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Fundamentos da técnica cirúrgica - esterilização, desinfecção e antissepsia

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Fundamentos da técnica cirúrgica - esterilização, desinfecção e antissepsia 1
Fundamentos da técnica cirúrgica - esterilização, 
desinfecção e antissepsia
Marcos históricos 
1683 - Leeuwenhoek descobre os micróbios
1857 - Pasteur descobre a pasteurização e a esterilização
Hospital do século XIX 
Construções miseráveis com os doentes amontoados em esteiras no chão ou em pequenas macas, às vezes vários em uma 
só cama.
As mesas de operações eram também as de autopsia.
A infecção alastrava impunemente. ¨Doenças dos hospitais¨- A podridão hospitalar
IMAGEM DO MÉDICO EM HOSPITAL “DE PRIMEIRA” EM 1870:
Usava casaca preta
Bisturi sobressaindo do seu bolso e freqEentemente era amolado na sola do sapato
No botão: fios de linho para suturas
Costumava limpar as mãos no peito da casaca, pois nessa época, os mais sujos eram os que mais trabalhavam
Exames seguidos pela enfermaria, sala de cirurgia,necropsia e enfermaria: raramente lavando as mãos.
Conceitos 
ASSEPSIA → conjunto de medidas que permite manter um ser vivo ou um meio inerte isento de bactérias (o doente, a 
equipe cirúrgica e o ambiente)
ESTERILIZAÇÃO → processo que promove a completa eliminação ou destruição de todas as formas de 
microrganismos presentes (vírus, bactérias, fungos, protozoários, esporos) para um nível aceitável de segurança; o 
processo de esterilização pode ser físico, químico ou físico-químico
DESINFECÇÃO → método capaz de liminar muitos ou todos os microrganismos patogênicos, com exceção dos 
esporos
ANTI-SEPSIA → desinfecção de tecidos vivos, com anti-sépticos
Esterilização
FATORES QUE INFLUENCIAM O CRESCIMENTO BACTERIANO:
Fundamentos da técnica cirúrgica - esterilização, desinfecção e antissepsia 2
Temperatura
Tipo de microrganismo
Fase de crescimento
Ambiente
MICROGANISMOS COM MENOR/MAIOR RESISTÊNCIA:
Métodos de esterilização e desinfecção
FÍSICOS → calor (úmido ou seco), radiação (raios gama e cobalto)
QUÍMICOS → glutaraldeído, formaldeído, ácido peracético, peróxido de hidrogênio, álcool, hipoclorito de sódio
FÍSICO-QUÍMICOS → esterilizadora a óxido de etileno, plasma de peróxido de hidrogênio, plasma de gases (vapor de 
ácido peracético e peróxido de hidrogênio), vapor de formaldeído
obs.: plasma → estado físico da matéria definido como uma nuvem de íons, elétrons e partículas neutras, altamente 
reativas; produzido por aceleração de moléculas por campo eletromagnético (micro-ondas ou radiofrequência)
Esterilização pelo calor úmido 
O calor úmido age por difusão do vapor d’água para dentro da membrana celular (osmose), hidratando o protoplasma 
(parte viva da célula) da célula, produzindo alterações químicas (hidrólise) e coagulando mais facilmente o protoplasma, 
sob a ação do calor.
Fervura 
Temperatura de ebulição varia com a altitude.
Eficiente para a forma vegetativa a 100°C, por 30 minutos.
Esporos e vírus da hepatite resiste até 45 horas de fervura.
CUIDADOS COM O MÉTODO DE FERVURA:
Eliminar bolhas
Eliminar gorduras e proteínas do instrumental
A água fervente tem ação corrosiva.
Autoclave 
Aparelho utilizado para esterilizar artigos através do calor úmido sob pressão. 
Fundamentos da técnica cirúrgica - esterilização, desinfecção e antissepsia 3
❗ESTERILIZAÇÃO → 750mmHg, 121°C, por 30 minutos
Todo artigo resistente ao calor e compatível com umidade deve ser esterilizado pelo autoclave.
Esteriliza: panos, borracha, meios de cultura, solução salina, instrumental, vidraria sem precisão.
obs.: para evitar estragos em panos e borrachas, usar 1150 mmHg, 128°C por 6 minutos
❗EMERGÊNCIA → 1400mmHg, 132°C por 2 minutos
Indicadores 
Indicam se atingiu certa temperatura ou não.
