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BULLYING UNIFAEL TCC

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BULLYING E A VIOLÊNCIA ESCOLAR
 SILVA, Valquíria Andreza Costa[footnoteRef:1] [1: Discente do curso de Licenciatura Plena em Pedagogia da FAEL.] 
 RIBEIRO, Priscila de Oliveira [footnoteRef:2] [2: Docente do curso de Licenciatura Plena em Pedagogia da FAEL.] 
Resumo
Dentre os desafios sociais na atualidade postos ao mundo como um todo, e dos quais o Estado, a família e a escola não se excluem, um dos mais complexos diz respeito ao fenômeno da violência no cenário escolar. A violência tem ocorrido com frequência no ambiente escolar, se tornando assunto de grandes debates entre professores, gestores e comunidade escolar. Uma das formas de violência vivenciadas nas escolas vem ser o bullying, que se caracteriza por às atitudes hostis, agressiva e violentas entre os alunos. Há diversas discussões sobre a origem de atitudes que evidenciam o bullying, no entanto, suas consequências são negativas no desenvolvimento social, psicológico e de aprendizagem do aluno. Dessa forma, o artigo tem como principal objetivo refletir a relação entre bullying e violência escolar e a atuação do pedagogo. Como metodologia de pesquisa utilizamos a pesquisa bibliográfica em obras literárias, artigos e legislação, sendo descrita por Gil (2008), como “uma ação do material já produzido.”
Palavras – chaves: Violência. Bullying. Escola.
1 INTRODUÇÃO
A violência na escola pode ocorrer de diversas formas, sejam físicas ou verbais, dentre elas a mais conhecida é o Bullying. O tema Bullying é discutido no ambiente escolar, pois muitas crianças e adolescentes vivenciam essa prática desde muito novos. Com a incidência do desrespeito e pela organização do trabalho pedagógico em provocar a reflexão sobre assuntos atuais e que dessa forma, a escola exerce sua função social.
O artigo vem ser de suma importância para a conscientização do respeito e equidade aos alunos, para que posteriormente se tornem adultos responsáveis e que saibam viver em sociedade de forma harmônica. Sabe-se que a violência na escola, com o passar do tempo tem alcançado traços mais graves e transformando-se em um problema social preocupante.
 Assim justifica-se a escolha do tema por perceber que o presente estudo sobre a violência nas escolas, em especial a prática do bullying, sua origem e o apontamento de soluções para a erradicação de tal prática, vem ser de suma importância para a sociedade, pais e escola, objetivando assim trazer a eles, a atual realidade no ambiente escolar em nosso país, bem como qual seria o melhor comportamento da família, da escola, da sociedade e do Estado, diante do crescimento alarmante de tais ações que envolvem diretamente crianças e adolescentes. 
Os principais autores consultados nesta pesquisa foram: CORTEZ (2012), DUBET (2011), FANTE (2005) e MARTINEZ (2011).
O artigo apresenta como problemática o seguinte questionamento: Qual as principais discussões sobre bullying e violência escolar e qual o papel do pedagogo frente a essa situação? 
Como metodologia de pesquisa utilizamos a pesquisa bibliográfica em obras literárias, artigos e legislação, sendo descrita por Gil (2008), como “uma ação do material já produzido”. 
O artigo apresenta a seguinte estrutura de organização: no primeiro tópico trata sobre a violência escolar em uma reflexão crítica sobre os fatores internos e externos que a provocam. O segundo tópico apresenta reflexões sobre o Bullying, seus conceitos e formas e terceiro tópico apresenta as formas de violência atuais e como a ação educativa do pedagogo pode combater a violência e o bullying em si. 
2 A CRIANÇA E O ADOLESCENTE COMO ATORES SOCIAIS EM DESENVOLVIMENTO NO AMBIENTE ESCOLAR 
A educação deve visar ao pleno desenvolvimento da personalidade humana e o fortalecimento do respeito pelos direitos do homem e pelas liberdades fundamentais. Deve favorecer a compreensão, a tolerância e a amizade entre todas as nações e todos os grupos raciais ou religiosos, assim como o desenvolvimento das atividades das Nações Unidas em prol da manutenção da paz. (ONU, 2015).
Diante disso, é necessário apresentarmos as discussões teórica sobre qual o papel da escola, diante do objetivo atual da educação: formar cidadãos conscientes. Dubet (2011, p.62), enxergando a escola como instituição e considerando que esta desenvolve suas regras e valores comuns, afirma que “a socialização atua de modo desenvolver no aluno uma subjetividade, ou seja, um indivíduo no ambiente escolar torna-se autônomo em suas opiniões a partir da socialização”.
O ambiente escolar, deve proporcionar a socialização não apenas de conteúdos sistemáticos, mais de momentos de interação com o outros, para que eles possam viver harmonicamente em sociedade. Segundo Tomaz; Oliveira (2009, p.19), “O espaço escolar não deve apenas preocupar-se com a formação intelectual do educando, mas também e principalmente, com a sua formação enquanto ser humano ético, participativo, realizado no campo pessoal e profissional”.
