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DIREITO PROCESSUAL CIVIL
DOS ATOS PROCESSUAIS
Livro Eletrônico
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Dos Atos Processuais
DIREITO PROCESSUAL CIVIL
Anderson Ferreira
Sumário
Atos Processuais (da Forma do Tempo dos Prazos do Lugar, das Comunicações dos 
Atos Processuais) ...........................................................................................................................................................3
Dos Atos Processuais ...................................................................................................................................................3
Da Forma dos Atos Processuais..............................................................................................................................3
Negócios Jurídicos Processuais ..............................................................................................................................6
Calendário Processual ..................................................................................................................................................7
Da Prática Eletrônica dos Atos Processuais ...................................................................................................7
Dos Atos das Partes .......................................................................................................................................................8
Dos Pronunciamentos do Juiz ..................................................................................................................................8
Dos Atos do Escrivão ou do Chefe de Secretaria ........................................................................................ 10
Do Tempo e do Lugar dos Atos Processuais ..................................................................................................12
Do Tempo ............................................................................................................................................................................12
Dos Prazos Dilatórios e Peremptórios .............................................................................................................14
Do Lugar dos Atos Processuais ............................................................................................................................15
Dos Prazos Processuais ............................................................................................................................................17
Prazos Conferidos ao Juiz ........................................................................................................................................ 22
Das Penalidades aos Serventuários ..................................................................................................................23
Consequências da Perda de Prazo ...................................................................................................................... 24
Da Comunicação dos Atos Processuais ...........................................................................................................26
Da Citação ......................................................................................................................................................................... 28
Intimação ............................................................................................................................................................................41
Das Nulidades .................................................................................................................................................................43
Do Valor da Causa .........................................................................................................................................................47
Exercícios ...........................................................................................................................................................................50
Gabarito ..............................................................................................................................................................................64
Gabarito Comentado ...................................................................................................................................................65
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Dos Atos Processuais
DIREITO PROCESSUAL CIVIL
Anderson Ferreira
ATOS PROCESSUAIS (DA FORMA DO TEMPO DOS 
PRAZOS DO LUGAR, DAS COMUNICAÇÕES DOS ATOS 
PROCESSUAIS)
Olá, querido(a) aluno(a)! É com grande alegria e extremo entusiasmo que inicio, junto a 
você, mais um encontro virtual. Nosso bate papo de hoje será sobre o conteúdo encartado na 
Parte Geral, Livro IV, do Novo Código de Processo Civil, que se refere aos atos processuais, 
assunto de grande importância na dinâmica processual.
Antes de iniciar a aula, gostaria de fazer um pedido muito importante: leia as lições com 
muita atenção, porquanto além de tratarem de um tema bem explorado pelas bancas exami-
nadoras, há uma série de alterações no tópico relativo às comunicações processuais com o 
advento da Lei n. 14.195/21. Dessa maneira, peço um cuidado especial com as novidades, 
pois pode ser que a banca examinadora explore o assunto, porque as novidades nos atraem. 
Eu mesmo estou ansioso para assistir o novo filme do Tom Cruise, Top Gun 2, Maverick (rs).
Bem, posto isso, venha comigo, vamos iniciar os trabalhos!
Dos Atos ProcessuAis
Amigo (a), os atos praticados durante o processo consistem em manifestações emanadas 
pelas partes ou pelos sujeitos que nele atuam, ou seja, são práticas humanas em um determi-
nado tempo, lugar e com uma determinada forma, os quais se relacionam ao processo.
DA FormA Dos Atos ProcessuAis
Os atos processuais podem ser classificados quanto à forma em:
• Solenes: são atos sobre os quais recaem alguma forma estabelecida por lei, como a 
obrigatoriedade da utilização da língua portuguesa nos termos do processo ou a ne-
cessidade de o Ministério Público ser intimado em atos que deva intervir, a exemplo de 
situações que envolvam interesses de incapazes.
• Não solenes ou de forma livre: Diz-se que os atos do processo são informais quando 
eles podem ser praticados livremente, isto é, não há previsão legal para prática de de-
terminado ato. Saliento que nosso sistema acolheu a liberdade das formas, consoante 
estatui o artigo 188 do Novo Código, o qual, também, consagra o princípio da instrumen-
talidade das formas.
Art. 188. Os atos e os termos processuais independem de forma determinada, salvo quando a lei 
expressamente a exigir, considerando-se válidos os que, realizados de outro modo, lhe preencham 
a finalidade essencial.
(...)
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Dos Atos Processuais
DIREITO PROCESSUAL CIVIL
Anderson Ferreira
Art. 276. Quando a lei prescrever determinada forma sob pena de nulidade, a decretação desta não 
pode ser requerida pela parte que lhe deu causa.
Os atos processuais solenes devem cumprir as formalidades exigidas por lei, sob pena 
de nulidade.
Ok, vimos que, como regra, adotou-se o princípio da liberdade das formas. Mas a pergunta 
é: se um ato for praticado de modo informal, quando, em verdade, a lei determinar uma forma-
lidade para a sua prática, o que acontecerá efetivamente?No caso supracitado, verifica-se a possibilidade de aproveitamento do ato, porquanto será 
aplicada a instrumentalidade das formas (na perspectiva de que o processo não deve ser um 
fim em si mesmo). Veja o artigo 277: “Quando a lei prescrever determinada forma, o juiz consi-
derará válido o ato se, realizado de outro modo, lhe alcançar a finalidade.”
Consoante as normas fundamentais aplicadas ao Processo Civil, em regra, os processos 
são públicos e, com efeito, os atos também serão. Entretanto, algumas situações pessoais 
podem minorar a publicidade dos autos e dos atos praticados, como: relações familiares re-
lativas ao casamento, divórcio, filiação, guarda; aquelas que exijam segredo por questões de 
interesse público, que versem sobre proteção da intimidade ou acerca de questões relativas à 
arbitragem com estipulação de confidencialidade.
Art. 189. Os atos processuais são públicos, todavia tramitam em segredo de justiça os processos:
I – em que o exija o interesse público ou social;
II – que versem sobre casamento, separação de corpos, divórcio, separação, união estável, filiação, 
alimentos e guarda de crianças e adolescentes;
III – em que constem dados protegidos pelo direito constitucional à intimidade;
IV – que versem sobre arbitragem, inclusive sobre cumprimento de carta arbitral, desde que a con-
fidencialidade estipulada na arbitragem seja comprovada perante o juízo.
Uma vez estabelecida a minoração da publicidade, o acesso e a consulta aos autos e o 
requerimento de certidões serão restritos às partes e aos seus procuradores. Contudo, poderá 
ser franqueada consulta a terceiro que demonstre interesse jurídico na causa, além do direito 
de requerer certidão de dispositivo de sentença, assim como do inventário e da partilha resul-
tantes de divórcio ou separação.
§ 1º O direito de consultar os autos de processo que tramite em segredo de justiça e de pedir cer-
tidões de seus atos é restrito às partes e aos seus procuradores.
§ 2º O terceiro que demonstrar interesse jurídico pode requerer ao juiz certidão do dispositivo da 
sentença, bem como de inventário e de partilha resultantes de divórcio ou separação.
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Dos Atos Processuais
DIREITO PROCESSUAL CIVIL
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O terceiro que evidenciar interesse jurídico na causa pode requerer ao juiz certidão do dispo-
sitivo da sentença (decisão do julgador, o desfecho sobre aquilo que foi pedido) bem como de 
inventário de partilha resultantes do divórcio ou separação.
001. (VUNESP/CÂMARA DE MARÍLIA-SP/PROCURADOR JURÍDICO/2016) Assinale a alter-
nativa correta, no que concerne aos atos processuais.
a) Os atos e termos processuais sempre dependem de forma determinada, reputando-se nulos 
os que forem realizados de outro modo.
b) Todos os atos processuais são públicos, sem exceção.
c) O direito de consultar os autos e de pedir certidões de seus atos em processo que tramite 
em segredo de justiça é restrito às partes e a seus procuradores.
d) O terceiro, ainda eu demonstre interesse jurídico, não pode requerer ao juiz certidão de dis-
positivo de sentença, bem como de inventário.
e) Não existe a obrigatoriedade do uso do vernáculo em todos os atos e termos do processo.
a) Errada. Vimos que os atos e os termos processuais independem de forma determinada, 
salvo quando a lei expressamente a exigir, considerando-se válidos os que, realizados de outro 
modo, lhe preencham a finalidade essencial (art. 188 do CPC).
b) Errada. Negativo! Há exceções ao princípio da publicidade (nesse sentido o artigo 189, inci-
sos I a IV).
c) Certa. A assertiva alinha-se ao teor do artigo 189, § 1º do CPC de 2015.
d) Errada. A assertiva contraria o disposto no artigo 189, § 2º do CPC de 2015.
e) Errada. Antes de mais nada, vale mencionar que vernáculo é a linguagem própria do nos-
so país, nossa gloriosa língua portuguesa. Com isso entendido, segundo o artigo 192 do 
CPC de 2015:
Em todos os atos e termos do processo é obrigatório o uso da língua portuguesa. Parágrafo único. O 
documento redigido em língua estrangeira somente poderá ser juntado aos autos quando acompa-
nhado de versão para a língua portuguesa tramitada por via diplomática ou pela autoridade central, 
ou firmada por tradutor juramentado.
