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DIREITO
PROCESSUAL CIVIL 
ATOS PROCESSUAIS
Livro Eletrônico
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DIREITO PROCESSUAL CIVIL
Atos Processuais
Prof. Anderson Ferreira
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SUMÁRIO
Dos Atos Processuais .................................................................................3
(Da Forma do Tempo dos Prazos do Lugar, das Comunicações dos Atos 
Processuais e das Nulidades) .......................................................................3
Dos Atos Processuais ..................................................................................3
Negócios Jurídicos Processuais .....................................................................6
Calendário Processual ................................................................................7
Da Prática Eletrônica dos Atos Processuais .....................................................7
Dos Atos das Partes ....................................................................................9
Dos Pronunciamentos do Juiz .....................................................................10
Do Escrivão ou Diretor de Secretaria ...........................................................12
Do Tempo e do Lugar dos Atos Processuais ..................................................13
Do Tempo ................................................................................................13
Do lugar dos atos processuais ....................................................................16
Dos prazos processuais .............................................................................17
Prazos conferidos ao Juiz ...........................................................................25
Das penalidades aos serventuários ..............................................................25
Da Comunicação dos Atos Processuais .........................................................27
Da Comunicação dos Atos Processuais .........................................................28
Da Citação ...............................................................................................30
Intimação ................................................................................................40
Das nulidades ..........................................................................................43
Questões de Concurso ...............................................................................46
Gabarito ..................................................................................................63
Gabarito Comentado .................................................................................64
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Atos Processuais
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DOS ATOS PROCESSUAIS 
(DA FORMA DO TEMPO DOS PRAZOS DO LUGAR, DAS COMU-
NICAÇÕES DOS ATOS PROCESSUAIS E DAS NULIDADES)
Olá, querido(a) aluno(a)! É com grande alegria e extremo entusiasmo que ini-
cio, junto com você, mais um encontro virtual. Nosso bate papo de hoje será sobre 
o conteúdo encartado na Parte Geral, Livro IV do Novo Código de Processo Civil, 
que se refere aos atos processuais, assunto de suma importância dentro da dinâ-
mica processual, o qual passaremos a analisar. Vem comigo!
Dos Atos Processuais
Amigo(a), os atos praticados durante o processo consistem em manifestações 
relativas às partes ou sujeitos que nele atuam, ou seja, são práticas humanas em 
um determinado tempo, lugar e com uma determinada forma.
Os atos processuais podem ser classificados em:
•	 Solenes ou formais: são atos sobre os quais recai alguma formalidade estabe-
lecida por lei, como a obrigatoriedade da utilização da língua portuguesa nos ter-
mos do processo ou a necessidade de o Ministério Público ser intimado em atos 
que deva intervir, por exemplo, em situações relativas a interesses de incapazes.
•	 Não solenes ou informais: Diz-se que os atos do processo são informais 
quando eles independem de formalidades, isto é, não há previsão legal para 
prática de determinado ato. Saliento que essa é a regra no nosso sistema 
processual, o qual se pauta pelo informalismo, consoante estatui o artigo 188 
do Novo Código, o qual consagra o princípio da instrumentalidade das formas.
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Art. 188. Os atos e os termos processuais independem de forma determinada, 
salvo quando a lei expressamente a exigir, considerando-se válidos os que, reali-
zados de outro modo, lhe preencham a finalidade essencial.
(...)
Art. 276. Quando a lei prescrever determinada forma sob pena de nulidade, a de-
cretação desta não pode ser requerida pela parte que lhe deu causa.
Os atos processuais solenes devem cumprir as formalidades exigidas por lei, sob 
pena de nulidade.
Ok, amigo(a), vimos que, em regra, a prática dos atos é regida pelo informa-
lismo. Mas a pergunta é: e se um ato for praticado de modo informal, quando, em 
verdade, a lei determinar uma formalidade para a sua prática?
Nesse caso, prezado(a) estudante, verifica-se a possibilidade de aproveitamen-
to do ato, porquanto será aplicada a instrumentalidade das formas (na perspectiva 
de que o processo não deve ser um fim em si mesmo).
Art. 277. Quando a lei prescrever determinada forma, o juiz considerará válido o 
ato se, realizado de outro modo, lhe alcançar a finalidade.
Consoante as normas fundamentais aplicadas ao processo Civil, em regra, os 
processos são públicos e, com efeito, os atos também serão. Entretanto, algumas 
situações pessoais podem minorar a publicidade dos autos e dos atos praticados, 
por exemplo: relações familiares relativas à casamento, divórcio, filiação, guarda; 
aquelas que exijam segredo por questões de interesse público, versem sobre pro-
teção da intimidade ou acerca de questões relativas à arbitragem com estipulação 
de confidencialidade.
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Art. 189. Os atos processuais são públicos, todavia tramitam em segredo de justiça os 
processos:
I – em que o exija o interesse público ou social;
II – que versem sobre casamento, separação de corpos, divórcio, separação, união es-
tável, filiação, alimentos e guarda de crianças e adolescentes;
III – em que constem dados protegidos pelo direito constitucional à intimidade;
IV – que versem sobre arbitragem, inclusive sobre cumprimento de carta arbitral, des-
de que a confidencialidade estipulada na arbitragem seja comprovada perante 
o juízo.
Uma vez estabelecida a minoração da publicidade, o acesso e a consulta aos 
autos e o requerimento de certidões serão restritos às partes e aos seus procura-
dores. Contudo, poderá ser franqueada consulta a terceiro que demonstre interes-
se jurídico na causa, além do direito de requerer certidão de dispositivo de 
sentença, do inventário e da partilha resultantes de divórcio ou separação.
§ 1º O direito de consultar os autos de processoque tramite em segredo de justiça e 
de pedir certidões de seus atos é restrito às partes e aos seus procuradores.
§ 2º O terceiro que demonstrar interesse jurídico pode requerer ao juiz certi-
dão do dispositivo da sentença, bem como de inventário e de partilha resultan-
tes de divórcio ou separação.
O terceiro que evidenciar interesse jurídico na causa pode requerer ao juiz certidão 
do dispositivo da sentença (decisão do julgador, o desfecho sobre aquilo que foi 
pedido) bem como de inventário de partilha resultantes do divórcio.
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Negócios Jurídicos Processuais
Querido(a), o Direito Processual Civil é um ramo do Direito Público, dotado de 
normas cogentes (imposição obrigatória) e legalmente estabelecidas. Todavia, a lei 
de ritos permite às partes a convenção de certos aspectos ou regramentos ínsitos ao 
processo. Nessa esteira de pensamento, é possível que, em controvérsias acerca de 
direitos sobre os quais se admita autocomposição (possibilidade de os sujeitos firma-
rem acordo), as partes possam convencionar prazos, encargos, faculdades pro-
cessuais durante a marcha do processo, desde que sejam maiores e capazes.
No entanto, o Juiz deverá participar da convenção e controlá-las para que 
não incidam sobre a negociação nulidades, cláusulas abusivas ou vulnerabilidade 
de uma das partes, conforme a inteligência do artigo 190 da lei de ritos.
Então:
Juiz (aceita e controla a convenção)
Autor (maior e capaz) réu (maior e capaz) Acertam sobre direitos disponíveis 
sobre os quais seja admitida autocomposição. 
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Calendário Processual 
A lei de ritos permite que Juiz e as partes, em comum acordo, fixem um calen-
dário para a prática de atos processuais, o qual vincula os participantes e os Juízes. 
As datas estabelecidas só poderão ser alteradas por justo motivo e uma vez 
ajustadas, caso sejam alteradas, deverá haver intimação da parte para 
que não haja prejuízo processual. 
Art. 191. De comum acordo, o juiz e as partes podem fixar calendário para a prática 
dos atos processuais, quando for o caso.
§ 1º O calendário vincula as partes e o juiz, e os prazos nele previstos somente serão 
modificados em casos excepcionais, devidamente justificados.
§ 2º Dispensa-se a intimação das partes para a prática de ato processual ou a realização 
de audiência cujas datas tiverem sido designadas no calendário.