Indicadores → químicos, biológicos e fita adesiva (fita impregnada com tinta termo sensível que muda de coloração 
quando exposta à determinada temperatura)
obs.: integrador fica em contato com o material e mede com maior precisão do que a fita, que nem sempre fica em contato 
com o material
Esterilização pelo calor seco 
MECANISMO DE AÇÃO:
Os microrganismos são carbonizados ou consumidos pelo calor (oxidação)
A estufa é o aparelho mais comum de esterilização por calor seco 
Podemos usar a chama (flambagem) ou a eletricidade (fulguração)
Estufa 
Esteriliza materiais secos: vidraria, seringas, agulhas, pós, instrumentos 
cortantes, gases vaselinadas e furacinadas, óleos, vaselina, etc
Parâmetros para a esterilização → 160 ºC a 170 ºC, por 2 horas (não abrir a 
estufa neste período)
Fundamentos da técnica cirúrgica - esterilização, desinfecção e antissepsia 4
Flambagem e fulguração 
FLAMBAGEM → colocação do material sobre o fogo até que o metal fique vermelho. 
Vantagem → fácil execução
Desvantagem → não é seguro, pode não esterilizar alguns tipos de bactérias pelo baixo tempo de exposição; estraga 
o material.
Uso frequente: laboratórios de microbiologia
FULGURAÇÃO → eletrocauterização (bisturi elétrico) – uso corrente em dermatologia.
Radiações - raios gama/cobalto 
Esteriliza materiais termossensíveis por atuar em baixas temperaturas: seringas, agulhas hipodérmicas, luvas, fios 
cirúrgicos, alimentos e resíduos e medicamentos.
Elevados custos de implantação e controle.
Desinfecção 
CARACTERÍSTICAS DE UM DESINFECTANTE IDEAL:
Amplo espectro
Ação rápida
Não ser afetado por fatores ambientais (luz)
Ativo na presença de matéria orgânica
Compatíveis com sabões, detergentes e outros 
produtos químicos
Atóxico 
Compatível com diversos tipos de materiais
Efeito residual (continua agindo com o tempo, não 
somente na hora)
Fácil manuseio
Inodoro ou cheiro agradável
Glutaraldeído 
EFEITO → germicida, esporocida, fungicida, virucida
AÇÃO → desnaturação proteica
PRODUTOS → cidex, glutacide, glutalabor
MATERIAIS → instrumental óptico, metálico e plasmático
Formaldeído 
ESPECTRO DE AÇÃO → bactericida, fungicida e virucida.
EA → corrosivo, tóxico e irritante das vias aéreas, pele e olho
FORMAS DE USO → líquida e vapor
INDICAÇÕES:
Conservação de peças anatômicas e de tecidos
Preparo de vacinas virais
Forma de pastilhas (Formalina) para esterilização de instrumentais
Forma de pomadas (furacin) para curativos
Fundamentos da técnica cirúrgica - esterilização, desinfecção e antissepsia 5
Ácido paracético 
AÇÃO → esporocida
EFEITO → oxidação, desnaturação protéica, perda da permeabilidade da membrana celular
FORMAS DE USO → líquida e vapor
CARACTERÍSTICAS → volátil, odor pungente, riscos de explosão e incêndio. Inativado na presença de sangue.
APLICAÇÃO → material termossensíveis e passíveis de imersão em meio líquido; hemodiálise; decompõe em produtos 
não tóxicos a saber: ácido acético, água, oxigênio e peróxido de hidrogênio.
Peróxido de hidrogênio 
EFEITO → bactericida, virucida, fungicida, inativa bacilos da tuberculose e esporos.
AÇÃO → produção de radicais hidroxila livres que atacam as membranas lipídicas de DNA do micróbio
CARACTERÍSTICAS:
Esterilizante em formas líquida, gasosa e plasma
A forma de plasma tem perspectivas de substituir o óxido de etileno.
É altamente oxidante, ativo na presença de matéria orgânica, tóxico, irritante para pele e olhos.
STERRAD NX - Plasma de peróxido de hidrogênio
É um equipamento que utiliza peróxido de hidrogênio (água oxigenada a 
58%) em estado especial, o plasma, em baixa temperatura, o que 
possibilita a esterilização em apenas 28 minutos.
Ideal para esterilizar → materiais de vídeocirurgia e materiais 
endoscópicos.
Álcool 
EFEITO → germicida para forma vegetativa, detergente
AÇÃO → precipitação ou desnaturação proteica
ETÍLICO → solução instável, barato, pouco tóxico, higroscópico, evapora rapidamente; não é esporocida
CONCENTRAÇÃO EM PESO → 60-90%
INDICAÇÃO → superfície externa dos materiais superfícies de vidro
CARACTERÍSTICAS DA AÇÃO → ação limitada - evaporação muito rápida
Hipoclorito de sódio 
É o desinfetante mais amplamente utilizado. Ação rápida – baixo custo.
ESPECTRO DE AÇÃO → amplo, agindo até em esporos
É mais conhecido como agente alvejante
Óxido de etileno
É um gás inodoro, sem cor, inflamável eexplosivo.
