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SISTEMA DE ENSINO
DIREITO 
PROCESSUAL CIVIL
Atos Processuais
Livro Eletrônico
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Thiago Pivotto
Atos Processuais
DIREITO PROCESSUAL CIVIL
Sumário
Apresentação . ............................................................................................................................3
Atos Processuais, Vícios Processuais . ....................................................................................5
Da Forma dos Atos Processuais ..............................................................................................5
Do Tempo dos Atos Processuais . .......................................................................................... 16
Do Lugar dos Atos Processuais ............................................................................................. 18
Dos Prazos . .............................................................................................................................. 18
Da Comunicação dos Atos Processuais . ................................................................................37
Da Citação . ...............................................................................................................................38
Da Intimação . ......................................................................................................................... 60
Das Nulidades . ........................................................................................................................ 61
Da Distribuição e do Registro . ...............................................................................................65
Resumo . .................................................................................................................................. 69
Questões de Concurso . ...........................................................................................................76
Gabarito . ................................................................................................................................. 98
Gabarito Comentado . ............................................................................................................. 99
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Thiago Pivotto
Atos Processuais
DIREITO PROCESSUAL CIVIL
ApresentAção
Olá, tudo bem com você?
Vamos nos aventurar no maravilhoso mundo do Processo Civil, e terei a honra de auxiliar 
vocês nessa caminhada.
Eu sempre adotei, na minha trajetória de estudos, um material base com o qual eu pudes-
se contar e ler sempre antes de fazer as provas. Acredito que seja fundamental você ter suas 
anotações/cadernos e sempre poder revisá-los nas semanas que antecedem a prova.
DICA!
É fundamental você ter um caderno apenas. Uma fonte para 
cada matéria. Não faça a besteira de ter 3 ou 4 anotações es-
parsas da mesma matéria. Condensar tudo em um mesmo 
material é muito importante para fins de organização. Por 
isso, utilize este material em PDF e monte seus cadernos a 
partir deles. Ou, caso você já tenha seus cadernos, alimente-
-os com as informações que você verá aqui. O importante é 
você não ter uma pluralidade de materiais, porque se fizer isso 
você vai acabar se perdendo.
Minha trajetória de estudos começou em 2010 e, desde então, eu acompanho todas as 
notícias diárias que são publicadas no STF e no STJ, bem como todos os informativos sema-
nais dos dois Tribunais, sem perder nenhum.
O diferencial deste material, portanto, é justamente este: abordarei com vocês o conte-
údo básico de cada disciplina, mas irei aprofundar com a jurisprudência mais atual e mais 
diversificada sobre o assunto, além de trazer questões sobre as matérias. Focarei, portanto, 
nos temas que são mais cobrados nas questões de prova, para você não estudar temas que, 
estatisticamente, possuem baixa probabilidade de serem cobrados.
As provas, atualmente, cobram muita letra de lei, mas também muito entendimento juris-
prudencial. Por isso, eu acredito que, com esta leitura, você ficará preparado para alcançar seu 
objetivo no mundo dos concursos públicos, pois terá todo o conteúdo mais atualizado possível.
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Atos Processuais
DIREITO PROCESSUAL CIVIL
Com esse método, fui aprovado e exerci os cargos de Técnico Administrativo no MPU, 
Analista Judiciário no TJDFT, Juiz de Direito no TJMT e Juiz Federal no TRF1. Se eu consegui, 
você também consegue!
Boa leitura!
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Atos Processuais
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ATOS PROCESSUAIS, VÍCIOS PROCESSUAIS
Nesta aula, eu e você iremos trabalhar os artigos 188 ao 290 do nosso Código de Processo 
Civil. Fique tranquilo, porque, sempre que o artigo for muito importante, irei transcrevê-lo para 
você. Sempre que tiver algum julgado importante, eu também vou transcrever a ementa para 
que seu estudo fique dinâmico.
Olha que maravilha: não precisa abrir o Código nem os sites do STF e do STJ para este 
estudo. Basta ler com atenção que tudo estará aqui!
DA FormA Dos Atos processuAis
Os atos processuais são os meios pelos quais o processo tem andamento e a relação 
jurídica processual é desenvolvida.
O CPC tem como regra a liberdade da forma processual, exceto se a lei expressamente 
exigir alguma forma específica.
O art. 188 do CPC traz um dos princípios mais importantes no Processo Civil: o da ins-
trumentalidade das formas. Sempre que um ato desrespeitar determinada formalidade, ainda 
assim ele poderá ser considerado válido se a finalidade essencial dele for preenchida.
Art. 188. Os atos e os termos processuais independem de forma determinada, salvo quando a lei 
expressamente a exigir, considerando-se válidos os que, realizados de outro modo, lhe preencham 
a finalidade essencial.
Outra regra dos atos processuais é a sua publicidade, com exceção aos atos que tramitam 
pelo chamado segredo de justiça. O CPC traz um rol de hipóteses em que o segredo pode ser 
determinado:
Regra Publicidade
Exceções
(segredo de justiça)
Quando o exija o interesse público ou social;
Quando o processo tratar sobre casamento, separação de corpos, divórcio, separação, 
união estável, filiação, alimentos e guarda de crianças e adolescentes;
Quando no processo constar dados protegidos pelo direito constitucional à intimidade;
Quando o processo versar sobre arbitragem, inclusive sobre cumprimento de carta
arbitral, desde que a confidencialidade estipulada na arbitragem seja comprovada 
perante o juízo.
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Atos Processuais
DIREITO PROCESSUAL CIVIL
Se você determinar a quebra de sigilo fiscal da parte, por exemplo, e determinar a juntada 
da Declaração do IRPF nos autos, você deverá decretar o sigilo no processo.
Questão 1 (VUNESP/ADVOGADO/PREFEITURA DE POÁ-SP/2019) A publicidade dos atos 
processuais tem irrefutável relevância para o Estado Democrático de Direito, além de confi-
gurar garantia fundamental prevista na Constituição Federal. A respeito do tema, o Código de 
Processo Civil prevê que os atos processuais são públicos. Todavia, tramitam em segredo de 
justiça os processos
a) que versem sobre arbitragem, salvo no caso de cumprimento da carta arbitral.
b) em que o exija o interesse público ou social.
c) que versem sobre arbitragem, desde que a confidencialidade seja estipulada em instru-
mento público.
d) que versem sobre tributos e fiscalização.
e) que versem sobre filiação, desde que haja pedido das partes.
Letra b.
Questão literal e sem maiores problemas. A resposta é a letra “b”. Perceba como é importante 
ter o conteúdo legal em mente, além desaber o entendimento dos Tribunais sobre a matéria.
Não pode haver “pasta própria” para arquivar documentos de processos que corram em se-
gredo de justiça!
Essa prática era, de certa forma, comum no cotidiano, porque poupava o juiz de decretar o si-
gilo nos autos só por causa de um documento. Com a alocação do documento em uma “pasta 
própria” na secretaria e fora dos autos, o processo continuava seguindo sem o segredo de 
justiça, mas isso não é permitido pelo STJ.
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Julgado: STJ. REsp 1349363/SP. [...]. 3. Não há no código de processo civil nenhuma pre-
visão para que se crie “pasta própria” fora dos autos da execução fiscal para o arquiva-
mento de documentos submetidos a sigilo. Antes, nos casos em que o interesse público 
justificar, cabe ao magistrado limitar às partes o acesso aos autos passando o feito a 
tramitar em segredo de justiça, na forma do art. 155, I, do CPC. 4. As informações sigilo-
sas das partes devem ser juntadas aos autos do processo que correrá em segredo de jus-
tiça, não sendo admitido o arquivamento em apartado. Precedentes: AgRg na APn 573 / 
MS, Corte Especial, Rel. Min. Nancy Andrighi, julgado em 29.06.2010; REsp. n. 1.245.744 
/ SP, Segunda Turma, Rel. Min. Mauro Campbell Marques, julgado em 28.06.2011; REsp 
819455 / RS, Primeira Turma, Rel. Min. Teori Albino Zavascki, julgado em 17.02.2009. 5. 
Recurso especial parcialmente provido. Acórdão submetido ao regime do art. 543-C, do 
CPC, e da Resolução STJ n. 8/2008. (Rel. Ministro MAURO CAMPBELL MARQUES, PRI-
MEIRA SEÇÃO, julgado em 22/05/2013, DJe 31/05/2013).
Apesar da possibilidade de o processo tramitar em segredo de justiça, ainda assim algum ter-
ceiro pode requerer ao juiz a expedição de certidão do dispositivo da sentença, bem como de inven-
tário e de partilha resultantes de divórcio ou separação, mas desde que demonstre interesse jurídico, 
ou seja, não basta o mero requerimento!
Como regra, portanto, nesses processos, o direito de pedir certidões é restrito às partes e 
aos seus procuradores.
Questão 2 (CESPE/DEFENSOR PÚBLICO/DPE-DF/2019) A respeito da função jurisdicional, 
dos sujeitos do processo, dos atos processuais e da preclusão, julgue o item seguinte:
Contraria o ordenamento jurídico o juiz que negar a defensor público o fornecimento de cer-
tidão do dispositivo de sentença proferida em processo tramitado em segredo de justiça, sob 
o fundamento de ausência de interesse jurídico.
Errado.
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Não há contrariedade ao ordenamento jurídico se o juiz nega o fornecimento da certidão do 
dispositivo da sentença fundamentando essa decisão na ausência de interesse jurídico, pois, 
apenas mediante demonstração do interesse é que poderá haver expedição de certidão. 
Outras duas questões interessantes do CPC são a possibilidade de serem firmados negó-
cios jurídicos processuais e de fixarem calendário para a prática dos atos processuais. Sobre 
esses temas, é importante você saber que:
Os negócios jurídicos processuais referidos no art. 190 do CPC são os de natureza bila-
teral ou plurilateral, em que as partes firmam entre si determinado compromisso processual. 
