Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Os tumores de pele mais frequentes são – carcinoma basocelular (75%), carcinoma espinocelular (15%) e melanoma (4%) Fatores predisponentes: exposição solar (raios UVA-UVB), genética (pele clara) e condições pré-cancerosas • UVA – ocorre durante o dia todo; tem comprimento de onda mais longo (penetração é maior atingindo a derme, promove o bronzeamento (causa envelhecimento precoce) • UVB – entre as 10h e 15h; tem comprimento de onda mais curto com penetração menor, promove a vermelhidão • Pele clara – o tipo 1 e 2 queima e não bronzeia, é o tipo que mais predispõe ao câncer Fenótipos de pele: • Fototipo 1 – queima, mas não bronzeia • Fototipo 3 e 4 – queima e bronzeia • Fototipo 6 – maior bronzeamento FPS: corresponde à meia-vida do produto, quanto maior o valor do FPS, maior a meia vida Queratose actínica: • Lesões sobrelevadas benignas, mas com potencial de transformação maligna. Está frequentemente relacionada com exposição solar. Geralmente acomete indivíduos a partir da 5ª década • Característica clínica: lesão áspera, descamativa, hiperemiada no início e depois torna-se com coloração ocre • Aproximadamente 10% das queratoses actínicas podem se transformar em CEC • Tratamento: o Tópicos – 5 fluoracil (5FU), imiquimod em creme, ingenol metabutato em gel, diclofenaco com ácido hialurônico em gel → promovem irritação da pele o Procedimentos – criocirurgia (mais utilizada), peeling químico, laser e terapia fotodinâmica • Prevenção: uso de protetor solar Cicatriz de queimadura: • O tipo de câncer mais frequente nesse tipo de condição pré-cancerosa é o CEC, denominado de úlcera de Marjolin • É muito agressivo, uma vez que leva a formação de metástase em cerca de 30% dos casos • Tratamento: cirúrgico – ressecção da lesão • Diagnóstico: feito através da biópsia incisional Radiodermite: • Lesão na pele causada pela radioterapia • Dividido em 4 graus o Grau 1 – eritema leve, epilação e descamação seca o Grau 2 – eritema doloroso, descamação úmida e edema moderado o Grau 3 – descamação úmida, confluente e edema importante o Grau 4 – ulceração, hemorragia e necrose • Tratamento: o Grau 1 – hidratantes e corticoides para o prurido CONDIÇÕES PRÉ-CANCEROSAS o Grau 2 e 3 – prevenção de feridas secundárias com uso de rifocina tópica, curativos de silicone, hidrogel ou hidrocoloides o Grau 4 – radioterapia interrompida e tratamento cirúrgico Xeroderma pigmentoso: • Doença autossômica recessiva – causa alteração do DNA que impede a defesa contra UVA e UVB • Esses pacientes não pode sair muito ao sol, uma vez que qualquer radiação solar pode levar ao desenvolvimento de CEC, CBC e melanoma • Tratamento: ressecção cirúrgica e medidas protetivas (protetor solar, reposição medicamentosa de vitamina D) Nevos displásicos: • Nevos são lesões pigmentadas frequentes, podem ser planas ou ter volume, estão presentes em todos os seres humanos • Deve-se observar se a pinta muda suas características, como mudança da sua borda, crescimento, mudança de coloração – os nevos atípicos aumentam em 12x a chance de ter uma melanoma • ABCDE – assimetria, borda irregular, coloração diferenciada, diâmetro >6mm e evolução (crescimento) • As regiões de trauma estão mais predisponente a desenvolvimento de lesões malignas – são elas palma da mão, planta do pé, mucosa labial, mucosa genital e couro cabeludo • Diagnóstico: feita através da dermatoscopia, mas pode ser feito pela TC de coerência óptica e USG Nevos gigante congênito: • Considerado nevo gigante aquele que tem >20cm – apresenta maior chance de desenvolver melanoma • Tratamento: em casos extensos pode ser utilizado expansor (mesmo utilizado nas reconstruções de mama) • Indicações absolutas de cirurgia: aparecimento de neoplasia maligna sobre a lesão • É o tipo de tumor maligno mais comum na pele • Costuma acometer indivíduos >40 anos, com pele clara e olhos claros • Raramente causa metástase, quando ocorre geralmente é de osso e pulmão • Sua localização preferencial é no ⅔ superiores da face; não ocorre nas palmas, plantas e mucosas Tipos clínicos: • Nódulos ulcerativos: é o mais frequente; tem aspecto perláceo, bordas a pique, teleangectasia e com sangramento; pode ter um crescimento plano-cicatricial (chamado de plano cicatricial), crescimento em profundidade (chamado de