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Livro_CBERDMANN

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Trabalho
Prof.ª Ketley Costa Rocha Arruda
InTrodução à 
Segurança no
Indaial – 2022
2a Edição
Impresso por:
A779i
Arruda, Ketley Costa Rocha
Introdução à segurança no trabalho. / Ketley Costa Rocha Arruda 
– Indaial: UNIASSELVI, 2022.
207 p.; il.
ISBN 978-65-5663-822-5
ISBN Digital 978-65-5663-816-4
1. Saúde e segurança do trabalhador. - Brasil. II. Centro 
Universitário Leonardo da Vinci.
CDD 613
Elaboração:
Prof.ª Ketley Costa Rocha Arruda
Copyright © UNIASSELVI 2022
Revisão, Diagramação e Produção:
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI
Ficha catalográfica elaborada na fonte pela Biblioteca Dante Alighieri 
UNIASSELVI – Indaial.
Caro acadêmico, estamos aqui convidando você a conhecer o Livro Didático de 
Introdução à Segurança no Trabalho. Este livro trará uma introdução aos temas básicos 
referentes à saúde e segurança do trabalhador em seu ambiente de trabalho.
O livro está dividido em três unidades, de modo a se ter uma divisão didática 
dos conteúdos a serem estudados ao longo do curso. Em cada uma das unidades, 
você encontrará materiais tendo como base as principais literaturas da área. Além 
disso, o livro didático traz diversas recomendações de leituras complementares a fim de 
ampliar e aprofundar os conceitos vistos ao longo dos tópicos, permitindo, assim, uma 
autonomia de aprendizado o que favorece o explorar do conhecimento para além do 
ambiente da academia. 
Na Unidade 1, abordaremos como a humanidade, ao longo de seu 
desenvolvimento, buscou melhorias no seu modo de trabalho. Também veremos como 
o Brasil se adaptou às normas de segurança do trabalho e quais as principais leis sobre 
o tema no país. Ainda serão abordados os principais termos da segurança do trabalho e 
a sua relação com a proteção do meio ambiente. 
Na Unidade 2, nós abordaremos os agentes ambientais e os riscos relacionados a 
eles que podem causar danos à saúde dos trabalhadores. Além disso, conheceremos a 
relação da segurança no trabalho com os serviços de saúde, transporte e manuseio de 
materiais, psicologia, alimentação, atividades da construção civil, mecânica, elétrica e 
de produção.
Na Unidade 3, abordaremos os riscos ergonômicos no ambiente de trabalho e 
os danos que estes são capazes de causar à saúde dos trabalhadores. Nesta unidade, 
também aprenderemos os principais procedimentos de primeiros socorros e como 
eles são fundamentais para salvar a vida de uma vítima de acidente. Ainda veremos as 
doenças causadas aos trabalhadores devido ao contato com substâncias tóxicas. Por 
fim, abordaremos o gerenciamento de riscos no ambiente de trabalho, com destaque 
para os equipamentos de proteção coletiva (EPC) e individual (EPI), a comissão interna 
de prevenção de acidentes (CIPA) e os mapas de riscos. 
Com esta proposta de material, pretende-se entregar a você, discente, uma 
vaste e rica experiência de ensino e aprendizado na área de Segurança no Trabalho. A 
equipe UNIASSELVI deseja excelentes estudos!
Prof.a Ketley Costa Rocha Arruda
APRESENTAÇÃO
Olá, acadêmico! Para melhorar a qualidade dos materiais ofertados a você – 
e dinamizar, ainda mais, os seus estudos –, nós disponibilizamos uma diversidade de QR Codes 
completamente gratuitos e que nunca expiram. O QR Code é um código que permite que você 
acesse um conteúdo interativo relacionado ao tema que você está estudando. Para utilizar 
essa ferramenta, acesse as lojas de aplicativos e baixe um leitor de QR Code. Depois, é só 
aproveitar essa facilidade para aprimorar os seus estudos.
GIO
QR CODE
Olá, eu sou a Gio!
No livro didático, você encontrará blocos com informações 
adicionais – muitas vezes essenciais para o seu entendimento 
acadêmico como um todo. Eu ajudarei você a entender 
melhor o que são essas informações adicionais e por que você 
poderá se beneficiar ao fazer a leitura dessas informações 
durante o estudo do livro. Ela trará informações adicionais 
e outras fontes de conhecimento que complementam o 
assunto estudado em questão.
Na Educação a Distância, o livro impresso, entregue a todos 
os acadêmicos desde 2005, é o material-base da disciplina. 
A partir de 2021, além de nossos livros estarem com um 
novo visual – com um formato mais prático, que cabe na 
bolsa e facilita a leitura –, prepare-se para uma jornada 
também digital, em que você pode acompanhar os recursos 
adicionais disponibilizados através dos QR Codes ao longo 
deste livro. O conteúdo continua na íntegra, mas a estrutura 
interna foi aperfeiçoada com uma nova diagramação no 
texto, aproveitando ao máximo o espaço da página – o que 
também contribui para diminuir a extração de árvores para 
produção de folhas de papel, por exemplo.
Preocupados com o impacto de ações sobre o meio ambiente, 
apresentamos também este livro no formato digital. Portanto, 
acadêmico, agora você tem a possibilidade de estudar com 
versatilidade nas telas do celular, tablet ou computador.
Preparamos também um novo layout. Diante disso, você 
verá frequentemente o novo visual adquirido. Todos esses 
ajustes foram pensados a partir de relatos que recebemos 
nas pesquisas institucionais sobre os materiais impressos, 
para que você, nossa maior prioridade, possa continuar os 
seus estudos com um material atualizado e de qualidade.
Acadêmico, você sabe o que é o ENADE? O Enade é um 
dos meios avaliativos dos cursos superiores no sistema federal de 
educação superior. Todos os estudantes estão habilitados a participar 
do ENADE (ingressantes e concluintes das áreas e cursos a serem 
avaliados). Diante disso, preparamos um conteúdo simples e objetivo 
para complementar a sua compreensão acerca do ENADE. Confira, 
acessando o QR Code a seguir. Boa leitura!
ENADE
LEMBRETE
Olá, acadêmico! Iniciamos agora mais uma 
disciplina e com ela um novo conhecimento. 
Com o objetivo de enriquecer seu conheci-
mento, construímos, além do livro que está em 
suas mãos, uma rica trilha de aprendizagem, 
por meio dela você terá contato com o vídeo 
da disciplina, o objeto de aprendizagem, materiais complementa-
res, entre outros, todos pensados e construídos na intenção de 
auxiliar seu crescimento.
Acesse o QR Code, que levará ao AVA, e veja as novidades que 
preparamos para seu estudo.
Conte conosco, estaremos juntos nesta caminhada!
