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INTRODUÇÃO À SEGURANÇA DO TRABALHO

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INTRODUÇÃO À SEGURANÇA DO TRABALHO
Histórico da Segurança no Trabalho
A Revolução Industrial foi o principal acontecimento histórico que contribuiu para o aumento dos problemas de saúde relacionados com as atividades laborais ou atividades de trabalho.
Os riscos inerentes a atividades de trabalho, que até então estavam restritas ao artesanato, ampliaram-se com a utilização das máquinas a vapor, gerando como consequência a produção em larga escala e o aumento da jornada de trabalho que chegava até 16 horas.
As fábricas eram localizadas em ambientes impróprios e as condições de trabalho eram muito ruins. Além disso, a utilização de mão de obra infantil e de mulheres era rotina. O resultado desse cenário foi o enorme número de doenças, acidentes de trabalho, mutilações e mortes. Com isso, foram surgindo os primeiros movimentos operários contra as péssimas condições de trabalho e ambientes insalubres. 
Os trabalhadores passaram a se organizar em sindicatos para melhor defenderem os seus interesses. Após muitas revoltas, começaram então a surgir as primeiras leis de proteção ao trabalho, que inicialmente se voltavam apenas para crianças e mulheres. É possível perceber, com isso, que a motivação para todas as leis foram os trabalhadores que através da não aceitação do que era imposto, lutaram para conseguir melhorias e qualidade de vida.
O processo evolutivo nas operações de manufatura ocorreu entre 1760 e 1840. Essa etapa de transformação culminou na utilização de máquinas, na fabricação de produtos químicos, nos processos de produção do ferro, na maior eficiência da utilização da água como recurso de energia a vapor e no aperfeiçoamento de ferramentas, além da substituição da madeira pelo carvão mineral.
PRIMÓRDIOS DA LEGISLAÇÃO 
A Primeira Lei de proteção dos Trabalhadores: a “lei de saúde e moral dos aprendizes” foi aprovada pelo parlamento da Inglaterra no ano de 1802. Durante o auge da primeira Revolução Industrial, quando muitos trabalhadores morriam ou sofriam enfermidades por conta das condições de trabalho da época.
A lei britânica de segurança do trabalho estabeleceu na época o limite de 12 horas de trabalho por dia, proibiu o trabalho noturno, obrigou os empregadores a lavar as paredes das fábricas duas vezes por ano e tornou obrigatória a ventilação do ambiente de trabalho.
No início do século 20, logo após o fim da Segunda Guerra Mundial, foi criada a Organização Internacional do Trabalho, para melhorar condições para empregados e garantir a segurança do trabalho. 
A OIT é responsável pela formulação e aplicação das normas internacionais do trabalho. O Brasil está entre os membros fundadores da OIT e participa da Conferência Internacional do Trabalho desde sua primeira reunião.
SEGURANÇA DO TRABALHO NO BRASIL
No Brasil, as primeiras regulamentações de segurança do trabalho começaram a surgir por volta de 1930, juntamente com a expansão industrial que começava a se espalhar pelo país. Porém, antes disso, em 1919, foi criada a lei de Acidentes do Trabalho, tornando compulsório o seguro contra o risco profissional. 
Em 1923, houve a criação da caixa de aposentadorias e pensões para os empregados das empresas ferroviárias, marco da Previdência Social. Em 1930, foi criado o Ministério do Trabalho. O presidente Getúlio Vargas, iniciou o processo de direitos trabalhistas individuais e coletivos com a criação da Consolidação das Leis do Trabalho, ou como conhecemos até hoje, a CLT, em 1943.
Em 1966, foi criada a Fundação Jorge do Duprat Figueiredo de segurança e medicina do trabalho – FUNDACENTRO, que atua em pesquisa científica e tecnológica relacionada à segurança e saúde dos Trabalhadores. A partir daí a segurança do trabalho evoluiu gradativamente no país, com a criação de leis trabalhistas, fundos de pensão para acidentados e organizações governamentais, até o ano de 1978, quando foram criadas as primeiras Normas Regulamentadoras, as NR.
Especificamente para segurança do trabalho em espaços confinados, foi criada em dezembro de 2006 e atualizada em dezembro de 2012, a Norma Regulamentadora 33. A NR 33 tem o objetivo de estabelecer os requisitos mínimos para identificação de espaços confinados e o reconhecimento, avaliação, monitoramento e controle dos riscos existentes, de forma a garantir permanentemente a segurança e saúde dos trabalhadores que interagem direta ou indiretamente nestes espaços.
SEGURANÇA DO TRABALHO HOJE
Uma das principais características que podemos evidenciar na prática moderna da Segurança do Trabalho é que procedimentos que antes eram adotados para atendimento de formalidades legais ou burocráticas, agora passaram a complementar as estatísticas de gestão econômica de recursos das empresas e incorporações modernas. Podemos destacar, a seguir, alguns importantes fatos que foram construídos por meio da evolução e do aperfeiçoamento de medidas com o objetivo de contribuir com o exercício seguro das atividades laborais nos mais diversos ambientes.
· A dignidade do trabalho passou a ser fator fundamental na prática das atividades, bem como as medidas de gratificação que promovem a qualificação profissional e crescimento como cidadão.
· Tornou-se comum a adaptação do trabalho ao homem, priorizando as questões de ergonomia aplicadas na legislação de SST, sendo evidenciada na adaptação e ajuste de máquinas, equipamentos e mobiliário, mudança dos processos produtivos, jornadas de trabalho e intervalos.
· O novo conceito de saúde foi consolidado, não relacionado apenas à inexistência das doenças e sim enfatizando a plena saúde física, mental e social. As normas legais buscam hoje em dia um ambiente de trabalho saudável, sem a única preocupação com existência de agentes insalubres e sim com a preocupação com a prevenção de qualquer fator negativo do ambiente.
· Os trabalhadores passam a ter acesso às informações relativas à segurança e à saúde no ambiente de trabalho, bem como a garantia de participação nos processos de elaboração das normas por meio de representantes.
· Os fatores e agentes de risco no ambiente de trabalho não são mais considerados problemas isolados e passam a ter uma importância geral. A potencialização dos agentes torna-se comum pelo contato entre eles. A jornada de trabalho excessiva, as condições ambientais e processos passam a ter relação direta com a geração e o agravo das doenças ocupacionais.
· Extinção de fatores de risco, por meio da priorização das medidas de controle de eliminação e que tenham alcance coletivo.
· Priorização das medidas coletivas de controle em detrimento das medidas de proteção individual.
· A limitação do tempo de exposição do trabalhador a atividades insalubres passa a contar com a possibilidade de redução da carga horária de trabalho.
· Proibição de prêmios por produtividade e limitação da jornada são ações que tem o objetivo de evitar a repetição e a monotonia no trabalho, consequências geralmente das tarefas de trabalho mecânico onde não haja necessidade da utilização de criatividade ou raciocínio constante.
· O empregador passa a ter responsabilidade pela aplicação das normas, sendo que assume a geração dos riscos no ambiente de trabalho. No caso de terceirização de serviços, aplica-se o princípio da responsabilidade solidária.
· O empregador ou tomador de serviço atualmente passa a ser responsável pela aplicação das normas de segurança e saúde do trabalho, adotando o princípio de que quem gera o risco é responsável por ele. Na presença de serviços terceirizados, já é frequente o estabelecimento de responsabilidade solidária entre tomadores de serviços e empregadores formais.
 TERMOS E CONCEITOS RELACIONADOS À SEGURANÇA DO TRABALHO
Por Segurança do Trabalho entende-se a área que tem como objetivo tutelar, proteger o trabalhador, buscando a diminuição da ocorrência de acidentes de trabalho ou ocupacionais e também de doenças. É também objetivo da matéria proteger a integridade e a capacidade de trabalho das pessoas. Abaixo, apresentamos conceitos básicos que todo profissional deve conhecer. 
· Acidente de trabalho – conceitolegal
Acidente do trabalho é aquele que ocorre no exercício do trabalho a serviço da empresa, provocando lesão corporal ou perturbação funcional que cause a morte, a perda, a redução permanente ou temporária de sua capacidade para o trabalho. Este conceito pode ser encontrado no artigo 19 da lei nº 8.213/1991.
Acidente fatal: acidente de provoca a morte do funcionário
Acidente grave: acidente que provoca lesões incapacitantes no funcionário
· Adicional de insalubridade
É o adicional pago ao trabalhador que desempenhe ou esteja envolvido com atividades insalubres. Segundo o artigo 189 da CLT, “serão consideradas atividades ou operações insalubres aquelas que, por sua natureza, condições ou métodos de trabalho, exponham os empregados a agentes nocivos à saúde, acima dos limites de tolerância fixados em razão da natureza e da intensidade do agente e do tempo de exposição aos seus efeitos”. Seu valor varia entre 10%, 20% e 40% sobre o salário.
· Adicional de periculosidade
É o adicional pago ao trabalhador que desempenhe ou esteja envolvido com atividades perigosas. Segundo a CLT, “são consideradas atividades ou operações perigosas, na forma da regulamentação aprovada pelo Ministério do Trabalho e Emprego, aquelas que, por sua natureza ou métodos de trabalho, impliquem risco acentuado em virtude de exposição permanente do trabalhador a: I – inflamáveis, explosivos ou energia elétrica; II – roubos ou outras espécies de violência física nas atividades profissionais de segurança pessoal ou patrimonial”. Seu valor é de 30% do salário.
· Adicional de penosidade
Indenização a funcionários que trabalham em condições de penosidade
· Agentes físicos, químicos e biológicos
Consideram-se agentes físicos as diversas formas de energia a que possam estar expostos os trabalhadores, tais como: ruído, vibrações, pressões anormais, temperaturas extremas, radiações ionizantes, radiações não ionizantes, bem como o infrassom e o ultrassom. Consideram-se agentes químicos as substâncias, compostos ou produtos que possam penetrar no organismo pela via respiratória, nas formas de poeiras, fumos, névoas, neblinas, gases ou vapores, ou que, pela natureza da atividade de exposição, possam ter contato ou ser absorvido pelo organismo através da pele ou por ingestão. Consideram-se agentes biológicos as bactérias, fungos, bacilos, parasitas, protozoários, vírus, entre outros.
· Agentes ergonômicos
Agentes que tornam o ritmo e/ou frequência do trabalho desajustados, como equipamentos e instrumentos que podem gerar desgaste físico, emocional, sono, fadiga e dores musculares, entre outros. 
· Ameaça
Evento, circunstância, acontecimento ou iminência de dano ou perda, seja ela humana ou material. 
