Buscar

Oncologia Dermatológica

Prévia do material em texto

Oncologia Dermatológica 
 Exposição prolongada: uma das 
principais causas de envelhecimento; 
principal fator de risco para o 
desenvolvimento de lesões pré-
malignas e malignas. 
 Fototipos (Fitzpatrick): 
Tipo Cor 
Sensibilida
de 
Reação 
I 
Branca 
clara 
Muito 
sensível 
Sempre 
queima, 
nunca 
pigmenta 
II Branca 
Muito 
sensível 
Sempre 
queima, 
pigmenta 
pouco 
III 
Morena 
clara 
Sensível 
Queima e 
pigmenta 
moderada
mente 
IV 
Morena 
escura 
Pouco 
sensível 
Queima 
pouco, 
sempre 
pigmenta 
V Parda 
Pouquíssim
o sensível 
Nunca 
queima, 
sempre 
pigmenta 
VI Preta Insensível 
Nunca 
queima, 
sempre 
pigmenta 
Fotodermatoses 
 Radiação Ultravioleta (grande 
responsável); 
o UVA (95% dos RUV): maior 
responsável pelo 
FOTOENVELHECIMENTO e 
bronzeamento pigmentar 
imediato; atinge a camada 
mais profunda da pele 
(intensidade até a basal da 
epiderme = 700x maior); 
o UVB (5% dos RUV): responsável 
pela queimadura solar, 
bronzeamento pigmentar 
tardio e pelo CÂNCER DE PELE. 
 Filtro/protetor solar: substâncias 
físicas e/ou químicas que agem como 
barreira física e/ou química à radiação 
ultravioleta; 
 Fator de Proteção Solar (FPS): razão 
entre quantidade mínima de energia/ 
radiação UV necessária para produzir 
um eritema mínimo em uma pele 
fotoprotegida e a quantidade de 
energia/radiação UV necessária para 
produzir o mesmo eritema numa área 
da pele desprotegida/sem aplicar o 
fotoprotetor. 
Características das Fotodermatoses 
 Pele fotoenvelhecida: atrofia, cor 
amarelada e opaca, aumento das 
pregas cutâneas, rugas profundas, 
dando um aspecto romboidal e 
telangectasias. Predominam nas áreas 
expostas ao sol (face, pescoço, região 
superior do tórax, mãos, antebraços). 
 Queimadura solar (1º grau): grande 
área de eritema, com ardor; 
totalmente REVERSÍVEL. 
 Sardas (efélides): manchas 
acastanhadas devido ao aumento da 
produção local de melanina (mas não 
à proliferação de melanócitos). 
Predominam na face, ombros e região 
superior do dorso. São mais comuns 
em ruivos. Surgem na infância, 
tornando-se mais aparentes no verão e 
menos pigmentadas no inverno. 
 Melanose solar (lentigo): manchas 
acastanhadas permanentes devido à 
proliferação de melanócitos na 
Fotodermatoses 
Exposição de 
curto prazo 
Exposição de longo 
prazo 
- Queimaduras 
(!º, 2º grau); 
- Sardas 
(efélides); 
- Bronzeamento; 
- Insolação 
- Fotoenvelhecimento 
(rugas); 
- Melanose solar 
(lentigem solar); 
- Ceratose actínica 
(ceratose solar); 
- Elastose solar; 
- Leucodermia gotada 
solar; 
- Xerodermia solar 
 
camada basal; surge na fase adulta, 
comum nos idosos. 
 
 Elastose solar (cútis rhomboidalis 
nuchae): a pele apresenta dobras 
grosseiras, particularmente em torno 
do pescoço, poupando as áreas 
protegidas (abaixo do queixo). 
 