SUMÁRIO
UNIDADE 1 — INTRODUÇÃO À SEGURANÇA DO TRABALHO ............................................... 1
TÓPICO 1 — DEFINIÇÕES BÁSICAS .......................................................................................3
1 INTRODUÇÃO .......................................................................................................................3
2 HISTÓRICO DA SEGURANÇA E HIGIENE DO TRABALHO NO MUNDO ..............................3
2.1 HISTÓRICO DA SEGURANÇA E HIGIENE DO TRABALHO NO BRASIL .........................................7
3 PRINCIPAIS CONCEITOS .................................................................................................10
RESUMO DO TÓPICO 1 ......................................................................................................... 13
AUTOATIVIDADE ..................................................................................................................14
TÓPICO 2 — LEGISLAÇÃO E NORMAS TÉCNICAS .............................................................. 17
1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................... 17
2 CONSTITUIÇÃO FEDERAL ................................................................................................ 17
3 DECRETO-LEI Nº 5.452 - CLT ...........................................................................................18
4 PORTARIA 3.214 .............................................................................................................. 19
RESUMO DO TÓPICO 2 ........................................................................................................ 29
AUTOATIVIDADE .................................................................................................................30
TÓPICO 3 — ACIDENTES DE TRABALHO, PLANEJAMENTO E CONTROLE ...................... 33
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................... 33
2 ACIDENTE DE TRABALHO ............................................................................................... 33
2.1 CLASSIFICAÇÃO DOS ACIDENTES DE TRABALHO .....................................................................35
2.2 CONDIÇÕES QUE LEVAM AO ACIDENTE DE TRABALHO .........................................................35
3 PROCEDIMENTOS PARA CASOS DE ACIDENTE DE TRABALHO ................................... 38
4 BENEFÍCIOS CONCEDIDOS AOS TRABALHADORES APÓS UM ACIDENTE DE 
TRABALHO ....................................................................................................................... 39
5 PLANEJAMENTO E CONTROLE DE ACIDENTES DE TRABALHO .................................... 41
RESUMO DO TÓPICO 3 ........................................................................................................ 44
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................. 45
TÓPICO 4 — PROTEÇÃO DO MEIO AMBIENTE (SANEAMENTO E PREVENÇÃO DO MEIO 
AMBIENTE) ......................................................................................................47
1 INTRODUÇÃO ....................................................................................................................47
2 SANEAMENTO BÁSICO .....................................................................................................47
3 PREVENÇÃO AMBIENTAL ............................................................................................... 48
3.1 NORMA ABNT NBR ISSO 14.001 – SISTEMA DE GESTÃO AMBIENTAL ....................................50
4 PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS (PGRS) .................................... 53
5 EDUCAÇÃO AMBIENTAL – POLÍTICA DOS 5 Rs .............................................................. 55
6 ALGUMAS LESGISLAÇÕES BRASILEIRAS SOBRE AS QUESTÕES AMBIENTAIS ......... 55
LEITURA COMPLEMENTAR .................................................................................................57
RESUMO DO TÓPICO 4 ........................................................................................................ 64
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................. 65
REFERÊNCIAS ......................................................................................................................67
UNIDADE 2 — RISCOS AMBIENTAIS E PCRMEI .................................................................. 71
TÓPICO 1 — HIGIENE DO TRABALHO ..................................................................................73
1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................................73
2 AGENTES FÍSICOS ............................................................................................................73
2.1 RUÍDOS ................................................................................................................................................... 73
2.2 VIBRAÇÕES .......................................................................................................................................... 76
2.3 PRESSÕES ANORMAIS ...................................................................................................................... 77
2.3.1 Hiperbarismo ..............................................................................................................................78
2.3.2 Hipobarismo .............................................................................................................................. 79
2.4 TEMPERATURAS EXTREMAS ........................................................................................................... 79
2.4.1 Trabalhos em temperaturas elevadas ................................................................................. 80
2.4.2 Trabalhos em temperaturas baixas ..................................................................................... 80
2.5 RADIAÇÕES IONIZANTES E NÃO IONIZANTES ............................................................................ 81
2.5.1 Radiação não ionizada ............................................................................................................ 81
2.5.2 Radiação ionizada ...................................................................................................................82
2.6 INFRASSOM E ULTRASSOM ............................................................................................................83
2.6.1 Infrassom .....................................................................................................................................83
2.6.2 Ultrassom ...................................................................................................................................83
2.7 UMIDADE ............................................................................................................................................. 84
3 AGENTES QUÍMICOS ........................................................................................................ 85
3.1 CONTAMINANTES ATMOSFÉRICOS .................................................................................................87
3.1.1 Irritantes ......................................................................................................................................87
3.1.2 Asfixiantes ...................................................................................................................................87
3.1.3 Narcóticos .................................................................................................................................. 88
3.1.4 intoxicantes sistêmicos .......................................................................................................... 88
3.2 CLASSIFICAÇÃO DOS PRODUTOS QUÍMICOS PERIGOSOS ..................................................... 88
4 AGENTES BIOLÓGICOS .................................................................................................... 91
RESUMO DO TÓPICO 1 ........................................................................................................ 93
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................. 94
TÓPICO 2 — HIGIENE DO TRABALHO II ...............................................................................97
1 INTRODUÇÃO ....................................................................................................................97
2 SERVIÇOS DE SAÚDE .......................................................................................................97
2.1 RISCOS BIOLÓGICOS NOS SERVIÇOS DE SAÚDE ....................................................................... 97
2.2 RISCOS QUÍMICOS NOS SERVIÇOS DE SAÚDE ........................................................................100
2.3 RISCO RADIAÇÃO IONIZANTE ........................................................................................................100
2.4 RESÍDUOS ..........................................................................................................................................101
3 TRANSPORTE .................................................................................................................. 101
4 PSICOLOGIA ....................................................................................................................103
5 ALIMENTAÇÃO ................................................................................................................106
RESUMO DO TÓPICO 2 .......................................................................................................108AUTOATIVIDADE ................................................................................................................109
TÓPICO 3 — PREVENÇÃO E CONTROLE DE RISCO EM MÁQUINAS, EQUIPAMENTOS 
E INSTALAÇÕES (PCRMEI) ............................................................................111
1 INTRODUÇÃO ....................................................................................................................111
2 CIVIL .................................................................................................................................111
3 MECÂNICA ....................................................................................................................... 114
4 ELÉTRICA ........................................................................................................................ 118
5 PRODUÇÃO ......................................................................................................................122
LEITURA COMPLEMENTAR ...............................................................................................125
RESUMO DO TÓPICO 3 .......................................................................................................130
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................ 131
REFERÊNCIAS ....................................................................................................................133
UNIDADE 3 — DOENÇAS DO TRABALHO E GESTÃO DE RISCO .......................................139
TÓPICO 1 — ERGONOMIA ................................................................................................... 141
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................... 141
2 INTRODUÇÃO À ERGONOMIA ........................................................................................ 141
2.1 DISTÚRBIOS OCUPACIONAIS .......................................................................................................... 145
2.2 ERGONOMIA E A TECNOLOGIA ......................................................................................................146
2.3 PROBLEMAS NA COLUNA ..............................................................................................................148
2.4 CONFORTO TÉRMICO E LUMINOSIDADE .....................................................................................148
RESUMO DO TÓPICO 1 ....................................................................................................... 151
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................152
TÓPICO 2 — AMBIENTE E AS DOENÇAS DO TRABALHO ..................................................155
1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................................155
2 PRIMEIROS SOCORROS .................................................................................................155
2.1 ETAPAS DO ATENDIMENTO DE PRIMEIROS SOCORROS ......................................................... 156
2.2 PRIMEIROS SOCORROS PARA VÍTIMAS DE TRAUMAS ............................................................158
2.2.1 Hemorragia................................................................................................................................158
2.2.2 Fraturas, luxações e entorses ............................................................................................ 159
2.2.3 Lesões na coluna vertebral ..................................................................................................160
2.2.4 Queimaduras ............................................................................................................................161
3 TOXICOLOGIAS ............................................................................................................... 161
3.1 SUBSTÂNCIAS TÓXICAS................................................................................................................... 162
3.1.1 Efeitos das substâncias tóxicas ........................................................................................... 162
3.1.2 Vias de absorção das substâncias tóxicas ....................................................................... 163
3.2 INTOXICAÇÃO .................................................................................................................................... 163
3.3 FASES DA INTOXICAÇÃO ...............................................................................................................164
3.4 INTERAÇÕES TOXICOLÓGICAS ..................................................................................................... 165
3.5 PRINCIPAIS SINTOMAS .................................................................................................................. 166
3.6 DOENÇAS OCUPACIONAIS .............................................................................................................167
RESUMO DO TÓPICO 2 .......................................................................................................169
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................170
TÓPICO 3 — GERENCIAMENTO DE RISCO .........................................................................171
1 INTRODUÇÃO ....................................................................................................................171
2 EPCs E EPIs ......................................................................................................................171
2.1 TIPOS DE EPCs E SUAS APLICAÇÕES ......................................................................................... 172
2.1.1 Dispositivos de sinalização ................................................................................................... 172
2.1.2 Extintores de incêndio ......................................................................................................... 172
2.1.3 Exaustores de ar ...................................................................................................................... 173
2.1.4 EPC para proteção de serviços com eletricidade ........................................................... 173
2.2 PRINCIPAIS EPIs E SUAS APLICAÇÕES ..................................................................................... 174
2.2.1 EPI para proteção da cabeça .............................................................................................. 174
2.2.2 EPI para proteção dos olhos e face ................................................................................... 175
2.2.3 EPI para proteção auditiva ...................................................................................................177
2.2.4 EPI para proteção respiratória .............................................................................................177
2.2.5 EPI para proteção do tronco ................................................................................................ 179
2.2.6 EPI para proteção dos membros superiores ..................................................................180
2.2.7 EPI para proteção dos membros inferiores .......................................................................181
2.2.8 EPI para proteção do corpo inteiro ...................................................................................182
2.2.9 EPI para proteção contra quedas com diferença de nível ..........................................182
3 IMPLEMENTAÇÃO DA CIPA ............................................................................................183
3.1 ATRIBUIÇÕES ......................................................................................................................................184
3.2 FUNCIONAMENTO ............................................................................................................................1853.3 TREINAMENTO ...................................................................................................................................185
3.4 PROCESSO ELEITORAL ...................................................................................................................186
3.5 ROTEIRO PARA IMPLEMENTAÇÃO DA CIPA ............................................................................... 187
3.5.1 Calendário ................................................................................................................................ 187
3.5.2 Edital de convocação ............................................................................................................ 187
3.5.3 Formação da comissão eleitoral e edital de eleição ......................................................188
3.5.4 Eleição e divulgação do resultado .....................................................................................188
3.5.5 Ata de instalação e posse da CIPA .....................................................................................190
4 MAPA DE RISCO ............................................................................................................. 191
LEITURA COMPLEMENTAR ...............................................................................................195
RESUMO DO TÓPICO 3 ...................................................................................................... 200
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................201
REFERÊNCIAS ................................................................................................................... 203
1
UNIDADE 1 - 
INTRODUÇÃO À 
SEGURANÇA DO TRABALHO
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
PLANO DE ESTUDOS
 A partir do estudo desta unidade, você deverá ser capaz de:
• apresentar o histórico da segurança e higiene do trabalho no mundo e no Brasil;
• conhecer as legislações brasileiras que falam de segurança do trabalho;
• conceituar os diversos termos da segurança do trabalho;
• entender a relação segurança do trabalho e proteção do meio ambiente.
 Esta unidade está dividida em quatro tópicos. No decorrer dela, você encontrará 
autoatividades com o objetivo de reforçar o conteúdo apresentado.
TÓPICO 1 – DEFINIÇÕES BÁSICAS
TÓPICO 2 – LEGISLAÇÃO E NORMAS TÉCNICAS
TÓPICO 3 – ACIDENTES DE TRABALHO, PLANEJAMENTO E CONTROLE
TÓPICO 4 – PROTEÇÃO DO MEIO AMBIENTE (SANEAMENTO E PREVENÇÃO DO MEIO 
AMBIENTE)
Preparado para ampliar seus conhecimentos? Respire e vamos em frente! Procure 
um ambiente que facilite a concentração, assim absorverá melhor as informações.
