Barroco_brasileiro

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Barroco brasileiro 1
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Barroco brasileiro
Os antecedentes europeus 
O início do Barroco na Europa: uma parte dos estudiosos afirma estar entre o 
final do século XVI, a partir da arte religiosa da Contrarreforma; outra parte diz que 
o Barroco surgiu nas duas primeiras décadas do século XVII.
Barroco tardio e rococó religioso em portugal;
Há discussões na historiografia sobre a data exata do início do barroco na 
Europa;
Contrarreforma no fim do século XVI e nas primeiras décadas.
Porém todos concordam quanto às suas principais características: 
extravagância, assimetria, apelo emocional – e por isso uma direção à expressão 
dos sentidos e não à razão (o que era a práxis da arte renascentista).
Países de tradição católica mais forte, como Itália e Portugal, influenciaram 
o barroco brasileiro;
A questão é que em Portugal o barroco chegou junto com o rococó 
religioso, que éderivado do rococó francês (arte da Corte).
O que antecede o Barroco no Brasil, era 
a produção artística de países europeus 
ocidentais de tradição católica, como a 
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Itália e Portugal – no qual há o estilo 
pombalino, também conhecido como 
Barroco tardio português. Mas o Barroco 
brasileiro também tem influência do 
Rococó religioso lusitano, que empresta 
dos franceses as cores suaves e a forma 
da roca: a concha achatada, as linhas em 
espiral e as folhas de ouro, tão presentes 
nas nossas igrejas deste período.
Portugal mantém do barroco: a 
extravagância, a assimetria e o 
apelo aos sentidos emdetrimento da 
razão
Empresta do rococó francês: as 
cores suaves e pastéis a forma da 
roca (a concha achatada)
O barroco de cada região do Brasil: particularidades 
Também é visto que em outros estados onde o Barroco esteve presente, além 
de Minas Gerais e Bahia.
Estados que presenciaram o barroco com mais força: Pernambuco, Rio de 
Janeiro e Minas Gerais
Na cidade do Rio de Janeiro, por 
exemplo, a partir de 1753, na igreja 
matriz de Santa Rita, as talhas já 
traziam formas de conchas, e o 
exagero de expressão de 
sentimentos à maneira dos 
detalhes do rococó e do barroco, 
sucessivamente. 
Também na antiga capital encontramos o 
Mestre Valentim, que adornou, por exemplo, 
as igrejas da Santa Cruz dos Militares, a da 
Ordem Terceira do Carmo e a de São 
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Francisco de Paula que, no entanto, com o 
passar dos anos, sofreram modificações – 
maiores ou menores – como a maioria das 
igrejas deste período. No entanto, a Capela 
das Relíquias do Mosteiro de São Bento do 
Rio de Janeiro é considerada a mais bem 
conservada.
Em Pernambuco, graças às 
riquezas geradas pela produção 
açucareira, o desenho curvilíneo 
predominou até nos frontões, como 
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na Igreja Matriz de Santo Antônio, em 
Recife.
No Recife, a Capela 
Nossa Senhora da 
Conceição das Jaqueiras 
é especial
A cidade foi enriquecida 
com a exploração 
açucareira 
A capela contém 
desenhos curvilíneos
É chamada também de 
Capelinha das Jaqueiras 
O interior tem azulejos 
vindos de Portugal
Na sacristia, há um 
lavatório de pedra, com 
uma torneira longa de 
bronze que resistiu ao 
tempo e ao saque
As igrejas baianas
Salvador possui cerca de 80 construções que remetem ao estilo barroco. Dentre 
elas, destaca-se a Igreja de Nossa Senhora da Conceição da Praia. Desde a 
construção arquitetônica até a decoração interna, podemos destacar as fortes 
áreas de claro e escuro, as cores quentes, os diversos personagens em uma 
narrativa direcionada à glorificação da Virgem e a construção com aspectos 
ilusionistas de elementos da igreja, como os balcões e o ponto de vista daqueles 
personagens.
