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Resumos 1 Teste - Economia C

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Crescimento Económico e Desenvolvimento – Conceitos e Indicadores 
A economia é uma ciência que se preocupa com os estudos das leis económicas indicadoras 
do caminho que se deve ser seguido para que a produtividade seja mantida em nível elevado, 
melhorando o padrão de vida das populações e utilizados corretamente os recursos escassos. 
Os conceitos de crescimento e desenvolvimento surgem devido: 
➢ Revolução Industrial: grandes transformações (máquina a vapor, novas fontes de 
energia, etc.) 
 
Origina novas mudanças em várias áreas 
 
 
Crescimento económico nos países onde esteve presente a Revolução Industrial 
 
➢ Trinta anos gloriosos: que se seguiram à II Grande Guerra Mundial onde tudo era 
permitido em nome do crescimento 
Crescimento económico: corresponde a aumentos regulares do produto, do 
rendimento, do investimento e do emprego, é uma visão apenas quantitativa. 
➢ Traduz-se na expansão da produção 
➢ Inclui o progresso técnico 
➢ Modifica as estruturas económicas 
➢ Implica: 
✓ Aumento do investimento 
✓ Desenvolvimento do comércio 
✓ Aumento do consumo 
➢ Não se preocupa: 
✓ Com a preservação das desigualdades 
✓ Com a preservação do ambiente 
✓ Medido por indicadores económicos 
Desenvolvimento: quando o crescimento económico produz efeitos de arrastamento 
positivos sobre outras esferas da vida social. É uma visão qualitativa. 
➢ Requer crescimento económico 
➢ Implica também: 
✓ Planeamento territorial 
✓ Desenvolvimento dos diferentes ramos de produção 
✓ Redução das desigualdades 
✓ Melhoria da qualidade de vida 
✓ Satisfação das necessidades básicas de toda a população 
✓ Garantia das liberdades e respeito pelos direitos humanos 
✓ Respeito pelo ambiente e gerações futuras 
➢ Medido por indicadores económicos, sociais, culturais, políticos, etc. 
O crescimento não é um fim em si, mas um índice de ritmo de desenvolvimento 
 
O crescimento é o meio para atingir o desenvolvimento 
O desenvolvimento é o crescimento mais a mudança, a mudança em questão é social e 
cultural, é tanto qualitativa como quantitativa. 
O desenvolvimento é um processo essencialmente humano. 
O conceito de desenvolvimento encontra-se associado a três princípios: 
➢ O acesso de toda a população a um grau mínimo de satisfação das necessidades 
básicas; 
➢ Igualdade de oportunidades para toda a população independentemente do sexo, etnia, 
religião ou classe social; 
➢ Independência do processo de desenvolvimento. 
O crescimento está englobado no desenvolvimento pois, para que as pessoas vivam melhor, 
é necessário que se disponha de mais bens e serviços para distribuir. No entanto, o 
desenvolvimento não se resume a crescimento económico, pode haver crescimento sem que 
haja desenvolvimento. 
Crescimento Económico e Desenvolvimento – Indicadores e Limites Da Sua 
Utilização 
Para que servem os indicadores? 
➢ Para aferir os níveis de desenvolvimento dos países, regiões, empresas, fazendo-se 
comparações entre eles; 
➢ Compreender, informar e prever o comportamento da economia; 
➢ Para ajuizar a política económica do Governo. 
 