Da Prática Eletrônica dos Atos Processuais
Bem amigo(a) da rede Gran Cursos Online, vivemos na era da informática e é 
forçoso reconhecer a dependência dos computadores e da internet. Utilizamos nos-
sos aparelhos de modo a acessar a rede mundial de computadores para os mais 
diversos fins, trabalho, lazer e, como você está fazendo, para o estudo.
Diante disso, o Código destinou alguns artigos para tratar sobre a prática eletrô-
nica dos atos processuais. Mas vale dizer que a ideia de atuação por meio eletrônico 
não vem de 2015, com a nova legislação de ritos. Não, as disposições acerca dos pro-
cessos judiciais eletrônicos ingressaram no ordenamento jurídico brasileiro por meio 
da Lei n. 11.419/2006, a qual alterou a Lei n. 5.869/1973, lembra dessa legislação?
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Isso mesmo! O Código de Buzaid, e além de alterar a lei de ritos vigente, bem 
seja, a Lei n. 13.105/2015, irradiou seus efeitos para os outros ramos do direito 
instrumental, quais sejam: Processo Penal, Trabalhista, bem como os juizados es-
peciais, além de lançar efeitos em qualquer grau de jurisdição.
Então, com o advento da Lei n. 11.419/2006, os autos (a materialização do 
processo) que tinham o suporte em papel, passam a se materializar por meio do 
tráfego de informações, arquivos e documentos digitais, com todas as nuances da 
informática como certificações, segurança da informação, dentre outras caracterís-
ticas afetas a esses procedimentos.
Sendo assim, a nova sistemática processual admite autos:
•	 Físicos: cujo suporte para informação ainda é o papel (e alguns autos são tão 
antigos que, por pouco, o suporte não foi o papiro egípcio!)
•	 Digitais: o suporte é o meio eletrônico.
•	 Híbridos: conjugação dois os suportes supratranscritos: físico e eletrônico.
Art. 193. Os atos processuais podem ser total ou parcialmente digitais, de forma a 
permitir que sejam produzidos, comunicados, armazenados e validados por meio ele-
trônico, na forma da lei.
Agora, saliento que sobre os processos eletrônicos recaem todas as garantias 
processuais, tais como: a publicidade dos atos, o acesso e a participação das partes 
e dos procuradores constituídos por elas, a disponibilidade, independência da pla-
taforma computacional, acessibilidade e interoperabilidade dos sistemas, serviços, 
dados e informações que o Poder Judiciário administre no exercício de suas funções.
Chamo sua atenção para o fato de o Poder Judiciário manter, sem custas, aos 
interessados equipamentos necessários à prática de atos processuais e sistemas de 
acesso aos documentos.
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Caso não seja possível praticar o ato por meio eletrônico, o Código admite a 
prática por meios não eletrônicos, até porque, o que não pode ocorrer é o cerce-
amento de um ato processual sem que haja culpa da parte ou do procurador por 
ela constituído.
Dos Atos das Partes
Bem, as partes do processo podem produzir declarações de vontade durante a 
marcha processual, as quais constituem, modificam ou extinguem direitos.
Quanto a essas declarações, elas podem ser:
•	 Unilaterais: são atos que não dependem da anuência da parte adversa 
da relação jurídico processual (como no caso da desistência da ação antes 
da citação).
•	 Bilaterais: atos que, por seu turno, dependem da aquiescência da parte que 
ocupa o outro lado no polo da demanda para surtirem os efeitos pretendidos 
(é o caso da desistência após a contestação, a qual dependerá da concordân-
cia de quem ocupa o outro polo do processo)
Art. 200. Os atos das partes consistentes em declarações unilaterais ou bilaterais de 
vontade produzem imediatamente a constituição, modificação ou extinção de direitos 
processuais.
Parágrafo único. A desistência da ação só produzirá efeitos após homologação 
judicial.
A desistência da ação só produz efeitos depois da homologação do Juiz!
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O Novo código prevê uma vedação no que se refere ao lançamento de cotas 
lineares marginais ou interlineares (escritos fora ao lado ou entre as linhas dos au-
tos), as quais o Magistrado mandará riscar e imporá multa, de metade do salário 
mínimo a quem as tenha escrito.
Art. 202. É vedado lançar nos autos cotas marginais ou interlineares, as quais o juiz 
mandará riscar, impondo a quem as escrever multa correspondente à metade do salá-
rio-mínimo.
Dos Pronunciamentos do Juiz
Amigo(a), durante o curso do processo, o Magistrado fará pronunciamentos, 
com o objetivo de sentenciar a demanda carreada ao Poder Judiciário.
Nesse conduto de raciocínio, o Juiz poderá se pronunciar por meio de:
•	 Sentenças: pronunciamentos do julgador os quais visam terminar a fase de 
conhecimento ou extinguir a execução. Quando vai sentenciar, o Juiz exami-
na o mérito da demanda a ele levada. As sentenças podem se encartar nos 
artigos 485 (rol com hipóteses de extinção do processo sem julgamento de 
mérito) e 487 (rol com hipóteses de extinção do processo com julgamento 
de mérito). Como exemplo, a decisão proferida que obriga um vizinho a se 
abster de ouvir músicas em volume ensurdecedor no condomínio.
•	 Decisões interlocutórias: são pronunciamentos do magistrado que não en-
cerram a fase de conhecimento ou extinguem a execução. Trata-se de deci-
sões que não adentram no mérito da demanda. Seria o caso de uma ação de 
execução para pagamento de um cheque emitido sem provisão de fundos, a 
qual necessita de uma decisão que determine a perícia grafotécnica em uma 
cártula de cheque para ver se assinatura é verdadeira. Perceba que não se 
decidiu a demanda, o Juiz apenas admitiu uma questão que orbita o mérito, 
a qual se faz necessária para sentença.
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•	 Despachos: são pronunciamentos do juiz que objetivam dar continuidade ao 
processo. Não se trata de sentença nem de decisão interlocutória. Saliento 
que sobre esses pronunciamentos, não será cabível recurso.
•	 Atos meramente ordinatórios: são atos de expediente do Tribunal, os 
quais podem ser confiados ao diretor de secretaria, a servidor, tais como, a 
título de exemplo, juntar um documento ao processo.
•	 Acórdãos: esses são pronunciamentos exarados em Tribunais, por um cole-
giado (mais de um julgador), como em casos de recursos. Equivalem à sen-
tença no primeiro grau de jurisdição (enfrentam o mérito da demanda)
•	 Decisões monocráticas: são decisões proferidas pelo relator (Juiz respon-
sável por instruir os autos para decisão do colegiado), o qual a toma de forma 
isolada, quando o código assim assegura.
Ok, vistos esses pronunciamentos, veja a diferença entre pronunciamentos por 
meio de um quadro esquemático.
JUIZ (1º grau de jurisdição) TRIBUNAIS
Sentença Acórdão
Decisão interlocutória Decisão monocrática
Art. 203. Os pronunciamentos do juiz consistirão em sentenças, decisões interlocutó-
rias e despachos.
Art. 204. Acórdão é o julgamento colegiado proferido pelos tribunais.
Amigo(a), todos os pronunciamentos acima mencionados serão publicados no 
Diário de Justiça Eletrônico.
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Do Escrivão ou Diretor de Secretaria
Estimado(a) leitor(a), comentei acerca desse importante serventuário da justi-
ça, cujos atos processuais consistem em receber a petição inicial, autuar (“montar” 
os autos) com menção ao juízo e a natureza do processo, bem como o número do 
registro, qualificar as partes (dados que as individualizem autor e réu, como, por 
exemplo consignar seus nomes) anexar os volumes dos autos, quando excederem 
o número de páginas possíveis para um volume.
