horizontal pelo simples motivo de que 
toda e qualquer organização o utiliza na comunicação via e-mail. Não obstante, um aplicativo 
usado para controle de produção agrícola parece ser um software vertical empregado em empresas 
do ramo do agronegócio.
Outra subdivisão dos softwares de aplicação apresenta aqueles que são customizados e disponíveis 
em prateleira. O software customizado é desenvolvido internamente (pelos profissionais de TI) ou por 
34
Unidade I
empresas terceirizadas exclusivamente, em vista de uma necessidade específica da empresa. Entre os 
benefícios do software customizado, podemos apresentar a obtenção exata daquilo que se deseja e 
maior facilidade na eventual modificação de algumas características. No entanto, é bom destacar que o 
software customizado leva certo tempo para ser desenvolvido e tem um custo maior, além de haver 
o risco potencial de desempenho limitado.
Já os softwares de prateleira são aqueles que podem ser comprados diretamente no fornecedor na 
forma de soluções em um padrão e previamente formatados com as melhores práticas e costumes das 
organizações para apoio às suas tarefas. Seus benefícios são o baixo custo inicial para o desenvolvimento 
e a considerável qualidade. Mas é importante destacar a desvantagem do pagamento por características 
não requisitadas e a ausência de aspectos importantes necessários para atender ao usuário.
 Observação
Os softwares de aplicação também são chamados popularmente de app.
Seja qual for a classificação do software de aplicação, é necessário que ele sempre agregue valor às 
atividades do cotidiano do usuário. Para tanto, diversos fatores precisam ser levados em consideração a 
fim de mensurar o valor do software. O quadro 7 apresenta quais são eles.
Quadro 7 – Principais fatores de avaliação do software
Fator Descrição
Eficiência O software constitui um sistema bem desenvolvido de instruções de computadorou objetos que não utilizam muita capacidade de memória ou tempo de processamento?
Flexibilidade Ele consegue lidar facilmente com tarefas de processamento sem precisar de grandes modificações?
Segurança Ele fornece procedimentos de controle para erros, defeitos e uso inadequado?
Conectividade
Ele é habilitado para rede de forma a poder acessar facilmente a internet, a intranet, a extranet e 
outras redes de modo autônomo, ou acessá-las por meio de operação com navegadores ou outro 
software de rede?
Linguagem Ele é escrito em uma linguagem de programação que seja utilizada por nossos próprios programadores (da empresa contratante)?
Documentação O software é bem documentado? Ele inclui instruções úteis ao usuário?
Hardware O hardware existente possui as características exigidas para utilizar da melhor forma esse software?
Outros fatores Quais são suas características de desempenho, de custo, de confiabilidade, de disponibilidade, de compatibilidade, de modularidade, de tecnologia, de ergonomia, de adaptabilidade e de suporte?
Fonte: Oliveira (2008, p. 27).
Exemplo de aplicação
Verifique em seu computador quais são os principais softwares de aplicação em utilização.
35
PRINCÍPIOS DE SISTEMAS DE INFORMAÇÃO
2.1.3 O computador
Utilizando um computador, seja ele um desktop, seja um notebook ou o próprio smartphone, 
provamos da experiência mais concreta de uso da TI. Ele é a principal ferramenta utilizada, pelas empresas 
e pelos indivíduos de forma pessoal, na resolução dos problemas que vão desde os mais básicos até os 
mais complexos.
Assim, a concepção inicial do uso de computadores é a mesma que perdura até os dias de hoje. 
A ideia consiste no estabelecimento de um sistema (formado por uma parte física e uma parte lógica) 
capaz de executar tarefas (braçais ou mais refinadas) até então cumpridas apenas pelos seres humanos.
 Lembrete
O computador consiste no conjunto formado por hardware (parte 
física) e software (parte lógica).
Para atender, então, às necessidades dos seres humanos na execução de tarefas, os computadores 
têm o seu funcionamento baseado no princípio do programa (software) armazenado em suas memórias 
(item de hardware) e executado pelo processador (outro item de hardware). Sobre isso, Marçula e Benini 
Filho (2019, p. 49) mencionam que o:
 
Computador é uma máquina que recebe e trabalha os dados de maneira a 
obter um resultado. Para realizar isso, ele é programável, ou seja, responde 
a um grupo de comandos específicos (instruções) de uma maneira bem 
definida e pode executar uma lista pré-gravada desses comandos. Essa lista 
é chamada de programa.
Outra informação de destaque relacionada aos computadores é que eles somente manipulam dados 
no formato binário (base de numeração binária). Essa visão difere da nossa (dos seres humanos), que foi 
largamente condicionada (desde a mais tenra idade) a perceber o mundo no formato decimal (base de 
numeração decimal).
Desta forma, a base de numeração compreendida pelos computadores inclui apenas dois números: 
0 (zero) e 1 (um). Eles representam aquilo que conhecemos por dígitos binários ou, de forma simplificada, 
bits, e a lógica de programação no mais baixo nível (nível de máquina) envolve um conjunto de instruções 
formadas por eles.