Indicadores 
Simples 
Económicos 
Demográficos 
Socioculturais 
Políticos 
 
 
Indicadores 
Compostos 
Índice de Desenvolvimento Humano 
(IDH) 
Índice de Desenvolvimento ajustado 
ao Género (IDG) E Índice de 
Equidade ou Género (IEG) 
Índice de Pobreza Humana (IPH) 
Índice de Desenvolvimento Humano (IDH): este indicador dá-nos a ideia mais 
aproximada da realidade social, económica e cultural de um país, isto é, do desenvolvimento 
humano. Inclui os seguintes índices: 
➢ RNB per capita, baseado na paridade de poder de compra; 
➢ Esperança média de vida à nascença; 
➢ Número médio de anos de escolarização efetivos e esperados. 
Índice de Desenvolvimento Humano Ajustado às Desigualdade (IDHAD): o objetivo 
deste índice é eliminar dos valores do IDH aquilo que as desigualdades provocam, assim, 
retira ao IDH as diferenças decorrentes das desigualdades nos três domínios – economia, 
saúde e na cultura. 
Índice de Pobreza Multidimensional (IPM): este indicador identifica, no seio das famílias, 
diferentes privações relativas à saúde, educação e padrões de vida. É mais adequado aos 
países menos desenvolvidos pois avalia a população que é pobre em diferentes domínios 
ajustados à intensidade das privações, o que ultrapassa a pobreza decorrente apenas dos 
rendimentos. Quanto maior é o seu valor, em percentagem, maior é o nível de pobreza 
multidimensional registado no país. 
Índice de Desigualdade de Género (IDG): este indicador reflete a desvantagem das 
mulheres em diversos domínios, como o das capacidades, da atividade económica (mercado 
de trabalho) e da saúde reprodutiva. O IDG varia entre o valor 1 (máxima desigualdade) e o 
valor 0 (valor que refletiria igualdade de género – igualdade perfeita). 
O IDHAD, IPM, IDG são indicies que foram criados com o objetivo de eliminar dos valores 
do IDH aquilo que as desigualdades provocam. 
O desenvolvimento humano é muito mais do que apenas riqueza – saúde e cultura são 
sinónimos de dignidade do ser humano, ou seja, a riqueza material só poderá representar a 
oportunidade de aceder a níveis superiores de bem-estar. 
Apesar de o IDH ser um indicador composto revela-se ainda imperfeito e insuficiente. 
Quais as limitações do IDH? 
➢ O Rendimento per capita é uma média; 
➢ O setor informal escapa à contabilidade nacional; 
➢ As externalidades não são contabilizadas; 
➢ O desenvolvimento humano ultrapassa a dimensão económica. 
Rendimento per capita é uma média: por ser uma valor oculta as desigualdades na 
repartição dos rendimentos. Para reparar este inconveniente, recorre-se à Curva de Lorenz 
e ao Índice de Gini. 
Setor informal escapa à contabilidade nacional: existe várias atividades que escapam à 
Contabilidade Nacional, como o trabalho doméstico, a produção destinada ao autoconsumo, 
a produção não declarada de atividades de pouca importância económica, como o pequeno 
comércio e atividades ilícitas (tráfico de drogas, armas). 
Externalidades não são contabilizadas: as externalidades não mostram se as situações 
podem indicar “bom” desenvolvimento (externalidades positivas) ou “mau” desenvolvimento 
(externalidades negativas). As externalidades positivas pode ser, por exemplo, os efeitos de 
médio ou longo prazo de um investimento na educação. Enquanto as externalidades 
negativas poderá ser, por exemplo, os efeitos causados na saúde publica de uma indústria 
poluente. 
Desenvolvimento humano ultrapassa a dimensão económica: o indicador RNB per 
capita não é suficiente para avaliar o desenvolvimento de um país. Países com RNB real per 
capita muito próximos oferecem valores de IDH bastante afastados. 
Curva de Lorenz: é um diagrama que representa, por classes percentuais, a parte do 
rendimento que cabe a cada grupo da população, ou seja, relaciona a % acumulada da 
população de um país com a % acumulada do rendimento que essa população recebe, isto é, 
permite avaliar a desigualdade existente entre as diferentes categorias de indivíduos. 
 
 
 
 
 
 
 
Índice de Gini: permite quantificar o grau de concentração dos rendimentos. É uma 
medida de desigualdade do rendimento que varia entre o valor zero (menor concentração 
dos rendimentos e maior igualdade), e o valor 100 (maior concentração dos rendimentos e 
maior desigualdade). 
Índice de realização tecnológica (IDT), surge em 2001, e possibilita avaliar o 
desempenho dos países na criação e difusão de tecnologia relativamente às qualificações dos 
seus recursos humanos. 
➢ Índice de criação tecnológica; 
➢ Índice de difusão das inovações recentes; 
➢ Índice de difusão das inovações recentes; 
➢ Índice das qualificações humanas. 
Indicadores Económicos: 
✓ PIB per capita 
✓ Repartição sectorial da população ativa 
População (%) 
R
en
d
im
en
to
 n
ac
io
n
al
 (
%
) 
A 
B 
C 
X 
R Legenda: 
• A- Curva de concentraçãodos 
rendimentos nos países em 
desenvolvimento; 
• B- Curva de concentração dos 
rendimentos nos países 
desenvolvidos; 
• C- Linha de igualdade absoluta. 
 