CHAMADA
2
CONFIRA 
A TRILHA DA 
UNIDADE 1!
Acesse o 
QR Code abaixo:
3
DEFINIÇÕES BÁSICAS
TÓPICO 1 - UNIDADE 1
1 INTRODUÇÃO
Neste primeiro tópico, você entenderá como surgiu a preocupação com a 
saúde e segurança do trabalho através de um breve histórico e conhecerá os principais 
conceitos e definições dessa área de estudo. 
A preocupação com a saúde e segurança no ambiente de trabalho é observada 
há muitos séculos. Compreender o passado pode ajudar os profissionais de segurança 
e saúde a examinar o presente e o futuro com um senso de perspectiva e continuidade.
 
Além disso é de fundamental importância aprender os principais conceitos da 
área de maneira a compreender as lições seguintes e realizar como competência as 
funções relativas à segurança do trabalho. 
2 HISTÓRICO DA SEGURANÇA E HIGIENE DO TRABALHO 
NO MUNDO
Os primeiros registros a favor dos trabalhadores foram observados há 
aproximadamente 2360 a.C., no Egito antigo, como os Papiro Seler II, que faziam relação 
entre o ambiente de trabalho e seus riscos. No Papiro Anastasi V, conhecido como “Sátira 
dos Ofícios”, datado de 1800 a.C. também se observaram inscrições sobre insalubridade, 
periculosidade e penosidade das profissões (MATOS; MÁSCULO, 2011). 
 Durante os dias dos antigos babilônicos, por volta de 2000 a.C., na Mesopotâmia, 
o rei Hamurabi desenvolveu um conjunto de leis, conhecido como “Código de Hamurabi”, 
que continha cláusulas que tratavam de lesões e danos monetários avaliados contra 
aqueles que feriram outras pessoas. Estas cláusulas do código, conforme pode ser 
observado na Figura 1, ilustravam a preocupação do rei Hamurabi com as condições 
de trabalho. 
O rei egípcio Ramsés II, por volta de 1500 a.C., visando garantir a força de trabalho 
suficiente para a construção de um enorme templo que levava o seu nome, ofereceu 
serviço médico e obrigava os trabalhadores a tomarem banho diariamente. Além disso, 
isolava os trabalhadores doentes de forma a não espalhar a doença. 
4
FIGURA 1 – CÓDIGO DE HAMURABI
FONTE: <http://2.bp.blogspot.com/_4sinyEDofFE/TFQNpWx-0DI/AAAAAAAAABo/0JbJkbCbQlc/s1600/
hammurabi.jpg>. Acesso em: 9 maio 2021.
Na antiga Grécia, por volta de 384 ‑322 a.C., o filósofo Aristóteles realizou estudos 
sobre as enfermidades apresentadas por mineradores, tentando evitá-las. Nesse 
mesmo período, o médico e filósofo Hipócrates, considerado o “pai da medicina”, fez 
menção à toxicidade causada pelo manuseio de chumbo em mineiros e metalúrgicos 
(RAMÍREZ, 2008). 
Os romanos também se mostraram preocupados com a questão da saúde e 
segurança demonstrados em seus sistemas de esgoto, banheiros públicos e casas 
bem ventiladas, porém não havia regras específicas sobre saúde e segurança para os 
trabalhadores.
No início da era cristã, em meados do século I (d.C.), em Roma, Plínio I e Galeno 
também relataram casos de envenenamento causados por chumbo em trabalhadores 
de minas (RAMÍREZ, 2008). Além disso, foi Plínio I, conhecido como “O Velho”, que 
recomendou, pela primeira vez, a utilização de equipamentos de proteção respiratórios 
(máscaras) para os trabalhadores de minas. As máscaras eram produzidas a partir da 
pele da bexiga de animais (ARIAS, 2012). 
Após um longo período da ausência de avanços em relação à saúde e trabalho, 
no ano de 1700, o médico Italiano Bernadino Ramazzini, também conhecido como o “Pai 
da Medicina do Trabalho”, publicou o tratado “De Morbis Artificum Diatriba”, que descrevia 
a relação das doenças dos trabalhadores e suas ocupações, conforme ilustrado na Figura 
2. Ramazzini (2016) relacionou as doenças do trabalho com o manuseio de materiais 
nocivos e movimentos irregulares ou não naturais do corpo, o que até hoje é considerado 
relevante nesse campo de estudo. 
5
FIGURA 2 – CAPA DO LIVRO DE RAMAZZINI
FONTE: <http://www.firenzelibri.net/public/img/45645.jpg>. Acesso em: 9 maio 2021.
Foi somente durante a Revolução Industrial que os avanços em relação à 
saúde e trabalho começaram realmente a acontecer. Nesse período, observou-se um 
aumento no número de doenças, acidentes, mutilações e até morte de trabalhadores, 
principalmente relacionados com as quantidades excessivas de horas trabalhadas, que, 
às vezes, chegavam a 16 horas/dias, e as péssimas condições de trabalho. E com isso, 
diversos estudos foram realizados visando minimizar esses impactos na saúde dos 
trabalhadores.
 
Percival Pott, um médico inglês, por exemplo, em  1775, descreveu o 
desenvolvimento do câncer nos limpadores de chaminés devido à inalação de poeira 
tóxica e indicou que o câncer poderia ser causado pela presença de compostos 
carcinógenos no ambiente. Já no ano de 1801, o também médico Thomas Beddoe 
realizou estudos e demostrou como as condições de trabalho afetavam a saúde dos 
trabalhadores (BROWN; THORNTON, 1957). 
FIGURA 3 – FOTO DE UMA FÁBRICA DURANTE A REVOLUÇÃO INDUSTRIAL
FONTE: <https://www.historycrunch.com/working-conditions-in-the-industrial-revolution.html#/>. 
Acesso em: 9 maio 2021.
6
A primeira lei de proteção aos trabalhadores surgiu na Inglaterra no ano de 1802 
e ficou conhecida como “Lei de saúde e moral de aprendizes”. Por essa lei foi definido 
que o limite diário de trabalho seria de 12 horas/dia, proibia o trabalho noturno e obrigava 
a ventilação nos ambientes fabris. Entretanto,não houve diminuição dos acidentes do 
trabalho após a divulgação dessa lei.
Assim, a primeira lei que efetivamente buscava o melhoramento das condições 
de trabalho somente foi aprovada pelo parlamento da Inglaterra em 1833 e ficou 
conhecida como “factory act” ou “lei das fábricas”. Essa lei estabelecia que o dia de 
trabalho deveria ocorrer das 5:30 às 20:30 horas, sendo permitido o trabalho de jovens 
entre 13 e 18 anos como limite de duração de 12 horas, e para crianças entre 9 e 13 
anos o limite de 8 horas. Para crianças menores de 9 anos ficava proibido o trabalho. 
Além disso a lei previa a presença de um médico na fábrica para atestar a idade mínima 
dos trabalhadores e realizar exames de maneira a prevenir as doenças do trabalho 
(BITENCOURT; QUELHAS, 1998). 
 
Após isso, vários países começaram a estabelecer leis e regulamentos de 
melhoria das condições de trabalho. Em 1862, a França aprovou o regulamento da 
segurança e higiene do trabalho. Em 1865, a Alemanha publicou a Lei de indenização 
obrigatória dos trabalhadores e em 1886, a Revolução de Chicago, nos Estados Unidos, 
iniciou o movimento das organizações trabalhistas, que futuramente veio a se tornar 
sindicatos. 
No início do século XX, o cenário mundial era de insegurança e instabilidade 
devido à Primeira Guerra Mundial. Com o fim da Primeira Guerra em novembro de 1918, 
realizou-se a Conferência da Paz (1919) em que foi assinado o Tratado de Versalhes, que 
aprovava a criação da Organização Internacional do Trabalho (OIT), que atualmente tem 
sede na Suíça e possui 39 países membros, incluindo o Brasil. A OIT apresenta como 
missão “promover oportunidades para que homens e mulheres possam ter acesso a 
um trabalho decente e produtivo, em condições de liberdade, equidade, segurança 
e dignidade” (OIT, 2021). Além disso, de acordo com a sua Constituição e Declaração 
da Filadélfia:
Considerando que existem condições de trabalho que implicam, 
para grande número de indivíduos, miséria e privações, e que 
o descontentamento que daí decorre põe em perigo a paz e a 
harmonia universais, e considerando que é urgente melhorar essas 
condições no que se refere, por exemplo, à regulamentação das 
horas de trabalho, à fixação de uma duração máxima do dia e da 
semana de trabalho, ao recrutamento da mão de obra, à luta contra 
o desemprego, à garantia de um salário que assegure condições 
de existência convenientes, à proteção dos trabalhadores contra 
as moléstias 3 graves ou profissionais e os acidentes do trabalho, à 
proteção das crianças, dos adolescentes e das mulheres, às pensões 
de velhice e de invalidez, à defesa dos interesses dos trabalhadores 
empregados no estrangeiro, à afirmação do princípio ‘para igual 
trabalho, mesmo salário’, à afirmação do princípio de liberdade 
sindical, à organização do ensino profissional e técnico, e outras 
medidas análogas (OIT, 2016, p. 3).
7
A Organização Internacional do Trabalho (OIT) foi fundada em 
1919 com o objetivo de que todos os trabalhadores tivessem 
acesso a um trabalho com condições de liberdade, equidade, 
segurança e dignidade.
