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RESUMO APGS PARA N1 Anatomia do sistema cardiovascular: O sistema cardiovascular é composto pelo coração e pelos vasos sanguíneos que transportam o sangue O coração está localizado na parte posterior ao osso esterno e na região do mediastino Cada lado do coração tem duas câmaras, uma de recepção e outra de expulsão do sangue, os átrios e ventrículos Valvas atrioventriculares: mitral e tricúspide e valvas semilunares aórtica e pulmonar Do lado direito temos as valvas tricúspide e pulmonar e do lado esquerdo temos mitral e aórtica Os átrios tem parede muscular mais fina do que os ventrículo e mudanças nessa conformação podem indicar patologia Camadas do coração: O revestimento do coração é feito pelo pericárdio uma membrana que contem duas camadas: fibroso e seroso O seroso tem duas camadas, a parietal que fica em contato com o pericárdio fibroso e a visceral que fica em contato com o miocárdio e pode ser chamada de Epicardio o, entre elas temos a cavidade pericárdica onde se encontra o liquido que faz a proteção mecânica do coração. De dentro para fora: 1- Endocárdio em contato com o sangue 2- Miocárdio camada muscular 3- Epicardio que é a lâmina visceral do pericárdio 4- Camada pericárdica 5- Lâmina parietal do pericárdio 6- Pericárdio fibroso Vasos que saem do coração: Aorta: Sai do ventrículo esquerdo pela valva aórtica e tem três ramificações: 1- Tronco braquiocefalico: origina a carótida direita e subclávia direita 2- Carótida esquerda 3- Subclávia esquerda As carótidas irrigam a cabeça e as subclávias irrigam os membros superiores A aorta ainda se ramifica em torácica e abdominal Artéria pulmonar direita e esquerda que saem do ventrículo direito e vão para os pulmões Veias pulmonares direita e esquerda que chegam no coração no átrio esquerdo Cavas inferior e superior que chegam no átrio direito trazendo o sangue do corpo Anatomia dos vasos sanguíneos: Artéria elástica: são encontradas na aorta e em seus ramos principais e tem maior quantidade de fibras elásticas na túnica média, absorvem o impacto do fluxo sanguíneo. Artéria muscular: são os vasos distribuidores do corpo e são caracterizadas por uma espessa camada muscular (túnica media), podem chegar até 40 camadas musculares Artéria de pequeno calibre: também são artérias musculares, porém podem chegar até 8 camadas musculares. Arteríolas: são os ramos finais do sistema arterial e tem de 1 a 2 camadas musculares com túnica adventícia pouco desenvolvida. Vênulas: se conectam com os capilares e são as veias que contém uma, duas ou nenhuma camada muscular Veias de pequeno, médio e grande calibre: variam as camadas musculares Capilares fenestrados caracteriza-se pôr apresentar orifícios ou fenestras na parede das células endoteliais, encontrados no rim, intestino e glândulas endócrinas Capilares contínuos: é caracterizado pela ausência de fenestras em sua parede. As células endoteliais são unidas por junções de oclusão e aderência, encontrado no sistema nervoso principalmente Capilares descontínuos: Suas células endoteliais formam uma camada descontínua e são separadas umas das outras por espaços amplos que comunicam o capilar com o tecido subjacente. São encontrados principalmente no fígado, e em órgãos hematopoiéticos, como a medula óssea e o baço. Estas particularidades estruturais sugerem a existência nos capilares sinusóides, de condições que tornam mais fácil e mais intenso o intercâmbio de substâncias entre o sangue e os tecidos. Em teoria as artérias carregam sangue oxigenado e as veias sangue desoxigenado, mas existem duas exceções: 1- Artérias pulmonares que carregam sangue desoxigenado para os pulmões 2- Veias pulmonares: trazem o sangue oxigenado Circulação sanguínea: 1- O sangue chega desoxigenado no átrio direito através das veias cavas superior e inferior. 2- Do átrio direito ele passa para o ventrículo direito através da valva tricúspide 3- Do ventrículo direito ele percorre até os pulmões passando pela valva pulmonar através as artérias pulmonares onde no pulmão vai sofrer trocas gasosas e captar oxigênio 4- Do pulmão ele retorna para o coração através das veias pulmonares até o átrio esquerdo e passa para o ventrículo esquerdo pela valva mitral 5- Do ventrículo esquerdo ele percorre a aorta, passando pela valva aórtica, que tem suas ramificações e vai pela circulação sistêmica todo o corpo e retorna para o coração no átrio direito como citado. Ciclo cardíaco: O ciclo corresponde aos eventos que ocorre entre o início de um batimento e o início do próximo. Fases do ciclo: 1- Contração isovolumétrica: os ventrículo acabaram de receber o sangue dos átrios e todas as valvas estão fechadas tem aumento da pressão e volume não altera 2- Ejeção ventricular: a pressão dos ventrículos supera a pressão dos vasos e o sangue começa ser ejetado dos ventrículos, nesse momento as valvas AV estão fechadas e as semilunares abertas e o sangue é ejetado 3- Relaxamento isovolumétrica: todas as valvas fechadas não alteram volume e não altera pressão nos ventrículos 4- Final da diástole: abre as valva AV e os ventrículos se enchem passivamente 5- Sístole atrial: a contração atrial ocorre e o restando o sangue vai para os ventrículos Mecanismos de controle da PA: PA= DEBITO CARDIACO X RESISTENCIA PERIFICA TOTAL O controle da pressão artéria é feito por mecanismos diversos de natureza neural e hormonal, sendo eles: 1- Reflexo barorreceptor 2- Sistema renina-angiotensina-aldosterona 3- Quimiorreceptores (centrais e periféricos) Quimiorreceptores: Centrais: localizados no bulbo são sensíveis a mudança de pressão parcial de CO2 Periféricos: localizados no arco aórtico e na bifurcação da carótida e são sensíveis a mudança da pressão parcial de O2. Reflexo barorreceptor: É um sistema neural O sistema mais relevante para regulação da PA é o sistema nervoso central, sendo ele o simpático e parassimpático. É o mecanismo mais rápido, causa aumento muito rápido da PA. Reflexos rápidos que visam a manter a PA constante por meio de alterações nas aferencias do SNS E SNP Como ocorre: 1- Detecção de alterações na PA pelos barorreceptores (sulco carotídeo e no arco da aorta) 2- O estimulo é enviado para o tronco cerebral pelo nervo vago ou glossofaríngeo Vago: responde a alterações de aumento na PA Glossofaríngeo: Responde a diminuições da PA 3- Integração no trato solitário no bulbo que ativa as fibras simpáticas ou parassimpáticas dependendo do sinal. Sistema nervoso parassimpático: Termina suas fibras no nó sinoatrial liberando acetilcolina e diminuem a frequência cardíaca Sistema nervoso simpático Atua também no nó sinoatrial liberando adrenalina e aumentando a frequência cardíaca, também atua no musculo cardíaco aumentando a força de contração do mesmo. Por fim atua nas arteríolas causando vasoconstrição e aumentando a resistência periférica total. Causa vasoconstrição venosa também. 1- Constrição das arteríolas (maior resistência) 2- Veias se contraem fortemente (maior força de contração, de deslocamento de sangue para o coração, de volume nas câmaras cardíacas e quantidade de sangue bombeado) 3- Coração é diretamente estimulado pelo SNA (liberação de noradrenalina pelo SNS simpático que aumenta a frequência cardíaca, a força contrátil e o bombeamento cardíaco) Sistema renina angiotensina aldosterona: É o sistema lento de regulação, responde basicamente a quedas na PA Como ocorre: 1- Diminuição da PA é detectada pelos mecanorreceptores nas arteríolas aferentes renais 2- Sinal é enviado para as células da justa glomerulares que secretam renina 3- Renina converte angiotensinogênio em ANG 1 4- ANG 1 é convertida em ANG 2 pela ECA nos rins enos pulmões. 5- ANG 2 se liga ao receptor AT1 e então começa a atuar no organismo. ANG 2 causa: Vasoconstrição Atua no córtex adrenal para estimular a secreção de aldosterona que atua a reabsorção de água Atua no hipotálamo no centro da sede Atua no rim aumentando a absorção de sódio e bicarbonato que consequentemente aumenta a absorção de água Manifestações da adrenalina no corpo: A adrenalina é um hormônio produzido e liberado pela glândula suprarrenal em situações em que o sistema nervoso simpático é ativo (luta ou fuga) Quando tem estresse o SNA é ativado e pela inervação simpática vai ativar a suprarrenal que vai liberar adrenalina. Respostas fisiológicas a adrenalina: Aumento de frequência cardíaca, contratilidade e velocidade de condução. Vasoconstrição no sistema digestivo e vasodilatação no musculo Estimulação excessiva pode lecionar os vasos Dilatação das pupilas Músculos mais tensos Respiração mais rápida Transpiração maior – Definição hipertensão arterial sistêmica Doença crônica não transmissível multifatorial caracterizada pela elevação prolongada da PA no interior dos vasos da circulação arterial Fator de risco primário para doenças cardiovasculares e aumenta o risco de diversas doenças como cardiopatia isquêmica, ICC, AVE, doenças renais. Hipertensão resistente: quando se usa mais de 3 medicamentos, sendo um diurético, e não tem melhora Hipertensão controlada: até 3 medicamentos Fatores de risco para pressão arterial: 1- Genética: por conta dos genes associados 2- Idade: por conta do enrijecimento progressivo das artérias 3- Sexo: maior em homens 4- Etnia: maior em negros por conta do aumento da sensibilidade ao sal e fatores genéticos 5- Histórico familiar: maior frequência em indivíduos que tem histórico familiar 6- Obesidade: leptina, hormônio derivado dos adipócitos aumenta a atividade simpática cardiovascular. Os adipócitos também produzem angiotensinogênio que ativa o SRAA e aumenta o nível de aldosterona consequentemente e tudo isso leva ao aumento da PA. 7- Ingestão de sódio e potássio 8- Sedentarismo 9- Álcool: enrijecimento das artérias 10- Tabagismo: as toxinas do tabaco produzem reação inflamatória que contribui para o surgimento de aterosclerose Apneia obstrutiva do sono (AOS): A uma clara evidencia da relação entre AOS e HA, quando a muita interrupção durante o sono a qualidade e quantidade de sono cai interfere no ciclo circadiano normal onde causa com que a queda de PA que ocorre durante o sono não ocorra. Fisiopatologia Hipertensão primaria: Não causada por outra patologia, fatores modificáveis e não modificáveis não origem a essa classe Resultante de polimorfismo genético e fatores ambientais que contribuem para a diminuição de excreção de sódio, o que aumenta o volume sanguíneo, e alterações na parede vascular como o espessamento e o enrijecimento, que causam aumento da RP. Tudo isso causa aumento da PA. A fisiopatologia da hipertensão primaria está relacionada com os fatores de risco antes citados, modificáveis e não modificáveis, Hipertensão secundaria: quando outra patologia pregressa causou a elevação da pressão. Entre as causas mais comuns de doença arterial secundaria temos as doenças renais, distúrbios hormonais, Feocromocitoma, coarctação da aorta e uso de anticoncepcionais orais. 