✓ Estrutura do produto 
✓ Taxa de inflação 
✓ Indicadores de comércio externo 
Indicadores Demográficos: 
✓ Taxa de natalidade 
✓ Taxa de mortalidade 
✓ Taxa de emigração 
✓ Esperança média de vida 
Indicadores Socioculturais: 
✓ Taxa de analfabetismo 
✓ Consumo de jornais por habitante 
✓ Nº de casos de escolaridade obrigatória 
✓ Proteínas por habitante 
Indicadores Político-Sociais: 
✓ Estabilidade das instituições 
✓ Democracia política 
✓ Descentralização 
✓ Cumprimento dos direitos humanos 
✓ Equidade entre géneros 
Paridade do Poder de Compra (PPC): mede quanto é que uma determinada moeda pode 
comprar em termos internacionais, jà que os bens e serviços têm diferentes preços de um 
país para outro. A PPC leva em conta as diferenças de rendimentos como as diferenças no 
custo de vida. 
Qual a classificação dos países quanto ao seu nível de crescimento/ 
desenvolvimento? 
Os conceitos de países ricos e pobres, países desenvolvidos e em desenvolvimento, países 
industrializados e emergentes, etc., correspondem a classificações utilizadas pelas diferentes 
organizações internacionais. Sendo que, essas organizações são as seguintes: o Programa 
das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), o Fundo Monetário Internacional 
(FMI) e o Banco Mundial. 
O Banco Mundial utiliza a classificação: países de alto rendimento, médio-alto 
rendimento, baixo-médio rendimento e baixo rendimento. 
O FMI classifica os países em: países avançados, países emergentes e países em 
desenvolvimento. 
O PNUD utiliza uma classificação de natureza económica: países menos desenvolvidos e 
em vias de desenvolvimento. 
O Crescimento Económico Moderno 
A aceleração do crescimento económico está associada ao processo de inovação tecnológica, 
que permitiu o aumento do ritmo de produção. Cada trabalhador passou a produzir mais 
unidades pelo mesmo período de tempo. As inovações, ao aumentarem a produtividade do 
trabalho, contribuem para produzir bens a menores custos, o que estimula o consumo da 
população. 
O moderno crescimento económico, ao caracterizar-se pela aceleração do crescimento do 
produto, tem contribuído para modificações na estrutura da economia, isto é, na forma como 
os sectores da atividade económica participam na economia. As modificações resultam das 
alterações ocorridas na composição sectorial da atividade económica e no modo de 
utilizar/repartir o produto. Origina desigualdades Leva à pobreza. 
O processo de crescimento económico provocou o desaparecimento da economia agrícola e 
substituiu-a pela industrial e, depois, pelos serviços. Estas transformações resultam do 
incremento da inovação e do aumento do rendimento médio do indivíduo. 
O processo de crescimento económico provocou a terciarização da economia em resultado do 
aparecimento dos transportes e dos bancos e seguros. Uma das formas utilizadas pelas 
empresas de crescerem e ganharem dimensão é através da fusão, ou seja, a constituição de 
uma só empresa a partir de duas ou mais. Esta fusão contribui para a concentração do capital, 
para a redução da concorrência no mercado e para diminuir os custos de produção, usufruindo 
de economias de escala, economias gama e da experiência acumulada pelas empresas. 
O crescimento do produto tem provocado o aparecimento das pequenas e médias empresas, 
que se veem obrigadas a aumentar a sua dimensão. A maior concorrência tem contribuído 
para a empresa diminuir custos, de forma a colocar bens a preços mais baixos. O aumento da 
concorrência está associado à abertura dos mercados nacionais, à intensificação dos 
fenómenos de integração económica, ao aparecimento das economias emergentes e à 
deslocalização das produções. As PME’s representam um forte contributo para o crescimento 
dos países quer ao nível da capacidade de produção quer para o aumento das exportações. 
À medida que o país aumenta a sua capacidade de criar riqueza através do processo produtivo, 
assim vão melhorando as condições de vida das populações. 
Fatores que permitiram a revolução industrial: 
➢ Alargamento do mercado através do comércio externo; 
➢ Desenvolvimento dos transportes; 
➢ Inovações aplicadas à indústria; 
➢ Desenvolvimento da atividade bancária; 
➢ Quadro de valores, como liberdade, iniciativa e lucro. 
Quais os Fatores do Crescimento Económico? 
➢ Aumento da dimensão dos mercados Interno e Externo (A); 
➢ Investimento em capital Físico e Humano (B); 
➢ Progresso tecnológico (C). 
A) – O aumento da dimensão dos mercados 
 