Letra c.
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Dos Atos Processuais
DIREITO PROCESSUAL CIVIL
Anderson Ferreira
Negócios JuríDicos ProcessuAis
O Direito Processual Civil é um ramo do Direito Público, dotado de normas cogentes (im-
posição obrigatória) e legalmente estabelecidas. Todavia, a Lei de Ritos permite às partes a 
convenção de certos aspectos ou regramentos ínsitos ao processo. Nessa linha de pensamen-
to, é possível que, em controvérsias acerca de direitos sobre os quais se admita autocompo-
sição (possibilidade de os sujeitos firmarem acordo), as partes possam convencionar prazos, 
encargos, faculdades processuais durante a marcha do processo, desde que sejam maiores 
e capazes.
No entanto, o Juiz deverá participar da convenção e controlá-las para que não incidam 
sobre a negociação nulidades, cláusulas abusivas ou vulnerabilidade de uma das partes, con-
forme a inteligência do artigo 190 do Código de 2015.
Art. 190. Versando o processo sobre direitos que admitam autocomposição, é lícito às partes ple-
namente capazes estipular mudanças no procedimento para ajustá-lo às especificidades da causa 
e convencionar sobre os seus ônus, poderes, faculdades e deveres processuais, antes ou durante 
o processo.
Parágrafo único. De ofício ou a requerimento, o juiz controlará a validade das convenções previstas 
neste artigo, recusando-lhes aplicação somente nos casos de nulidade ou de inserção abusiva em 
contrato de adesão ou em que alguma parte se encontre em manifesta situação de vulnerabilidade.
Então:
Juiz aceita e controla a 
convenção
Réu maior e capaz (acerta 
sobre direitos disponíveis 
sobre os quais seja 
admitida autocomposição)
Autor maior e capaz 
(acerta sobre direitos 
disponíveis sobre os quais 
seja admitida 
autocomposição)
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Dos Atos Processuais
DIREITO PROCESSUAL CIVIL
Anderson Ferreira
cAleNDário ProcessuAl
A Lei de Ritos permite que Juiz e as partes, em comum acordo, fixem um calendário para 
a prática de atos processuais, o qual vincula os participantes e os Juízes. As datas estabele-
cidas só poderão ser alteradas por justo motivo e, uma vez ajustadas, caso sejam alteradas, 
deverá haver intimação da parte para que não haja prejuízo processual.
Art. 191. De comum acordo, o juiz e as partes podem fixar calendário para a prática dos atos pro-
cessuais, quando for o caso.
§ 1º O calendário vincula as partes e o juiz, e os prazos nele previstos somente serão modificados 
em casos excepcionais, devidamente justificados.
§ 2º Dispensa-se a intimação das partes para a prática de ato processual ou a realização de audiên-
cia cujas datas tiverem sido designadas no calendário.
DA PráticA eletrôNicA Dos Atos ProcessuAis
Bem amigo (a) do Gran Cursos Online, vivemos na era da informáticae é forçoso reconhe-
cer a dependência dos computadores e da internet. Utilizamos nossos aparelhos de modo a 
acessar a rede mundial de computadores para os mais diversos fins, como para o trabalho, 
para o lazer e, como você está fazendo, para o estudo.
Diante disso, o Código destinou alguns artigos para tratar sobre a prática eletrônica dos 
atos processuais. Mas vale dizer que a ideia de atuação por meio eletrônico não vem de 2015, 
com a nova legislação de ritos. As disposições acerca dos processos judiciais eletrônicos 
ingressaram no ordenamento jurídico brasileiro por meio da Lei n. 11.419/06, a qual alterou a 
Lei n. 5.869/1973. Você se lembra dessa legislação? Isso mesmo! O Código de Processo Civil 
anterior, e, além de incidir sobre a Lei de Ritos vigente, Lei n. 13.105/2015, irradiou seus efeitos 
para os outros ramos do direito instrumental, quais sejam: Processo Penal, Trabalhista, bem 
como para os juizados especiais, além de lançar efeitos em qualquer grau de jurisdição.
Então, com o advento da Lei n. 11.419 de 2006, os autos (a materialização do processo) 
que tinham o suporte em papel, passam a se materializar por meio do tráfego de informações, 
arquivos e documentos digitais, com todas as nuances da informática como certificações, se-
gurança da informação, dentre outras características afetas a esses procedimentos.
Sendo assim, a nova sistemática processual admite autos:
• Físicos: cujo suporte para informação ainda é o papel (e alguns autos são tão antigos 
que, por pouco, o suporte não foi o papiro egípcio!).
• Digitais: o suporte é o meio eletrônico.
• Híbridos: conjugação dois os suportes supratranscritos: físico e eletrônico.
Art. 193. Os atos processuais podem ser total ou parcialmente digitais, de forma a permitir que se-
jam produzidos, comunicados, armazenados e validados por meio eletrônico, na forma da lei.
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Dos Atos Processuais
DIREITO PROCESSUAL CIVIL
Anderson Ferreira
Agora, saliento que sobre os processos eletrônicos recaem todas as garantias processuais, 
tais como: a publicidade dos atos, o acesso e a participação das partes e dos procuradores 
constituídos por elas, além da disponibilidade, independência da plataforma computacional, 
acessibilidade e interoperabilidade dos sistemas, serviços, dados e informações que o Poder 
Judiciário administre no exercício de suas funções.
Chamo a sua atenção para o fato de o Poder Judiciário manter, sem custos aos interes-
sados, equipamentos necessários à prática de atos processuais e sistemas de acesso aos 
documentos. Caso não seja possível praticar o ato por meio eletrônico, o Código admite a prá-
tica por meios não eletrônicos, até porque o que não pode ocorrer é o cerceamento de um ato 
processual sem que haja culpa da parte ou do procurador por ela constituído.
Dos Atos DAs PArtes
Bem, as partes do processo podem produzir declarações de vontade durante a marcha 
processual, as quais constituem, modificam ou extinguem direitos.
Quanto a essas declarações, elas podem ser:
• Unilaterais: são atos que não dependem da anuência da parte adversa da relação jurídi-
ca processual (como no caso da petição inicial ou contestação).
• Bilaterais: atos que, por seu turno, dependem da aquiescência, concordância da parte 
que ocupa o outro polo da demanda para surtirem os efeitos pretendidos (é o caso da 
transação).
Art. 200. Os atos das partes consistentes em declarações unilaterais ou bilaterais de vontade pro-
duzem imediatamente a constituição, modificação ou extinção de direitos processuais.
Parágrafo único. A desistência da ação só produzirá efeitos após homologação judicial.
A desistência da ação só produz efeitos depois da homologação do Juiz!
O Novo Código prevê uma vedação no que se refere ao lançamento de cotas lineares mar-
ginais ou interlineares (escritos fora, ao lado ou entre as linhas dos autos), as quais o Magis-
trado mandará riscar e imporá multa de metade do salário mínimo a quem as tenha escrito.
Art. 202. É vedado lançar nos autos cotas marginais ou interlineares, as quais o juiz mandará riscar, 
impondo a quem as escrever multa correspondente à metade do salário-mínimo.
Dos ProNuNciAmeNtos Do Juiz
Amigo (a), durante o curso do processo, o Magistrado fará pronunciamentos, com o objeti-
vo de sentenciar a demanda carreada ao Poder Judiciário.
Nesse conduto de raciocínio, o Juiz poderá se pronunciar por meio de:
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Dos Atos Processuais
DIREITO PROCESSUAL CIVIL
Anderson Ferreira
• Sentenças: pronunciamentos do julgador os quais visam terminar a fase de conheci-
mento ou extinguir a execução. Quando vai sentenciar, o Juiz examina a demanda a ele 
levada. As sentenças podem se encartar nos artigos 485 (rol com hipóteses de extinção 
do processo sem julgamento de mérito) e 487 (rol com hipóteses de extinção do pro-
cesso com julgamento de mérito). Como exemplo, a decisão proferida que obriga um 
vizinho a se abster de ouvir músicas em volume ensurdecedor no condomínio.