· Comissão Interna de Prevenção de Acidentes – CIPA
Significa Comissão Interna de Prevenção de Acidentes. Foi criada na década de 40, pelo governo federal, objetivando reduzir o grande número de acidentes de trabalho nas indústrias. É um grupo de pessoas, constituído por representantes dos empregados e do empregador especialmente treinados para colaborar na prevenção de acidentes. A participação efetiva dos trabalhadores nessa comissão é um dos pilares de sustentação de qualquer programa voltado à prevenção de acidentes. A CIPA é um organismo interno nas empresas que deve ter atuação efetiva junto aos trabalhadores visando proporcionar ao máximo os resultados preventivos quanto a acidentes de trabalho. 
· Comunicação de Acidente de Trabalho – CAT
É um formulário que deve ser preenchido quando ocorrer qualquer tipo de acidente de trabalho (mesmo nos casos de doença profissional e acidentes de trajeto). O acidente de trabalho deverá ser comunicado à empresa pelo acidentado imediatamente, quando possível. A Comunicação de Acidente de Trabalho (CAT) deve ser emitida pela empresa do acidentado em até 24 (vinte e quatro) horas após o acidente.
· Equipamento de Proteção Individual – EPI
Muito citado na legislação e também no cotidiano dos trabalhadores, o equipamento de proteção individual é todo dispositivo ou produto, de uso individual utilizado pelo trabalhador, destinado a proteção contra riscos capazes de ameaçar a sua segurança e a sua saúde.  O uso deste tipo de equipamento só deverá ser feito quando não for possível tomar medidas que permitam eliminar os riscos do ambiente em que se desenvolve a atividade, ou seja, quando as medidas de proteção coletiva não forem viáveis, eficientes e suficientes para a atenuação dos riscos e não oferecerem completa proteção contra os riscos de acidentes do trabalho e/ou de doenças profissionais e do trabalho.
· Mapa de riscos ambientais
O mapa de riscos ambientais de uma empresa é a representação gráfica onde são apresentadas as informações suficientes visando a identificação e exposição dos ricos, de acordo com sua potencialidade e características. Para tal, são utilizados elementos gráficos e cores. O seu objetivo é informar e conscientizar os trabalhadores pela fácil visualização desses riscos. É um instrumento que pode ajudar a diminuir a ocorrência de acidentes do trabalho, objetivo que interessa aos empresários e aos trabalhadores.
Outros termos importantes
· ARCO ELÉTRICO OU VOLTAICO: DESCARGA ELÉTRICA PRODUZIDA PELA CONDUÇÃO DE CORRENTE ELÉTRICA POR MEIO DO AR OU GÁS, ENTRE DOIS CONDUTORES SEPARADOS.
· ATERRAMENTO ELÉTRICO: LIGAÇÃO À TERRA QUE ASSEGURA A FUGA DE CORRENTES ELÉTRICAS INDESEJÁVEIS.
· ATIVO: BENS DURÁVEIS OU NÃO-DURÁVEIS DA EMPRESA, TANGÍVEIS OU NÃO, SEJA EQUIPAMENTO, MATERIAL OU INFORMAÇÃO. TAMBÉM SIGNIFICA ATIVIDADE QUE GERE VALOR AO EMPREGADOR
· AVALIAÇÃO DE RISCO: INVESTIGAÇÃO DE VULNERABILIDADES E/OU AMEAÇAS DE ATIVOS COM O OBJETIVO DE CALCULAR A PROBABILIDADE DE EVENTOS QUE CAUSEM PERDAS OU DANOS, ALÉM DE SEUS POSSÍVEIS IMPACTOS, NO INTUITO DE QUE SEMPRE SE TOMEM AS MELHORES DECISÕES.
· BEM INTANGÍVEL: É UM BEM QUE NÃO MANIFESTA FISICAMENTE SUA EXISTÊNCIA, COMO UMA MARCA OU O CONHECIMENTO DE UMA INSTITUIÇÃO.
· BEM TANGÍVEL: É UM BEM FÍSICO, COMO UMA MÁQUINA, UM EQUIPAMENTO, UM CARRO, ENTRE OUTROS.
· BIOSSEGURANÇA: CONJUNTO DE TÉCNICAS, ESTUDOS E PROCEDIMENTOS QUE VISAM EVITAR OU CONTROLAR POSSÍVEIS PROBLEMAS À SAÚDE HUMANA E/OU DANOS AO MEIO AMBIENTE CAUSADOS POR PESQUISAS BIOLÓGICAS E/OU TRABALHOS RELACIONADOS.
· CLASSES DE FOGO: CLASSIFICAÇÃO DO FOGO, DE ACORDO COM O MATERIAL COMBUSTÍVEL. DIVIDE-SE EM CLASSE A (EM MATERIAIS DE COMBUSTÃO FÁCIL E PROFUNDA, DEIXANDO RESÍDUOS), CLASSE B (EM PRODUTOS INFLAMÁVEIS QUE QUEIMEM SOMENTE EM SUA SUPERFÍCIE, SEM DEIXAR RESÍDUOS), CLASSE C (EM EQUIPAMENTOS ELÉTRICOS ENERGIZADOS) E CLASSE D (EM ELEMENTOS PIROFÓRICOS).
· CONDIÇÃO INSEGURA: AQUELA EXISTENTE NO AMBIENTE DE TRABALHO QUE OFERECE PERIGO E OU RISCO AO TRABALHADOR.
· DOENÇAS OCUPACIONAIS: DECORREM DE EXPOSIÇÃO A SUBSTÂNCIAS OU CONDIÇÕES PERIGOSAS INERENTES A PROCESSOS E ATIVIDADES PROFISSIONAIS OU OCUPACIONAIS.
· DOENÇAS DO TRABALHO: PODEM SER ADQUIRIDAS OU DESENCADEADAS POR CONDIÇÕES INADEQUADAS DE TRABALHO, EXPONDO O TRABALHADOR A AGENTES NOCIVOS.
· ESTABILIDADE GARANTIDA: CARACTERÍSTICA RELATIVA A ELEMENTOS QUE NÃO OFEREÇAM RISCO DE COLAPSO OU DESABAMENTO.
· ESTRATÉGIA DE TRATAMENTO DO RISCO: EXPÕE DIFERENTES FORMAS DE GERIR OS RISCOS.
· ENGENHARIA DE SEGURANÇA DO TRABALHO:RAMO DA ENGENHARIA QUE ELABORA PROGRAMAS E CRIA SOLUÇÕES PARA MINIMIZAR ACIDENTES DE TRABALHO E DOENÇAS OCUPACIONAIS, ALÉM DE PROTEGER A INTEGRIDADE E A CAPACIDADE DE TRABALHO DO FUNCIONÁRIO.
· FAIL-SAFE: CONJUNTOS DE MEDIDAS QUE VISAM MINIMIZAR OS EFEITOS DE UMA FALHA.PODE SER PASSIVO, ATIVOU OU OPERACIONAL.
· FLASH-OVER: TEMPERATURA EM QUE O CALOR É ALTO O SUFICIENTE PARA INFLAMAR SIMULTANEAMENTE TODO O MATERIAL INFLAMÁVEL A SUA VOLTA. O FLASH-OVER CARACTERIZA-SE POR INFLAMAÇÃO DOS GASES PRESENTES EM UM AMBIENTE, FAZENDO COM QUE ELES SE INCENDEIEM DE REPENTE, CAUSANDO UMA EXPLOSÃO EM FORMA DE “BOLA” DE FOGO.
· FONTE FRIA: DISPOSITIVO PORTADOR DE FONTE RADIATIVA QUE NÃO CONTÉM FONTE RADIATIVA. USADO GERALMENTE PARA FINS DEMONSTRATIVOS E DIDÁTICOS.
· FONTE RADIATIVA:HASTE QUE CONTÉM UMA FONTE RADIATIVA EM ATIVIDADE.· GRAU DE RISCO: GRAU QUE MEDE A POSSIBILIDADE DE OCORRÊNCIA DE ACIDENTES DE TRABALHO, DE 1 A 4. QUANTO MAIOR A POSSIBILIDADE, MAIOR O GRAU DE RISCO.
· IMPACTO: RESULTADOS E/OU A CONSEQUÊNCIAS DE DANO OU PERDA.
· IMPACTO FINANCEIRO: O CÁLCULO DE CUSTOS DIRETOS E INDIRETOS (OU INTRÍNSECOS E RELATIVOS) DOS RISCOS, CASO ELES SE CONCRETIZEM.
· INCIDENTE: ACONTECIMENTO IMPREVISÍVEL QUE TIRA O DESENROLAR DAS ATIVIDADES DA NORMALIDADE, INTERROMPENDO O PROCESSO PRODUTIVO.
· INCOMBUSTÍVEL: MATERIAL QUE NÃO SE INFLAMA.
· LIMITE DE TOLERÂNCIA: INTENSIDADE MÁXIMA TOLERADA POR FUNCIONÁRIOS EXPOSTOS A AGENTES DURANTE A VIDA LABORAL, RELACIONADA À NATUREZA DO TRABALHO E AO TEMPO DE EXPOSIÇÃO.
· LOCAIS CONFINADOS:ESPAÇOS COM ENTRADA E SAÍDA DE VENTILAÇÃO NATURAL LIMITADA.
· MAPA DE RISCOS: MAPA INDICATIVO DOS RISCOS EM UM AMBIENTE DE TRABALHO, QUE UTILIZA UMA PLANTA DO AMBIENTE COM CÍRCULOS COLORIDOS. CADA COR REPRESENTA UM RISCO QUE TEM SEU TAMANHO DETERMINADO PELA GRAVIDADE.
· MATERIAL COMBUSTÍVEL: POSSUI PONTO DE FULGOR MAIOR OU IGUAL A 70⁰ C E MENOR OU IGUAL A 93,3⁰ C.
· MATERIAL INFLAMÁVEL:POSSUI PONTO DE FULGOR MENOR OU IGUAL A 70⁰ C.
· NÍVEL DE AÇÃO: O PONTO DE PARTIDA DE AÇÕES PREVENTIVAS, BUSCANDO MINIMIZAR A PROBABILIDADE DE AS EXPOSIÇÕES E AGENTES ULTRAPASSAREM OS LIMITES.
· NÍVEL DE EXPOSIÇÃO: NÍVEL MÉDIO REPRESENTATIVO DA EXPOSIÇÃO OCUPACIONAL DIÁRIA.
· NÍVEL DE EXPOSIÇÃO NORMALIZADO (NEN): EXPOSIÇÃO CONVERTIDA PARA JORNADA PADRÃO DE 8 HORAS DIÁRIAS, COMPARADA AO LIMITE DE EXPOSIÇÃO.
· PLANO DE CONTINGÊNCIA (OU PLANO DE RECUPERAÇÃO DE DESASTRE): MEDIDAS QUE SE UTILIZAM DE NORMAS E PROCEDIMENTOS A SEREM ADOTADOS, COM ATRIBUIÇÃO DE RESPONSABILIDADES EM CASO DE DESASTRES.