terebrante) ou com proliferação central (chamado de vegetante) • Superficial ou pategoide: lesão plana, avermelhada com bordos indefinidos; diagnosticada através de biópsia incisional CARCINOMA BASOCELULAR • Esclerosante ou esclerodermiforme: ocorre retração da pele e aparecimento de nodulações sobre a lesão; não é possível delimitar os limites do tumor; é recomendado fazer biópsia de congelação para delimitar os limites do tumor • Pigmentado: pode ser confundido com melanoma, diferenciam-se pela agressividade (evolui mais rapidamente); pode ser nódulo ulcerativo, terebrante, vegetante e plano cicatricial • Costuma acometer pacientes >50 anos, pele clara e olhos claros, muito expostos aos raios UVB • Localização preferencial: 65% dos CEC estão na face (30% nos lábios e 27% no lábio inferior – associado com o tabagismo), dorso de mãos e mucosa bucal e genital • Metástase: costumam ser loco-regionais e a distância – geralmente na região cervical anterior (cadeia ganglionar cervical) e à distância no fígado e pulmão • Diagnóstico diferencial: com fungo, por isso deve ser feito o exame micológico para descartar micoses • Pode aparecer em jovens, mas o desenvolvimento é mais agressivo nesse caso • Classificação de Broders: classifica o grau de CEC em células atípicas e células diferenciadas nos centros córneos • Moléstia de Bowen: é um espinocelular “bonzinho” (CEC in situ, não invade a camada basal) • Eritroplasia: é um CEC in situ na mucosa (normalmente genital) • É o menos comum, porém, é o mais agressivo • Tem origem no melanócito • Clínica: nevo (congênito ou não), com alteração de cor, tamanho e/ou forma (cerca de 15% são amelanocíticos) • Acometimento comum: pele, globo ocular, mucosas e meninges • Fatores de risco: pele clara, exposição solar e morar em regiões tropicais • Diagnóstico: feito pelo ABCDE das lesões, salitoses (grânulos ao redor da lesão principal – indica que já tem propagação superficial por via linfática presente nas papilas dérmicas) e linfonodos aumentados (indica uma maior complicação) • Propagação: primeiramente apresenta um crescimento radial, depois vertical; posteriormente, pode ter crescimento linfático superficial (entre a derme papilar e reticular) ou profundo (próximo aos vasos sanguíneos) e hematológico (baço, fígado e pulmão) • Tipos clínicos: nodular (15% - pior prognóstico), superficial (70%), acral lentiginoso (5% - acomete planta do pé) e lentigo maligno melanoma (10% - acomete idosos, lesões grandes e feias, tem melhor prognóstico) CARCINOMA ESPINOCELULAR MELANOMA Carcinoma basocelular e carcinoma espinocelular: 1. Curetagem e eletrocoagulação 2. Terapia com citotóxicos 3. Cirurgia de MHOS (faz-se a ressecção intratumoral, levando para análise anatomopatológico imediatamente até que tenha-se um anatomopatológico livre de tumor) 4. Criocirurgia 5. Radioterapia (indicado para pacientes com alguma comorbidade que contraindique a cirurgia) 6. Cirurgia – margem de 2 a 4mm para CBC e 5mm para CEC + congelação + reparo Melanoma: 1. Biópsia excisional (não se faz a biópsia incisional porque tem risco de propagação do melanoma) 2. Classificação de Clark e Breslow 3. Ampliação da margem cirúrgica e linfonodo sentinela 4. Estadiamento 5. RT/QT (normalmente quando há metástase) 6. Imunoterapia Classificação de Clark: • Clark I – melanoma restrito a epiderme • Clark II – rompimento da epiderme, restrito à derme papilar • Clark III – entre a derme papilar e reticular, próximoa papila dérmica • Clark IV – atinge a derme reticular • Clark V – atinge a hipoderme Classificação de Breslow: • Breslow I – 0 a 0,76 mm • Breslow II – 0,76 a 1,5 mm • Breslow III – 1,5 a 3 mm • Breslow IV – 3 a 4,5 mm • Breslow V – 4,5 a 5 mm • Estadio 0: melanoma superficial • Estadio I: melanoma primário localizado • Estadio II: recidiva local ou lesão primária com nódulos de até 3cm da lesão primária • Estadio III: metástases regionais • Estadio IV: metástases a distância • Tumores de até 1 mm: margem de segurança de 1 cm • Tumores entre 1 e 2 mm: margem de segurança de, no mínimo, 2 cm • Tumores com espessura maior que 2 mm: margem de segurança maior que 3 cm • Eletivas: não existem linfonodos palpáveis • Biópsia: para Breslow >0,75mm • Terapêutica: para linfonodos comprometidos TRATAMENTO ESTADIAMENTO RESSECÇÃO LINFADENECTOMIA
Compartilhar