Os bits e os bytes (que representam um conjunto de oito bits) são as quantidades utilizadas para 
medir diversas grandezas na informática. Por exemplo, a capacidade de memória de um dispositivo 
é dada normalmente em MB (Mega Bytes) ou GB (Giga Bytes). Recorrendo às redes de computador, 
observamos outro exemplo, no qual a velocidade em um canal de comunicação é dada em kbps (quilo 
bits por segundo), Mbps (Mega bits por segundo) ou Gbps (Giga bits por segundo).
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Unidade I
 Observação
Os computadores tratam e processam todas as informações, dados, 
imagens e sons em formato digital em bits e bytes.
2.1.4 Tipos de computadores
Considerando o conceito de sistema computacional, encontramos diversos tipos de computadores 
no nosso cotidiano. Entre eles, é possível citar: mainframes, supercomputadores, servidores, desktops, 
computadores portáteis (notebooks, tablets, smartphones).
Comecemos pelo mais antigo deles: o mainframe. Ele surgiu por volta da década de 1960 e teve 
a sua fabricação e venda controladas por grandes empresas de informática da época, como a IBM e a 
Burroughs (que posteriormente se fundiu com a empresa Sperry e formou a gigante de informática da 
década de 1990, conhecida como Unisys).
Os mainframes eram conhecidos como computadores de grande porte para processamento de 
enormes massas de dados oriundas das mais diversas aplicações. A sua lógica de operação reside no 
processamento e armazenamento centralizado a partir de dados coletados e disponibilizados por 
terminais burros.
 Observação
Os terminais burros eram as máquinas compostas de teclado, monitor 
e um gabinete contendo pouquíssimos recursos computacionais. Eles não 
tinham capacidade de processamento e armazenamento (daí o nome) e 
operavam como um ponto de acesso ao mainframe para que o usuário 
entrasse com dados ou recebesse informações em sua tela.
Com o passar dos anos, as empresas foram substituindo o mainframe e a arquitetura centralizada por 
outro tipo de computador, chamado de servidor. O servidor é um componente central do funcionamento 
e da operação das aplicações em uma arquitetura de TI. Seus objetivos são: controlar, armazenar e 
compartilhar recursos tecnológicos por meio de uma rede de comunicação de dados.
Guardando sutis semelhanças com os mainframes e servidores, temos os supercomputadores, 
utilizados em tarefas específicas que possuem como premissa a exigência de capacidades 
computacionais extensas e rápidas. Eles precisam ter um altíssimo desempenho e potência, sendo esse 
um dos motivos do seu uso na área militar, na previsão de catástrofes naturais, na previsão do tempo e 
em pesquisas nas áreas de saúde, entre outras.
37
PRINCÍPIOS DE SISTEMAS DE INFORMAÇÃO
A Cray Research foi uma das pioneiras no desenvolvimento de supercomputadores, tendo 
permanecido por um tempo como a principal fabricante deste tipo de tecnologia. Não obstante, após 
alguns anos, ela perdeu espaço para outras empresas, como IBM e Dell, entre outras.
 Saiba mais
Com o objetivo de conhecer quais são os supercomputadores mais 
potentes do mundo, acesse o site a seguir:
TOP500.ORG. TOP500 List – November 2021. 2021. Disponível em: 
https://bit.ly/3GkevqY. Acesso em: 3 dez. 2021.
O outro tipo de computador é o desktop, também conhecido como computador de mesa. 
O grande motivador do seu surgimento foi a evolução das tecnologias de semicondutores, que 
contribuiu com a diminuição do tamanho dos componentes do sistema computacional e com o 
aumento da sua performance.
Os desktops popularizaram-se e tiveram altíssima comercialização na década de 1990, tanto 
nas empresas (em geral e de todos os portes) como na vida pessoal. Tudo graças ao crescimento e à 
disseminação da informática na sociedade.
 Observação
Como a relação custo-benefício no uso dos desktops ainda atrai diversos 
usuários, a sua comercialização continua.
Não obstante, percebemos que alguns anos depois os desktops foram perdendo espaço para os 
computadores portáteis, principalmente devido à redução de preços de notebooks, tablets e smartphones. 
Tudo isso por causa do desejo de mobilidade que todo usuário de plataformas computacionais tem.
Os notebooks têm a sua história iniciada no início da década de 1980, com o Osborne 1, que pesava 
mais de 10 kg. A primeira versão do Osbone não utilizava bateria, mas a posterior possuía uma bateria 
fabricada por terceiros, com autonomia extremamente baixa quando ele estava desligado da tomada.
De forma similar aos desktops e auxiliados pela microeletrônica, os notebooks foram diminuindo de 
tamanho e aumentando em eficiência, passando a preencher espaços antes ocupados pelos desktops 
nas atividades do cotidiano das empresas. É importante destacar também que o desenvolvimento

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