· PLANO DE CONTINUIDADE: MEDIDAS PLANEJADAS EM CASO DE RISCO, VISANDO ATIVIDADES E PROCESSOS EM FUNCIONAMENTO CASO OCORRA SINISTRO.
· PLANO DE EMERGÊNCIA: NORMAS E PROCEDIMENTOS ADMINISTRATIVOS, TÉCNICOS E LÓGICOS QUE BUSCAM UTILIZAR OS RECURSOS DISPONÍVEIS PARA MINIMIZAR OS EFEITOS DE SITUAÇÕES ENVOLVENDO INCÊNDIOS E SUAS CONSEQUÊNCIAS, NO INTUITO DE OBTER UMA RESPOSTA RÁPIDA E EFICIENTE.
· PLANO DE GERENCIAMENTO DE RISCOS: ANÁLISE E DIAGNÓSTICOS DE AMEAÇAS, VULNERABILIDADES, IMPACTOS E PROBABILIDADES DE RISCO QUE VAI DEFINIR ESTRATÉGIAS POLÍTICAS E ECONÔMICAS.
· PLANO DE GERENCIAMENTO DE CRISE: MEDIDAS QUE DETERMINAM AÇÕES E RESPONSÁVEIS NO CASO DE UMA CRISE. O IDEAL É QUE SEJA DESENVOLVIDA COMO FORMA DE PREVENÇÃO, COM REVISÕES PERIÓDICAS, PARA SE EVITAR OS DANOS QUE A CRISE ORIGINADA EM EMERGÊNCIAS, CONTINGÊNCIAS OU FATORES DE RISCO INERENTES PODE DESENCADEAR.
· PROBABILIDADE: CÁLCULO DA CHANCE DE RISCOS SE CONCRETIZAREM EM UMA INSTITUIÇÃO.
· RADIAÇÃO IONIZANTE: RADIAÇÃO QUE IONIZA OS ÁTOMOS DE UMA SUPERFÍCIE AO INCIDIR SOBRE ELA.
· RADIAÇÃO NÃO-IONIZANTE: RADIAÇÃO QUE NÃO IONIZA OS ÁTOMOS DE UMA SUPERFÍCIE AO INCIDIR SOBRE ELA. A NR-15 CONSIDERA RADIAÇÃO NÃO IONIZANTE AS MICRO-ONDAS, O LASER E O ULTRAVIOLETA.
· REDUÇÃO DO IMPACTO: CONTROLE DA EXTENSÃO DE RISCOS E SUAS CONSEQUÊNCIAS.
· RISCO: VARIÁVEL PERMANENTE EM TODAS AS ATIVIDADES HUMANAS, PODENDO RESULTAR DE AMEAÇAS, VULNERABILIDADES, PROBABILIDADES E IMPACTOS.
· RISCO BIOLÓGICO: DERIVADO DO CONTATO COM MICRO-ORGANISMOS NOCIVOS À SAÚDE.
· RISCO HUMANO: DERIVA DE AÇÃO OU OMISSÃO HUMANA, SEJA DE FORMA DIRETA OU INDIRETA, VOLUNTÁRIA OU INVOLUNTÁRIA.
· RISCO NATURAL: DERIVA DE FENÔMENOS NATURAIS.
· RISCO TÉCNICO: DERIVA DE MAU EMPREGO OU FALHA DE EQUIPAMENTOS, UTENSÍLIOS OU INSTRUMENTOS.
· SEGURANÇA: ESTADO, QUALIDADE OU CONDIÇÃO DAQUILO QUE SE ENCONTRA SEGURO, PROTEGIDO, ISENTO DE PERIGO.
· SEGURANÇA CORPORATIVA (OU INSTITUCIONAL): UTILIZA RECURSOS HUMANOS, TÉCNICOS E ORGANIZACIONAIS PARA TRATAR RISCOS DA INSTITUIÇÃO, PROTEGENDO PESSOAS, IMAGENS, INFORMAÇÕES E BENS A ELA RELACIONADAS E GARANTINDO ASSIM A CONTINUIDADE DE SUAS ATIVIDADES.
· SINISTRO: OFICIALIZAÇÃO DE DANO OU PREJUÍZO DE ATIVO OU BEM, DECORRENTE DE INCÊNDIO, ACIDENTE, ROUBO, FURTO, ENTRE OUTROS RISCOS.
· SISTEMA DE REFERÊNCIA: INSTALAÇÕES, ORGANIZAÇÕES, ATIVOS OU PESSOAS QUE SÃO PONTOS DE PARTIDA PARA A ANÁLISE DE RISCO.
· TOLERÂNCIA CRUZADA: OCORRE COM O USO SIMULTÂNEO DE PRODUTOS FARMACOLOGICAMENTE RELACIONADOS.
· TRABALHADOR QUALIFICADO: FUNCIONÁRIO QUE POSSA COMPROVAR À INSTITUIÇÃO E À INSPEÇÃO DO TRABALHO SUA CAPACITAÇÃO MEDIANTE TREINAMENTO NA INSTITUIÇÃO OU CURSO EM INSTITUIÇÕES PÚBLICAS OU PRIVADAS.
· TRABALHADOR HABILITADO: FUNCIONÁRIO QUE COMPROVE TER, JUNTO A ALGUM ÓRGÃO COMPETENTE, A HABILITAÇÃO EXIGIDA PELA LEI PARA A SUA FUNÇÃO.
· TRABALHADOR CAPACITADO: FUNCIONÁRIO TREINADO POR OUTRO PROFISSIONAL PARA A FUNÇÃO EXIGIDA.
· TRABALHADOR AUTORIZADO: FUNCIONÁRIO QUALIFICADO, HABILITADO E TREINADO ESPECIFICAMENTE PARA UMA FUNÇÃO.
· VULNERABILIDADE: FRAGILIDADE EXPOSTA QUE PODE SER TOMADA POR UMA AMEAÇA, POSSIBILITANDO O ACESSO DE UM ATIVO E CAUSANDO PERDAS E DANOS (IMPACTO).
 ÉTICA NA SEGURANÇA DO TRABALHO
Código de Ética é um documento que visa normatizar as ações de uma categoria dentro de padrões ideias de conduta, ou seja, padrões moralmente aceitos pela comunidade. Visa enquadrar os participantes da categoria em um padrão de atitude politicamente correta colocando em linha a entidade que os representa e a categoria profissional, no caso desse a FENATEST – Federação Nacional dos Técnicos de Segurança do Trabalho. A FENATEST é federação (entidade) que representa a categoria dos Técnicos de Segurança do Trabalho a nível nacional.
É função do Técnico de Segurança do Trabalho informar o empregador através de parecer técnico, sobre os riscos existentes nos ambientes da empresa, bem como orientar quais são as ações para eliminar ou neutralizar. Todas as profissões exigem ética profissional, mas em algumas essa condição tem que ser extrema, exemplo a de Técnico de Segurança do Trabalho que tem como premissa proteger a vida e saúde dos trabalhadores, sendo assim, nada mais digno que promover os mais elevados princípios éticos.
Toda ação do Técnico de Segurança do Trabalho deve priorizar interesse nas pessoas baseado no bem estar, saúde e segurança conforme conhecimentos adquiridos, em caso de dúvidas um especialista (Eng° Segurança do Trabalho ou Médico) deverá ser consultado. Os profissionais de Segurança do Trabalho devem informar a alta Administração e os Trabalhadores sobre os riscos da empresa que possam gerar acidentes ou prejudicar a saúde, mas devem manter sigilo desse tipo de assunto com pessoas externas, incluindo-se colegas de profissão.
Os profissionais de Segurança do Trabalho devem estabelecer relações de confiança mútua e de equidade com as pessoas que prestam serviços. Todos os trabalhadores devem ser tratados igualmente, sem discriminação com base na classe social, etnia, idade, religião, sexo e opiniões políticas.
Acredita-se que a responsabilidade do Técnico de Segurança do Trabalho é semelhante a da profissão de um médico. Primeiro de tudo, você não pode permitir causar danos aos colaboradores, e em seguida, dado o que está disponível para você, faça o seu melhor, com objetivo de proporcionar um ambiente de trabalho seguro e saudável para os colaboradores.
Trabalhar como Técnico de Segurança do Trabalho dedicando-se a atuar com competência, dedicação, honestidade e zelo, buscando atender as legislações aplicáveis, sobretudo salvaguardar a saúde e segurança dos colaboradores deve ser a prioridade do profissional ético.
Para alguns parece não ser um caminho fácil atender o exposto acima, mas a resistência em atender princípios básicos da profissão, pode sim levar o Técnico de Segurança do Trabalho ao encarceramento, e isso não é exclusividade desta atividade, mas sim objeto de outras profissões. Atitudes como emitir certificados de treinamento às cegas sem ministrar o treinamento bem como ignorar extensas irregularidades no sistema de combate ao incêndio não permite outro caminho aos responsáveis que não seja a de responder ao previsto no Art. 13, § 2 do Código Penal – Decreto Lei 2848/40.
 CÓDIGO DE ÉTICA
CAPÍTULO I
DA ATIVIDADE PROFISSIONAL 
Art. 04 – As funções, quando no exercício profissionaldo técnico de segurança do trabalho, são definidas pela Portaria 3.275, de 21 de setembro de 1989, não sendo permitido o desvio desta. 
CAPÍTULO II 
DO PROFISSIONAL 
Art.05 – Exercer o trabalho profissional com competência, zelo, lealdade, dedicação e honestidade, observando as prescrições legais e regulamentares da profissão e resguardando os interesses dos trabalhadores conforme Portaria 3214 suas NRs. e demais legislações prevencionistas. 
Art.06 – Acompanhar a legislação que rege o exercício profissional da segurança do trabalho, visando a cumpri-la corretamente e colaborar para sua atualização e aperfeiçoamento. 
Art.07 – O técnico de segurança do trabalho poderá delegar parcialmente a execução dos serviços a seu cargo a um colega de menor experiência, mantendo-os sempre sob sua responsabilidade técnica. 
Art. 08 – Considerar a profissão como alto título de honra e não praticar nem permitir a prática de atos que comprometam a sua dignidade. 
Art.09 – Cooperar para o progresso da profissão, mediante o intercâmbio de informações sobre os seus conhecimentos e contribuição de trabalho às associações de classe e a colegas de profissão. 
Art.10 – Colaborar com os órgãos incumbidos da aplicação da lei de regulamentação do exercício profissional e promover, pelo seu voto nas entidades de classe, a melhor composição daqueles órgãos. 
Art.11 – O espírito de solidariedade, mesmo na condição de empregado, não induz nem justifica a participação ou conivência com o erro ou com os atos infringentes de normas técnicas que regem o exercício da profissão. 