➢ Procura estabelecer a relação entre a capacidade de aquisição/compra e o crescimento 
económico 
✓ Aumento da procura interna: crescimento populacional e aumento do poder de 
compra 
✓ Aumento da procura externa: traduz-se num aumento das exportações 
 
Crescimento Económico 
➢ Aumento da procura interna – o crescimento do produto não depende 
necessariamente do aumento da população, devido a: 
✓ Falta de empreendedores; 
✓ Falta de investimento; 
✓ Reduzido poder de compra. 
➢ Aumento da procura externa – maior abertura ao exterior: 
✓ Aumento das exportações 
✓ Maior investimento externo 
 
 - Melhoria da tecnologia 
 - Aumento da produtividade Crescimento Económico 
 - Aumento do poder de compra 
Integração económica: união de mercados de vários países com a livre circulação de bens, 
serviços e capitais. 
B) – Investimento em capital 
Representa o aumento em quantidade de bens de produção à disposição dos processos 
produtivos das empresas. 
Investimento: é uma das aplicações da poupança. Consiste na aquisição ou melhoramento 
dos bens físicos ou humanos, para aumento da produção e produtividade. 
Capital Físico: corresponde à aplicação de recursos na aquisição de equipamentos, viaturas, 
etc. Corresponde ao aumento do produto. 
Capital Humano: corresponde à aplicação de recursos na melhoria dos conhecimentos e das 
qualificações dos trabalhadores através da educação e formação profissional. 
Efeito do multiplicador do investimento: a um aumento do investimento corresponde, 
num primeiro momento, um aumento do produto de igual valor, mas, pelo efeito 
multiplicador, esse acréscimo de investimento produzirá no futuro maiores quantidades de 
produto e rendimento devido à propensão marginal para consumir. 
Qualquer economia que se queira afirmar no mercado global terá de ser competitiva. 
A competitividade implica investimento em capital físico (tecnologia, equipamentos, etc.) e 
humano que assentam ambos em educação, formação, pesquisa, investigação, inovação, etc., 
isto é – conhecimento. A competitividade “moderna” assenta no conhecimento. 
C) – Progresso Tecnológico 
Representa a capacidade de inovação das sociedades e ocorre através das alterações no 
processo de produção e/ou através da introdução de novos bens e serviços. 
Como resultado de uma boa formação de base, especialização, investigação, etc., poderá haver 
inovação tecnológica e progresso técnico. Os novos bens, de alto valor acrescentado, são bens 
com elevado teor tecnológico. O que distancia uma economia moderna de outras é a sua 
capacidade de competir em bens ou serviços novos, diferentes e tecnológicos. 
A investigação em parceria com o setor empresarial pode impulsionar a criação de novos 
produtos com outras características e funcionalidades. 
Pode refletir-se: 
➢ Maiores quantidades de bens (devido à maior produtividade) 
➢ Melhores produtos 
➢ Novos produtos 
➢ Maior variedade de produtos 
Que fatores favorecem o progresso tecnológico? 
➢ Investimento em educação 
➢ Apoios do Estado: 
✓ Melhoria na qualificação dos indivíduos 
✓ Melhoria dos processos de investigação 
✓ Incentivos aos investidores 
O Que É A Competitividade? 
A competitividade é a capacidade de conquistar mercadoscom base em fatores que 
representam vantagens absolutas ou comparativas. 
Fatores que podem determinar preços competitivos: 
✓ custos de contexto 
✓ localização 
✓ custos de transporte 
✓ políticas comerciais 
A economia portuguesa apresenta fragilidades: 
➢ A globalização como contexto – para competir com economias que produzem bens 
com baixo valor salarial ou com economias produtoras de bens e serviços de elevado 
valor acrescentado; 