EFEITO → bactericida, esporocida, virucida
VANTAGENS → esteriliza materiais sem danificar
DESVANTAGENS → ato custo, toxicidade, tempo longo do ciclo
No Brasil, há uma legislação específica sobre o funcionamento das centrais de esterilização por Óxido de Etileno.
Fundamentos da técnica cirúrgica - esterilização, desinfecção e antissepsia 6
Anti-sepsia 
REQUISITOS DE UM ANTI-SÉPTICO:
Amplo espectro de ação antimicrobiana
Alto poder germicida
Ação rápida e prolongada (efeito residual)
Ação preservada na presença de líquidos orgânicos
Pouco efeito colateral
Outras características → solúvel, estável, não corrosivo, odor agradável ou ausente e baixo custo
Iodo 
EFEITO → o mais germicida dos halogêneos
AÇÃO → oxidação, interrompe a síntese de proteínas e ácidos nucleicos.
CARACTERÍSTICAS → tóxico e alergênico; alto tensão superficial (em solução aquosa)
Derivados do iodo - iodóforos
1953 – Shelanski & Shelanski: iodo + polivinilpirrolidona (PVP)
Preservação das propriedades germicidas do iodo. 
VANTAGENS → não queima, não mancha os tecidos, raras reações alérgicas, não interfere no metabolismo, mantém 
ação residual
POVIDINE (polivinil pirolidina - PVPI)
EFEITO → bactericida, virucida e fungicida
AÇÃO → diretamente na proteína, desnaturando-a.
APRESENTAÇÕES:
Degermante – lavagens das mãos e degermação do sítio operatório 
Solução aquosa – feridas abertas ou mucosas 
Solução alcoólica – anti-sepsia da pele integra
Clorohexidina 
EFEITO → contra bactérias gram negativas e gram positivas, fungos, leveduras e vírus
CARACTERÍSTICAS:
Baixa toxicidade
Insolúvel em água
Indicação: pele, mucosas, feridas
APRESENTAÇÕES:
Desgermante → lavagem das mãos e do sítio operatório
Aquosa → mucosas e ferida aberta
Fundamentos da técnica cirúrgica - esterilização, desinfecção e antissepsia 7
Alcoólica → antissepsia da pele íntegra
obs.: não pode misturar 2 antissépticos no paciente 
Álcool - uso como antisséptico 
TÉCNICA PARA HIGIENE COM ÁLCOOL GEL:
1. Antes, durante e após examinar ou prestar alguns cuidados em topografias diferentes no mesmo paciente e entre 
diferentes pacientes.
2. Antes, e após administrar medicamentos
3. Antes, durante e após verificar controles (PA, P, T).
4. Antes, durante e após prestar cuidados aos pacientes portadores de germes multirresistentes.
Limpeza da sala cirúrgica 
ÁGUA + DETERGENTE → limpeza para remoção da sujucidade
ÁLCOOL → desinfecção das superfícies
❗Sala sempre com pressão positiva (ar sai da sala).
Assepsia e técnica cirúrgica 
1. Utilizar técnicas assépticas com paramentação completa antes do procedimento cirúrgico
2. Abrir equipamentos e soluções estéreis imediatamente antes do uso e utilizar técnica asséptica na administração de 
drogas 
3. Degermação do sítio operatório com o mesmo degermante utilizado no banho (geralmente, desgermante e alcóolico) e 
retirada o excesso com compressa estéril com soro fisiológico
4. Anti-sepsia do campo operatório em sentido centrífugo em campo ampliado (da área de “maior importância”, onde 
terá procedimento, para os redores), em sentido unidirecional, com antisséptico na formulação alcoólica, que 
contenha o mesmo princípio ativo que o degermante
5. Manusear tecidos delicadamente, realizar hemostasia eficiente, minimizar a desvitalização dos tecidos e corpos 
estranhos, e erradicar o espaço morto no sítio cirúrgico (fazer a sutura de todos os campos)
6. Utilizar fechamento primário retardado (faz assepsia e antibióticos primeiro, para depois fazer a sutura; pode ser 
necessário reumidificar as bordas para reviver o tecido) ou deixar a incisão aberta se o cirurgião considerar que o 
sítio cirúrgico está grosseiramente contaminado.
7. Se uma drenagem se fizer necessário, utilizar drenos fechados à vácuo. Colocar o dreno por uma incisão separada e 
distante da incisão cirúrgica. Retire o dreno mais precoce possível. 
Fundamentos da técnica cirúrgica - esterilização, desinfecção e antissepsia 8
obs.: a mão do cirurgião não deve ficar abaixo da cintura
Lavagem das mãos, paramentação cirúrgicas e luvas
Anti-sepsia, amplo campo operatório

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