NOTA
2.1 HISTÓRICO DA SEGURANÇA E HIGIENE DO TRABALHO 
NO BRASIL
Em relação ao Brasil, a primeira lei que se aplicava à proteção dos trabalhadores 
foi o Decreto nº 1.313, publicado em 17 de janeiro de 1891. O decreto estabelecia 
“providências para regularizar o trabalho dos menores empregados nas fábricas da 
Capital Federal”, que até então era a cidade do Rio de Janeiro. Além disso, em seu Art. 
1º ficou “instituída a fiscalização permanente de todos os estabelecimentos fabris em 
que trabalharem menores, que ficará a cargo de um inspector geral, imediatamente 
subordinado ao Ministro do Interior”. Embora seja considerada um marco na legislação 
trabalhista do Brasil, essa lei não foi cumprida efetivamente.
Assim, diversas manifestações e greves gerais dos trabalhadores ocorreram 
entre os anos de 1907 e 1920, reivindicando melhores condições de trabalho. Com 
isso, em 15 de janeiro de 1919 foi aprovada a primeira lei brasileira (Lei nº 3.724) contra 
acidentes do trabalho. 
Foi no primeiro governo de Getúlio Vargas (1930-1945), que aconteceu a transição 
do modelo oligárquico (caracterizado pelo poder econômico nas mãos de grandes 
proprietários rurais) para o industrialismo. Com isto, em 26 de novembro de 1930, pelo 
Decreto nº 19.433 foi criado o Ministério do Trabalho, Indústria e Comércio. Além disso, 
no dia 4 de fevereiro de 1932, foi criado o Departamento Nacional do Trabalho, que, entre 
as suas atribuições, consta a organização, higiene e segurança do trabalho.
Por meio do Decreto nº 24.637 ocorreu a reforma da legislação de acidentes 
de trabalho que pela primeira vez equiparava as doenças profissionais aos acidentes 
de trabalho, assim como, de forma inaugural, a indenização dos acidentes de trabalho 
passou a ser custeada pelo Estado, empregado e empregador (BITENCOURT; QUELHAS, 
1998). Ainda em 1934, foram nomeados pelo Ministro do Trabalho os primeiros inspetores-
médicos do trabalho, para procederem à inspeção higiênica nos locais de trabalho e 
estudos sobre acidentes e doenças profissionais.
8
O crescimento da indústria, com o consequente aumento no número de 
trabalhadores urbanos, trouxe novas preocupações para o governo brasileiro. Dessa 
forma, visando a preservar a saúde do trabalhador foi fundada, em 1941, a Associação 
Brasileira para a Prevenção de Acidentes, e, em 1º de maio de 1943, ocorreu a criação 
da consolidação das leis do trabalho (CLT) por meio do Decreto-Lei nº 5.452. A CLT foi 
um compilado das leis que a antecedem sobre os direitos à saúde e segurança dos 
trabalhadores. Desde sua aprovação, a CLT já possuía o Capítulo V, com o título “Higiene 
e Segurança do Trabalho”, alterado em 1977 pela Lei nº 6.514 para “Da Segurança e da 
Medicina do Trabalho”. 
Em 10 de novembro de 1944, o Decreto-Lei nº 7.036 veio como um 
desdobramento da CLT, revogando a Lei nº 3.724. Em 1953 foi criada a Portaria nº 155/53, 
que regulamentava as atividades das comissões internas de prevenção de acidentes 
(CIPAs), e, em 1960, a Portaria nº 319/60, que falava sobre os equipamentos de proteção 
individual (EPIs). 
Neste mesmo ano (1960) foi promulgada a Lei Orgânica da Previdência Social, 
decretando aposentadoria especial para os trabalhadores que exercem atividades 
penosas, insalubres ou perigosas. A intenção dessa lei era aposentar o trabalhador 
antes que ele sofresse dano total ou irreversível à sua saúde (TIMBÓ; EUFRÁSIO, 2009).
No ano de 1966 surgiu, no Brasil, por meio da Lei nº 5.261, o Centro Nacional 
de Segurança, Higiene e Medicina do Trabalho, atualmente a Fundacentro. Em 1972, o 
Ministério do Trabalho aprovou a Portaria nº 3.237, que instituía os serviços de segurança 
higiene e medicina do trabalho nas empresas. E em 1974 foram criados os primeiros 
cursos especializados em segurança e medicina do trabalho. 
Desde a primeira redação do Decreto-Lei nº 5.452, que cria 
consolidação das leis trabalhista (CLT), possui o Capítulo V com o 
título “Higiene e Segurança do Trabalho”.
ATENÇÃO
A mudança nas leis trabalhistas de corretiva para preventiva somente 
ocorreu no Brasil com a aprovação da Portaria nº 3.214. A Portaria “aprova as Normas 
Regulamentadoras – NR – do Capítulo V, Título II, da consolidação das Leis do Trabalho, 
relativas à Segurança e Medicina do Trabalho”, que incialmente continha vinte e oito NRs. 
Durante os anos, algumas NRs foram alteradas e outras oito novas foram introduzidas 
de maneira a atender às necessidades de cada serviço. 
9
A oficialização dos cursos de especialização para engenheiros e arquitetos em 
engenharia de segurança do trabalho e a criação do cargo de técnico em segurança do 
trabalho ocorreram em 27 de novembro de 1985 com a aprovação da Lei nº 7.410.
No ano de 1988 foi promulgada nova Constituição Federal, significando um novo 
marco principal na introdução da saúde do trabalhador no sistema jurídico nacional. 
Com a promulgação dessa Constituição,as ações de saúde do trabalhador passaram a 
ser competência do Sistema Único de Saúde – SUS –, consagrando também proteção 
ao meio ambiente, incluindo o meio ambiente de trabalho. Esta Carta Magna previu a 
possibilidade de penalidades para as condutas e atividades lesivas ao meio ambiente. 
Quanto a estas sanções, é oportuno o comentário de Melo (2013, p. 140):
Do comando constitucional do art. 225, § 3º e dos demais dispositivos 
constitucionais e legais que protegem o meio ambiente e a saúde 
do trabalhador (subitens 4.1, 4.2 e 4.3 do Capítulo I), infere-se 
que as responsabilidades decorrentes do trabalho em condições 
inadequadas e em ambientes insalubres, perigosos e penosos, 
ou em razão de acidentes de trabalho, podem ser caracterizadas 
como de natureza: a) administrativa; b) previdenciária; c) trabalhista; 
d) penal; e) civil.
Adiante, falaremos mais especificamente das leis que abordam os 
direitos trabalhistas.
ESTUDOS FUTUROS
Em 1990, no dia 19 de setembro, foi sancionada a Lei Orgânica da Saúde (Lei nº 
8.080), que trata da atuação do SUS na área da saúde do trabalhador. No dia 22 de maio 
de 1991, por meio do Decreto nº 127, o Brasil ratificou a Convenção nº 161/85, da OIT, 
relativa aos serviços de saúde do trabalho.
No dia 12 de fevereiro de 2007 foi assinado o Decreto nº 6.042/07, que oficializou 
a implantação, pela Previdência, de dois instrumentos legais, que provocaram uma 
mudança de paradigma na área de saúde e segurança do trabalho: o Nexo Técnico 
Epidemiológico (NTE) e o Fator Acidentário Previdenciário (FAP), que, com o Perfil 
Psicográfico Previdenciário, representam uma nova percepção da Previdência em 
relação aos acidentes de trabalho.
Após essa linha do tempo em relação à evolução da saúde e segurança no 
trabalho veremos a seguir os seus principais conceitos e definições.
10
3 PRINCIPAIS CONCEITOS 
A Segurança do Trabalho pode ser definida como um conjunto de normas 
que visam minimizar as doenças e os acidentes decorrentes do ambiente de trabalho. 
Além disso, ela visa proteger a integridade física e mental dos trabalhadores por meio da 
prevenção dos riscos a que é exposto em seu ambiente de trabalho. De acordo Saliba 
e Lanza (2018), a Segurança do Trabalho pode ser definida como “a ciência que atua na 
prevenção dos acidentes do trabalho decorrentes dos fatores de risco operacionais”.
Assim, a Segurança do Trabalho por meio da identificação do risco, da avaliação, 
do controle e do monitoramento realiza a prevenção de acidentes. Esse processo pode 
ocorrer por meio de diversas medidas, sejam elas técnicas, administrativas, na educação 
dos colaboradores, na eliminando as condições inseguras, no tratamento médico e 
psicológico, entre outras.
 
Ainda Segundo Saliba e Lanza (2018), “A prevenção se faz pela identificação 
e pela avaliação dos fatores de riscos e cargas de trabalho com origem no processo 
de trabalho e na forma de organização adotados, e da implantação de medidas para 
eliminação ou minimização desses fatores de riscos e cargas”.
A palavra risco foi citada algumas vezes nos parágrafos anteriores, mas você 
saberia a diferença entre risco e perigo?
De acordo com o anexo 1 da NR 1, redação dada pela Portaria SEPRT nº 6.730, 
de 9 de março de 2020, perigo é definido como “fonte com o potencial de causar lesões 
ou agravos à saúde. Elemento que isoladamente ou em combinação com outros tem 
o potencial intrínseco de dar origem a lesões ou agravos à saúde”. Ainda segundo a 
mesma norma, risco ocupacional é definido como a “Combinação da probabilidade de 
ocorrer lesão ou agravo à saúde causados por um evento perigoso, exposição a agente 
nocivo ou exigência da atividade de trabalho e da severidade dessa lesão ou agravo 
à saúde”.