1- Hipertensão renal: diversos problemas renais causam a diminuição da formação de urina e retenção de sódio e água. Também pode ocorrer diminuição do fluxo sanguíneo nas artérias renais, causada normalmente por aterosclerose, o que causa uma ativação indevida do SRAA. 2- Distúrbios hormonais: disfunção na secreção de hormônios adrenocorticais que levam a elevação da PA pois esses hormônios aumentam a retenção de água e sódio nos rins. 3- Feocromocitoma: tumor no tecido cromafinico que contém células nervosas simpáticas, comumente localizada no córtex da glândula suprarrenal e nos gânglios simpáticos., dependendo de sua localização ativa o mecanismo que regula a PA e causa disfunção no mesmo. 4- Coarctação da aorta: condição congênita onde a o estreitamento do arco aórtico e por isso aumenta a resistência do fluxo sanguíneo na região e consequente aumento da PA no ventrículo. 5- Anticoncepcionais orais: não a uma explicação muito clara, mas acredita-se que aumente o volume sanguíneo e a retenção de sódio. Diagnostico e resultado: Diagnosticada por meio de aferições sequenciais da PA, as aferições devem ocorrer com o indivíduo relaxado e que ele não tenha ingerido cafeína e não tenha fumado. As aferições devem ocorrer com intervalo de 3 minutos entre elas e se diferem em mais de 5mmg entre as duas o processo deve ser repetido. Para um diagnóstico exato deve ser realizado diversas aferições durante meses e em diferentes ambientes para que outras hipóteses, como a hipertensão do jaleco branco, sejam excluídas PA sistólica maior que 140 e PA diastólica maior que 90, medida com a técnica correta em duas ocasiões diferentes e quando possível por meio da avaliação fora de consultório por meio da monitorização ambulatorial de PA (MAPA), monitorização residencial da PA (MRPA) ou auto medida da PA (AMPA) Exames complementares: Exames de rotina devem ser realizados com o paciente para que a hipótese de lesão de órgãos alvo seja avaliada e também se for um caso se hipertensão secundaria é necessário achar a patologia associada com o aumento da PA, sendo eles: 1- Urina: funcionamento renal para verificação de uma possível disfunção renal, avaliar funções tubulares e sua integridade e detectar distúrbios tubulares. 2- ECG convencional 3- Ritmo de filtração glomerular: utilizado para verificar se o ritmo de filtração glomerular está correto podendo detectar casos de insuficiência renal ou retenção de substancias toxicas. 4- Sangue: Creatinina plasmática e ácido úrico: avaliam a função renal, altos níveis de creatinina e ácido úrico no sangue demonstrando falha da função renal pois eles devem ser excretados. Nível alto de ácido úrico demonstra um risco de desenvolvimento de GOTA (inflamação nas articulações). Potássio plasmático: avaliação do equilíbrio eletrolítico e possível hiperaldoteronismo. Glicemia em jejum: analise de diabetes que aumenta o risco cardiovascular pois o excesso de glicose no sangue aumenta o enrijecimento das artérias e por consequência a PA. Colesterol total: avaliação do perfil lipídico principalmente pensando em risco de aterosclerose. Remodelamento causado pela HAS: O remodelamento causado pela HAS é concêntrico, os seja, tem aumenta da espessura do musculo cardíaco A sobrecarga mecânica imposta pela hipertensão causa um aumento da por carga do coração e esse aumento determina um adaptação miocárdica que resulta no aumento da massa ventricular. O aumento persistente da pós carga faz com que ocorra expansão da massa, multiplicação de mio fibras em paralelo no ventrículo, aumento da espessura dos miócitos e aumento de deposição de matriz extracelular. Resumindo: a elevação da PA aumenta a carga de trabalho do ventrículo esquerdo e com o passar do tempo a parede ventricular sofre hipertrofia para compensar o aumento do trabalho em decorrência da pressão. A hipertrofia é fator de risco para cardiopatia coronariana, arritmias cardíacas, ICC e morte subida, já que o ventrículo não consegue bombear com eficiência. Complicações ocasionadas pela HAS: Todas as complicações associadas a HAS estão relacionadas com a lesão dos órgãos alvos que a mesma causa quando está descontrolada, além disso também pode causar lesão no endotélio dos vasos e aumentar a chance de doença aterosclerótica. A primaria por se tratar de quase sempre assintomática pode evoluir rapidamente e atingir os órgãos alvo e só assim demonstrar manifestações clinicas.A lesão de órgãos alvo afeta normalmente aqueles que são muito vascularizados, incluindo coração, cérebro, rins e retina dos olhos, sendo assim a hipertensão é causa líder para: cardiopatia, doença cerebral isquêmica e comprometimentos visuais. 1- Coração: angina, infarto do miocárdio, insuficiência 2- Cérebro: AVE, demência e comprometimento cognitivo, hemorragias intracerebral 3- Rins: doença renal crônica e insuficiência renal 4- Olhos: retinopatia Adesão ao tratamento: A adesão ao tratamento farmacológico envolve diferentes elementos que constituem esse processo: o indivíduo, o tratamento, a doença, os serviços, os profissionais de saúde, bem como o meio social e cultural do usuário e de sua família. Para que a adesão seja alcançada, são necessários o alinhamento e a organização desses elementos. A adesão ao tratamento de uma doença consiste em seguir o que foi proposto pelos profissionais de saúde. No que se refere ao tratamento farmacológico, a não adesão significa o abandono do uso dos medicamentos, sem orientação médica ou a execução de forma irregular do tratamento, seja na prática de atrasar a tomada do medicamento ou de realizar pequenas interrupções da terapêutica prescrita. A baixa adesão ao tratamento é um dos principais fatores para a persistência de valores elevados da PA. A adesão é importante para que a lesão dos órgãos alvo não ocorra e as possíveis complicações sejam controladas, caso isso não ocorra a lesão pode persistir e levar a óbito. – Mecanismo de ação dos anti-hipertensivos e tratamento não farmacológico: O objetivo do tratamento com anti-hipertensivos é: Reduzir a morbidades vascular Diminuir o risco para doenças cardiovasculares Redução de lesão em órgãos alvo Manter a PA sistólica abaixo de 140 e a PA diastólica abaixo de 90 Classificados em: Diuréticos Inibidores do sistema nervoso central Vasodilatadores diretos Bloqueadores das canais de cálcio Inibidores da ECA (IECAS) Inibidores do receptor da ANG 2 (BRAS) Inibidores da renina Diuréticos: Reduzem o volume e o debito cardíaco porem podem causar aumento da resistência periférica que pode normalizar em 6 a 8 semanas. São o tratamento adequado para hipertensão leve e moderada Aumentam a excreção de água e sódio Seguros, baratos e eficazes Classes dos diuréticos: Poupadores de potássio: Atuam no ducto coletor Não promovem a excreção de potássio Utilizados em associação com as outras classes para reverter a possível hipopotassemia causada por estes Podem atuar de diversas formas como a amilorida e triantereno que inibem o transporte de sódio epitelial e a espironolactona e eplerenona que atuam sendo antagonistas da aldosterona De alça: Atuam na alça de henle Bloqueiam a reabsorção de sódio e cloreto e diminuem a resistência vascular renal o que aumenta o fluxo sanguíneo renal. Causam a inibição reversível e competitiva do cotransportador de sódio-potássio-cloreto nos rins Tiazídicos: Atuam no túbulo contorcido distal Bloqueiam o NCC, cotransportador de cloreto e sódio Causam diminuição de debito, volume e resistência periférica Podem causar: hipopotassemia, hiperuricemia e hiperglicemia Beta bloqueadores: Atuam bloqueando os receptores beta causando diminuição do debito cardíaco e diminuição da atuação do sistema nervoso simpático Beta 1: é um receptor especifico do coração e tem função de aumentar o debito cardíaco, frequência e volume ejetado, também está associado a secreção de renina pelas células justa glomerulares Beta 2: receptor que se encontra em diversos locais como no pulmão, causando bronquiodilatação e nos músculos liso causando relaxamento visceral. Dessa forma existem: Betabloqueadores não seletivos como o propranolol, nadolol e pindolol que inibem beta 1 e 2 Betabloqueadores cardiosseletivos como o atenolol, metaprolol e