Além do exposto, compete a esse insigne auxiliar da justiça realizar juntada de 
documentos (acostar aos autos algum documento), franquear vistas do processo 
às partes e procuradores, rubricar e numerar as páginas do processo e assiná-las, 
ressalvar (retificar) a existência de rasuras ou erros materiais e certificar (expedir 
certidão por meio da qual se comunica com o Magistrado acerca de ocorrências 
havidas no processo, como, por exemplo, quando as pessoas intervenientes no ato 
não puderem assinar documentos).
O Escrivão ou chefe de secretaria não deve admitir atos ou termos processuais 
com espaços em branco (salvo quando inutilizados, a fim de evitar inclusões pos-
teriores indevidas) ou rasura (haja vista que essas situações podem comprometer 
a validade do ato), bem como entrelinhas ou emendas, exceto quando ressalvadas 
(retificadas com assinatura do serventuário, que é dotada de presunção de veraci-
dade, a qual será avaliada pelo Juiz em momento posterior, consoante o artigo 426 
no Código).
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Do Tempo e do Lugar dos Atos Processuais
Do Tempo
Tratarei acerca do tempo, amigo(a), aquele que não para aquele que voa, aque-
le que não volta. Portanto, aproveite esse precioso ativo!
Bem, sem divagações, quando falo de tempo para os atos do processo, me refi-
ro ao momento de realização dos atos processuais e chamo sua atenção para o fato 
de que a prática dos atos do processo serão realizadas em DIAS ÚTEIS (e essa foi 
uma importante alteração trazida pela legislação de 2015), no período compreen-
dido entre 6 (seis) horas da manhã às 20 (vinte) horas da noite.
Os atos processuais, em regra, serão realizados em dias úteis de 6 às 20 horas.
No entanto, essa regra pode ser flexibilizada em alguns atos, os quais poderão 
ser concluídos após às 20 (vinte) horas uma vez iniciados antes das vinte 
badaladas noturnas! Isso é possível quando o adiamento da realização do ato, 
depois do horário citado, puder prejudicar a diligência ou causar grave dano.
Art. 212. Os atos processuais serão realizados em dias úteis, das 6 (seis) às 20 (vin-
te) horas.
§ 1º Serão concluídos após as 20 (vinte) horas os atos iniciados antes, quando o 
adiamento prejudicar a diligência ou causar grave dano.
É isso, algumas diligências determinadas pelo Magistrado deverão ser realiza-
das depois das vinte, como, por exemplo, uma audiência de instrução e julgamento 
mais complexa, na qual um depoimento é mais extenso e a oitiva foi iniciada às 
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18h, porém não acabou às 20h. Sendo assim, para não interromper o depoente e 
ser necessário marcar uma nova ouvida, estende-se a instrução até às 20h30, até 
para não prejudicar a linha de raciocínio já iniciada.
Querido(a), no que se refere às citações intimações e penhoras, esses atos 
poderão ser realizados durante as férias forenses, nos tribunais onde elas 
ocorrerem, feriados ou dias úteis, mesmo que em horário diverso dos elencados 
no artigo 212 do Código, qual seja: das 6h às 20h. Porém, há de ser respeitado 
o artigo 5º, inciso XI da Carta Fundante, o qual versa sobre a inviolabilidade de 
domicílio e elenca as hipóteses autorizadoras do ingresso na casa de outrem, cujo 
estudo é mais aprofundado nas lições de Direito Constitucional e Penal.
Art. 5º (...)
XI – a casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém nela podendo penetrar sem con-
sentimento do morador, salvo em caso de flagrante delito ou desastre, ou para prestar 
socorro, ou, durante o dia, por determinação judicial;
Conforme o teor do § 2º do artigo 212, as citações, intimações e penhoras poderão 
ser realizadas no período de férias forenses, nos feriados ou em dias úteis, até fora 
do horário estabelecido no artigo (6 às 20 horas), desde que respeitado o inciso XI 
da Constituição.
§ 2º Independentemente de autorização judicial, as citações, intimações e penhoras 
poderão realizar-se no período de férias forenses, onde as houver, e nos feriados ou dias 
úteis fora do horário estabelecido neste artigo, observado o disposto no art. 5º, inciso 
XI, da Constituição Federal.
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Bem, como dito linhas acima, vivemos na época dos processos judiciais ele-
trônicos e as práticas relativas a processos com esse formato podem ocorrer em 
qualquer horário até às 24 (vinte e quatro horas) do último dia do prazo 
estabelecido.
Art. 213. A prática eletrônica de ato processual pode ocorrer em qualquer horário 
até as 24 (vinte e quatro) horas do último dia do prazo.
Por sua vez, os atos processuais não serão realizados durante as férias foren-
ses, nos tribunais onde elas ocorrerem, e feriados. Essa é a regra, porém, a Lei n. 
13.105 de 2015 flexibiliza isso.
Vixe, professor! Então existem exceções? Sim, estimado(a) leitor(a), alguns 
atos podem ser praticados nos tempos acima mencionados e até já vimos alguns, 
mas vamos organizar melhor as ideias. Podem ser praticados durante as férias fo-
renses (nem todos os tribunais possuem esse período) e feriados:
•	 Citações, intimações e penhoras (já citados em parágrafo acima).
•	 Em casos de tutela de urgência (até porque o nome já nos diz que não dá 
para esperar, como no caso de uma internação para salvar a vida de um pa-
ciente infartado).
Alguns procedimentos também serão processados em férias forenses como 
em situações de procedimentos de jurisdição voluntária e os necessários à conser-
vação de direitos, processos relativos à ação de alimentos e remoção de tutores e 
curadores, além de processos sobre os quais a lei determinar processamento nos 
períodos acima descrito.
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Art. 215. Processam-se durante as férias forenses, onde as houver, e não se suspen-
dem pela superveniência delas:
I – os procedimentos de jurisdição voluntária e os necessários à conservação de direi-
tos, quando puderem ser prejudicados pelo adiamento;
II – a ação de alimentos e os processos de nomeação ou remoção de tutor e curador;
III – os processos que a lei determinar.
Art. 216. Além dos declarados em lei, são feriados, para efeito forense, os sábados, os 
domingos e os dias em que não haja expediente forense.
Observe cauteloso(a) estudante, que os sábados, domingos e dias nos quais 
não haja expediente forense serão considerados feriados.
Do lugar dos atos processuais
Os atos processuais se realizarão de forma, como diria “o meu cumpadi Washing-
ton: ordinária” (comum), na sede do juízo onde há a marcha processual; e de forma 
extraordinária ou excepcional, como estabelece a lei de ritos, em outro lugar em ra-
zão do interesse da justiça, natureza do ato ou obstáculo arguido pelo interessado e 
acolhido pelo Juiz, conforme estabelece o artigo 217 da legislação processual.
Art. 217. Os atos processuais realizar-se-ão ordinariamente na sede do juízo, ou, ex-
cepcionalmente, em outro lugar em razão de deferência, de interesse da justiça, da 
natureza do ato ou de obstáculo arguido pelo interessado e acolhido pelo juiz.
Bem, com base no foi exposto, normalmente os atos são praticados no tribu-
nal onde o processo se desdobra. Então, lá ocorrem as audiências de instrução e 
julgamento, oitivas de testemunhas, dentre outros. Porém, há casos em que uma 
testemunha mora em outra comarca e, assim sendo, o Magistrado deverá ouvi-la, 
excepcionalmente, por carta Precatória, ou seja, o Juiz de outra localidade procede 
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à ouvida e remete os termos para o Julgador deprecante. Porém, o Magistrado pode 
realizar uma inspeção judicial (isto é, ir até o local para alguma diligência) ou ele 
poderá ouvir proceder à oitiva de uma testemunha que não pode se deslocar, ou 
seja, fora da sede do juízo. 
Dos prazos processuais
Bem amigo (a) da rede Gran Cursos Online, estudaremos, doravante, os prazos 
processuais, isto é, o lapso temporal, o espaço de tempo destinado à prática de 
algum ato dentro do processo, como, a título ilustrativo, os 15 (quinze) dias para 
contestar os argumentos aduzidos na petição inicial.
Os prazos para os atos processuais podem ser:
•	 Legais: estabelecidos por lei, como o prazo de 15 dias para interpor recurso 
de apelação da sentença.