CAPÍTULO III
DOS DEVERES
Art. 12 – Guardar sigilo sobre o que souber em razão do exercício profissional lícito, inclusive no âmbito do serviço público, salvo os casos previstos em lei ou quando solicitado por autoridades competentes e as instituições representativas da categoria 
Art.13 – Se substituído em suas funções, informar ao substituto todos os fatos que devam chegar ao seu conhecimento, a fim de habilitá-lo para o bom desempenho das funções a serem exercidas. 
Art.14 – Abster-se de interpretações tendenciosas sobre a matéria que constitui objeto de perícia, mantendo absoluta independência moral e técnica na elaboração de programas prevencionistas de segurança e saúde no trabalho. 
Art.15 – Considerar e zelar com imparcialidade o pensamento exposto em tarefas e trabalhos submetidos a sua apreciação. 
Art. 16 – Abster-se de dar parecer ou emitir opinião sem estar suficientemente informado e munido de documentos. 
Art.17 – Atender à instituições representativas da categoria, no sentido de colocar à sua disposição, sempre que solicitados, papéis de trabalho, relatórios e outros documentos que deram origem e orientaram a execução do seu trabalho. 
Art. 18 – Os deveres do técnico de segurança do trabalho compreendem, além da defesa do interesse que lhe é confiado, o zelo do prestígio de sua classe e o aperfeiçoamento da técnica de trabalho. 
Art. 19 – Manter-se regularizado com suas obrigações com as instituições representativas da categoria. 
Art.20 – Comunicar as instituições representativas da categoria fatos que envolvam recusa ou demissão de cargo, função ou emprego, motivados pela necessidade do profissional em preservar os postulados, éticos e legais da profissão. 
CAPÍTULO IV
DA CONDUTA
Art. 21 – Zelar pela própria reputação, mesmo fora do exercício profissional; 
Art. 22 – Não contribuir para que sejam nomeadas pessoas que não tenham a necessária habilitação profissional para cargos rigorosamente técnicos. 
Art.23 – Na qualidade de consultor ou árbitro independente, agir com absoluta imparcialidade e não levar em conta nenhuma consideração de ordem pessoal. 
Art. 24 – Considerar como confidencial toda informação técnica, financeira ou de outra natureza que obtenha sobre os interesses dos empregados ou empregador. 
Art. 25- Assegurar ao trabalhador e ao empregador um trabalho técnico livre de danos decorrentes de imperícia, negligência ou imprudência. 
CAPÍTULO V
DOS COLEGAS
Art.26 – A conduta do técnico com os demais profissionais em exercício na área de segurança e saúde no trabalho deve se basear no respeito mútuo, na liberdade e independência profissional de cada um, buscando sempre o interesse comum e o bem estar da categoria. 
Art.27 – Deve ter para com os colegas apreço, respeito, consideração e solidariedade, sem, todavia, eximir-se de denunciar atos que contrariem os postulados éticos à Comissão de Ética da instituição em que exerce seu trabalho profissional e, se necessário, às instituições representativas da categoria 
Art.28 – Abster-se da aceitação de encargo profissional em substituição a colega que dele tenha desistido para preservar a dignidade ou os interesses da profissão ou da classe, desde que permaneçam as mesmas condições que ditaram o referido procedimento. 
Art.29 – Não tomar como suas ou desqualificar os trabalhos, iniciativas ou soluções encontradas por colegas, sem a necessária citação ou autorização expressa. 
Art. 30 – Não prejudicar legítimos interesses ou praticar de maneiras falsas ou maliciosas, direta ou indiretamente, a reputação, a situação ou a atividade de um colega. 
CAPÍTULO VI
DAS PROIBIÇÕES
Art.31 – É vetado ao técnico de segurança do trabalho anunciar, em qualquer modalidade ou veículo de comunicação, conteúdo que resulte na diminuição do colega, da organização ou da classe. 
Art.32 – Assumir, direta ou indiretamente, serviços de qualquer natureza, com prejuízo moral ou desprestígio para classe. 
Art.33 – Auferir qualquer provento em função do exercício profissional que não decorra exclusivamente de sua prática lícita ou serviços não prestados. 
Art.34 – Assinar documentos ou peças elaborados por outros, alheios à sua orientação, supervisão e fiscalização. 
Art.35 – Exercer a profissão quando impedido, ou facilitar, por qualquer meio, o seu exercício aos não habilitados ou impedidos. 
Art.36 – Aconselhar o trabalhador ou o empregador contra disposições expressas em lei ou contra os princípios fundamentais e as normas brasileiras de segurança e saúde no trabalho. 
Art. 37 – Revelar assuntos confidenciais por empregados ou empregador para acordo ou transação que, comprovadamente, tenha tido conhecimento. 
Art.38 – Iludir ou tentar a boa fé do empregado, empregador ou terceiros, alterando ou deturpando o exato teor de documentos, bem como fornecendo falsas informações ou elaborando peças inidôneas. 
Art.39 – Elaborar demonstrações na profissão sem observância dos princípios fundamentais e das normas editadas pelas instituições representativas da categoria 
Art.40 – Deixar de atender às notificações para esclarecimento à fiscalização ou intimações para instrução de processos. 
Art.41 – Praticar qualquer ato ou concorrência desleal que, direta ou indiretamente, possa prejudicar legítimos interesses de outros profissionais. 
Art.42 – Expressar-se publicamente sobre assuntos técnicos sem estar devidamente capacitado para tal e, quando solicitado a emitir sua opinião, somente fazê-lo com conhecimento da finalidade da solicitação e em benefício da coletividade. 
Art. 43 – Determinar a execução de atos contrários ao código de ética dos profissionais que regulamenta o exercício da profissão. 
Art.44 – Usar de qualquer mecanismo de pressão ou suborno com pessoas físicas e jurídicas para conseguir qualquer tipo de vantagem. 
Art.45 – Utilizar forma abusiva o poder que lhe confere a posição ou cargo para impor ordens, opiniões, inferiorizar as pessoas e/ou dificultar o exercício profissional. 
CAPÍTULO VII
DA CLASSE
Art.46 – Acatar as resoluções votadas pela classe, inclusive quanto a honorários. 
Art.47 – Prestigiar as entidades de classe contribuindo, sempre que solicitado, para o sucesso de suas iniciativas em proveito da profissão, dos profissionais e da coletividade. 
CAPÍTULO VIII
DOS DIREITOS
Art.48 – Representar perante os órgãos competentes as irregularidades comprovadamente ocorridas na administração de entidade da classe. 
Art.49 – Recorrer às instituições representativas da categoria, quando impedido de cumpriro presente código e as leis do exercício profissional. 
Art.50 – Renunciar às funções que exerce logo que positivar falta de confiança por parte do empregador, a quem deverá notificar com trinta dias de antecedência, zelando, contudo, para que os interesses dos mesmos não sejam prejudicados, evitando declarações públicas sobre os motivos da renúncia. 
Art. 51 – O técnico de segurança do trabalho poderá publicar relatório, parecer ou trabalho técnico– profissional e assinado sob sua responsabilidade. 
Art. 52 – O técnico de segurança do trabalho, quando assistente técnico, auditor ou árbitro poderá recusar sua indicação quando reconheça não se achar capacitado em face da especialização requerida. 
Art.53 – Recusar-se a executar atividades que não sejam de sua competência legal. 
Art. 54 – Considerar-se impedido para emitir parecer ou elaborar tarefas em não conformidade com as normas de segurança e saúde no trabalho, e orientações editadas pelas instituições representativas da categoria. 
Art. 55 – O técnico de segurança do trabalho poderá requerer desagravo público às instituições representativas da categoria quando atingido, pública e injustamente, no exercício de sua profissão. 
CAPÍTULO IX
DAS PENALIDADES
Art. 56 – A transgressão de preceito deste código constitui infração ética, sancionada, segundo a gravidade, com a aplicação de uma das seguintes penalidades: – Advertência reservada; – Censura reservada; – Censura pública; Na aplicação das sanções éticas são consideradas como atenuantes: – Falta cometida em defesa de prerrogativa profissional; – Ausência de punição ética anterior; – Prestação de relevantes serviços à classe. 
Art.57 – O julgamento das questões relacionadas à transgressão de preceitos do Código de Ética incumbe, originariamente, as instituições representativas da categoria, que funcionarão como Comissão de Ética, facultado recurso dotado de efeito suspensivo, interposto no prazo de trinta dias. 
Art.58 – Não cumprir, no prazo estabelecido, determinação das instituições representativas da categoria, depois de regularmente notificado. 
Art.59 – O recurso voluntário somente será encaminhado a Comissão de Ética, para manter ou reformar parcialmente a decisão. 
Art.60 – Quando se tratar de denúncia, as instituições representativas da categoria comunicará ao denunciante a instauração do processo até trinta dias depois de esgotado o prazo de defesa.
Art. 61 - Compete às instituições representativas da categoria, em cuja jurisdição se encontrar inscrito o técnico de segurança do trabalho, a apuração das faltas que cometerem contra este Código e a aplicação das medidas previstas na legislação em vigor. 
Art.62 – As infrações deste código de ética serão julgadas pelas Comissões Especializadas instituídas pelas instituições representativas da categoria, conforme dispõe a legislação vigente. 
Art. 63 – A cassação consiste na perda do direito ao exercício da profissão de técnico de segurança do trabalho e será por decisão do Ministério do Trabalho e Emprego. 
Art.64 – Considera-se infração ética a ação, omissão ou conivência que implique em desobediência e/ou inobservância às disposições do código de ética dos profissionais técnicos de segurança do trabalho. 
Art. 65 – Atentar para as resoluções específicas sobre as graduações das penalidades. 
 LEGISLAÇÃO DA SEGURANÇA NO TRABALHO
Organização Internacional do Trabalho
Uma das funções fundamentais da Organização Internacional do Trabalho (OIT) é a elaboração, adoção, aplicação e promoção das Normas Internacionais do Trabalho, sob a forma de convenções, protocolos, recomendações, resoluções e declarações. Todos estes instrumentos são discutidos e adotados pela Conferência Internacional do Trabalho  (CIT), órgão máximo de decisão da OIT, que se reúne uma vez por ano.
· Convenções e Protocolos
São tratados internacionais que definem padrões e pisos mínimos a serem observados e cumpridos por todos os países que os ratificam. A ratificação de uma convenção ou protocolo da OIT por qualquer um de seus 187 Estados-Membros é um ato soberano e implica sua incorporação total ao sistema jurídico, legislativo, executivo e administrativo do país em questão, tendo, portanto, um caráter vinculante.
· Recomendações
Não têm caráter vinculante em termos legais e jurídicos. Uma recomendação frequentemente complementa uma convenção, propondo princípios reitores mais definidos sobre a forma como esta poderia ser aplicada. Existem também recomendações autônomas, que não estão associadas a nenhuma convenção, e que podem servir como guias para a legislação e as políticas públicas dos Estados-Membros.