Como exemplos, temos o saneamento compartilhado do art. 357, § 3º, do CPC ou mesmo a 
calendarização do procedimento do art. 191.
Esses negócios só podem ser firmados quando o direito admitir autocomposição e tam-
bém só por partes capazes. Apesar de ser um negócio entre as partes, o juiz pode controlar a 
validade das convenções estabelecidas, mas o controle prestigia a autonomia da vontade e 
só haverá recusa aos negócios quando houver casos de nulidade ou de inserção abusiva em 
contrato de adesão ou em que alguma parte se encontre em manifesta situação de vulnera-
bilidade.
O negócio jurídico processual não depende de homologação, porque, por uma declaração 
bilateral de vontade, há imediata constituição/modificação/extinção de direitos, na linha do 
que trata o art. 200 do CPC.
Além disso, é importante você saber o conteúdo de alguns Enunciados aprovados nas I e 
II Jornada de Direito Processual Civil sobre o tema. Por elas, cabe a celebração de negócios 
jurídicos no âmbito dos Juizados e também pela Fazenda Pública, por exemplo. Veja-os:
Enunciado 16, I Jornada de Direito Processual Civil – As disposições previstas nos 
arts. 190 e 191 do CPC poderão aplicar-se aos procedimentos previstos nas leis que 
tratam dos juizados especiais, desde que não ofendam os princípios e regras previstos 
nas Leis n. 9.099/1995, 10.259/2001 e 12.153/2009.
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Enunciado 17, I Jornada de Direito Processual Civil – A Fazenda Pública pode celebrar 
convenção processual, nos termos do art. 190 do CPC.
Enunciado 18, I Jornada de Direito Processual Civil – A convenção processual pode ser 
celebrada em pacto antenupcial ou em contrato de convivência, nos termos do art. 190 
do CPC.
O tema dos negócios jurídicos processuais tem bastante destaque em âmbito das Jor-
nadas. Na II Jornada, aliás, novamente houve mais debate sobre o assunto, com expressa 
menção ao fato de que a intervenção do MP não inviabiliza o negócio, bem como ao seu 
cabimento no âmbito de recuperação judicial e a possibilidade de entes despersonalizados 
celebrarem o negócio. Confira-os:
Enunciado 112, II Jornada de Direito Processual Civil
A intervenção do Ministério Público como fiscal da ordem jurídica não inviabiliza a cele-
bração de negócios processuais.
Enunciado 113, II Jornada de Direito Processual Civil
As disposições previstas nos arts. 190 e 191 do CPC poderão ser aplicadas ao procedi-
mento de recuperação judicial.
Enunciado 114, II Jornada de Direito Processual Civil
Os entes despersonalizados podem celebrar negócios jurídicos processuais.
Enunciado 115, II Jornada de Direito Processual Civil
O negócio jurídico processual somente se submeterá à homologação quando expressa-
mente exigido em norma jurídica, admitindo-se, em todo caso, o controle de validade da 
convenção.
Questão 3 (FUNDEP/DEFENSOR PÚBLICO/DPE-MG/2019) Acerca dos negócios jurídicos 
processuais, assinale a alternativa correta.
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a) Conforme expressa disposição legal, cabe ao juiz controlar a validade das convenções 
processuais, inclusive de ofício, recusando-lhes aplicação sempre que elas não atenderem às 
exigências do bem comum.
b) A partir da entrada em vigor do CPC de 2015, lei que encampou os princípios da boa-fé pro-
cessual e da cooperação, tornou-se possível a realização de negócios jurídicos processuais 
unilaterais e bilaterais.
c) A distribuição diversa do ônus da prova pode ocorrer por convenção das partes, desde que 
não torne excessivamente difícil a um dos litigantes o exercício do direito e seja celebrada no 
curso do processo.
d) A celebração de negócio processual por parte desprovida de assistência técnico-jurídica 
pode ensejar situação de vulnerabilidade e, consequentemente, levar à recusa de aplicação 
da convenção pelo julgador.
Letra d.
O gabarito é a letra “d”. Você aprendeu que quando houver uma situação de vulnerabilidade é 
possível que o juiz controle a validade da cláusula dos negócios jurídicos processuais. O erro 
da letra “a” é ampliar demais o controle judicial sobre as cláusulas. Na “b”, o equívoco é dizer 
que apenas com o NCPC houve a possibilidade de realização de negócios jurídicos proces-
suais,quando, na verdade, no CPC/73 já havia diversos exemplos, como a cláusula de eleição 
de foro ou mesmo a desistência do processo. Na “c”, o erro é afirmar que apenas no curso do 
processo é possível inverter o ônus da prova (vide art. 373, § 4º do CPC).
Questão 4 (FCC/DEFENSOR PÚBLICO/DPE-SP/2019) Os negócios processuais:
a) típicos são, por exemplo, a eleição do foro, a desistência da ação após a apresentação de 
resposta do réu, a distribuição convencional do ônus da prova e a calendarização do processo.
b) autorizam que as partes possam estabelecer consensualmente a proibição da intervenção 
de terceiro na condição de amicus curiae e do Ministério Público na condição de fiscal da or-
dem jurídica, a fim de assegurar a celeridade do processo.
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c) somente são permitidos caso o direito material em discussão naquele processo seja dis-
ponível, de maneira que são vedados quaisquer negócios processuais em processos que te-
nham por objeto algum direito substancial indisponível.
d) dependem somente da vontade das partes envolvidas, de modo que se mostra desneces-
sária a participação ou a homologação judicial das convenções processuais estabelecidas 
pela livre manifestação das partes.
e) são um instituto novo no sistema processual civil brasileiro, inaugurado com o advento 
do Código de Processo Civil de 2015, razão pela qual ainda pairam diversas controvérsias na 
doutrina e jurisprudência a seu respeito.
Letra a.
Na letra “b”, o equívoco é permitir que as partes, por negócio jurídico, limitem o exercício do 
direito de ação de terceiros.
Na letra “c”, o erro é que a indisponibilidade do direito material não impede, por si só, a cele-
bração de negócio jurídico processual.
Na “d”, o erro é dispensar a homologação judicial, o que é necessário a depender do negócio 
jurídico celebrado.
Na “e”, novamente o erro dizer que apenas com o NCPC houve a possibilidade de realização de 
negócios jurídicos processuais, quando, na verdade, no CPC/73 já havia diversos exemplos, 
como a cláusula de eleição de foro ou mesmo a desistência do processo.
Lembre-se de que a desistência da ação, apesar de ser uma declaração unilateral de vontade 
no processo, só produz efeitos após a homologação judicial. É exceção à regra do caput do 
art. 200!
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Art. 200. Os atos das partes consistentes em declarações unilaterais ou bilaterais de vontade pro-
duzem imediatamente a constituição, modificação ou extinção de direitos processuais.
Parágrafo único. A desistência da ação só produzirá efeitos após homologação judicial.
Como a produção de efeitos só ocorre com a homologação, cabe a retratação do pedido de 
desistência da ação!
Julgado: STJ. AgRg no MS 18.448/DF. PROCESSUAL CIVIL. MANDADO DE SEGURANÇA. 
RETRATAÇÃO DA DESISTÊNCIA AINDA NÃO HOMOLOGADA POR SENTENÇA. POSSIBI-
LIDADE. ANISTIA DE MILITAR. ANULAÇÃO. ILEGALIDADE. CONCESSÃO DE LIMINAR QUE 
SUSPENDE A INTERRUPÇÃO NO PAGAMENTO DO BENEFÍCIO, DADA A AUSÊNCIA, EM 
JUÍZO PROVISÓRIO, DE JUSTA CAUSA. 1. Em 3.5.2012, mesma data em que o pedido 
liminar foi deferido, o impetrante protocolou petição onde manifestou desistência da 
impetração. 2. Seis dias após, em 9.5.2012, aviou nova petição, na qual expressamente 
se retratou do anterior pedido. 3. Ao contrário das demais declarações unilaterais de 
vontade das partes, o artigo 158, parágrafo único, do CPC prescreve que a desistên-
cia da ação somente produz efeitos quando homologada por sentença. 4. Na circuns-
tância acima narrada, portanto, admite-se a retratação da desistência manifestada. 
[…]. (Rel. Ministro HERMAN BENJAMIN, PRIMEIRA SEÇÃO, julgado em 27/06/2012, DJe 
22/08/2012).
Desistência de recurso não precisa de homologação (produz efeitos imediatamente), basta 
um pronunciamento judicial declaratório dos efeitos já produzidos. Como produz efeitos ime-
diatos, há imediatamente o trânsito em julgado e a coisa julgada, impedindo a retratação da 
desistência recursal. A preclusão é outro fator impeditivo da retratação.
Art. 998. O recorrente poderá, a qualquer tempo, sem a anuência do recorrido ou dos litisconsortes, 
desistir do recurso.
Parágrafo único. A desistência do recurso não impede a análise de questão cuja repercussão geral 
já tenha sido reconhecida e daquela objeto de julgamento de recursos extraordinários ou especiais 
repetitivos.