Lesões Cutâneas Pré-cancerígenas 
Ceratose Actínica/Solar 
 
 Prevalência: indivíduos de pele clara; 
 Origem: proliferação de 
queratinócitos aberrantes, em 
resposta à exposição prolongada à 
RUV. 
 Características: pequenas placas 
hiperceratóricas descamativas em 
base eritematosa (2-6 mm), 
geralmente múltiplas e localizadas em 
áreas fotoexpostas (cabeça, pescoço, 
antebraços e dorso das mãos; 65% nos 
MMSS). À palpação, as lesões 
apresentam aspereza. 
 A CERATOSE ACTÍNICA DO LÁBIO é 
conhecida como queilite actínica e 
geralmente afeta mais o lábio inferior 
(+ exposição solar). 
 Lesões podem persistir 
indefinidamente ou transformar-se 
em Carcinoma Espinocelular (CEC; 
1:1.000/ano), com baixo risco de 
metástase (maior nos casos de CEC 
derivados de ceratose actínica no lábio 
inferior). 
 São marcadores de risco para CEC, 
Carcinoma Basocelular (CBC) e 
melanoma. 
 Tratamento: 
o Fotodinâmica; 
o Imiquimod (imunomodulador) 
5% em creme; 
o 5-fluorouracil (antimitótico) 1-
2% na face 1x/dia e 5% no corpo 
2x/dia, por duas a três semanas; 
o Criocirurgia (nitrogênio 
líquido); 
o Curetagem, com ou sem 
eletrocoagulação; 
o Diclofenaco gel 2-3% 2x ao dia; 
o Peelings químicos; 
o Laser. 
 Câncer de Pele Não Melanoma 
Carcinoma Basocelular (CBC) 
 Câncer (+) comum em humanos (75% de 
todos os cânceres de pele e 25% de 
todos os cânceres); é o (-) agressivo dos 
tumores malignos da pele (metástases 
raras, invasividade alta). 
 Origem: células não queratinizadas 
(camada basal da epiderme); 
 Prevalência: idosos e no sexo 
masculino; RARO no indivíduo NEGRO; 
 Fatores de risco: pele clara, olhos 
claros, cabelo ruivo, efélides, 
exposição solar (especialmente na 
infância e intermitente causando 
queimadura); radiação terapêutica, 
exposição ao arsênico, 
 
imunossupressão (transplantados), 
tabagismo (- risco), nevo sebáceo de 
Jadasohn; 
 Características: pápula (ou nódulo), 
perolado e com telangectasias 
(“microvasos”) de crescimento 
progressivo (pode ulcerar); localiza-se 
nos 2/3 superiores da face (30% no 
nariz; na pálpebra, acomete o canto 
medial da pálpebra inferior); NÃO 
ocorre nas PALMAS, PLANTAS e 
MUCOSAS. 
 Formas clínicas: 
o Nódulo-ulcerativo (+ comum); 
 
o Plano-cicatricial; 
o Esclerodermiforme; 
 
o Pigmentado; 
 
o Superficial; 
 
o Basoescamoso ou metatípico 
(áreas com CBC + CEC). 
 Diagnóstico: biópsia. 
 Tratamento: depende da localização, 
tamanho e profundidade da lesão; 
o Lesões primárias (pequenas): 
 Curetagem; 
 Eletrocoagulação; 
 Criocirurgia ou 
imiquimod; 
 5-fluoracil; 
o Lesões maiores: 
 Exérese cirúrgica 
convencional; 
 Cirurgia micrográfica 
de Mohs. 
Carcinoma Espinocelular (CEC) / de 
Células Escamosas (CCE) / Epidermoide 
 15% das neoplasias malignas de pele; 
metástases (0,5-6%, especialmente em 
linfonodos regionais; 12% no lábio e 
até 40% sobre cicatrizes) são mais 
frequentes em lesões recorrentes e nas 
que invadem estruturas profundas ou 
nervos cutâneos; orelha = (+) chance 
de recidiva (18%). 
 Origem: queratinócitos suprabasais 
(camada espinhosa); 
 Prevalência: > 40 anos de idade, 2x 
mais comum em homens (de pele 
clara); 
 Fatores de risco: fotoexposição, 
exposição ao arsênico ou 
hidrocarbonetos aromáticos, lesões 
precursoras (ceratose actínica, 
doença de Bowen, eritroplasia de 
Queyrat, líquen escleroatrófico 
genital, cicatrizes de queimaduras-
úlcera de Marjolin, úlceras e fístulas 
crônicas), HPV 16 e 18 (mucosa genital), 
imunossupressão (é o mais associado 
aos transplantados), albinismo ou 
xeroderma pigmentoso; doenças 
crônicas como lúpus discoide; 
tabagismo (CEC da cavidade oral); 
 Características: placa eritematosa 
ceratósica que pode evoluir para um 
corno cutâneo (conforme proliferação 
camada córnea) OU pápula ou nódulo 
com diversos graus de ulceração e 
infiltração (conforme tempo de 
evolução). Na mucosa, apresenta-se 
 