· Resoluções e Declarações
As resoluções representam pautas destinadas a orientar os Estados-Membros e a própria OIT em matérias específicas. Já as declarações contribuem para a criação de princípios gerais de direito internacional. Ainda que as resoluções e declarações não tenham o mesmo caráter vinculante das convenções e dos protocolos, os Estados-Membros devem responder à OIT quanto às iniciativas e medidas tomadas para promover seus fins e princípios. 
Em 1998, a OIT adotou a Declaração Relativa aos Princípios e Direitos Fundamentais no Trabalho e seu Seguimento, que constitui uma reafirmação universal do compromisso dos Estados-Membros de respeitar, promover e aplicar um patamar mínimo de princípios e direitos no trabalho, reconhecidos como fundamentais para o desenvolvimento sustentável, e também incorporados na Declaração de 2008 da OIT sobre a Dimensão de Justiça Social numa Globalização Equitativa. 
Esses princípios e direitos são regidos por oito Convenções fundamentais que abrangem a liberdade sindical, o reconhecimento efetivo do direito da negociação coletiva, a eliminação de todas as formas de trabalho forçado, a eliminação efetiva do trabalho infantil e a eliminação da discriminação em matéria de emprego e profissão. 
A OIT disponibiliza ao público um sistema online chamado NORMLEX , que reúne todas as informações sobre as Normas Internacionais de Trabalho, assim como sobre as legislações nacionais relacionadas trabalho e segurança social.
· Sistema de Controle Normativo
A OIT possui um sistema de controle da aplicação das normas composto por vários órgãos e instrumentos, dentre os quais: 
· Comissão de Peritos para a Aplicação das Convenções e das Recomendações (CEACR), que examina as informações dos Estados-Membros sobre as convenções por eles ratificadas, publicando um relatório anual para a CIT (seus relatório estão disponíveis online );
· Comitê de Aplicação das Normas da Conferência  (CAS), que examina o relatório anual da CEACR durante a CIT (seus relatório estão disponíveis online );
· Reclamações e Queixas Entregues ao Conselho da Administração, canal para Estados-Membros ou organizações de empregadores e de trabalhadores apresentarem à OIT reclamações contra qualquer Estado-Membro que, na sua opinião, não tenha assegurado de forma satisfatória o cumprimento de uma convenção ratificada;
Comitê de Liberdade Sindical , que examina as queixas relativas às violações dos princípios da liberdade sindical e da negociação coletiva (derivados das Convenções 87  e 98 ), ainda que o Estado-Membro acusado de infrações não tenha ratificado tais convenções.
 CONSTITUIÇÃO FEDERAL E CLT
O fundamento para a saúde e a segurança do trabalhador está estabelecido na Constituição Federal, conforme disposto no art. 1º, incisos III e IV, que trata da dignidade da pessoa humana e dos valores sociais do trabalho.
Igualmente, encontram-se no art. 7º da Carta Maior, normas que protegem o empregado, como aquela prevista no inciso XXII, que estabelece como direito essencial a redução dos riscos inerentes ao trabalho, por meio de normas de saúde, higiene e segurança.
Ou aquela estabelecida no inciso XXVIII, do mesmo artigo, que prevê seguro contra acidentes de trabalho, a cargo do empregador, sem excluir a indenização a que este está obrigado, quando incorrer em dolo ou culpa.
Essas normas constitucionais de proteção não têm alcançado efetividade e não têm evitado sofrimentoa um grande número de trabalhadores, com a perda da saúde, com mutilações, ou com a perda da própria vida, sendo que os acidentes de trabalho e as doenças profissionais vêm aumentando em número que causam grande preocupação e trazem prejuízos incalculáveis ao Estado.
O Brasil tem um sistema importante de proteção à saúde e à vida do trabalhador, mas que não está cumprindo com a sua finalidade. A Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) complementa o texto constitucional, trazendo normas e regras que protegem o trabalho e o trabalhador. E mais recentemente, surgiu o Decreto nº 7.602, de 08.11.2011, que instituiu a nova Política Nacional de Segurança e Saúde no Trabalho.
Isso tudo, entretanto, é insuficiente. A Fiscalização deixou de ser eficiente por falta de estrutura, por falta de fiscais. Surge então a necessidade de ampliação do diálogo social, para que mais pessoas e entidades se integrem no esforço de prevenção dos acidentes e doenças no trabalho.
O diálogo social se caracteriza por essa busca de responsabilização de todos os atores sociais. Assim, o Estado tem que assumir a sua responsabilidade, diretamente, através do Ministério do Trabalho e Emprego ou pelo Poder Judiciário Trabalhista. Ou ainda, pelo Ministério Público do Trabalho.
Não se pode também deixar de chamar a atenção para a responsabilidade e o compromisso dos empregados e das empresas, que devem ser os primeiros a buscar a prevenção e a evitar acidentes e doenças profissionais, notadamente a empresa, que é dona do capital e, portanto, tem os meios necessários para implementação de ações que evitem sinistros e doenças.
É importante ressaltar a importância da atuação dos sindicatos na proteção dos trabalhadores, na saúde e proteção da vida. Percebe-se que neste campo, ainda é pequena a atuação dos sindicatos. Não se tem visto, nas negociações coletivas, cláusulas que protejam a vida e previnam acidentes e doenças profissionais.
Art. 7º da Constituição Federal
Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição social:
I - relação de emprego protegida contra despedida arbitrária ou sem justa causa, nos termos de lei complementar, que preverá indenização compensatória, dentre outros direitos;
II - seguro-desemprego, em caso de desemprego involuntário; 
III - fundo de garantia do tempo de serviço; 
IV - salário mínimo , fixado em lei, nacionalmente unificado, capaz de atender a suas necessidades vitais básicas e às de sua família com moradia, alimentação, educação, saúde, lazer, vestuário, higiene, transporte e previdência social, com reajustes periódicos que lhe preservem o poder aquisitivo, sendo vedada sua vinculação para qualquer fim; 
V - piso salarial proporcional à extensão e à complexidade do trabalho; 
VI - irredutibilidade do salário, salvo o disposto em convenção ou acordo coletivo; 
VII - garantia de salário, nunca inferior ao mínimo, para os que percebem remuneração variável; 
VIII - décimo terceiro salário com base na remuneração integral ou no valor da aposentadoria; 
IX – remuneração do trabalho noturno superior à do diurno; 
X - proteção do salário na forma da lei, constituindo crime sua retenção dolosa; 
XI – participação nos lucros, ou resultados, desvinculada da remuneração, e, excepcionalmente, participação na gestão da empresa, conforme definido em lei; 
XII - salário-família pago em razão do dependente do trabalhador de baixa renda nos termos da lei;
XIII - duração do trabalho normal não superior a oito horas diárias e quarenta e quatro semanais, facultada a compensação de horários e a redução da jornada, mediante acordo ou convenção coletiva de trabalho;
XIV - jornada de seis horas para o trabalho realizado em turnos ininterruptos de revezamento, salvo negociação coletiva; 
XV - repouso semanal remunerado, preferencialmente aos domingos; 
XVI - remuneração do serviço extraordinário superior, no mínimo, em cinqüenta por cento à do normal; 
XVII - gozo de férias anuais remuneradas com, pelo menos, um terço a mais do que o salário normal; 
XVIII - licença à gestante, sem prejuízo do emprego e do salário, com a duração de cento e vinte dias; 
XIX - licença-paternidade, nos termos fixados em lei; 
XX - proteção do mercado de trabalho da mulher, mediante incentivos específicos, nos termos da lei; 
XXI - aviso prévio proporcional ao tempo de serviço, sendo no mínimo de trinta dias, nos termos da lei; 
XXII - redução dos riscos inerentes ao trabalho, por meio de normas de saúde, higiene e segurança; 
XXIII - adicional de remuneração para as atividades penosas, insalubres ou perigosas, na forma da lei; 
XXIV - aposentadoria;
XXV - assistência gratuita aos filhos e dependentes desde o nascimento até 5 (cinco) anos de idade em creches e pré-escolas
XXVI - reconhecimento das convenções e acordos coletivos de trabalho; 
XXVII - proteção em face da automação, na forma da lei; 
XXVIII - seguro contra acidentes de trabalho, a cargo do empregador, sem excluir a indenização a que este está obrigado, quando incorrer em dolo ou culpa; 
XXIX - ação, quanto aos créditos resultantes das relações de trabalho, com prazo prescricional de cinco anos para os trabalhadores urbanos e rurais, até o limite de dois anos após a extinção do contrato de trabalho;
XXX - proibição de diferença de salários, de exercício de funções e de critério de admissão por motivo de sexo, idade, cor ou estado civil; 
XXXI - proibição de qualquer discriminação no tocante a salário e critérios de admissão do trabalhador portador de deficiência; 
XXXII - proibição de distinção entre trabalho manual, técnico e intelectual ou entre os profissionais respectivos; 
XXXIII - proibição de trabalho noturno, perigoso ou insalubre a menores de dezoito e de qualquer trabalho a menores de dezesseis anos, salvo na condição de aprendiz, a partir de quatorze anos
XXXIV - igualdade de direitos entre o trabalhador com vínculo empregatício permanente e o trabalhador avulso.
CLT e Segurança do Trabalho
Na CLT, os dispositivos característicos sobre a Segurança e Medicina do Trabalho se encontram no Capítulo V do Título II – Das Normas Gerais de Tutela do Trabalho, perfazendo 70 artigos (do 154 ao 223). De modo geral, vê-se claramente que o propósito é a melhor proteção da saúde e da integridade física e psicológica dos empregados, criando-se normas mais gerais para que as iniciativas de resguardo e amparo tomem forma e sejam concretizadas. Nesse contexto, tais normas da CLT acabam servindo de base para a elaboração das NRs.
Para se ter uma ideia, os artigos iniciais do dito capítulo abordam:
· As obrigações diretas das empresas e dos empregados;
· a incumbência pertencente à Secretaria de Segurança e Saúde no Trabalho (SSST);
· a realização de convênios com outros órgãos fiscalizadores;
· a inspeção prévia;
· e a interdição ou embargo.
Ou seja, temas que dizem respeito às NRs de números 1 a 3, por exemplo. Dessa forma, a CLT dispõe normas mais gerais, enquanto as NRs esmiúçam cada assunto legal, fixando as regras, condutas e procedimentos esperados nos ambientes laborais.
CLT - Segurança do Trabalho
"CAPÍTULO V
DA SEGURANÇA E DA MEDICINA DO TRABALHO
SEÇÃO I
Disposições Gerais
Art . 154 - A observância, em todos os locais de trabalho, do disposto neste Capitulo, não desobriga as empresas do cumprimento de outras disposições que, com relação à matéria, sejam incluídas em códigos de obras ou regulamentos sanitários dos Estados ou Municípios em que se situem os respectivos estabelecimentos, bem como daquelas oriundas de convenções coletivas de trabalho.
