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FERNANDO ALVES RIBEIRO
A EUTANÁSIA NO ORDENAMENTO JURÍDICO BRASILEIRO
BETIM
2022
FERNANDO ALVES RIBEIRO
A EUTANÁSIA NO ORDENAMENTO JURÍDICO BRASILEIRO
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Faculdade Pitágoras Campus Betim, como requisito parcial para a obtenção do título de graduado em Direito.
Orientador: 
BETIM
2022
FERNANDO ALVES RIBEIRO
A EUTANÁSIA NO ORDENAMENTO JURÍDICO BRASILEIRO
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Faculdade Pitágoras, como requisito parcial para a obtenção do título de graduado em Direito.
Aprovado em __/__/___
BANCA EXAMINADORA
Prof(ª). Titulação Nome do Professor(a)
Prof(ª). Titulação Nome do Professor(a)
Prof(ª). Titulação Nome do Professor(a)
Betim, 02 de Junho de 2022
Ao meu Deus e familiares que até aqui me ajudaram a conquistar mais essa etapa de minha vida.
AGRADECIMENTOS
Chegou o esperado momento de agradecer. Em dias de dificuldades enfrentadas, lutas sem fim. Em diversas vezes que bateu aquela vontade de desistir da caminhada, hoje posso olhar para traz e dizer que valeu a pena. Valeu à pena lutar, valeu cada segundo de aperto no coração, pois os sonhos só se conquistam com força e determinação, valeu à pena a caminhada, porque o conhecimento só se adquire com perseverança. Valeu a pena ser bravo, porque coragem só se tem quando a força vem do Senhor, e hoje agradeço primeiramente a Deus, por ter me proporcionado a oportunidade de chegar aqui.
Agradeço ao corpo docente, a todos os professores pela agradável convivência e por todos os conceitos passados ao longo de toda graduação. Os conhecimentos passados por vocês não se limitam somente a uma sala de aula, ou ao exercício profissional. Todas as experiências compartilhadas, palavras de reflexão passadas, se estendem como ensinamentos para a vida, formando cidadãos mais conscientes e preparados. 
Agradeço a todos os meus familiares, que me apoiaram ao longo do curso, e dedicaram momentos de incentivos me permitindo seguir por essa jornada com força e confiança, atravessando os momentos mais árduos.
Aos meus amigos de longas datas, aos quais ainda mantenho em alto valor todas as histórias vividas, e aos companheiros de caminhada adquiridos ao longo do curso, espero encontrar cada um de vocês nessa nova jornada, para relembrarmos os momentos dentro da faculdade e aprender um com o outro os passos da profissão. 
E todos aqueles que compartilharam dessa experiência marcante que foi o período de graduação meu muito obrigado. 
O segredo de qualquer conquista é a coisa mais simples do mundo: saber o que fazer com ela.
Autor Desconhecido
RIBEIRO, Fernando Alves Ribeiro. A Eutanásia no ordenamento Jurídico Brasileiro. 31 folhas. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Direito) – Faculdade Pitágoras, Betim, 2022.
RESUMO
Apresentar uma monografia sobre a Eutanásia e o direito à vida, requer tempo e informações do espaço social para poder compreender os fatos e sua profundidade dentro da sociedade. A natureza da revisão abordou o problema em plena posse das faculdades mentais e quais devem ser os questionamentos levantados para que a vida seja preservada. A metodologia se desenvolveu em autores que relatam o tema proposto com informações que favoreceram a estruturação, além de fontes como sites, livros que contribuíram para organização do tema. Os resultados mais significativos se deram em objetivos claros, fazendo com que em cada capítulo se tornasse possível entender a Eutanásia e o direito à vida. Abordou-se conceitos éticos e morais no sentido de auxiliar a humanidade a participar de forma racional frente à decisão da escolha de viver. Também se destacou os cuidados com os avanços da tecnologia que contribuem para prática da Eutanásia, fazendo uma abordagem jurídica e social em torno do direito de sobrevivência.
Palavras Chaves: Eutanásia; Sociedade; Vida; Jurídica; Tecnologia.
RIBEIRO, Fernando Alves Ribeiro. A Eutanásia no ordenamento Jurídico Brasileiro. 31 folhas. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Direito) – Faculdade Pitágoras, Betim, 2022.
ABSTRACT
Presenting a paper on euthanasia and the right to life, requires time and social space information in order to understand the facts and your deep within society. The nature of the review addressed the problem in full possession of mental faculties and what should be the questions raised to life is preserved. The methodology developed in authors who report the proposed theme with information that favored the structuring, in addition to sources such as websites, books that have contributed to the Organization of the theme. The most significant results were on clear objectives, making in each chapter to become possible to understand euthanasia and the right to life. Addressed if ethical and moral concepts in order to assist humanity to participate rationally face the decision of choice to live. Also stood out the care with the advances in technology that contribute to the practice of Euthanasia, making a legal and social approach around the right to survive.
Key Words: Euthanasia; Society; Life; Legal entity; Technology.
SUMÁRIO
1	 INTRODUÇÃO	10
2	 DO DIREITO A VIDA E DA EUTANÁSIA	11
2.1	CONCEITO E CLASSIFICAÇÃO DE EUTANASIA	14
2.2	RELIGIÕES FRENTE À EUTANASIA	15
2.3	MEDIDAS HOSPITALARES PARA MANTER O PACIENTE VIVO.	17
3	 AUTONOMIA DA VONTADE DO PACIENTE	18
3.1	VALOR DA VIDA E O PRINICPIO DA JUSTIÇA.	19
4	 DIGNIDADE DA PESSOA HUMANA	23
4.1 	DIREITO À VIDA	24
4.1.1 Direito Comparado	25
5	 CONSIDERAÇÕES FINAIS	28
REFERÊNCIAS	29
1		INTRODUÇÃO
Em seu conceito, a Eutanásia se define como a ato de provocar morte, por compaixão em um doente incurável e ou ainda pelo estado terminal, colocando um fim ao sofrimento. A eutanásia ganha um novo espaço mediante aos problemas ocasionados por ações provindas do homem no século, foi preciso desprender de alguns aspectos fundamentais para a evolução de uma sociedade com princípios de humanização mais eficaz. 