Segundo a Lei de Diretrizes e Bases da Educação de 1996, que institui as diretrizes nos currículos escolares:
Art. 4º. O dever do Estado com a educação escolar pública será efetivado mediante a garantia de:
I - ensino fundamental, obrigatório e gratuito, inclusive para os que a ele não
tiveram acesso na idade própria;
II - progressiva extensão da obrigatoriedade e gratuidade ao ensino médio;
III - atendimento educacional especializado gratuito aos educandos com necessidades especiais, preferencialmente na rede regular de ensino;
IV - atendimento gratuito em creches e pré-escolas às crianças de zero a seis anos de idade;
V - acesso aos níveis mais elevados do ensino, da pesquisa e da criação artística, segundo a capacidade de cada um;
VI - oferta de ensino noturno regular, adequado às condições do educando;
VII - oferta de educação escolar regular para jovens e adultos, com características e modalidades adequadas às suas necessidades e disponibilidades, garantindo-se aos que forem trabalhadores as condições de acesso e permanência na escola;
VIII - atendimento ao educando, no ensino fundamental público, por meio de
programas suplementares de material didático-escolar, transporte alimentação e assistência à saúde;
IX - padrões mínimos de qualidade de ensino, definidos como a variedade e
quantidade mínimas, por aluno, de insumos indispensáveis ao desenvolvimento do processo de ensino- aprendizagem.
Os objetivos propostos pela LDB acima, são considerados princípios que reagem sobre a formação social do indivíduo, uma vez que os conteúdos curriculares, são embasados em teorias pedagógicas voltadas para a formação de consciência crítica reflexiva do mundo a sua volta. Como bem afirma, o artigo 26 da Declaração Universal dos Direitos Humanos consagra o direito à educação “o pleno desenvolvimento da personalidade humana”
Os processos educativos permeiam a vida das pessoas e os sistemas escolares são parte deste processo, em que aprendizagens básicas são desenvolvidas. Por meio deles, conhecimentos essenciais são partilhados, normas, comportamentos e habilidades são construídos. Nas sociedades modernas, o conhecimento escolar é quase uma condição para sobrevivência e bem-estar social. (BARUFFI; RAUBER, 2009).
A formação social e cognitivo do ser humano, é envolto de diversas relações que se dão desde seu nascimento até a vida adulta. Essas relações interpessoais, são compostas por ações e estímulos que proporcionam às mesmas aprendizagens significativas para a convivência em sociedade. Segundo Maturana (2004, p.73), “Durante seu desenvolvimento a criança adquire, através das interações com sua mãe e outros membros da comunidade em que vive, as emoções próprias de sua família e cultura. Assim, o emocionar se dá nas relações sociais como algo natural e cultural”.
De acordo com Wallon (1975, p. 166-167): 
A escola é também um meio funcional. As crianças vão lá para se instruir e elas devem familiarizar-se com uma disciplina e relações interindividuais dum novo tipo. Mas a escola é ao mesmo tempo ummeio local onde se encontram crianças que podem pertencer a meios sociais diferentes. Também se pode falar do meio familiar como dum meio funcional, onde a criança começa por encontrar meios de satisfazer todas as suas necessidades sob formas que podem ser próprias à sua família e onde a criança conquista as suas primeiras condutas sociais.
A criança precisa ser bem acolhida na escola, pois ao sair do seio familiar onde os vínculos afetivos são a tempos fortes, a insegurança e o medo florescem na mesma. Ela passa a ser parte da escola, a partir do momento em que o professor a tem como referência e passa a enxergá-la como sendo próxima, uma vez que a figura do professor para a criança se torna como uma segunda família. Segundo a reflexão de Bowlby (1997, p.22), “a pessoa em quem a criança confia, também conhecida como figura de ligação, pode ser considerada aquela que fornece à ela uma segurança afetiva sobre a qual poderá estabelecer seu comportamento e ações”.
Ele (o professor) precisa compreender o aluno e seu universo em que vive. Mas conhecer esse aluno implica em uma pré-disposição em demostrar gestos de carinho para com o mesmo. Cabe ao professor investigar mais esse aluno e, ao longo de sua formação, não deixar que esse educando acumule raivas ou questionamentos. Hoje muito se sabe que o lado intelectual caminha de mãos dadas com o lado afetivo. (MENDES, 2011, p.12).
O relacionamento entre professor e aluno deve ser de amizade, de respeito mútuo, de troca de solidariedade, não aceitando de maneira alguma um ambiente hostil e opressor que semeie o medo e a raiva no contexto de sala de aula. (MENDES, 2011) para tanto é necessário haver uma pré-disposição do professor em se entregar nessa relação e se manter firme em determinadas situações. 
Educar é muito mais que repassar informações ou mostrar apenas um caminho, mas mostra para a criança quem ela é e de que é capaz. É oferecer várias formas para que o indivíduo possa ter possibilidades de escolha e encontrar novos caminhos, de preferência aquele que concilia com seus princípios, seu olhar para o mundo e com as possibilidades adversas que poderá encontrar. (COSTA; GONCALVES, 2018).