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Igreja de Nossa Senhora da Conceição da Praia, em 
Salvador (BA) 
Salvador tem 80 construções que remetem ao barroco, a 
maioria delas são igrejas 
A talha dourada é uma característica dos palácios franceses 
e italianos, na decoração em moldura 
No Brasil, as igrejas são contornadas no interior com a talha 
dourada, desenhada com motivo curvilíneos e a forma da 
roca (aliada às pinturas de José Joaquim da Rocha)
A intenção da pintura é reforçar o discurso de exaltação da fé católica no momento 
de sua afirmação no território colonial. Sua última restauração, datada de 1991, 
realçou ainda mais as cores quentes e claros-escuros atribuídos ao artista barroco 
José Joaquim da Rocha. Como outras igrejas barrocas baianas, ela foi construída 
em pedra-sabão, material que na época era trazido de Portugal.
Igrejas mineiras
As primeiras igrejas barrocas 
mineiras eram capelas de barro e 
madeira construídas no caminho das 
áreas de mineração. Com o tempo 
adquiriram a arquitetura comum às 
igrejas brasileiras: nave, capela-mor e 
sacristia lateral, torres central e lateral 
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e, na ausência destas, há vários 
casos de soluções singulares para a 
colocação do sino, como na Capela 
de Padre Faria, em Ouro Preto (MG).
As primeiras igrejas eram 
capelas de barro e madeira 
construídas no caminho da 
mineração
O projeto de divisão 
arquitetônica é o mais clássico 
e comum dessa época: nave, 
capela-mor e sacristia lateral
Duas torres: central e lateral, 
para colocação do sino
No caso da Igreja de Francisco 
de Assis, as janelas são 
maiores para a entrada da luz e 
fazer cintilar o ouro das talhas
Outras mais suntuosas possuem 
destaque turístico por apresentarem 
estilo diversificado, com 
características do período pombalino 
e do rococó, como a Igreja de São 
Francisco de Assis, em Mariana (MG). 
Suas janelas foram pensadas com 
vistas a privilegiar a entrada de luz e 
fazer cintilar as talhas cobertas de 
folhas de ouro. O predomínio de 
paredes brancas e fundos suaves nas 
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pinturas ajudam a criar este efeito, 
diferente das igrejas baianas, nas 
quais predomina a cor escura para 
contrastar com o ouro. A pintura é de 
Francisco Xavier Carneiro, que 
executou diversas delas em muitas 
igrejas mineiras.
Igreja de São Francisco 
de Assis, Mariana (MG) 
O Estado de Minas 
Gerais se desenvolveu e 
cresceu no século XVIII
As paredes são brancas, 
para ajudar na entrada da 
luz e porque os fundos 
das histórias bíblicas 
desenhadas por 
Francisco Xavier Carneiro 
são em tons pastéis e 
contém curvas delicadas
Grandes Mestres
Vamos nos deter na produção dos dois 
mais conhecidos artistas deste período: 
Antônio Francisco Lisboa, o Aleijadinho 
(1738-1814), por meio da coleção de 
obras no Santuário do Bom Jesus de 
Matosinhos, em Congonhas (MG) e 
Manuel da Costa Ataíde, o Mestre 
Ataíde (1762-1830), responsável pelas 
pinturas no teto da Igreja de São 
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Francisco de Assis em Ouro Preto 
(MG).
Mestre Ataíde foi militar, e pertenceu à terceira geração de pintores mineiros, e 
atuou mais quando a economia baseada na exploração do ouro já arrefecia. No 
entanto, nesse momento a Igreja Católica afirmava-se construindo grandes obras 
nesta época.
A pintura feita por Ataíde no teto da 
igreja supracitada em Ouro Preto é um 
bom exemplo de sua arte: na mistura 
do barroco tardio com o rococó 
encontramos uma composição em 
perspectiva, com ponto de fuga na 
imitação dos pilares elevando-se aos 
céus, os quatro cantos com doutores 
da Igreja e ao centro Nossa Senhora 
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em último plano, rodeada de santos e 
anjos em profundidade espiral.
Coleção de esculturas de 
Aleijadinho no Santuário do 
Bom Jesus do Matosinhos, 
Congonhas (MG) 
O Santuário: uma igreja, um 
adro e seis capelas 
No adro, tem o conjunto de 
profetas executado em 
pedrasabão 
Nas capelas, os passos da 
Paixão de Cristo em madeira 
policromada