➢ As dificuldades criadas pela atual conjuntura – espaço europeu com baixo 
crescimento representando cerca de 70% do comércio externo português; ausência de 
uma política de crescimento europeia; 
➢ Dificuldades ao acesso ao crédito – a crise financeira implicou maior rigidez no 
acesso ao financiamento; 
➢ Questões de contexto interno – elevados custos de contexto como a burocracia, 
legislação, e também mentalidades; 
➢ Trabalho pouco qualificado – alguns setores apresentam ainda trabalho com 
formação de baixo nível. 
Potencialidade da economia portuguesa – Pontos fortes: 
➢ Nova geração altamente qualificada; 
➢ Novas mentalidades; 
➢ Nova forma de ver o mercado; 
➢ Nova forma de ver o trabalho; 
➢ Mais inovação; 
➢ Mais aposta em I&D; 
➢ Mais competitividade. 
Quais as características do crescimento económico moderno? 
➢ Alteração da estrutura da atividade económica, relativamente a períodos anteriores 
➢ Inovação tecnológica 
➢ Aumento da produção e da produtividade 
➢ Diversificação da produção 
➢ Modificação do modo de organização económica 
➢ Melhoria do nível de vida da população 
➢ 
A) – Alteração da estrutura da atividade económica, relativamente a períodos 
anteriores 
A evolução das economias tem-se processado com a perda de peso do setor primário para o 
secundário e deste para o terciário. Tal não significa que a agricultura e outros ramos de 
atividade primária não tenham importância para a sobrevivência e bem-estar das 
populações. O que tem acontecido é que têm sido criadas outras atividades geradoras de 
mais riqueza, como a indústria e os serviços. Os bens dos setores secundário e terciário, pela 
importância que têm atualmente na produção e no quotidiano das populações, possuem um 
valor económico significativo que ultrapassa em grande percentagem o valor dos bens 
criados no setor primário. Por isso, é possível classificar um país como desenvolvido ou 
em desenvolvimento pelo tipo de estrutura setorial da sua atividade económica. 
Países pouco desenvolvidos: 
➢ Predomina setor agrícola: 
✓ Maior contributo para o PIB 
✓ Maior emprego da população ativa 
✓ Setor industrial e de serviços pouco desenvolvidos 
 Condições de vida precárias 
A revolução industrial desenvolveu o setor industrial. Sendo as suas consequências: 
➢ Concorrência 
➢ Livre Iniciativa 
➢ Lucro 
B) – Inovação tecnológica 
A riqueza de uma economia moderna assenta na sua capacidade de inovar; esta, por 
sua vez, é alicerçada em descobertas científicas e tecnológicas. Uma forte aposta em 
formação e educação e em I&D (investimento em investigação e desenvolvimento) são 
condições para uma Economia Baseada no Conhecimento, proporcionadora de inovação e 
riqueza. Novas tecnologias e novos métodos de produção de novos bens e serviços são 
características das novas economias. Portugal tem avançado muito neste domínio, tendo já 
as empresas ultrapassado o Estado no domínio da investigação e do seu aproveitamento 
económico. O número de cientistas e investigadores e a produção científica evidenciada em 
trabalhos publicados por nacionais e/ou em coautoria internacional complementam o cada 
vez mais elevado valor do I&D, demonstrando a preocupação de Portugal em marcar 
posição neste domínio. Em consequência, as exportações de bens de média e alta tecnologia 
e o registo das patentes portuguesas têm evoluído muito significativamente. 
As economias mais desenvolvidas têm elevados níveis de inovação tecnológica uma vez que: 
➢ Investem em I&D; 
➢ Apostam na escolaridade elevada; 
➢ Promovem a ciência; 
➢ Incentivam o conhecimento. 
A inovação é a consequência económica desejada, uma vez que: 
➢ Cria emprego; 
➢ Aumenta rendimentos; 
➢ Proporciona mais bem-estar às populações. 
 