Julgado: STJ. AgRg nos EDcl no REsp 1014200/SP. 1. A jurisprudência é pacífica no sen-
tido de que a desistência do recurso produz efeitos imediatos, tendo em vista que, nos 
termos do art. 501 do CPC, “o recorrente poderá, a qualquer tempo, sem a anuência do 
recorrido ou dos litisconsortes, desistir do recurso”. A produção dos efeitos prescinde, 
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inclusive, de homologação judicial, pois o atual Código de Processo Civil não exige essa 
providência (STF-RE 65.538/RJ, 1ª Turma, Rel. Min. Antônio Neder, DJ de 18.4.1975; REsp 
246.062/SP, 2ª Turma, Rel. Min. Franciulli Netto, DJ de 20.5.2004). 2. Assim, formulado de 
modo regular o pedido de desistência do recurso, e havendo a respectiva homologação, 
opera-se a preclusão, cujo principal efeito é o de ensejar o trânsito em julgado em relação 
à decisão recorrida, caso não haja outro recurso pendente de exame. No mesmo sentido: 
REsp 7.243/RJ, 1ª Turma, Rel. Min. Milton Luiz Pereira, DJ de 2.8.1993; AgRg no RCDESP 
no Ag 494.724/RS, 3ª Turma, Rel. Min. Nancy Andrighi, DJ de 10.11.2003. Na doutrina, 
o entendimento de José Carlos Barbosa Moreira. 3. Agravo regimental desprovido. (Rel. 
Ministra DENISE ARRUDA, PRIMEIRA TURMA, julgado em 07/10/2008, DJe 29/10/2008).
Sobre a calendarização, é importante você saber que há um acordo entre todos para a 
prática de atos processuais, inclusive o juiz, que fica vinculado também! Dispensa-se a inti-
mação das partes para a prática de ato processual ou a realização de audiência cujas datas 
tiverem sido designadas no calendário.
Por fim, os atos e termos do processo são todos em língua portuguesa. Documentos es-
trangeiros só podem ser juntados se forem traduzidos por via diplomática, autoridade central 
ou tradutor juramentado.
Questão 5 (CESPE/TITULAR DE SERVIÇOS DE NOTAS E DE REGISTROS/TJ-DFT/2019) 
Acerca de atos processuais, assinale a opção correta.
a) Embora o processo seja regido pelo princípio da instrumentalidade das formas, não é viá-
vel que depoimentos de testemunhas colhidos em audiência sejam registrados somente em 
sistema de gravação de áudio ou de vídeo, pois, para serem formalizados, devem ser devida-
mente transcritos.
b) É vedado o lançamento de cotas marginais e interlineares nos autos, e o descumprimento 
dessa determinação incorrerá na sujeição do infrator à aplicação de multa pela prática de ato 
atentatório à dignidade da justiça no importe de um a dois salários mínimos.
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c) De acordo com o Código de Processo Civil, o curso dos prazos processuais é suspenso 
entre os dias 20 de dezembro e 20 de janeiro; no entanto, juízes, promotores, defensores, 
procuradores federais e auxiliares da justiça exercerão atividades normalmente durante o 
referido período.
d) Durante o período de férias forenses aplicáveis aos tribunais superiores, suspende-se a prá-
tica de atos processuais, paralisando-se até mesmo os procedimentos de jurisdição voluntária 
e os processos de nomeação ouremoção de tutor ou curador.
e) Segundo o Código de Processo Civil, mesmo na hipótese de o juiz e as partes criarem um 
calendário processual, é essencial que haja a intimação das partes em relação aos atos pro-
cessuais a serem realizados.
Letra c.
Não há a exigência de transcrição de depoimentos, por isso a “a” está errada.
Na letra “b”, o erro é o valor da multa, que o Código estabelece em meio salário mínimo.
A letra “c” é a correta e é o gabarito, apesar de, na prática, não haver atividade propriamen-
te “normal”, mas sim em regime de plantão. Ainda assim, é o que dispõe o § 1º do art. 220 
do CPC.
Na “d”, o erro é a ressalva da paralisação de procedimentos de jurisdição voluntária e dos 
processos de nomeação ou remoção de tutor ou curador.
Você acabou de ver que quando houver uma calendarização processual há também a dispen-
sa das intimações das partes, por isso a letra “e” está errada.
Em um processo, o juiz de primeiro grau se pronuncia basicamente por três formas dife-
rentes: sentença, decisão interlocutória e despachos. A diferença entre elas pode ser vista no 
quadro abaixo. O CPC adota um conceito por exclusão, sendo o despacho o ato remanescente 
que não se configura nem como decisão ou como sentença.
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Sentença
Pronunciamento judicial pelo qual se põe fim à fase cognitiva do
procedimento comum (com base nos artigos 485 e 487), bem como extingue a 
execução.
Decisão interlocutória
Pronunciamento judicial de natureza decisória que não se configure como 
uma sentença.
Despacho
Todo pronunciamento judicial que não se configure como uma sentença ou 
uma decisão interlocutória.
Há também os atos ordinatórios, que não dependem de pronunciamento do juiz para se-
rem praticados. Portanto, o servidor pode realizá-los no processo. A mera juntada de uma 
petição ou a vista obrigatória são exemplos.
Em âmbito dos Tribunais, chama-se de acórdão o julgamento colegiado proferido. Nor-
malmente, há um relatório, seguido do voto do relator. Os demais julgadores proferem seus 
votos e, ao final, confecciona-se o acórdão, que é o julgamento pelo ponto de vista colegiado. 
A ementa é apenas um resumo do julgamento, que fica a cargo do relator ou do julgador que, 
ao suscitar divergência, formou corrente majoritária.
Questão 6 (VUNESP/ADVOGADO/PREFEITURA DE ARUJÁ-SP/2019) Quanto aos atos e fa-
tos processuais, pode-se afirmar que:
a) os pronunciamentos do juiz consistem em sentenças, despachos, decisões interlocutórias 
e atos ordinatórios.
b) após o advento do processo eletrônico, é defeso utilizar taquigrafia ou estenotipia para o 
registro de atos processuais.
c) os atos processuais serão realizados em dias úteis das 8 (oito) às 20 (vinte) horas.
d) a prática eletrônica de ato processual pode ocorrer em qualquer horário até às 20 (vinte) 
horas do último dia do prazo.
e) independentemente de autorização judicial, as penhoras poderão ser realizadas em perío-
do de férias forenses.
Letra e.
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Você acabou de aprender que atos ordinatórios são atos que não dependem de pronuncia-
mento do juiz e são praticados pelo servidor. Errada a letra “a”.
O CPC é expresso no sentido da possibilidade de uso da taquigrafia, da estenotipia ou de outro 
método idôneo em qualquer juízo ou tribunal. Vide o art. 210. Errada a letra “b”.
O erro da letra “d” é o prazo, que, conforme o Código, é de 6h às 20h.
A letra “e” é correta e é o gabarito.
Do tempo Dos Atos processuAis
Os atos processuais que vimos anteriormente são realizados em dias úteis, das 6h às 
20h. Nada impede que um determinado ato seja concluído posteriormente às 20h quando o 
adiamento prejudicar a diligência ou causar grave dano.
Independentemente de autorização judicial, as citações, intimações e penhoras poderão 
realizar-se no período de férias forenses, onde as houver, e nos feriados ou dias úteis fora do 
horário estabelecido no CPC.
Para os atos em processo eletrônico, há a previsão de sua prática em qualquer horário até 
as 24h do último dia do prazo.
Nas férias forenses e feriados não há a prática de atos processuais, salvo duas exceções: 
as tutelas de urgência e a hipótese acima tratada (quando o adiamento prejudicar a diligência 
ou causar grave dano).
Entende-se por feriados apenas aqueles previstos em lei, os sábados, domingos e os dias 
em que não haja expediente forense.
Há ainda situações em que, mesmo durante as férias forenses, não haverá a suspensão 
de determinados processos, que, segundo o CPC, são os seguintes: os procedimentos de ju-
risdição voluntária e os necessários à conservação de direitos, quando puderem ser prejudi-
cados pelo adiamento; a ação de alimentos e os processos de nomeação ou remoção de tutor 
e curador; os processos que a lei determinar.
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Questão 7 (VUNESP/PROCURADOR JURÍDICO/CÂMARA DE OLÍMPIA-SP/2018) No que diz 
respeito ao tempo e lugar dos atos processuais, é correto afirmar que
a) os atos processuais serão realizados em dias úteis, das 9 (nove) às 19 (dezenove) horas.
b) depende de autorização judicial a prática de citações, intimações e penhoras durante o 
período de férias forenses.
c) os atos processuais poderão ser excepcionalmente realizados fora da sede do juízo, dentre 
outras hipóteses, em razão da natureza do ato.
d) durante as férias forenses não se praticarão atos processuais relativos à tutela de urgência.
e) se suspendem durante as férias forenses os processos de nomeação ou remoção de tutor 
e curador.
Letra c.
A resposta é a letra “c”.
Você acabou de ler que o horário para realização dos atos processuais é de 6h às 20h, por-
tanto é errada a letra “a”.
Independentemente de autorização judicial, as citações, intimações e penhoras poderão re-
alizar-se no período de férias forenses, onde as houver, e nos feriados ou dias úteis fora do 
horário estabelecido no CPC, por isso é errada a letra “b”.
É possível a realização de atos processuais durante as férias forenses, tendo ocmo exemplo 
as tutelas de urgência, por isso a “d” é errada.
Não há a suspensão durante as férias forenses dos processos de nomeação ou remoção de 
tutor ou curador, como você acabou de aprender acima.
Questão 8 (QUADRIX/ANALISTA ADVOGADO/CREF13/2018) Com relação ao direito pro-
cessual civil, à advocacia pública e à forma dos atos processuais, julgue o item que se segue.
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Considere-se que Roberto, juiz de direito, tenha determinado a intimação de Rubens, réu em 
processo civil, para comparecer em juízo, mas não tenha estabelecido um prazo. Nesse caso, 
Rubens deverá atender ao comando judicial no prazo de 48 horas.
Certo.
Veja como esse tema cai bastante nas provas. É muito simples, mas infelizmente pode nos 
pegar de surpresa se não nos atentarmos aos prazos.
Do LugAr Dos Atos processuAis
A regra é que os atos sejam realizados na sede do juízo, e a exceção que permite a prática 
de atos em locais diversos é reservada para situações que o Código denomina de deferência, 
de interesse da justiça, da natureza do ato ou de obstáculo arguido pelo interessado e acolhi-
do pelo juiz.