como placa de leucoplasia ou então 
como lesão infiltrativo-vegetante. 
o Corno cutâneo = CEC OU 
hiperceratose colunar benigna 
(+ comum); 
 
 
 Carcinoma verrucoso = forma do CEC 
de baixo grau de malignidade que se 
apresenta como uma tumoração 
exofítica verrucosa em várias regiões. 
Recebe também os seguintes nomes: 
o Papilomatose florida (oral); 
 
o Condiloma acuminado gigante 
de Buschke-Loewenstein 
(anogenital); 
 
o Epitelioma cuniculatum (região 
plantar); 
 
 Diagnóstico: biópsia; 
 Tratamento: depende do tamanho, 
tempo de evolução, localização da 
lesão, idade e estado imunológico do 
paciente; 
o Curetagem; 
o Eletrocoagulação; 
o Criocirurgia; 
o Excisão cirúrgica convencional; 
o Cirurgia micrográfica de Mohs; 
o Radioterapia (áreas de difícil 
acesso cirúrgico ou adjuvante 
em metástase a linfonodos). 
Nevos 
 Neoplasia BENIGNA cutânea mais 
comum (pelo menos 1 nevo é 
encontrado virtualmente em todas as 
pessoas); 
 Origem: proliferação localizada de 
melanócitos na pele, geralmente na 
junção dermoepidérmica (nevo 
juncional), embora possa estar na 
derme; 
 Características: manchas 
hipercrômicas, quase sempre de cor 
homogênea, acastanhada ou 
enegrecida; planas ou elevadas. Formas clínicas: 
o Nevo melanocítico: (+) comum; 
geralmente são múltiplos, 
pequenos (< 6 mm) e 
predominam nas regiões 
fotoexpostas; 
Corno Cutâneo (CEC) 
CEC Ulcerado 
 
 Grande profusão desses 
nevos (> 50 nevos) = 
marcadores de risco 
indireto para melanoma 
(transformação muito 
rara); 
 
o Nevos displásicos: pouco maior 
que os melanocíticos, 
geralmente bicolor (de róseo a 
acastanhado-enegrecido) e de 
bordas irregulares; 
histopatológico com atipias; 
poucas lesões = risco de 
melanoma baixo; CONFUSÃO 
DIAGNÓSTICA COM MELANOMA; 
 Síndrome do nevo 
displásico familiar: 
presença de > 75-100 
nevos, pelo menos um > 8 
mm e pelo menos 2 
familiares com este 
fenótipo/histórico de 
melanoma; (+) risco de 
melanoma, 
especialmente em 
adolescentes e adultos 
jovens; 
 
o Nevos congênitos: aparecem ao 
nascimento, em volta dos 
apêndices cutâneos e infiltram 
o tecido subcutâneo; são 
placas hiperpigmentadas 
pilosas, de variados tamanhos; 
os gigantes (> 20 cm) têm 4-20% 
de risco de transformação 
maligna; 
 