nebivolol que inibem apenas beta 1 Além disso alguns betabloqueadores tem a ação vasodilatadora como um extra além das sua função como o carvedilol Efeitos adversos, os que não são seletivos tem mais efeitos adversos pois não agem somente no coração e não são indicados para pacientes com asma pois inibem a ação bronquiodilatadora. Alguns dos efeitos adversos são: hipotensão, bradicardia, fadiga, insônia e disfunção sexual Inibidores da enzima conversora de angiotensina (IECAS) Primeira linha para tratamento de pacientes que tem hipertensão e mais alguma doença como, diabetes, AVE, ICC ou que já infartaram. Diminuem a resistência vascular periférica pois inibem a conversão de ANG 1 em ANG 2 (vasoconstritora). A ECA é responsável por degradar a bradicinina, um potente vasodilatador, e por isso quando ocorre a inibição da ECA mais bradicinina fica disponível. Também causam diminuição na secreção de aldosterona Efeitos adversos: tosse seca, erupção cutânea, hipopotassemia, hipotensão. Bloqueadores do receptor de angiotensina 2 (BRAS) Primeira linha de tratamento alternativo para os IECAS Bloqueiam AT1, receptor de ANG 2 Não interferem nos níveis de bradicinina Produzem vasodilatação e bloqueiam a secreção de aldosterona e reduzem a retenção de água e sal Efeitos adversos: os mesmo que os IECAS, mas em menor gravidade Inibidores da renina: Bloqueiam a ação da renina para que o restante da cascata não aconteça Não se recomenta a utilização do mesmo com nenhuma outra medicamento que também atue no SRAA pois aumenta a ocorrência de efeitos adversos Efeitos adversos: tosse, diarreia, angioedema Bloqueadores dos canais de cálcio: São antagonistas dos canais de cálcio, bloqueando-os causando menor capacidade de contração do musculo, causando relaxamento da musculatura lisa das arteríolas Classificados em: di-hidropiridinas: são vasoseletivos e por isso tem efeito vasodilatador maior não di-hidropiridinas: não são vasoseletivos efeitos adversos: hipotensão, edema periférico, cefaleia, vertigem e rubor. Vasodilatadores diretos: Representantes: Hidralazina e Minoxidil Relaxam diretamente a musculatura lisa vascular e assim diminuem a resistência periférica Não são utilizados como tratamento primário e são usados na hipertensão moderada e grave, sua retirada deve ser gradual Utilizados em conjunto com os betabloqueadores e diuréticos Um efeito adversos é o aumento da secreção de renina o que causa aumento da PA Efeitos adversos: retenção, taquicardia e hipervolemia Agentes de ação central/alfabloqueadores Clonidina e metildopa: agentes de ação central Atuam bloqueando os receptores de alfa 1 (alfabloqueadores) e ativam alfa 2 (agentes de ação central) Alfa 1: associado ao aumento da PA Alfa 2: promove menor liberação de noradrenalina, efeito simpático inibitório Tratamento não farmacológico: O tratamento inicial da HA deve ser realizado com medidas gerais, como: Diminuição da ingestão de sal: evitar alimentos industrializados e processados e não acrescentar sal aos alimentos prontos Manter o peso ideal Praticar atividade física regular Reduzir ou eliminar a ingestão de bebidas alcoólicas Aumentar ingestão de alimentos ricos em potássio Abandonar o tabagismo Evitar o estresse. Atividade física aeróbica regular Aumento do consumo de frutas e hortaliças e redução de peso na presença de obesidade ou sobrepeso Exames clínicos e laboratoriais na HAS e suas alterações Exames complementares: Exames de rotina devem ser realizados com o paciente para que a hipótese de lesão de órgãos alvo seja avaliada e também se for um caso se hipertensão secundaria é necessário achar a patologia associada com o aumento da PA, sendo eles: 1- Urina: funcionamento renal para verificação de uma possível disfunção renal, avaliar funções tubularese sua integridade e detectar distúrbios tubulares. 2- ECG convencional 3- Ritmo de filtração glomerular: utilizado para verificar se o ritmo de filtração glomerular está correto podendo detectar casos de insuficiência renal ou retenção de substancias toxicas. 4- Sangue: Creatinina plasmática e ácido úrico: avaliam a função renal, altos níveis de creatinina e ácido úrico no sangue demonstrando falha da função renal pois eles devem ser excretados. Nível alto de ácido úrico demonstra um risco de desenvolvimento de GOTA (inflamação nas articulações). Potássio plasmático: avaliação do equilíbrio eletrolítico e possível hiperaldoteronismo. Glicemia em jejum: analise de diabetes que aumenta o risco cardiovascular pois o excesso de glicose no sangue aumenta o enrijecimento das artérias e por consequência a PA. Colesterol total: avaliação do perfil lipídico principalmente pensando em risco de aterosclerose.: Manifestações clinicas da HAS e ICC: Manifestações clinicas da HAS: Primária: normalmente assintomática e os sintomas estão relacionados a um quadro de longo prazo quando já foram atingidos oragos alvo, como rins, olhos, coração e vasos sanguíneos. Secundaria: apresentam também manifestações ocasionadas por lesões de órgãos alvo e manifestações relacionadas a patologia causadora da hipertensão Lesão de órgãos alvo: é ocasionada pelo aumento da perfusão causada pela hipertensão, ocorre normalmente em órgãos que são bastante vascularizados ou que dependem de perfusão constante e em grande quantidade, como o cérebro, além disso a alta pressão pode causar lesões nas células endoteliais dos vasos causando maior chance de formação de placas ateroscleróticas. Os principais órgãos afetados são: 1- Coração: Isquemia com angina, infarto do miocárdio e ICC 2- Cérebro: AVE, e crise isquêmica temporária 3- Rins: DRC e Insuficiência renal 4- Olhos: doenças da retina como retinopatia 5- Disfunção sexual Insuficiência cardíaca: • Condição progressiva, com prognostico ruim, que ocorre quando o coração é incapaz de bombear sangue suficiente para suprir as demandas metabólicas do organismo. • O coração não consegue bombear sangue suficiente e com pressão correta para que ocorra a perfusão adequada dos órgãos. • Sua etiologia é múltipla e ela pode ser consequência de inúmeras outras patologias que acometem tanto coração quanto outros órgãos e normalmente é o estágio final de muitas cardiopatias crônicas • Normalmente se estabelece de modo insidioso, devagar e sem muitas manifestações por conta de ser cumulativa e progressiva. Conceitos: • Pré carga: volume de sangue que enche o ventrículo direito durante a diástole • Pós carga: trabalho necessário para abrir as valvas, ejetar o sangue através delas e empurrar o sangue para os vasos. • Reserva cardíaca: capacidade de resposta a maior demanda de trabalho, tanto de pré quanto de pós carga, aumenta para que o DC se mantenha adequado, em outras palavras é a capacidade do coração elevar o debito durante o aumento de atividade. Pessoas com ICC ativam a sua reserva cardíaca até mesmo em repouso Classificação Pode ser classificada em aguda, crônica, sistólica, diastólica, direita, esquerda e global • Sistólica: resulta da contração ventricular inadequada o que reduz a fração de sangue ejetado, com isso o ventrículo acumula cada vez mais sangue e se dilata • Diastólica: defeito no enchimento ventricular por conta de um relaxamento ventricular deficiente, um exemplo é a pericardite que atua diminuindo a contração ventricular, nesses caos não a dilatação ventricular porem tem sinais de congestão pulmonar • Direita: sinais de congestão sistêmica como hepatomegalia, edema periférico. • Esquerda: sinais pulmonares, como dispneia. De modo geral, a IC se manifesta de forma rápida em um só lado, após isso se torna a insuficiência global com ambos os sintomas. Dilação ventricular: Os miócitos cardíacos tem a capacidade de se adaptar as sobrecarga de trabalho reunindo um maior nível de sarcômeros em paralelo ou em serie dependendo do que é necessário 1- Hipertrofia concêntrica: ocorre nos estados de sobrecarga de pressão, como na ICC diastólica, novos sarcômeros são adicionados em paralelo aumentando a espessura do miocárdio e diminuindo o lumem cardíaco. 2- Hipertrofia excêntrica: ocorre nos estados de sobrecarga de volume, como na ICC sistólica, os sarcômeros são adicionadas em série aumentando o comprimento da fibra o que diminui a espessura da parede a aumenta o lumem da cavidade Manifestações clinicas da ICC: Direita: • Edema e ascite posturais • Congestão dos tecidos periféricos • Anorexia e desconforto do GI • Perda de peso • Congestão do trato GI • Congestão hepática • Sinais • Relacionados ao comprometimento da função hepática • Os efeitos da ação da gravidade fogem com que o edema seja mais pronunciado nos partes inferiores do corpo, principalmente quando a pessoa está na posição ortostática • Aspectos macroscópicos caraterísticos da congestão hepática • Na região centro lobular há dilatação das veias, acumulo de hemácias e ausência de hepatócitos Esquerda: • Espessamento dos septos alveolares • Congestão pulmonar • Comprometimento da troca gasosa • Edema pulmonar • Intolerância a atividades e sinais de diminuição da perfusão tecidual • Cianose e sinais de hipoxia • Diminuição da DC • Dispneia e ortopneia • Na região periférica dos lóbulos há hepatócitos normais • Derrames pleurais surgem da pressão elevada dos capilares da pleura • Acumulo de hemossiderina no interior dos macrófagos alveolares – Epidemiologia: • É uma das 17 doenças tropicais listadas pela OMS • Endêmica em 21 países da américa latina • Afeta de 6 a 7 milhões de pessoas • 30 mil novos casos por ano e 10 mil óbitos por ano • 65 milhões de pessoas vivem em área de risco • Com a globalização o número de casos aumentou na