Dos prAzos
Vamos ver os prazos para determinados atos quando os estudarmos especificamente. 
É importante você saber desde agora, contudo, que há situações em que não há um prazo 
determinado de forma específica em lei e, paraesses casos, há uma norma geral que prevê 
prazo para a prática do ato.
Quando a lei ou o juiz não determinar prazo, as intimações somente obrigarão a compare-
cimento após decorridas 48h. Inexistindo preceito legal ou prazo determinado pelo juiz, será 
de 5 dias o prazo para a prática de ato processual a cargo da parte.
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Questão 9 (CEV-URCA/ADVOGADO/PREFEITURA DE MAURITI-CE/2019) Em relação aos 
prazos é INCORRETO afirmar:
a) Quando a lei for omissa, o juiz determinará os prazos em consideração à complexidade 
do ato.
b) Quando a lei ou o juiz não determinar prazo, as intimações somente obrigarão a compare-
cimento após decorridas 24 (vinte e quatro) horas.
c) Inexistindo preceito legal ou prazo determinado pelo juiz, será de 5 (cinco) dias o prazo para 
a prática de ato processual a cargo da parte.
d) Na comarca, seção ou subseção judiciária onde for difícil o transporte, o juiz poderá pror-
rogar os prazos por até 2 (dois) meses.
e) A parte poderá renunciar ao prazo estabelecido exclusivamente em seu favor, desde que o 
faça de maneira expressa.
Letra b.
Quando a lei ou o juiz não determinar prazo, as intimações somente obrigarão a compareci-
mento após decorridas 48h, não após 24h. Alternativa incorreta é a letra “b”.
Muito se debateu, na vigência do CPC anterior, sobre a possibilidade de praticar atos antes 
de iniciado o termo inicial do prazo. Fala-se que o ato é extemporâneo por antecipação, nesse 
caso. O NCPC expressamente permite a prática de atos antes do termo inicial do prazo.
Questão 10 (VUNESP/ADVOGADO/PREFEITURA DE ARUJÁ-SP/2019) Assinale a alternativa 
correta no que se refere aos prazos processuais.
a) Será considerado intempestivo o ato praticado antes do termo inicial do prazo.
b) Sendo omissa a lei, o juiz fixará o prazo para cumprimento de determinado ato conforme 
a complexidade do mesmo.
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c) Quando a lei não determinar prazo, as intimações somente obrigam ao comparecimento 
após decorridas 24 horas.
d) O juiz proferirá as sentenças e as decisões interlocutórias no prazo de 10 (dez) dias.
e) Considera-se data da publicação a data da disponibilização do ato no Diário da Justiça 
Eletrônico.
Letra b.
O ato praticado antes do termo é considerado tempestivo, como você acabou de ver. Errada 
a letra “a”.
A “b” está correta e é o gabarito. Entenda que o juiz fixa o prazo para cumprimento do ato 
conforme sua complexidade e, na omissão, segue-se o prazo geral de 5 dias.
O erro da “c” é o prazo de 24h, que é, na verdade, de 48h.
Na “d”, o erro é o prazo para prolação de sentença, que é de 30 dias.
Na “e” há um erro bastante comum, que é misturar a data da publicação com a data da dis-
ponibilização do ato no Dje.
A contagem dos prazos processuais é sempre em dias úteis. Prazos materiais são conta-
dos de forma corrida!
No NCPC, a contagem de prazo é em dia útil. Aplica-se essa regra na execução fiscal e 
nos Juizados Cíveis. Na área criminal, incluindo os Juizados Criminais, a contagem é corrida.
Lei n. 9.099/1995, Art. 12-A. Na contagem de prazo em dias, estabelecido por lei ou pelo juiz, para 
a prática de qualquer ato processual, inclusive para a interposição de recursos, computar-se-ão 
somente os dias úteis.
CPP: “Art. 798. Todos os prazos correrão em cartório e serão contínuos e peremptórios, 
não se interrompendo por férias, domingo ou dia feriado.”
Enunciado 19, I Jornada de Direito Processual Civil – O prazo em dias úteis previsto no 
art. 219 do CPC aplica-se também aos procedimentos regidos pelas Leis n. 9.099/1995, 
10.259/2001 e 12.153/2009.
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Enunciado 20, I Jornada de Direito Processual Civil – Aplica-se o art. 219 do CPC na 
contagem do prazo para oposição de embargos à execução fiscal previsto no art. 16 da 
Lei n. 6.830/1980.
Enunciado 116, II Jornada de Direito Processual Civil: Aplica-se o art. 219 do CPC na 
contagem dos prazos processuais previstos na Lei n. 6.830/1980.
Questão 11 (FUNCERN/PROCURADOR/PREFEITURA DE APODI-RN/2019) Pelo Código de 
Processo Civil (Lei Federal n.. 13.105/2015), os atos processuais serão realizados nos prazos 
prescritos em lei. É correto, ainda, afirmar a respeito do prazo dos atos processuais que
a) na contagem de prazo em dias, estabelecido por lei ou pelo juiz, computar-se-ão somente 
os dias úteis, salvo nos casos de prazos urgentes, quando então será contado o prazo em dias 
corridos.
b) inexistindo preceito legal ou prazo determinado pelo juiz, será de 10 (dez) dias o prazo para 
a prática de ato processual a cargo da parte.
c) quando a lei for omissa, o juiz determinará os prazos em consideração ao tamanho do ato 
processual.
d) os prazos serão suspensos durante a execução de programa instituído pelo Poder Judici-
ário para promover a autocomposição, incumbindo aos tribunais especificar, com antecedên-
cia, a duração dos trabalhos
Letra d.
Na alternativa “a”, o erro é que não há a previsão de exceção para prazos urgentes. Na “b”, 
o prazo comum na omissão legal é de 5 dias. Na “c”, o erro é que não há essa previsão legal. 
Sobra a alternativa “d”, que é a correta e é cópia literal de disposição legal.
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Para contar um prazo, você precisa excluir o dia do começo e incluir o dia do vencimento
na contagem. Além disso, os dias do começo e do vencimento do prazo serão protraídos para 
o primeiro dia útil seguinte, se coincidirem com dia em que o expediente forense for encer-
rado antes ou iniciado depois da hora normal ou houver indisponibilidade da comunicação 
eletrônica.
Data da publicação é o primeiro dia útil seguinte ao da disponibilização do ato no Diário de 
Justiça eletrônico (Dje). A parte poderá renunciar ao prazo estabelecido exclusivamente em 
seu favor, desde que o faça de maneira expressa, ou seja, não há, pelo Código, a possibilidade 
de renúncia tácita.
Decorrido o prazo, extingue-se o direito de praticar ou de emendar o ato processual, in-
dependentemente de declaração judicial, ficando assegurado, porém, à parte provar que não 
o realizou por justa causa. O escoamento do prazo sem a prática do ato correlato é o que se 
denomina de preclusão.
Acerca da preclusão, tem-se:
• preclusão temporal – pelo decurso do tempo;
• Preclusão consumativa – é aquela que exaure o ato. Quando se recorre, acontece a 
preclusão consumativa, ou seja, não pode editar posteriormente (ex: recorrer);
• preclusão lógica – perde a faculdade processual em razão de ato incompatível (se fizer 
acordo, depois não pode desfazê-lo ou recorrer dele; não pagamento de custas pro-
cessuais imprescindíveis ao julgamento, com a consequente dispensa da realização 
do ato processual, pois nesse caso, após o prazo para o recurso, não se pode alegar 
cerceamento de defesa ou algo do gênero);
• preclusão por ato ilícito – As anteriores são por atos lícitos. Nesta preclusão, a causa 
é um ato ilícito (exemplo: A 2ª oposição protelatória de EDcl gera a perda do direito de 
embargar pela 3ª vez, salvo se houver o recolhimento da multa).
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O STJ tem um julgado bastante didático sobre preclusão que eu gostaria de compartilhar 
com você:
Julgado: STJ. REsp 785823/MA.[...]. A essência da preclusão, para Chiovenda, vem a ser 
a perda, extinção ou consumação de uma faculdade processual pelo fato de se haverem 
alcançado os limites assinalados por lei ao seu exercício. Decorre a preclusão do fato de 
ser o processo uma sucessão de atos que devem ser ordenados por fases lógicas, a fim 
de que se obtenha a prestação jurisdicional, com precisão e rapidez. Sem uma ordena-
ção temporal desses atos e sem um limite de tempo para que as partes os pratiquem, 
o processo se transformaria numa rixa infindável. Justifica-se, pois, a preclusão pela 
aspiração de certeza e segurança que, em matéria de processo, muitas vezes prevalece 
sobre o ideal de justiça pura ou absoluta. Trata-se, porém, de um fenômeno interno, que 
só diz respeito ao processo em curso e às suas partes. Não atinge, obviamente, direitos 
de terceiros e nem sempre trará repercussões para as próprias partes em outros 
processos, onde a mesma questão venha a ser incidentalmente tratada [...]. (Rel. Minis-
tro LUIZ FUX, PRIMEIRA TURMA, julgado em 01/03/2007, DJ 15/03/2007, p. 272).
O Código prevê ainda prazos impróprios para a prática dos atos pelo juiz de primeira instân-
cia, ou seja, prazos que, se descumpridos, não acarretam nenhuma consequência processual.
Sentença 30 dias
Havendo motivo justificado, pode o juiz exceder, 
por igual tempo, os prazos a que está submetido.
Decisão interlocutória 10 dias
Despacho 5 dias
Classificação dos prazos:
• dilatório – prazo flexível, cuja inobservância não acarreta preclusão;
• peremptório – prazo rígido, obrigatório. Se não observar, haverá preclusão (preclusão 
temporal).