o Nevo azul: raramente 
maligniza, principalmente 
quando localizado na região 
sacral e > 1 cm; 
o Nevo halo / Vitiligo perinévico / 
Nevo de Sutton: halo 
hipocrômico em torno de um 
nevo melanocítico; 
eventualmente presente no 
melanoma; 
o Nevo de Spitz (melanoma da 
infância): lesão melanocítica 
benigna semelhante ao 
melanoma; tem padrão estelar 
(+ frequente), seguido do 
padrão globular e atípico; 
diagnóstico por histopatológico 
(melanócitos grandes, com ou 
sem atipia nuclear e 
citoplasma abundante, 
dispostos em ninhos); não há 
consenso sobre a conduta, 
comumente indicado a retirada 
da lesão. 
Melanoma 
 Tumor maligno com origem nos 
melanócitos, considerado o mais 
agressivo dos cânceres de pele (alto 
potencial metastático); 
o Letalidade elevada, incidência 
relativamente baixa (4% das 
neoplasias cutâneas). 
 Prevalência: indivíduos de pele clara 
(98%), de áreas equatoriais (sobretudo 
África do Sul e Austrália; com + 
exposição solar), geralmente adultos 
jovens (20-50 anos); predominando no 
tronco (homens) e pernas e quadril 
(mulheres); PIOR PROGNÓSTICO = 
SEXO MASCULINO; 
 
 Fatores de risco: genéticos, ambientais 
e individuais, principalmente a 
exposição solar; 
 Quanto + o Índice 
Ultravioleta (IUV), + o 
risco de danos à pele e de 
aparecimento de câncer. 
 O índice UV é calculado 
com base na: espessura 
da camada de ozônio, 
cobertura de nuvens, 
época do ano e altitude 
da cidade; 
Categoria IUV 
Baixo < 2 
Moderado 3 a 5 
Alto 6 a 7 
Muito alto 8 a 10 
Extremo > 11 
o Indivíduos de fenótipo claro 
têm + risco do que indivíduos de 
pele negra (+ melanina = papel 
protetor); 
o Exposição solar na infância e 
fotoexposição intermitente 
levando à queimadura são + 
importantes do que a exposição 
contínua sem queimadura; 
o Presença de nevos (1/4 dos 
casos); Maior risco em: 
 Nevos melanocíticos 
(sobretudo congênitos 
gigantes, > 20 cm); 
 Síndrome do nevo 
displásico (10x mais); 
 > 50 nevos; 
o Fator genético: mais 
importantes estão no locus 
CDKN2A (relacionado a dois 
genes de supressão tumoral – 
p16 e p14ARF), no locus CSK4, na 
via RAS e no gene MITF. 
 Xeroderma pigmentoso 
= doença autossômica 
recessiva caracterizada 
por deficiência no 
mecanismo de reparo do 
DNA, tem risco até 2.000x 
maior que a população 
normal. 
o História pessoal: aumenta a 
chance de ter outro melanoma 
em até 9x; 
o História familiar: risco 5x maior, 
ainda que apenas 5-10% sejam 
verdadeiramente familiares. 
 Diagnóstico: lesões únicas em áreas 
fotoexpostas (ex.: dorso nos homens e 
MMII nas mulheres), com relato de 
crescimento do nevo, prurido ou 
sangramento. 
o Regra do ABCDE: 
 Assimetria; 
 Bordas irregulares; 
 Cores diversas – maior ou 
igual a duas cores (preto, 
azul, marrom, cinza, 
vermelho, branco) na 
mesma lesão; 
 Diâmetro > 6 mm; 
 Evolução (qualquer 
alteração ocorrida na 
lesão – tamanho, 
formato, novos 
sintomas). 
o NÃO ESQUECER! FORMAS 
RARAS: melanomas primários 
de mucosa, amelanóticos, os 
raríssimos de órgãos internos e 
os congênitos (excepcionais); 
o QUALQUER DAS FORMAS 
CLÍNICAS PODE SE TORNAR 
AMELANÓTICO! 
 