Quando se trata da disponibilidade humana, os estudos da eutanásia pode criar interesses em todas as camadas sociais, é possível encontrar posições em conflitos quanto a prática. Ao contrário a pratica pode também relacionar questões religiosas, quando se entende que a vida é um dom divino e que o homem não tem direito de substituí-la. É possível encontrar aqueles que apontam para questão de bens e direitos, pois pode possibilitar condições até mesmo condições de heranças.
A justificativa dessa revisão bibliográfica se deu em fazer com que o leitor forme uma opinião a respeito do assunto ao se defrontar com a relativização da vida humana,tendo a capacidade de encontrar limites quando se fala em eutanásia, refere-se a situações do cotidiano de muitas pessoas, deste modo,em estado de posse das faculdades mentais que deseja em nome da autonomia exercer a sua liberdade plena para colocar fim na sua própria vida. 
Levantando a seguinte questão como problema de pesquisa: Quando se fala em eutanásia, refere-se a situações de um estado terminal de um indivíduo, logo, em plena posse das faculdades mentais quais devem ser os questionamentos levantados?
Abordar fatos e solução para esta polêmica em torno da dignidade da pessoa humana, além dos princípios morais e éticos foi o objetivo geral. Citar a definição da eutanásia juntamente com as tomadas de decisões em favor da vida, abordas o indivíduo e sua autonomia de viver e entender que a dignidade do indivíduo pode superar barreiras foram os objetivos específicos dessa revisão bibliográfica.
	O presente trabalho foi desenvolvido através de uma revisão bibliográfica, as pesquisas partiram em estudos que abordam o tema nos últimos 10 anos. Palavras como eutanásia, direito a vida, religião e famílias foram necessárias para um obter resultados que forneça ao leitor uma visão sistêmica sobre o tema abordado.
2DO DIREITO A VIDA E DA EUTANÁSIA
	Um dos valores inerentes para a pessoa humana é a vida, sua origem misteriosa se associa a diversas discursões para tentar entender o seu sentido. Pode se dizer que uma associação de elementos á produzem, sendo possível ainda entender diferenças existentes em cada ser humano. Sutter (2013 p. 36-39) cita que ‘’ toda pessoa merece o respeito a sua vida’’. Esse direito é protegido por lei desde sua concepção, visto que em 1969 foi promulgado o pacto de São José da Costa Risca, assegurando o ser humano, independentemente de sua raça, cor, condição social, religião e até mesmo doenças.
	O direito da vida faz parte da essência do homem e mesmo assim demorou muito tempo para ser tutelado, isso, devido ao poder do homem pode ter a consciência daquilo que é certo ou o que é errado. Desta forma o direito a vida é algo absoluto,e ficacondicionado aos demais direitos da personalidade. A Constituição Federal de 1988 assegura a inviolabilidade do direito à vida, consequentemente é um bem jurídico tutelado pelo estado, portando é objeto de um direito personalíssimo o respeito a ela e aos demais bens ou direitos correlatos é um dever absoluto (SÁ, 2015). 
	Sá (2015) ainda salienta que por sua própria natureza não é licito desobedecer, mesmo que não houvesse tutela constitucional ao direito a vida que por ser decorrente de norma de direito natural é deduzida da natureza do ser humano sendo assim legítima a imposição “erga omnes", porque o direito é natural é o fundamento do dever-se, ou melhor, do direito positivo, uma vez que se baseia num consenso, cuja expressão máxima é a Declaração dos Direitos Do Homem fruto concebido pela ciência coletiva da humanidade civilizada.
A vida humana é juridicamente amparada desde o momento da fecundação natural ou artificial do óvulo pelo espermatozoide, este direito é integrado a pessoa até o óbito passando pelo direito de nascer, viver e o de subsistir, mediante trabalho honesto, ou prestação de alimentos, pouco importa que seja idosa, embrião, nascituro, criança, adolescente ou ainda portadora de anomalias físicas ou psíquicas, que esteja em coma ou que haja manutenção do estado vital por meio de processo mecânico. A vida humana é anterior ao direito que a ordem jurídica deve respeitar e não se pode recusar humanidade ao bárbaro nem ao ser humano em coma profundo ao embrião e ao nascituro (SARLET, 2014).
	O direito à vida passou a ser reconhecido e protegido judicialmente com o passar dos séculos, até então o que se valia era o direito social não havendo qualquer formalização que garantisse ou ainda assegurasse a vida, quem desrespeitasse era punido. No Brasil, a legislação penal atribui pena para o ato do homicídio desde o ano de 1830, e a partir da carta da república no ano de 1988 que garante o direito como expressão legalmente constituinte quando diz em seu artigo 5º que ‘’ para que se chegue ao consenso de dignidade é preciso uma abordagem dentro do próprio corpo (SARLET, 2014).
	Silva (2010) menciona que algumas disposições no tratamento ao ser humano são encontradas em leis, como exemplo cita-se a lei das XII tábuas, que disponha de informações em relação à convivência humana, ainda assim no ano de 462 A.C o ser humano se valia pelo que poder aquisitivo, ou seja, pelo aquilo que tinha, quando algum devia e não pagava permitia-se a morte e o acorrentamento como forma de se fazer justiça. As experiências históricas de aniquilação do ser humano (inquisição, escravatura, nazismo, stalinismo, polpotismo, genocídios étnicos) a dignidade da pessoa humana como base da República significa, sem transcendências ou metafísicas o reconhecimento do ‘homem noumenon’, ou seja, do indivíduo como limite e fundamento do domínio político da República.
Alexy (2019) menciona que a eutanásia é uma prática antiga, na Bíblia consta o registro dos primeiros casos de eutanásia. No primeiro Livro de Samuel, Cap: 31, 1-6, há a narrativa da guerra entre israelitas e filisteus, outros exemplos era que os brâmanes abandonavam as crianças que consideravam de má índole na selva, os esquimós matavam seus familiares que tivessem qualquer doença incurável, na Índia eram feitas cerimônias públicas nas quais os doentes em estado grave tinham suas bocas e narinas obstruídas com lama sagrada e em seguida era jogado no rio Ganges. 