Inovação 
tecnológica
Aumento de 
produção
Aumento de 
produtividade
Custos médios 
menores
Empresas 
mais 
competitivas 
(preço)
C) – Aumento da produção e da produtividade 
Em resultado dos progressos tecnológicos, as economias têm aumentado 
exponencialmente a produção e a produtividade. Cada dia, novos bens e serviços surgem 
no mercado, despertando o desejo dos consumidores. Este facto decorre de uma das 
características do funcionamento das economias capitalistas – a livre iniciativa e a 
consequente concorrência entre empresas. A busca incessante do lucro, condição de 
sobrevivência empresarial, sustenta a concorrência e a procura de soluções para vencer no 
mercado. Novas formas de produzir e novas estratégias empresariais vêm constantemente 
originando aumentos de produtividade e de produção. Emergiu, assim, um tipo de 
sociedade baseada na necessidade de consumir os novos bens. 
 
 
 
 
 
 
 
Nos países mais desenvolvidos, o consumo é mais sofisticado. Sendo que, satisfazer os 
consumidores para a sua fidelização é o lema do marketing. 
D) – Diversificação da produção 
Em consequência do progresso tecnológico, do aumento da produtividade e da produção, as 
economias modernas criaram uma grande profusão de bens, necessitando de os escoar. 
Vender tornou-se mais importante do que produzir. Novas estratégias de escoamento dos 
bens produzidos vão, então, ser implementadas – nasce assim a sociedade de consumo. 
Os bens da sociedade de consumo são bens homogéneos, produzidos em série, baratos e de 
pouca qualidade e duração. Estas características alimentam novas produções e reproduzem 
as condições de funcionamento das economias desenvolvidas. A sociedade de consumo e o 
consumismo são, assim, a solução económica para o escoamento da diversidade de bens e 
serviços produzidos nas economias desenvolvidas atuais. 
Características dos produtos de “ontem”: 
➢ Longa duração, servindo geralmente várias gerações; 
➢ Pouco numerosos; 
➢ Técnicas de fabrico simples e evoluindo pouco; 
➢ Proximidade entre o artesão e o consumidor; 
➢ Decisão de compra sempre racional. 
Características dos produtos de “hoje”: 
➢ Duração cada vez mais curta (inferior a 10 anos) e dificuldade de reparação; 
Formas de diversificação 
da produção 
Novas características 
nos produtos 
Conceber novos 
bens/serviços 
Satisfazer os desejos 
dos consumidores 
Aumento do valor 
Aumento da utilidade 
➢ Numerosos e variados quanto à marca e qualidade; 
➢ Técnicas de fabrico cada vez mais sofisticadas e evoluindo rapidamente; 
➢ O fabricante cada vez mais afastado do consumidor, devido aos numerosos 
intermediários; 
➢ Decisão de compra cada vez mais irracional, motivada, sobretudo, pelo “matraquear” 
publicitário. 
Uma patente é um título de propriedade temporária sobre um bem material (ex.: produto 
farmacêutico) ou imaterial (ex.: direitos de autor) dado pelo Estado, de acordo com a lei 
vigente. As inovações patenteadas e a sua aplicação ao mundo empresarial representam um 
sinal de dinamismo económico. 
E) - Modificação do modo de organização económica 
A concorrência entre empresas exige uma outra condição para vencer no mercado – o 
aumento da eficiência da gestão empresarial. Esta, em relação às empresas, assim como a 
intervenção do Estado na esfera económica, a nível macroeconómico, são dois aspetos a 
considerar como novos e típicos das economias modernas. 
Desde a Revolução Industrial que se têm procurado melhores soluções de organização do 
trabalho fabril e de gestão empresarial. Do taylorismo às modernas soluções de gestão de 
empresas, encontramos múltiplas e variadas propostas para alcançar resultados superiores. 
A globalização económica e asnecessidades acrescidas que a concorrência mundial tem 
trazido têm impulsionado a procura de novas soluções organizativas. Nesse sentido, as 
empresas têm diversificado e aumentado a sua área de influência, através da concentração 
empresarial (de que as OPA e OPV são exemplos). Por outro lado, a intervenção do Estado 
na atividade económica, através de políticas (conjunturais e estruturais) e instrumentos 
diversos (fiscais e orçamentais, por exemplo) completam um quadro de estabilidade que as 
economias atuais apresentam. 
Aumento da concorrência: 
➢ Abertura dos mercados ao exterior 
➢ Economias emergentes (preços baixos, salários reduzidos) 
➢ Deslocalização das fábricas para outros países (custos de produção baixos e motivos 
fiscais) 
Algumas empresas não conseguem custos unitários ótimos, de forma a obter o lucro 
máximo, sendo assim, realizam a concentração de empresas (fusão e aquisição). 
Fusões: duas ou mais empresas associam-se ou uma empresa mais forte incorpora outras. A 
nova empresa resultante da fusão adquire maior dimensão (mais capital, mais trabalhadores, 
maior volume de negócios) e mais poder sobre o mercado. 
Aquisições: aquisição por parte de uma empresa do capital de outra empresa, total ou 
parcialmente, em Bolsa, através de uma oferta pública de aquisição (OPA). Possibilita a 
entrada em novos mercados, a diversificação de interesses ou o aumento da dimensão e 
maior poder sobre o mercado. 
OPA e OPV: duas formas de concentração empresarial pelas quais as empresas adquirem 
outras cotadas em Bolsa, ou se colocam à venda, respetivamente, aumentando, assim, a sua 
dimensão inicial. As OPV podem, todavia, originar dispersão. 
F) - Melhoria do nível de vida da população 
Fruto do progresso técnico, dos aumentos de produção e produtividade, da diversidade da 
produção, dos novos modos de organização económica e da terciarização das economias, 
assiste-se a um aumento do bem-estar das populações. No entanto, como se sabe, o 
crescimento das economias é apenas um meio. 
Para que as populações possam beneficiar de um verdadeiro desenvolvimento 
humano, outras condições terão de ser garantidas, como o respeito pelos seus 
direitos civis, políticos, económicos, sociais, ambientais e de equidade. 
A consequência desejável do crescimento económico é o aumento do bem-estar da 
população, que significa mais educação, mais saúde. Visível através: 
➢ Crescimento do PIB e PIB per capita 
➢ Emprego/desemprego 
➢ Estrutura das despesas do consumo (Lei de Engel) 
Lei de Engel: quanto menor o rendimento de uma família, de uma região ou de um país, 
maior será o coeficiente orçamental relativo às despesas de alimentação. E quanto maior é o 
rendimento, menor é a proporção destinada às despesas com bens elementares. 
Ciclos de crescimento económico 
As economias não crescem de forma contínua e regular, mas sim por fases. 
Períodos de rápido crescimento seguem-se outros de crescimento mais lento e de períodos de 
decréscimo no produto. 
As economias crescem através de ciclos económicos que se repetem com alguma regularidade: 
➢ Ciclo económico corresponde a uma oscilação do produto, do rendimento e do emprego 
de uma economia. 
➢ Estas oscilações retratam movimentos ascendentes e descendentes do produto, dos 
preços, das taxas de juro e do emprego. 
➢ Um ciclo económico será, então, uma sucessão de momentos ou fases de crescimento e 
de contração da atividade económica. 
➢ Podemos definir um ciclo económico como um conjunto de flutuações do produto, do 
rendimento e do emprego de um país com consequências em termos de expansão e 
contração de generalidade dos setores da economia. 
O que afasta as economias do equilíbrio? 
 