• Decisões interlocutórias: são pronunciamentos de natureza decisória do Magistrado 
que não encerram a fase de conhecimento ou extinguem a execução. Tratam-se de de-
cisões que não colocam fim ao processo. Seria o caso de uma decisão que rejeita o 
pedido de gratuidade da justiça. Perceba que não se decidiu a demanda, o Juiz apenas 
admitiu uma questão que orbita o mérito.
• Despachos: são pronunciamentos do Juiz que objetivam dar continuidade ao processo, 
os quais não possuem conteúdo decisório. Não se trata de sentença nem de decisão 
interlocutória e podem ser praticados por ofício ou a requerimento da parte, como a de-
signação de audiência, intimação da parte. Saliento que, sobre esses pronunciamentos, 
não será cabível recurso.
• Acórdãos: esses são pronunciamentos exarados em Tribunais, por um colegiado (mais 
de um Julgador), como em casos de recursos. Equivalem à sentença no primeiro grau 
de jurisdição.
• Decisões monocráticas: são decisões proferidas pelo Relator (responsável por instruir 
os autos e produzir um relatório para decisão do colegiado), o qual as toma, de forma 
isolada, quando o Código assim assegura.
Ok, vistos esses pronunciamentos, veja a diferença entre pronunciamentos por meio de um 
quadro esquemático.
JUIZ (1º grau de jurisdição) TRIBUNAIS
Sentença Acórdão
Decisão interlocutória Decisão monocrática
Art. 203. Os pronunciamentos do juiz consistirão em sentenças, decisões interlocutórias e despa-
chos.
Art. 204. Acórdão é o julgamento colegiado proferido pelos tribunais.
Os pronunciamentos acima mencionados serão publicados no Diário de Justiça Eletrônico. 
Além do exposto, vale ressaltar que, durante a marcha processual, é possível a prática de atos 
meramente ordinatórios, caracterizados por serem atos de expediente do Tribunal, os quais 
podem ser confiados ao diretor de secretaria, a servidor, tais como juntar um documento ao 
processo que podem ser revistos pelo Juiz quando for necessário.
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Dos Atos Processuais
DIREITOPROCESSUAL CIVIL
Anderson Ferreira
002. (VUNESP/TJ-SP/ESCREVENTE TÉCNICO JUDICIÁRIO/2015) Quanto aos atos do juiz, 
assinale a alternativa correta.
a) São atos meramente ordinatórios, forma pela qual o juiz resolve questão incidente, quando 
praticados em decorrência de juntada de documento essencial para o deslinde da causa
b) Os atos meramente ordinatórios, como a juntada e a vista obrigatória, independem de des-
pacho, devendo ser praticados de ofício pelo servidor e revistos pelo juiz quando necessários.
c) Decisão interlocutória é o ato pelo qual o juiz, no curso do feito, põe fim ao processo, resol-
vendo todas as questões que deram causa à propositura da ação.
d) Decisão interlocutória compreende todos os demais atos do juiz praticados no processo, de 
ofí cio ou a requerimento da parte, a cujo respeito a lei não estabelece outra forma.
e) Recebe a denominação de acórdão o julgamento proferido pelos tribunais, desde que jul-
guem o mérito da demanda e reformem a sentença.
a) Errada. Segundo o artigo 203, § 4º:
Os atos meramente ordinatórios, como a juntada e a vista obrigatória, independem de despacho, 
devendo ser praticados de ofício pelo servidor e revistos pelo juiz quando necessário.
b) Certa. A assertiva harmoniza-se com o artigo 203, § 4, acima transcrito.
c) Errada. A assertiva contraria o disposto no artigo 203 do CPC. Vejamos o preceptivo:
Os pronunciamentos do juiz consistirão em sentenças, decisões interlocutórias e despachos. § 1º 
Ressalvadas as disposições expressas dos procedimentos especiais, sentença é o pronunciamento 
por meio do qual o juiz, com fundamento nos arts. 485 e 487, põe fim à fase cognitiva do procedi-
mento comum, bem como extingue a execução. § 2º Decisão interlocutória é todo pronunciamento 
judicial de natureza decisória que não se enquadre no § 1º. (Grifo nosso)
d) Errada. Vimos a definição de decisão interlocutória acima.
e) Errada. Segundo o artigo 204 do CPC, “Acórdão é o julgamento colegiado proferido pelos 
tribunais”.
Letra b.
Dos Atos Do escrivão ou Do cheFe De secretAriA
Prezado(a), comentarei acerca desse importante serventuário da justiça, cujos atos pro-
cessuais consistem em receber a petição inicial, autuar (“montar” os autos) com menção ao 
juízo e à natureza do processo, bem como o número do registro, qualificar as partes (dados 
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Dos Atos Processuais
DIREITO PROCESSUAL CIVIL
Anderson Ferreira
que as individualizem autor e réu, como, por exemplo, consignar seus nomes) anexar os volu-
mes dos autos, quando excederem o número de páginas possíveis para um volume.
Além do exposto, compete a esse insigne auxiliar da justiça realizar juntada de documen-
tos (acostar aos autos algum documento), franquear vistas do processo às partes e procura-
dores, rubricar e numerar as páginas do processo e assiná-las, ressalvar (retificar) a existência 
de rasuras ou erros materiais e certificar (expedir certidão por meio da qual se comunica com 
o Magistrado acerca de ocorrências havidas no processo, como, por exemplo, quando as pes-
soas intervenientes no ato não puderem assinar documentos).
O Escrivão ou chefe de secretaria não deve admitir atos ou termos processuais com espa-
ços em branco (salvo quando inutilizados, a fim de evitar inclusões posteriores indevidas) ou 
rasura (haja vista que essas situações podem comprometer a validade do ato), bem como en-
trelinhas ou emendas, exceto quando ressalvadas (retificadas com assinatura do serventuário).
003. (VUNESP/TJ-SP/TÉCNICO JUDICIÁRIO/2006/ADAPTADA) Leia os itens a seguir.
I – Ao receber a petição inicial, o escrivão a autuará, mencionando o juízo, a natureza do feito, 
o número de seu registro, os nomes das partes e a data do seu início.
II – O escrivão numerará e rubricará todas as folhas dos autos, procedendo da mesma forma 
quanto aos suplementares.
Item I: certo. Segundo o artigo 206 do Novo Código de Processo Civil (NCPC):
Ao receber a petição inicial de processo, o escrivão ou o chefe de secretaria a autuará, mencionando 
o juízo, a natureza do processo, o número de seu registro, os nomes das partes e a data de seu início, 
e procederá do mesmo modo em relação aos volumes em formação.
Item II: certo. Segundo o artigo 207 do NCPC: “O escrivão ou o chefe de secretaria numerará e 
rubricará todas as folhas dos autos”. Olha, vou dizer uma coisa para você, eu sou Escrivão de 
Polícia no Distrito Federal e pense em algo que eu já fiz demais! Rubricar! Hoje menos em razão 
do Processo Judicial Eletrônico (PJE).
Mesmo com o advento do Processo Judicial Eletrônico, de acordo com o artigo 210 do Código 
de Processo Civil, é permitido o uso da taquigrafia, da estenotipia (métodos utilizados para 
aumentar a velocidade da escrita) ou outro método idôneo em qualquer juízo ou Tribunal.
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Dos Atos Processuais
DIREITO PROCESSUAL CIVIL
Anderson Ferreira
Do temPo e Do lugAr Dos Atos ProcessuAis
Do temPo
Tratarei acerca do tempo, amigo(a), aquele que não para, aquele que voa, aquele que não 
volta... Portanto, aproveite esse precioso ativo! Bem, sem divagações, quando falo de tempo 
para os atos do processo, refiro-me ao momento de realização dos atos processuais e chamo 
a sua atenção para o fato de que a prática dos atos do processo será realizada em DIAS ÚTEIS 
(essa foi uma importante alteração trazida pela legislação de 2015), no período compreendido 
entre 6 (seis) horas e 20 (vinte) horas.
Os atos processuais, em regra, serão realizados em dias úteis das 6 às 20 horas.
No entanto, essa regra pode ser flexibilizada em alguns atos, os quais poderão ser conclu-
ídos após as 20 (vinte) horas, uma vez iniciados antes das vinte badaladas noturnas. Isso é 
possível quando o adiamento da realização do ato, depois do horário citado, puder prejudicar a 
diligência ou causar grave dano.
Art. 212. Os atos processuais serão realizados em dias úteis, das 6 (seis) às 20 (vinte) horas.
§ 1º Serão concluídos após as 20 (vinte) horas os atos iniciados antes, quando o adiamento preju-
dicar a diligência ou causar grave dano.