Assim, o perigo é alguma coisa que pode potencialmente causar dano, ou seja, 
a fonte geradora. Já o risco está associado a exposição ao perigo. Na Figura 4 é possível 
observar a diferença entre esses conceitos. 
11
FIGURA 4 – DIFERENÇA ENTRE PERIGO E RISCO 
FONTE: <https://op.europa.eu/webpub/eca/special-reports/food-safety-2-2019/img/Pt_box2.svg>. 
Acesso em: 10 maio 2020.
Para mais informações e exemplos sobre a diferença entre risco 
e perigo, veja o vídeo disponível em: https://www.youtube.com/
watch?v=2bfqbbXB5_s.
DICA
Vale mencionar, que de acordo com a NR 9, o risco pode ser classificado em: risco 
físico, risco químico, risco biológico, risco ergonômico, risco social e risco ambiental. 
Esses conceitos serão melhores apresentados posteriormente.
Os conceitos de insalubridade e periculosidade também são importantes 
para os nossos estudos em segurança do trabalho. De acordo com o Art. 189 da CLT, 
as atividades insalubres são “aquelas que, por sua natureza, condições ou métodos 
de trabalho, exponham os empregados a agentes nocivos à saúde, acima dos limites 
de tolerância fixados em razão da natureza e da intensidade do agente e do tempo de 
exposição aos seus efeitos”, implicando danos à saúde dos trabalhadores ao longo de 
sua vida. Por outro lado, a periculosidade é definida no Art. 193 da CLT como:
Perigo
Um perigo é algo que tem o 
potencial para nos prejudicar
Risco 
Um risco é a probabilidade de 
um perigo nos prejudicar
vs. 
TUBARÃO
Um tubarão no mar
é um perigo
Nadar com um tubarão
é um risco
12
[...] atividades ou operações perigosas que por sua natureza ou 
métodos de trabalho impliquem risco acentuado em virtude de 
exposição permanente do trabalhador a:
I‑ inflamáveis, explosivos ou energia elétrica.
II- roubos ou outras espécies de violência física nas atividades 
profissionais de segurança pessoal ou patrimonial.
Assim, a periculosidade é determinada pelo risco iminente de morte durante o 
trabalho enquanto a insalubridade é a exposição direta aos agentes nocivos que podem 
gerar danos à saúde a longo prazo. Tanto a insalubridade quanto a periculosidade são 
passíveis de acréscimo salário, descritos em maior detalhe nas normas regulamentadoras 
NR-15 e NR-16. 
Seguindo, a definição de acidente do trabalho, segundo o Art. 19 da Lei nº 
8.213, de 24 de julho de 1991 (Lei de Planos e Benefícios da Previdência Social), é:
[...] o que ocorre no exercício do trabalho a serviço da empresa ou de 
empregador doméstico ou pelo exercício do trabalho dos segurados 
referidos no inciso VI do art. 11 desta Lei, provocando lesão corporal 
ou perturbação funcional que cause a morte, perda, redução 
permanente ou temporária de sua capacidade para o trabalho.
Nessa definição, o acidente ganha um sentido amplo, abrangendo também as 
doenças ocupacionais ou moléstias profissionais, para fins de reparação de dano sofrido 
pelo trabalhador. Do ponto de vista técnico, porém, esta definição não é satisfatória, pois 
retrata somente as consequências sobre o homem. Uma definição mais completa de 
acidente do trabalho seria que toda a ocorrência, não programada e não planejada, que 
interferir no andamento normal do trabalho e da qual resulte lesão no trabalhador e/ou 
perda de tempo e/ou danos materiais ou as três situações simultaneamente.
Outro conceito importante que merece definição é Inspeção de Segurança. 
O termo se refere a vistorias realizadas nas áreas de trabalho de maneira a verificar 
situações em que o trabalhador pode estar sendo exposto a algum risco. O objetivo da 
Inspeção de Segurança é fornecer informações sobre as condições de trabalho, que 
tipo de trabalho realizado, quais procedimentos de segurança são aplicados ou não, se 
existe riscos que possam provocar danos ao trabalhador, e assim, auxiliar na tomada de 
decisão que defini as medidas de prevenção a serem tomadas. 
13
Neste tópico, você adquiriu certos aprendizados, como:
• A segurança do trabalho está evoluindo, desde os primórdios até os dias de hoje. 
• A Revolução Industrial foi um marco histórico para mudanças nas legislações sobre 
saúde e segurança do trabalhador.
• A OIT é uma organização que está trabalhando pela internacionalização do Direito do 
Trabalho, do qual o Brasil faz partede seu escopo.
• A aplicação de medidas de proteção aos trabalhadores no Brasil iniciou em meados 
do ano de 1981, mas foi com a criação da CLT, em 1943, que regras sobre higiene e 
segurança no trabalho passam a ser cobradas efetivamente.
• A Segurança do Trabalho é um conjunto de normas que visam minimizar as doenças 
e os acidentes decorrentes do ambiente de trabalho.
• O acidente do trabalho é toda ocorrência, não programada e não planejada, que 
interferir no andamento normal do trabalho e da qual resulte lesão no trabalhador e/
ou perda de tempo e/ou danos materiais ou as três situações simultaneamente.
• Perigo é algo com potencialmente de causar dano e risco está associado a exposição 
ao perigo.
RESUMO DO TÓPICO 1
14
1 Desde a antiguidade são observados registros que levavam em consideração a saúde 
e segurança dos trabalhadores. Entretanto, somente com a Revolução Industrial 
aconteceram avanços significativos neste sentido. Por que a preocupação com a 
saúde e segurança dos trabalhadores aumentaram com a Revolução Industrial? 
2 A Organização Internacional do Trabalho (OIT) foi criada durante a Conferência da 
Paz (1919) com a assinatura do Tratado de Versalhes, do qual fazem parte 39 países, 
incluindo o Brasil. Em sua constituição e na Declaração da Filadélfia, a OIT considera 
que é urgente melhorar as condições de trabalho no que se refere à(a): 
a) ( ) Regulamentação das horas de trabalho, a não fixação de uma duração máxima 
do dia e da semana de trabalho, ao recrutamento da mão de obra, à luta contra 
o desemprego, outros. 
b) ( ) Regulamentação das horas de trabalho, a fixação de uma duração máxima do dia 
e da semana de trabalho, ao não recrutamento da mão de obra, à luta contra o 
desemprego, outros. 
c) ( ) A não regulamentação das horas de trabalho, a fixação de uma duração máxima 
do dia e da semana de trabalho, ao recrutamento da mão de obra, à luta contra 
o desemprego, outros. 
d) ( ) Regulamentação das horas de trabalho, a fixação de uma duração máxima do 
dia e da semana de trabalho, ao recrutamento da mão de obra, à luta contra o 
desemprego e outros. 
3 A primeira lei trabalhista do Brasil foi o Decreto n° 1313, publicado em 17 de janeiro de 
1891. Qual item a seguir foi estabelecido neste decreto?
a) ( ) Providências para regulamentar o trabalho de mulheres empregadas nas fabricas 
da capital federal.
b) ( ) Providências para regulamentar o trabalho dos menores empregados nas 
fabricas da capital federal.
c) ( ) Fiscalização permanente de todos os estabelecimentos fabris em que 
trabalharem mulheres, a qual ficará a cargo de um inspector geral, imediatamente 
subordinado ao Ministro do Interior.
d) ( ) Fiscalização permanente de todos os estabelecimentos fabris, a qual ficará a 
cargo de um inspector geral, imediatamente subordinado ao Ministro do Interior.
AUTOATIVIDADE
15
4 A Norma Regulamentadora NR‑1 define risco ocupacional como a “combinação da 
probabilidade de ocorrer lesão ou agravo à saúde causados por um evento perigoso, 
exposição a agente nocivo ou exigência da atividade de trabalho e da severidade 
dessa lesão ou agravo à saúde”. Uma classificação dos tipos de risco é apresentada 
na NR‑9. Assinale a alternativa que NÃO contenha um tipo de risco classificado na 
NR-9.
a) ( ) Risco físico.
b) ( ) Risco químico. 
c) ( ) Risco psicológico. 
d) ( ) Risco ergonômico. 
5 A definição de acidente do trabalho de acordo com a Lei de Planos e Benefícios da 
Previdência Social é considerada insatisfatória do ponto de vista técnico. Qual seria a 
melhor definição para esse termo?
16
17
LEGISLAÇÃO E NORMAS TÉCNICAS
UNIDADE 1 TÓPICO 2 - 
1 INTRODUÇÃO
Neste tópico, vamos realizar um estudo mais aprofundado das principais 
legislações brasileiras que concerne ao direito trabalhista. Dentre elas estão a 
Constituição da República Federativa do Brasil (05/10/1988), o Decreto-Lei nº 5.452 
(Consolidação das Leis Trabalhista – CLT) e a Portaria nº 3.214, que aprova as Normas 
Regulamentadores – NR.
A Constituição da República Federativa do Brasil é a lei máxima do Brasil, que 
traça os parâmetros do sistema jurídico e define os princípios e diretrizes que regem 
a nossa sociedade. Sobre essa lei, falaremos especificamente dos Artigos 6º e 7º do 
Capítulo II, que dá diretrizes sobre a questão trabalhista no Brasil. 
Também serão apresentados os principais pontos da CLT, norma que consolida 
as leis trabalhistas no Brasil, inclusive substanciando a elaboração das Normas 
Regulamentadoras. Em relação a Portaria nº 3.214, mostraremos as 37 normas que a 
compõe e suas principais disposições.