2 COMPREENSÕES DE COMO O BULLYING GERA A VIOLÊNCIA NA ESCOLA
A violência não faz parte da escola, mas decorre de um processo de construção baseado em diversos fatores externos a elas, tais como: família desestruturada, marginalização social, problemas psicológicos, surgimento de armas nas escolas, a disseminação do uso de drogas e a expansão das gangues e outros. Marra (2007, p. 36) explica que “há diferentes concepções e diferentes conceitos de violência e que esses conceitos variam tanto de país para país como de interlocutor para interlocutor”.
A violência em si, tem seus conceitos apesentados por diversos autores estudiosos do tema, pois a mesma na medida que cresceu com as transformações sociais e evolução da sociedade, se tornou objeto de estudo e reflexão, sobre suas causas-consequências e as medidas que as instituições devem tomar para sua prevenção. Conforme aponta Abramovay (2005, p. 53):
Apresentar um conceito de violência requer uma certa cautela, isso porque ela é, inegavelmente, algo dinâmico e mutável. Suas representações, suas dimensões e seus significados passam por adaptações à medida que as sociedades se transformam. A dependência do momento histórico, da localidade, do contexto cultural e de uma série de outros fatores lhe atribui um caráter de dinamismo próprio dos fenômenos sociais.
Isso porque, a violência tem suas características que variam de acordo com o contexto em que ela ocorre. Dessa forma, os autores tendem a defini-la de forma mais ampla, por se tratar da sua natureza expressa em consonância com a realidade de onde os indivíduos estão inseridos. 
Sendo o foco do trabalho a violência nas escolas e consequentemente na vida da criança, ademais é importante frisar que a sociedade vive momentos de regresso, no que diz respeito ao desenvolvimento pleno e integral da criança e do adolescente, respaldados no Art. 27 da Constituição Federal, como sendo um dever da família, da sociedade e do Estado. Há fragilidades da lei e o descaso de pais e da sociedade como um todo. Resultante disso, algumas crianças e adolescentes vivem em meio a criminalidade, e essa violência passa a crescer devido aos fatores sociais, familiares, morais e psicológicos.
De acordo com Chauí (1999, p. 5), violência se define como “um ato de brutalidade, sevícia e abuso físico e/ou psíquico contra alguém e caracteriza relações intersubjetivas e sociais definidas pela opressão e intimidação, pelo medo e o terror”. A violência, portanto, aparece na realidade escolar e social como uma ameaça constante e que aumenta consistentemente.
Priotto (2009, p.12) defini violências escolares como sendo:
Todos os atos ou ações de violência comportamentos agressivos e antissociais, incluindo conflitos interpessoais, danos ao patrimônio, atos criminosos, marginalizações, discriminações, dentre outros praticados por entre a comunidade escolar (alunos, professores, funcionários, familiares e estranhos a escola) no ambiente escolar.
Dessa forma, são muitos os fatores que levam uma criança a cometer atos de violência na escola, de acordo com Marra (2007, p. 62) sobre esses fatores:
[...] estabelecem estreita ligação entre a escola e o narcotráfico; outros chamam a atenção para os alunos em seus grupos de convivência (gangues e galeras); outros tantos enfocam a socialização na infância, no ambiente familiar no qual a agressividade naturaliza a violência; e outros mais centram seu interesse na reação à autoridade e a incapacidade de reordenação interna da escola, ou mesmo nas políticas públicas de exclusão que norteiam a educação formal.
Sobre os tipos de violência que ocorrem no ambiente escolar, destacam-se a violência física, psicológicas, verbais e sexuais, onde segundo Bock (2002, p. 331), são definidas como:
Violência física é o ato de ferir, machucar e deixar marcas corporais. Ela geralmente vem através de tapas, pontapés, murros, empurrões, agressões com objetos e queimaduras. Já a violência psicológica é a agressão emocional, caracterizada pela humilhação, depreciação, desrespeito, discriminação, e outras punições. A violência verbal acontece geralmente através de ofensas morais, palavrões e depreciações, já a violência sexual é aquela em que o agressor abusa do poder que tem sobre a vítima para obter gratificação sexual, logicamente sem o consentimento da pessoa e na sua maioria ligada também a violência física.
Quanto tratamos dos direitos da criança e do adolescente no Brasil, ligamo-nos a relação existente entre a sociedade e o Estado, pois foi a partir desta que as conquistas sociais, bem como a proteção dos direitos e garantias individuais de cada pessoa foram asseguradas. Ou seja, foram as lutas sociais que motivaram a criação de uma legislação acerca dos direitos da criança e do adolescente.
Entre as décadas de 70 e 80 os direitos sociais iniciaram sua consolidação, através do processo de redemocratização do Brasil, levando pontos importantes como o da cidadania e dos direitos sociais. Os movimentos sociais do ano de 1980, possibilitaram o repensar dos direitos dos cidadãos, onde os direitos da criança e do adolescente tomaram grande proporção.