Europa, EUA e demais países desenvolvidos • Prevalência de 1,9 a 4,6 milhões de pessoas no brasil • Áreas de maior destaque: Pará, Amapá e região norte. • Dia 14 de abril: dia mundial da doença de chagas • Casos registrados em 17 dos 50 países da Europa (globalização) Fisiopatologia Definição: • Zoonose causada pela infecção do protozoário trypanosoma cruzi • Transmitida por diversos vetores sendo os principais o Triatoma, Panstrongylus e Rhodnius, todos barbeiros • Formas de transmissão: vetorial, transfusão de sangue e órgãos, congênita, oral, leite materno, coito Curso clinico: Apresenta curso clinico com duas fases, a primeira aguda, que pode ser assintomática ou não, e a segunda crônica que pode se manifestar de diversas formas: forma indeterminada, cardíaca, digestiva ou mista. Fase aguda: • Se inicia após 4 a 10 dias no modo de transmissão vetorial ou pode variar em até 20 a 40 dias após a contaminação por transfusão. • Normalmente assintomática em indivíduos saudáveis e pode apresentam sintomas em indivíduos imunossuprimidos, é mais aparente em crianças menores que 4 anos. • A fase aguda dura em torno de 60 dias e se não tratada evolui para a crônica • Em casos raros o indivíduo desenvolver após a fase aguda a fase subaguda onde desenvolve um quadro grave de insuficiência cardíaca e normalmente óbito. • Essa fase é caracterizada por intensa multiplicação e invasão de células, no sitio de infecção ocorre uma resposta inflamatória. Fase crônica: Tem tempo ilimitado e evolui ao longo do tempo, anos ou décadas, os órgãos mais atingidos são o coração e trato digestivo, mas pode atingir as suprarrenais e musculatura esquelética. Ao contrário da fase aguda o parasitismo tecidual e sanguíneo é quase escasso e o nível de anticorpos é elevado A fase crônica se apresenta sob as formas anatomoclinicas: 1- Indeterminada 2- Cardíaca 3- Digestiva4- Reativa Forma indeterminada: A fase crônica quase sempre se instala na forma indeterminada, caracteriza-se por ausência de sinais e sintomas, com eletrocardiograma normal e estudo radiográfico sem alterações, a forma indeterminada ainda pode evoluir para uma crônica após 10-20 anos podendo apresentar qualquer uma das formas, cardíaca ou digestiva. Para determinar a forma indeterminada leva-se em consideração os seguintes parâmetros: (1) positividade de exames sorológicos e/ou parasitológicos; (2) ausência de sinais ou sintomas da doença; (3) eletrocardiograma convencional normal; (4) coração, esôfago e cólon radiograficamente normais Forma cardíaca: • É a mais prevalente • Ocorre diminuição da massa muscular em decorrência da destruição progressiva dos cardiomiocitos • Pode ocorrer fibrose no tecido cardíaco o que diminui a transmissão de estimulo elétrico • Acometimento do sistema excito condutor por inflamação ou fibrose pode causar bloqueio de condução • Destruição da inervação intrínseca simpática e parassimpática Forma digestiva: São definidas como megas do trato digestivo e são a forma mais grave de DC, normalmente se iniciam como distúrbios funcionais do trato GI e por fim causam megaesôfago ou mega cólon. As megas consistem em dilatações permanentes e difusas das vísceras e canais com um aumento de massa muscular e alongamento do órgão. No esôfago, quando a destruição neuronal compromete pelo menos 50% dos neurônios do plexo mientérico, desorganiza-se a atividade motora do órgão; se a destruição atinge 90%, surge dilatação progressiva. No cólon, a dilatação se inicia quando 55% dos neurônios mientéricos são destruídos Manifestações clinicas Fase aguda: Se inicia com os sintomas ocasionadas na porta de entrada do parasita, que pode ser pelas conjuntivas ou diretamente na pele, ocasionando o sinal de Romaña e os chagomas de inoculação Nos casos de transmissão via oral tem algumas peculiaridades como lesões na pele com edema discreto seguindo de descamação dessas aéreas no final da fase ajuda Outro sinais da fase aguda: • Linfadenite satélite • Parasitemia elevada • Intenso parasitismo tecidual • Processo inflamatório intenso • Febre elevada acima de 37,5 • Diarreia • Vomito • Cefaleia • Mialgia • Tosse • Palpitações • Hepato e esplenomegalia Fase crônica: Caracteriza-se os sintomas dependendo de qual forma a doença toma. Indeterminada: • Sem sintomas Cardíaca: • Aumento da área cardíaca • Fibrose no coração • Taquicardia • Arritmia • ICC • Edema • Dispneia • Trombose Digestiva: • Constipação • Dificuldade de deglutição • Regurgitação • Dor • Soluços • Intensa salivação • Obstrução intestinal Clico da doença 1- Tripanossoma cruzi se alimenta do sague do hospedeiro e ao mesmo tempo defeca na pele. 2- Tripomastigota metaciclicos penetra a pele, se transforma em amastigotas e começa a invadir as células a. Os parasitos contêm uma membrana capaz de se ligas aos resíduos de açúcar que se encontram na superfície da célula b. A decomposição de proteínas do hospedeiro aciona moléculas na superfície parasitaria que ajudam na adesão c. As células do hospedeiro contem proteínas que se ligam a membrana do parasito 3- Inicia-se o ciclo de reprodução dos amastigotas nas células 4- Os amastigotas rompem a célula e se transformam em Tripomastigotas sanguíneo que pela corrente sanguínea chega em outras células que também serão infectadas 5- O ciclo continua acontecendo e outro barbeiro pica o hospedeiro infectado, o sangue do hospedeiro vai para o vetor e ali se transformam em epimastigotas e continuam se multiplicando formando Tripomastigotas metaciclicos até picar outros hospedeiro saudável que será infectado Diagnostico (exames) Outras protozooses • Toxoplasmose • Leishmaniose • Giardíase • Amebíase • Tricomoníase • Malária Tratamento O tratamento para a doença de Chagas deve ser iniciado assim que for feito o diagnóstico, sendo normalmente realizado com o uso de Benznidazol, que é um medicamento antiparasitário oferecido pelo SUS e que atua diretamente no T. cruzi. De forma geral, o tratamento é feito com 2 a 3 doses do medicamento por dia, durante 60 dias seguidos. – Fisiopatologia Cardiomiopatias: Doenças do miocárdio associadas a disfunção cardíaca que não estão associadas a isquemia ou a fatores que acarretem na sobrecarga pressórica ou volumétrica Uma das principais causas de IC Classificadas segundo sua etiologia: • Genéticas • Mistas • Adquiridas Causas da cardiomiopatia dilata: • Pode ser causada por diversas etiologias como infecções virais, bacterianas e fúngicas, doenças autoimunes, doença de chagas, genética (quase sempre); • Quando não é associada a nenhuma coisa conhecida é chamada de idiopática • Cardiomiopatia alcoólica é associada ao consumo de álcool e cardiomiopatia periparto é aquela que se relaciona com o período gestacional e com o estado imunológico e hormonal da mulher • A cardiomiopatia também pode se desenvolver após uma miocardite induzida por vírus pois pode gerar formação de autoanticorpos que atuam nos próprios cardiomiócitos. Patologia: • A doença é o resultado final de diversas agressões ao miocárdio • Caracteriza-se pelo aumento do coração e flacidez, as 4 câmaras estão dilatadas o que pode causar ICC • O coração fico com aparência globosa e pode haver aumento do liquido pericárdico. • O peso do coração pode em casos mais raros chegar a mais 900 gramas • Pode haver um discreto espessamento das valvas. Histologicamente se caracteriza por: • Fibras miocárdicas hipertrofiadas com fibrose intersticial • No subendocárdico tem miocitos com alterações degenerativas avançadas e células inflamatórias dispersas • Também podemos ver sinais degenerativos inespecíficos em células hipertróficas como a dilatação do sistema de túbulos T e reticulo sarcoplasmático, edema intracelular. Manifestações clinicas: • Dispneia • Ortopneia • Redução da capacidade fazer exercícios • Dor no peito • Edema periférico • Batimentos cardíacos irregulares • Fadiga constante • Em fase terminal a ejeção é inferior a 25% o que pode causas insuficiência da valva mitral e formação de trombos Remodelamento cardíaco causado pela IC x miocardiopatia A IC pode causar tanto a hipertrofia concêntrica, quanto a excêntrica dependendo do quadro apresentado, a demanda maior é de volume é excêntrica e se for de pressão é concêntrica Já na miocardiopatia dilatada a hipertrofia é sempre excêntrica Achados radiológicos em pacientes com IC A radiografia de tórax em IC é utilizada para verificar as características cardíacas como forma, tamanho, e silhueta do coração. Também é possível identificar calcificações cardíacas e pericárdicas e avaliar a existência de doenças pulmonares. Os achados radiológicos mais frequentes em pacientes com IC são: 1- Cardiomegalia: índice cardiotorácico maior que 0,5 • Congestão/edema pulmonar: sua causa é a elevação da pressão capilar pulmonar em razão da insuficiência do VE. Ocorre redução da perfusão sanguínea nos lobos inferiores, aumento dos vasos na porção superior do pulmão, linhas B de Kerley e edema alveolar com concentração de fluido em torno do hilo. Manifestações clinicas: dispneia, fadiga aos pequenos esforços, fraqueza, hipertensão arterial, vertigem Doenças negligenciadas Endêmicas em populações pobres e de baixa renda, especialmente na África, américa latina e asia. Possuem investimento reduzido em pesquisa e produção de medicamentos e vacina, não há interesse da indústria em investir pois o potencial lucrativo é baixo – Fisiopatologia Circulação coronariana: As duas artérias coronárias, direita e esquerda, se originam do seio da valsava, acima davalva aórtica. A artéria coronária esquerda irriga a parte anterior e lateral do coração e se divide