Andrade (2018, p. 23) relata que em certas tribos selvagens ‘’os filhos tinham que comer parte do corpo de seu pai enfermo’’, sendo que este ficava bastante satisfeito com este ritual sagrado, uma vez que sua vida teria prosseguimento, já que o estômago de seu filho seria sua sepultura. Em Atenas, todo aquele que chegasse aos 60 anos de idade era envenenado, já que não traria mais contribuição à guerra e todo aquele que estivesse exausto de sua vida e de seus deveres para com o Estado podia procurar a magistratura a fim de manifestar sua vontade de ser envenenado. Esse pedido costumava ser concedido. Já os nômades sacrificavam os seus enfermos que não conseguissem transportar, pois essa atitude era melhor do que abandoná-los aos inimigos ou às condições instáveis do clima. 
	Na Grécia, segundo Pessini (2014) Platão e Aristóteles eram a favor da prática da eutanásia. Esses filósofos consideravam correta a prática da eutanásia e do abandono de recém-nascidos com más-formações ou anomalias. Nessa época o Estado não tinha o dever de manter viva uma criança que fosse inútil, e a famíliadessa criança tinha vergonha de ter uma pessoa incapacitada para a guerra. Assim, percebe-se que a vida não tinha a valorização. O recém-nascido que não era saudável, belo ou aceito esteticamente tinha sua vida desprezada. 
Na Grécia Antiga, conforme ensina Ascensão (2016 p 56-59): “era frequente a prática da eutanásia entre os cidadãos cansados da carga do Estado e da existência’’. Vinham até a um magistrado e expunham as razões que os levavam a desejar a morte e, se o juiz entendesse suficiente, autorizava. Em Roma, era comum serem lançados ao mar deficientes mentais. Também nesse período os gladiadores gravemente feridos tinham seu sofrimento aliviado. O Estado tinha o direito de não permitir cidadãos disformes ou monstruosos. Por consequência, ordenava ao pai a quem nascesse semelhante filho que o matasse.
Na Idade Média, conforme explica Asúa (2013) percebe-se que a eutanásia era tida como um ato de misericórdia, sendo praticada em casos de feridas e acidentes graves ou doenças crônicas. Devidos às pestes e epidemias, a eutanásia passou a ser comum neste período. Em Esparta, explica que as crianças pobres e raquíticas eram consideradas pelo Estado um fardo pesado, pois não viam nestas condições de serem grandes guerreiros. Assim, eram jogadas do monte Taíjeto. No Egito, Cleópatra e Marco Antônio fundaram um local a fim de realizarem experiências para descobrir qual a maneira de morrer menos dolorosa. 
	Na América do Sul, especialmente na Argentina e no Peru, segundo Rodrigues (1993) a eutanásia era tida como uma prática de aliviar o sofrimento entre os povos. José Ingenieros alega que “aliviar é um dever de bom amigo e negar-se a fazê-lo reputa-se como ato desonroso, mistura de impiedade e covardia (ASÚA, 2013).
	No Brasil, em Minas Gerais, a eutanásia foi empregada por pessoas humildes e com boa-fé. Quando um doente sofria prolongadamente, sua família costumava dizer que ele não tinha forças sequer para morrer e chamavam alguém da região, “o qual, trazendo nas mãos um crucifixo, abraçava o agonizante, colocava um joelho sobre o seu estômago, bradando: - ‘Vem, meu filho, que Nosso Senhor está te esperando” (RODRIGUES, 2012, p. 28). No período mais recente da história percebe-se que a eutanásia sefundamenta no princípio da autonomia, no qual cada um tem o direito de decidir sua morte. Dessa forma, a enfermidade e a morte do enfermo não estão mais nas mãos dos médicos, mas sim nas do próprio paciente incurável. Ou seja, o direito que o ser humano tem sobre sua vida.
O que se questiona realmente é se a sociedade está preparada para lidar com os enfermos e também se asfamílias possuem estruturas para cuidá-los, evitando que a morte social ocorra antes que a morte física, ou seja, para muitos a chamada eutanásia social é pior que morrer de fato. É isso que justifica a vontade de morrer do enfermo. Talvez essas pessoas não queiram realmente morrer, mas sim viver de uma forma mais digna (RODRIGUES, 2012, p. 28).
Se a sociedade primeiro coloca as pessoas em situações de marginalização e injustiça que são piores que a morte, e depois atende com toda a solicitude os desejos de morrer de quem se encontre em tal estado, acredito que temos razões para afirmar que essa sociedade envelheceu moralmente. Se por eutanásia entendemos a eliminação física de quem o azar ou a sociedade já eliminou socialmente, ela resulta completamente injustificável, e nesses casos a eliminação física pura e simples dos pacientes irrecuperáveis surge como um envelhecimento moral (PESSINI, 2014, p. 10).
Verifica-se que os povos antigos tinham a preocupação excessiva em alcançar uma raça humana perfeita. Contudo, muitos dos meios de abreviar a vida acima expostos empregam o uso de violência, o que não compartilha com o real sentido da eutanásia. 
2.1	CONCEITO E CLASSIFICAÇÃO DE EUTANASIA
A palavra Eutanásia foi criada no século XVII pelo filosofo inglês Francis Bacon em 1963 como sendo o tratamento mais adequado para doenças incuráveis em sua obra "Historia vitae et mortis" ,na composição da palavra eutanásia esta duas palavras gregas na qual significa "morte feliz ou boa morte", ou seja uma morte sem sofrimentos esse termo está associado a uma pessoa que tem uma doença incurável em estado terminal ou seja esta pessoa ira morrer de qualquer jeito, porem ela decide antecipar sua morte para que esta aconteça sem sofrimento uma morte rápida e indolor de maneira controlada e assistida por um especialista alguns autores vem como suicídio assistido (CORREA, 2017). 
Segundo Correa (2017) dar-se o nome de suicídio assistido porque essa prática consiste em promover meios para que o paciente terminal por conta própria ponha fim na sua vida ou seja e um ato executório que parte do consentimento do próprio paciente, já a Eutanásia independe do consentimento de um paciente em fase terminal pois em casos de pacientes em coma por bastante tempo poderá ser realizado por meio do consentimento de terceiros como por exemplo familiar.
