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DEFINIÇÃO Temperatura superior a 38,3C em várias ocasiões; Persistência por mais de 3 semanas; Falha ao chegar a um diagnóstico investigativo com o paciente internado em hospital (pelo mens 1 semana). Em geral, diante de um caso que apresenta dificuldades de diagnóstico, suspeita-se de doenças raras ou complicadas. Maiormente, trata-se de patologias clínicas atípicas, mascaradas por tratamento (tuberculose, endocardite bacteriana, febre reumática...). CAUSAS NEOPLÁSICAS MAIS COMUNS: linfoma, leucemia, carcinoma de células renais, carcinoma hepatocelular e metástases. CAUSAS DIVERSAS IMPORTANTE: reação farmacológica, trombose venosa profunda, embolia pulmonar recorrente, sarcoidose, doença inflamatória intestinal e febre factícia. Cerca de 10% dos casos em adultos, não há identificação da FOI. DIAGNÓSTICO ANAMNESE E EXAMES FÍSICOS: História da doença atual: duração e o padrão da febre (intermitente, constante). Geralmente não possuem muita importância para o diagnóstico. Revisão dos sistemas: incluir sintomas não específicos- perda ponderal, anorexia, fadiga, sudorese noturna e cefaleias.). História Clínica: transtornos conhecidos que provocam febre (câncer, tuberculose, doenças do tecido conjuntivo, cirrose alcoólica, febre reumática). OU seja, transtornos e fatores que predispõem a infecção, como os comprometimentos. História social: fatores de risco de infecção, uso de drogas, práticas sexuais de risco, contatos infectados, viagens e possível exposição a animais e vetores. História familiar: hereditariedade (febre familiar do mediterrâneo). EXAMES FÍSICOS: Aparência geral (icterícia, palidez). A pele. Distúrbio articulares, Alterações neurológicas (...) Examinar o corpo em busca de áreas sensíveis, organomegalia; Toque retal e exame pélvicos. Os dentes (sensibilidade). Ausculta do coração (sopros – endocardite bacteriana). SINAIS DE ALERTA Imunocomprometimento; Sopro Cardíaco; Presença de dispositivos; Viagem recente para áreas endêmicas; ➢ Hemograma completo com contagem diferencial: pode demonstra um padrão de infecções bacterianas agudas. O exame de urina pode oferecer informações valiosa. ➢ Velocidade de hemossedimentação: medida das concentrações plasmáticas das proteínas de fase aguda. ➢ Teste hepáticos; ➢ Hemoculturas seriadas (preferência antes da terapia antimicrobiana): um dos mais importantes recursos para o esclarecimento da FDO. Horário ideal para a coleta de hemocultura seria duas horas antes do pico febril. Não desprezar culturas negativas. ➢ Teste de anticorpo para HIV, ensaios de concentração de RNA e ensaio de reação em cadeira polimerase (PCR); ➢ Teste de pele tuberculínico ou ensaio de liberação interferon gama. ➢ Exames de imagem: normalmente examinar as partes que os pacientes relatam dor. Dor lombar: RM da coluna. Dor abdominal: TC do abdome, serve também para guiar em tratamentos ou biópsias. ➢ A radiografia de Tórax dará visão do comprometimento ósseo, pulmonar, pleural, cardíaco, pericárdio e mediastinais. ➢ Biópsias: punção de tecidos – avaliar a histologia da medula óssea, baço, fígado, rins, pulmão, pleura, pericárdio, miocárdio, pele e músculo. TRATAMENTO A prova terapêutica ideal deveria ser realizada com medicamentos que atuassem apenas no alvo visado, com previsão da resposta definida se ela estiver correta. Os efeitos colaterais dos medicamentos, o agravamento da verdadeira doença do paciente por corticoides, por exemplo, o retardo ou interferência na busca diagnóstica e as respostas parciais são outras desvantagens das terapêuticas de prova. Toda vez que a hipótese de endocardite bacteriana não puder ser afastada com segurança razoável está indicado o tratamento de prova com penicilina G (ou ampicilina) associada à gentamicina. A retirada de uma substância suspeita de estar causando febre não deixa de ser uma prova terapêutica. Após a coleta de exames e material para análise laboratorial, deve-se considerar terapia antimicrobiana de largo espectro para extremos de idade e imunocomprometidos. DIAGNÓSTICOS DIFERENCIAIS Endocardite bacteriana; Tuberculose; Infecções pelo HIV; Febre Reumática. REFERÊNCIAS: Tratado de Infectologia – Veronesi, 5 ed. 2015. Pdf. Dinâmica de doenças infecciosas e parasitárias.
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