2 CONSTITUIÇÃO FEDERAL
A Constituição da República Federativa do Brasil, publicada em 5 de outubro 
de 1988, consta em seu Capítulo II dos direitos sociais Art. 6º: “São direitos sociais 
a educação, a saúde, a alimentação, o trabalho, a moradia, o transporte, o lazer, a 
segurança, a previdência social, a proteção maternidade e a infância, a assistência os 
desamparados, na forma desta Constituição”. Portanto, o direito ao trabalho é uma parte 
essencial em que a nação se compromete a garantir. 
Mais especificamente, em seu Art. 7º são descritas as principais normas que 
beneficiam os trabalhadores rurais e urbanos, dentre elas o direito ao:
• Seguro-desemprego: remuneração ao trabalhador após demissão sem justa causa;
• 13º salário: remuneração ao trabalhador no final do ano com valor igual ao recebido 
mensalmente; 
• Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS): garantia de reserva em dinheiro, 
valor depositado mensalmente pela empresa, que poderá ser usado em casos de 
demissão, doenças ou outras eventualidades; 
• Garantia de salário nunca inferior ao mínimo;
18
• Adicional noturno: 20% a mais sobre o valor do salário bruto para os trabalhadores 
que possuem horário de trabalho entre as 22h e as 5h da manhã; 
• Repouso semanal remunerado: valor embutido no salário referente ao descanso 
semanal;
• Aviso prévio: consentimento de no mínimo 30 dias antes de rescisão de contrato;
• Redução dos riscos inerentes ao trabalho, por meio de normas de saúde, higiene e 
segurança;
• Adicional de remuneração para atividades penosas, insalubres ou perigosas;
• Aposentadoria;
• Seguro contra acidente de trabalho: remuneração paga pela empresa para 
trabalhadores que sofrem algum tipo de acidente do trabalho;
• Outros.
A Constituição da República Federativa do Brasil com todas as suas 
alterações pode ser encontrada no site do Planalto Central por 
meio do link: https://bit.ly/3FntBf2.
DICA
3 DECRETO-LEI Nº 5.452 - CLT
O Decreto-Lei nº 5.452, publicado em 1° de maio de 1943, foi o decreto brasileiro 
que consolidava as Leis do Trabalho, comumente conhecido com CLT. De acordo com 
seu Art. 1°, “Esta consolidação estatui as normas que regulam as relações individuais e 
coletivas de trabalho nela previstas”. 
O surgimento desse decreto foi de extrema importância, pois implicou normas 
de trabalho que impedem condições de trabalho abusivas. 
No Capítulo V da CLT são traçadas as normas relativas à segurança e à medicina 
do trabalho, consubstanciadas nas normas regulamentadoras. Esse capítulo está 
dividido em diversas seções, que tratam dos seguintes temas:
• Disposições gerais. Essa seção dispõe sobre as incumbências governamentais, 
empresariais e dos empregados nos quesitos referentes à segurança e medicina do 
trabalho.
• Inspeção prévia e do embargo ou interdição.
• Órgãos de segurança e de medicina do trabalho nas empresas;
• Equipamentos de Proteção Individual (EPIs).
19
• Medidas preventivas de medicina do trabalho.
• Das edificações.
• Do conforto térmico.
• Das instalações elétricas.
• Da movimentação, armazenagem e manuseio dos materiais.
• Das máquinas e equipamentos.
• Das caldeiras, fornos e recipientes sob pressão.
• Das atividades insalubres ou perigosas.
• Da prevenção da fadiga.
• Das outras medidas especiais de proteção.
• Das penalidades.
A Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) e todasas suas alterações 
pode ser encontrada no site do Planalto Central por meio do link: 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del5452.htm.
DICA
4 PORTARIA 3.214 
A Portaria 3.214, de 8 de junho de 1978, é a principal legislação brasileira que 
normatiza a segurança no trabalho preventiva. De acordo com seu Art. 1° “aprovar as 
Normas Regulamentadores – NR – do Capítulo V, Título II, da Consolidação das Leis do 
Trabalho, relativas à Segurança e Medicina do Trabalho”. Atualmente existem 37 NRs 
definidas como:
• NR-1 – Disposições gerais e gerenciamento de riscos ocupacionais. 
A NR-1 estabelece a obrigatoriedade de empresas públicas e privadas, que 
possuam empregados contratados sob o regime da CLT, a aplicação das normas 
regulamentadoras (NR) relativas à segurança e saúde no trabalho.
 Ela também estabelece os requisitos para o gerenciamento de riscos 
ocupacionais e as medidas de prevenção em Segurança e Saúde no Trabalho (SST). 
Além disso, determina os direitos e deveres dos empregados e empregadores. 
• NR-2 – Inspeção prévia – REVOGADA
20
• NR-3 – Embargo e interdição
A NR-3 estabelece as diretrizes para caracterização de risco grave e iminente e 
os requisitos técnicos de embargo e interdição. São medidas a serem tomadas caso o 
trabalhador esteja em risco eminente, comprovados por laudo técnico. A interdição ou 
embargo pode ser parcial ou total de todas as atividades do estabelecimento ou obra, 
sem desconto de salário durante a paralização. 
• NR-4 – Serviço especializado em segurança e medicina do trabalho – SSMT
A NR-4 estabelece a implantação do Serviços Especializados de Engenharia 
de Segurança e de Medicina do Trabalho (SESMT), com o objetivo de promover a saúde 
e proteger a integridade física e mental do empregado no local de trabalho. O SESMT 
deve ser formado por técnico em segurança do trabalho, engenheiro de segurança 
do trabalho, auxiliar de enfermagem do trabalho, enfermeiro do trabalho e médico do 
trabalho. Quais profissionais devem fazer parte do SESMT e a quantidade de horas 
trabalhada por cada um é definida de acordo com a graduação do risco da atividade 
principal da empresa (CNAE) e o número de funcionários.
• NR-5 – Comissão interna de prevenção de acidentes – CIPA
A NR-5 estabelece as regras de implantação e funcionamento da comissão 
interna de prevenção de acidentes (CIPA) como as suas atribuições, organização, 
treinamentos e processo eleitoral. A CIPA tem por finalidade auxiliar o SESMT junto à 
prevenção de acidentes no ambiente de trabalho. 
A CIPA deve ser implementada em todos as empresas, que possuam 
trabalhadores sob o regimente da CLT, com no mínimo de 20 funcionários. Para aquelas 
abaixo de 20 funcionários, deverá haver uma pessoa responsável pelo cumprimento da 
NR-5 denominado Designado de CIPA. A CIPA deve ser formada por representantes dos 
empregados, escolhidos por meio de votação secreta, e do empregador, escolhidos por 
ele mesmo sem votação, sendo a mesma quantidade de participantes de cada lado. 
• NR-6 – Equipamento de proteção individual – EPI
A NR-6 dispõe sobre a obrigatoriedade das empresas em fornecer gratuitamente 
os equipamentos de proteção individual (EPIs) para os empregados, e destes em utilizar 
de maneira correta, guardar e conservar. A NR-6 também estabelece as normas de 
fabricação, importação e comercialização dos EPIS, que devem conter o Certificado de 
Aprovação (CA) do Ministério do Trabalho. Além disso, há uma lista de classificação dos 
tipos de EPIs para cada parte do corpo, como proteção da cabeça, olhos, face, tronco, 
membros superiores e inferiores, proteção auditiva, respiratória e outros. 
21
Vale ressaltar que há uma diferença entre os equipamentos de proteção 
individual (EPIs) e de proteção coletiva (EPCs). De acordo com a própria NR-6, 
“considera-se Equipamento de Proteção Individual todo dispositivo ou produto, de 
uso individual utilizado pelo trabalhador, destinado à proteção de riscos suscetíveis 
de ameaçar a segurança e a saúde no trabalho”, ou seja, deve ser utilizado apenas 
por um único trabalhador. Já os EPC podem ser equipamentos que forneça proteção 
coletiva ou equipamentos de proteção individual, que podem ser utilizados por diversos 
trabalhadores, por exemplo, os cintos paraquedistas. 
• NR-7 – Exames médicos
A NR-7 estabelece a elaboração do Programa de Controle Médico de Saúde 
Ocupacional (PCMSO) que tem por objetivo analisar a saúde dos colaboradores 
por meio da realização de exames médicos. Os exames exigidos pela NR-7 são: 
admissional, periódicos, demissional, mudança de função, retorno ao trabalho e exames 
complementares definido de acordo com o risco ao qual o trabalhador está exposto.
• NR‑8 – Edificações
A NR‑8 dispõe sobre os parâmetros técnicos mínimos para edificações como 
proteção contra intempéries (chuva, sol, vento e outros), condicionamento acústico, 
dimensionamento de escadas, rampas e corredores, visando garantir a segurança 
e o conforto dos trabalhadores. Vale ressaltar que é necessário observar também as 
legislações federais, estaduais e municipais que contém normas sobre o assunto. 
• NR-9 – Avaliação e controle das exposições ocupacionais a agentes físicos, químicos 
e biológicos
A NR-9 estabelece os requisitos para a avaliação, monitoramento e controle 
das exposições ocupacionais referentes aos agentes físicos, químicos e biológicos. Na 
sua última atualização, Portaria  nº 6.735/2020, o Programa de Prevenção de Riscos 
Ambientais (PPRA) descrito na norma foi extinto e passou a fornece diretrizes para a 
elaboração do Programa de Gerenciamento de Risco (PGR) exigido na NR-1. Entretanto, 
a norma ainda se encontra incompleta, pois não foi divulgado todos os anexos 
necessários para sua execução. 