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Questão 12 (VUNESP/TITULAR DE SERVIÇOS DE NOTAS E DE REGISTROS/TJ-RS/2019) De 
acordo com o Código de Processo Civil, os atos processuais serão realizados nos prazos pres-
critos em lei. Sobre a matéria, assinale a alternativa correta.
a) O juiz proferirá os despachos no prazo de 5 (cinco) dias, as decisões interlocutórias no 
prazo de 10 (dez) dias e as sentenças no prazo de 20 (vinte) dias.
b) Decorrido o prazo, extingue-se o direito de praticar ou de emendar o ato processual, me-
diante declaração judicial, ficando assegurado à parte provar que não o realizou por justa 
causa.
c) Na comarca, seção ou subseção judiciária onde for difícil o transporte, o juiz poderá pror-
rogar os prazos por até 3 (três) meses.
d) Em qualquer grau de jurisdição, havendo motivo justificado, pode o juiz exceder, por igual 
tempo, os prazos a que está submetido.
e) Os litisconsortes que tiverem diferentes procuradores, de escritórios de advocacia distin-
tos, terão prazos contados em dobro para todas as suas manifestações, em qualquer juízo ou 
tribunal, mediante simples requerimento.
Letra d.
A alternativa “d” é a correta e está no quadro acima.
O erro da “a” é o prazo para a prolação de sentenças.
Na “b”, o erro é condicionar a ocorrência de preclusão a uma declaração judicial.
Na “c”, o erro é novamente o prazo. O Código prevê a possibilidade de prorrogação por até 2 
meses.
Na “e”, o equívoco é condicionar o direito processual ao prazo em dobro ao requerimento, que 
não é condição.
Importante tema prático e também bastante cobrado em prova é o prazo dobrado para litis-
consortes com diferentes procuradores. O Código fala que os litisconsortes que tiverem diferen-
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tes procuradores, de escritórios de advocacia distintos, terão prazos contados em dobro para to-
das as suas manifestações, em qualquer juízo ou tribunal, independentemente de requerimento.
Julgado: STJ. AgInt no AREsp 1042741/DF. PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO INTERNO NO 
AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL. INTEMPESTIVIDADE DO AGRAVO EM RECURSO ESPE-
CIAL. INAPLICABILIDADE DO PRAZO EM DOBRO PREVISTO NO ART. 229 DO CPC DE 
2.015. AGRAVO NÃO PROVIDO. 1. É assente nesta Corte Superior que não se aplica o 
prazo em dobro previsto no art. 229 do CPC/2015 (art. 191 do CPC/1973) quando os 
litisconsortes outorgam procuração ao mesmo grupo de procuradores integrantes de 
mesmo escritório profissional. 2. Agravo interno a que se nega provimento. (Rel. Minis-
tro LUIS FELIPE SALOMÃO, QUARTA TURMA, julgado em 12/09/2017, DJe 15/09/2017).
Essa regra, contudo, não é aplicável a processos em autos eletrônicos, porque por esse 
sistema todos têm acesso aos autos simultaneamente, sem tolher do outro a possibilidade de 
vista, e quando, havendo apenas dois réus, tão somente um deles apresenta defesa.
Cuidado, pois também não há prazo recursal em dobro no processo de controle concen-
trado de constitucionalidade.
Informativo 929, STF: “[...] Não se conta em dobro o prazo recursal para a Fazenda Pública 
em processo objetivo, mesmo que seja para interposição de recurso extraordinário em 
processo de fiscalização normativa abstrata. [...].” (PLENO, ADI 5814 MC-AgR-AgR/RR, 
rel. Min. Roberto Barroso, julgamento em 6.2.2019; ARE 830727 AgR/SC, rel. orig. Min. 
Presidente, red. p/ o ac. Min. Cármen Lúcia, julgamento em 6.2.2019).
Questão 13 (FCC/ANALISTA JUDICIÁRIO/TRF-4ª/2019) A União moveu ação indenizatória 
contra Leandro e Jéssica, que se acham representados, nos autos eletrônicos do processo, 
por diferentes procuradores. Nesse caso, os réus:
a) terão prazos contados em dobro para todas as suas manifestações, desde que seus res-
pectivos advogados integrem escritórios de advocacia distintos.
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b) terão prazos contados em dobro para todas as suas manifestações, ainda que seus res-
pectivos advogados integrem o mesmo escritório.
c) não terão prazos contados em dobro para as suas manifestações.
d) terão prazos contados em dobro apenas para contestar a ação e interpor recursos, desde 
que tenham formulado prévio requerimento.
e) terão prazos contados em dobro apenas para contestar a ação e interpor recursos, inde-
pendentemente de prévio requerimento.
Letra c.
Você acabou de aprender que se os autos forem eletrônicos, não há a regra da dobra do prazo 
para se manifestar nos autos, por isso a resposta correta é a letra “c”.
Prazo em dobro aplica-se ao PJE, antes do NCPC.
Informativo 560, STJ: “Aplica-se o art. 191 do CPC/1973 à contagem de prazo nos pro-
cessos judiciais eletrônicos. De fato, a aplicação do prazo em dobro para contestar, 
recorrer e, de modo geral, falar nos autos quando os litisconsortes tiverem procuradores 
diferentes (art. 191 do CPC/1973), visa possibilitar acesso e manuseio dos autos aos 
advogados, haja vista ser o prazo comum. Todavia, como a utilização do processo judi-
cial eletrônico afastou a impossibilidade de diferentes advogados obterem vista simul-
tânea dos autos, não mais subsiste a situação que justificava a previsão do prazo em 
dobro. Nesse contexto, o Novo CPC (de 2015), atento à necessidade de alteração legis-
lativa, exclui a aplicação do prazo em dobro no processo eletrônico (art. 229, § 2º). A lei 
disciplinadora do processo eletrônico (Lei 11.419/2006), no entanto, não alterou nem 
criou nenhuma exceção ao determinado no art. 191 do CPC/1973, de forma que, ausente 
alteração legislativa acerca do tema, não há como deixar de se aplicar o dispositivo 
legal vigente, sob pena de se instaurar grave insegurança jurídica e se ofender o princí-
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pio da legalidade. Desse modo, apesar de se reconhecer que o disposto no art. 191 está 
em descompasso como sistema do processo eletrônico, em respeito ao princípio da 
legalidade e à legítima expectativa gerada pelo texto normativo vigente, enquanto não 
houver alteração legal, aplica-se aos processos eletrônicos o disposto no art. 191, pre-
servando-se a segurança jurídica do sistema como um todo, bem como a proteção da 
confiança.” (TERCEIRA TURMA, REsp 1.488.590-PR, Rel. Min. Ricardo Villas Bôas Cueva, 
julgado em 14/4/2015, DJe 23/4/2015).
Litisconsortes com diferentes advogados têm prazo em dobro para pagamento voluntário.
Julgado: STJ. REsp 1693784/DF. RECURSO ESPECIAL. CUMPRIMENTO DE SENTENÇA. PRAZO PARA 
PAGAMENTO VOLUNTÁRIO. CÔMPUTO EM DOBRO EM CASO DE LITISCONSORTES COM PROCURADORES 
DISTINTOS. 1. O artigo 229 do CPC de 2015, aprimorando a norma disposta no artigo 
191 do código revogado, determina que, apenas nos processos físicos, os litisconsortes 
que tiverem diferentes procuradores, de escritórios de advocacia distintos, terão prazos 
contados em dobro para todas as suas manifestações, em qualquer juízo ou tribunal, 
independentemente de requerimento. 2. A impossibilidade de acesso simultâneo aos 
autos físicos constitui a ratio essendi do prazo diferenciado para litisconsortes com 
procuradores distintos, tratando-se de norma processual que consagra o direito funda-
mental do acesso à justiça. 3. Tal regra de cômputo em dobro deve incidir, inclusive, no 
prazo de quinze dias úteis para o cumprimento voluntário da sentença, previsto no artigo 
523 do CPC de 2015, cuja natureza é dúplice: cuida-se de ato a ser praticado pela pró-
pria parte, mas a fluência do lapso para pagamento inicia-se com a intimação do advo-
gado pela imprensa oficial (inciso I do § 2º do artigo 513 do atual Codex), o que impõe 
ônus ao patrono, qual seja o dever de comunicar o devedor do desfecho desfavorável 
da demanda, alertando-o das consequências jurídicas da ausência do cumprimento 
voluntário. 4. Assim, uma vez constatada a hipótese de incidência da norma disposta no 
artigo 229 do Novo CPC (litisconsortes com procuradores diferentes), o prazo comum 
para pagamento espontâneo deverá ser computado em dobro, ou seja, trinta dias úteis. 
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5. No caso dos autos, o cumprimento de sentença tramita em autos físicos, revelando-
-se incontroverso que as sociedades empresárias executadas são representadas por 
patronos de escritórios de advocacia diversos, razão pela qual deveria ter sido compu-
tado em dobro o prazo para o cumprimento voluntário da obrigação pecuniária certifi-
cada na sentença transitada em julgado. 6. Ocorrido o pagamento tempestivo, porém 
parcial, da dívida executada, incide, à espécie, o § 2º do artigo 523 do CPC de 2015, 
devendo incidir a multa de dez por cento e os honorários advocatícios (no mesmo per-
centual) tão somente sobre o valor remanescente a ser pago por qualquer dos litiscon-
sortes. 7. Recurso especial provido para, considerando tempestivo o depósito judicial 
realizado a menor por um dos litisconsortes passivos, determinar que a multa de dez por 
cento e os honorários advocatícios incidam apenas sobre o valor remanescente a ser 
pago. (Rel. Ministro LUIS FELIPE SALOMÃO, QUARTA TURMA, julgado em 28/11/2017, 
DJe 05/02/2018).