Art. 218. Os atos processuais serão realizados nos prazos prescritos em lei.
•	 Judiciais: estabelecidos pelo Juiz em casos de omissão do prazo. Nessas si-
tuações, o Magistrado poderá, com base na complexidade do ato, determinar 
o lapso temporal para a prática dele.
§ 1º Quando a lei for omissa, o juiz determinará os prazos em consideração à 
complexidade do ato.
Contudo, há situações nas quais nem a lei, nem o Juiz estabelecem prazos no que 
se refere às intimações ou para prática de atos processuais, e aí? Como fazer em casos 
como esses?
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Bem, em situações nas quais houver omissões, a lei de ritos dirime a questão 
da seguinte forma:
•	 Omissões relativas aos prazos das intimações: obrigarão o compareci-
mento do intimado após decorridas 48 (quarenta e oito horas), as quais 
não se confundem com dois dias!
•	 Omissões relativas à prática de algum ato processual: segue-se um 
prazo padrão, qual seja: de 5 (dias) para a prática do ato.
§ 2º Quando a lei ou o juiz não determinar prazo, as intimações somente obrigarão a 
comparecimento após decorridas 48 (quarenta e oito) horas.
§3º Inexistindo preceito legal ou prazo determinado pelo juiz, será de 5 (cinco) dias o 
prazo para a prática de ato processual a cargo da parte.
Caso haja omissão relativa à prática de algum ato processual, segue-se o prazo 
padrão de 5 dias!
Veja, os atos processuais deverão ser praticados no prazo a eles conferidos, 
seja estabelecido por lei ou pelo Juiz. Quando um ato é praticado dentro do inter-
regno temporal a ele destinado, diz-se que ele foi tempestivo.
Por outro lado, se o ato é praticado fora do prazo, ele será considerado intem-
pestivo e acarretará ônus processual, tal como os efeitos da revelia.
Muitas vezes, no cenário processual, é que um ato não seja praticado no prazo 
conferido a ele, isto é, prazo transcorre in albis (em branco) e gere um prejuízo 
àquele que se quedou inerte.
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Certo, a pergunta é: e se o ato for praticado antes do prazo como, por exem-
plo, a parte não foi citada para apresentar contestação, mas a apresenta antes da 
comunicação por tomar conhecimento da existência de uma ação em seu desfavor.
Querido (a), o Código de 1973 estabelecia que se o ato fosse praticado antes do 
prazo a ele conferido, seria considerado intempestivo.
Ato praticado antes do início -----------------------------------fim
Prazo de 15 dias
Com base no esquema acima, pelo Código de Buzaid, de 1973, o ato seria con-
siderado intempestivo.
Contudo, o Novo Código de 2015 estabelece, por meio do §4º do artigo 218 que 
o ato praticado antes do prazo estabelecido será considerado tempestivo.
Ato praticado início -----------------------------------fim
Prazo de 15 dias 
Com base no esquema acima o ato será válido, tempestivo. Veja como a lei de 
ritos trata o assunto acima.
§ 4º Será considerado tempestivo o ato praticado antes do termo inicial do prazo.
Amigo(a), no que concerne ao assunto ora tratado, uma das grandes conquistas 
para os advogados se refere a contagem dos prazos em dias úteis. Conforme escrito 
acima, não são considerados dias úteis os feriados, os sábados e domingos. Então, 
agora é possível aos patronos das causas terem um final de semana ou outro, porque 
os dias corridos, muitas vezes, dificultavam o churrasco do domingo... Rsrs
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Art. 219. Na contagem de prazo em dias, estabelecido por lei ou pelo juiz, compu-
tar-se-ão somente os dias úteis.
Parágrafo único. O disposto neste artigo aplica-se somente aos prazos processuais.
Além disso, os prazos serão suspensos no período entre o dia vinte de dezembro 
e 20 de janeiro, são as chamadas “férias do advogado”, e nesse período, não po-
dem ocorrer audiências ou sessões de julgamento, afinal, se pudesse, as atividades 
seguiriam normalmente.
Quando falo de suspensão, refiro-me a paralisação do prazo, é como se o tempo 
para prática de atitude processual ficasse “congelado” e voltasse a contagem de 
onde parou. Então, se um recurso de apelação, cujo prazo para interposição é de 15 
(quinze), não foi interposto após o transcurso de 10 (dias) e sobreveio o recesso, 
após o período mencionado ele terá 5 (cinco) dias para a prática do ato, sob pena 
de intempestividade recursal.
Art. 220. Suspende-se o curso do prazo processual nos dias compreendidos entre 20 
de dezembro e 20 de janeiro, inclusive.
§ 1º Ressalvadas as férias individuais e os feriados instituídos por lei, os juízes, os mem-
bros do Ministério Público, da Defensoria Pública e da Advocacia Pública e os auxiliares 
da Justiça exercerão suas atribuições durante o período previsto no caput.
Aproveito o “embalo” para evidenciar que quando o Judiciário promover perí-
odos destinados à autocomposição (altamente recomendada pelo atual panorama 
processual), os prazos serão suspensos.
Chamo sua atenção para o fato de a lei de ritos permitir ao Juiz prorrogar (di-
latar) prazos. Isso demonstra o empoderamento atribuído ao Magistrado diante 
de situações práticas. Contudo, não é permitido aos Juízes reduzir os prazos 
peremptórios (estabelecido por lei) sem a anuência da parte, ou seja, o Jul-
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gador só pode reduzir os prazos mencionados se as partes concordarem! 
Além disso, o Código estabelece que em comarcas onde for difícil o transporte, 
o juiz poderá prorrogar os prazos por até 2 (dois) meses. Esse prazo poderá ser 
prorrogado em caso de calamidade pública. Estou escrevendo essa aula, com muito 
carinho, algum tempo depois da greve dos caminhoneiros. Ora, diante do cenário 
mencionado, o transporte se tornou inviável em algumas localidades e o Julgador 
poderia, a depender do caso, aplicar a regra do artigo 222 da lei de ritos.
Art. 222. Na comarca, seção ou subseção judiciária onde for difícil o transporte, o juiz 
poderá prorrogar os prazos por até 2 (dois) meses.
§ 1º Ao juiz é vedado reduzir prazos peremptórios sem anuência das partes.
§ 2º Havendo calamidade pública, o limite previsto no caput para prorrogação de prazos 
poderá ser excedido.
O Juiz pode dilatar os prazos processuais, porém a ele é vedado reduzir prazos pe-
remptórios (prazos previstos por lei), sem a anuência das partes!
Amigo(a), em regra, se os atos não forem praticados em momento oportuno, 
não poderão mais sê-lo. Entretanto, há situações nas quais há justo motivo para a 
inação, isto é, circunstâncias alheias à vontade da parte ou do advogado, que invia-
bilizaram o ato. Então, em situações como essas, se ficar comprovada a justa causa 
(pela parte que a alega), o Magistrado pode permitir a prática do ato no prazo por 
ele determinado.
Querido(a), falei até agora acerca dos prazos processuais e assinalo a importân-
cia de observá-los com muito cuidado, haja vista que a perda dele pode significar 
sucumbência na demanda. Ok!! Mas como se dá a contagem dos prazos?
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Bem, os prazos processuais serão contados da seguinte forma: exclui-se o dia 
do início e inclui-se o dia do fim.
Então, se Bill S. Preston foi citado no dia 15/05/2018 pelo oficial de justiça (dia 
do susto!), o qual juntou o mandado de citação nos autos na mesma data, o prazo 
começará a correr em 16/05/2018. Ele terá 15 (quinze) dias para contestar, ou 
seja, o prazo final ocorrerá no dia 06/06/2018. Opa! Professor, contei nos dedos 
aqui (até os dos pés!) e percebi que deram mais de 15 dias! Por isso que você cur-
sou Direito e não, Matemática?