nos ramos descendente anterior esquerdo e circunflexo Em uma circulação dominante direita, presente em aproximadamente quatro quintos da população geral, a circunflexa esquerda irriga a parede lateral do VE e a descendente anterior irriga a parte anterior do septo, enquanto a artéria coronária direita supre toda a parede livre ventricular direita e o terço posterior do septo. Portanto, a oclusão tanto da artéria coronária direita como da coronária esquerda pode causar lesão ventricular esquerda. Definição: • O coração depende do fluxo sanguíneo continuo que é suprido através das artérias coronárias. Quando esse fluxo é interrompido temos a DAC. • Quando a oferta de fluxo sanguíneo não é suficiente para suprir a demanda do coração, pode ser só quando tem um excesso de demanda (exercício físico) ou em repouso mesmo. • A doença arterial coronariana é caracterizada pela presença de placas ateroscleróticas que causam estreitamento ou oclusão total do lumem das coronárias, ocorre um comprometimento do fluxo coronariano. • Quando o fluxo é interrompido pode causar isquemia do miocárdio, angina, infarto, ataque cardíaco, arritmias, defeitos na condução elétrica, insuficiência cardíaca e até mesmo morte súbita. • Os principais fatores de risco para DAC são aqueles associados a aterosclerose. Formação da placa aterosclerótica Lesão do endotélio → túnica intima com receptores de LDL e deposição do mesmo na parede do vaso → adesão plaquetária → monócitos passam do sangue e se transformam em macrófagos que tenta fagocitar o LDL, mas falha → desencadeia processo inflamatório que recruta linfócitos T que contribuem para a inflamação → maior produção da matriz extracelular e células musculares lisas → aumento da placa e ruptura que induz a formação de trombos A DAC geralmente é dividida em dois distúrbios: Doença arterial coronariana crônica: • Angina estável Doença arterial coronariana aguda: • Síndromes coronarianas agudas (infarto com supra e sem supra e angina instável) Existem dos tipos de lesões ateroscleróticas: 1. Placas estáveis: obstruem o fluxo sanguíneo, resulta na manifestação clínica de angina estável 2. Placas instáveis: de alto risco que podem romper e causa adesão plaquetária e formação de trombos, resulta na angina instável e infarto. Geralmente os casos de infarto resultam de uma alteração abrupta da placa seguida de trombose, os principais determinantes de instabilidade da placa são: • Tamanho do centro de lipídeos • Quantidade de inflamação • Espessura da capsula fibrosa • Ausência de células musculares lisas A ruptura da placa também está associada a um evento que gere estresse e aumente ou o fluxo sangue, a velocidade, a pressão contra o vaso. Um fator de estresse que aumente a atividade simpática como um evento se estresse ou atividade física. Quando ocorre a ruptura temos a formação de trombos que pode se manifestar de diversas formas, sendo essas manifestações classificadas como síndromes coronarianas agudas. Síndromes coronarianas agudas: Inclui a angina instável, o infarto sem supra de ST e o infarto com supra de ST. Infarto agudo com supra de ST: oclusão total do lumem do vaso Infarto agudo sem supra de ST: Oclusão parcial do lumem do vaso Angina instável: quando a placa já se rompeu e houve agregação plaquetária, porém, se difere do infarto sem supra quanto a gravidade da isquemia, se a lesão miocárdica não for grave o suficiente a ponto de liberar marcadores séricos se caracteriza como uma angina instável Fisiopatologia da angina instável e do infarto sem supra de ST: Diferenciados através dos marcadores séricos de necrose A diferença entre a angina instável e o infarto agudo sem supra é somente o nível de necrose e se houve ou não, para isso tem que fazer os marcadores. Infarto sem supra de ST é o infarto subendocárdico é aquele que é mais comum já que a região subendocárdica é a última região a ser irrigada e por isso qualquer diminuição de fluxo sanguíneo pode causar infarto. Ocorre quando há ruptura de uma placa e formação do trombo, de modo geral o dano é circunferencial Ou seja: Oclusão parcial = infarto subendocárdico = sem supra de ST Infarto agudo com supra de ST: • O infarto transmural é causado pela oclusão total do vaso, e pela combinação de aterosclerose coronariana + alteração da placa + trombose e acomete toda a espessura da região que é irrigada por aquela artéria. Ou seja: Oclusão total = infarto transmural = com supra de ST Alterações no tecido causadas pelo infarto com ou sem supra de ST: Inicialmente as alterações reversíveis que só podem ser detectadas com o microscópio como edema intracelular, tumefação mitocondrial, alargamento das bandas dos sarcômeros. Porem com mais de 30 minutos já é possível verificar alterações acentuadas que culminam em um dano irreversível como a ruptura do sarcolema e extravasamento das macromoléculas intracelulares. Outra alteração que também pode ser observada é a vacuolização do cardiomiócito que reflete os acúmulos intracelulares de sal e água dentro do reticulo Após a necrose do tecido os macrófagos removem os cardiomiocitos e substituem por tecido de granulação altamente vascularizado, por fim esse tecido é substituído por tecido fibroso e ocorre o fim da cicatrização Manifestações clinicas Dor torácica grave que ocorre em repouso e dura mais de 20 minutos podendo durar até horas, de início recente que vem piorando ao longo do tempo. A dor torácica normalmente é subesternal que pode se irradiar para o braço esquerdo, ombro, pescoço e mandíbula A dor não melhora com uso de nitrito e o paciente apresenta face de dor, pode haver queda de pressão. Tanto angina instável quanto IAM causam dor torácica e para diferenciar é necessário exames de marcadores de necrose Exames solicitados e marcadores de necrose O diagnóstico de infarto do miocárdio é feito através de entrevista medica, exame físico e exames complementares de imagem e marcadores de necrose. Marcadores de lesão miocárdica: Utilizados para auxiliar no diagnóstico de infarto agudo do miocárdio, estratificação de risco de pacientes e avaliação de eventos após a síndrome coronariana aguda. A sociedade brasileira de cardiologia recomenda o uso de dois marcadores de necrose para investigação de IAM, um precoce (mioglobina e CK- MB) e um tardio (troponinas e CK-MB). Os marcadores se elevam em condições de: 1- Lesão miocárdica 2- Estresse biomecânico 3- Inflamação vascular Troponina: • Se eleva após lesão miocárdica • A troponina é uma proteína muscular que juntamente com a tropomiosina regula a interação entre actina e miosina do musculo cardíaco, atuando na contração. • Após a lesão do cardiomiócito uma baixa porcentagem de troponina livre é liberada no citoplasma e essa quantidade aumenta gradualmente atingindo o seu pico por volta de 12 horas após o infarto e permanecendo elevada até 14 dias após o infarto • Por isso sua utilidade na detecção de infarto é limitada já que permanece muitos dias elevada. • As troponinas são consideradas padrão ouro porem deve sempre levar em consideração que elas se elevam em outros casos como miocardites, cardioversao e traumas. Creatinoquinase (CK) • É uma enzima reguladora da produção e uso do fosfato nos tecidos contrateis, como musculo esquelético e coração. • Tem três tipos: CK-MM é a muscular, CK-BB é a cerebral e CK-MB miocárdica especifica do coração, por isso CK total não é especifico e não deve ser utilizada • A CK-MB também aumenta por detecção de lesão miocárdica e se eleva dentro de 4 a 6 horas após o infarto, tendo seu pico em 18 horas e retornando ao normal após 48 horas. • Alta sensibilidadeapós 12 horas e pouco sensível em até 3 horas de infarto. Mioglobina: • É uma proteína presente nos músculos esqueléticos e cardíacos, sua elevação ocorre em 1 a 2 horas após o infarto, tendo seu pico em 6 a 9 horas após e normalizando em 12 a 24 horas. Por conta da sua baixa especificidade ela é utilizada para excluir diagnósticos de IAM nas primeiras horas após desconforto no peito ECG: • Utilizado para diferenciar infarto com supra e sem supra • Oclusão parcial = infarto subendocárdico = sem supra de ST ou com infra de ST • Oclusão total = infarto transmural = com supra de ST Também pode ser utilizado o teste de esforço e angio tomografia coronária para melhorar a acurácia e velocidade de avaliação diagnostica. O teste de esforço serve para o monitoramento continuo do ECG em situações de estresse, podendo ser na esteira ou através de medicamento. Além disso, todo paciente com suspeita de DAC deve realizar os seguintes exames visando a identificação de fatores de risco cardiovascular: • Hemograma • Colesterol total • Função renal • Glicemia em jejum. Dor precordial Dor precordial é aquela sentida na área localizada sobre o coração, mais facilmente é a dor no peito mais à esquerda. Pode sinalizar diversas doenças como cardiovasculares, desgaste muscular, patologias digestivas e ansiedade. Para diferencia-la devemos levar em consideração as demais manifestações que estão juntas com a dor no peito Pode ser classificada em: Típica: caracteriza infarto ou angina e tem característica de aperto no peito ou pressão, tem incomodo difuso para o membro superior esquerdo e duração prolongada por mais de 10 minutos. Atípica: causa diferente de angina ou infarto, é acompanhado de febre, tosse, queimação ou azia ou pode não ser acompanhada de nada sendo uma acontecimento eventual e rápido. Melhora em segundos ou minutos e melhora rapidamente com uso de medicamentos. Em grande parte dos casos está associada a gases que faz o intestino expandir e pressionar