É isso, algumas diligências determinadas pelo Magistrado deverão ser realizadas depois 
das vinte horas, como, por exemplo, uma audiência de instrução e julgamento mais complexa, 
na qual um depoimento é mais extenso e a oitiva foi iniciada às 18 horas, porém não acabou às 
20 horas. Sendo assim, para não interromper o depoente e ser necessário marcar uma nova ou-
vida, estende-se a instrução até as 20h30 para não prejudicar a linha de raciocínio já iniciada.
No que se refere às citações, intimações e penhoras, esses atos poderão ser realizados 
durante as férias forenses, nos Tribunais onde elas ocorrerem, feriados ou dias úteis, mesmo 
que em horário diverso dos elencados no artigo 212 do Código, qual seja: das 6 horas às 20 
horas. Porém, há de ser respeitado o artigo 5º, inciso XI da Carta Fundante, o qual versa sobre 
a inviolabilidade de domicílio e elenca as hipóteses autorizadoras do ingresso na casa de ou-
trem, cujo estudo é mais aprofundado nas lições de Direito Constitucional e Penal.
Art. 5º (...)
XI – a casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém nela podendo penetrar sem consentimento do 
morador, salvo em caso de flagrante delito ou desastre, ou para prestar socorro, ou, durante o dia, 
por determinação judicial;
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Dos Atos Processuais
DIREITO PROCESSUAL CIVIL
Anderson Ferreira
Conforme o teor do § 2º do artigo 212, as citações, intimações e penhoras poderão ser reali-
zadas no período de férias forenses, nos feriados ou em dias úteis, até fora do horário estabe-
lecido no artigo mencionado (6 às 20 horas), desde que respeitado o inciso XI da Constituição.
§ 2º Independentemente de autorização judicial, as citações, intimações e penhoras poderão rea-
lizar-se no período de férias forenses, onde as houver, e nos feriados ou dias úteis fora do horário 
estabelecido neste artigo, observado o disposto no art. 5º, inciso XI, da Constituição Federal.
Bem, como dito linhas acima, vivemos na época dos processos judiciais eletrônicos e as 
práticas relativas a processos com esse formato podem ocorrer em qualquer horário até as 
24 (vinte e quatro horas) do último dia do prazo estabelecido. Veja, o artigo 213 afirma que: 
“A prática eletrônica de ato processual pode ocorrer em qualquer horário até as 24 (vinte e 
quatro) horas do último dia do prazo.”
Veja, ilustre leitor(a), os atos processuais não serão realizados durante as férias forenses, 
nos Tribunais onde elas ocorrerem, e feriados. Essa é a regra, que é flexibilizada pela Lei n. 
13.105 de 2015.
Vixe, professor! Então existem exceções?
Sim! Alguns atos podem ser praticados nos tempos acima mencionados e até já vimos al-
guns, mas vamos organizar melhor as ideias. Podem ser praticados durante as férias forenses 
(nem todos os Tribunais possuem esse período) e feriados:
• Citações, intimações e penhoras (já citados em parágrafo acima).
• Em casos de tutela de urgência (até porque o nome já nos diz que não dá para esperar, 
como no caso de uma internação para salvar a vida de um paciente infartado).
Alguns procedimentos também serão processados em férias forenses como em situações 
de procedimentos de jurisdição voluntária e os necessários à conservação de direitos, pro-
cessos relativos à ação de alimentos e remoção de tutores e curadores, além de processos 
sobre os quais a lei determinar processamento nos períodos acima descrito.
Art. 215. Processam-se durante as férias forenses, onde as houver, e não se suspendem pela su-
perveniência delas:
I – os procedimentos de jurisdição voluntária e os necessários à conservação de direitos, quando 
puderem ser prejudicados pelo adiamento;
II – a ação de alimentos e os processos de nomeação ou remoção de tutor e curador;
III – os processos que a lei determinar.
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DIREITO PROCESSUAL CIVIL
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Art. 216. Além dos declarados em lei, são feriados, para efeito forense, os sábados, os domingos 
e os dias em que não haja expediente forense.
Observe que sábados, domingos e dias nos quais não haja expediente forense serão con-
siderados feriados.
Dos PrAzos DilAtórios e PeremPtórios
Os prazos peremptórios são os que não podem ser modificados pelas partes (são cogen-
tes) e os dilatórios são os passíveis de alteração em razão de convenção das partes, requerida 
antes do vencimento do lapso temporal estabelecido com estribo em motivo razoável. Agora, 
cumpre destacar que essa classificação quanto aos prazos, em verdade, possui pouca relevân-
cia com o advento da Lei n. 13.015 de 2015, pois, como dito em linhas anteriores, o NCPC, por 
meio dos artigos 190 e 191, estabelece a possibilidade de as partes estabelecerem mudanças 
no procedimento, a fim de ajustá-los às especificidades da causa, além de possibilitar a fixa-
ção de calendário para a prática de atos processuais.
Art. 190. Versando o processo sobre direitos que admitam autocomposição, é lícito às partes ple-
namente capazes estipular mudanças no procedimento para ajustá-lo às especificidades da causa 
e convencionar sobre os seus ônus, poderes, faculdades e deveres processuais, antes ou durante 
o processo.
Parágrafo único. De ofício ou a requerimento, o juiz controlará a validade das convenções previstas 
neste artigo, recusando-lhes aplicação somente nos casos de nulidade ou de inserção abusiva em 
contrato de adesão ou em que alguma parte se encontre em manifesta situação de vulnerabilidade.
Art. 191. De comum acordo, o juiz e as partes podem fixar calendário para a prática dos atos pro-
cessuais, quando for o caso.
§ 1º O calendário vincula as partes e o juiz, e os prazos nele previstos somente serão modificados 
em casos excepcionais, devidamente justificados.
§ 2º Dispensa-se a intimação das partes para a prática de ato processual ou a realização de audi-
ência cujas datas tiverem sido designadas no calendário.
(...)
Art. 222 (...)
§ 1º Ao juiz é vedado reduzir prazos peremptórios sem anuência das partes.
004. (VUNESP/PREFEITURA DE ARUJÁ-SP/ADVOGADO/2019) Quanto aos atos e fatos pro-
cessuais, pode-se afirmar que
a) os pronunciamentos do juiz consistem em sentenças, despachos, decisões interlocutórias 
e atos ordinatórios.
b) após o advento do processo eletrônico, é defeso utilizar taquigrafia ou estenotipia para o 
registro de atos processuais.
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c) os atos processuais serão realizados em dias úteis das 8 (oito) às 20 (vinte) horas.
d) a prática eletrônica de ato processual pode ocorrer em qualquer horário até às 20 (vinte) 
horas do último dia do prazo.
e) independentemente de autorização judicial, as penhoras poderão ser realizadas em período 
de férias forenses.
a) Errada. Segundo o artigo 203 do CPC de 2015: “Os pronunciamentos do juiz consistirão em 
sentenças, decisões interlocutórias e despachos”.
b) Errada. Antes de mais nada, devemos ter em mente que defeso significa proibido. Com isso 
compreendido, tem-se que, segundo o artigo 210 do CPC de 2015: “É lícito o uso da taquigrafia, 
da estenotipia ou de outro método idôneo em qualquer juízo ou tribunal”.
c) Errada. Segundo o artigo 212 do CPC de 2015: “Os atos processuais serão realizados em 
dias úteis, das 6 (seis) às 20 (vinte) horas”.
d) Errada. Segundo o artigo 213 do CPC de 2015: “A prática eletrônica de ato processual pode 
ocorrer em qualquer horário até as 24 (vinte e quatro) horas do último dia do prazo”.
e) Certa. Aí sim! Segundo o artigo 212, § 2º do CPC de 2015:
Independentemente de autorização judicial, as citações, intimações e penhoras poderão realizar-se 
no período de férias forenses, onde as houver, e nos feriados ou dias úteis fora do horário estabele-
cido neste artigo, observado o disposto no art. 5º, inciso XI, da Constituição Federal.
Letra e.
Do lugAr Dos Atos ProcessuAis
Os atos processuais se realizarão de forma ordinária (comum), na sede do juízo onde há a 
marcha processual e de forma extraordinária ou excepcional, como estabelece a Lei de Ritos, 
em outro lugar em razão do interesse da justiça, natureza do ato ou obstáculo arguido pelo 
interessado e acolhido pelo Juiz, conforme estabelece o artigo 217 da legislação processual.
Art. 217. Os atos processuais realizar-se-ão ordinariamente na sede do juízo, ou, excepcional-
mente,em outro lugar em razão de deferência, de interesse da justiça, da natureza do ato ou de 
obstáculo arguido pelo interessado e acolhido pelo juiz.