Quais as fases dos ciclos económicos? 
➢ Fase de expansão 
➢ Fase de prosperidade 
➢ Fase de recessão 
➢ Fase de depressão 
Expansão: ocorre quando a economia regista taxas de crescimento do produto elevadas e 
acima do previsto. Consideram ainda que um período prolongado de crescimento do produto 
com taxas elevadas é um Boom. 
✓ O consumo aumenta (confiança, esperam aumentos salariais, aumento do consumo); 
✓ A produção aumenta (clima da confiança); 
✓ O investimento aumenta; 
✓ O emprego aumenta; 
✓ A inflação pode aumentar (se a produtividade não acompanha os aumentos salarias); 
✓ As ações sobem (devido ao aumento de lucros). 
Prosperidade: quando, na fase de expansão, o produto, rendimento, consumo, investimento 
e emprego, atingem o valor mais elevado, o Pico. Taxa de desemprego mínima, pleno 
emprego dos fatores produtivos. 
Recessão: ocorre quando se registam taxas mais baixas de crescimento da economia, em pelo 
menos 2 trimestres consecutivos. 
✓ O consumo diminui (desconfiança, crise, diminuição do consumo); 
✓ A produção diminui (acumulação de stocks, diminuição da produção); 
✓ O investimento diminui; 
✓ O emprego diminui e o desemprego aumenta (redução de horários de trabalho); 
✓ A inflação diminui (pode transformar-se em deflação); 
✓ As ações caem (devido à diminuição dos lucros). 
Nota: Recessão técnica: taxas mais baixas de crescimento económico durante dois 
trimestres consecutivos. 
C
h
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u
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e 
p
ro
cu
ra Aumento da confiança 
(consumidores e empresários) 
Aumento da procura externa
Altereções da politica monetária e 
orçamental
C
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Fenómenos naturais
Aumento do preço de 
matérias primas
Aumento da 
produtividade
Depressão: quando atinge o menor crescimento do produto numa fase de recessão, havendo 
um prolongamento do período de crise. Corresponde a uma recessão prolongada e grave, a 
economia atinge o seu ponto mais baixo (baixo ou piso). 
Tipos de ciclos 
➢ Ciclos de Kondratiev - os ciclos têm a duração de 40 a 60 anos; 
➢ Ciclos de Kuznets – os ciclos têm a duração de 20 a 25 anos (prendem-se com 
variações de construção habitacional e de infraestruturas); 
➢ Ciclos de Juglar – os ciclos têm a duração de 6 a 10anos (são identificáveis pela 
eclosão de crises económicas); 
➢ Ciclos de Kitchin – os ciclos têm a duração de 3 a 5 anos (devem-se a causas 
conjunturais aleatórias próprias da evolução da atividade económica, como a variação 
da procura); 
➢ Ciclos de Schumpeter – os ciclos têm a duração das inovações que lhes dão origem. 
O ciclo económico de Schumpeter 
Uma inovação produz mais procura, mais produção, atrai mais empresários e mais 
investimento – crescimento económico (fase da prosperidade) – fase de grande difusão 
das inovações. Iniciado o processo de saturação, o mercado retrai-se, os lucros caem (fase 
da recessão). Quando as inovações entram na fase da pouca procura, têm de ser 
substituídas por outras (fase da depressão). 
A este processo visionário do empresário/empreendedor que exige o desvio do 
investimento das atividades ultrapassadas para as novas chama-se “destruição criadora”. 
As crises económicas 
Períodos Principais Causas 
Pré-Industrial Superprodução (fatores 
naturais/políticos) 
Séc. XIX Superprodução 
Séc. XX (anos 30) Superprodução 
Séc. XX (anos 70) Inflação e Desemprego 
Séc. XXI (2008-2009) Financeira 
O combate às crises 
 