o coração Tipos de angina A angina pectoris representa um quadro de crises de dor precordial em sensação de aperto no peito. Dor torácica compressiva, súbita e grave, que irradia para o pescoço e mandíbula, costas e braços, podendo apresentar dispneia e sintomas atípicos como náuseas e indigestão. É um quadro clinico que não necessariamente corresponde a um achado anatomopatológico especifico já que pode corresponde ou não a um quadro de necrose. Os tipos de angina são: • Angina estável/típica: aparece quando tem um aumento súbito de demanda, por exemplo em pratica de exercícios físicos ou em situação de estresse, essas situações alteram o nível de oferta e demanda do coração e por isso ocorre o quadro de angina. Alivia com repouso e uso de medicamentos • Angina instável: é aquela que ocorre em situações de esforço mínimo ou até em repouso e duram mais de 20 minutos, normalmente associada a trombos não oclusivos e precede o infarto. Não alivia com repouso nem com medicamentos. • Angina de repouso (prinzmetal): ocorre angina sem relação com o aumento de demanda, normalmente ocasionada por espasmos da artéria coronária Medicamentos para DAC Todos os pacientes com DAC e angina devem ter tratamento com ênfase na mudança do estilo de vida (parar de fumar, atividade física e controle do peso) e também gerenciar as doenças associadas (dislipidemia, diabetes, hipertensão). Além disso, deve se utilizar fármacos antianginosos que ajudam a equilibra a oferta e demanda do coração, contratilidade e retorno venoso, quatro tipos de medicamentos são utilizados para tratar pacientes com angina estável: 1. Beta bloqueadores 2. Bloqueadores dos canais de cálcio 3. Nitratos orgânicos 4. Ranolazina (bloqueador de canais de sódio) Nitratos: causam redução da demanda miocárdica e alivio dos sintomas, são eficazes em todos os tipos de angina e agem através do relaxamento do musculo liso vascular através da conversão intracelular de nitrato em nitrito e posteriormente em oxido nítrico. O oxido nítrico ativa a guanilatociclase que aumenta o GMPc, o qual leva ao relaxamento do musculo liso vascular. Ranolazina inibe a última fase da corrente de sódio (INa tardia), melhorando a equação de oferta e demanda de oxigênio. A inibição da INa tardia reduz a sobrecarga intracelular de sódio e cálcio, melhorando, assim, a disfunção diastólica. A ranolazina tem propriedades antianginosa e antiarrítmica. Ela é indicada para o tratamento da angina crônica e pode ser usada sozinha ou em associação com outros tratamentos tradicionais. Mais frequentemente é usada em pacientes em que falharam outros tratamentos antianginosos – Revisão da estrutura bacteriana As bactérias são organismos unicelulares procariontes, ou seja, possuem apenas uma célula que não contem núcleo definido e delimitado por membrana. Apresentam a ausência de organelas membranosas, deferente das células eucariontes. Podem ser classificadas com base em diversos critérios, sendo o mais conhecido com base na morfologia e com base na coloração de gram. Classificação com base da morfologia: • Cocos: bactérias com estrutura esférica que podem ser classificadas com base no seu arranjo em: diplococos (dois cocos), estreptococos (cocos em cadeias) e estafilococos (cocos em cachos de uva). • Bacilos: bactérias em forma de bastão • Cocobacilos: uma forma de transição entre os cocos e os bacilos, tem forma meio oval como se fossem bastões curtos. • Espiraladas: são os espirilos e os espiroquetas, apresentam célula em espiral e ocorrem em sua maioria de forma isolada • Vibrião: assemelha-se a uma vírgula. Classificação com base na colocação gram: A parede celular das bactérias é formada por peptideoglicano e isso garante proteção a esses organismos e quando essa bactéria é submetida a entrar em contato com corantes a sua parede vai colorir ou de rosa ou azul/roxo e assim podemos dividi-las em: Gram positivas: parede células com maior quantidade de peptideoglicano e presença de ácidos teicoicos que na coloração de gram adquirem cor azul ou roxa. Gram negativas: A parede das bactérias gram negativas apresenta uma camada interna de peptideoglicano e uma externo de lipopolissacarideos que quando coradas tem coloração rosa ou vermelho. Etiologia da FR A febre reumática é uma doença inflamatória sistêmica secundaria a uma infecção estreptocócica das vias aéreas superiores (faringoamigdalite) É uma sequela que se desenvolve em cerca de 2 semanas após a infecção faríngea causada pelo estreptococo beta hemolítico do grupo A, o estreptococos pyogenes. Pode afetar o funcionamento das articulações, pele, tecido subcutâneo, sistema nervoso central e coração. Epidemiologia da FR • Doença rara em países desenvolvidos. • Nas últimas décadas sua incidência tem diminuído em países em desenvolvimento por conta da melhoria das condições sanitárias e avanço dos antimicrobianos • Entre 13 a 43% da população mundial é portadora de FR • No brasil a FR e sua principal sequela (valvopatias reumática) são relativamente comuns e com taxas de morbidade e mortalidade ainda altas • IBGE estima que anualmente cerca de 10 milhões de faringoamigdalite espretococicas dão origem a 30 mil novos casos de FR e desses cerca de metade evoluem para acometimento cardíaco. • A maior incidência de FR ocorre entre os 5 a 18 anos de idade. • 40% dos indivíduos com FR desenvolvem algum tipo de cardiopatia. Fisiopatologia da FR A febre reumática se inicia após a infecção por estreptococos pyogenes na orofaringe (faringoamigdalites). E por isso quando a infecção em outros sítios que não seja a orofaringe não é considerado. A doença esta associado a uma reação cruzada de anticorpos que são produzidos inicialmente para combater o estreptococo mas a partir de então os anticorposcomeçam a reconhecer as próprias células do corpo que então se tornam alvo. Esse processo é chamado de mimetismo celular O sistema imunológico passa a produzir anticorpos contra o próprio organismo, essa reação acontece por conta do mimetismo que é quando alguma molécula patogênica é muito semelhante a uma do corpo. Esse mimetismo gera um reação cruzada onde os anticorpos vão se confundir e atacar tanto os antígenos corretos quanto as células do corpo que são parecidas com esse antígeno. As anticorpos e as células TCD4 atuam contra as proteínas M da bactéria, os anticorpos ativos recrutam neutrófilos e macrófagos e ativam a produção de citocinas. A reação cruzada se dá basicamente por conta do mimetismo celular causado entre as proteína M da bactéria e que acabam atacando as proteínas do nosso corpo: • A capsula da bactéria de ácido hialurônico se assemelha as cartilagem e articulações sinoviais do hospedeiro • A camada externa da bactéria é formada de proteína M que se assemelha ao sarcolema do miocárdio do hospedeiro • A camada media da bactéria é formada por carboidratos do grupo A que se assemelham com os encontrados no miocárdio do hospedeiro • A camada interna da bactéria é formada por muco peptídeo que se assemelha ao tecido valvular Esse mimetismo explica as lesões nas articulações, coração e SNC. Formas clinicas: Artrite: Comum em 75% dos pacientes com FR, caracterizada por processo inflamatório das articulações, acompanha inchaço, calor, eritema, limitação de movimentos e macicez a pressão. Ter caráter migratório, migra uma local acometendo articulações diferentes em tempos diferentes, aparenta passar de uma articulação para outra e por isso pode ser chamada de poliartrite. A duração do surto articular tende a durar de duas a três semanas e quase sempre evolui para a cura sem deixar sequelas. As articulações maiores das extremidades são geralmente as mais comprometidas, como as do joelho, punhos e cotovelos. Os quadris e as articulações das mãos e pés são afetadas ocasionalmente. Se ocorrer comprometimento das articulações vertebrais é valido suspeitar de outra doença. Cardite: Fase aguda: • Lesões inflamatórias em vários locais, a inflamação pode comprometer os três folhetos do coração, endocárdio, miocárdio e pericárdio, as lesões principais surgem no endocárdio valvar. • Presença de nódulos de Aschoff nas três camadas do coração. Quando os três folhetos são lesionados considera-se um quadro de pancardite reumática. • Nódulos de Aschoff são focos de linfócitos T e macrófagos grandes ativados chamados de células de Anitschkow • Nas valvas podem ser encontrado pequenas verrugas ao longo da borda de fechamento formadas por fibrina, células inflamatórias e plaquetas. Por ordem de mais acometido temos a valva mitral isoladamente (50 a 70%) dos casos e depois a aórtica isolada ou associada com a mitral (30 a 50¨%). • Pode surgir miocardite • Pode surgir pericardite fibrinosa As lesões da fase aguda evoluem ao longo de 3 fases: 1- Exsudativa inicial: tumefação, aumento de eosinofilia. 2- Proliferativa ou granulomatosa: presença dos nódulos de Aschoff com acumulo de macrófagos e células gigantes. 