• NR10 – Segurança em instalações e serviços de eletricidade
A NR-10 contém as exigências técnicas mínimas para elaboração de projetos, 
execução, operação, manutenção e outros serviços que trabalham com eletricidade de 
maneira a garantir a saúde e segurança dos trabalhadores. Essa norma é abrangente 
tanto para funcionários efetivos quanto para trabalhadores terceirizados. 
22
A prevenção dos riscos relacionados as atividades que fazem uso de eletricidade 
é a primeira medida estabelecida nessa norma. Caso não seja possível a prevenção, 
são adotadas as medidas protetivas como a utilização de equipamentos de proteção 
individual e coletiva. Além disso, as áreas que são executados os serviços de instalações 
elétricas devem ser identificadas e sinalizadas corretamente.
A norma também estabelece a realização de capacitação dos trabalhadores, 
sendo que cada empresa é responsável por essa capacitação. Os treinamentos de 
reciclagem devem ser realizados a cada dois anos ou em trocas de função ou retorno 
por afastamento por mais de três meses.
A NR-10 contém diversos detalhes sobre o trabalho com instalações 
elétricas que serão apresentados nas próximas unidades.
ESTUDOS FUTUROS
• NR11 – Transporte, movimentação, armazenagem e manuseio de materiais
A NR-11 estabelece as diretrizes de operação de elevadores, guindastes, 
transportadores industriais e máquinas transportadoras de maneira mecânica e 
manual, visando manter a integridade física dos trabalhadores. De maneira geral, essa 
norma regulamenta a utilização dos maquinários citados anteriormente sem especificar 
o tipo de empreendimento em que ele está instalado. Além disso, exige a capacitação 
dos trabalhadores que fazem uso desses equipamentos custeada integralmente pelo 
empregador. 
• NR12 – Segurança no trabalho em máquinas e equipamentos
A NR-12 é a norma mais extensa dentro todas e conta com uma série de 
diretrizes que vão desde a fabricação de maquinários até sua utilização, sendo ela nova 
ou usada. A norma regulamenta, dentre diversas coisas, os arranjos físicos e instalações, 
instalações e dispositivos elétricos, dispositivos de partida, acionamento e parada, 
dispositivos de parada de emergências, transportes de matérias, riscos adicionais,sinalização e capacitação. Além disso, em seus anexos diversos equipamentos são 
detalhados como forma de padronização dos procedimentos a serem adotados e assim 
manter a integridade física dos trabalhadores. 
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• NR13 – Caldeiras, vasos de pressão, tubulações e tanques metálicos de 
armazenamento
A NR-13 estabelece os parâmetros técnicos sobre a instalação, inspeção, 
operação e manutenção de caldeiras, vasos de pressão, tubulações de interligação e 
tanques metálicos de maneira a manter a saúde e segurança dos trabalhadores.
 Essa norma exige treinamentos específicos para seus trabalhadores, pois 
a correta aplicação dessa norma é de extrema importância, uma vez que os riscos 
relacionados são considerados graves. 
• NR14 – Fornos
A NR-14 dispõe sobre os parâmetros técnicos para implantação de fornos como o 
material a ser usado, o local adequado para instalação e tipos de escadas e plataformas 
de acesso. Também contém a necessidade de instalação de sistemas de proteção 
contra gases, chamas além da instalação de chaminé suficientemente dimensionada 
para a saída dos gases queimados. 
• NR15 – Atividades e operações insalubres
A NR-15 estabelece as atividades e operações consideradas insalubres de 
acordo com os limites de tolerância, definidos em seus anexos. Definido a insalubridade 
da atividade, o trabalhador passa a receber um adicional incidente sobre o salário 
mínimo. O adicional pode ser de 40% para insalubridade de grau máximo, 20% de grau 
médio e 10% de grau baixo. Em ambientes com mais de um agente insalubre, o adicional 
é aplicado sobre o de maior grau, sem acúmulos. A eliminação ou neutralização da 
insalubridade retira o direito ao pagamento do adicional respectivo.
• NR-16 – Atividades e operações perigosas
A NR-16 estabelece o adicional de 30% sobre o salário (sem os acréscimos 
resultantes de gratificações, prêmios ou participações nos lucros da empresa) aos 
trabalhadores que exercem atividades em condições de periculosidade, conforme 
estabelecido pelos anexos desta mesma norma. Ainda segundo a NR-16 é de 
responsabilidade do empregador definir se o ambiente de trabalho é considerado 
perigoso, por meio de laudos técnicos. 
• NR-17 – Ergonomia
A NR-17 estabelece os parâmetros que permite a adaptação das condições 
de trabalho as características psicofisiológicas do trabalhador, ou seja, adaptação do 
ambiente de trabalho para as características físicas e psicológicas do trabalhador de 
24
maneira a oferecer conforto, segurança e consequentemente aumento de produtividade. 
A determinação das condições ergométricas deve ser realizada por meio da Análise 
Ergométrica do Trabalho. 
• NR-18 – Segurança e saúde no trabalho na indústria da construção
A NR-18 contém as diretrizes de ordem administrativa, de planejamento e de 
organização, que tem por objetivo a implementação de medidas de controle e sistemas 
preventivos de segurança nos processos, nas condições e no meio ambiente de trabalho 
na indústria da construção.
• NR-19 – Explosivos
A NR-19 normatiza as medidas de proteção para o processo de fabricação, 
utilização, importação, exportação, armazenamento e transporte de explosivos, 
embasados na legislação estabelecida no Regulamento para Fiscalização de Produtos 
Controlados (R-105) do Exército Brasileiro. 
• NR‑20 – Combustíveis e líquidos inflamáveis
A NR-20 dispõe sobre os requisitos mínimos em relação às atividades de extração, 
produção armazenamento, transferência, manuseio e manipulação de inflamáveis e 
líquidos combustíveis de maneira a garantir a segurança e saúde do trabalhador.
 
A norma abrange os projetos de instalação, prontuário de instalação, análises de 
risco, manutenção e inspeção das instalações, capacitação dos trabalhadores, controle 
das fontes de ignição, prevenção e controle de vazamentos, derramamentos, incêndios, 
explosões e emissões fugitivas, e plano de resposta a emergência da instalação. 
• NR-21 – Trabalho a céu aberto
A NR-21 estabelece a medidas de proteção para os colaboradores que exercem 
atividades a céu aberto exigindo abrigos mesmo que de maneira improvisada. Além 
disso, devem ser realizadas medidas especiais de proteção contra a insolação excessiva, 
o calor, o frio, a umidade e os ventos inconvenientes. 
• NR-22 – Segurança e saúde ocupacional na mineração
A NR-22 regulamenta as medidas de segurança e conforto a serem observados 
na organização e no ambiente de trabalho que desenvolva atividade de mineração. 
Essa norma contém a obrigatoriedade de realização do Programa de Gerenciamento 
de Risco (PGR), conforme descrito na NR‑1, e sobre alguns aspectos específicos para 
implementação da CIPA na mineração, que recebe o nome de Comissão Interna de 
Prevenção de Acidentes na Mineração – CIPAMIN.
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A NR-22 abrange a responsabilidade da empresa e dos empregados, a 
organização dos locais de trabalho, circulação e transporte de pessoas e matérias, 
equipamentos, máquinas, ferramentas e instalações, proteção contra poeira mineral, 
sinalização de áreas de trabalho e de circulação, instalações elétricas, operações com 
explosivos e acessórios, deposição de estéril, rejeitos e produtos, iluminação, operação 
de emergência, informação, qualificação e treinamentos, e outros. 
• NR-23 – Proteção contra incêndios
A NR-23 estabelece as medidas de proteção contra incêndios que devem 
ser implementadas em todos os empreendimentos. Essas medidas devem estar em 
conformidades com as legislações estaduais do corpo de bombeiro e normas técnicas 
aplicáveis. Os trabalhadores devem ser treinados quanto há utilização dos equipamentos 
de combate a incêndio, evacuação dos locais de trabalho com segurança e acionamento 
dos dispositivos de alarmes. 
• NR-24 – Condições sanitárias e de conforto nos locais de trabalho
A NR-24 estabelece as condições mínimas de higiene e de conforto que os 
ambientes de trabalho devem fornecer aos seus trabalhadores. De maneira geral, 
a norma direciona as especificações das instalações sanitárias (bacias sanitárias, 
mictórios, lavatórios, chuveiros), vestiário, refeitório, cozinha e alojamento. 
• NR-25 – Resíduos industriais
A NR-25 estabelece a necessidade de redução e destinação adequada dos 
resíduos gerados nos empreendimentos, sejam eles sólido, líquido ou gasoso de maneira 
a prevenir tanto a saúde e segurança dos trabalhadores quanto a preservação do meio 
ambiente. 
• NR-26 – Sinalização de segurança
A NR-26 dispõe sobre a padronização das cores na segurança do trabalho e na 
classificação, rotulagem preventiva e ficha com dados de segurança de produto químico 
de maneira a evitar acidente e garantir a saúde e segurança dos trabalhadores. 
 
• NR‑27 – Registro de profissionais – REVOGADA
• NR-28 – Fiscalização e penalidades
A NR‑28 dispõe sobre os procedimentos de fiscalização trabalhista em relação 
a Segurança e Medicina do Trabalho que devem ser efetuadas obedecendo ao disposto 
nos Decretos nº 55.841, de 15/03/65, e nº 97.995, de 26/07/89, no Título VII da CLT e no 
§ 3º do art. 6º da Lei nº 7.855, de 24/10/89 e nessa NR.
