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MEDICINA VETERINÁRIA PROCESSOS BIOLÓGICOS NO ORGANISMO ANIMAL RESUMO: ARTIGO SOBRE ÁCIDOS GRAXOS VOLÁTEIS (AGVs) GERADOS NA DIGESTÃO MICROBIANA DE RUMINANTES E MONOGÁSTRICOS HERBÍVOROS 2018 Os Ácidos Graxos Voláteis, ou apenas AGVs, são compostos orgânicos (ou seja, possuem o carbono como um de seus principais componentes) de caráter hidrofílicos de cadeia curta e com peso molecular pequeno. Um dos principais ácidos graxos voláteis encontrados são, por exemplo, os ácidos fórmico, acético, propiônico e butírico. . Os AGVs são compostos intermediários da digestão microbiana anaeróbica, sendo então um indicativo desse tipo de digestão. Na ausência de oxigênio ocorre a fermentação, realizada na flora ruminal dos animais poligástricos e que é feita a partir de quando os microrganismos utilizam a matéria orgânica para retirar e fornecer elétrons. Sendo assim, a matéria orgânica digerida no processo anaeróbico é tanto reduzida quanto oxidada. Nessa situação, os ácidos graxos voláteis são produzidos ao fim do processo. Ainda sobre os animais poligástricos, sabe-se que a quebra de compostos como o carbono e fibras são realizadas por protozoários, bactérias e fungos presentes no rúmen. Os protozoários são de maioria ciliada e sua presença é aumentada quando a dieta é rica em alimentos concentrados; eles ingerem partículas insolúveis, solúveis e amido. Os fungos, que são anaeróbicos restritos, degradam as fibras e produzem a maior parte dos gases, além de diminuírem a rigidez da parede que compõe as forragens, favorecendo assim a ação das bactérias. As bactérias, então, são responsáveis pela degradação das fibras, além de produzirem os AGVs e as proteínas microbianas. Para isso, é necessário que haja a presença de amônia. Diante disso, afirma-se que quanto maior a concentração de alimentos concentrados maior é a produção dos AGVs e menor será a quantidade de amônia presente no ambiente ruminal. Sobre animais monogástricos herbívoros, considera-se sua alta ingestão de fibras na dieta. Apesar de não conseguirem usar essa fibra como fonte de energia, sua ingestão se faz importante para que a mucosa intestinal se mantenha íntegra e o trânsito intestinal regular, papel este associado à celulose. Além disso, também há o seu valor nutricional. A recomendação de ingestão diária da fibra bruta por coelhos, por exemplo, é entre 12 e 17%. Valores menores que 10% são associados ao aparecimento de diarreia. Sobre a baixa ingestão de fibras e a diarreia em coelhos, teoriza-se que a baixa ingestão de fibras está relacionada ao aumento da quantidade de amido. Esse amido em excesso, quando no ceco, aumenta a produção dos AGVs e beneficiam a proliferação de bactérias não desejáveis, resultando assim no desarranjo intestinal. REFERÊNCIAS MESQUITA, Patrícia da Luz et al. Validação de método de cromatografia líquida para a determinação de sete ácidos graxos voláteis intermediários da digestão anaeróbia. Engenharia Sanitária Ambiental, 2013. BERCHIELLI, Telma Teresinha; RODRIGUEZ, Norberto Mário; DE ANDRADE, Pedro. Concentração, proporção molar e taxa de produção de ácidos graxos voláteis (AGV) no rúmen de bovinos alimentados com diferentes níveis de concentrado na dieta. Revista Brasileira de Zootecnia, p. 511-521, 1996. MACHADO, A. M. C.; JANINI, A. P. R.; VICENTE, E. F. Avaliação de aditivos utilizados para aumento da eficiência nutricional na bovinocultura. Revista Brasileira de Engenharia de Biossistemas, v. 8, n. 3, p. 250-254, 2014. HERRERA, Alexandra del Pilar Naranjo; SANTIAGO, Genário Sobreira; DOS SANTOS MEDEIROS, Silvana Lúcia. Importância da fibra na nutrição de coelhos. Ciência Rural, v. 31, n. 3, p. 557-561, 2001.
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