Calma! É bem verdade que estou há anos luz de ser um Pitágoras, mas, nesse 
caso, não foi erro, não! Percebam que o mês de maio possui sábados e domingos 
(os quais não são computados) e dia 31 de maio é feriado, motivo pelo qual tam-
bém não é computado.
Art. 224. Salvo disposição em contrário, os prazos serão contados excluindo o dia do 
começo e incluindo o dia do vencimento.
§ 1º Os dias do começo e do vencimento do prazo serão protraídos para o primeiro dia 
útil seguinte, se coincidirem com dia em que o expediente forense for encerrado antes 
ou iniciado depois da hora normal ou houver indisponibilidade da comunicação eletrô-
nica.
§ 2º Considera-se como data de publicação o primeiro dia útil seguinte ao da disponibi-
lização da informação no Diário da Justiça eletrônico.
§ 3º A contagem do prazo terá início no primeiro dia útil que seguir ao da publicação.
Quanto aos processos eletrônicos, é importante salientar que a contagem de 
prazos se dá da seguinte forma: haverá a publicação do ato e no primeiro dia útil 
subsequente, inicia-se a contagem do prazo.
Ademais, quando o processo envolver litisconsortes com diferentes procura-
dores de escritórios distintos, o prazo será contado em dobro para as ma-
nifestações processuais. Essa hipótese não é aplicada aos processos eletrônicos, 
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até porque a ideia é a de que para efetivar o direito à ampla defesa as partes e os 
procuradores devem ter acesso aos autos, os quais, muitas vezes, não estão no 
tribunal, porquanto uma das partes fez carga do processo. Bem, essa problemática 
não ocorre nos Processos Judiciais Eletrônicos, haja vista eles estarem disponíveis 
aos litisconsortes por meio da rede mundial de computadores.
Os prazos do Ministério Público da Defensoria Pública e Advocacia Pública também 
são contados em dobro e serão contados da citação, intimação ou da notificação.
Bem, a lei de ritos estabelece o momento no qual se deve considerar o início dos 
prazos, vejamos abaixo como o Código inicia a contagem:
•	 Quando a intimação for feita pelos correios, inicia-se o prazo na data da jun-
tada do aviso de recebimento (AR) nos autos.
•	 Quando for feita por oficial de justiça, no dia da juntada do mandado cumprido.
•	 Na data de ocorrência da citação ou da intimação por escrivão ou chefe de 
secretaria.
•	 Quando a comunicação for feita por edital, no dia útil seguinte ao do prazo 
estabelecido pelo Magistrado.
•	 Quando a citação for por meio eletrônico, ela se dará no dia útil seguinte à 
consulta.
•	 Quando o ato de comunicação for feito por cartas (precatória, rogatória e de 
ordem), o prazo será contado da juntada da carta cumprida ou comunicação 
feita ao juiz deprecante por meio de comunicação eletrônica.
•	 Na data da publicação quando a intimação se der por meio do Diário da Jus-
tiça Eletrônica.
•	 No dia da retirada dos autos do cartório (carga) do Tribunal.
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Feitas essas considerações, é importante frisar que a Lei Instrumental estabele-
ce que se houver mais de um intimado para prática de um ato, a contagem se dará 
individualmente para cada um.
Art. 231. Salvo disposição em sentido diverso, considera-se dia do começo do prazo:
I – a data de juntada aos autos do aviso de recebimento, quando a citação ou a intima-
ção for pelo correio;
II – a data de juntada aos autos do mandado cumprido, quando a citação ou a intimação 
for por oficial de justiça;
III – a data de ocorrência da citação ou da intimação, quando ela se der por ato do es-
crivão ou do chefe de secretaria;
IV – o dia útil seguinte ao fim da dilação assinada pelo juiz, quando a citação ou a inti-
mação for por edital;
V – o dia útil seguinte à consulta ao teor da citação ou da intimação ou ao término do 
prazo para que a consulta se dê, quando a citação ou a intimação for eletrônica;
VI – a data de juntada do comunicado de que trata o art. 232 ou, não havendo esse, a 
data de juntada da carta aos autos de origem devidamente cumprida, quando a citação 
ou a intimação se realizar em cumprimento de carta;
VII – a data de publicação, quando a intimação se der pelo Diário da Justiça impresso 
ou eletrônico;
VIII – o dia da carga, quando a intimação se der por meio da retirada dos autos, em 
carga, do cartório ou da secretaria.
§ 1º Quando houver mais de um réu, o dia do começo do prazo para contestar corres-
ponderá à última das datas a que se referem os incisos I a VI do caput.
§ 2º Havendo mais de um intimado, o prazo para cada um é contado individualmente.
§ 3º Quando o ato tiver de ser praticado diretamente pela parte ou por quem, de qual-
quer forma, participe do processo, sem a intermediação de representante judicial, o dia 
do começo do prazo para cumprimento da determinação judicial corresponderá à data 
em que se der a comunicação.
§ 4º Aplica-se o disposto no inciso II do caput à citação com hora certa.
Prazos conferidos ao Juiz
Linhas acima, comentei acerca das manifestações do Juiz na marcha processu-
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al. Todas elas estão lastreadas no poder geral de decisão atribuído ao Magistrado. 
Diante disso, o Julgador terá os seguintes prazos relativos aos pronunciamentos:
•	 Despachos: devem ser proferidos em 5 (cinco) dias.
•	 Decisões Interlocutórias: devem ser proferidos em 10 (dez) dias.
•	 Sentença: devem ser proferidos em 30 (trinta) dias.
Saliento que os prazos supratranscritos são impróprios, ou seja, embora devam 
ser respeitados, não acarretam ônus ao julgador, acaso não sejam cumpridos (até 
porque, nem sempre é possível a pronúncia do magistrado dentro do lapso tempo-
ral estabelecido em razão da falta de estrutura no próprio juízo onde o Magistrado 
atua). Entretanto, os aludidos lapsos só podem ser descumpridos se houver justo 
motivo, consoante trataremos mais à frente.
Art. 226. O juiz proferirá:
I – os despachos no prazo de 5 (cinco) dias;
II – as decisões interlocutórias no prazo de 10 (dez) dias;
III – as sentenças no prazo de 30 (trinta) dias.
Das penalidades aos serventuários
Amigo(a), caso os serventuários da justiça não observemas normas estabeleci-
das no código, no que se refere aos prazos para fazer os autos conclusos, poderão 
sofrer penalidades, as quais serão verificadas pelo Juiz, inclusive com geração de 
processo administrativo.
As partes o Ministério Público e a Defensoria Pública podem representar contra 
o serventuário.
Além da responsabilidade atribuída aos serventuários da justiça, advogados res-
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pondem se não devolverem os autos no prazo de 3 (três) dias após intimados 
a restituí-los, com a consequente perda do direito a vistas a eles fora do Cartório do 
tribunal, multa no valor de metade de um salário mínimo, sem embargo de Comunica-
ção à Ordem dos Advogados, a fim de que sejam aplicadas as medidas cabíveis.
A mesma penalidade pecuniária evidenciada no parágrafo anterior será aplicada 
aos integrantes Membros do Ministério Público e aos integrantes da Defensoria Pú-
blica e da Advocacia Pública, além de o juiz comunicar o fato ao órgão responsável 
para instauração de processo em desfavor daquele que atuou no feito.
Art. 234. Os advogados públicos ou privados, o defensor público e o membro do Minis-
tério Público devem restituir os autos no prazo do ato a ser praticado.
§ 1º É lícito a qualquer interessado exigir os autos do advogado que exceder prazo legal.
§ 2º Se, intimado, o advogado não devolver os autos no prazo de 3 (três) dias, perde-
rá o direito à vista fora de cartório e incorrerá em multa correspondente à metade do 
salário-mínimo.
§ 3º Verificada a falta, o juiz comunicará o fato à seção local da Ordem dos Advogados 
do Brasil para procedimento disciplinar e imposição de multa.
§ 4º Se a situação envolver membro do Ministério Público, da Defensoria Pública ou 
da Advocacia Pública, a multa, se for o caso, será aplicada ao agente público respon-
sável pelo ato.
