Buscar

Resenha do filme A cor do Paraíso Fotos Alexandre Silva Pereira

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 4 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Alexandre Silva Pereira
Resenha crítica ao filme "A cor do Paraíso" e leitura o texto "Sobre a luz na arquitetura" com a inclusão de imagens de exemplos do bom uso da luz na arquitetura. 
A cor do Paraíso
 Se o documentário brasileiro Janela da Alma é um filme sobre deficientes visuais que se vale mais da palavra do que da imagem, no iraniano A Cor do Paraíso acontece justamente o contrário. O diretor faz uso do belo cenário natural e da exploração sensorial dos sons para tentar mostrar que a vida pode ser percebida de outras maneiras. E que o paraíso pode estar bem ali no meio do inferno - basta querer vê-lo. Um filhote de passarinho esperando para ser colocado de volta ao ninho; o toc-toc-toc dos pica-paus; o colorido dos campos onde o menino cego brinca com as irmãs; a superioridade que ele demonstra na leitura em braile durante uma classe com crianças "normais": cada um desses pequenos momentos carrega em si grande significado. “A Cor do Paraíso" possui quase todos os elementos de uma tragédia grega, um personagem com a falha trágica (o pai de Mohamad), a vontade dos deuses (neste caso de Alá) que rege todas as coisas, uma série de eventos relacionados que conduz à epifania e ao final catártico.
 O pai fica desesperado e tenta salvar o filho só que não consegue quando ele chega na margem do rio, ele encontra o filho desmaiado e não consegue acordá-lo e nessa hora o Sol bate na mão de Mohamed e ele sente Deus, assim morre. Creio que pode ser interpretado de sua forma, mas, no meu ver é uma visão de transcendência, morte sim, mas não esse bicho papão que a vê apenas como fim.
 Acho na verdade no filme o menino disse que seu professor dizia para ele que os cegos iriam sentir alá, então, logo que ele morre ele consegui tocar em alá, ou senti-lo. Mesmo já morto.
 Arte é isso mesmo, cada um a percebe de um jeito, há um pouco de mundo particular em cada um. Muito lindo isso!
 Senti que o pequeno Mohamed tocava Alá no fim, da mesma forma que ele havia dito ao cego carpinteiro. Adorei o filme. Cenário multicor, sons interessantes. 
 Em determinada parte do filme o menino diz a sua "querida vovó" que viu como sua mão era branca, portanto, ao meu ver, o final do filme remete a esta parte. Como se de alguma maneira a sua vó viesse buscá-lo. Os pássaros cantando também dão um sinal de que o garoto realmente morreu, pois nos momentos em que este parava e os ouvia, momento de pura reflexão e sintonia a natureza divinal, ainda em vida, era o momento de se comunicar com Alá.
 Um pai egoísta e individualista acaba perdendo tudo e todos e ficando sozinho e sem nada ao final. Já o menino cego, sempre amoroso e sensível à vida, conseguiu encontrar, ao final, o Deus que ele tanto procurou. E sua referência à mão branca da avó talvez seja porque a avó já tinha encontrado Deus, o que conseguimos perceber pelo fato de ela ter sempre se mostrado muito religiosa, amorosa e sensível à vida.
 Acho que, como a mão do menino se mexeu, o autor quiz mostrar que ele sobreviveu. Senão somente a cor esbranquiçada apareceria em sua mão, para mostrar que ele estava no paraíso. Os dedos mexeram pra ler as letras do canto dos pássaros como ele sempre fazia.
 Mas me parece mais coerente o fato dele ter morrido. Por mais que o pai tenha sido individualista, acredito que todos merecem uma segunda chance, assim, com a vida de Mohammad, ele poderia tanto dar o amor que o filho merecia, quanto mudar e se tornar uma pessoa melhor com essa experiência de quase-perda. Esse filme me deixou muito emocionado, pois também tenho uma avó muito especial, que se parece muito na simplicidade, atitudes, crenças e gestos com a avozinha de Mohammad. E pensar que histórias como essa estão acontecendo ao redor do mundo, é muito interessante. Espero que todos sejam felizes nos finais, por mais clichê que isso pareça.
 Tão comovente, tão realista e ao mesmo tempo triste! Belíssimo, acho que no final ele morre, aquela luz é a prova de que Mohammad se encontra com Ala. Ator sensacional, Mohsen Ramezani esta de parabéns.
 Tenho um outro olhar ainda do filme. A vovó já sabia que iria acontecer, tanto que ela diz ao filho que temia pelo futuro do filho e não a do neto. Quando o broche que o neto deu a ela cai no rio e ela tenta pega-lo ali é uma "revelação" que ela tem. Outra coisa, quando a vovó falece o neto também sente. Quanto ao final, para mim foi a vovó que resgatou a sua alma, que também justificaria a existência de Deus/Alá!
Referência bibliográfica:
https://www.archdaily.com.br/br/975950/a-luz-como-elemento-projetual-maneiras-criativas-de-usar-a-iluminacao-artificial#:~:text=A%20luz%20serve%20a%20um,e%20cumprir%20suas%20fun%C3%A7%C3%B5es%20di%C3%A1rias.
https://www.rawi.com.br/a-importancia-de-uma-boa-iluminacao-nos-projetos-de-arquitetura/

Continue navegando