3- Cicatricial: inflamação regride e surge deposição de colágeno e fibrose. Fase crônica: Depois que ocorre fibrose as alterações anatômicas se tornam irreversíveis, os folhetos valvares se tornam espessados e irregulares, encurtados e podem se tornar totalmente calcificados. Pode haver fusão entre os folhetos e encurtamento das cordas tendídeas, pude isso pode originar uma valvopatias (insuficiência ou estenose). Demais manifestações do febre reumática: Nódulos subcutâneos: rígidos, indolores e moveis, normalmente ocorrem sobre os músculos do punho, cotovelos e joelhos, quase nunca ocorrem de forma isolada e em grande maioria associados a cardite. Eritema marginado: eritema de bordas nítidas com centro claro, pode estar associado a cardite. As lesões tem caráter múltiplos, indolor, normalmente localizadas no tronco e abdômen, normalmente ocorre no inicio da doença podendo persistir durante meses. Coreia de Sydenham: desordem neurológica caracterizada por movimentos brusco rápidos e involuntários, aparecendo durante o sono ou situações de estresse ou esforço. Os anticorpos atuam contra os neurônios dos núcleos da base e interferem no circuito motor do paciente que apresenta esses movimentos involuntários. Diagnostico da FR O diagnostico é clinico através dos critérios de Jones, que são padrão ouro para diagnostico de FR Os critérios são divididos em maiores e menores e o paciente tem febre reumática quando: • 2 critérios maiores ou • 1 critério maior + 2 menores Os critérios devem ser alinhados com sinais de infecção estreptocócica previa Exames complementares: RX de tórax: investigação de cardiomegalia e congestão pulmonar, presença de congestão pulmonar indica cardite grave. ECG: achados inespecíficos e transitórios representados por taquicardia, distúrbios de condução e alterações de ST, o diagnóstico de cardite não deve ser 100% baseado no eletro. Eco: verificação das alterações valvares Exames da fase aguda: Não são específicos para FR mas podem auxiliar no monitoramento do processo inflamatório e sua evolução. 1- Velocidade de hemossedimentação: eleva-se nas primeiras semanas da doença. 2- Proteína c reativa: melhor que VHS e se eleva no início da fase aguda, diminuindo na 2 ou 3 semana. 3- Alfa 1 glicoproteína acida: utilizada para monitorar a atividade da FR, mantem-se elevada por mais tempo. Fisiopatologia das valvopatias O coração tem quatro valvas, duas atrioventriculares e duas semilunares, sendo elas: • Tricúspide: entre o átrio e ventrículo direito • Pulmonar: entre o ventrículo e a artéria pulmonar • Mitral ou bicúspide: entre o átrio e o ventrículo esquerdo • Aórtica: entre o ventrículo esquerdo e a aorta As valvas são responsáveis por orientar o sentido do fluxo e impedir o retorno de sangue pois o fluxo sanguíneo do coração deve ser unidirecional: As valvopatias ocorrem quando essas propriedades das valvas são perdidas, podem divididas em: • Estenose: falha na abertura da valva, impedindo com que o sangue vá para a próxima câmara cardíaca. • Insuficiência: falha no fechamento da valva, permitindo com que haja fluxo invertido Regurgitação funcional: falha na valva por defeito em algum estrutura de sustentação, como cordas tendíneas Sintomatologia clínica: • Palpitações mais frequentes em valvopatias mitral • Dor torácica e sincope aos esforções são mais frequentes em pacientes com valvopatias aórtica • Sintomas de ICC: todas, dispneia aos esforções, ortopneia, dispneia paroxística noturna, tosse, chiado, hemoptise, edema periférico e fadiga. • A anamnese deve avaliar sintomas no passado e no presente, resposta a medicações, além da presença de comorbidades e se houve profilaxia para surto reumático e endocardite infecciosa • É fundamental procurar dados que indiquem se o paciente apresenta limitação de provável causa cardíaca para as atividades habituais (desafio nos idosos e com comorbidades) • Dispneia aos esforções em valvopatias anatomicamente importantes Todo paciente com síndrome de intolerância ao esforço e síndrome de retenção hídrica deve ser considerado como potencial portador de valvopatia Insuficiência mitral Insuficiência mitral crônica: Insuficiência mitral leve e moderada é quase sempre assintomática, a hora que começa a ficar sintomática é sinal de gravidade e ICC. Sintomas: • Dispneia • Tosse e sinais de IC Palpação: • Ictus cordis desviado para baixo e lateralmente • Frêmito sistólico Ausculta • Sopro sistólico – holo sistólico – de regurgitação, com maior intensidade no foco mitral • Irradiação para aregião infra axilar esquerda, podendo atingir o dorso • Pode haver desdobramento de bulha • Decúbito de pachon • Pode ter presença de frêmito Insuficiência mitral aguda: • Ocorre por exemplo quando as cordas tendíneas se rompem e ocasionam um quadro agudo com alta dispneia. Outro exemplo é infarto que envolve o musculo papilar e isso causa insuficiência aguda. Endocardite também pode causar insuficiência quando a bactéria fura a valva e causa regurgitação • Na anamnese buscar a etiologia • O sintoma mais característico é a dispneia Estenose mitral • Sopro diastólico • Estreitamento do orifício ente o AE e o VE • Em 99% dos casos a causa é febre reumática • Doença continua, progressiva, geralmente de curso lento (latência de 20 a 40 anos entre o surto de febre reumática e sintomas de estenose mitral) • Dispneia aos esforços, tosse, palpitações, hemoptise e embolia Palpação: • ictus cordis desviado para fora da linha hemiclavicular • Frêmito presente es estenoses de média e grande intensidade, diastólico no foco mitral. Ausculta: • Ruflar mesodiastólico • Abertura de mitral audível • Área de irradiação próxima ao ictus e pode alcançar a região infra axilar esquerda • Hiperfonese de 1 bulha • Decúbito de pachon • Pode haver desdobramento da 2 bulha Estenose aórtica Doença na qual existe uma obstrução progressiva da via de saída do VE, resultando em hipertrofia ventricular esquerda e sintomas de angina, sincope e IC e se não tratada evolui para a morte • Terceira doença cardiovascular mais comum após HAS e doença coronariana. • Sobrecarga de PRESSÃO • À medida que a área valvar aórtica efetiva se reduz o gradiente de pressão aumenta Tríade de sintomas: • Precordialgia • Síncope • Dispneia Insuficiência aórtica Regurgitação de sangue da aorta para o VE durante a diástole ventricular com não fechamento da valva aórtica. Causas: febre reumática, degenerativa, endocardite, congênita. Sintomas: • Dispneia aos esforços • Ortopneia • Pulsatibilidade exagerada das artérias • Angina Palpação: • Ictus com desvio para baixo e para esquerda • Frêmito diastólico no foco aórtico Ausculta: • Sopro aspirativo ou holodiastólico no foco aórtico • Maior intensidade no foco aórtico acessório • Mais audível em flexão do tórax e expiração Etiologia das valvopatias As valvulopatia podem ser congênitas ou adquiridas. A estenose adquirida tem poucas causas e normalmente é ocasionada após lesão das cúspides A insuficiência adquirida tem múltiplas causas e pode aparecer de modo agudo como em uma ruptura de cordas. As principais causas são: • Estenose aórtica: calcificação congênita e cardiopatia reumática • Insuficiência aórtica: dilatação da aorta da aorta ascendente (decorrente de hipertensão e envelhecimento) e cardiopatia reumática. • Estenose mitral: cardiopatia reumática • Insuficiência mitral: prolapso de mitral, cardiopatia pós reumática, ruptura de cordas ou músculos, endocardite infecciosa, uso de fármacos, aumento do VE, cardiomiopatia dilatada. Complicações das valvopatias As consequências clinicas dependem da velocidade da lesão, da valva envolvida, do grau de lesão e dos mecanismos compensatórios. • Estenose aórtica: hipertrofia concêntrica no ventrículo por sobrecarga de pressão, sarcômeros em paralelo. • Estenose mitral: hipertrofia concêntrica no átrio por sobrecarga de pressão, sarcômeros em paralelo. • Insuficiência aórtica: hipertrofia excêntrica ventrículo por sobrecarga de volume, sarcômeros em série. • Insuficiência mitral: hipertrofia excêntrica do átrio por sobrecarga de volume, sarcômeros em série. Ambas as situações podem levar a uma insuficiência cardíaca – Epidemiologia • Países com alta prevalência de doença reumática também tem alta incidência de endocardite • Incidência anual de 3,9 a cada 100 mil • 1,8 homens para cada 1 mulher – maior incidência nos homens • Mais comum em indivíduos com próteses valvares, dispositivos, cardiopatias congênitas e antecedentes de endocardite infecciosa • Acometimento maior em idoso – faixa etária com maior exposição hospitalar Fisiopatologia A endocardite é uma infecção microbiana das valvas cardíacas ou do endocárdio que leva a formações de vegetações compostas por fragmentos trombóticos e organismos que causam destruição do tecido cardíaco. A lesão consiste em uma massa de plaquetas, fibrina, microrganismo e células inflamatórias. Que acomete principalmente a valva aórtica e mitral Pode ser classificada em aguda e subaguda: → Aguda: causada pela infecção em uma valva cardíaca previamente normal por um organismo com alta virulência que em poucos dias produz lesões necrosantes e destrutivas, são difíceis de curar e geralmente necessitam de cirurgia, a morte pode ocorre em dias ou semanas. Estreptococos aureus → Sub aguda: infecção por um organismo de baixa virulência em uma valva previamente deformada e com destruição e necrose menor. A cura pode ser obtida através de remédio e a doença pode persistir por anos. Estreptococos viridans Etiologia: Embora os fungos e outras classes de microrganismo possam causar endocardite a maioria delas é causada por bactérias. A identificação do agente etiológico é importante para o diagnostico é tratamento da endocardite Endocardite em valvas naturais, previamente danificadas = estreptococos viridans (componente da cavidade oral) Endocardite em valvas normais = estreptococos aureus (componente da pele) Endocardite em usuários de drogas injetáveis = estreptococos aureus Endocardite de próteses valvares = estafilococos coagulase-negativos Outras agentes: • Grupo HACEK: Haemophilus spp., Aggregatibacter spp, Cardiobacterium hominis, Eikenella corrodens e Kingella kingae). • Bacilos gram negativos • Raramente fungos Fatores de risco Ocorre na maioria das vezes