Art . 155- Incumbe ao órgão de âmbito nacional competente em matéria de segurança e medicina do trabalho:
I - estabelecer, nos limites de sua competência, normas sobre a aplicação dos preceitos deste Capítulo, especialmente os referidos no art. 200;
II - coordenar, orientar, controlar e supervisionar a fiscalização e as demais atividades relacionadas com a segurança e a medicina do trabalho em todo o território nacional, inclusive a Campanha Nacional de Prevenção de Acidentes doTrabalho;
III - conhecer, em última instância, dos recursos, voluntários ou de ofício, das decisões proferidas pelos Delegados Regionais do Trabalho, em matéria de segurança e medicina do trabalho.
Art . 156 - Compete especialmente às Delegacias Regionais do Trabalho, nos limites de sua jurisdição: 
I - promover a fiscalização do cumprimento das normas de segurança e medicina do trabalho;
II - adotar as medidas que se tornem exigíveis, em virtude das disposições deste Capítulo, determinando as obras e reparos que, em qualquer local de trabalho, se façam necessárias;
III - impor as penalidades cabíveis por descumprimento das normas constantes deste Capítulo, nos termos do art. 201.
Art . 157 - Cabe às empresas:
I - cumprir e fazer cumprir as normas de segurança e medicina do trabalho;
II - instruir os empregados, através de ordens de serviço, quanto às precauções a tomar no sentido de evitar acidentes do trabalho ou doenças ocupacionais;
III - adotar as medidas que lhes sejam determinadas pelo órgão regional competente;
IV - facilitar o exercício da fiscalização pela autoridade competente.
Art . 158 - Cabe aos empregados:
I - observar as normas de segurança e medicina do trabalho, inclusive as instruções de que trata o item II do artigo anterior;
Il - colaborar com a empresa na aplicação dos dispositivos deste Capítulo.
Parágrafo único - Constitui ato faltoso do empregado a recusa injustificada:
a) à observância das instruções expedidas pelo empregador na forma do item II do artigo anterior;
b) ao uso dos equipamentos de proteção individual fornecidos pela empresa.
Art . 159 - Mediante convênio autorizado pelo Ministro do Trabalho, poderão ser delegadas a outros órgãos federais, estaduais ou municipais atribuições de fiscalização ou orientação às empresas quanto ao cumprimento das disposições constantes deste Capítulo.
 NORMAS REGULAMENTADORAS DO MINISTÉRIO DO TRABALHO
OHSAS 18001
A OHSAS 18001 é uma norma usada para um sistema de gestão da segurança e saúde no trabalho que ajuda uma organização no controlo dos seus riscos e a melhorar o seu desempenho neste âmbito. A norma contêm uma abordagem sistemática para a identificação dos perigos e eliminação ou minimização dos riscos dos perigos identificados.
Todas as organizações podem aplicá-la. Entre os principais benefícios, podemos citar:
· Reduzir os riscos – pode contribuir para um ambiente de trabalho mais saudável e ajudar na redução dos acidentes, doenças e tempo perdido.
· Melhorar o moral dos colaboradores – pode ajudar e sustentar melhorias no moral dos colaboradores e oferece o potencial de reduções das reclamações e nos prémios dos seguros.
· Credibilidade  - a sua organização pode beneficiar do aumento na credibilidade por ter o seu sistema de gestão independentemente avaliado
· Fornecedor de preferência – permite a sua empresa trabalhar em parceria com empresas que exigem certificação OHSAS 18001 como requisito contratual. 
ISO 45001
A ISO 45001 é a nova norma internacional Sistema de Gestão de Segurança e Saúde no Trabalho, que vem substituir a norma OHSAS 18001 existente. Dispor de uma Sistema de Gestão de Segurança e Saúde no Trabalho forte e eficaz oferece uma abordagem mais holística na gestão dos riscos de saúde e segurança e permite uma visão mais ampla e abrangente dos seus funcionários e de sua empresa. 
A Norma é uma ferramenta prática para prevenção de incidentes e gerenciamento de requisitos legais aplicáveis de segurança e saúde ocupacional, traz a tona diversa novos requisitos sobre o tema e apresenta o que há de mais moderno no mundo sobre práticas de Segurança e Saúde Ocupacional.
Como benefícios, mencionamos:
· Proteção dos trabalhadores - uma abordagem estruturada para a identificação de perigos e gestão de riscos ajuda a manter um ambiente de trabalho mais saudável e seguro, bem como reduzir o número de acidentes e problemas de saúde no local de trabalho. Essa abordagem deve ajudar a reduzir as lesões e baixas médicas dos trabalhadores.
· Redução dos riscos - a abordagem global ajuda a traduzir os resultados de risco em planos de ação apropriados para avaliação, verificação, inspeção, revisão legal e investigação de acidentes, com o objetivo de reduzir riscos, proteger trabalhadores e controlar ameaças de infra-estruturantes que causam acidentes.
· Conformidade legal - fornece um mecanismo para a identificação da legislação vigente e a implementação dos requisitos aplicáveis. Manter-se em conformidade com a lei pode ajudar a reduzir reclamações, pagamento de apólices de seguro mais baixas, evitar consequências financeiras e aliviar o estigma da publicidade negativa.
· Base do Sistema de Gestão - graças à estrutura base do Anexo S.L., a norma estará alinhada com as outras normas Sistemas de Gestão ISO sendo mais fácil a sua integração e controlo. Por exemplo, as normas ISO 9001:2015 e ISO 14001:2015 já foram revistas e incluem essa macroestrutura comum.
· Responsabilidade - a certificação é uma forma de demonstrar aos seus acionistas e parceiros a sua responsabilidade e compromisso nas questões de Saúde e Segurança no Trabalho.
As principais novidades na Norma em relação à OHSAS 18001 são:
Contexto da Organização
Como todas as Normas adequadas ao Anexo SL da ISO, a ISO 45001 apresenta um requisito específico sobre o contexto da organização, é necessário avaliar o contexto em relação ao Sistema de Gestão de Segurança e Saúde Ocupacional, determinar as questões internas e externas envolvidas e se necessário integrar aos demais sistemas de gestão.
Partes Interessadas
Destaco com um dos principais requisitos da ISO 45001, as partes interessadas, pois a Norma estabelece e determina que a avaliação das partes interessadas deve ir além dos colaboradores, algo muito comum na já antiga OHSAS 18001, agora alinhada ao Anexo SL a Norma requer que as expectativas e partes interessadas devem ser determinadas, bem como a avaliação se são requisitos legais e/ou outros requisitos aplicáveis.
Foco em gestão de riscos
Assim como as coirmãs ISO 9001:2015 e ISO 14001:2015, a Norma ISO 45001 enfatiza a gestão de riscos como ferramenta principal do sistema de gestão. A avaliação de riscos permeia grande parte dos requisitos da Norma, desde item de liderança até melhoria. A diferença de sua antecessora OHSAS 18001 é que o planejamento de riscos deve levar em conta o contexto da organização, partes interessadas e o escopo do sistema de gestão.
Consulta e participação
Para finalizar o resumo sobre os principais itens da Norma, ressalto a importância do item Consulta e Participação dentro do item 5 – Liderança, a mensagem é clara que os colabores como expostos a riscos ocupacionais têm papel fundamental na implementação e manutenção do sistema de gestão, bem como diversos mecanismos determinados como requisitos mandatórios pela Norma.
NBR 18801
A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) publicou a NBR 18801 de Sistema de Gestão de Saúde e Segurança no Trabalho (SST) – Requisitos, a fim de auxiliar no gerenciamento pela redução de acidentes e doenças ocupacionais. 
Alguns dos referenciais da norma são a normativa internacional OHSAS 18001 (Occupational Health and Safety Assessment Series) e as Diretrizes sobre Sistemas de Gestão de SSO da Organização Internacional do Trabalho (OIT). Segundo a ABNT, essa norma vai além e busca levar em conta peculiaridades da realidade brasileira e das micro e pequenas empresas. 
Ela engloba o gerenciamento dos processos em questões de saúde e segurança no trabalho, estimulando a melhoria contínua das condições de trabalho e contribuindo para a redução de custos, riscos, acidentes e doenças ocupacionais.
Nas definições da norma, o termo risco tolerável foi substituído por risco aceitável e perigo não mais se refere a danos a propriedade ou ambiente de trabalho. Agora é considerado que não está diretamente relacionado com saúde ocupacional e gestão de segurança, que é o foco do padrão OHSAS e está englobado no escopo de gerenciamento de bens. 
Em vez disso, o risco de dano como efeito na segurança e saúdeocupacional deverá ser identificado através de processos de análise de risco da organização e controlado através da aplicação apropriada de controle de riscos. Em resumo, a OHSAS 18001:2007 tornou-se mais compatível com a ISO 14001:2004 e ISO 9001:2008, inclui conceitos modernos e comprovados de segurança e saúde ocupacional e traz uma melhor definição de seus termos e conceitos. 
As organizações já certificadas pela OHSAS18001 contarão com um período de transição de dois anos, que venceu em julho de 2009 e devem começar a implementar as melhorias e o alinhamento o mais rápido possível para se beneficiar das novas mudanças.
 
PREVIDÊNCIA SOCIAL: CAT, PPP, APOSENTADORIAS ESPECIAIS
CAT
A Comunicação de Acidente de Trabalho (CAT) é um documento emitido para reconhecer tanto um acidente de trabalho ou de trajeto bem como uma doença ocupacional.
· Acidente de trabalho ou de trajeto: é o acidente ocorrido no exercício da atividade profissional a serviço da empresa ou no deslocamento residência / trabalho / residência, e que provoque lesão corporal ou perturbação funcional que cause a perda ou redução – permanente ou temporária – da capacidade para o trabalho ou, em último caso, a morte;
· Doença ocupacional: é aquela produzida ou desencadeada pelo exercício do trabalho peculiar a determinada atividade e constante da respectiva relação elaborada pelo Ministério do Trabalho e da Previdência Social.
A empresa é obrigada a informar à Previdência Social todos os acidentes de trabalho ocorridos com seus empregados, mesmo que não haja afastamento das atividades, até o primeiro dia útil seguinte ao da ocorrência.
Em caso de morte, a comunicação deverá ser imediata.
A empresa que não informar o acidente de trabalho dentro do prazo legal estará sujeita à aplicação de multa, conforme disposto nos artigos 286 e 336 do Decreto nº 3.048/1999.