Bem, com base no foi exposto, normalmente os atos são praticados no Tribunal onde o 
processo tramita. Então, lá ocorrem as audiências de instrução e julgamento com oitivas de 
testemunhas, dentre outros. Porém, há casos em que uma testemunha mora em outra comar-
ca e, assim sendo, o Magistrado deverá ouvi-la por carta Precatória, ou seja, o Juiz de outra 
localidade procede à ouvida e remete os termos para o Julgador deprecante. Para além do 
exposto, o Magistrado pode realizar uma inspeção judicial (isto é, ir até o local para alguma 
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diligência) ou ele poderá proceder à oitiva de uma testemunha que não pode se deslocar fora 
da sede do juízo.
005. (VUNESP/SAAE DE BARRETOS-SP/ADVOGADO/2018) Conforme o Código de Proces-
so Civil vigente, é correto afirmar, sobre os atos processuais, que
a) o direito de consultar os autos de processo que tramite em segredo de justiça e de pedir 
certidões de seus atos é restrito e exclusivo aos procuradores das partes.
b) tramitam em segredo de justiça os processos em que constem dados protegidos pelo direi-
to constitucional à propriedade.
c) quando o ato tiver de ser praticado por meio de petição em autos não eletrônicos, essa de-
verá ser protocolada no horário de funcionamento do fórum ou tribunal, conforme o disposto 
na lei de organização judiciária local.
d) é preferencial o uso da língua portuguesa, sendo admitida a juntada de documento redigido 
em língua estrangeira, por pedido justificado de forma fundamentada pela parte.
e) serão realizados em dias úteis, das 6 (seis) às 19 (dezenove) horas.
a) Errada. Segundo o artigo 189, §§ 1º e 2º:
§ 1º O direito de consultar os autos de processo que tramite em segredo de justiça e de pedir certi-
dões de seus atos é restrito às partes e aos seus procuradores.
§ 2º O terceiro que demonstrar interesse jurídico pode requerer ao juiz certidão do dispositivo da 
sentença, bem como de inventário e de partilha resultantes de divórcio ou separação.
b) Errada. Opa! A Lei fala em intimidade e não em propriedade. Veja: Art. 189 (...) III – em que 
constem dados protegidos pelo direito constitucional à intimidade.
c) Certa. Segundo o artigo 212, § 3º:
Quando o ato tiver de ser praticado por meio de petição em autos não eletrônicos, essa deverá ser 
protocolada no horário de funcionamento do fórum ou tribunal, conforme o disposto na lei de orga-
nização judiciária local.
d) Errada. Segundo o artigo 192 do CPC de 2015: “Em todos os atos e termos do processo é 
obrigatório o uso da língua portuguesa”.
e) Errada. Os atos processuais serão realizados em dias úteis das 06 (seis) às 20 (vinte) horas 
(art. 212).
Letra c.
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Dos PrAzos ProcessuAis
Bem, estudaremos, doravante, os prazos processuais, isto é, o lapso temporal, o espaço de 
tempo destinado à prática de algum ato do processo, como, a título ilustrativo, os 15 (quinze) 
dias para contestar os argumentos aduzidos na petição inicial.
Os prazos para os atos processuais podem ser:
• Legais: estabelecidos por lei, como o prazo de 15 dias para interpor recurso de apelação 
da sentença.
Art. 218: Os atos processuais serão realizados nos prazos prescritos em lei.
• Judiciais: estabelecidos pelo Juiz em casos de omissão do prazo. Nessas situações, o 
Magistrado poderá, com base na complexidade do ato, determinar o lapso temporal para 
a prática dele.
§ 1º Quando a lei for omissa, o juiz determinará os prazos em consideração à complexidade do ato.
Contudo, há situações nas quais nem a lei, nem o Juiz estabelecem prazos no que se refere 
às intimações ou à prática de atos processuais.
E aí? Como fazer em casos como esses?
Bem, em situações nas quais houver omissões, a Lei de Ritos dirime a questão da se-
guinte forma:
• Omissões relativas aos prazos das intimações: obrigarão o comparecimento do intima-
do após decorridas 48 (quarenta e oito horas), as quais não se confundem com dois 
dias!
• Omissões relativas à prática de algum ato processual: segue-se um prazo de 5 (dias) 
para a prática do ato.
§ 2º Quando a lei ou o juiz não determinar prazo, as intimações somente obrigarão a compareci-
mento após decorridas 48 (quarenta e oito) horas.
§3º Inexistindo preceito legal ou prazo determinado pelo juiz, será de 5 (cinco) dias o prazo para a 
prática de ato processual a cargo da parte.
Caso haja omissão relativa à prática de algum ato processual, segue-se o prazo de 5 dias!
Veja, os atos processuais deverão ser praticados no prazo a eles conferidos, seja esta-
belecido por lei ou pelo Juiz. Quando um ato é praticado dentro do interregno temporal a ele 
destinado, diz-se que ele foi tempestivo. Por outro lado, se o ato é praticado fora do prazo, ele 
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será considerado intempestivo e acarretará ônus processual, tal como a impossibilidade de 
recorrer de decisão judicial.
Muitas vezes, no cenário processual, ocorre de um ato não ser praticado no prazo confe-
rido a ele, isto é, prazo transcorre in albis (em branco), o que gera um prejuízo àquele que se 
quedou inerte.
E se o ato for praticado antes do prazo?
A título de exemplo, o ato será considerado tempestivo, portanto, dentro do prazo, o recur-
so interposto antes de iniciada sua contagem.
Querido(a), o Código de 1973 estabelecia que, se o ato fosse praticado antes do prazo a ele 
conferido, seria considerado intempestivo.
Ato praticado antes do início -----------------------------------fim
Prazo de 15 dias
Com base no esquema acima, pelo Código de Buzaid, de 1973, o ato seria considerado 
intempestivo.
Contudo, o Novo Código de 2015 estabelece, por meio do § 4 do artigo 218, que o ato pra-
ticado antes do prazo estabelecido será considerado tempestivo.
Ato praticado início-----------------------------------fim
Prazo de 15 dias
Com base no esquema acima o ato será válido, tempestivo. Veja como a Lei de Ritos trata 
o assunto acima.
§ 4º Será considerado tempestivo o ato praticado antes do termo inicial do prazo.
No que concerne ao assunto ora tratado, uma das grandes conquistas para os advogados 
se refere à contagem dos prazos em dias úteis. Conforme escrito acima, não são considerados 
dias úteis os feriados, os sábados e os domingos. Então, agora é possível aos patronos das 
causas terem um final de semana ou outro, porque os dias corridos, muitas vezes, dificultavam 
o churrasco do domingo (rs).
Art. 219: Na contagem de prazo em dias, estabelecido por lei ou pelo juiz, computar-se-ão somen-
te os dias úteis.
Parágrafo único: “O disposto neste artigo aplica-se somente aos prazos processuais.”
Perceba que o dispositivo supracitado estabelece uma regra aplicável apenas aos prazos 
processuais.O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para girlayn Jorge - 04579438400, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
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Além disso, os prazos serão suspensos no período entre o dia 20 de dezembro e 20 de 
janeiro, são as chamadas “férias do advogado”. Nesse período, não podem ocorrer audiências 
ou sessões de julgamento, afinal, se pudesse, as atividades seguiriam normalmente.
Quando falo de suspensão, refiro-me à paralisação do prazo, é como se o tempo para prá-
tica de atitude processual ficasse “congelado” e voltasse à contagem de onde parou. Então, se 
um recurso de apelação, cujo prazo para interposição é de 15 (quinze) dias, não foi interposto 
após o transcurso de 10 (dez) dias e sobreveio o recesso, após o período mencionado, ele terá 
5 (cinco) dias para a prática do ato, sob pena de intempestividade recursal.
Art. 220. Suspende-se o curso do prazo processual nos dias compreendidos entre 20 de dezembro 
e 20 de janeiro, inclusive.
§ 1º Ressalvadas as férias individuais e os feriados instituídos por lei, os juízes, os membros do Mi-
nistério Público, da Defensoria Pública e da Advocacia Pública e os auxiliares da Justiça exercerão 
suas atribuições durante o período previsto no caput.
Aproveito o “embalo” para evidenciar que, quando o Judiciário promover períodos destina-
dos à autocomposição (altamente recomendada pelo atual panorama processual), os prazos 
serão suspensos.
Chamo sua atenção para o fato de a Lei de Ritos permitir ao Juiz prorrogar (dilatar) prazos. 
Isso demonstra o poder atribuído ao Magistrado diante de situações práticas. Contudo, não é 
permitido aos Juízes reduzir os prazos peremptórios (estabelecido por lei) sem a anuência da 
parte, ou seja, o Julgador só pode reduzir os prazos mencionados se as partes concordarem. 
Além disso, o Código estabelece que, em comarcas onde for difícil o transporte, o Juiz poderá 
prorrogar os prazos por até 2 (dois) meses. Esse prazo poderá ser prorrogado em caso de ca-
lamidade pública.