Se houver litisconsortes com diferentes procuradores, mas houver a interposição de um 
único recurso em conjunto com o recolhimento de um só preparo, não haverá prazo em dobro.
Julgado: STJ. REsp 1694404/SP. [...]. 2. A jurisprudência da Terceira Turma desta Corte 
é firme no sentido de que somente há prazo em dobro para litisconsortes com diferen-
tes procuradores quando, além de existir dificuldade em cumprir o prazo processual e 
consultar os autos, for recolhido mais de um preparo recursal. Havendo interposição de 
recurso em conjunto e o recolhimento de um só preparo, não há que se falar na duplica-
ção legal do prazo. 3. Assim, é intempestivo o recurso especial interposto fora do prazo 
legal de 15 dias previsto no art. 508 do CPC/73. 4. Recurso especial não conhecido. (Rel. 
Ministro MOURA RIBEIRO, TERCEIRA TURMA, julgado em 22/05/2018, DJe 08/06/2018).
Se a constituição de procurador diferente por um dos litisconsortes se der no curso do 
prazo, apenas o restante ainda não transcorrido será contado em dobro.
Julgado: STJ. REsp 1309510/AL. - Ausentes os vícios do art. 535, II, do CPC, rejeitam-se 
os embargos de declaração. - Se os litisconsortes passam a ter procuradores distintos 
no curso do processo, a partir desse momento é que têm o prazo em dobro à sua dispo-
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sição. O momento processual da aplicação do art. 191 do CPC, é, portanto, o de quando 
demonstrada a existência de litisconsórcio com diferentes procuradores. - Afasta-se 
a multa do parágrafo único do art. 538 do CPC quando não se caracteriza o intento 
protelatório na interposição dos embargos de declaração. - Recurso especial parcial-
mente conhecido e, nesta extensão, provido. (Rel. Ministra NANCY ANDRIGHI, TERCEIRA 
TURMA, julgado em 12/03/2013, DJe 03/04/2013).
A prerrogativa de prazo em dobro não se estende aos procedimentos administrativos.
Julgado: STJ. REsp 829.726/PR. PROCESSUAL CIVIL. REGRA DE EXCEÇÃO. PRAZO EM 
DOBRO PARA ATUAR EM JUÍZO. DEFENSORIA PÚBLICA. LC N.º 80/94. INTERPRETAÇÃO 
RESTRITIVA. NORMA DE EXCEÇÃO. ESTENDÍVEL À ESFERA ADMINISTRATIVA. IMPOS-
SIBILIDADE. 1. Hipótese em que a controvérsia a ser dirimida nos presentes autos cinge-se em 
definir se o benefício do prazo em dobro concedido à Defensoria Pública da União, no 
art. 44, I, da LC n.º 80/94, estende-se aos procedimentos administrativos ou se refere, 
tão-somente, aos processos judiciais. 2. O art. 44, da Lei Complementar n.º 80/94, que 
organiza a Defensoria Pública da União, preceitua, verbis: Art. 44. São prerrogativas 
dos membros da Defensoria Pública da União: I - receber intimação pessoal em qual-
quer processo e grau de jurisdição, contando-se-lhe em dobro todos os prazos;(...).” 
3. As prerrogativas processuais, exatamente porque se constituem em regras de exce-
ção, são interpretadas restritivamente. 4. “O Código Civil explicitamente consolidou o 
preceito clássico - ‘Exceptiones sunt strictissimoe interpretationis’ (“interpretam-se as 
exceções estritissimamente’, no art. 6º da antiga Introdução, assim concebido: “A lei 
que abre exceção a regras gerais, ou restringe direitos, só abrange os casos que especi-
fica” (...) As disposições excepcionais são estabelecidas por motivos ou considerações 
particulares, contra outras normas jurídicas, ou contra o Direito comum; por isso não se 
estendem além dos casos e tempos que designam expressamente. Os contemporâneos 
preferem encontrar o fundamento desse preceito no fato de se acharem preponderan-
temente do lado do princípio geral as forças sociais que influem na aplicação de toda 
regra positiva, como sejam os fatores sociológicos, a Werturteil dos tedescos, e outras. 
(...)” (Carlos Maximiliano, in “Hermenêutica e Aplicação do Direito”, Forense, p. 184/193) 
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5. Aliás, a jurisprudência do E. STJ, encontra-se em sintonia com o entendimento de que 
as normas legais que instituem regras de exceção não admitem interpretação extensiva. 
(REsp 806027 / PE; Rel. Min. FRANCISCO PEÇANHA MARTINS, DJ de 09.05.2006; REsp 
728753 / RJ, Rel. Min. JOÃO OTÁVIO DE NORONHA, DJ de 20.03.2006; REsp 734450 / 
RJ, deste relator, DJ de 13.02.2006; REsp 644733 / SC; Rel. Min. FRANCISCO FALCÃO, 
Rel. p/ acórdão, este relator, DJ de 28.11.2005) 6. Os prazos processuais são prorro-gáveis, por força de lei, por isso que afronta à legalidade instituir-se prazo em dobro 
sequer previsto na Lei Orgânica da instituição, máxime quando a norma, ao pretender 
fazê-lo, o fez seguindo a regra lex dixit quam voluit. 7. Voto para, divergindo do e. rela-
tor, dar provimento ao recurso especial da Fazenda Nacional. (Rel. Ministro FRANCISCO 
FALCÃO, Rel. p/ Acórdão Ministro LUIZ FUX, PRIMEIRA TURMA, julgado em 29/06/2006, 
DJ 27/11/2006, p. 254).
O prazo para a parte, o procurador, a Advocacia Pública, a Defensoria Pública e o Ministé-
rio Público, será contado da citação, da intimação ou da notificação. Defensoria, assim como 
MP, têm vista pessoal dos autos, sendo que o ciente do DP ou MP não inicia a contagem do 
prazo, apesar de configurar a intimação, havendo a necessidade de remessa dos autos. “O 
termo inicial da contagem do prazo para impugnar decisão judicial é, para o Ministério Públi-
co, a data da entrega dos autos na repartição administrativa do órgão, sendo irrelevante que 
a intimação pessoal tenha se dado em audiência, em cartório ou por mandado.”
Julgado: STJ. REsp 1349935/SE. RECURSO ESPECIAL. RECURSO SUBMETIDO AO RITO 
DOS REPETITIVOS (ART. 1.036 DO CPC C/C O ART. 256, I, DO RISTJ). PROCESSO PENAL 
E PROCESSO CIVIL. INTIMAÇÃO DO MINISTÉRIO PÚBLICO. CONTAGEM DOS PRAZOS. 
INÍCIO. NECESSIDADE DE REMESSA DOS AUTOS À INSTITUIÇÃO. INTIMAÇÃO E CONTA-
GEM DE PRAZO PARA RECURSO. DISTINÇÕES. PRERROGATIVA PROCESSUAL. NATU-
REZA DAS FUNÇÕES DO MINISTÉRIO PÚBLICO. PECULIARIDADES DO PROCESSO PENAL. 
REGRA DE TRATAMENTO DISTINTA. RAZOABILIDADE. INTERPRETAÇÃO DOS ARTS. 18, 
II, “h”, DA LC N. 75/1993 e 41, IV, DA LEI N. 8.625/1993. 1. A intimação dos atos proces-
suais tem por objetivo dar conhecimento ao interessado sobre o ato praticado, permitin-
do-lhe, eventualmente, a ele reagir, em autêntica expressão procedimental do princípio 
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do contraditório, o qual se efetiva no plano concreto com a participação das partes no 
desenvolvimento do processo e na formação das decisões judiciais, de sorte a conferir 
tanto ao órgão de acusação quanto ao de defesa o direito de influir, quer com a atividade 
probatória, quer com a apresentação de petições e arrazoados, escritos e orais, na for-
mação do convencimento do órgão jurisdicional competente. 2. Na estrutura dialética 
do processo penal brasileiro, o Ministério Público desempenha suas funções orientado 
por princípios constitucionais expressos, entre os quais se destacam o da unidade e o 
da indivisibilidade, que engendram a atuação, em nome da mesma instituição, de diver-
sos de seus membros, sem que isso importe em fragmentação do órgão, porquanto é a 
instituição, presentada por seus membros, que pratica o ato. 3. Incumbe ao Ministério 
Público a preservação da ordem jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais 
e individuais indisponíveis (art. 127 da CF), o que autoriza a otimização da eficiência dos 
serviços oficiais, dependentes do acompanhamento e da fiscalização de vultosa quan-
tidade de processos. Daí a necessidade e a justificativa para que a intimação pessoal 
seja aperfeiçoada com a vista dos autos (conforme disposto expressamente no art. 41, 
IV, da Lei n. 8.625/1993 e no art. 18, II, “h”, da LC n. 75/1993). Raciocínio válido também 
para a Defensoria Pública (arts. 4º, V, e 44, I, da LC n. 80/1994), dada sua equivalente 
essencialidade à função jurisdicional do Estado (art. 134 da CF) e as peculiaridades de 
sua atuação. 4. Para o escorreito desempenho de suas atribuições constitucionais e 
legais, a intimação pessoal dos membros do Ministério Público é também objeto de 
expressa previsão no novo CPC, no art. 180 (repetindo o que já dizia o CPC de 1973, em 
seu art. 236, § 2º), semelhantemente ao disposto no art. 370, § 4º, do Código de Pro-
cesso Penal. 5. A distinção entre intimação do ato e início da contagem do prazo proces-
sual permite que se entenda indispensável - para o exercício do contraditório e a efetiva 
realização da missão constitucional do Ministério Público - que a fluência do prazo para 
a prática de determinado prazo peremptório somente ocorra a partir do ingresso dos 
autos na secretaria do órgão destinatário da intimação. Precedentes. 6. Assim, a não 
coincidência entre a intimação do ato decisório (em audiência ou por certidão cartorial) 
e o início do prazo para sua eventual impugnação é a única que não sacrifica, por meio 
reflexo, os direitos daqueles que, no âmbito da jurisdição criminal, dependem da escor-
reita e eficiente atuação do Ministério Público (a vítima e a sociedade em geral). Em ver-
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dade, o controle feito pelo representante do Ministério Público sobre a decisão judicial 
não é apenas voltado à identificação de um possível prejuízo à acusação, mas também 
se dirige a certificar se a ordem jurídica e os interesses sociais e individuais indisponí-
veis - dos quais é constitucionalmente incumbido de defender (art. 127, caput, da CF) 
- foram observados, i.e., se o ato para o qual foi cientificado não ostenta ilegalidade a 
sanar, ainda que, eventualmente, o reconhecimento do vício processual interesse, mais 
proximamente, à defesa. 7. É natural que, nos casos em que haja ato processual decisó-
rio proferido em audiência, as partes presentes (defesa e acusação) dele tomem conhe-
cimento. Entretanto, essa ciência do ato não permite ao membro do Ministério Público 
(e também ao integrante da Defensoria Pública) o exercício pleno do contraditório, seja 
porque o órgão Ministerial não poderá levar consigo os autos, seja porque não necessa-
riamente será o mesmo membro que esteve presente ao ato a ter atribuição para even-
tualmente impugná-lo. 8. Recurso especial provido para reconhecer a tempestividade 
da apelação interposta pelo Ministério Público Federal e determinar ao Tribunal Regional 
Federal da 5ª Região que julgue o recurso ministerial. TESE: O termo inicial da contagem 
do prazo para impugnar decisão judicial é, para o Ministério Público, a data da entrega 
dos autos na repartição administrativa do órgão, sendo irrelevante que a intimação pes-
soal tenha se dado em audiência, em cartório ou por mandado. (Rel. Ministro ROGERIO 
SCHIETTI CRUZ, TERCEIRA SEÇÃO, julgado em 23/08/2017, DJe 14/09/2017).