Se a empresa não fizer o registro da CAT, o próprio trabalhador, o dependente, a entidade sindical, o médico ou a autoridade pública (magistrados, membros do Ministério Público e dos serviços jurídicos da União e dos Estados ou do Distrito Federal e comandantes de unidades do Exército, da Marinha, da Aeronáutica, do Corpo de Bombeiros e da Polícia Militar) poderão efetivar a qualquer tempo o registro deste instrumento junto à Previdência Social, o que não exclui a possibilidade da aplicação da multa à empresa.
O INSS disponibiliza um aplicativo que permite o Registro da CAT de forma online, desde que preenchidos todos os campos obrigatórios.
Através do aplicativo, também será possível gerar o formulário da CAT em branco para, em último caso, ser preenchido de forma manual.
Nos casos em que não for possível o registro da CAT de forma online e para que a empresa não esteja sujeita a aplicação da multa por descumprimento de prazo, o registro da CAT poderá ser feito em uma das agências do INSS. Para tanto, o formulário da CAT deverá estar inteiramente preenchido e assinado, principalmente os dados referentes ao atendimento médico.
Para ser atendido nas agências do INSS, no mínimo deverá ser apresentado um documento de identificação com foto e o número do CPF.
Para qualquer dos casos indicados acima, deverão ser emitidas quatro vias sendo:
· 1ª via ao INSS
· 2ª via ao segurado ou dependente
· 3ª via ao sindicato de classe do trabalhador
· 4ª via à empresa.
PPP
Perfil Profissiográfico Previdenciário (PPP) é um formulário que possui campos a serem preenchidos com todas as informações relativas ao empregado, como por exemplo, a atividade que exerce, o agente nocivo ao qual está exposto, a intensidade e a concentração do agente, exames médicos clínicos, além de dados referentes à empresa. 
O formulário deve ser preenchido pelas empresas que exercem atividades que exponham seus empregados a agentes nocivos químicos, físicos, biológicos ou associação de agentes prejudiciais à saúde ou à integridade física (origem da concessão de aposentadoria especial após 15, 20 ou 25 anos de contribuição). 
Além disso, todos os empregadores e instituições que admitam trabalhadores como empregados do Programa de Prevenção de Riscos Ambientais e do Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional, de acordo com Norma Regulamentadora nº 9 da Portaria nº 3.214/78 do MTE, também devem preencher o PPP.
A validade do PPP vai depender da congruência do formulário com a realidade da empresa, porém esta concordância é sempre presumida no ato do requerimento. Assim, se o empregado não demonstrar que os dados constantes no documento estão em desconformidade com a realidade do meio em que trabalhou, a Previdência recepcionará o pedido com base nos dados constantes no formulário. Dessa forma, é fundamental o cuidado e a análise completa do documento.
Um primeiro aspecto que precisa ser observado é se o PPP está assinado pelo representante legal da empresa ou seu preposto, bem como se o formulário se encontra com data atualizada. Deve ser observado, ainda, a fiel transcrição dos registros administrativos e a veracidade das demonstrações ambientais relativas a todo o período de permanência do trabalhador na empresa.
Neste aspecto, deve ser dada especial atenção para a descrição da função e das condições em que as atividades laborais eram realizadas, das informações sobre exposição aos agentes nocivos, cotejamento com os dados constantes no Cnis do empregado, além dos dados sobre a existência de tecnologia de proteção coletiva ou individual que possa eliminar a exposição ao agente agressivo.
Não raras vezes, o formulário informa a eficácia do EPI, mas, na prática, o trabalhador não era orientado quanto a sua utilização: os equipamentos de proteção estavam vencidos, não havia fiscalização quanto ao uso e, em outras situações, os limites de tolerância, como o nível de ruído, eram informados de forma equivocada. Para tais situações sempre é possível a utilização de outros laudos, como os da Justiça do Trabalho, para a demonstração das incongruências, assim como a postulação de perícias, dentre elas aquela por similaridade, normalmente deferida pelo Poder Judiciário quando a empresa onde foi prestada a atividade já tiver encerrado suas atividades.
Não se deve promover agendamento de benefício antes da solicitação do PPP, pois, do contrário, provavelmente, não se terá tempo hábil para as análises e os ajustes necessários. Aliás, a prestação de informações falsas no PPP constitui crime de falsidade ideológica e falsificação de documento público.
Os dados estatísticos demonstram que a Previdência social e os órgãos previdenciários de servidores públicos encontram muitas dificuldades para reconhecer o direito à aposentadoria especial. Esta é a razão pela qual acionar o Poder Judiciário é o caminho natural para a obtenção do benefício. Independente da instância, o PPP, devidamente preenchido, é fator de fundamental importância para o sucesso do pedido de aposentadoria.
Aposentadoria especial por tempo de contribuição
A aposentadoria especial é um benefício concedido ao cidadão que trabalha exposto a agentes nocivos à saúde, como calor ou ruído, de forma contínua e ininterrupta, em níveis de exposição acima dos limites estabelecidos em legislação própria.
É possível aposentar-se após cumprir 25, 20 ou 15 anos de contribuição, conforme o agente nocivo.
Além do tempo de contribuição, é necessário que o cidadão tenha efetivamente trabalhado por, no mínimo, 180 meses. Períodos de auxílio-doença, por exemplo, não são considerados para cumprir este requisito.
Para requerer este benefício, você deve selecionar aposentadoria por tempo de contribuição na hora do agendamento. O cidadão que vai requerer este benefício deve estar em dia com os seguintes requisitos:
· Tempo total de contribuição  de 25, 20 ou 15 anos, conforme o caso, exposto aos agentes nocivos especificados em lei. A exposição deve ser contínua e ininterrupta durante a jornada de trabalho;
· Mínimo de 180 meses de efetiva atividade, para fins de carência.
Para ser atendido nas agências do INSS, deve apresentar um documento de identificação com foto e o número do CPF. Éimportante, também, que você apresente documentos que comprovem os seus períodos trabalhados, como carteira profissional, carnês de contribuição e outros comprovantes de pagamento ao INSS.
Para a aposentadoria especial, é fundamental que o trabalhador apresente os documentos que comprovem a exposição a agentes nocivos, como o Perfil Profissiográfico Previdenciário (PPP), fornecido pelos empregadores.
 GESTÃO DA SAÚDE E SEGURANÇA NO TRABALHO
Acidentes, doenças do trabalho e seus impactos
Acidentes e doenças ocupacionais são todos aqueles que são decorrentes, de forma direta ou indireta, das atividades laborais de um indivíduo. Acidentes podem ocorrer dentro do ambiente ou fora dele quando o trabalhador está a serviço de seu empregador. Já as doenças ocupacionais são subdivididas entre as doenças profissionais ou tecnopatias, onde a causa é diretamente relacionada às atividades ocupacionais do indivíduo, e doenças do trabalho ou mesopatias, que tem causas indiretas ou as atividades agem como potencializadores dos sintomas.
O fato é que sob todas as perspectivas, os acidentes e doenças decorrentes do ambiente ocupacional são negativos não só para a empresa e trabalhador, mas também para a sociedade e economia como um todo. Os custos são elevados e os prejuízos não são só econômicos, mas também sociais e humanos.
As estatísticas mostram que a somatória de perdas  que levam em conta os danos, muitas vezes irreparáveis, causados à integridade física e mental do indivíduo são crescentes e afetam anualmente trabalhadores de todo o Brasil. Além disso, entram para a soma também os prejuízos que as empresas tem com os acidentes e doenças ocupacionais, além de outros custos para a sociedade como um todo.
Principais danos ao trabalhador
· Necessidade recorrente de assistência médica;
· Sofrimento físico e mental;
· Próteses, cirurgias e remédios;
· Fisioterapia;
· Assistência Psicológica e Psiquiátrica;
· Mobilidade e locomoção afetadas;
· Desemprego;
· Desamparo à família;
· Diminuição do poder aquisitivo;
· Marginalização;
· Depressão e doenças psicológicas;
Principais danos às empresas
Apesar da incidência de acidentes e doenças ocupacionais ser maior em médias e grandes empresas, as pequenas e microempresas são as que mais sofrem com as consequências e prejuízos. São dois tipos de custos que entram na conta: o custo direto, ou custo segurado, e o custo indireto, ou não segurado.
O custo direto ou segurado, é relacionado ao recolhimento mensal feito à Previdência Social, que já inclui o seguro contra acidentes de trabalho, garantindo benefícios estabelecidos na legislação previdenciária. Já o custo indireto ou não segurado, é quatro vezes maior do que o segurado, ou seja, para cada R$1,00 gastos com custos segurados, são R$4,00 gastos com não segurados. Ou seja, sempre vai valer a pena pagar o seguro.
Empresas não seguradas sofrem danos principalmente em itens como:
· Paralisação de setor, equipamentos e maquinário;
· Salário dos 15 ou 30 primeiros dias após o acidente;
· Comoção e trauma coletivo;
· Prejuízos referentes à imagem da empresa;
· Destruição ou danificação de produtos, matéria prima, máquinas, veículos, equipamentos e outros insumos.
· Embargo, interdição fiscal e investigação de causas;
· Perícia trabalhista, civil ou criminal;
· Paralisação de setor ou da empresa até a correção das causas apontadas;
· Cobertura de licenças médicas pagas;
· Treinamento de substitutos;
· Aumento do prêmio do seguro;
· Multas contratuais;
· Indenizações e honorários legais;
Acidentes mais comuns e periculosidade
Acidente de trabalho é uma ocorrência decorrente do exercício do trabalho, que acontece de maneira inesperada ou não, que interfere ou interrompe a atividade de trabalho, causando lesões, morte, perda ou redução da capacidade de trabalho.
Consideram-se também um acidente do trabalho as doenças ocupacionais, peculiares a determinadas atividades e as doenças do trabalho, adquiridas ou desencadeadas em função de condições específicas em que o trabalho é executado.
Segundo o Ministério da Previdência Social, alguns acidentes são mais comum e atingem um maior número de trabalhadores. Entre os acidentes mais comuns estão:
· Quedas;
· Choques contra objetos;
· Choques elétricos;
· Golpes provocados por ferramentas;
· Fraturas;
· Contusão e esmagamento;
· Lesões por Esforços Repetitivos- LER;
· Dort - (Distúrbio osteomuscular relacionado ao trabalho);
· Estresse;
· Ansiedade.
Segundo o Observatório Digital de Saúde e segurança do Trabalho, desenvolvido pelo Ministério Público do Trabalho (MPT) e pela Organização Internacional do Trabalho (OIT) os setores que mais registraram acidentes de trabalho foram o hospitalar público e privado com 10% dos registros de CAT.
Na sequência o vem o comércio varejista com 3,5%, administração pública (2,6%), correios (2,5%) e construção (2,4%).
Entre as profissões que mais sofrem acidentes estão os trabalhadores de linhas de produção; os técnicos de enfermagem; faxineiros; serventes de obras e motoristas de caminhões.