Art. 222. Na comarca, seção ou subseção judiciária onde for difícil o transporte, o juiz poderá pror-
rogar os prazos por até 2 (dois) meses.
§ 1º Ao juiz é vedado reduzir prazos peremptórios sem anuência das partes.
§ 2º Havendo calamidade pública, o limite previsto no caput para prorrogação de prazos poderá ser 
excedido.
O Juiz pode dilatar os prazos processuais, porém a ele é vedado reduzir prazos peremptórios, 
sem a anuência das partes!
Em regra, se os atos não forem praticados em momento oportuno, não poderão mais sê-lo. 
Entretanto, existem situações nas quais há justo motivo para a inação, isto é, circunstâncias 
alheias à vontade da parte ou do advogado que inviabilizaram o ato, como, à guisa de exemplo, 
um ato não praticado em razão de um acidente grave que a parte sofreu enquanto se desloca-
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va ao Fórum. Então, em situações como essas, se ficar comprovada a justa causa (pela parte 
que a alega), o Magistrado pode permitir a prática do ato no prazo por ele determinado.
Querido(a), falei, até agora, acerca dos prazos processuais e assinalo a importância de 
observá-los com muito cuidado, haja vista que a perda deles pode significar sucumbência 
na demanda.
Ok! Mas como se dá a contagem dos prazos?
Bem, os prazos processuais serão contados da seguinte forma: exclui-se o dia do início e 
inclui-se o dia do fim.
Então, se Bill fora citado no dia 15/05/2018 pelo oficial de justiça (dia do susto!), o qual jun-
tou o mandado de citação nos autos na mesma data, o prazo começará a correr em 16/05/2018. 
Ele terá 15 (quinze) dias para contestar, ou seja, o prazo final ocorrerá no dia 06/06/2018. Opa! 
Professor, contei nos dedos aqui (até os dos pés!) e percebi que deram mais de 15 dias! Por 
isso que você cursou Direito e não Matemática?
Calma! É bem verdade que estou há anos luz de ser um Pitágoras, mas, nesse caso, não foi 
erro, não! Perceba que o mês de maio possui sábados e domingos (os quais não são computa-
dos) e dia 31 de maio é feriado, motivo pelo qual esse dia também não é computado.
Art. 224. Salvo disposição em contrário, os prazos serão contados excluindo o dia do começo e 
incluindo o dia do vencimento.
§ 1º Os dias do começo e do vencimento do prazo serão protraídos para o primeiro dia útil seguin-
te, se coincidirem com dia em que o expediente forense for encerrado antes ou iniciado depois da 
hora normal ou houver indisponibilidade da comunicação eletrônica.
§ 2º Considera-se como data de publicação o primeiro dia útil seguinte ao da disponibilização da 
informação no Diário da Justiça eletrônico.
§ 3º A contagem do prazo terá início no primeiro dia útil que seguir ao da publicação.
Quanto aos processos eletrônicos, é importante salientar que a contagem de prazos se dá 
da seguinte forma: haverá a publicação do ato e, no primeiro dia útil subsequente, inicia-se a 
contagem do prazo.
Ademais, quando o processo envolver litisconsortes (pluralidade de partes no processo, 
seja no polo ativo, passivo ou em ambos os polos da relação jurídica processual), com diferen-
tes procuradores de escritórios distintos, o prazo será contado em dobro para as manifesta-
ções processuais. Essa hipótese não é aplicada aos processos eletrônicos, até porque a ideia 
é a de que, para efetivar o direito à ampla defesa, as partes e os procuradores devem ter acesso 
aos autos, os quais, muitas vezes, não estão no tribunal, porquanto uma das partes fez carga 
do processo. Bem, essa problemática não ocorre nos Processos Judiciais Eletrônicos, haja 
vista eles estarem disponíveis aos litisconsortes por meio da rede mundial de computadores.
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Os prazos do Ministério Público da Defensoria Pública e Advocacia Pública também são 
contados em dobro e serão contados da citação, intimação ou da notificação.
Veja que interessante:
Conforme o § 1º do artigo 229, “cessa a contagem do prazo em dobro acaso existam, 
apenas, dois réus e somente um deles ofereça defesa.”
Segundo o artigo 183 do Código de Processo Civil de 2015, “a Defensoria Pública gozará de 
prazo em dobro para todas as suas manifestações processuais.”
Bem, a Lei de Ritos estabelece o momento no qual se deve considerar o início dos pra-
zos, salvo se houver disposição em sentido contrário. Vejamos abaixo como o Código inicia 
a contagem:
• Quando a intimação for feita pelos correios, inicia-se o prazo na data da juntada do aviso 
de recebimento (AR) nos autos.
• Quando for feita por oficial de justiça, no dia da juntada do mandado cumprido.
• Na data de ocorrência da citação ou da intimação por escrivão ou chefe de secretaria.
• Quando a comunicação for feita por edital, no dia útil seguinte ao do prazo estabelecido 
pelo Magistrado.
• Quando a citação for por meio eletrônico, ela se dará no dia útil seguinte à consulta.
• Quando o ato de comunicação for feito por cartas (precatória, rogatória e de ordem), o 
prazo será contado da juntadada carta cumprida ou comunicação feita ao juiz depre-
cante por meio de comunicação eletrônica.
• Na data da publicação quando a intimação se der por meio do Diário da Justiça Eletrô-
nica.
• No dia da retirada dos autos do cartório (carga) do Tribunal.
Feitas essas considerações, é importante frisar que a Lei Instrumental estabelece que 
se houver mais de um intimado para prática de um ato, a contagem se dará individualmente 
para cada um.
Art. 231. Salvo disposição em sentido diverso, considera-se dia do começo do prazo:
I – a data de juntada aos autos do aviso de recebimento, quando a citação ou a intimação for pelo 
correio;
II – a data de juntada aos autos do mandado cumprido, quando a citação ou a intimação for por 
oficial de justiça;
III – a data de ocorrência da citação ou da intimação, quando ela se der por ato do escrivão ou do 
chefe de secretaria;
IV – o dia útil seguinte ao fim da dilação assinada pelo juiz, quando a citação ou a intimação for por 
edital;
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V – o dia útil seguinte à consulta ao teor da citação ou da intimação ou ao término do prazo para que 
a consulta se dê, quando a citação ou a intimação for eletrônica;
VI – a data de juntada do comunicado de que trata o art. 232 ou, não havendo esse, a data 
de juntada da carta aos autos de origem devidamente cumprida, quando a citação ou a intima-
ção se realizar em cumprimento de carta;
VII – a data de publicação, quando a intimação se der pelo Diário da Justiça impresso ou 
eletrônico;
VIII – o dia da carga, quando a intimação se der por meio da retirada dos autos, em carga, 
do cartório ou da secretaria.
Outra novidade trazida pela Lei n. 14.195 de 2021 diz respeito ao início do dia do começo do 
prazo no caso da citação realizada pela via eletrônica. Porém, esse assunto será verticalizado 
quando do examinarmos o artigo 246, algumas páginas abaixo, é logo ali. Por enquanto, ape-
nas vejamos o dispositivo com a inclusão feita pela legislação supracitada.
Art. 231. Salvo disposição em sentido diverso, considera-se dia do começo do prazo:
(...)
IX – o quinto dia útil seguinte à confirmação, na forma prevista na mensagem de citação, do recebi-
mento da citação realizada por meio eletrônico. (Incluído pela Lei n. 14.195, de 2021)
§ 1º Quando houver mais de um réu, o dia do começo do prazo para contestar corresponderá à últi-
ma das datas a que se referem os incisos I a VI do caput.
O parágrafo acima refere-se à existência de litisconsórcio passivo.
§ 2º Havendo mais de um intimado, o prazo para cada um é contado individualmente.
§ 3º Quando o ato tiver de ser praticado diretamente pela parte ou por quem, de qualquer forma, par-
ticipe do processo, sem a intermediação de representante judicial, o dia do começo do prazo para 
cumprimento da determinação judicial corresponderá à data em que se der a comunicação.
§ 4º Aplica-se o disposto no inciso II do caput à citação com hora certa.
PrAzos coNFeriDos Ao Juiz
Linhas acima, comentei acerca das manifestações do Juiz na marcha processual. Todas 
elas estão lastreadas no poder geral de decisão atribuído ao Magistrado. Diante disso, o Julga-
dor terá os seguintes prazos relativos aos pronunciamentos:
• Despachos: devem ser proferidos em 5 (cinco) dias.
• Decisões Interlocutórias: devem ser proferidos em 10 (dez) dias.
• Sentença: devem ser proferidas em 30 (trinta) dias.