Já na eutanásia passiva a pessoa não tem a vontade de fazer e não tem condições de decidir, mas decidem por ela como no caso da família que pede para desligar os aparelhos para nossa legislação é um homicídio e este não e permitido. A ortotanásia e permitida pela nossa legislação brasileira consiste em dar condições para aquela pessoa possa morrer de uma forma mais confortável sem sofrer, um exemplo é aquele paciente que tem uma doença incurável na qual o médico receita uma medicação e manda para casa para que esse passe seus últimos minutos de vida com a família, como também a pessoa que tem doença incurável e dá uma parada cardíaca e a família pede para não investir (DINIZ, 2016).
Farias (2016) ainda coloca que distanásia consiste na pratica de manter o paciente vivo por causa do dinheiro como forma de obter lucro financeiro, não é proibida pela nossa legislação, mas esta fere a dignidade da pessoa, pois prolonga a morte. Suicídio assistido tem uma doença incurável ou em caso de tetraplegia o paciente deseja morrer sem dor através de pratica medicamentosa. No Brasil não é permitido como também a pratica de induzimento do suicídio, ou seja, o médico que assistir essa pratica será acusado do crime de induzimento do suicídio.
2.2	RELIGIÕES FRENTE À EUTANASIA
Todas as religiões vêem a vida como preciosa e digna, que emana de um ser superior, com exceção do Budismo que vê a vida como preciosa, mas não divina nesta religião não existe um Deus criador e, portanto, ela aceita a pratica da Eutanásia. Segundo Gafo (2010, p.56) "são todas mensagens de salvação procuram responder às mesmas perguntas básicas das pessoas”. Por que se nasce e por que se morre?
Junges (2019) mostra que a igreja católica condena a distanásia prática por meios artificiais para prolongar a vida humana e conseqüentemente o sofrimento humano ao contrário das filosofias a religião apresenta modelos para serem seguidos são constituídas de regras dando para a vida do homem ,ética moralidade e temor e um meio de influência como também um sentido existencial ,muitos acreditam em vida eterna , porem todas as religiões são contra a Eutanásia propriamente dita e a favor da Eutanásia Passiva apesar desta não ser permitido pelo nosso ordenamento jurídico, sendo uma forma hipócrita de praticar as regras religiosas
O homem é o único ser que tem consciência de que um dia ira morrer ele passou a temê-la, pois, ela e a única certeza que terá em sua vida, por outro lado a maioria dos defensores da Eutanásia não acredita nem em Deus e muito menos na hipótese de uma vida eterna após esta vida terrena. Os religiosos alegam que as pessoas com doenças terminais se tivessem tido cuidados paliativos não pensariam em suicídio assistido ou Eutanásia, porem os controles paliativos muitas vezes não eliminam a dor e os sintomas causados pelas doenças, muitas religiões alegam que o sofrimento de uma doença incurável vem de um castigo divino um caminho que o ser humano terá que trilhar para chegar purificado a vida eterna (LARCHER, 2014).
Os ateus alegam que o suicídio assistido pode ser administrado pelo total controle do doente e em caso de arrependimento o doente poderá voltar atrás, porém não é possível voltar atrás no último momento de vida após ter administrada certas medicações. Ao longo da história a igreja católica vem se pronunciando contra essa pratica o Papa Francisco juntamente com seus antecessores também condenam a eutanásia e o suicídio assistido, tratando o assunto como "moralmente inaceitável e pratica ilícita’’ pois a igreja católica vê a Eutanásia e o suicídio assistido como prática premeditada para morte de alguém (LARCHER, 2014).
Para Larcher (2014) no Islamismo a Eutanásia também e considerada ilícita e condenada, mesmo que esta pessoa esteja em dor e sofrimento a religião islâmica acredita que cada ser humano tem suas lições a serem aprendidas tarefas, deveres e punições, ou seja, o doente terminal deve responder por seus atos perante Deus sofrendo sem a interferência de qualquer pessoa.
O judaísmo vê a vida como uma dádiva de Deus na qual é um bem inviolável os judeus enxergam a vida como um tesouro não importa se esta vida dura anos ou horas, portanto eles abominam qualquer pratica tentaria para tirar a vida os médicos são vistos no judaísmo como servos de Deus que tem o dom da cura e dos cuidados e, portanto, não podem retirar uma vida. A religião Budista acredita que o ser humano é composto de cinco aspectos que são à vontade, as atividades corporais, percepções, sensações e consciência e estes dão formato à personalidade humana, nesta religião o ser humano pode praticar sua vontade inclusive cessar a sua vida aceita a pratica da Eutanásia, inclusive se o indivíduo está em estado vegetativo ela aceita pelo fato de ter perdido a vontade e a sua consciência (DINIZ, 2016).
2.3	MEDIDAS HOSPITALARES PARA MANTER O PACIENTE VIVO.
A Eutanásia é uma pratica realizada por um profissional médico que visa cessar a vida de um portador de doença terminal, pratica não permitida no nosso ordenamento jurídico. Existem três classificações no código de ética médica brasileiro que são tomadas para manter o paciente em estado terminal vivo, primeira são as medidas ordinárias de manutenção a vida está consiste em cuidados básicos como nutrição e a hidratação artificial são as mais adotadas, pois são menores de idade custo e menos agressivas estas medidas são obrigatórias, segunda são as medidas extraordinárias cuidados muito mais específicas extraordinárias caros e agressivas para o paciente estas medidas são facultativas ficando a critério da equipe medica, e por último as medidas proporcionais nestas consideram custo de procedimentodesgaste do paciente e o resultado esperado também será avaliado e aplicado pela equipe medica (MARTINS, 2018). 
Os médicos seguem o juramento de Hipócrates - 430 antes de cristo ele teve uma modificação através da Declaração de Genebra esse juramento é feito pelos formandos em medicina nele diz que os médicos terão que brigar pela vida pois o alvo do tratamento médico é a cura ou controlar problemas crônicos e agudos de saúde os médicos adotam um tratamento padrão que envolve uso de medicamentos e procedimentos cirúrgicos nos pacientes em caso terminal esse tratamento paliativo consiste em alimentação, hidratação, sedativos, calmantes este é obrigatório para os pacientes terminais para resguardar a dignidade da pessoa humana e assegurar o direito à vida mesmo que essa esteja com os dias marcados (MARTINS, 2018).