o Dermatoscopia (“lente de 
aumento especial”): ferramenta 
de avaliação de lesões 
pigmentadas; identifica a 
ORIGEM celular da lesão; 
o Histopatológico: diagnóstico 
definitivo; biópsia deve ser 
EXCISIONAL (margens 1-3 mm e 
Amelanótico 
 
coxim de subdérmica; EXCETO 
TUMORES MAIORES OU LOCAIS 
NOBRES (= biópsia incisional 
na área mais pigmentada ou 
elevada)); 
o Imuno-histoquímico: identifica 
a natureza da linhagem celular 
(tumores primários ou 
metastáticos pouco 
diferenciados, tumores de 
células fusiformes e 
melanomas amelanóticos); os 
principais são a proteína S-100 
e o HMB-45; NÃO DIFERENCIA 
lesão melanocítica em BENIGNA 
ou MALIGNA. 
o Diagnóstico diferencial: nevos, 
CBC pigmentado, granuloma 
piogênico, ceratose seborreica, 
melanoniquia estriada, trauma, 
etc. 
 Estadiamento (2 tipos de crescimento): 
o Radial: p/ os lados = melhor 
prognóstico; 
o Vertical: p/ baixo = pior 
prognóstico (+ chance de 
metástase). 
 AMOSTRA precisa ser 
retirada até o TECIDO 
CELULAR SUBCUTÂNEO. 
 Espessura vertical = 
prognóstico, tratamento 
e seguimento; 
o PRINCIPAL forma de 
estadiamento = sistema TNM: 
 T (tamanho tumoral): 
 Tx = não avaliado; 
 T0 = ausência de 
tumor primário; 
 Tis = melanoma in 
situ; 
 T1 = ≤ 1 mm; 
 
 T2 = > 1,0-2,0 mm; 
 
 T3 = > 2,0-4,0 mm; 
 
 T4 > 4,00 mm. 
 
 N (linfonodos regionais 
positivos): 
 Nx = não avaliado; 
 N0 = linfonodo 
negativo; 
 N1 = 1 LN (+); 
 N2 = 2 ou 3 LN (+); 
 N3 = 4 ou mais LN 
(+). 
 M (metástases): 
 M0 = ausência de 
metástases; 
 M1 = evidências de 
metástases à 
distância; 
 
 T1a = < 0,8 mm, SEM ulceração; 
 T1b = < 0,8 mm, COM ulceração; 
OU 0,8-1,0 mm, COM ou SEM 
ulceração; 
 T2a = > 1,0-2,0 mm, SEM 
ulceração; 
 T2b = > 1,0-2,0 mm, COM 
ulceração; 
 T3a = > 2,0-4,0 mm, SEM 
ulceração; 
 T3b = > 2,0-4,0 mm, COM 
ulceração; 
 T4a = > 4,0 mm, SEM ulceração; 
 T3b = > 4,0 mm, COM ulceração; 
 M1a = pele, tec. moles, músculos 
ou linfonodos não regionais; 
 M2a = pulmão com ou sem M1a; 
 M1c = outros órgãos sem SNC 
com ou sem M1a e M1b; 
 M1d = SNC com ou sem M1a, M1b 
ou M1c. 
 
 Laudo: 
o Tipo histológico do melanoma; 
o Fase de crescimento (radial ou 
vertical); 
o Níveis de invasão (Classificação 
de Clark); 
o Profundidade (Índice de 
Breslow); 
o Número de mitoses por mm²; 
o Infiltrado inflamatório 
linfocitário peritumoral/ 
intratumoral; 
o Invasão vascular linfática e 
sanguínea; 
o Invasão perineural; 
o Ulceração; 
o Regressão; 
o Satelitose microscópica; 
o Margens cirúrgicas;. 
Classificação de 
Clarck (nível de 
invasão) 
Índice de 
Breslow 
(espessura do 
tumor) 
Nível I: in situ 
(intraepidérmico) 
Nível II: derme 
papilar superior 
Nível III: derme 
papilar 
Nível IV: derme 
reticular 
Nível V: 
hipoderme 
≤ 1 mm 
> 1-2 mm 
> 2-4 mm 
> 4 mm 
 Biópsia por punch ou shaving (lesão 
representada parcialmente): espessura 
segundo Breslow = maior espessura 
encontrada. 
 NÃO se deve medir Breslow se a epiderme 
não estiver representada no corte! 
 Tipos de Melanomas: 
o Melanoma extensivo superficial 
(70%; + COMUM): mácula 
pigmentada ou placa 
levemente elevada com 
mistura de cores, bordas 
irregulares; comum em pernas 
(mulheres) e dorso superior 
(homens); 
 