Por fim, consigno que o Juiz também pode ser representado pela parte, Minis-
tério Público e a Defensoria Pública, caso, de forma injustificada, exceda os prazos 
a ele conferidos.
Art. 235. Qualquer parte, o Ministério Público ou a Defensoria Pública poderá representar 
ao corregedor do tribunal ou ao Conselho Nacional de Justiça contra juiz ou relator que 
injustificadamente exceder os prazos previstos em lei, regulamento ou regimento interno.
Então, embora os prazos do Magistrado sejam impróprios, se não houver mo-
tivo justificado, ele poderá responder perante o Tribunal ou Conselho Nacional de 
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Justiça. Caso a inércia seja mantida, os autos serão remetidos ao substituto legal 
do Julgador.
Da Comunicação dos Atos Processuais
Consequências da perda de prazo
Pessoal, se ocorrer a perda de um prazo processual, haverá a denominada pre-
clusão, a qual se opera em virtude da perda de uma faculdade processual.
A preclusão pode ser classificada como:
•	 Temporal: se opera quando o ato não ocorre no prazo estabelecido pela lei 
ou pelo Juiz.
•	 Consumativa: Quando há um prazo para o ato, ele é realizado tempestiva-
mente, contudo, de forma incompleta. A título ilustrativo, ocorreria na situ-
ação em que se junta um documento importante ao julgamento da causa, 
quando, na verdade, deveriam ser juntados dois. Após a prática, o ato não 
poderá ser repetido.
•	 Lógica: quando existem atos incompatíveis entre si. É o caso de dois amigos 
que se desentenderam em razão de contrato de compra e venda e optam pela 
autocomposição, mas um deles, dois dias depois, acredita que fez um mau ne-
gócio e decide recorrer. A atitude é incompatível, não segue um raciocínio linear.
Da Comunicação dos Atos Processuais
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Estimado(a) leitor(a), quando estudamos as normas fundamentais, logo nos ar-
tigos introdutórios do Código de Processo, comentei acerca do neoprocessualismo. 
A nova perspectiva processual busca validade na Constituição de 1988, a qual fran-
queia a todos o direito à ampla defesa e contraditório.
Diante do raciocínio supra, alguém que tem em seu desfavor um processo, só 
terá condições de se defender, de forma ampla, se tiver ciência das ocorrências 
relativas à marcha processual. Sendo assim, no curso do processo, à parte, o exe-
cutado ou o terceiro juridicamente interessado deverão ser comunicados sobre os 
atos concernentes à demanda.
Nesse diapasão, os atos processuais serão cumpridos por ordem do Juiz e as co-
municações poderão ser feitas por cartas, quando os atos tiverem de ser praticados 
fora da comarca em que o magistrado atua, por questões de competência.
As cartas podem ser:
•	 Rogatórias: são comunicações entre Estados dotados de Soberania, ou seja, 
entre a justiça brasileira e estrangeira. Essa comunicação tem amparo na 
cooperação internacional, porquanto seja por tratado ou via diplomática, as 
Nações cooperam com a justiça do outro país.
•	 Precatórias: são comunicações entre os Estados dotados de autonomia no 
Brasil. Essas cartas fazem valer a cooperação nacional, por meio da qual Juí-
zes e auxiliares da justiça cooperam para que a marcha processual em outra 
comarca seja exitosa. Ocorre em casos nos quais é necessário escutar uma 
testemunha que morava em uma localidade e se mudou para outra, cuja 
competência territorial é atribuída a outro juiz.
•	 De ordem: são comunicações entre Tribunais e juízes a ele vinculados. A 
título ilustrativo, seria o caso do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Ter-
ritórios se valer do auxílio do Magistrado o qual atua no Fórum de alguma 
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cidade que pratique ato processual.
•	 Arbitral: são comunicações feitas pelos juízes arbitrais (atuantes em con-
venção das partes sobre direitos patrimoniais disponíveis) os quais solicitam 
que o poder judiciário determine o cumprimento ou pratique ato formulado 
por juízo arbitral, o que engloba a efetivação de tutela provisória.
Art. 237. Será expedida carta:
I – de ordem, pelo tribunal, na hipótese do § 2º do art. 236;
II – rogatória, para que órgão jurisdicional estrangeiro pratique ato de coopera-
ção jurídica internacional, relativo a processo em curso perante órgão jurisdi-
cional brasileiro;
III – precatória, para que órgão jurisdicional brasileiro pratique ou determine o 
cumprimento, na área de sua competência territorial, de ato relativo a pedido 
de cooperação judiciária formulado por órgão jurisdicional de competênciaterritorial 
diversa;
IV – arbitral, para que órgão do Poder Judiciário pratique ou determine o cumprimento, 
na área de sua competência territorial, de ato objeto de pedido de cooperação judiciária 
formulado por juízo arbitral, inclusive os que importem efetivação de tutela provisória.
Parágrafo único. Se o ato relativo a processo em curso na justiça federal ou em tribunal 
superior houver de ser praticado em local onde não haja vara federal, a carta poderá ser 
dirigida ao juízo estadual da respectiva comarca.
Amigo(a), chamo a atenção no sentido de que na era da informatização, a lei de 
ritos permite a prática de atos processuais por meio de videoconferência ou outro 
meio de comunicação tecnológica de transmissão de sons e imagens em tempo real.
Da Citação
Bem amigo (a) da rede Gran Cursos Online, a citação é o ato que dá ciência e 
convoca o réu, executando ou terceiro juridicamente interessado a integrar a rela-
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ção jurídica processual. Lembra-se do desenho que tenho feito de forma contumaz 
durante as aulas? Acerca da angularização processual? Olha ele aí outra vez:
Ué, professor! Faltou o réu, aí! Pois é, que bom que você sentiu falta... Rs, sem 
ele no polo passivo da demanda, isto é, se ele não integrar a lide, não há uma re-
lação jurídico processual.
Então, para que haja validade no processo, é necessário que o réu seja citado 
para que integre a lide. Diante disso, a natureza jurídica (o que significa para o 
direito) da citação é de pressuposto de validade do processo, isto é, se não houver 
citação válida, haverá nulidade do processo (conforme vimos em aula anterior), 
salvo se for o caso de improcedência liminar do pedido (prevista no artigo 332 
do código) ou indeferimento da petição inicial (nas hipóteses do artigo 330 do 
diploma processual) situações a serem estudadas em momento oportuno.
Art. 239. Para a validade do processo é indispensável a citação do réu ou do executado, 
ressalvadas as hipóteses de indeferimento da petição inicial ou de improcedência liminar 
do pedido.
A citação do réu ou executado é indispensável para a validade do processo. Entre-
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tanto, o artigo 239 do Código de Processo Civil a dispensa em caso de indeferimen-
to da petição inicial ou procedência liminar do pedido!
Veja os artigos que se relacionam com o tema tratado, relativos ao indeferimen-
to da petição inicial e improcedência liminar do pedido:
Art. 330. A petição inicial será indeferida quando:
I – for inepta;
II – a parte for manifestamente ilegítima;
III – o autor carecer de interesse processual;
IV – não atendidas as prescrições dos arts. 106 e 321.
§ 1º Considera-se inepta a petição inicial quando:
I – lhe faltar pedido ou causa de pedir;
II – o pedido for indeterminado, ressalvadas as hipóteses legais em que se permite o 
pedido genérico;
III – da narração dos fatos não decorrer logicamente a conclusão;
IV – contiver pedidos incompatíveis entre si.
(...)
Art. 332. Nas causas que dispensem a fase instrutória, o juiz, independentemente da 
citação do réu, julgará liminarmente improcedente o pedido que contrariar:
I – enunciado de súmula do Supremo Tribunal Federal ou do Superior Tribunal de Justiça;
II – acórdão proferido pelo Supremo Tribunal Federal ou pelo Superior Tribunal de Jus-
tiça em julgamento de recursos repetitivos;
III – entendimento firmado em incidente de resolução de demandas repetitivas ou de 
assunção de competência;
IV – enunciado de súmula de tribunal de justiça sobre direito local.
