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SOMENTE SURDOS PODEM PERTENCIER A COMUNIDADE

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SOMENTE SURDOS PODEM PERTENCER A COMUNIDADE SURDA?
A linguagem é parte essencial no desenvolvimento do ser humano. A falta dela pode trazer sérios problemas ao indivíduo no que se refere ao seu desenvolvimento emocional, social e intelectual. A comunicação é um processo de interação no qual se compartilha mensagens, ideias, emoções e sentimentos. No entanto, a comunicação nem sempre ocorre de forma clara, uma vez que há varias crianças, jovens e adultos com surdez e consequentemente dificuldade em se comunicar.
Com o passar do tempo ouve a necessidade de criar uma língua onde as pessoas com surdez pudessem se comunicar. Assim surgiu a Língua de Sinais, que através dela os surdos podem se comunicar tão bem quanto os ouvintes. Nesse sentido a Língua de sinais é uma língua visoespacial, pois utiliza a visão e o espaço, faz uso de movimentos expressões corporais e faciais que são facilmente percebidos pela visão.
Logo, uma comunidade de surdos pode ser composta, também, por pessoas não surdas, mas que fazem parte da rede de apoio. É importante que a família participe do aprendizado da língua de sinais, para que tenha condições de interagir com os filhos, a fim de acompanhar o seu desenvolvimento. Em relação a criança surda, é imprescindível que seja oferecida o mais cedo possível a oportunidade do contato com pessoas surdas, usuárias da língua de sinais, para aquisição da mesma. A respeito desta afirmação Silva (2001, p.47) sustenta:
Outros estudos feitos por vários pesquisadores assinalam que os surdos, a exemplo dos ouvintes, podem se desenvolver linguisticamente, desde que sejam expostos à Língua de Sinais o mais cedo possível; se isto não acontecer, o desenvolvimento global do indivíduo surdo poderá ser afetado de modo significativo.
Com o passar do tempo surgiu o interprete de língua de sinais, este é o profissional que tem domínio na língua de Sinais e na língua oral. Tal profissional exerce sua função em diferentes ambientes e situações, por isso deve lembrar da importância da qualificação para sua atuação, desse modo deve conhecer e aplicar as técnicas de interpretação e tradução. Em relação aos ambientes que estes profissionais atuam, a escola é um dos lugares onde este profissional pode atuar. Sua função pode ser exercida em diferentes níveis de ensino, realizando suas atividades sozinho.
Referencias: 
GUARINELLO, Ana Cristina. O papel do outro na escrita de sujeitos surdos. São Paulo: Plexus, 2007.
PEREIRA, Maria Cristina Pires. Interpretação Interlingüe: as especificidades da interpretação de língua de sinais. Cadernos de Tradução, vol. 1, nº 21, p.135-156, 2008.
SILVA, Marília da Piedade Marinho. A construção de sentidos na escrita o aluno surdo. São Paulo: Plexus editora, 2001.

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