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Saliento que os prazos supratranscritos são impróprios, ou seja, embora devam ser respei-
tados, não acarretam consequência ao processo, caso não sejam cumpridos (até porque, nem 
sempre é possível a pronúncia do Julgador dentro do lapso temporal estabelecido em razão da 
falta de estrutura no próprio juízo onde o Magistrado atua). Entretanto, os aludidos lapsos só 
podem ser descumpridos se houver justo motivo, consoante trataremos mais à frente.
Art. 226. O juiz proferirá:
I – os despachos no prazo de 5 (cinco) dias;
II – as decisões interlocutórias no prazo de 10 (dez) dias;
III – as sentenças no prazo de 30 (trinta) dias.
006. (VUNESP/TJ-RS/TITULAR DE SERVIÇOS DE NOTAS E DE REGISTROS-PROVIMEN-
TO/2019/ADAPTADA) De acordo com o Código de Processo Civil, os atos processuais serão 
realizados nos prazos prescritos em lei. Sobre a matéria, assinale a alternativa correta.
O juiz proferirá os despachos no prazo de 5 (cinco) dias, as decisões interlocutórias no prazo 
de 10 (dez) dias e as sentenças no prazo de 20 (vinte) dias.
Segundo o artigo 226 da Lei n. 13.105 de 2015, o Juiz proferirá as sentenças no prazo de 30 
dias, despachos no prazo de 5 dias e decisões interlocutórias no prazo de 10 dias.
Errado.
DAs PeNAliDADes Aos serveNtuários
Amigo(a), caso os serventuários da justiça não observem as normas estabelecidas no Có-
digo, no que se refere aos prazos para fazer os autos conclusos, poderão sofrer penalidades, 
as quais serão verificadas pelo Juiz, inclusive com geração de processo administrativo.
As partes o Ministério Público e a Defensoria Pública podem representar contra o serventu-
ário. Além da responsabilidade atribuída aos serventuários da justiça, advogados respondem 
se não devolverem os autos no prazo de 3 (três) dias após intimados a restituí-los, com a con-
sequente perda do direito a vistas a eles fora do Cartório do tribunal, multa no valor de metade 
de um salário mínimo, sem embargo de Comunicação à Ordem dos Advogados, a fim de que 
sejam aplicadas as medidas cabíveis.
A mesma penalidade pecuniária evidenciada no parágrafo anterior será aplicada aos inte-
grantes do Ministério Público e aos integrantes da Defensoria Pública e da Advocacia Pública, 
além de o Juiz comunicar o fato ao órgão responsável para instauração de processo em des-
favor daquele que atuou no feito.
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Art. 234. Os advogados públicos ou privados, o defensor público e o membro do Ministério Público 
devem restituir os autos no prazo do ato a ser praticado.
§ 1º É lícito a qualquer interessado exigir os autos do advogado que exceder prazo legal.
§ 2º Se, intimado, o advogado não devolver os autos no prazo de 3 (três) dias, perderá o direito à vista 
fora de cartório e incorrerá em multa correspondente à metade do salário-mínimo.
§ 3º Verificada a falta, o juiz comunicará o fato à seção local da Ordem dos Advogados do Brasil para 
procedimento disciplinar e imposição de multa.
§ 4º Se a situação envolver membro do Ministério Público, da Defensoria Pública ou da Advocacia 
Pública, a multa, se for o caso, será aplicada ao agente público responsável pelo ato.
§ 5º Verificada a falta, o juiz comunicará o fato ao órgão competente responsável pela instauração 
de procedimento disciplinar contra o membro que atuou no feito.
Por fim, consigno que o Juiz também pode ser representadopela parte, Ministério Público 
e a Defensoria Pública, caso, de forma injustificada, exceda os prazos a ele conferidos.
Art. 235. Qualquer parte, o Ministério Público ou a Defensoria Pública poderá representar ao corre-
gedor do tribunal ou ao Conselho Nacional de Justiça contra juiz ou relator que injustificadamente 
exceder os prazos previstos em lei, regulamento ou regimento interno.
Então, embora os prazos do Magistrado sejam impróprios, se não houver motivo justifica-
do, ele poderá responder perante o Tribunal ou ao Conselho Nacional de Justiça. Caso a inércia 
seja mantida, os autos serão remetidos ao substituto legal do Julgador ou do Relator.
coNsequêNciAs DA PerDA De PrAzo
Caso ocorra a perda de um prazo processual, haverá a denominada preclusão, a qual se 
opera em virtude da perda de uma faculdade processual.
A preclusão pode ser classificada como:
• Temporal: opera-se quando o ato não ocorre no prazo estabelecido pela lei ou pelo Juiz.
• Consumativa: quando há um prazo para o ato, ele é realizado tempestivamente, contudo 
de forma incompleta. A título ilustrativo, ocorreria na situação em que se junta um docu-
mento importante ao julgamento da causa, quando, na verdade, deveriam ser juntados 
dois. Após a prática, o ato não poderá ser repetido ou, em um recurso interposto, o qual, 
mesmo manejado antes do prazo, não será possível aduzir novos argumentos ou mes-
mo novo recurso.
• Lógica: quando existem atos incompatíveis entre si. É o caso de dois amigos que se de-
sentenderam em razão de contrato de compra e venda e optam pela autocomposição, 
mas um deles, dois dias depois, acredita que fez um mau negócio e decide recorrer. A 
atitude é incompatível, não segue um raciocínio linear.
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Art. 223. Decorrido o prazo, extingue-se o direito de praticar ou de emendar o ato processual, inde-
pendentemente de declaração judicial, ficando assegurado, porém, à parte provar que não realizou 
por justa causa.
(FIQUE DE OLHO)
Veja, os atos do Juiz também se sujeitam a preclusão. Nesse sentido, há preclusão “pro judica-
to”, a qual se caracteriza pela impossibilidade de decidir, de novo, o que fora objeto de exame.
Para além do exposto, um ponto digno de nota refere-se ao teor do artigo 225 do Código de 
Processo Civil de 2015, o qual estabelece que a parte poderá renunciar ao prazo estabelecido 
exclusivamente em seu favor, desde que o faça de maneira expressa.
007. (VUNESP/IPREMM-SP/PROCURADOR JURÍDICO/2019) Os atos processuais serão rea-
lizados nos prazos previstos em lei. Sobre o tema, assinale a alternativa correta.
a) Quando a lei ou o juiz não determinar prazo, as intimações somente obrigarão a compareci-
mento após decorridos 5 (cinco) dias.
b) Será considerado intempestivo o ato praticado antes do termo inicial do prazo.
c) Cessa a contagem do prazo em dobro se, havendo apenas 2 (dois) réus, é oferecida defesa 
por apenas um deles.
d) A parte poderá renunciar ao prazo estabelecido exclusivamente em seu favor, de maneira 
expressa ou tácita.
e) Os prazos processuais ou materiais, estabelecidos por lei ou pelo juiz, computar-se-ão so-
mente em dias úteis.
a) Errada. Conforme a dicção do artigo 218, § 2º: “quando a lei ou o juiz não determinar prazo, as 
intimações somente obrigarão a comparecimento após decorridas 48 (quarenta e oito) horas”.
b) Errada. Conforme a dicção do artigo 218, § 4º: “Será considerado tempestivo o ato praticado 
antes do termo inicial do prazo”. Olha, eu tenho percebido que os examinadores gostam desse 
dispositivo aí.
c) Certa. A assertiva está em conformidade com o que estabelece o artigo 229, § 1º do 
CPC de 2015.
d) Errada. Conforme a dicção do artigo 225: “A parte poderá renunciar ao prazo estabelecido 
exclusivamente em seu favor, desde que o faça de maneira expressa”
e) Errada. Conforme a dicção do artigo 219:
Na contagem de prazo em dias, estabelecido por lei ou pelo juiz, computar-se-ão somente os dias 
úteis. Parágrafo único. O disposto neste artigo aplica-se somente aos prazos processuais.
Letra c.
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DA comuNicAção Dos Atos ProcessuAis
Estimado(a) leitor(a), as normas fundamentais, encartadas logo nos artigos introdutórios 
do Código de Processo, evidenciam-nos a aplicação do neoprocessualismo, ou seja, a nova 
perspectiva processual busca validade na Constituição de 1988, a qual franqueia a todos o 
direito à ampla defesa e contraditório.
Diante do raciocínio supracitado, alguém que tem, em seu desfavor, um processo, só terá 
condições de se defender, de forma ampla, se tiver ciência das ocorrências relativas à marcha 
processual. Sendo assim, no curso do processo, a parte, o executado ou o terceiro juridicamen-
te interessado deverão ser comunicados sobre os atos concernentes à demanda.