Bem, então após a citação, nossa angularização volta a ser da forma como era 
antes.
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A citação deverá ser endereçada ao réu, executado ou ao terceiro interessado. 
Porém, o comparecimento espontâneo deles supre a falta ou nulidade da citação, 
até porque se o objetivo é dar conhecimento acerca da existência da relação pro-
cessual, esse desiderato (objetivo) foi devidamente atingido. 
Art. 239. Para a validade do processo é indispensável a citação do réu ou do executado, 
ressalvadas as hipóteses de indeferimento da petição inicial ou de improce-
dência liminar do pedido.
§ 1º O comparecimento espontâneo do réu ou do executado supre a falta ou a 
nulidade da citação, fluindo a partir desta data o prazo para apresentação de contes-
tação ou de embargos à execução.
§ 2º Rejeitada a alegação de nulidade, tratando-se de processo de:
I – conhecimento, o réu será considerado revel;
II – execução, o feito terá seguimento.
A lei de ritos estabelece que se a citação válida for feita por juiz incompeten-
te, ainda assim ela induzirá a litispendência (quando há duas ações com identi-
dade entre as partes, causa de pedir e pedido), tornará litigiosa a coisa e constitui-
rá em mora o devedor (salvo em casos de o inadimplente já estar em mora).
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Art. 240. A citação válida, ainda quando ordenada por juízo incompetente, in-
duz litispendência, torna litigiosa a coisa e constitui em mora o devedor, res-
salvado o disposto nos arts. 397 e 398 da Lei no 10.406, de 10 de janeiro de 2002 
(Código Civil).
§ 1º A interrupção da prescrição, operada pelo despacho que ordena a citação, ainda 
que proferido por juízo incompetente, retroagirá à data de propositura da ação.
§ 2º Incumbe ao autor adotar, no prazo de 10 (dez) dias, as providências necessárias 
para viabilizar a citação, sob pena de não se aplicar o disposto no § 1º.
§ 3º A parte não será prejudicada pela demora imputável exclusivamente ao serviço 
judiciário.
§ 4º O efeito retroativo a que se refere o § 1º aplica-se à decadência e aos demais pra-
zos extintivos previstos em lei.
Querido(a), a citação, em regra, é um ato pessoal. Entretanto, existem exce-
ções nas quais a citação poderá ser feita ao representante legal, procurador do 
réu, do executado ou de quem tenha interesse na causa.
Art. 242. A citação será pessoal, podendo, no entanto, ser feita na pessoa do re-
presentante legal ou do procurador do réu, do executado ou do interessado.
§ 1º Na ausência do citando, a citação será feita na pessoa de seu mandatário, 
administrador, preposto ou gerente, quando a ação se originar de atos por eles 
praticados.
§ 2º O locador que se ausentar do Brasil sem cientificar o locatário de que deixou, na 
localidade onde estiver situado o imóvel, procurador com poderespara receber citação 
será citado na pessoa do administrador do imóvel encarregado do recebimento 
dos aluguéis, que será considerado habilitado para representar o locador em 
juízo.
A citação, em regra, é um ato pessoal. Entretanto, existem exceções nas quais a 
citação poderá ser feita ao representante legal, procurador do réu, do executado ou 
de quem tenha interesse na causa.
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Além do exposto, a União, Estados, Distrito Federal, Municípios e suas autar-
quias e fundações públicas serão citadas perante seus órgãos de representação, 
quais sejam, as advocacias públicas.
Outra particularidade relativa à citação se refere aos militares, os quais, quando 
em serviço ativo, poderão ser citados nas unidades onde prestam serviço.
Parágrafo único. O militar em serviço ativo será citado na unidade em que estiver ser-
vindo, se não for conhecida sua residência ou nela não for encontrado.
Uma questão que foi discutida durante a implementação do Novo Código foi a 
citação feita pelo porteiro dos condomínios. Veja, muitas pessoas se ocultam quan-
do o assunto é citação, porquanto sem ela o processo não tem validade (é um re-
quisito para validade processual), salvo em caso de indeferimento da petição 
inicial ou improcedência liminar do pedido.
Então, como nem todo mundo se encanta em ser réu ou executado em um pro-
cesso, o condômino diz ao porteiro do condomínio que ele não deve receber nenhum 
documento endereçado ao morador pedinte. Isso acontecia muito e ainda acontece.
Em casos como o mencionado, o novo código estabelece que o porteiro deve 
receber a citação e, acaso não receba, deverá declarar por escrito que o destinatá-
rio está ausente, sob pena dos encargos legais. Veja a redação do parágrafo 4º do 
artigo 248 da lei processual:
§ 4º Nos condomínios edilícios ou nos loteamentos com controle de acesso, será válida 
a entrega do mandado a funcionário da portaria responsável pelo recebimento de cor-
respondência, que, entretanto, poderá recusar o recebimento, se declarar, por escrito, 
sob as penas da lei, que o destinatário da correspondência está ausente.
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Agora, há dois pontos dignos de nota: o primeiro se refere há possibilidade de 
o destinatário arguir nulidade de citação se o porteiro não entregar a citação e o 
segundo se refere ao entendimento do Superior Tribunal de Justiça no sentido de 
que antes da alteração do Novo código, ou seja, sob a vigência da lei de ritos de 
1973, as citações feita pelo porteiro podem ser invalidadas.
Ademais, a citação endereçada a incapazes deverá ser realizada por meio 
de seus representantes legais.
Em regra, os atos processuais (os quais conglobam a citação) podem ser rea-
lizados em qualquer lugar. Nesse conduto de raciocínio, a citação poderá ser rea-
lizada onde quer que se encontre o citado, na sauna, durante um salto de Bungee 
Jump, no meio de uma luta de Mix and Martial Arts, Rsrs... deixa eu parar porque 
minha imaginação é fértil... você já deve ter percebido!
Contudo, em que pese a possibilidade de citação nos mais diversos locais e si-
tuações, o código estatui casos na vida do citado, nos quais ele não será intimado, 
como por exemplo: em cultos religiosos, nos três primeiros dias depois do casa-
mento, em casos de doenças graves, no dia do falecimento de parente em linha 
reta ou afim até segundo grau civil.
Porém, os casos acima não se aplicam quando houver urgência a qual possa 
resultar em perecimento do direito, como por exemplo: Ted Theodore Logan é res-
ponsável pelas internações em UTI e libera leitos nessa unidade, mas está no meio 
do casamento, ainda assim poderá ser intimado a conceder um leito a alguém que 
teve uma tutela de urgência concedida, haja vista o perigo de vida e, com efeito, 
o perecimento do direto.
No ato citatório é de bom alvitre que o oficial de justiça tenha os devidos cuida-
dos com a exposição, como se fosse uma “etiqueta citatória”, sem exposições ou 
aviltamentos.
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Art. 244. Não se fará a citação, salvo para evitar o perecimento do direito:
I – de quem estiver participando de ato de culto religioso;
II – de cônjuge, de companheiro ou de qualquer parente do morto, consanguíneo ou 
afim, em linha reta ou na linha colateral em segundo grau, no dia do falecimento e nos 
7 (sete) dias seguintes;
III – de noivos, nos 3 (três) primeiros dias seguintes ao casamento;
IV – de doente, enquanto grave o seu estado.
Querido(a), o artigo 246 da lei de ritos estabelece tipos de citação, as quais po-
derão ser feitas da seguinte forma:
•	 Pelos correios (uma carta com aviso de recebimento);
•	 Por oficial de justiça;
•	 Por meio eletrônico (meio mais celeridade e de baixo custo);
•	 Pelo escrivão ou diretor de secretária, em caso nos quais o citando comparece 
ao cartório do tribunal;
•	 Por Edital.
Art. 246. A citação será feita:
I – pelo correio;
II – por oficial de justiça;
III – pelo escrivão ou chefe de secretaria, se o citando comparecer em cartório;
IV – por edital;
V – por meio eletrônico, conforme regulado em lei.
