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Bioética, Direitos Humanos e LGPD na Saúde

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A bioética fundamentada nos direitos humanos propõe que eles existam para concretizar a dignidade humana, de modo que todos, sem nenhuma distinção, possam desenvolver plenamente suas capacidades pessoais (Mariana Sayago,2014). No âmbito dos cuidados em saúde, a garantia dos direitos humanos deve ser uma referência ao enfrentamento das doenças, assegurando dignidade às pessoas em condições de vulnerabilidade e enfermidades, respeitando a diversidade de enfrentamentos e possibilidades de resolução, juntamente empregando, os princípios de autonomia, beneficência, não-maleficência e justiça, que são os pilares desse processo. Os comitês de bioética hospitalar oferecem apoio e proteção aos pacientes, seus familiares, cuidadores e demais profissionais da saúde. Eles são espaços de diálogo nos hospitais e instituições de saúde, auxiliando e reforçando a qualidade dos serviços e das decisões em saúde e garantindo o respeito às liberdades individuais fundamentais.
O verbo “humanizar” vem sendo bastante empregado na área da saúde nos últimos anos. Trata-se de resgatar a importância do carinho e da preocupação com o outro no atendimento de saúde, sobretudo com aquelas pessoas que estão fragilizadas pela doença ( Rogério Amoretti, 2018). Porém em junção com os princípios de bioética , a humanização requer interesse da equipe de saúde, zelar por isso é dever do grupo , aplicar cada princípio é a “ receita “ para garantir um bem estar geral e um trabalho acertivo.
A Lei nº 13.709, de 14 de agosto de 2018, conhecida como Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD) foi promulgada para proteger os direitos fundamentais de liberdade e de privacidade e a livre formação da personalidade de cada indivíduo (STJ,2019,simplificado) .Publicada no Diário Oficial da União em agosto de 2018, a lei número 13.709 fecha o cerco contra o compartilhamento de informações de clientes/pacientes sem consentimento.
A LGPD na saúde foi um verdadeiro marco legislativo para a segurança da informação, uma vez que define a maneira como as informações são recolhidas e armazenadas pelas empresas. Porém, na área da saúde, existe a obrigatoriedade de registrar e armazenar as informações dos pacientes em prontuário, como seus dados de identificação, anamnese, resultados de exames, diagnósticos, tratamentos, evolução diária, etc.
Sendo assim, o hospital precisa definir a finalidade dos dados, suas aplicações e registros, além da eventual possibilidade de compartilhamento com outras instituições. Caso venha a haver alguma alteração na motivação do uso dos dados ou na finalidade do repasse para outras organizações, deverá ser realizado um pedido de autorização para o usuário. Como vemos, a transparência e aplicação dos princípios estão interligados e formulados para que situações como vazamento de informações e desrespeito a lei de humanização na saúde não ocorram.

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