nas valvas cardíacas, próteses valvares, comunicações intracavitárias, locais de implantes de cateteres e dispositivos intracardiacos ou intravasculares • Valvopatias (doença reumática, alterações degenerativas, prolapso mitral com insuficiência valvar e espessamento significativo do folheto). • Prótese valvar. • Shunts ou condutos sistêmico-pulmonares. • Passado de endocardite. • Cardiopatia congênita cianótica. • Uso de drogas intravenosas. • Uso de dispositivos implantados (marcapasso, cardiodesfibrilador, cateter venoso central). • Imunossupressão, diabetes mellitus. ALTO RISCO • Cardiopatias congênitas cianogênicas • Valvulopatia reumática • Valvulopatia aórticas • P.C.A e C.I.V • Coarctação da aorta • Próteses valvares MÉDIO RISCO • Prolapso valva mitral • Valvulopatia tricúspide • Estenose mitral • Cardiomiopatia hipertrófica • Valvopatia pulmonar Complicações Formação de abcesso: As vegetações podem ser isoladas ou múltiplas, podem acometer somente uma ou mais válvulas e ocasionalmente pode sofrer erosão e atingir o miocárdio produzindo abcesso. Embolização: Além disso as vegetações podem se desprender e formam êmbolos que se alojam em locais e órgãos formando abcessos e levando a sequelas como infartos sépticos e aneurismas micóticos. Acometimento de válvulas (valvulopatia): Ocorre na endocardite aguda por estreptococos aureus, A destruição das valvas é representada por ulcerações nas margens de fechamento das válvulas com destruição ou perfuração das cúspides, ruptura das cordas tendíneas e até desaparecimento da valva. Quando a infecção chega aos anéis valvares podem causar escapes ou abscesso perivalvares, aneurisma do seio de valsava e comunicações intracavitárias. Manifestações clinicas • Sopros cardíacos • Insuficiência cardíaca • Esplenomegalia encontrada nas endocardites subagudas de longa duração • Fenômenos embólicos no cérebro,pulmões e coronárias. • Meningoencefalites e AVC • Aneurismas micóticos: descreve aneurismas associados com endocardite bacteriana. Tem aspecto de vegetação fúngica, mas a causa é bacteriana na maioria dos casos. • Extensão da infecção para além das cúspides valvares→ abscesso perivalvares • Manchas de Roth: Hemorragias na retina e nos olhos • Lesão de Janeway: Áreas de sangramento não dolorosas nas palmas das mãos e nas plantas dos pés – embolia séptica • Nódulos de Osler: nódulos macios nas pontas dos dedos das mãos e dos pés Diagnostico Com base nos achados clínicos + laboratoriais + ecocardiográficos se utiliza os critérios de Duke para fechar diagnostico de endocardite. A comprovação de critérios possibilita o diagnóstico clínico definitivo: • 2 critérios maiores • 1 maior e três menores • 5 menores Critérios maiores: 1. Hemocultura positiva 2. Evidência de envolvimento endocárdico • Ecocardiograma positivo * massa intracelular oscilante sobre a valva ou sobre as estruturas de suporte, ou no trajeto de jatos regurgitantes ou sobre material implantado, na ausência de uma explicação anatômica ou abscesso ou uma nova deiscência parcial de uma valva protética *uma nova regurgitação valvar (não basta o aumento ou alteração de um sopro preexistente) Critérios menores: 1. Predisposição: condição cardíaca predisponente ou uso de drogas injetáveis 2. Febre > ou = a 38 graus 3. Fenômenos vasculares: grandes êmbolos arteriais, infartos sépticos pulmonares, aneurisma micótico, hemorragia intracraniana, hemorragias conjuntivais, lesões de Janeway 4. Fenômenos imunológicos: glomerulonefrite, nódulos de Osler, manchas de Roth, fator reumatoide 5. Evidência microbiológica: hemocultura positiva, mas que não satisfaz um dos critérios maiores ou evidências sorológicas de infecção ativa por um organismo condizente com a endocardite infecciosa Tratamento Valva nativa ou protética (>12 meses) Primeira opção: Oxacilina, ampicilina e gentamicina Segunda opção: Oxacilina, ceftriaxona, gentamicina Valva protética (<12 meses) → Vancomicina + Amicacina ou Gentamicina + rifampicina Ou de acordo com as fases da doença • Fase subaguda: tratamento é empírico, não é necessário, podendo esperar o resultado da hemocultura → AMPICILINA + GENTAMICINA • Fase aguda: tratamento empírico, iniciado logo depois da coleta → antibióticos que cubram estafilo, estrepto e enterococos → VANCOMICINA + OXACILINA – Doenças autoimunes As doenças autoimunes ocorrem quando o há autoagressão e a resposta imunitária é efetuada contra alvos do próprio corpo do indivíduo. O sistema imunológico passa a produzir anticorpos contra o próprio organismo, essa reação acontece por conta do mimetismo que é quando alguma molécula patogênica é muito semelhante a uma do corpo. Esse mimetismo gera um reação cruzada onde os anticorpos vão se confundir e atacar tanto os antígenos corretos quanto as células do corpo que são parecidas com esse antígeno. Podemos dizer que a doença autoimune é uma falha no sistema de defesa do corpo que leva a produção de anticorpos contra as células, tecidos e órgãos. Alguns fatores podem ser responsáveis por desencadear a resposta autoimune como: • Bactérias • Vírus • Toxinas • Hormonas • Medicamentos • Estresse O diagnóstico para doença autoimune ocorre com base em três critérios: 1. Presença de reação imunológica especifica para algum antígeno ou tecido próprio 2. Evidencia de que a reação não seja secundaria a dano tecidual 3. Ausência de outra causa E as doenças autoimunes podem ser: • Especificas: atuam em um órgão só • Sistêmicas: atuam em todo corpo Epidemiologia • Não existem dados epidemiológicos oficiais no Brasil e os disponíveis na literatura internacional também são escassos • Dados da emergência mostram que 5% dos pacientes com queixa de dor torácica e 1% dos que tem supra de ST tem pericardite • Incidência de 3 a 28 casos a cada 100 mil pessoas Etiologia As infecções virais são a causa mais comum, porém, pericardite pode ter causa: 1- Infecciosa podendo ser causada por vírus, tuberculosa, fúngica, parasitaria, protozoária ou bactérias 2- Não infecciosa podendo ter causa idiopática ou ser causa por insuficiência renal, neoplasias, traumas, dissecção de aorta, infarto agudo do miocárdio, pós irradiação. 3- Causada por hipersensibilidade ou doenças autoimunes como febre reumática, lúpus, induzida por fármacos como isoniazida. Fisiopatologia O pericárdio é uma dupla membrana serosa recobre e isola o coração de outras estruturas que estão no tórax, ele também tem função de proteger o coração de choque mecânico, manter a posição fixa e proteger contra infecções. O pericárdio é composto de duas camadas: • Visceral aderida ao Epicardio • Parietal camada externa unida aos grandes vasos e ao diafragma As duas camadas são separadas entre si pelo espaço pericárdico onde se encontra o liquido pericárdico (aproximadamente 50ml), esse liquido atua como lubrificante evitando atrito. Há distúrbios que produzem inflamação do pericárdio fazendo com que as propriedades de redução de atrito sejam diminuídas e interferindo no enchimento diminuindo o debito cardíaco. As pericardites são classificadas segundo sua evolução e forma de apresentação clínica: Aguda • Fibrinosa • Serosa • Purulenta • Hemorrágica • Granulomatosa/caseosa Crônica • Constritiva • Mediastino adesiva Complicações da pericardite • Derrame pericárdico • Tamponamento cardíaco Se a pericardite apresenta uma inflamação inicial no pericárdio = aguda Se a inflamação tem evolução com acumulo de liquido = derrame Se o liquido acumula de modo intenso = tamponamento Se essa inflamação ocorre durante meses e passa a ter fibrose e calcificação = crônica Pericardite aguda Aguda fibrinosa e/ou serofibrinosa: É a forma mais comum de pericardite e é causada principalmente por infarto do miocárdio, uremia e radiação de tórax, doença reumática e traumatismos ou idiopática, de provável origem viral. Infecções bacterianas podem iniciar na fibrinosa e evoluir para uma purulenta. Se caracteriza por presença de liquido turvo com fibrina, células infamatórias e células mesotelias, normalmente não se identifica o agente patológico. Macroscopicamente o coração fica recoberto por uma material fibrinoso, com aspecto de pão com manteiga. Microscopicamente é possível verificar o infiltrado inflamatório com acumulo de fibrina, podendo haver edema e deposição de colágeno. Normalmente com grande quantidade de células mesoteliais reativas. Além disso conforme vai evoluindo pode haver aderência entre os dois folhetos através de fibrose e originar uma pericardite constritiva. Pericardite fibropurulenta ou purulenta: Causada por microrganismo piogênicos como, estafilococos, estreptococos, pneumococos, meningococos e mais raramente por fungos. Esses agentes podem atingir o pericárdio através de propagação de infecções adjacentes, septicemia ou infecção direta. Macroscopicamente o coração fica recoberto por um material purulento de aspecto granular (parece candidíase), e o liquido é turvo fino mas pode chegar até a um pus completo Microscopicamente o pericárdio tem infiltrado de neutrófilos, fibrina e restos celulares na superfície, frequentemente se encontra o agente etiológico. Pericardite aguda hemorrágica: Normalmente esta associada as demais pericardites e é caracterizada pela presença de sangue no pericárdio. (componente hemorrágico expressivo). As principais causas são tuberculose e neoplasias e podem também surgir após cirurgia cardíaca. Pericardite aguda granulomatosa/caseosa: Principal causa é a tuberculose mas também pode ter etiologia por micobacterias e fungos como histoplasma e cândida. Mas ate que se
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