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Redação- Tráfico de Animais

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O movimento literário do século XVIII – Arcadismo – tinha como uma de suas
características o bucolismo, com a retratação de uma natureza tranquila e serena. Em
contrapartida, é incontrovertível que o Brasil contemporâneo se difere desse período,
uma vez que a natureza deixou de ser um local seguro para os animais, sendo esses
ameaçados constantemente por atividades clandestinas. Dessa forma, é fulcral debater o
comércio ilegal de animais silvestres, tendo em vista a ameaça de extinção de diversas
espécies e a falta de fiscalização das instituições responsáveis.
A princípio, é relevante ressaltar o filme Rio, protagonizado por blue – uma
ararinha azul –, capturado no Rio de Janeiro, que vai direto do seu ninho para o frio de
Minnesota. Nessa perspectiva, tal situação é comum na conjuntura hodierna, uma vez
que o Brasil é um país rico pela sua biodiversidade, sendo um alvo constante do tráfico
de animais, que lucra aproximadamente 20 bilhões de dólares por ano. De acordo com a
ONU, somente o tráfico de drogas e de armas gera mais dinheiro que o comércio ilegal
de animais silvestres. Dessa forma, o alto índice de retirada dos bichos de seu meio
natural colocam em risco de extinção diversas espécies, haja vista que 90% desses
morrem logo depois de serem retirados de seus habitats.
Ademais, segundo a Lei Nº 5.197, é proibido o comércio de espécimes da fauna
silvestre e de produtos e objetos que impliquem na sua caça, perseguição ou
distribuição. Entretanto, apesar do país dispor de leis destinadas a coibir essa prática,
não são políticas públicas suficientes de conscientização para a população, que ainda
apresentam resultados modestos em regiões com maior incidência do tráfico ilegal.
Nesse sentido, é importante frisar que a ineficiente fiscalização, devido ao largo
território brasileiro, a falta de transparência e a colaboração entre os diversos setores
ambientais abrem margem para a prática de o tráfico ilegal persistir no país. Por outro
lado, é relevante ressaltar que uma ferramenta de rastreamento e de mapeamento dos
animais está sendo desenvolvida pela Universidade Federal de Minas Gerais, a partir do
teste de DNA mitocondrial, com o objetivo de melhor identificar as espécies
contrabandeadas.
Destarte, é indubitável que o tráfico de animais silvestres no Brasil é uma prática
latente que ameaça a biodiversidade do país, pela falta de políticas públicas mais
eficientes. Portanto, o Ministério do Meio Ambiente, juntamente com o Ministério da
Educação, deve promover o ensino da educação ambiental nas escolas, a fim de
conscientizar as crianças desde a infância sobre a importância de proteger e de cuidar da
natureza. Isso deve ocorrer a partir de projetos, de palestras com especialistas e de
trabalhos, visando um maior alcance com a comunidade local por meio da apresentação
das atividades escolares, buscando instigar a denúncia e a maior cooperação das pessoas
com os órgãos responsáveis.

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