Um dos movimentos sociais que tiveram forte influência nos direitos da criança e do adolescente, foi o Movimento Nacional de meninos e meninas de rua (MNMMR), que se destacou se destacou ao propor um “atendimento às crianças e adolescente de forma diferenciada, no sentido de promover o empoderamento dos jovens moradores de rua” (SOUZA, 2014, p.2). No entanto, percebemos no Brasil que os direitos da criança e do adolescente se iniciou de fato na Constituição de 1988, onde no artigo 227, diz que:
É deve da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança e ao adolescente, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade eà convivência familiar e comunitária, além de coloca-los a salvo de toda forma de negligencia, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão.
A proteção integral da criança e do adolescente, foi reconhecido pela Constituição Federal Brasileira de 1988, observando a dignidade da pessoa humana e, portanto, portadoras dos mesmos direitos fundamentais dos adultos, sob legislação mais específica, devido sua condição especial de pessoa em desenvolvimento.
É nesse cenário que em 1990 é promulgado o Estatuto da Criança e do Adolescente – ECA, tendo objetivos definidos e bastantes amplos onde a participação dos pais, da comunidade e do Estado é de suma importância para o cumprimento do mesmo, ou seja, existe uma integração do poder da proteção integral à criança e ao adolescente, tornando-se sujeito de direitos. Apresentaremos a seguir os principais artigos que versam sobre os direitos de proteção integral da criança e dos adolescentes apresentados no Eca.
Como se tem no 1º artigo do ECA que a Lei dispõe “sobre a proteção integral à criança e ao adolescente”. Sobre esse artigo do Eca, acerca da proteção integral, ressalta-se a importância e o entendimento claro, onde a criança o adolescente tem o direito de nascer e tão logo obter uma personalidade jurídica[footnoteRef:3] e ter seu pleno desenvolvimento físico, social e cognitivo amparado por aqueles que são responsáveis pela mesma, não somente os pais, mais a sociedade e o Estado em geral. [3: O Código Civil aduz implicitamente sobre o início da vida do ser humano, no seu artigo 2º, “in fine”, ao dizer que “A personalidade civil da pessoa começa do nascimento com vida; mas a lei põe a salvo, desde a concepção, os direitos do nascituro. ”] 
3 BULLYNG FORMAS E DEFINIÇÕES
Nos dias de hoje, os jornais e as redes sociais, divulgam diariamente a violência ocorrida nas escolas, de aluno para aluno, sendo práticas de preconceito, abuso psicológico, violência e outros. Para essa prática, denomina-se Bullying, que segundo Costa (2011, p.360):
É um termo inglês utilizado para descrever atos de violência física ou psicológica, intencionais e repetitivos, praticados por um indivíduo (bully – valentão) ou grupo de indivíduos com a intenção malévola e com objetivo determinado de intimidar ou agredir fisicamente, moralmente, outro indivíduo, (ou grupo de indivíduos) incapazes de se defender.
Segundo a autor Silva (2010, p.14), que traduz a expressão “bully”, para “indivíduo valentão, tirano, mandão, brigão”. Conforme a autora, essa prática é utilizada para qualificar comportamentos agressivos no âmbito escolar, praticados tanto por meninos quanto por meninas.
Essa prática tem sido corrente nas escolas, tanto públicas, quanto privadas, não escolhendo classe social para que ocorra. Chalita (2008, p. 81) ressalta que: “O fenômeno bullying não escolhe classe social ou econômica, escola pública ou privada, ensino fundamental ou médio, área rural ou urbana. Está presente em grupos de crianças e jovens, em escolas de países e culturas diferentes”.
O termo bullying não é novo, expressa uma forma de violência que sempre esteve presente nas escolas, onde os mais “fortes” oprimem os mais “frágeis”, onde estes se tornam vítimas por vários motivos, mesmo os mais banais. Para Coloroso (2004) o bullying é:
[…] uma atividade consciente, desejada e deliberadamente hostil orientada pelo objetivo de ferir, induzir o medo pela ameaça de futuras agressões e criar terror. Seja premeditada ou aleatória, obvia ou sutil, praticada de forma evidente ou as escondidas, identificada facilmente ou mascarada em uma relação de aparente amizade, o bullying sempre incluirá três elementos: desequilíbrio de poder, intenção de ferir e ameaça de agressão futura. (COLOROSO Apud ROLIM,2008, p.14).
Segundo Martinez (2011 p.12,), os agressores que praticam bullying “são denominados bullies, estes por sua vez escolhem os indivíduos que estão em desigualdade de poder, seja por situação socioeconômica, faixa etária ou porte físico”. Muitas vezes são crianças e adolescentes que já passam por algum problema familiar ou algum trauma passado, o fato de praticarem o bullying com o outro, é uma tentativa de reprimir os sentimentos de tristeza e recusa. O autor Silva, afirma que muitos bullies se “comportam assim por uma clara ausência de limites em seus processos educacionais no contexto familiar” (Silva, 2010, p.2). 