3		AUTONOMIA DA VONTADE DO PACIENTE
Segundo o filosofo Kant apalavra autonomia vem do grego autônomos que significa ‘’ autodeterminação ou autogoverno, ou seja capacidade do indivíduo de tomar decisões e a submissão da sua vontade. O autor vê a autonomia da vontade como a capacidade que a pessoa tem de conduzir suas vidas mesmo que este paciente está em fase terminal, quem decide a respeito de sua situação é a família, porém o que fica em jogo é as condições que o paciente vai estar até seu último suspiro (MAGALHAES, 2012).
Ainda de acordo com Magalhaes (2012) o tribunal de justiça em 1991aprovou a lei sobre a autodeterminação do paciente pelo Congresso Americano a PSDA (The Patient Self- Determination Act) esta foi adotada pela maioria dos países no qual os especialistas da área da saúde e o Conselho Regional de Medicina reconheceram que pessoas adultas em estado normal de consciência têm direito de aceitar ou não recusar o tratamento médico, mesmo que isso implique na morte.
O PSDA garante ao paciente o direito à autodeterminação e a participação nas decisões relativas com relação aos cuidados da sua saúde, com a manifestação da vontade do paciente quando consciente lhe é permitindo escolher qual é o tratamento e o cuidado que vai aceitar através da MEPV (Manifestação Explicita da Própria Vontade). Este e feito quando o paciente é internado em um hospital através do preenchimento de um formulário em que ele irá expressar sua vontade em caso de inconsciência chamada de Testamento Vital (MAGALHAES, 2012).
Quando alguém tem bens, ele pode dispor desses deles em um testamento dando posse para outros familiares. Ainda é possível nesse testamento o paciente declarar o tipo de tratamento que deseja receber caso entre em coma, ele registra que não quer tratamento em caso de parada cardíaca, ou ainda solicita que não seja usado sonda nasoenterica. De acordo com o ordenamento jurídico é permitido ao paciente recusar tratamento (MARTINS, 2018).
Pessini (2014) diz que um documento muito recente no qual todos os cartórios já fazem e nele se coloca todas as vontades, este documento nomeia um procurador para que seja feita sua vontade o Conselho Regional de Medicina se manifestou dizendo que o documento é valido e será acatado pelos profissionais médicos. O procurador nomeado para o testamento vital deve aceitar a vontade da pessoa, mas em certas ocasiões este documento se demonstra ser altamente ineficaz.
3.1	VALOR DA VIDA E O PRINICPIO DA JUSTIÇA.
No Brasil há uma alternativa que permite ao paciente essa tomada de decisão sem ferir a legislação é a chamada ortotanásia, é regida pela lei 10.641 criada em 1999 mais conhecidas como Mario Covas, ela prevê em dois de seus incisos a possibilidade do doente em estado de lucidez, recusar tratamento que prolongue sua vida e optar pelo local da morte (BOMTEMPO, 2011). 
O desligar dos equipamentos e um procedimento de ortotanásia que é largamente admitido não só pela legislação mas pelos códigos de ética médica.No Brasil um exemplo é o caso de Thewe Fischer que precisava se alimentar por sonda e a justiça autorizou o desligamento da nutrição parenteral, deixando assim bem claro a hierarquia de leis demonstrando que a liberdade é um bem superior até porque não há liberdade sem vida.
O primeiro argumento que utiliza em defesa da ilegitimidade da eutanásia é a confusão desses valores no caso onde a liberdade e colocada acima da vida. O segundo argumento está ligado ao primeiro ela envolve a possibilidade clara de começar a reutilizar o valor da vida humana. Quando se tem relativização da vida humana perde-se a capacidade de encontrar seus limites, quando se fala em eutanásia tem-se situações que necessita de absoluta capacidade de decisão, pois uma pessoa em estado terminal em plena posse das faculdades mentais é desligada da sua vida por um médico que decide em nome da autonomia da vontade a sua liberdade plena a colocar fim na sua própria vida (BOMTEMPO, 2011).
Segundo o entendimento da doutrinadora Maria Helena Diniz (2010, p15-16), “define o princípio de justiça como a imparcialidade na distribuição dos riscos e benéficos que atina a pratica medica e dos profissionais da saúde”, ela também assegura a validade da nossa Carta Magna tanto no princípio da igualdade quanto a garantia de acesso a saúde que um direto de todos, porém quando nos deparamos com esse princípio frente a Eutanásia e diante do nosso ordenamento jurídico sabemos que é uma pratica proibida prevista como crime. 
O estudioso Oscar Wilde (2012) escritor e dramaturgos mais popular de Londres ” Viver é a coisa mais rara do mundo, a maioria das pessoas apenas existe” a partir dessa frase é possível fazer analogia a Constituição Federal onde ela protege o Direito a vida dizendo que todos tem o direito de não ser morto mas de ter uma vida digna, ela não define quando a vida começa , mas ao analisar percebe-se que ela começa no momento que se está no ventre, , porem o Código Civil em seu artigo 2º a personalidade civil da pessoa começa coloca que a vida começa do nascimento com a vida , mas a lei põe salvo desde a concepção o direito do nascituro, ou seja tem o direito de não ser morto, indo mais além pode-se verificar no Código Penal que o aborto é um crime a vida , mas o direito à vida não é absoluto pode sofrer sansões em duas situações o aborto doloso não é considerado crime, quando oferece risco para vida da mãe o chamado aborto necessário ou no caso de estupro é o chamado aborto sentimental ou humanitário , desta forma se pode matar o nascituro e não é considerado crime.