Efeito de uma política fiscal expansionista: 
 
Efeito de uma política fiscal retracionista: 
 
Desigualdades Atuais De Desenvolvimento 
Os Países Menos Desenvolvidos podem registar um forte crescimento económico e uma 
melhoria das condições de vida. Contudo, continuam a existir graves situações de pobreza, e 
os indicadores sociais continuam a apresentar situações de grande preocupação. 
As Nações Unidas, através do relatório anual do PNUD, classificam os países de acordo 
com o IDH e agrupam os países em três estados de desenvolvimento: 
➢ Desenvolvimento Humano Elevado (IDH superior a 0,8) 
➢ Desenvolvimento Humano Médio (IDH inferior a 0,8 e superior a 0,5) 
➢ Desenvolvimento Humano Baixo (IDH inferior a 0,5) 
O Banco Mundial classifica os países de acordo com o seu grau de desenvolvimento:➢ Economias de baixo rendimento 
➢ Economias de rendimento médio inferior 
➢ Economias de rendimento médio superior 
➢ Economias de rendimento elevado 
A pobreza nos países desenvolvidos resulta de situações de desemprego, precariedade de 
emprego ou do envelhecimento da população. 
Pobreza absoluta: quando existe carência de certos elementos essenciais à existência 
humana, nomeadamente ao nível da alimentação, habitação e vestuário. Assim, será vítima 
de pobreza absoluta qualquer pessoa que se encontre abaixo deste limiar universal. 
Pobreza relativa: quando um indivíduo ou família, apesar de possuir o mínimo necessário 
para subsistir, não consegue viver de acordo com o meio social em que se insere nem 
manter um estatuto social comparável com os restantes elementos da mesma sociedade. 
Surge aqui o problema da exclusão social, enquanto incapacidade de pertença a todas as 
esferas sociais em que a pessoa vive.

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