Ainda sobre as causas do Bullying, segundo os estudos de especialistas, devem-se à um grau elevado de carência afetiva aliada a falta de limites impostas pelos pais juntamente com os educadores e a vivência escolar com práticas educativas baseadas em maus tratos físicos e psicológicos com explosões emocionais intensas. (MARTINEZ, 2011)
As vítimas são apresentadas pelo autor Lins (2007, p.7) em três: Vítima típica, Vítima provocadora: Vítima agressora. Sobre essa classificação o autor assim define:
Vítima típica: São aquelas que servem de “bode expiatório” para um grupo. Geralmente são os alunos que apresentam pouca ou nenhuma habilidade de socialização, são tímidas ou reservadas não conseguindo reagir às provocações e agressões dirigidas a elas. Normalmente são mais frágeis fisicamente, apresentando deficiência de coordenação motora, extrema sensibilidade, passividade, submissão, insegurança, baixa auto-estima, dificuldades de aprendizagem, ansiedade e aspectos depressivos. Podem ser aquelas que apresentam alguma diferença que as destaca dos outros como: são gordinhas ou muito magras, altas ou baixas demais; são de raça, cor, credo, condição socioeconômica ou opção sexual diferentes. Enfim, qualquer coisa que as diferencie, fugindo dos padrões impostos por um determinado grupo ou indivíduo, pode ser motivo (sempre injustificável) para ser escolhida como alvo das agressões.
Vítima provocadora: São aquelas capazes de despertar em seus colegas reações agressivas contra si mesmas e com as quais não consegue lidar com eficiência. Brigam ou discutem quando são insultadas ou atacadas, mas, de maneira ineficaz exacerbando ainda mais as agressões dos outros. As vítimas provocadoras são as que chamamos de “gênio ruim”. Nesse grupo podemos incluir as crianças e jovens hiperativos e impulsivos, imaturos, tolos, dispersivos e ofensores que acabam por criar um ambiente tenso ao seu redor, facilitando e chamando a atenção dos agressores reais que se aproveitam da situação para iniciar suas provocações sem mesmo serem percebidos ou responsabilizados. 
Vítima agressora: A vítima agressora é aquela que diante dos maus tratos sofridos reage igualmente com agressividade ou reproduzindo-os como forma de compensação, procurando outro alvo ainda mais frágil para canalizar toda a sua insatisfação contida e reprimida pelas agressões anteriores. Essa tendência tem sido observada entre as vítimas que assim expandem os resultados, acionando o efeito cascata, aumentando o número de vítimas já tão volumoso. O círculo vicioso instalado contribui para que o bullying se transforme em um problema de difícil controle.
As pessoas que sofrem o bullying, muitas vezes apresentam quadros de ansiedade, tristeza, baixa-estima, medo, angustia, revolta e depressão, sendo fatores que influenciam na evasão escolar e em tragédias como suicídio e homicídios, como tem acontecido em muitos lugares do mundo. 
As consequências do bullying são devastadoras em todos os sentidos, afetam os envolvidos em todos os níveis, sendo a vítima a que tem maior probabilidade de continuar sofrendo seus efeitos pelo resto da vida. A vítima pode ter prejuízos na formação de sua personalidade, nas suas relações profissionais, constituição de família e educação dos filhos. (LINS, 2007). Segundo o mesmo autor, o bullying passou a ser um problema de saúde pública, devendo ser dado uma atenção maior à esse problema da sociedade.
O bullying acontece de diversas formas, podendo ocorrer no ambiente escolar em horários em que os adultos não estão supervisionando, pois muitas vezes ocorre do professor apenas encontrar a criança ou adolescente que sofreu o bullying,isolado dos demais. De acordo com a autora Silva (2010), a classificação das formas de bullying pode ser:
Verbal (insultar, ofender, xingar, fazer gozações, colocar apelidos pejorativos, fazer piadas ofensivas, “zoar”)
Físico e material (bater, chutar, espancar, empurrar, ferir, beliscar, roubar, furtar ou destruir pertences da vítima)
Psicológico e moral (irritar, humilhar e ridicularizar, excluir, isolar, ignorar, desprezar, aterrorizar e ameaçar, chantagear, perseguir, difamar)
Sexual (abusar, violentar, assediar, insinuar)
Virtual ou cyberbullying (bullying realizado por meios de ferramentas tecnológicas: celulares, internet, máquinas fotográficas, filmadoras etc.).
Nesses casos, é preciso identificar qual a forma do bullying que o indivíduo sofreu, para que haja a intervenção necessária no processo.
4 O PAPEL DO PEDAGOGO E A INTERVENÇÃO EDUCATIVA 
Segundo dados estatísticos sobre casos de bullying no Brasil, de acordo com o site R7, “o Brasil se encontra em 2 lugar com mais casos de bullying virtual contra crianças, considerado como cyberbullying” (MARQUES, 2018, p.1). De acordo com a redação do site:
Cerca de 30% dos pais e responsáveis brasileiros, afirmam terem tido conhecimento de pelo menos um caso em que o filho ou a filha foi vítima de bullying. Nessa disputa, o país fica atrás somente da Índia que tem 35%. Ambos superam bastante a média global de 17%, de acordo com a pesquisa (MARQUES, 2018, p.1).