o Melanoma nodular (15%): 
pápula ou nódulo preto-
azulado ou amelanótico de 
crescimento vertical; prevalece 
no tronco, cabeça e pescoço; 
evolução RÁPIDA; 
 
o Melanoma lentiginoso acral 
(10%): lesão plana, marrom a 
negra, com bordas irregulares, 
podendo haver nódulos ou 
pápulas; prevalece nas palmas, 
ESTADIAMENTO CLÍNICO (cTNM) 8ª EDIÇÃO AJCC – 2017 
ESTÁDIO T N M 
0 Tis N0 M0 
IA T1a N0 M0 
IB T1b ou T2a N0 M0 
IIA T2b ou T3a N0 M0 
IIB T3b ou T4a N0 M0 
IIC T4b N0 M0 
III Qualquer T ≥ N1 M0IV Qualquer T Qualquer N M1 
 
plantas e abaixo da lâmina 
ungueal; comum em NEGROS e 
ASIÁTICOS; 
 
o Melanoma lentigo maligno (5%): 
lesão maculosa de bordas 
irregulares e crescimento 
radial prolongado; prevalece 
em áreas fotoexpostas, em 
idosos com dano actínico na 
pele; 
 
 Tratamento: 
o Ressecção da lesão com margem de 
segurança adequada à espessura; 
Margens recomendadas para 
excisão do melanoma 
Espessura 
da lesão 
Margens 
recomendadas 
In situ 0,5 a 1,0 cm 
≤ 1,0 mm 1,0 cm 
> 1,0 mm e 2,0 
mm 
1,0 a 2,0 cm 
> 2,0 mm 2,0 cm 
 Procedimentos adjuvantes 
(estágios IIB, IIC, III): 
linfadectomia, 
quimioterapia, 
radioterapia ou 
imunoterapia com os 
inibidores de checkpoints 
imunológicos; 
o A cirurgia é o tto mais efetivo 
(pacientes em estágios I e IIA = 
cirurgia curativa em 70-90%); 
o Investigação de envolvimento 
linfonodal regional é feita com 
linfocintilografia pré-operatória 
e biópsia do primeiro linfonodo 
(Linfonodo Sentinela – LS ou LNS); 
 Pacientes com linfonodos 
palpáveis ou com biópsia (+) 
para LS devem ter TODOS os 
linfonodos da cadeia de 
drenagem dissecados 
(melhora da qualidade de 
vida); 
o Acompanhamento: história clínica 
+ exame físico (local primário, 
linfonodos regionais, fígado, baço, 
pulmão, cérebro); 
 Melanoma = 3ª CAUSA de 
metástase CEREBRAL! 
 Sem metástase: seguimento 
a cada 3 meses por 1 ano, 
depois 6 a 12 meses 
(melanose espessura < 1 mm) 
OU 3 meses por 2 anos, 
depois anual (+ profundos); 
 Metástase solitária ou 
limitada: ressecção ou 
terapia sistêmica; 
 Metástases disseminadas 
não acometendo o SNC: 
terapia sistêmica; 
 Metástases disseminadas 
acometendo o SNC: 
cirurgia/radioterapia ou 
terapia sistêmica. 
 
OBSERVAÇÕES: 
 Melanoma metastático: tempo 
mediano de sobrevida = 8 
meses; 
 Quimioterapia: não aumenta a 
sobrevida, mas é paliativa de 
sintomas; 
 Radioterapia: casos de 
metástases ósseas e cerebrais.

Continue navegando