26
 A norma conta com os procedimentos de atuação, por exemplo, o critério 
de dupla visita (na primeira visita é feita uma advertência e na segunda visita, caso a 
infração persista, são aplicadas as sanções cabíveis), os prazos estabelecidos para as 
empresas se adequarem em relação à irregularidade técnica e os valores das multas. 
• NR-29 – Segurança e saúde no trabalho portuário
A NR-29 destina-se a proteção obrigatória dos trabalhadores portuários, tanto 
a bordo quanto em terra, contra acidentes e doenças profissionais, além de facilitar 
os primeiros socorros a acidentados. A norma estabelece o Serviço Especializado em 
Segurança e Saúde no Trabalho Portuário (SESSTP), renomeação para o SESMT, e a 
Comissão de Prevenção de Acidentes no Trabalho Portuário (CPATT)referentes a CIPA. 
• NR-30 – Segurança e saúde no trabalho aquaviário
A NR-30 regulamenta as condições de saúde e segurança para os trabalhadores 
das embarcações comerciais, de bandeira nacional, bem como às de bandeiras 
estrangeiras, utilizadas no transporte de mercadorias ou de passageiros, inclusive 
naquelas embarcações utilizadas na prestação de serviços. Essa norma é baseada no 
disposto na Convenção da OIT nº 147 – Normas Mínimas para Marinha Mercante. Vale 
destacar que a aplicação dessa norma não retirar a obrigatoriedade do cumprimento 
de outras disposições legais relacionadas ao assunto mesmo daquelas oriundas de 
convenções, acordos e contratos coletivos de trabalho.
• NR-31 – Segurança e saúde no trabalho na agricultura, pecuária, silvicultura, 
exploração florestal e aquicultura
A NR-31 regulamenta as atividades rurais (agricultura, pecuária, silvicultura, 
exploração florestal e aquicultura) e as atividades de exploração industrial em 
estabelecimentos agrários de maneira a garantir a saúde e segurança dos trabalhadores. 
Também dispõe sobre o uso de agrotóxicos, descarte dos resíduos, transporte com 
animais, ferramentas manuais adequadas, fatores climáticos, edificações rurais e 
outros. Nessa norma SESMT e CIPA são redefinidos e recebem os nomes de Serviço 
Especializado em Segurança e Saúde no Trabalho Rural (SESTR) e Comissão Interna de 
Prevenção de Acidentes no Trabalho Rural (CIPATR). 
• NR-32 – Segurança e saúde no trabalho em serviços de saúde
A NR-32 estabelece os requisitos mínimos de saúde e segurança para trabalhos 
da área da saúde, bem como daqueles que exercem atividades de promoção e 
assistência à saúde em geral. Dentre os diversos riscos a que os trabalhadores desta 
área estão expostos, o risco biológico é o de maior preocupação. Assim, essa NR 
caracteriza e define as medidas de controle e proteção, que devem estar previstas no 
PGR da empresa. 
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• NR‑33 – Segurança e saúde nos trabalhos em espaços confinados
A NR‑33 estabelece os requisitos mínimos para identificação de espaços 
confinados, além de realizar a avaliação, monitoramento e controle dos riscos existentes 
de maneira a garantir a saúde e segurança dos trabalhadores que interagem direta ou 
indiretamente nestes espaços. Os trabalhadores destinados a serviços em espaços 
confinados devem realizar exames médicos e capacitações específicas. 
• NR-34 – Condições e meio ambiente de trabalho na indústria da construção, 
reparação e desmonte naval 
A NR-34 tem por objetivo estabelecer os requisitos mínimos e as medidas 
de proteção à segurança, à saúde e ao meio ambiente de trabalho nas atividades da 
indústria de construção, reparação e desmonte naval, do qual fazem parte navios, 
barcos, lanchas, plataformas fixas ou flutuantes, dentre outras. Essa norma regulamenta 
o trabalho a quente (atividades de soldagem, goivagem, esmerilhamento, corte ou outras 
que possam gerar fontes de ignição tais como aquecimento, centelha ou chama), ou 
seja, trabalho em ambientes sob risco de incêndio ou explosão na industrial naval. Além 
disso, define as medidas de proteção aos trabalhos em altura, exposição à radiação 
ionizante, jateamento e hidrojateamento, atividades de pintura, movimentação de carga 
e montagem e desmontagem de andaimes na indústria naval. 
• NR-35 – Segurança e saúde no trabalho em altura
A NR-35 estabelece os requisitos mínimos e as medidas de proteção para o 
trabalho em altura (atividade realizada a dois metros acima do nível inferior, com risco 
de queda), envolvendo o planejamento, a organização e a execução, de forma a garantir 
a segurança e a saúde dos trabalhadores envolvidos direta ou indiretamente com esta 
atividade. Os trabalhadores que realizam serviços em alturas devem realizar exames 
médicos específicos e receber treinamentos teórico e prático, com uma carga horária 
mínima de oitos horas. Esses treinamentos devem ser refeitos no mínimo a cada dois 
anos. 
• NR-36 – Segurança e saúde no trabalho em empresas de abate e processamento 
de carnes e derivados
A NR-36 estabelece os requisitos mínimos para a avaliação, controle e 
monitoramento dos riscos existentes nas atividades desenvolvidas na indústria de 
abate e processamento de carnes e derivados destinados ao consumo humano, de 
forma a garantir a saúde e segurança dos trabalhadores. 
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• NR-37 – Segurança e saúde em plataformas de petróleo
A última NR foi publicada pela Portaria MTb nº 1.186, em 20 de dezembro de 
2018 e passou por uma alteração em 2019. Ela estabelece os requisitos mínimos de 
saúde, segurança e condições de vivência no trabalho a bordo de plataformas de 
petróleo em operação nas Águas Jurisdicionais Brasileiras – AJB. Vale ressaltar que a 
aplicação dessa norma não retira a necessidade do cumprimento de outras legislações 
referente ao tema ou daquelas oriundas de contratos de trabalho, acordos de trabalho e 
convenções coletivas de trabalho. 
O acesso completo das NRs e de todas as suas atualizações podem ser 
encontrados no site do Ministério do Trabalho e da Previdência por meio 
do link: https://www.gov.br/trabalho/pt-br/inspecao/seguranca-e-saude-
no-trabalho/normas-regulamentadoras.
DICA
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RESUMO DO TÓPICO 2
Neste tópico, você adquiriu certos aprendizados, como:
• No Brasil, temos, além da Constituição Federal, a CLT (Consolidação das Leis 
trabalhistas) e as NRs (Normas Regulamentadoras), que são dispositivos jurídicos 
para a implantação da Segurança no Trabalho.
• A CLT consolida as normas que regulam as relações individuais e coletivas de trabalho.
• No Capítulo V da CLT são definidas as normas à segurança e à medicina do trabalho, 
consubstanciadas nas normas regulamentadoras.
• A Portaria 3.214 é considerada a principal legislação brasileira que normatiza a 
segurança do trabalho preventiva e conta com trinta e sete Normas Regulamentadoras 
(NRs). 
• Na NR‑1 fica estabelecida a obrigatoriedade das empresas que possuem funcionários 
sobre o regime da CLT, sejam elas públicas ou privadas, a aplicação das NRs 
relacionados ao estabelecimento. 
• As NRs 4 e 5 estabelecem a implantação do Serviços Especializados de Engenharia de 
Segurança e de Medicina do Trabalho (SESMT) e da Comissão Interna de Prevenção 
de Acidentes (CIPA), respectivamente.
• O SESMT tem por objetivo promover a saúde e proteger a integridade física e mental 
do empregado no local de trabalho. A CIPA, por sua vez, tem a finalidade auxiliar na 
prevenção de acidentes no ambiente de trabalho.
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1 Com base no Art. 7º da Constituição da República Federativa do Brasil em que são 
descritas as principais normas que beneficiam os trabalhadores rurais e urbanos, 
analise as sentenças a seguir. 
I- Seguro-desemprego: remuneração ao trabalhador após demissão sem justa causa.
II‑ 13º salário: remuneração ao trabalhador no final do ano com valor igual ao recebido 
mensalmente.
III- Fundo de garantia do tempo de serviço (FGTS): garantia de reserva em dinheiro, 
valor depositado mensalmente pela empresa, que poderá ser usado em casos de 
demissão, doenças ou outras eventualidades.
Assinale a alternativa CORRETA:
a) ( ) As sentenças I e II estão corretas.
b) ( ) As sentenças I e III estão corretas.
c) ( ) As sentenças I, II e III estão corretas.
d) ( ) Nenhuma das sentenças estão corretas.
2 Desde o final do século XIX, o Brasil tem demonstrado preocupações com as 
questões de saúde e segurança, mesmo que em pequena escala. Porém, somente na 
década de 1940 começaram a surgir legislações mais específicas sobre as questões 
trabalhistas. Dentro deste contexto, qual é a principal legislação brasileira que 
normatiza a segurança do trabalho preventiva atualmente?
Neste tópico, vamos realizar um estudo mais aprofundado das principais legislações 
brasileiras que concerne ao direito trabalhista. Dentre elas estão a Constituição da 
República Federativa do Brasil (05/10/1988), o Decreto-Lei nº 5.452 (Consolidação das 
Leis Trabalhista – CLT) e a Portaria nº 3.214, que aprova as Normas

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