Segundo o Doutor Francisco Assunção, "Os pais devem saber o que os filhos estão fazendo na internet. Elas não podem ficar muito tempo navegando pelas redes sociais sozinhas. O ideal é determinar um período para essa atividade" (MARQUES, 2018, p.1) E complementa: "Uma vez que a criança está sendo agredida, os pais devem entrar em contato com os pais do agressor, considerando que as crianças não respondem por si. Dependendo do caso, pode existir até a necessidade de tomar as providencias legais"
Essa realidade sai das redes sociais e ocorrem com frequência nas escolas como é o caso de um estudante negro e com problemas mentais, morador da cidade de Capoeira no agreste Pernambuco. Onde um grupo de estudantes da Escola de Referência em Ensino Médio (Erem) Nossa Senhora do Perpétuo Socorro constrangeu um colega. Segundo o site de notícias Diário de Pernambuco (2018, p.1):
Nas imagens divulgadas na internet, o adolescente vítima de bullying aparece em meio a colegas e depois se encosta numa parede sob uma intensa gritaria. O incidente teria ocorrido na quinta-feira e, no início da tarde da sexta-feira, houve o protesto. No sábado, foram divulgadas informações atribuídas a um irmão do estudante que sofreu bullying, de que ele estaria “desmotivado e triste”.
Cabe aqui nos indagar sobe a função da escola como formadora de opinião dos alunos, sobre como prevenir ou aplicar propostas de intervenção sobre essa temática na escola. 
Em recentes notícias, o site Escola da Inteligência publicou uma matéria intitulada “Pesquisas mostra que 20% dos estudantes já praticaram bullying”, escrita pela própria redação, a matéria apresenta dados feitos por uma pesquisa feita com mais de 100 mil alunos de escolas públicas e particulares de todo o Brasil mostra que 20% dos estudantes já praticaram esse tipo de agressão.
Na pesquisa, os entrevistados responderam também sobre o motivo das agressões contra os colegas. Uma surpresa: 51% deles não souberam explicar as razões. E os que conseguiram, disseram que implicavam com outros alunos da escola por causa da aparência do corpo, do rosto, da cor da pele, da orientação sexual e região de origem. (ESCOLA DA INTELIGÊNCIA, 2019)
Anteriormente houve casos de grande repercussão no Brasil e de consequências de alunos que sofreram bullying como é o caso de cinco anos atrás, o massacre do Realengo, no Rio, que escancarou a gravidade do estigma do bullying. Trata-se de Wellington Menezes de Oliveira que antes de sair de casa para matar 12 alunos da escola em que havia estudado, ele postou na internet vídeos em que dizia querer expiar as agressões que sofrera durante a adolescência. 
O mais recente caso que houve Bullying por parte dos estudantes, foi o caso de Suzano, onde cinco alunos e duas funcionárias da escola morreram após Guilherme e Luiz Henrique de Castro entrarem no colégio atirando. Ao menos oito pessoas morreram, além da dupla de atiradores.
Segundo a mãe de Guilherme Taucci de Monteiro, um dos responsáveis pelo ataque à escola Raul Brasil, em Suzano (SP), nesta quarta-feira (13/2), disse que o filho havia deixado de frequentar a escola, porque sofria bullying. O jovem, que tinha 17 anos, frequentou o colégio por dois anos, até 2017. (CORREIO BRAZILIENSE, 2019, p.1)
Como práticas de intervenção sobre casos de bullying, a escola juntamente com a comunidade e órgãos públicos, precisam frisar sobre sua responsabilidade enquanto participantes do processo de aprendizagem do aluno.Dessa forma se faz necessário o laço escola-família, pois é através dele que muitas vezes conseguimos vencer obstáculos. A relação entre família e escola deveria ocorrer com maior troca de informações e participação maior no cotidiano escolar, não apenas a participação em eventos formais, tais como reuniões. (SILVA, 2010, p.18)
Importante que sejam percebidos que o processo de educar não se restringe somente os conteúdos curriculares, mais o preparo com excelência para a vivência harmônica ente s alunos e futuros adultos na sociedade. A escola e seus protagonistas que fazem parte do processo ensino e aprendizagem dos alunos, precisam reconhecer seu compromisso frente a demanda atual da violência nas escolas. Haja vista, a escola apresentar uma função social, que é formar indivíduos críticos e reflexivos a fim de viver harmonicamente em sociedade. Segundo Ramos et al. (2007, p.11):
A ação educativa tem por finalidade a humanização do homem através da identificação dos elementos culturais acumulados historicamente. A escola cabe selecionar e identificar dentre esses elementos, os necessários e indispensáveis a serem transmitidos e, consequentemente, assimilados.
Um dos profissionais que atuam diretamente no processo educativo dos alunos, vem ser o pedagogo, esse desempenha as funções primordiais para a execução do planejamento didático pedagógico da escola, e dessa forma precisa reconhecer a realidade escolar e atuar de acordo com ela. Conforme afirma Pimenta (2010, p. 151): 