§ 1º Com exceção das microempresas e das empresas de pequeno porte, as 
empresas públicas e privadas são obrigadas a manter cadastro nos sistemas 
de processo em autos eletrônicos, para efeito de recebimento de citações e in-
timações, as quais serão efetuadas preferencialmente por esse meio.
§ 2º O disposto no § 1º aplica-se à União, aos Estados, ao Distrito Federal, aos Municí-
pios e às entidades da administração indireta.
§ 3º Na ação de usucapião de imóvel, os confinantes serão citados pessoalmente, ex-
ceto quando tiver por objeto unidade autônoma de prédio em condomínio, caso em que 
tal citação é dispensada.
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Querido(a), a citação por correios com aviso de recebimento (AR) é a comuni-
cação padrão para citações. Porém, há casos em que a citação deverá ser realiza-
da por meio de oficial de justiça como em ações de estado de pessoa (separação, 
guarda de menores), incapacidade do citando, causa em que figurem como partes 
pessoas jurídicas de direito público, ou quando a parte requerer ao juiz a citação 
por oficial de justiça, desde que arque com às custas da diligência.
Se o oficial de justiça entender que a diligência apresenta riscos, deverá certi-
ficar (expedir uma certidão, que éum meio de se comunicar com o juiz, relatando 
os fatos ocorridos).
Art. 247. A citação será feita pelo correio para qualquer comarca do país, exceto:
I – nas ações de estado, observado o disposto no art. 695, § 3º;
II – quando o citando for incapaz;
III – quando o citando for pessoa de direito público;
IV – quando o citando residir em local não atendido pela entrega domiciliar de corres-
pondência;
V – quando o autor, justificadamente, a requerer de outra forma.
Conforme eu citei em linhas supratranscritas, nem todo mundo sonha em ocu-
par o polo passivo de uma demanda. Sendo assim, há pessoas que se ocultam em 
baixo da cama, no telhado, dentro do armário, no interior da geladeira, dentro do 
saquinho do supermercado, a fim de não serem citadas pelo oficial de justiça.
Esse importante auxiliar de justiça, com base na experiência profissional, pode 
perceber esse cenário e proceder à denominada citação por hora certa. Essa 
citação é admitida quando o oficial de justiça tentar citar o réu por duas vezes e 
suspeitar que ele se oculta.
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Nesse cenário, o oficial intima uma pessoa da família ou vizinho e informa que 
no dia útil seguinte retornará em horário marcado (o auxiliar da justiça determina 
a hora). Na data e horário marcados, retornará e caso o citando não esteja, bem 
como vizinhos e pessoas da família não estejam ou se recusem a receber o manda-
to citatório, todos os fatos serão relatados ao Magistrado em certidão.
Por fim, o oficial de justiça entregará a contrafé (recibo da entrega da citação) 
a familiar ou vizinho e entregará a citação por hora certa ao escrivão ou chefe de 
secretaria para as providências cartorárias (como juntada aos autos).
Art. 252. Quando, por 2 (duas) vezes, o oficial de justiça houver procurado o citando 
em seu domicílio ou residência sem o encontrar, deverá, havendo suspeita de ocultação, 
intimar qualquer pessoa da família ou, em sua falta, qualquer vizinho de que, no dia útil 
imediato, voltará a fim de efetuar a citação, na hora que designar.
Parágrafo único. Nos condomínios edilícios ou nos loteamentos com controle de acesso, 
será válida a intimação a que se refere o caput feita a funcionário da portaria 
responsável pelo recebimento de correspondência.
Art. 253. No dia e na hora designados, o oficial de justiça, independentemente de novo 
despacho, comparecerá ao domicílio ou à residência do citando a fim de realizar a dili-
gência.
§ 1º Se o citando não estiver presente, o oficial de justiça procurará informar-se das 
razões da ausência, dando por feita a citação, ainda que o citando se tenha ocultado em 
outra comarca, seção ou subseção judiciárias.
§ 2º A citação com hora certa será efetivada mesmo que a pessoa da família ou o vi-
zinho que houver sido intimado esteja ausente, ou se, embora presente, a pessoa da 
família ou o vizinho se recusar a receber o mandado.
§ 3º Da certidão da ocorrência, o oficial de justiça deixará contrafé com qualquer pessoa 
da família ou vizinho, conforme o caso, declarando-lhe o nome.
§ 4º O oficial de justiça fará constar do mandado a advertência de que será nomeado 
curador especial se houver revelia.
Art. 254. Feita a citação com hora certa, o escrivão ou chefe de secretaria enviará ao 
réu, executado ou interessado, no prazo de 10 (dez) dias, contado da data da juntada 
do mandado aos autos, carta, telegrama ou correspondência eletrônica, dando-lhe de 
tudo ciência.
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Amigo(a), como medida excepcional de tentar integrar o réu ou executado à 
lide, existe a chamada citação por edital. A última “trincheira” na batalha pra citar 
alguém!
Esse tipo de citação ocorrerá quando o réu está em local incerto e não sabido 
(quando infrutíferas as tentativas de localizá-lo), local inacessível (por exemplo 
quando o Estado Soberano não der cumprimento a carta rogatória), ou em caso 
expresso em lei (exequente requer a citação editalícia em razão de ver frustrada a 
citação pessoal e por hora certa).
Art. 256. A citação por edital será feita:
I – quando desconhecido ou incerto o citando;
II – quando ignorado, incerto ou inacessível o lugar em que se encontrar o citando;
III – nos casos expressos em lei.
§ 1º Considera-se inacessível, para efeito de citação por edital, o país que recusar o 
cumprimento de carta rogatória.
§ 2º No caso de ser inacessível o lugar em que se encontrar o réu, a notícia de sua cita-
ção será divulgada também pelo rádio, se na comarca houver emissora de radiodifusão.
§ 3º O réu será considerado em local ignorado ou incerto se infrutíferas as tentativas 
de sua localização, inclusive mediante requisição pelo juízo de informações sobre seu 
endereço nos cadastros de órgãos públicos ou de concessionárias de serviços públicos.
Agora, existem alguns requisitos para a citação por edital, tais como: a afirma-
ção do autor ou certidão do oficial de justiça que informem as circunstâncias auto-
rizadoras da aludida comunicação, ampla publicidade com publicação na internet, 
site do tribunal e plataforma do CNJ, a determinação do prazo compreendido entre 
20 (vinte) e 60 (sessenta) dias para chegada do réu – prazo determinado pelo juiz 
- e advertência de que será nomeado um curador especial em caso de revelia.
Os requisitos mencionados evidenciam o cuidado devido com esse tipo de citação, 
pois se trata de uma citação ficta ou presumida. Sendo assim, em um sistema ga-
rantista, como o brasileiro, a dinâmica da citação por edital se dá da forma mencionada.
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Art. 257. São requisitos da citação por edital:
I – a afirmação do autor ou a certidão do oficial informando a presença das circunstân-
cias autorizadoras;
II – a publicação do edital na rede mundial de computadores, no sítio do respectivo 
tribunal e na plataforma de editais do Conselho Nacional de Justiça, que deve ser cer-
tificada nos autos;
III – a determinação, pelo juiz, do prazo, que variará entre 20 (vinte) e 60 (sessenta) 
dias, fluindo da data da publicação única ou, havendo mais de uma, da primeira;
IV – a advertência de que será nomeado curador especial em caso de revelia.
Parágrafo único. O juiz poderá determinar que a publicação do edital seja feita também 
em jornal local de ampla circulação ou por outros meios, considerando as peculiaridades 
da comarca, da seção ou da subseção judiciárias.
Amigo(a), vimos, em algumas passagens das aulas anteriores, que a má-fé é 
frontalmente combatida na nova processualística. Assim sendo, se a parte alegar, 
dolosamente, a existência de causas autorizadoras da citação por edital, incorrerá 
em multa de 5 (cinco) salários mínimos em favor do citado.
Além dos tipos de citação mencionados, existe a possibilidade de citar por meio 
eletrônico.
Intimação

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