 RISCOS AMBIENTAIS E PREVENÇÕES
Os riscos ambientais de trabalho podem ser agentes físicos, químicos ou biológicos, riscos de acidentes e riscos ergonômicos, podendo causar danos à saúde do profissional em função da sua natureza, concentração, intensidade, tempo de exposição ou falta de equipamentos de proteção apropriados.
Podemos citar alguns exemplos de riscos ambientais:
– Agentes físicos: ruídos, vibrações, pressões anormais, temperaturas extremas, radiações, etc.
– Agentes químicos: poeiras, fumos, névoas, neblinas, gases, vapores que podem ser absorvidos por via respiratória ou através da pele, etc.
– Agentes biológicos: bactérias, fungos, bacilos, parasitas, protozoários, vírus, entre outros.
– Riscos Acidentes: arranjo físico inadequado, máquinas e equipamentos sem proteção, ferramentas inadequadas ou defeituosas, Iluminação inadequada, eletricidade, probabilidade de incêndio ou explosão, armazenamento inadequado, animais peçonhentos, entre outras situações de risco que poderão contribuir para a ocorrência de acidentes;
– Riscos Ergonômicos: esforço físico intenso, levantamento e transporte manual de peso, exigência de postura inadequada, controle rígido de produtividade, imposição de ritmos excessivos, jornadas de trabalho prolongadas, monotonia e repetitividade, além de outras situações causadoras de stress físico e/ou psíquico.
Se o trabalho é realizado em locais onde há a exposição a agentes que podem prejudicar a saúde, a empresa é obrigada por lei, a fornecer gratuitamente equipamentos de proteção individual (EPIs) adequados, orientar e fiscalizar para que os trabalhadores utilizem corretamente estes equipamentos e adotar medidas que diminuam os riscos.
E caso a empresa cumpra com suas obrigações, fornecendo e fiscalizando o uso dos equipamentos de proteção, cabe ao trabalhador acatar e cumprir estas determinações. Pois se o trabalhador se negar a usar corretamente os equipamentos de segurança, ele será primeiramente advertido e se continuar se negando a utilizar estes equipamentos, poderá caracterizar falta grave e o profissional pode ser inclusive demitido por justa causa.
Riscos físico, químico, biológico e insalubridade
A avaliação dos riscos físico, químico e biológico trata-se de um programa estabelecido pela Norma Regulamentadora NR-9, da Secretaria de Segurança e Saúde do Trabalho, do Ministério do Trabalho. Este programa tem por objetivo definir uma metodologia de ação que garanta a preservação da saúde e integridade dos trabalhadores face aos riscos existentes nos ambientes de trabalho.
A legislação de segurança do trabalho considera como riscos ambientais, agentes físicos e biológicos. Para que sejam considerados fatores de riscos ambientais, estes agentes precisam estar presentes no ambiente de trabalho em determinadas concentrações ou intensidade, e o tempo máximo de exposição do trabalhador a eles é determinado por limites pré-estabelecidos.
· Princípios da prevenção de riscos
São medidas e ações cautelares tendentes a eliminar ou limitarriscos (identificar, avaliar e controlar), evitar acidentes, doenças de trabalho ou qualquer evento indesejável. Pode-se prevenir através de:
· Sinalização do risco
· Eliminação de riscos
 PRIMEIROS SOCORROS EM ACIDENTES DE TRABALHO
São chamados de primeiros socorros os procedimentos de emergência que devem ser aplicados em uma pessoa acidentada, com o objetivo de manter seus sinais vitais estáveis até que a vítima receba atendimento médico adequado. Tratam-se, portanto, de ações imediatas que visam promover a recuperação ou evitar que o caso seja agravado.
Este tipo de cuidado é de extrema importância para a segurança do trabalho e demais situações do dia a dia, uma vez que pode evitar diversas complicações para a saúde do acidentado e até mesmo garantir que sua vida seja salva.
O Brasil registra milhares de acidentes de trabalho todo ano, provocando lesões corporais ou perturbações funcionais em colaboradores de diversos setores de atuação. Essas ocorrências, em geral, estão relacionadas a problemas técnicos em equipamentos, ausência de uso de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) adequados, desatenção ou às características do trabalho. Para o trabalhador, as principais consequências são cortes, quedas, torções, choques, queimaduras e intoxicações.
· Primeiros socorros: qual a importância e como fazer
Para evitar prejuízos e garantir a segurança de todos os funcionários, é fundamental que as empresas estejam sempre atentas e preparadas para agir diante da ocorrência de acidentes. Isso porque, para que os primeiros socorros sejam realmente eficientes, é preciso que eles sejam aplicados de forma correta e segura — o que exige um treinamento prévio.
· Objetivos dos primeiros socorros segurança do trabalho
1. Preservar a vida de uma pessoa em risco;
2. Evitar que o problema se torne mais grave;
3. Buscar uma recuperação rápida.
· Quando os primeiros socorros devem ser aplicados?
Em caso de acidentes de trabalho, o ideal é buscar ajuda médica o mais rápido possível, porém, a ajuda profissional pode demorar muito em alguns casos. Nestas horas, é sempre bom poder contar com alguém que tenha sido preparado para agir com rapidez e segurança para aplicar os primeiros cuidados. Mesmo que os procedimentos de primeiros socorros sejam realizados, ainda é preciso buscar ajuda médica de emergência.
· Quem deve aplicar os primeiros socorros?
Os procedimentos de primeiros socorros não podem ser realizados por qualquer pessoa. Afinal, mesmo que tenhamos uma ideia dos movimentos que devem ser realizados, podemos acabar colocando força demais, ou de menos, causando mais problemas ao invés de ajudar na situação.
O treinamento de primeiros socorros deve ser sempre oferecido pelo empresário e ministrado por um profissional competente e especializado. Caso não seja necessário treinar todos os funcionários, é preciso pelo menos deixar uma pequena parcela de pessoas preparada para agir em qualquer situação.
· Como fazer os primeiros socorros?
A pessoa que irá aplicar as técnicas de primeiros socorros deve se manter calma, tranquila e jamais deixar a vítima assustada. Antes de mais nada, deve tentar compreender quais foram as razões para o problema e verificar se ainda não há riscos maiores para o socorrista e demais pessoas.
Antes de tomar qualquer atitude, é necessário conversar com a vítima, deixando-a tranquila. Também é recomendado entrar em contato imediatamente com bombeiros, médicos ou qualquer profissional que possa oferecer ajuda e orientação.
 EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL (EPI)
O EPI é um dispositivo ou produto de uso individual utilizado pelo trabalhador destinado à proteção de riscos suscetíveis de ameaçar a segurança e a saúde. 
O uso do EPI é fundamental para garantir a saúde e a proteção do trabalhador, evitando consequências negativas em casos de acidentes de trabalho. Além disso, o EPI também é usado para garantir que o profissional não será exposto a doenças ocupacionais, que podem comprometer a capacidade de trabalho e de vida dos profissionais durante e depois da fase ativa de trabalho.
Para que uma empresa possa conhecer todos os equipamentos de proteção individual que devem ser fornecidos aos seus funcionários, é necessário elaborar um estudo dos riscos ocupacionais. Esse tipo de trabalho facilita a identificação dos perigosos dentro de uma planta industrial, por exemplo, e ajuda a empresa a reduzi-los ou neutralizá-los.
O EPI é importante para proteger os profissionais individualmente, reduzindo qualquer tipo de ameaça ou risco para o trabalhador. O uso dos equipamentos de proteção é determinado por uma norma técnica chamada NR 6, que estabelece que os EPIs sejam fornecidos de forma gratuita ao trabalhador para o desempenho de suas funções dentro da empresa.
É obrigação dos supervisores e da empresa garantir que os profissionais façam o uso adequado dos equipamentos de proteção individual. Os EPIs devem ser utilizados durante todo o expediente de trabalho, seguindo todas as determinações da organização.
No caso de equipamentos perdidos ou danificados, é responsabilidade da empresa substituí-lo imediatamente. O uso adequado e responsável do EPI evita grandes transtornos para o trabalhador e, também, para a empresa, além de garantir que as atividades sejam desempenhadas com mais segurança e eficiência.
Os equipamentos de proteção individual devem ser mantidos em boas condições de uso e precisam ter um Certificado de Aprovação do órgão competente para garantir que estão em conformidade com as determinações do Ministério do Trabalho. Empregados e empregadores devem compreender a importância do uso de equipamentos de proteção no dia a dia da empresa.
Tipos de EPI
Os tipos de EPI´s utilizados podem variar dependendo do tipo de atividade ou de riscos que poderão ameaçar a segurança e a saúde do trabalhador e da parte do corpo que se pretende proteger, tais como:
· Proteção auditiva: abafadores de ruídos ou protetores auriculares;
· Proteção respiratória: máscaras e filtro;
· Proteção visual e facial: óculos e viseiras;
· Proteção da cabeça: capacetes;
· Proteção de mãos e braços: luvas e mangotes;
· Proteção de pernas e pés: sapatos, botas e botinas;
· Proteção contra quedas: cintos de segurança e cinturões.
O equipamento de proteção individual, de fabricação nacional ou importado, só poderá ser posto à venda ou utilizado com a indicação do Certificado de Aprovação - CA, expedido pelo órgão nacional competente em matéria de segurança e saúde no trabalho do Ministério do Trabalho e Emprego.
Dentre as atribuições exigidas pela NR-6, cabe ao empregador as seguintes obrigações:
· adquirir o EPI adequado ao risco de cada atividade;
· exigir seu uso;
· fornecer ao trabalhador somente o equipamento aprovado pelo órgão, nacional competente em matéria de segurança e saúde no trabalho;
· orientar e treinar o trabalhador sobre o uso adequado, guarda e conservação;
· substituir imediatamente o EPI, quando danificado ou extraviado;
· responsabilizar-se pela higienização e manutenção periódica; e
· comunicar o MTE qualquer irregularidade observada;
O empregado também terá que observar as seguintes obrigações:
· utilizar o EPI apenas para a finalidade a que se destina;
· responsabilizar-se pela guarda e conservação;
· comunicar ao empregador qualquer alteração que o torne impróprio ao uso; e
· cumprir as determinações do empregador sob o uso pessoal;
Os Equipamentos de Proteção Individual além de essenciais à proteção do trabalhador, visando a manutenção de sua saúde física e proteção contra os riscos de acidentes do trabalho e/ou de doenças profissionais e do trabalho, podem também proporcionar a redução de custos ao empregador.
É o caso de empresas que desenvolvem atividades insalubres e que o nível de ruído, por exemplo, está acima dos limites de tolerância previstos na NR-15. Neste caso, a empresa deveria pagar o adicional de insalubridade de acordo com o grau de enquadramento, podendo ser de 10%, 20% ou 40%.
Com a utilização do EPI, a empresa poderá deixar de pagar este adicional na folha de pagamento,

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