Nesse diapasão, os atos processuais serão cumpridos por ordem do Juiz e as comunica-
ções poderão ser feitas por cartas, quando os atos tiverem de ser praticados fora da comarca 
em que o Magistrado atua, por questões de competência.
As cartas podem ser:
• Rogatórias: são comunicações entre Estados dotados de Soberania, ou seja, entre a jus-
tiça brasileira e estrangeira. Essa comunicação tem amparo na cooperação internacio-
nal, porquanto, seja por tratado ou via diplomática, as Nações cooperam com a Justiça 
do outro país.
• Precatórias: são comunicações entre os Estados dotados de autonomia no Brasil. Es-
sas cartas fazem valer a cooperação nacional, por meio da qual Juízes e auxiliares da 
justiça cooperam para que a marcha processual em outra comarca seja exitosa. Ocorre 
em casos nos quais é necessário escutar uma testemunha que morava em uma locali-
dade e se mudou para outra, cuja competência territorial é atribuída a outro Juiz.
• De ordem: são comunicações entre Tribunais e Juízes a ele vinculados. A título ilustra-
tivo, seria o caso de o Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios valer-se do 
auxílio de um Magistrado o qual atua no Fórum de alguma cidade, para que prática do 
ato processual.
• Arbitral: são comunicações feitas pelos juízes arbitrais (atuantes em convenção das 
partes sobre direitos patrimoniais disponíveis) os quais solicitam que o Poder Judiciário 
determine o cumprimento ou pratique ato formulado por juízo arbitral, o que engloba a 
efetivação de tutela provisória.
Art. 237. Será expedida carta:
I – de ordem, pelo tribunal, na hipótese do § 2º do art. 236;
II – rogatória, para que órgão jurisdicional estrangeiro pratique ato de cooperação jurídica interna-
cional, relativo a processo em curso perante órgão jurisdicional brasileiro;
III – precatória, para que órgão jurisdicional brasileiro pratique ou determine o cumprimento, na 
área de sua competência territorial, de ato relativo a pedido de cooperação judiciária formulado por 
órgão jurisdicional de competência territorial diversa;
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IV – arbitral, para que órgão do Poder Judiciário pratique ou determine o cumprimento, na área de 
sua competência territorial, de ato objeto de pedido de cooperação judiciária formulado por juízo 
arbitral, inclusive os que importem efetivação de tutela provisória.
Parágrafo único. Se o ato relativo a processo em curso na justiça federal ou em tribunal superior 
houver de ser praticado em local onde não haja vara federal, a carta poderá ser dirigida ao juízo 
estadual da respectiva comarca.
Chamo a sua atenção no sentido de que, na era da informatização, a Lei de Ritos permite 
a prática de atos processuais por meio de videoconferência ou outro meio de comunicação 
tecnológica de transmissão de sons e imagens em tempo real.
008. (VUNESP/SERTPREV-SP/PROCURADOR JURÍDICO/2019) No que diz respeito à comu-
nicação dos atos processuais, será expedida carta
a) arbitral, para que órgão do Poder Judiciário pratique ou determine o cumprimento, na área 
de sua competência territorial, de ato objeto de pedido de cooperação judiciária formulado por 
juízo arbitral, inclusive os que importem efetivação de tutela provisória.
b) ao juízo federal da comarca mais próxima se o ato relativo a processo em curso na justiça 
federal ou em tribunal superior houver de ser praticado em local onde não haja vara federal.
c) de ordem, pelo juízo de primeiro grau, na hipótese de o tribunal expedir carta para juízo a ele 
vinculado, se o ato houver de se realizar fora dos limites territoriais do local de sua sede.
d) precatória para que órgão jurisdicional estrangeiro pratique ato de cooperação jurídica inter-
nacional, relativo a processo em curso perante órgão jurisdicional brasileiro.
e) rogatória para que órgão jurisdicional brasileiro pratique ou determine o cumprimento, na 
área de sua competência territorial, de ato relativo a pedido de cooperação judiciária formula-
do por órgão jurisdicional de competência territorial diversa.
a) Certa. A assertiva está em conformidade com o que estabelece o Segundo o artigo 237, IV 
do CPC de 2015.
b) Errada. Segundo o parágrafo único do artigo 237 do CPC de 2015:
Se o ato relativo a processo em curso na justiça federal ou em tribunal superior houver de ser prati-
cado em local onde não haja vara federal, a carta poderá ser dirigida ao juízo estadual da respectiva 
comarca.
c) Errada. Segundo o artigo 237, I do CPC de 2015: “Será expedida carta: I - de ordem, pelo tri-
bunal, na hipótese do § 2º do art. 236”.
d) Errada. Segundo o artigo 237, III do CPC de 2015:
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Será expedida carta: (...) III - precatória, para que órgão jurisdicional brasileiro pratique ou determine 
o cumprimento, na área de sua competência territorial, de ato relativo a pedido de cooperação judi-
ciária formulado por órgão jurisdicional de competência territorial diversa.
e) Errada. Segundo o artigo 237, II do CPC de 2015:
Art. 237. Será expedida carta: (...) II - rogatória, para que órgão jurisdicional estrangeiro pratique 
ato de cooperação jurídica internacional, relativo a processo em curso perante órgão jurisdicional 
brasileiro.
Letra a.
DA citAção
A citação é o ato que dá ciência e convoca o réu, executando ou terceiro juridicamente in-
teressado a integrar a relação jurídica processual. Lembra-se do desenho do desenho que fiz 
aula passada? Acerca da relação processual? Olha ele aí:
Juiz
Autor
Ué, professor! Faltou o réu, o demandado aí! Pois é, que bom que você sentiu falta, rs. Sem 
ele no polo passivo da demanda, isto é, se ele não integrar a lide, não há uma relação jurídica 
processual, no meu exemplo.
Então, para que haja validade no processo, é necessário que o réu, o demandado, seja ci-
tado para que integre a lide. Diante disso, a natureza jurídica (o que significa para o direito) da 
citação é de pressuposto de validade do processo, isto é, se não houver citação válida, haverá 
nulidade do processo, salvo se for o caso de improcedência liminar do pedido (prevista no arti-
go 332 do código) ou indeferimento da petição inicial (nas hipóteses do artigo 330 do diploma 
processual).
Art. 239. Para a validade do processo é indispensável a citação do réu ou do executado, ressalva-
das as hipóteses de indeferimento da petição inicial ou de improcedência liminar do pedido.
O PULO DO GATO
A citação do réu ou executado é indispensável para a validade do processo. Entretanto, o artigo 
239 do Código de Processo Civil prevê a dispensa em caso de indeferimento da petição inicial 
ou improcedência liminar do pedido!
Veja os artigos que se relacionam com o tema tratado, relativos ao indeferimento da petição 
inicial e improcedência liminar do pedido:
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DIREITO PROCESSUAL CIVIL
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Art. 330. A petição inicial será indeferida quando:
I – for inepta;
II – a parte for manifestamente ilegítima;
III – o autor carecer de interesse processual;
IV – não atendidas as prescrições dos arts. 106 e 321.
§ 1º Considera-se inepta a petição inicial quando:
I – lhe faltar pedido ou causa de pedir;
II – o pedido for indeterminado, ressalvadas as hipóteses legais em que se permite o pedido gené-
rico;
III – da narração dos fatos não decorrer logicamente a conclusão;
IV – contiver pedidos incompatíveis entre si.
(...)
Art. 332. Nas causas que dispensem a fase instrutória, o juiz, independentemente da citação do réu, 
julgará liminarmente improcedente o pedido que contrariar:
I – enunciado de súmula do Supremo Tribunal Federal ou do Superior Tribunal de Justiça;
II – acórdão proferido pelo Supremo Tribunal Federal ou pelo Superior Tribunal de Justiça em julga-
mento de recursos repetitivos;
III – entendimento firmado em incidente de resolução de demandas repetitivas ou de assunção de 
competência;
IV – enunciado de súmula de tribunal de justiça sobre direito local.
Bem, então, após a citação, nossa relação jurídica processual volta a ser da forma como 
era antes.
Juiz
Réu (demandado)Autor (demandante)
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Bem amigo(a) do Gran Cursos Online, diante das inovações trazidas com o advento da Lei n. 
14.195 de 2021, temos novas regras para citação, as quais se referem à forma para que seja 
realizado o ato citatório.
À luz do Código de Processo Civil, a citação pode ser definida como o ato por meio do qual são 
convocados o réu, executado ou interessado para integrar a relação processual. Vista essa 
definição, devemos mencionar que a Lei n. 14.195 de 2021 incluiu o parágrafo único ao artigo 
238 do CPC de 2015, cujo teor enuncia que a comunicação mencionada será efetivada em até 
45 dias a partir da propositura da ação.
Prositura

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