Batista (2014) coloca que a eutanásia é chamada de homicídio assistido, no Brasil a Constituição Federal coloca como direito fundamental a vida em qualquer situação seja ela em doença estado vegetativo ou em plena saúde desta forma o Código Penal passa a tutelar a vida, se matar alguém terá uma pena no caso da eutanásia o homicídio é privilegiado significa matar alguém por um relevante valor moral sendo assim recebe a pena do homicídio com uma diminuição bastante significativa no Congresso Federal existe quatro projetos de lei tramitando sobre o assunto porem uma sociedade democrática precisa respeitar as decisões individuais, pois nesse caso não traz prejuízo nem violam direitos alheios o impacto é individual na Suíça, Alemanha e Áustria a eutanásia não tem lei especifica que regulamenta o assunto, mas o direito de matar ou morrer é concedido com avaliação caso a caso no caso da eutanásia uma questão tão polemica as religiões tem a vida como um bem sagrado. 
Batista (2014) também afirma que no Brasil há uma alternativa que permite ao paciente essa tomada de decisão sem ferir a legislação brasileira é a chamada ortotanásia, é regida pela lei 10.641 criada em 1999 mais conhecida como Mario Covas ela prevê em dois de seus incisos a possibilidade do doente em estado de lucidez, recusar tratamento que prolongue sua vida e optar pelo local da morte. Irei fazer aqui uma breve diferenciação entre Eutanásia, Ortotanásia e Distanásia, a eutanásia é conhecida como um homicídio produzida contra um paciente com doença grave em faze terminal mas que não vai morrer da doença vai morrer de uma pra tica exteriorizada feita por umaoutra pessoa que vai se encarregar de dar fim aquele sofrimento, a ortotanásia fica no meio, a distanásia é ao contrário da eutanásia é a prorrogação da hora da morte ou seja não deixa a pessoa morrer na hora correta a morte correta no contesto jurídico é a ortotanásia que é aquela que acontece em decorrência da própria falência da vida do fim do ser humano, se acontece antes é homicídio eutanásia se acontece depois é distanásia pode ter lesão corporal constrangimento ilegal o que não é crime é a ortotanásia não deixar morrer com sofrimento e buscar a mais conforto ao paciente.
O ser humano possui dois direitos, o direito a viver a própria vida e viver a própria morte porem o viver a própria morte tem uma serie de embargos inclusive religioso essa política levou o conselho de medicina a editar a resolução reconhecendo o chamado testamento vital ou diretiva antecipada de vontade que é uma forma do paciente fazer prevalecer a sua vontade quando ele não puder mais externas suas vontades para o futuro, mas ao entender o direito de viver ele é tão sagrado quanto o Direito de morrer, impor ao doente os valores da sociedade contraria totalmente o poder de decisão do ser humano, portanto é preciso preconizar a dignidade da pessoa humana (ALEXY,2019).
Nos Estados Unidos Da América o Doutor Jack Kervokian o Doutor morte, construiu uma máquina para que as pessoas pudessem apertar um botão e optar pela morte, ele ficava ao lado assistindo ajudando essa pratica não é permitido no Brasil o que é permitido é a ortotanásia, o Jack Kervokian seria autuado aqui no Brasil pelo artigo 121 do Código Penal em seu artigo 1º é tratada como um tipo de homicídio, pois ele não era acusado de eutanásia, pois ele não apertava o botão, Na Suíça existe uma clínica que funciona para esse fim suicídio assistido, pois na Europa o auxílio ao suicídio não é crime (ALEXY, 2019).
O anteprojeto do Código Penal alteraria a lei excluindo a ilicitude da pratica da ortotanásia e criaria um tipo penal especifico para eutanásia inserindo – se os parágrafos 3º e 4º no artigo 121 do Código Penal referente ao homicídio. O mesmo projeto de lei 236 artigo 22 pede regularização da eutanásia com a participação da família cogita-se até a possibilidade de panos de saúde estar por traz da liberação da eutanásia no Brasil, pois é muito caro manter um velho pobre em uma UTI uma pessoa em estado de coma não pode se defender se for aprovada a eutanásia no Brasil os únicos que serão alcançados por ela serão os pobres e indígenas que regularizar o aborto também quer regularizar a eutanásia, muitos veem estes projetos de lei uma forma de se instituir no Brasil uma cultura de morte (PRADO 2016).
Prado (2016) ainda afirma que no ano de 2006 o Conselho Regional de Medicina editou uma resolução 1.805 de 2006 que dá respaldo ético ao médico para que ele possa praticar a ortotanásia que é o morrer na hora certa , essa é uma decisão do paciente em comum acordo com o seu médico esta decisão deve estar documentada não por um documento registrado em cartório mas pode ser registrado apenas em prontuário medico volto a repetir em comum acordo com seu paciente, essa resolução de 2006 e anterior ao código de reforma medica que foi em 2009 porem foi colocado no código de ética na resolução 1931 de 2009 em seu artigo 41 o respaldo ao médico para que ele possa parar de usar medidas extremas que vão prolongar o inutilmente a vida do paciente esse artigo foi questionado por uma ação civil pública do Ministério Público Federal que tramitou na 14 º Vara Federal do Distrito Federal e no final o próprio Ministério Público pediu a improcedência da Ação Civil Pública e desta forma foi acolhida pela justiça federal a decisão do conselho de ética medica essa decisão transitou em julgado dizendo que a resolução 1.805 não atenta contra o ordenamento jurídico nacional basicamente o direito de um paciente não aceitar mais tratamento ou seja o esforço terapêutico, essa sentença tem sido aplicada por outros tribunais porque é uma sentença que teve efeito “ erga omenes” portanto o médico teve o respaldo para essa pratica.
Analisando o que seria vida digna pela a Revista Bioética (2018) ótima de pessoas como Stepten Hawking que devido a uma doença degenerativa que foi descoberta aos 21 anos ele consegue se comunicar graças a um equipamento portátil chamado, Brain, que lê as ondas cerebrais sem necessidade de eletrodos e cabos. Porém Ramon Sam Pedro, ele era um jovem mecânico de barcos que em virtude de sua profissão, pode visitar diversos países e experimentar liberdade e prazer em 23 de agosto de 1968 ficou tetraplégico após um mergulho, depois de esperar pela morte decidiu praticar a Eutanásia ele contou com a ajuda dos amigos para essa pratica fatos relatados no filme mar aberto.