[...] – os pedagogos são profissionais necessários na escola: seja nas tarefas de administração (entendida como organização racional do processo de ensino e garantia de perpetuação desse processo no sistema de ensino, de forma a consolidar um projeto pedagógico – político de emancipação das camadas populares), seja nas tarefas que ajudem o(s) professor (es) no ato de ensinar, pelo conhecimento não apenas dos processos específicos de aprendizagem, mas também da articulação entre os diversos conteúdos e na busca de um projeto – político coerente.
Quando a violência atinge a escola seja na forma de bullying, ou mesmo alunos acometidos de comportamentos agressivos e intimidadores, o pedagogo precisa articular mecanismos que desenvolva a promoção da proteção desses alunos e dos demais. A Resolução CNE/CP Nº 1, de 15 de maio de 2006, que institui as Diretrizes Curriculares Nacionais para o Curso de Graduação em Pedagogia esclarece em seu Art. 5º algumas aptidões a esse profissional, sendo relacionadas a prevenção da violência na escola, como se apresenta:
•	promover e facilitar relações de cooperação entre a instituição educativa, a família e a comunidade;
•	identificar problemas socioculturais e educacionais com postura investigativa, integrativa e propositiva em face de realidades complexas, com vistas a contribuir para superação de exclusões sociais, étnico-raciais, econômicas, culturais, religiosas, políticas e outras (BRASIL, 2006, p. 2). 
Neste sentido, é importante o pedagogo ter a sensibilidade de identificar os alunos que sofrem pela violência, bem como o que causa, sobre isso o aluno, vítima de violência, segundo Souza(2008, p. 119) “[...] além de reproduzi-la, pode reagir através de uma mudança brusca de comportamento. Falta de atenção, baixa autoestima, variação de humor e agressividade são alguns sinais aos quais pais e educadores devem estar sempre atentos”.
Para Veronese e Oliveira (2008, p. 130) “a escola de fato precisa se mostrar como um ambiente capaz de reestruturar a realidade dos menores infratores, ou seja, deve servir de elemento de efetiva construção de elementos éticos e morais”. Assim, o papel do pedagogo deve se embasar em questões afetivas sendo refletidas nas orientações aos professores, esses que atuam diretamente com o aluno. 
Uma das formas de prevenção da violência na escola, deve partir das propostas de aconselhamento, levantamento das características socioculturais dos alunos e momento de diálogo com os mesmos sobre os riscos da violência na escola. Para Cortez (2012, p. 20) “[...] os trabalhos pedagógicos da escola devem ser bem planejados e terem objetivos claros. Para lidar com as situações de violência que ocorrem nos estabelecimentos escolares não se pode ignorar as ocorrências, pois isso vai gerando um “mal-estar”.
Assim, o papel do pedagogo precisa estar alicerçado no compromisso dos objetivos da educação, sendo essa propulsora das metodologias capazes de identificar os desvios de comportamentos dos alunos e as medidas pedagógicas de orientação aos professores e demais profissionais da escola. 
CONSIDERAÇÕES FINAIS
O desenvolvimento deste artigo teve como proposta abordar a prática da violência na escola, especificamente do bullying, seus efeitos na vida do aluno e como prevenir tal ação, através da intervenção pedagógica. Assim, foi necessário apresentarmos através da discussão teórica do assunto, o direito da educação à criança e ao adolescente, como sendo um direito que precisa ser promovido pelo Estado e pela família. Refletimos sobre o papel do professor frentes as temáticas atuais que permeiam o ambiente escolar e sendo o assunto principal do artigo, apresentamos as principais características da violência escolar o conceito e definições do Bullying e as formas como vem ocorrendo na escola. 
Dessa forma, percebemos que a violência na escola não ocorre somente ao físico, mais principalmente ao psicológico e emocional do aluno, pois quando ele se torna uma vítima do bullying, desenvolve atitudes dispersas e cultua sentimentos de ódio e negativos diante do seu agressor. Isso reflete no processo de ensino e aprendizagem dele, pois tal aluno se sente por muitas vezes desestimulado a voltar a escola. 
Com a efetivação dos direitos protetivos e assistencialistas à criança e ao adolescente apareceram na Constituição de 1988, onde o artigo 27 afirma que é dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança, ao adolescente e ao jovem, com absoluta prioridade vários direitos entre eles: à dignidade, ao respeito, à liberdade além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão.
Assim, a violência escolar tem sido recorrente nos dias de hoje, onde há a necessidade da intervenção pedagógica, pois a escola assume sua função social. É necessário que os pais e a escola assumam o compromisso de identificar a prática do bullying, para que se tomem as medidas necessárias no ambiente escolar, como propostas que visem o estímulo e o reconhecimento de tal prática e provocar a socialização e conscientização sobre os malefícios do bullying na vida de uma pessoa. 
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WALLON, Henri. Psicologia e Educação da Infância. Lisboa: Editorial Estampa, 1975.
BULLYING E A VIOLÊNCIA ESCOLAR
 