O vício consistente na falta de intimação pessoal deve ser impugnado na primeira oportuni-
dade, sob pena de preclusão.
Informativo 830, STF
A não observância da intimação pessoal da Defensoria Pública — prerrogativa para o 
efetivo exercício de sua missão institucional — deve ser impugnada, imediatamente, na 
primeira oportunidade processual, sob pena de preclusão. Com base nesse entendi-
mento, a Segunda Turma indeferiu a ordem de habeas corpus. No caso, no julgamento 
da apelação, não teria havido intimação pessoal da Defensoria Pública. No entanto, tal 
insurgência somente fora veiculada no recuso especial, não obstante a Defensoria ante-
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riormente houvesse oposto embargos de declaração. (SEGUNDA TURMA, HC 133476, 
rel. Min. Teori Zavascki, 14.6.2016).
Questão 14 (FGV/TÉCNICO SUPERIOR JURÍDICO/DPE-RJ/2019) Determinado Defensor Pú-
blico foi informado de que um processo judicial de interesse de seu assistido tinha sido des-
pachado pelo juízo.
Nesse caso, de acordo com o Código de Processo Civil, a Defensoria Pública tem prazo:
a) em dobro para se manifestar, que começa a fluir com a intimação pessoal;
b) em quádruplo para se manifestar, que começa a fluir coma intimação pessoal;
c) idêntico ao de qualquer parte, que começa a fluir com a sua intimação pessoal;
d) em dobro para se manifestar, que começa a fluir com a publicação da intimação no diário 
oficial;
e) em quádruplo para se manifestar, que começa a fluir com a publicação da intimação no 
diário oficial.
Letra a.
O gabarito é a letra “a”. Não se esqueça de que a intimação pessoal pode ocorrer por carga, 
remessa ou meio eletrônico, conforme art. 183, § 1º, do CPC.
O termo inicial da contagem dos prazos também possui variadas regras, que você pode 
conferir abaixo:
Quando a citação ou intimação se der por/
pelo:
Considera-se o dia do começo do prazo:
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correio a data de juntada aos autos do aviso de recebimento
oficial de justiça a data de juntada aos autos do mandado cumprido
Ato do escrivão ou do chefe de secretaria a data de ocorrência da citação ou da intimação
edital o dia útil seguinte ao fim da dilação assinada pelo juiz
meio eletrônico
o dia útil seguinte à consulta ao teor da citação ou da
intimação ou ao término do prazo para que a consulta se dê
carta
a data de juntada do comunicado de que trata o art. 232 
(sobre cartas) ou, não havendo esse, a data de juntada da 
carta aos autos de origem devidamente cumprida
Diário da Justiça impresso ou eletrônico a data da publicação
retirada dos autos, em carga, do cartório ou 
da secretaria
o dia da carga
Data da publicação é o primeiro dia útil seguinte ao da disponibilização do ato no Diário de 
Justiça eletrônico (Dje). A parte poderá renunciar ao prazo estabelecido exclusivamente em 
seu favor, desde que o faça de maneira expressa, ou seja, não há, pelo Código, a possibilidade 
de renúncia tácita.
Questão 15 (CESPE/JUIZ SUBSTITUTO/TJ-PR/2019) À luz do entendimento jurisprudencial 
do STJ a respeito de aplicação da lei processual, de atos processuais e de execução fiscal, 
julgue os itens a seguir.
I – Nos processos judiciais, a fixação de honorários advocatícios sucumbenciais é regida 
pela lei vigente na data de prolação da sentença.
II – O prazo recursal da parte que for intimada, por oficial de justiça, a respeito de decisão 
judicial se inicia na data de cumprimento do mandado, e não com a juntada do man-
dado ao processo.
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III – Na execução fiscal, o prazo de um ano de suspensão do processo, previsto na Lei de 
Execução Fiscal, e da respectiva prescrição intercorrente se inicia automaticamente 
na data de ciência da fazenda pública a respeito da não localização do devedor ou da 
inexistência de bens penhoráveis no endereço fornecido.
Assinale a opção correta.
a) Apenas os itens I e II estão certos.
b) Apenas os itens I e III estão certos.
c) Apenas os itens II e III estão certos.
d) Todos os itens estão certos.
Letra b.
Veja que no item II, o erro é que quando a intimação ocorrer por oficial de justiça, o dia do co-
meço do prazo é a data da juntada aos autos do mandado cumprido. Ao se estabelecer o item 
II como errado, você tem necessariamente a letra “b” como o gabarito.
A assertiva I está correta e é o entendimento do STJ sobre a matéria, assim como o item III.
O arquivamento do mandado de intimação na coordenadoria/secretaria é substitutivo de 
sua juntada nos autos, em observância à economia e celeridade processual, desde que devi-
damente certificado.
Julgado: STJ. EDcl nos EREsp 707.206/PR. PROCESSUAL CIVIL. EMBARGOS DE DECLA-
RAÇÃO NOS EMBARGOS DE DIVERGÊNCIA. INTIMAÇÃO DO PROCURADOR DA FAZENDA 
NACIONAL. PRAZO RECURSAL. INÍCIO. DATA DO ARQUIVAMENTO DO MANDADO DE 
INTIMAÇÃO. RECURSO INTEMPESTIVO. 1. O arquivamento do mandado de intimação na 
Secretaria do Tribunal, desde que devidamente certificado nos autos, supre a necessi-
dade da sua juntada, dando início, a partir de então, à contagem do prazo recursal. Pre-
cedentes do STJ. 2. Embargos de Declaração rejeitados. (Rel. Ministro HERMAN BENJA-
MIN, PRIMEIRA SEÇÃO, julgado em 22/04/2009, DJe 04/05/2009).
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Se houver vários réus, a contagem do prazo no processo de conhecimento será da juntada do 
último AR ou mandado.
No processo de execução é diferente!
Não se aplica esta regra no processo de execução, para efeitos de contagem do prazo para o ajui-
zamento da ação de embargos do devedor. Na execução cada executado é considerado autônoma 
e individualmente, de modo que o prazo para cada um embargar é singular: conta-se a partir da 
juntada do respectivo mandado de citação cumprido aos autos e não do último mandado. (Nelson 
Nery).
Art. 915. Os embargos serão oferecidos no prazo de 15 (quinze) dias, contado, conforme o caso, 
na forma do art. 231.
§ 1º Quando houver mais de um executado, o prazo para cada um deles embargar conta-se a partir 
da juntada do respectivo comprovante da citação, salvo no caso de cônjuges ou de companheiros, 
quando será contado a partir da juntada do último.
Findo o prazo, na prática, é possível que a parte detenha os autos e não os devolva. O Có-
digo reprime essa conduta e prevê que se, intimado, o advogado não devolver os autos no pra-
zo de três dias, perderá o direito à vista fora de cartório e incorrerá em multa correspondente 
à metade do salário-mínimo.
Se a situação envolver membro do Ministério Público, da Defensoria Pública ou da Advocacia 
Pública, a multa, se for o caso, será aplicada ao agente público responsável pelo ato!
Cuidado com essa previsão do Código, porque a regra geral é que os advogados, públicos ou 
privados, não respondem pelas multas processuais pessoalmente!
Art. 77, § 6º Aos advogados públicos ou privados e aos membros da Defensoria Pública e do Mi-
nistério Público não se aplica o disposto nos §§ 2º a 5º [multa de até 20% do valor da causa ou de 
até 10x o valor do salário-mínimo], devendo eventual responsabilidade disciplinar ser apurada pelo 
respectivo órgão de classe ou corregedoria, ao qual o juiz oficiará.
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DA comunicAção Dos Atos processuAis
Os atos processuais são cumpridos por ordem judicial. Caso determinado ato tenha de 
ser praticado fora dos limites territoriais do tribunal, comarca, seção ou subseção, será preci-
so expedir uma carta para a prática do ato.