Como o filme menina de ouro falta de ética a protagonista do filme se vê paralisada e acamada respirando por ajuda de aparelhos, seu treinador faz sua vontade, desliga os aparelhos e aplica uma injeção de Adrenalina onde ela vem a falecer. Na eutanásia a pessoa está impossibilitada de praticar o ato a discussão em relação a eutanásia é se a dignidade da pessoa humana sobrepõe ao direito a vida 
4		DIGNIDADE DA PESSOA HUMANA
Voltando para o caso de Stephim Hawking ele está há 50 anos naquele estado vegetativo e ele não quer morrer, luta pela vida e acha sua vida digna mesmo na sua condição, já o outro caso o marinheiro Ramon Sampedro em sua condição tetraplegia não considera sua vida digna e entra em uma batalha judicial para morrer , ele poderia praticar um suicídio , mas ele queria abrir caminho e queria que a justiça reconhece-se que a vida e um bem próprio e por poderia dispor dela seu pedido foi negado depois dele lutar por anos mesmo recorrendo até a mais alta corte , ele acaba se matando com a ajuda de amigos , pois ele em sua condição não poderia fazer isso sozinho (SUZITH, 2012).
Já o filme menino de ouro a família não quer saber dela e a mantém viva por causa do dinheiro ela tenta por duas vezes morrer, mas sua condição não permite em desespero ela parte a própria língua para tentar morrer de hemorragia ao ver seu desespero seu treinador resolve ajudar. Os casos relatados demonstram que para essas pessoas viver preso em uma cama de hospital não é vida e muito menos digna exceto o caso de Stephim Hawking que fez de sua tragédia pessoal um estimulo para viver.
Lenza (2018) cita que vários motivos podem levar uma pessoa a tirar a própria vida seja por causa de uma doença grave irreversível seja porque tinha um padrão de vida alto era rica e ficou pobre o Estado não tem como interferir na vida de um sujeito que se suicida pois ele pratica o ato de acordo com sua vontade pois ele tem condições físicas e mentais para exercer sua vontade já no caso da eutanásia e diferente a pessoa quer retirar a própria vida e não tem condições de praticar o ato. Ainda de acordo com o autor a Resolução nº 1805/2006 assegura a efetividade das garantias da dignidade da pessoa humana, disposto no artigo 1º, inciso III e que minguem será submetido
Existe vários projetos de lei inclusive em outros países na qual a Eutanásia e permitida esse procedimento é feito pelo médico mas essa tarefa também pode ser delegada a um familiar, conforme o caso de uma moça que após ter se casado descobriu que estava com câncer no cérebro degenerativo agressivo e incurável ,ela em comum acordo com o marido resolveu praticar a eutanásia , em alguns países dos EUA é permitido essa pratica após fazer vários exames e passar por uma junta medica contatou que realmente não tinha cura ela iria se degenerar até ficar em estado vegetativo de comum acordo o médico lhe deu dois comprimidos e a deixou escolher o momento para tomar o medicamento se ela espera-se muito não teria condições de praticar esse ato e quem teria que fazer isso seria seu marido, porem ela não esperou tomou a medicação antes e praticou o suicídio assistido.Dentro da ordem filosófica o que vale mais a vida ou a dignidade da pessoa humana as duas nesse caso especifico da eutanásia entramem conflito, pois na eutanásia autentica pura e simples tem à vontade, mas não possui o modo de fazer (LENZA, 2018).
4.1 DIREITO À VIDA
Silva (2010 p. 05) cita que ‘’O Direito à vida é o direito de valor máximo do ordenamento Brasileiro. É considerado um direito personalíssimo, como já revelado anteriormente, relativo ao gênero humano’’. O direito à vida não é absoluto suas exceções são crimes de guerra e a outra exceção em direito penal que faz com que a vida não seja um direito absoluto, sendo o caso do aborto em caso de estupro, feto anencefálico, legitima defesa. Não existe hierarquia dos direitos fundamentais não existe hierarquia eles estão na horizontal no caso concreto não se pode falar que um direito fundamental se sobrepõe ao outro.
Segundo Diniz (2016) o direito à vida “condiciona os demais direitos da personalidade, está acima de qualquer lei e é incólume a atos dos Poderes Públicos, devendo ser protegida (a vida) até mesmo contra o seu próprio titular, por ser irrenunciável”. É este e não outro, o entendimento majoritário da doutrina jurídica a respeito do objeto. 
Portanto, a eutanásia não seria possível de ser realizada, como o é qualquer ato atentatório à vida do ser humano. O suicídio é, em tese, punível em nossa sociedade, ou o seria, não faltasse o sujeito passivo da punição, objeto do jus puniendi do Estado, a própria pessoa que infligiu a si mesma a morte. Dado que mors omina solvi, e a própria absurdidade de punir algo que não é mais pessoa, gera a impossibilidade da tipificação. Não fossem estes dados, fáticos, materiais, o suicídio em tese seria punível, dado ser ato violador do direito fundamental máximo (DINIZ, 2016).
A mesma proteção deste direito não permite a realização de aborto, ou pena de morte (que só é ressalvada em um caso, em guerra declarada, art. 5°, XLVII, alínea “a”). Em verdade, a Constituição é o ápice de todas as normas de nosso Ordenamento. Se não houve qualquer ressalva que fosse estabelecida, neste texto, em relação ao direito à vida, então não há possibilidade de haver minoração deste em nosso Estado Democrático, de maneira lícita. Emendas Constitucionais, e legislação inferior a ela, são incapazes de legitimar atos contrários à subsistência do direito à vida. 
O Supremo Tribunal Federal teve que analisar uma terceira situação dos bebês que não tem cérebro este teria o direito de nascer, assim o Supremo Tribunal Federal julgou a ADPF 54 em 2009 é o Ministro Marco Aurélio disse que o bebe sem cérebro ele não vai ser considerada vida, pois se for analisar a lei de órgãos a vida termina quando ocorre a morte encefálica, o Supremo Tribunal Federal decidiu que se não tiver cérebro não tem vida se for feita a intervenção da gravidez não é crime, analisando então podemos concluir que o direito à vida é relativo, pois em alguns casos pode-se matar (FARIAS, 2016).