 
SILVA, Valquíria Andreza C
osta
1
 
 
RIBEIRO
, 
Priscila de Oliveira
 
2
 
 
 
Resumo
 
Dentre os desafios sociais na atualidade postos ao mundo como um todo, e 
dos quais 
o Estado, a família e a escola não se excluem, um dos mais 
complexos diz respeito ao fenômeno da violência no cenário escolar. 
A 
violência tem ocorrido com frequência no ambiente escolar, se tornando 
assunto de grandes debates entre professores, gestores e
 
comunidade escolar. 
Uma das formas de violência vivenciadas nas escolas vem ser o 
bullying, que 
se caracteriza por às atitudes hostis, agressiva e violentas entre os alunos. Há 
diversas discussões sobre a origem de atitudes que evidenciam o bullying, no 
e
ntanto, suas consequências são negativas no desenvolvimento social, 
psicológico e de aprendizagem do aluno. Dessa forma, o artigo tem como 
principal objetivo refletir a relação entre bullying e violência escolar
 
e a atuação 
do pedagogo
. Como metodologia de
 
pesquisa utilizamos a 
pesquisa 
bibliográfica em obras literárias, artigos e legislação, sendo descrita por Gil 
(2008), como “uma ação do material já produzido.”
 
Palavras 
–
 
chaves
: Violência. Bullying. Escola.
 
1 
INTRODUÇÃO
 
A violência na escola pode ocorre
r de diversas formas, sejam físicas ou 
verbais, dentre elas
 
a mais conhecida é o Bullying. 
O tema Bullying é discutido 
no ambiente escolar, pois muitas crianças e adolescentes vivenciam essa 
prática desde muito novos. Com a incidência do desrespeito e pela
 
organização do trabalho pedagógico em provocar a reflexão sobre assuntos 
atuais e que dessa forma, a escola exerce sua função social.
 
O artigo vem ser de suma importância para a conscientização do 
respeito e equidade aos alunos, para que posteriormente se
 
tornem adultos 
responsáveis e que saibam viver em sociedade de forma harmônica. Sabe
-
se 
que a violência na escola, com o passar do tempo tem alcançado traços mais 
graves e transformando
-
se em um problema social preocupante.
 
 
Assim justifica
-
se a escolha d
o tema por perceber que o presente 
estudo sobre a violência nas escolas, em especial a prática do bullying, sua 
 
 
 
1
 
Discente do curso de Licenciatura Plena em Pedagogia da FAEL.
 
2
 
Docente do curso de Licenciatura Plena em Pedagogia da FAEL.

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