Admite-se a prática de atos processuais por meio de videoconferência ou outro recurso 
tecnológico de transmissão de sons e imagens em tempo real.
Veja abaixo os tipos de cartas que o Código prevê:
De ordem Expedição de carta do Tribunal para juízo a ele vinculado.
Rogatória
Expedição de carta para que órgão jurisdicional estrangeiro pratique ato de cooperação 
jurídica internacional, relativo a processo em curso perante órgão jurisdicional brasileiro.
Precatória
Expedição de carta para que órgão jurisdicional brasileiro pratique ou determine o
cumprimento, na área de sua competência territorial, de ato relativo a pedido de
cooperação judiciária formulado por órgão jurisdicional de competência
territorial diversa.
Arbitral
Expedição de carta para que órgão do Poder Judiciário pratique ou determine o
cumprimento, na área de sua competência territorial, de ato objeto de pedido de
cooperação judiciária formulado por juízo arbitral, inclusive os que importem
efetivação de tutela provisória.
Em todas as cartas, o juiz fixará o prazo para cumprimento, atendendo à facilidade das 
comunicações e à natureza da diligência. As partes deverão ser intimadas pelojuiz do ato de 
expedição da carta.
A carta tem caráter itinerante, podendo, antes ou depois de lhe ser ordenado o cumpri-
mento, ser encaminhada a juízo diverso do que dela consta, a fim de se praticar o ato. Essa 
regra é muito importante na prática, pois apenas com ela é possível “aproveitar” a expedição 
de uma carta para fazê-la cumprir em outra localidade, sem a necessidade de se expedir nova 
carta para isso. Nessa linha, o Código prevê que no caso de incompetência em razão da ma-
téria ou da hierarquia, o juiz deprecado, conforme o ato a ser praticado, poderá remeter a carta 
ao juiz ou ao tribunal competente.
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DA citAção
Citação é o ato pelo qual são convocados o réu, o executado ou o interessado para inte-
grar a relação processual.
Citação é requisito de validade do processo, apesar de certa divergência doutrinária que o 
aponta como requisito de existência.
O comparecimento espontâneo do réu ou do executado supre a falta ou a nulidade da ci-
tação, fluindo a partir desta data o prazo para apresentação de contestação ou de embargos 
à execução.
O comparecimento espontâneo supre a citação!
Julgado: STJ. REsp 1656403/SP. [...]. 4. Segundo a teoria da ciência inequívoca, em 
observância do princípio da instrumentalidade das formas, considera-se comunicado 
o ato processual, independentemente da sua publicação, quando a parte ou seu repre-
sentante tenha, por outro meio, tomado conhecimento do processado no feito. [...]. (Rel. 
Ministro RICARDO VILLAS BÔAS CUEVA, TERCEIRA TURMA, julgado em 26/02/2019, DJe 
06/03/2019).
Julgado: STJ. REsp 1.710.498/CE. RECURSO ESPECIAL. PROCESSUAL CIVIL. DECISÃO 
INTERLOCUTÓRIA QUE REVOGA A ANTECIPAÇÃO DOS EFEITOS DA TUTELA ANTERIOR-
MENTE CONCEDIDA. PETICIONAMENTO ESPONTÂNEO NOS AUTOS. PEÇA EM CUJO 
TEOR A PARTE REVELA TEXTUALMENTE O CONTEÚDO DA DECISÃO PROLATADA PEN-
DENTE DE PUBLICAÇÃO. CIÊNCIA INEQUÍVOCA. CONFIGURADA. INTEMPESTIVIDADE 
DO AGRAVO DE INSTRUMENTO INTERPOSTO 4 MESES DEPOIS. MANTIDA. 1. Ação de 
conhecimento da qual se extrai o presente recurso especial, interposto em 12⁄03⁄14 e 
concluso ao gabinete em 23⁄11⁄17. Julgamento: CPC⁄73. 2. O propósito recursal con-
siste em definir se o peticionamento nos autos configura ciência inequívoca dos atos 
decisórios praticados anteriormente. 3. A intimação das partes acerca dos conteú-
dos decisórios é indispensável ao exercício da ampla defesa e do contraditório, pois 
somente com o conhecimento dos atos e dos termos do processo que cada litigante 
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encontrará os meios necessários e legítimos à defesa de seus interesses. 4. A parte 
que espontaneamente peticiona nos autos e por seu conteúdo revela sem sombra de 
dúvidas ter conhecimento do ato decisório prolatado, mas não publicado, tem ciência 
inequívoca para desde então interpor agravo de instrumento. 5. Diante da consideração 
documentada nos autos originários, arguida e provada pela parte adversa em contrarra-
zões ao agravo de instrumento, efetivamente não há como afastar a ciência inequívoca 
da agravante sobre o conteúdo da decisão proferida. 6. Na hipótese, a agravante mani-
festou textualmente a ciência do conteúdo decisório impugnado quatro meses antes da 
interposição do agravo de instrumento. Reconhecida a intempestividade que impede o 
conhecimento da insurgência recursal. 7. Recurso especial conhecido e não provido. 
(TERCEIRA TURMA, Rel. Min. Nancy Andrighi, julgado em 19/02/2019).
Não configura comparecimento espontâneo:
• Comparecimento de advogado com procuração sem poderes para receber citação;
Julgado: STJ. AgRg no REsp 1468906/RJ. PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO REGIMENTAL 
EM RECURSO ESPECIAL. JUNTADA DE PROCURAÇÃO SEM PODERES PARA RECEBER 
CITAÇÃO. NÃO CONFIGURAÇÃO DE COMPARECIMENTO ESPONTÂNEO. PRECEDENTES. 
AGRAVO REGIMENTAL NÃO PROVIDO. 1. É pacífico no âmbito do Superior Tribunal de 
Justiça que não configura o comparecimento espontâneo a intervenção de advogado 
sem procuração com poderes para receber a citação. Nesse sentido: REsp 648.202/
RJ, Rel. Min. CARLOS ALBERTO MENEZES DIREITO, Segunda Turma, DJe 11.4.2005; 
REsp 1.246.098/PE, Rel. Min. MAURO CAMPBELL MARQUES, Segunda Turma, DJe 
05/05/2011. 2. Agravo regimental não provido. (Rel. Ministro MAURO CAMPBELL MAR-
QUES, SEGUNDA TURMA, julgado em 26/08/2014, DJe 01/09/2014).
• A presença voluntária do réu só para firmar acordo, sem a presença de advogado. No 
caso houve a juntada de acordo extrajudicial com a firma do devedor, o que não foi su-
ficiente para o prosseguimento do processo após o descumprimento do acordo;
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Julgado: STJ. REsp 1394186/MT. PROCESSUAL CIVIL. RECURSO ESPECIAL. EXECU-
ÇÃO. COMPARECIMENTO ESPONTÂNEO DO DEVEDOR AOS AUTOS PARA CELEBRAÇÃO 
DE ACORDO. PENHORA. NECESSIDADE DE CITAÇÃO. RECURSO A QUE SE NEGA SEGUI-
MENTO. 1. A presença voluntária do réu ou do devedor só para firmar acordo, sem a pre-
sença de advogado constituído, difere do comparecimento para apresentação de defesa, 
hipótese que não supre a citação. 2. Recurso especial não provido. (Rel. Ministro MOURA 
RIBEIRO, TERCEIRA TURMA, julgado em 24/03/2015, DJe 14/04/2015).
• O comparecimento em sede de recurso de agravo, sem a presença nos autos principais.
O comparecimento do réu para responder a um agravo de instrumento não supre a falta de citação 
na ação revisional de alimentos, sob pena de violação dos princípios do contraditório e da ampla 
defesa. […]. Para o juiz, não houve comparecimento espontâneo, pois o pai não se manifestou nos 
autos principais. Esse entendimento foi mantido no tribunal estadual. No STJ, a Terceira Turma 
confirmou essa posição. (Notícias do STJ de 17/11/2015).
Julgado: STJ. REsp 1310704/MS. [...]. 2. O comparecimento do réu para contraminu-
tar agravo de instrumento não supre a falta de citação na ação revisional de alimen-
tos, sob pena de violação dos princípios do contraditório e da ampla defesa. [...]. (Rel. 
Ministro RICARDO VILLAS BÔAS CUEVA, TERCEIRA TURMA, julgado em 10/11/2015, DJe 
16/11/2015)
A falta de citação no processo de conhecimento pode ser suprida na fase executiva.
No direito processual, não há defeito que não possa ser sanado. Por mais grave que seja, mesmo 
que apto a gerar a invalidade do procedimento ou de um dos seus atos, todo defeito é sanável. Não 
há exceção a essa regra. […]. Mesmo nos casos de ausência de citação ou de citação defeituosa 
que gerou revelia, vícios transrescisórios, que permitem a invalidação da decisão judicial após o 
prazo da ação rescisória [...], há possibilidade de suprimento do defeito pelo comparecimento do 
réu ao processo (art. 214 do CPC). Para Pontes de Miranda, inclusive, se o réu citado/intimado 
regularmente na execução da sentença proferida em processo com tal defeito comparecer e não o 
apontar, sanado está o vício pela preclusão. (Fredie Didier Jr., Curso de Direito Processual Civil, vol. 
1, 7ª ed. Salvador: Juspodivm, 2007, p. 234).
Informativo 539, STJ: A nulidade da decisão do relator que julgara agravo de instru-
mento do art. 522 do CPC sem prévia intimação do agravado para resposta não deve ser 
declarada quando suscitada apenas em embargos de declaração opostos em face de 
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Thiago Pivotto
Atos Processuais
DIREITO PROCESSUAL CIVIL
acórdão que, após a intimação para contrarrazões, julgou agravo regimental interposto 
pela outra parte. Segundo entendimento

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