4.1.1 Direito Comparado
Gafo (2010) menciona que a Eutanásia no Brasil não é permitida e muito menos discutida o país não possui uma legislação que trate da eutanásia, especificamente. Atualmente, o entendimento é de que o ato, se perpetrado, será enquadrado como homicídio, nos termos do Art. 121 do Código Penal, porque constituiu-se em ato que resultou na morte de uma pessoa (portanto enquadrado na seção “Dos Crimes contra a Pessoa” e subseção “Dos Crimes contra a Pessoa” do Código Criminal). 
O Código de Ética médica prevê em seu Art. 66, a eutanásia ativa e o suicídio assistido como proibidos. O artigo 54 do mesmo código exemplifica, e o Art.61, em seu parágrafo 2º introduz o que muitos estudiosos acreditam ser a real missão dos médicos no tratamento de saúde. Em países na qual a pratica da eutanásia e permitida o paciente passa por vários exames e uma junta medica nas quais estes devem atestar que aquela pessoa não terá mais recuperação e está levara a morte em pouco tempo na qual essa será dolorosa o outro motivo na qual a eutanásia é pouco discutida no Brasil é o fato de que nenhum profissional de saúde quer praticar esse ato e ser responsável pela morte de alguém pois a família não é apta para praticar esse ato e tem também a questão sentimental e psicológica (LENZA, 2018).
A Eutanásia na Holanda, hoje está regulamentada por lei, mas era tolerada pela justiça se feita a pedido do paciente em estado terminal, atestado por dois médicos, sob diretrizes específicas estabelecidas, desde 1984, pela Comissão Governamental Holandesa para Eutanásia, disciplinada pela Royal Dutch Medical Association (RDMA) e pelo Ministério da Justiça (DINIZ, 2016).
A Eutanásia na Espanha não é legalizada a pratica da Eutanásia o assunto é visto como suicídio e do homicídio. Como em muitos outros ordenamentos legais, explica Gafo, não se pune o suicídio, porque não se deve, nem “se pode culminar com pena de prisão a quem está disposto a tirar a própria vida (GAFO 2010, p.134)
Portanto pune-se o auxílio, mas só até aonde este se tornou eficaz, e ainda: a maior parte dos autores considera que a ortotanásia não deve ser penalizada, uma vez que a intervenção médica pretende minorar as dores, ainda que disso advenha um encurtamento da vida; o mesmo se deve dizer sobre a aplicação de tratamentos extraordinários, cuja finalidade é o prolongamento artificial da vida quando o prognóstico é mau. Se o doente está consciente, deve ser ele mesmo quem determina a assistência desejada (MAGALHAES, 2012).
No Uruguai não é permitida a Eutanásia porem por meio do Código Penal do Uruguaio (Lei n. 9.914) 3, o país prevê à possibilidade de os juízes isentar de pena a pessoa que comete o chamado homicídio piedoso, é única em todo o ordenamento ibero-americano, a prever a impunidade em casos de eutanásia precisamente no artigo 310, consta o tipo penal do homicídio. Mas, ao enumerar as causas de impunidade, o seu código inclui, entre estas, o homicídio piedoso, que está posto no artigo 37, e menciona que o juiz tem a faculdade de exonerar de castigo o sujeito de antecedentes honoráveis, movido por piedade, e mediante súplicas reiteradas do enfermo, que incorreu em ato que ceifou a vida do mesmo (BOMTEMPO, 2011).
Holanda e Bélgica legalizada, a eutanásia e o suicídio assistido sofrem intenso controle no país legalizou a prática da eutanásia e do suicídio assistido, alterando os artigos 293 e 294 da Lei Criminal Holandesa, como nos mostra (FARIAS, 2016).
Colômbia ainda não é legalizada embora haja uma grande parcela da população que aceite a prática tem previsão em seu o Código Penal Colombiano, em seu artigo 326, ainda prevê como tipo penal a figura do homicídio piedoso, com pena de 6 meses a 3 anos, motivo pelo qual muitos procedimentos de eutanásia ainda são praticados clandestinamente, acarretando riscos aos pacientes (MARTINS, 2018).
Suíça embora não haja regulamentação expressa, a Corte Federal (instancia judicial máxima), numa interpretação branda da lei, reconheceu o direito de morrer das pessoas (morte assistida). Na Suíça existe duas associações locais que promovem de forma rápida e indolor a morte dos pacientes, esta fundação promove, há quatro anos, o suicídio de 140 pessoas no local, tomando uma dose letal de barbitúricos preparada por enfermeiros da organização.
Portanto, não há uma cultura, formadora da moral do povo, baseada no suicídio, por esta razão, não há uma pressão do povo para que se forme uma base legislativa neste sentido. Ainda assim, em 1995, foi emitida uma lei somente concernente aos estados do território norte, permitindo a eutanásia ativa, sob o cuidado estrito a partir da harmonização de 23 preceitos. Na época a lei foi rejeitada por diversas associações de direitos da vida, e pela Associação Médica Australiana. Esta lei foi introduzida no ordenamento, entrando em vigor no ano de 1996. No entanto, como já ponderado, devido à pressão popular, em 25 de março de 1997, esta lei foi rejeitada pelo Parlamento Australiano (BATISTA, 2014).
5		CONsiderações finais
Conclui-se que de acordo com os objetos propostos esta revisão alcança-os, apresentando um tema polêmico que é o direito a vida e a eutanásia.O paciente em uma doença terminal está em uma prisão sem muros o objetivo sendo preciso destruir as barreiras do preconceito e do invisualíssimo e ao mesmo tempo romper barreiras psicológicas e religiosas, além de criar mecanismo para sua legalização de forma justa e respeitando a escolha de cada ser humano. 
 Apesar do tema da eutanásia ser bastante imbuído de controvérsias e polêmicas, a revisão bibliográfica é de grande valor social, pois o sentido das ciências é buscar, progressivamente, o melhoramento e aprimoramento do conhecimento humano, a fim de usá-lo em prol da humanidade e, desse modo, em prol da sociedade como um todo.
 Mudando a visão da sociedade sobre a eutanásia esta visão preconceituosa que muito tem ao dizer que é um crime suicídio um ato de egoísmo ou alívio e sim um direito que deve ser garantido aquele que se encontra em doença terminal sem a menor perspectiva de cura, desta forma protegendo a integridade moral e física sendo um direito inviolável.
 REFERÊNCIAS
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